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ENSINO E BIOSSEGURANÇA Dra. Maria Antonia Malajovich Instituto de Tecnologia ORT do Rio de Janeiro [email protected] IV CBIO E XX ENBIO - 4/10/2011 CONGRESSO DE BIÓLOGOS DOS ESTADOS DO RIO DE JANEIRO E DO ESPÍRITO SANTO

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ENSINO E BIOSSEGURANÇA

Dra. Maria Antonia Malajovich

Instituto de Tecnologia ORT do Rio de Janeiro

[email protected]

IV CBIO E XX ENBIO - 4/10/2011 CONGRESSO DE BIÓLOGOS DOS ESTADOS DO RIO DE JANEIRO E DO ESPÍRITO SANTO

WORLD ORT

Organização filantrópica judaica com sede em Londres. Mantém uma rede de escolas em 50 países, atendendo a mais de 300.000 alunos por ano.

INSTITUTO DE TECNOLOGIA ORT

• Sede no Rio de Janeiro (www.ort.org.br)

• Ensino Fundamental II: Sexto ao Nono Ano

• Ensino Médio Técnico

Biotecnologia, Comunicação Social, Informática, Eletrônica

• Cursos de Ciência &Tecnologia para alunos da rede pública

APRENDER FAZENDO

O ENSINO DE BIOTECNOLOGIA

1. Cultivo de microrganismos

2. Cultura de tecidos vegetais

3. Tecnologia enzimática

4. Tecnologia do DNA

5. Engenharia genética

SEGURANÇA NO LABORATÓRIO DE ENSINO

Trata-se de uma obrigação moral.

O/A Professor/a é responsável em relação à instrução dos alunos, a supervisão das atividades, a escolha das atividades práticas e sua adaptação às condições locais.

O/A Professor/a deve-se perguntar:

A atividade proposta coloca os participantes em perigo?

A atividade proposta prejudica a comunidade ou o meio ambiente ?

A resposta permite iniciar ações para prevenir e minimizar riscos, sabendo que o risco 0 não existe, nem na vida cotidiana, nem em situações de ensino

1. CULTIVO DE MICRORGANISMOS

Classe de risco 1 - Baixo risco individual, coletivo e ambiental

Inclui agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças em pessoas ou animais adultos sadios.

É suficiente? Dentro do grupo de risco 1, há microrganismos e atividades adaptados a cada faixa etária e ao nível de aprendizado (Fundamental I e II, Médio Técnico, Terciário, Graduação).

Exemplos: Lactobacillus sp, Lactococcus, Saccharomyces, várias espécies de Bacillus, cepas não patogênicas de Escherichia coli etc.

MICRORGANISMOS E GRUPOS DE RISCO NO ENSINO

Ensino Fundamental I Fundamental II e Médio

(11 a 17 anos)

Médio Técnico

Terciário

Graduação

Agentes biológicos

Alimentos e material vegetal em decomposição

Coleções de cultura

M’os com requerimentos incomuns

M’os ambientais

Idem

Práticas e procedimentos

Meios naturais

T = 300C

Recipientes fechados

Agar e nutrientes

Idem

Idem

Idem

Idem

Idem + repiques

Barreiras primárias

não (Jaleco)

Jaleco

PL standard

Téc. asséptica

Barreiras secundárias

não Laboratório

(pia, autoclave, tratamento p/ derramamentos, etc.)

Idem

SEGURANÇA: OS PONTOS FRACOS

Disponibilidade de um ambiente laboratorial

com as características adequadas

Implantação das práticas standard de laboratório

Coleções de cultura: necessidade de contar

com uma fonte acessível e confiável

1. CULTIVOS MICROBIANOS

Ensino Fundamental II - Alunos entre 11 e14 anos, Professores de Ciências

ou de Biologia com algum treinamento (curso) e a supervisão de um

Professor experiente.

EMT / Alunos maiores de 15 anos, Professores com treinamento específico, qualificados na prática de técnicas assépticas.

EM, EMT

BT

EMT

2. AS CULTURAS DE TECIDOS VEGETAIS

CÉLULAS VEGETAIS

Domínio de técnicas assépticas.

Alguns reagentes são tóxicos.

Riscos: sementes tóxicas ou contaminadas com pesticidas, alergias.

2. AS CULTURAS DE TECIDOS VEGETAIS

EMT

PROPAGAÇÃO VEGETATIVA

3. TECNOLOGIA ENZIMÁTICA

ORIGEM

Saliva

Vegetal

Comercial

RISCOS

Alergias

Proteases

Celulases

Lipases

Amilases

EM, EMT

A cultura de segurança, que envolve um planejamento experimental apurado e uma ampla avaliação de riscos, é tão importante na educação científica e no desempenho profissional como o aprendizado do entorno teórico dos experimentos ou a capacidade de realizar os passos de um protocolo.

Para construir uma cultura de segurança ao longo do sistema de ensino, precisamos de:

Laboratórios, equipamentos, material de consumo e assistência técnica (quanto?).

Professores com formação experimental.

NÃO BASTA UMA AULA, NEM UM CURSO