ensinar geografia: pensar globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/tmehg 22.pdf2 a...

106
André Adolfo da Silva Teixeira Relatório da Prática Pedagógica Mestrado em Ensino de História e Geografia no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário Orientação: Professora Doutora Marta Abelha e Professor Doutor Bruno Martins Março, 2014 Ensinar Geografia: Pensar Global / 2014 André Adolfo da Silva Teixeira Ensinar Geografia: Pensar Global

Upload: others

Post on 06-Oct-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

André Adolfo da Silva Teixeira

Relatório da Prática Pedagógica

Mestrado em Ensino de História e Geografia no

3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário

Orientação: Professora Doutora Marta Abelha e Professor Doutor

Bruno Martins

Março, 2014

E

nsi

na

r

G

eog

ra

fia

:

P

en

sar

G

lob

al

/

20

14

A

nd

ré A

do

lfo

d

a S

ilv

a T

eix

eira

Ensinar Geografia: Pensar Global

Page 2: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

André Adolfo da Silva Teixeira

Relatório da Prática Pedagógica

Mestrado em Ensino de História e Geografia no

3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário

Orientação: Professora Doutora Marta Abelha e Professor

Doutor Bruno Martins

Março, 2014

Ensinar Geografia: Pensar Global

Page 3: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

“A profissão docente é por natureza delicada

e complexa e, por isso, certamente nunca

existiram épocas em que fosse fácil exercê-la.

Temos de reconhecer, no entanto, que nos

últimos 50 anos, graças às transformações de

natureza diversa que se verificaram nas

sociedades industrializadas e estiveram na

origem da globalização e da sociedade da

informação, a profissão se foi tornando

crescentemente complexa.”

Estrela (2010, p.6)

Page 4: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

Agradecimentos

Ao longo desta caminhada muitas foram as pessoas que contribuíram

para que este trabalho fosse concretizado e muitas têm acompanhado o meu

percurso de vida. Assim, pretendo registar os meus sinceros agradecimentos a

todos os que de alguma maneira contribuíram, em especial:

§ À minha esposa Teresa, pela força, companheirismo, carinho e

disponibilidade;

§ À minha família e amigos, nomeadamente aos meus pais por sempre

acreditarem em mim e pelo amor que sempre me deram;

§ À Nossa Senhora de Fátima, pela ajuda espiritual nos momentos mais

delicados;

§ Aos meus colegas, principalmente ao Nuno e à Cristiana, pelo apoio

prestado;

§ Aos professores orientadores, Professora Doutora Marta Abelha e Bruno

Martins, pelo constante auxílio;

§ Ao professor cooperante João Amaral, pela disponibilidade, frontalidade

e qualidade da orientação pedagógica fornecida;

§ A toda a comunidade educativa do Externato Ribadouro pela forma

profissional e prestativa que nos acolheu.

Page 5: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

Resumo

O presente relatório final de Prática Pedagógica visa dar a conhecer a

todos os leitores a intervenção educativa, no Externato Ribadouro, durante o

ano letivo 2012/13, no âmbito da Prática Pedagógica, na área disciplinar de

Geografia.

Neste relatório estão patenteadas as atividades desenvolvidas durante a

Prática Pedagógica e a importância das mesmas para o desenvolvimento

profissional. Assim, no capítulo um aborda-se a descrição do contexto de

Prática Pedagógica. O capítulo dois explicita o plano de Prática Pedagógica em

Geografia e no capítulo três descreve-se a fundamentação das atividades de

Prática Pedagógica. Por último, no capítulo quatro segue-se uma reflexão

crítica e fundamentada sobre os resultados obtidos pela análise dos dados

recolhidos a partir de um inquérito referente às principais estratégias e

atividades desenvolvidas em contexto de sala de aula, na disciplina de

Geografia.

Verificamos neste relatório a importância da reflexão na ação, bem

como a renovação de conhecimentos e técnicas de ensino para o

desenvolvimento profissional docente.

Palavras – Chave: Prática Pedagógica, Geográfica, Metodologias de Ensino,

Desenvolvimento Profissional Docente.

Page 6: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

Abstract

This final report of Pedagogical Practice seeks to inform all readers of

educative interventions in Externato Ribadouro during the school year

2012/2013, under the Teaching Practice in the subject area of Geography.

In this report are patented activities undertaken during Teaching Practice

and the importance of the same for professional development. So, in chapter

one addresses the description of the context of Pedagogical Practice. Chapter

two explains the plan of Teaching Practice in Geography and in chapter three

describes the reasoning of Pedagogical Practice activities. Finally, in chapter

four followed by a critical reflection based on the results obtained by the

analysis of data collected from a survey regarding the main strategies and

activities developed in the context of the classroom, in the discipline of

Geography.

We verified in this report the importance of reflection in action as well as

the renewal of knowledge and teaching techniques for teacher’s professional

development.

Key words: Pedagogical Practice, Geography, Education Methodologies,

Teacher Professional Development.

Page 7: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

Lista de Abreviaturas

ATA – Amplitude Térmica Anual

ER – Externato Ribadouro

E.C.D. – Estatuto da Carreira Docente

ha – hectares

p – página

PAA – Plano Anual de Atividades

PE – Projeto Educativo

pp – páginas

PPT – PowerPoint

PT – Precipitação Total

RI – Regulamento Interno

TMA – Temperatura Média Anual

UE – União Europeia

Page 8: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

Índice de Figuras

Figura 1 – Externato Ribadouro

Figura 2 – Externato Ribadouro – Instalações Rua do Bonjardim

Figura 3 – Núcleo de Estágio na exposição sobre o Dia da Europa (09/05/2013)

Figura 4 – País que faz parte da União Europeia (UE)

Figura 5 – Jogos sobre a UE

Figura 6 – Alguns dos trabalhos expostos sobre a UE

Figura 7 – Análise estatística dos resultados da ficha de avaliação sumativa

Índice de Tabelas

Tabela 1 – Cronograma de atividades realizadas

Tabela 2 – Opinião das turmas do 7ºA, 7ºB e 8ºB face à frequência de

atividades desenvolvidas na aula de Geografia

Índice de Gráficos

Gráfico 1 – Sucesso por questão

Gráfico 2 – Idade dos alunos

Gráfico 3 – Sexo dos alunos

Gráfico 4 – Idade dos pais dos alunos da turma

Gráfico 5 – Idade das mães dos alunos da turma

Gráfico 6 – Opinião dos alunos sobre a disciplina de Geografia

Gráfico 7 – Opinião dos alunos sobre a utilização de tecnologias na aula do

professor

Gráfico 8 – Opinião dos alunos sobre a utilização de software informático na

aula do professor

Page 9: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

Sumário

Introdução ................................................................................................................. 11

Capítulo 1 – Descrição do contexto de Prática Pedagógica .................................. 14

1.1Caracterização da instituição de acolhimento ................................................. 15

1.2. Descrição das funções do profissional e do seu papel enquanto estudante da

Prática Pedagógica na instituição ........................................................................ 20

Capítulo 2 – Explicitação do plano de Prática Pedagógica em Geografia ............ 23

2.1 Cronograma de atividades ............................................................................. 24

2.2 Caracterização da turma 7ºB ......................................................................... 30

Capítulo 3 – Descrição e fundamentação das atividades de Prática Pedagógica 35

3.1 Organização e gestão do ensino e da aprendizagem em Geografia .............. 36

3.2 Participação na escola e relação com a comunidade ..................................... 40

Capítulo 4 – Reflexão crítica e fundamentada sobre os resultados obtidos ........ 43

4.1 Avaliação Sumativa........................................................................................ 44

4.2 Estudo: Metodologias de Ensino na Geografia ............................................... 48

4.3 Desenvolvimento profissional docente ........................................................... 60

Conclusão ................................................................................................................. 65

Referências Bibliográficas ....................................................................................... 67

Anexos....................................................................................................................... 71

Page 10: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

11

Introdução

O presente relatório de Prática Pedagógica foi elaborado no âmbito do

Mestrado em Ensino da História e da Geografia no 3º Ciclo do ensino Básico e

Secundário.1

A prática pedagógica decorreu no Externato Ribadouro, situado na

Cidade do Porto.2

Este relatório pretende apresentar as atividades desenvolvidas no

âmbito da prática pedagógica na área da Geografia.

Os objetivos da prática pedagógica3 visam acima de tudo enquadrar o

docente estagiário num contexto prático, capacitando o estudante para a

resolução de situações específicas na área da docência, no caso particular da

Geografia. Conhecer a realidade escolar, os respetivos atores e a sua

respetiva comunidade fazem com que o docente se embrenhe numa realidade

específica, que se altera de comunidade escolar para comunidade escolar. De

facto não é fácil esta adaptação mas é fundamental no processo de tomada de

decisões fundamentadas e na resolução de problemas profissionais. Só

aliando prática e teoria se pode obter uma dimensão global do processo de

ensino e aprendizagem. É necessário neste contexto que o docente se

desenvolva profissionalmente, demonstre autonomia científica, técnica,

pedagógica e sentido de responsabilidade. Neste sentido deve aprofundar e

aplicar os conhecimentos, desenvolvidos nas unidades curriculares que

compuseram o primeiro ano do presente Mestrado, planificar e realizar

atividades didático-pedagógicas. Por fim, o docente terá de comunicar as suas

1 Autorizado pelo Anúncio n.º 5436/2009, Diário da República, 2ª série, nº 134 de 14 de julho de 2009, tendo sido aprovada a alteração que preside ao plano de estudos atual pelo Anúncio n.º 1211/2010, Diário da República, Série II, n.º 24 de 4 de fevereiro de 2010. 2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de 2014 e encontra-se em anexo (ver anexo 1). 3 Baseado nas Normas Regulamentares do 2º Ciclo de Estudos em História e da Geografia no 3º ciclo do ensino Básico e no Secundário e na ficha de Unidade Curricular da Prática Pedagógica.

Page 11: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

12

conclusões, fundamentando o seu conhecimento, raciocínio e demonstrando

ser claro e objetivo.

A escolha deste mestrado foi feita no sentido de se aprofundar

conhecimentos, de se realizar uma atualização e para enriquecimento pessoal.

A licenciatura em História foi o princípio, permitiu uma realização profissional,

mas após alguns anos verificou-se a necessidade de uma maior polivalência.

Ou seja, a noção da alteração curricular de várias disciplinas, onde a

predominância da interdisciplinaridade é um facto, veio desencadear uma

aproximação imediata à Geografia. No fundo existe uma grande afinidade e

complementaridade entre a História e a Geografia. Por isso, a escolha deste

mestrado surge com a necessidade de resposta profissional aos novos

horizontes educacionais que nos são apresentados e por outro lado serviu para

desenvolver e aperfeiçoar competências a vários níveis, nomeadamente

didáticos e pedagógicos, atualizando deste modo as nossas Práticas

Pedagógicas.

No que respeita à estrutura deste relatório, este inicia-se com uma

Introdução, onde se descreve os pressupostos e expectativas relativos à

Prática Pedagógica.

Seguidamente apresenta-se o primeiro capítulo onde será abordada a

descrição do contexto de prática pedagógica, nomeadamente a caracterização

da instituição de acolhimento e a respetiva descrição de funções do profissional

e do seu papel enquanto estudante da Prática Pedagógica na instituição.

O segundo capítulo terá em atenção a explicitação do plano de prática

pedagógica em Geografia que contemplará a descrição do cronograma de

atividades a desenvolver pelo estudante de prática pedagógica em contexto de

escola e a caracterização da turma onde lecionará.

O terceiro capítulo incidirá na descrição e fundamentação das atividades de

Prática Pedagógica realizadas no âmbito da área curricular de Geografia,

visando a planificação, respetiva realização, avaliação das aprendizagens,

participação na escola e relação da com a comunidade.

Page 12: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

13

No que concerne ao quarto e último capítulo, será realizada uma reflexão

crítica fundamentada sobre os resultados de aprendizagem obtidos de

aprendizagem e os resultantes de uma investigação realizada no âmbito das

metodologias de ensino da geografia. Será, igualmente, realizada uma reflexão

sobre o desenvolvimento profissional do docente.

Após o último capítulo serão expostas as conclusões que ambicionam dar uma

visão holística do trabalho desenvolvido ao longo da Prática Pedagógica.

Por último, seguem-se as referências bibliográficas e um conjunto de anexos

com elementos que visam complementar a descrição da Prática Pedagógica

desenvolvida.

Page 13: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

14

Capítulo 1 – Descrição do contexto de Prática Pedagógica

“Ensinar é (...) acionar e organizar um conjunto variado de dispositivos

que promovem ativamente a aprendizagem do outro.”

(Roldão, 2009, p.11).

Neste capítulo será apresentada uma breve caracterização da instituição

de acolhimento, ou seja, o Externato Ribadouro, e do contexto social e cultural

em que este se insere. É uma explanação que tem uma perspetiva reflexiva e

descritiva do Externato Ribadouro, no sentido em que os lugares como a

escola são difíceis de descrever.

Page 14: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

15

1.1Caracterização da instituição de acolhimento

Todos os elementos presentes nesta caracterização reportam-se ao ano

letivo de 2012/2013, e foram recolhidos a partir da:

- Análise de vários documentos internos do Externato, dos quais se destaca o

Projeto Educativo (PE), o Regulamento Interno (RI), e o Plano Anual de

Atividades (PAA);

- Observação direta do Externato e do contacto estabelecido com a

comunidade escolar, principalmente, com o professor cooperante.

O Externato Ribadouro é um estabelecimento de ensino Particular

devidamente reconhecido pelo Ministério da Educação e encontra-se sediado

na Rua de Santa Catarina, bem no centro da cidade, ou seja no Centro

Histórico do Porto. Pertence à freguesia de Santo Ildefonso, que contempla

uma área de 128 (ha) e 10591 habitantes e pertence ao município do Porto.4

Tem como concelhos limítrofes V. N. Gaia, Gondomar, Matosinhos e Maia.

4 Dados recolhidos: Junta de Freguesia de Santo Ildefonso (http://www.jf-stildefonso.pt/?s=7&ss=19) em 17/07/2013

Page 15: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

16

Figura 1: Externato Ribadouro

Em 2011 alargou as suas instalações, criando um novo polo na Rua

do Bonjardim, contribuindo para uma nova dinâmica desta zona da cidade

Invicta que acusava sinais de algum envelhecimento urbano.

Figura 2: Externato Ribadouro - Instalações da Rua do Bonjardim

Esta expansão deveu-se ao facto do crescente número de alunos que

frequentam a instituição e que conta também com uma grande lista de espera.

Esta situação deve-se em grande parte ao ranking que o Externato foi tendo

nos exames nacionais nos últimos anos.

Page 16: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

17

Os edifícios do Externato Ribadouro, tanto da rua de Santa Catarina

como da rua do Bonjardim, caracterizam-se por manterem a traça original

exteriormente, sendo que no interior são funcionais e misturam alterações

arquitetónicas recentes com a planta original dos mesmos. As salas estão

dotadas na sua maioria por quadros brancos de beiras de alumínio, sendo que

algumas dispõem de quadros interativos e de videoprojetor. Existem também

dois campos de jogos cobertos para a prática desportiva, dois auditórios e

bares para estudantes e professores. A secretaria encontra-se no edifício sede,

ou seja, na rua de Santa Catarina, juntamente com a sala da Direção.

O Externato Ribadouro é uma instituição particular frequentada por

alunos provenientes de famílias com recursos financeiros, são jovens viajados

e com acesso a diversos bens culturais. Nitidamente, os alunos que

frequentam esta instituição fazem parte de uma classe média, média-alta,

abundando entre os mesmos telemóveis de última geração e material escolar

de qualidade.

No global o ambiente escolar é bom, sendo de grande convívio entre

discentes, docentes e não docentes. Como o Externato Ribadouro contempla

todos os ciclos de ensino, desde o Pré-Primário ao Secundário, nota-se um

grande controlo por parte do pessoal não docente. Sente-se segurança mal se

entra nos edifícios, o que para os encarregados de educação é uma mais-valia.

Durante os períodos de intervalo o barulho é uma constante, no entanto, após

o toque de entrada impera um silêncio disciplinado, o que denota uma

diferença para quem já lecionou em escolas públicas. O número total de

pessoal não docente é de 24 e de pessoal docente é de 1325, embora alguns

destes docentes não estejam a tempo inteiro pois estão, também, nos outros

colégios do grupo, neste caso o Colégio da Trofa e Colégio Camões.

Segundo o Regulamento Interno, o funcionamento do Externato é das

07h da manhã até às 20h de segunda a sexta, exceto feriados. O seu

organigrama é composto pela Direção (Entidade Titular), Direção Pedagógica,

Coordenadores Pedagógicos (1 por cada ciclo de ensino num total de 5),

Conselho Pedagógico, Departamento Curricular, Conselhos de Grupo,

5 Dados retirados do Projeto Educativo do Externato Ribadouro

Page 17: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

18

Coordenador de Departamento, Conselhos de Turma e Diretores de Turma.

Todos estes cargos são atribuídos anualmente pela Direção Pedagógica,

sendo exceção a Direção e a Direção Pedagógica.6

Os objetivos do projeto educativo da instituição privilegiam:

-criar um instrumento consensual de trabalho conducente ao sucesso da ação

Educativa;

-cumprir os objetivos da Reforma do Sistema Educativo contemplado, não só o

domínio de aquisições fundamentais para o desempenho de papéis

socialmente úteis, como a dimensão pessoal de formação e a dimensão para o

exercício da cidadania;

-estabelecer condições gerais que permitam aos alunos a apropriação do

saber, do saber-fazer e do saber-ser numa perspetiva integral de forma

multidisciplinar;

-proporcionar aos atores da ação educativa uma diversidade de situações no

sentido de ir ao encontro dos interesses dos alunos e provocar-lhes apetências

de aprendizagem;

-mobilizar os saberes dos alunos de modo a fazer emergir a sua autoestima, a

desenvolver a sua capacidade de respeito pelo outro e cooperação, bem como

a capacidade de traçar percursos autónomos;

-facultar processos de aprender a aprender, saber estudar e saber pesquisar,

criando meios que despertem o interesse por uma aprendizagem permanente;

-proporcionar condições para que os alunos intervenham diretamente na sua

aprendizagem e possam agir no meio envolvente, de forma atuante e crítica;

- atuar dinamicamente pelo contínuo estímulo à capacidade criativa e iniciativa

individual e coletiva;

-assegurar o desenvolvimento de uma cultura humanística, científica visando

formar indivíduos conscientes e cidadãos responsáveis;

-fazer a ligação escola-meio-vida, implicando toda a comunidade educativa;

-permitir uma melhor rentabilização dos recursos, saberes e experiências;

-evitar possíveis disfuncionamentos.7

6 Dados retirados do Regulamento Interno do Externato Ribadouro 7 Dados fornecidos pelo Projeto Educativo do Externato Ribadouro

Page 18: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

19

Por último, referimos que o Externato promove intercâmbios escolares e

visitas de estudo, permitindo um novo conceito de cidadania e prepara os

alunos numa perspetiva globalizante. O Externato estabelece protocolos com

universidades estrangeiras com o objetivo de certificar os seus alunos nas

línguas estrangeiras – Inglês, Espanhol e Francês. Ou seja, a instituição tenta

ser atrativa, não só pela sua boa classificação no ranking dos exames

nacionais, mas também em atividades que cativem mais membros para a sua

comunidade escolar.

Page 19: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

20

1.2. Descrição das funções do profissional e do seu papel enquanto

estudante da Prática Pedagógica na instituição

O papel do professor tem vindo mudar num mundo também ele em

mudança. Segundo Perrenoud (1999), a formação de professores deve

assentar numa prática reflexiva, para a inovação e a cooperação. Sendo estes

pressupostos, orientações prioritárias para a formação de professores. Diga-se

que parte desta teoria tem por base a tese de Shön (1987) que é o primeiro

investigador a abordar a questão da reflexão na ação. A nível nacional parte

desta orientação da formação de professores é defendida por Nóvoa quando o

autor afirma que “a formação de professores deve assumir uma forte

componente prática, centrada na aprendizagem dos alunos e no estudo de

casos concretos, tendo como referência o trabalho escolar” (2007, p.4).

O professor estagiário deve ser então um ator educativo que tem por

base a sua capacidade reflexiva, ou seja, um professor reflexivo, como

defendem Oliveira & Serrazina (2002, p.34):

“O professor reflexivo é, então, o que busca o equilíbrio entre ação e o pensamento e uma nova prática implica sempre uma reflexão sobre a sua experiência, as suas crenças, imagens e valores. Assim, uma prática reflexiva proporciona aos professores oportunidades para o seu desenvolvimento, tornando-se os profissionais mais responsáveis, melhores e mais conscientes.”

A preparação para o assumir de funções na prática pedagógica, por

parte dos docentes, remete-nos para o campo pedagógico, mas também

científico. Se para o campo científico o estudante obtém a sua preparação

através das unidades curriculares da Pós-Graduação em História e Geografia,

no qual contactou com diferentes campos do saber geográfico, desde a

Geografia Física à Geografia Humana, no campo pedagógico a situação muda.

Ou seja, para além dos conhecimentos teóricos adquiridos e desenvolvidos

através das unidades curriculares do Mestrado em Ensino da História e

Page 20: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

21

Geografia no ensino Básico e Secundário, existe também a realização de uma

prática pedagógica onde o estudante irá poder demonstrar, em contexto prático

– sala de aula - todas as competências adquiridas.

Mas o que se espera de um professor estagiário em Geografia?

Primeiramente devemos centramo-nos nas Normas Regulamentares

específicas do Mestrado acima mencionado e também nas fichas de unidade

curricular para que se possa entender o que é expectável num estudante de

prática pedagógica.

Assim sendo, e no que toca à realização da prática pedagógica espera-

se que o estudante:

-Forme a capacidade de reflexão do professor sobre a prática,

consciencializando decisões, condutas e dilemas;

-Desenvolva a capacidade do professor de tomar decisões

fundamentadas e de resolver problemas profissionais;

-Conheça os documentos oficiais da instituição de acolhimento da

Prática Pedagógica;

-Caracterize a instituição de acolhimento da Prática Pedagógica e o

público-alvo;

-Integre a equipa de trabalho da instituição de acolhimento da Prática

Pedagógica;

-Planifique e realize as atividades de Prática Pedagógica;

-Revele responsabilidade, empenho e disponibilidade no

desenvolvimento das tarefas de Prática Pedagógica;

-Aplique os conhecimentos e competências obtidos nas unidades

curriculares do curso de mestrado;

-Desenvolva a capacidade de compreensão e de resolução de

problemas em situações novas e não familiares em contextos alargados e

multidisciplinares.

Page 21: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

22

Mas além desta participação espera-se que o estudante de Prática

Pedagógica desenvolva capacidades de tomada de decisão fundamentada e

que resolva problemas profissionais, que comunique decisões, que interaja

com os diversos intervenientes da comunidade escolar onde se insere, que

seja responsável, humilde e que aplique conhecimentos obtidos nas unidades

curriculares.

O Externato onde realizei a Prática Pedagógica pauta-se por ser uma

referência ao nível das instituições privadas do norte do país. Assim sendo,

grande parte dos seus alunos, pais e Direção tem altas expectativas

relativamente ao futuro dos discentes e como tal, exigindo dos seus

professores o máximo. A realidade com que me deparei, na turma que me foi

atribuída para a realizar a prática pedagógica em contexto de sala de aula, foi

um diferente das turmas que fui tendo ao longo da minha carreira profissional.

São alunos exigentes, curiosos, motivados e com altos índices de utilização de

novas tecnologias. Perante estes padrões teria de estar à altura. Decidi que

teria de ser eu próprio, transmitindo aquela energia de quem gosta do que faz,

utilizando recursos apelativos, nomeadamente pequenos vídeos com muita cor,

informação objetiva assente no manual e em pesquisas bibliográficas e num

Powerpoint (PPT), bem como numa interação constante com os alunos de

forma a poder explorar a curiosidade típica de alunos adolescentes.

Por último, referir ainda a cooperação solidária, participativa e

motivadora que senti por parte de todos os elementos desde o Professor

Orientador aos restantes colegas.

Page 22: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

23

Capítulo 2 – Explicitação do plano de Prática Pedagógica em

Geografia

“Por um lado, hoje assistimos ao movimento de afirmação de autonomia

do professor como prático reflexivo e construtor dos seus saberes profissionais

que poderia ir ao encontro da autonomia que teoricamente tem sido conferida à

escola nos últimos decénios. Por outro lado, assistimos, talvez por razões

económicas, a uma diversificação, complexidade e intensificação do tempo de

trabalho que têm limitado essa autonomia e deixado marcas na identidade dos

professores.”

(Estrela, 2010, pp.7-8)

No presente capítulo consta a planificação de toda a Prática Pedagógica

e o respetivo cronograma de atividades. É realizada a caracterização dos

alunos da turma, diagnosticando as necessidades dos mesmos.

Page 23: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

24

2.1 Cronograma de atividades

Dando início à Prática Pedagógica, professor orientador e professores

estagiários têm de definir um cronograma de atividades de forma a poderem

alicerçar toda esta unidade curricular. Esta componente curricular é de suma

importância dado permitir aos futuros professores, neste caso de Geografia,

exercerem a sua futura atividade profissional, sempre com

orientação/supervisão. Segundo Alarcão e Tavares (1987, p. 197):

“Entendemos supervisão como o processo em que um professor, em princípio mais experiente e mais informado, orienta um outro professor ou candidato a professor no seu desenvolvimento humano e profissional. Depreende-se desta noção que a supervisão tem lugar num tempo continuado, pois só assim se justifica a sua definição como processo. Tem um objetivo: o desenvolvimento profissional do professor. E situa-se no âmbito da orientação de uma ação profissional; daí chamar-se-lhe também orientação da prática pedagógica. Resta, então, esclarecer o que se entende por orientação, já que é precisamente neste ponto que normalmente residem as divergências quanto ao «modus faciendi» da prática da supervisão”

Foi com naturalidade que o efeito borboleta apareceu de novo,

nomeadamente após vários anos da realização do primeiro estágio

pedagógico, de todos os elementos do Núcleo de Estágio (NE), eis que chega

um segundo capítulo. Desta vez numa instituição privada, ao contrário do

primeiro que foi para todos nós numa escola pública. Ou seja, foi o retomar da

incerteza, da preocupação de se estar à altura do esperado e de não querer

falhar.

Iniciámos a Prática Pedagógica em contexto de escola formalmente no

dia 08 de março de 2013. Nesse dia fomos conhecer pessoalmente o nosso

professor cooperante. Após apresentações o professor cooperante João

Amaral apresentou o seu horário de trabalho, as turmas e os respetivos anos

em que estava a lecionar. Ficou decido que seriam entregues ao Núcleo de

Estágio duas turmas de 7º ano e uma de 8º ano. Dada a possibilidade, todos

concordamos que as quintas-feiras seriam o dia da semana indicado para idas

ao Externato Ribadouro (ER) pois durante esse dia existiam aulas das turmas

de regência. Para terminar esse primeiro encontro o professor cooperante

Page 24: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

25

deixou ao critério a distribuição das turmas e disponibilizou-se para na reunião

seguinte apresentar o plano de estágio. Assim, no dia 05 de abril de 2013 foi-

nos entregue o plano de estágio, que se encontra sistematizado na planificação

seguinte:

Atividades dos estudantes de Prática Pedagógica · 15 de março de 2013

· Participação numa reunião de departamento.

· Semana de 2 a 5 de abril

· Preparação dos conteúdos a desenvolver nas aulas assistidas;

· Análise dos manuais utilizados;

· Reunião com o professor cooperante.

· 11 de abril de 2013

· Assistência às aulas de professor cooperante:

· 8h20m – 9h50m (90 minutos) turma 8ºA

· 10h00m – 11h30m (90 minutos) turma 7ºB

· 14h20m – 15h50m (90 minutos) turma 7ºA

Total – 270 minutos

· Semana de 22 a 26 de abril

· Reunião com o professor cooperante;

· Elaboração de um teste de avaliação de etapa a ser utilizado na

semana seguinte.

· Semana de 29 de abril a 3 de maio de 2013

· Reunião com o professor cooperante;

Page 25: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

26

· Análise e finalização dos planos de aula e material em anexo para a

semana seguinte.

· Preparação da exposição dia da Europa para a semana seguinte.

· 9 de maio de 2013

· Lecionação de aulas por parte dos estagiários:

· 8h20m – 9h50m (90 minutos) turma 8ºA

· 10h00m – 11h30m (90 minutos) turma 7ºB

· 14h20m – 15h50m (90 minutos) turma 7ºA

· Reunião com o professor cooperante.

Total – 90 minutos por estagiário

· Assistência de aulas dos colegas por parte dos estagiários:

· 8h20m – 9h50m (90 minutos) turma 8ºA

· 10h00m – 11h30m (90 minutos) turma 7ºB

· 14h20m – 15h50m (90 minutos) turma 7ºA

· Reunião com o professor cooperante.

Total – 180 minutos por estagiário

Page 26: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

27

Trabalho a desempenhar durante o período de estágio

Os professores estagiários propõe-se a:

ü Assistir às aulas do professor cooperante, nas turmas 7ºA, 7ºB e 8ºB,

do ensino básico num total de três sessões de noventa minutos,

fazendo-se o registo das presenças em documento próprio;

ü Prestar o serviço de regência nas turmas nas turmas 7ºA, 7ºB e 8ºB do

professor cooperante, num total de 90 minutos, fazendo-se o registo

das regências em documento próprio;

ü Assistir às aulas dos colegas no núcleo de estágio, nas turmas 7ºA, 7ºB

e 8ºB dos colegas estagiários, num total de 180 minutos, fazendo-se o

registo das presenças em documento próprio;

ü Participar nas reuniões de pré e pós observação de aulas;

ü Elaborar ou co elaborar os documentos associados à prática docente

(planificações, planos de aula, materiais didáticos, situações avaliativas,

etc.);

ü Selecionar os temas a serem trabalhados nas reuniões do núcleo de

estágio, a saber, todos aqueles que se enquadrem nas temáticas

trabalhadas nos anos de regência;

ü Refletir sobre as aulas observadas e documentos associados;

ü Dinamizar a organização da atividade de Geografia “Semana da

Europa”, no âmbito do Plano Anual de Atividades do Externato

Ribadouro;

ü Participar numa reunião de Departamento ou grupo disciplinar, em

março.

ü Participar numa reunião de Conselho de Turma, em junho;

O trabalho a realizar pelo Núcleo de Estágio foi alvo de reflexão e debate,

tendo sido aceite por todos, até porque este tinha como base o cálculo da

distribuição de horas de Prática Pedagógica proposta pela Universidade

Portucalense.

Page 27: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

28

Cronograma das Atividades Realizadas

Atividade Geografia Total

Lecionação das aulas de dia

09/05/2013

2 aulas 2h 2h

Observação das aulas do

professor orientador de núcleo

de estágio no dia 11/04/2013

3 aulas 6h 6h

Observação das aulas dos

colegas de estágio no dia

09/05/2013

2 aulas 4h 4h

Reuniões pré-observação das

aulas a lecionar

2 reuniões 4h 4h

Reuniões pós-observação das

aulas que lecionou

1 reuniões 2h 2h

Reuniões pós-observação das

aulas que observou nos colegas

2 reuniões 4h 4h

Planificar aulas 2 aulas 10h 10h

Construir instrumentos de

avaliação

4h 4h

Corrigir instrumentos de

avaliação

4h 4h

Analisar resultados 4h 4h

Reuniões de Conselho de

Turma

1 reunião 2h 2h

Reuniões de Departamento ou

de Grupo Disciplinar

1 reunião 1h 1h

Colaborar na dinamização do

PAA

1 ou mais atividade(s) 6h 6h

Analisar os instrumentos

reguladores da vida da escola

PEE, PCE, RI, PAA,

PCT’s,

7h 7h

Analisar os instrumentos

reguladores das aprendizagens

Programas, Metas de

Aprendizagem

3h 2h

Elaborar atas do núcleo de 2 atas 2h 2h

Page 28: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

29

estágio

Outras reuniões do núcleo de

estágio, nomeadamente reunião

final de auto e heteroavaliação

do estágio

4h 4h

60h

Tabela 1 – Cronograma das atividades realizadas

Page 29: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

30

2.2 Caracterização da turma 7ºB

O 7º B seria a turma onde faria regências e para efetuar uma melhor

contextualização dos alunos da turma, fui no dia 19 de abril assistir à aula do

professor cooperante, João Amaral, conjuntamente com os restantes

elementos do núcleo de estágio. Pude constatar que a turma em questão era

extremamente interventiva, disciplinada, atenta e com altos índices de

concentração. Tomei conhecimento, através do professor cooperante, que as

notas à disciplina de Geografia eram elevadas e que os alunos eram bastante

curiosos. Mas em concreto como é esta turma? Quais os seus hábitos? O que

esperaria o Conselho de Turma destes jovens? Assim sendo, fiz a análise do

Plano de Turma (PT) e constatei vários fatores.

Constituição da turma

A turma é composta por 26 elementos, 12 raparigas e 14 rapazes. Deste

total apenas cinco alunos são novos, os restantes transitaram de ano,

mudando apenas de ciclo. A Delegada de turma é uma aluna e o Subdelegado

um aluno, havendo assim uma distribuição de cargos entre os dois sexos.

Idade dos alunos

A grande maioria dos alunos desta turma (21 alunos) possui 12 anos,

tendo os restantes 11 anos, o que revela que têm realizado uma escolaridade

normal.

Page 30: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

31

Horário e docentes

O horário escolar é essencialmente preenchido da parte da manhã, com

entrada às 8:20m e com saída às 12:40m, com exceção das segundas-feiras e

quintas-feiras em que saem pelas 13:10. Da parte da parte estão contempladas

as terças-feiras, quintas-feiras e sextas-feiras com períodos letivos. No que

respeita aos docentes, estes são num total de treze, seis mulheres e sete

homens, sendo que um docente leciona duas disciplinas.

Proveniência dos alunos da turma

Todos os alunos da turma residem no distrito do Porto, na própria cidade

ou nos concelhos limítrofes.

Percurso escolar e métodos de trabalho

Nenhum dos alunos da turma apresenta retenções durante o seu

percurso escolar. Todos os elementos da turma frequentaram o ensino pré-

escolar, o que indicia a preocupação dos Encarregados de Educação em

proporcionar, desde cedo, formação de base para um percurso escolar

acompanhado e responsável. A maioria dos alunos afirma estudar diariamente

– 16 alunos. Tal situação pode facilitar o bom desempenho dos mesmos, pelo

que, é necessário continuar a incentivá-los para que mantenham esta postura.

Todos os alunos desejam prosseguir estudos até ao Ensino Superior,

podendo denotar vocação para o estudo. Intui-se que as expectativas pessoais

e familiares são elevadas quanto ao aproveitamento escolar.

Page 31: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

32

Os alunos e a escola

A maioria dos alunos manifestaram gostar muito da escola, que veem

como segunda casa. Há, portanto, condições de bem-estar que poderão

refletir-se numa motivação para a aprendizagem.

Todos os alunos referiram que gostam muito dos professores, porque são

exigentes, trabalhadores e competentes. Este dado pode também contribuir

para a motivação das aprendizagens.

Ocupação dos tempos livres

A ocupação dos tempos livres é muito diversificada, pelo que, os alunos

manifestaram alguma dificuldade em fazer opções por ordem de preferência.

De qualquer forma, salientaram jogar computador, ver televisão e ler. Assim,

constata-se que parte da turma apresenta hábitos de leitura, sendo uma

situação que poderá beneficiar o aproveitamento dos alunos com reflexos em

várias áreas do saber, já que a leitura é uma referência que cruza com diversas

competências gerais e específicas ao nível da compreensão/comunicação; do

vocabulário e da criatividade.

Agregado familiar

A maioria dos alunos vive com os pais e um irmão ou irmã. Três alunos

vivem apenas com a mãe.

Habilitação literária dos pais

A maioria dos pais dos alunos apresenta como grau académico a

licenciatura. Esta situação pode ser facilitadora para a aprendizagem dos

alunos já que os pais podem apoiar os filhos no seu progresso escolar.

Page 32: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

33

Saúde e alimentação

Dez alunos referem que têm problemas de saúde. Nove alunos referem

que possuem problemas de índole visual salientando-se um que apresenta

daltonismo. Dois dos alunos referem que sofrem de problemas asmáticos.

Os alunos desta turma apresentam um número médio de horas de sono

bastante elevado. Com efeito a maioria dos alunos dorme em média 9 horas.

Todos os alunos fazem 4 refeições diárias, tendo por hábito tomar o

pequeno-almoço em casa. No que diz respeito ao almoço, verifica-se que os

alunos se distribuem entre o almoço em casa e na escola. Estas escolhas

estão dependentes do local onde vivem, da disponibilidade dos transportes ou

dos seus pais e do horário, pois quando os alunos têm aulas de tarde é mais

frequente almoçarem na escola.

Atividades extracurriculares

A maioria dos alunos da turma frequenta atividades complementares

após o horário letivo. Realizam diferentes atividades que vão desde desporto

(natação, futebol, karaté, ginástica, dança, andebol, basquetebol e vela), a

Instituto de inglês e música.

Objetivos principais do plano de turma

a) Promover o trabalho em equipa dos professores.

b) Centrar a ação educativa na aprendizagem dos alunos.

c) Promover a coordenação do processo de aprendizagem e a

harmonização das mensagens socializadoras.

d) Estabelecer uma linha de atuação comum dos professores da turma

em todos os domínios da sua ação perante os alunos.

e) Facilitar a articulação horizontal dos conteúdos do ensino e a

integração dos saberes.

Page 33: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

34

f) Adequar as estratégias de ensino às caraterísticas dos alunos,

explorando as suas motivações e interesses.8

Estes objetivos estipulados pelo Conselho de Turma visam motivar os

alunos para a participação e envolvimento gradual na construção da sua

aprendizagem, desenvolver competências socioafetivas e criar um ambiente na

sala de aula capaz de promover o conhecimento. O Núcleo de Estágio norteou-

se por estes objetivos, pois além de bem definidos também iam ao encontro do

desejado na Prática Pedagógica.

8 Dados retirados do Plano de Turma do 7º B

Page 34: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

35

Capítulo 3 – Descrição e fundamentação das atividades de Prática

Pedagógica

“Saber o quê, como e porquê ensinar, aprender e fazer aprender,

constitui-se como desafio de melhoria sistemática das experiências

profissionais de Professores, o que passa pela investigação das condições e

do sentido das práticas que desenvolvem”

(Silva, Braga & Cruz, 2011, p.13).

Neste capítulo irá ser abordada a planificação, realização e a avaliação

das aprendizagens. Pretende-se realizar uma descrição e fundamentação das

atividades desenvolvidas em contexto de Prática Pedagógica no âmbito da

disciplina de Geografia e da participação na escola e relação com a

comunidade.

Page 35: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

36

3.1 Organização e gestão do ensino e da aprendizagem em

Geografia

A intervenção pedagógica requer uma ideia de ação, um fio-condutor, tendo

em conta o que pretendemos fazer e com que finalidade. É com a prática

pedagógica que se desenvolve a capacidade de pensar e planificar em

contexto escolar, ou seja, existe uma conexão entre teoria e prática. O “jogo

pedagógico” entra então no tabuleiro da ação e faz os professores jogarem, ou

seja, pensarem exaustivamente em cada movimento, cada passo e nas

respetivas implicações dessas mesmas jogadas. Assim sendo, são nestas

circunstâncias que os profissionais da área se tornam capacitados para

poderem crescer e desenvolver-se profissionalmente. Nesse sentido Zabalza

(2001, p.3) refere que um professor é um “autêntico agente tradutor e filtrador,

a nível de ensino, dos pressupostos e das planificações realizadas a nível

superior”.

Assim sendo, como será aprender Geografia? Para que serve a

Geografia? Segundo Ribeiro (2012, p, 147):

“A utilidade do ensino da Geografia é indiscutível: ela está na base tanto da compreensão do mundo dos nossos dias como do nosso país, da diversidade das regiões, das causas do seu atraso e dos remédios com que se pode acudir a ele”

Já Moreira (2011, p.21), citando a Carta Internacional de Educação

Geográfica, refere que a Geografia é descrita como a “ciência que procura

explicar as características dos lugares e a distribuição da população, dos

fenómenos e acontecimentos que ocorrem e evoluem à superfície da terra”.

Nesse sentido Santos (2007, p.35), afirma que “o ensino da Geografia deve,

portanto, contribuir para que o aluno possa compreender melhor o frenético e

fascinante mundo em que vive e sentir-se estimulado a intervir solidariamente

na realidade em construção, aceitando participar como agente de

transformação social”. Assim sendo e entendendo o valor formativo e social da

Geografia, devemos dotar os alunos de mais cultura, mais informação,

capacidade de análise, de juízo e compromisso.

Page 36: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

37

Tendo em conta o acima referido era necessário planificar. Para Zabalza

(2001), planificar é transformar uma ideia numa forma de ação.

Planificação

Para iniciarmos a planificação fez-se o conhecimento do meio social e da

turma que iria lecionar, neste caso o 7º B. É então chegado o momento de

realizar as escolhas pedagógicas, ou seja, a base de trabalho. A planificação

das aulas é peça fundamental para que o profissional seja bem-sucedido. É

pela planificação que se prevê e estabelece caminhos que possam nortear

melhor a execução e ação educativa. Para iniciarmos a planificação recorreu-

se ao modelo proposto pela Universidade Portucalense, para os planos de aula

em Geografia. Esse modelo contempla no topo uma informação base sobre a

disciplina, o sumário, a turma, o ano a lecionar. a data, a temporização e os

nomes dos professores. No restante temos uma situação-problema, que no

fundo não são mais do que as questões orientadoras da aula, metas de

aprendizagem a desenvolver, esquema conceptual, informação e conteúdos

novos, objetivos da aprendizagem, sequência da aula, recursos, avaliação

intercalar, diferenciação pedagógica e avaliação final. Mas, o plano de aula não

é rígido nem absoluto. Deve ser utilizado de forma flexível, sendo adequado ao

nível cognitivo dos alunos. Planificar é o pensamento elaborado do professor,

levado a cabo antes da intenção.

As planificações são um elemento de debate entre o professor estagiário e

o professor orientador, o qual através de sugestões oportunas contribui,

principalmente pela sua experiência. Depois de ter recolhido informação acerca

dos alunos com o professor Orientador, pois este também tinha o cargo de

Diretor de Turma, de observar as aulas da turma, avancei para a planificação

das unidades didáticas. No entanto, conforme referem Martín Diaz e Kempa

(1991), nem sempre os supostos “melhores” materiais didáticos são os mais

adequados, tudo depende do interesse e motivação dos alunos.

Num primeiro momento foi indispensável definir uma planificação daquilo

que ia ensinar, duas aulas consecutivas, ou seja, dois blocos de 45 minutos,

Page 37: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

38

num total de 90 minutos. Assim sendo, consultei as planificações anuais e de

médio prazo com o intuito de preparar as estratégias a usar.

Depois de ter reunido com o orientador sobre os conteúdos que ira lecionar

(anexo 2), e com base nessa informação iniciei a planificação da aula. A

temática em questão foi a Unidade B2 – Climas, Biomas e Produções

Agrícolas. Após saber a temática foi consultar as Metas Curriculares do 3º

Ciclo de Geografia de forma a poder saber o que pretende o Ministério que os

alunos saibam. Assim foi, percebi então que teria de centrar a planificação na

abordagem das diferentes regiões climáticas, respetivos climas, biomas e

produções agrícolas. Foi consultada ainda abordagens científicas relacionadas

com a temática acima referida. Recorri principalmente a Strahler (2011, p.

2018) onde pode verificar o seguinte, “the Earth´s climates span a huge range

of environments, from hot, wet equatorial forests, to dry, barren deserts, to

bitterly cold expenses of snow and ice”.

Elaborou-se então a planificação (anexo 3), recorrendo-se em grande

parte dela às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), recurso

pedagógico cada vez mais criativo e útil conforme refere Ferreira (2010, p.17):

“Numa sociedade cada vez mais exigente e com um ensino escolar em que o modelo expositivo deve ser evitado, o professor deve ser criativo e flexível no processo de estruturação da aula. Assim sendo o uso de novas tecnologias pode ser um recurso pedagógico fundamental, e dessa forma além do livro didático, outros recursos didáticos passam a ser utilizados pelos professores no processo de ensino-aprendizagem.”

A aula

Após a planificação da aula eis que a mesma terá de ser colocada em

prática. Ou seja, passaremos do plano teórico para o plano prático. A aula

centrou-se na seguinte situação-problema:

Como se distinguem os climas no Mundo?

Quais as principais características dos climas frios, temperados e quentes?

Page 38: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

39

Assim sendo, iniciou-se a mesma com o recurso à técnica de ensino

Brainstorming de forma a solicitar aos alunos os seus conhecimentos prévios

de temperatura e precipitação. Fazendo-se aí uma pequena avaliação

diagnóstica. Esta técnica tem por base explorar novas ideias sobre um

determinado tema.

De seguida apresentou-se um PowerPoint (PPT) (anexo 4), no qual se

incluíram as zonas climáticas, segundo Daveau (1976), através de um mapa do

planeta terra, com os climas quentes, frios e temperados e as suas respetivas

especificidades. Juntamente com os climas iriam ser analisados gráficos

termopluviométricos, o respetivo TMA (Temperatura Média Anual), ATA

(Amplitude Térmica Anual) e PT (Precipitação Total). Seguidamente foram

passando pequenos vídeos sobre a especificidade dos referidos climas. A

minha preocupação centrou-se na temporização, esta situação fez com que

tivesse de optar por analisar profundamente apenas quatro climas, em

consonância com o orientador.

Durante esta fase da aula foram colocadas questões. Umas fechadas,

outras abertas, dependendo do aluno, como forma de diferenciação

pedagógica.

Após a colocação de todas as dúvidas por parte dos alunos, foi apresentado

num slide um esquema conceptual com o resumo da temática abordada na

aula.

No final, um último slide foi colocado em projeção com as regras de

construção dos gráficos termopluviométricos, que iriam servir para o professor

Orientador iniciar a aula seguinte da turma.

Page 39: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

40

3.2 Participação na escola e relação com a comunidade

A participação na escola e a relação com a comunidade são um elo

extremamente importante durante a prática pedagógica. Não é por acaso que a

Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei n.º46/86, de 14 de outubro) refere que:

“Pretende-se uma escola que desenvolva uma cultura de participação, que saiba partilhar a educação com a família (principal entidade, responsável pela educação), com trabalhadores não docentes, com a comunidade envolvente e assim todos possam contribuir para o desenvolvimento pleno e harmonioso dos indivíduos (…)”

Assim sendo, podemos afirmar que um dos pontos centrais da prática

pedagógica é o envolvimento na comunidade educativa. Desse envolvimento

podemos, inclusivamente, constatar os problemas e as respetivas soluções da

comunidade escolar que nos acolhe. Claro está que cada docente leva consigo

um contributo mais para ajudar a essa participação entre todos.

Inicialmente foram-nos dadas a conhecer as instalações. Podendo ver,

desde logo, a existência de instalações determinadas a certos ciclos do ensino,

com assistentes operacionais especializados nesses mesmos ciclos de ensino.

O ambiente foi bastante acolhedor e podemos dizer que fomos muito bem

recebidos por todos os intervenientes, desde pessoal docente a não docente.

Procuramos também, dentro do período decorrente da Prática Pedagógica,

contribuir para esse espírito de partilha, colaborando em todas as atividades

resultantes do Plano de Estágio, já acima referidas.

Participei numa reunião do departamento de ciências socias e humanas,

onde tivemos a oportunidade de conhecer os docentes do grupo de Geografia

e também de outros grupos pertencentes ao departamento em questão. Nesta

mesma reunião foi abordada a preparação do Dia da Europa, que seria

constante do Plano de Anual de Atividades (PAA) do Externato e que tinha

como principais dinamizadores o grupo de Geografia. Assim sendo, ficou logo

definido que o Núcleo de Estágio teria de se envolver na dita atividade e assim

poder contribuir na dinamização da mesma. Ideias não faltaram e ficou definido

que na próxima reunião do Núcleo de Estágio iria ser traçado o plano de

Page 40: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

41

concretização da atividade. Realçamos pois o entusiasmo que esta mesma

atividade gerou. De referir que esta não se limitou ao grupo de Geografia, pois

foi pedido aos docentes de Educação Visual, que auxiliassem na elaboração

das cartolinas e no seu preenchimento. Foi definido que no dia 09 de maio de

2013, da parte da manhã, seriam expostos todos os trabalhos realizados e que

todos os elementos da comunidade educativa seriam chamados para a

visualização da mesma. A atividade decorreu sem incidentes e dela surgiram

períodos de convívio e boa disposição.

Figura 3: Núcleo de Estágio na Exposição sobre o Dia da Europa (09/05/2013)

Figura 4: País que faz parte da União Europeia (UE)

Page 41: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

42

Figura 5: Jogos sobre a UE

Figura 6: Alguns dos trabalhos expostos sobre a UE

Este tipo de atividade é de suma importância pois além de ajudar a

estreitar laços entre todos os elementos da comunidade escolar, permite

realçar um dia importante na história europeia, compreender os períodos de

conceção da UE, localizar geograficamente esse países e contribui para uma

aproximação e compreensão cultural entre os vários países que compõem a

UE.

Por último, convém referir todo o apoio fornecido pela Direção do

Externato Ribadouro.

Page 42: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

43

Capítulo 4 – Reflexão crítica e fundamentada sobre os resultados

obtidos

“Entende-se o desenvolvimento profissional dos professores como um

processo individual e coletivo que se deve concretizar no local de trabalho do

docente: a escola; e que contribui para o desenvolvimento das suas

competências profissionais, através de experiências de índole diferente, tanto

formais como informais.”

(Marcelo, 2009, p.1).

Neste capítulo será realizada uma reflexão crítica fundamentada sobre

os resultados obtidos na aprendizagem. Dar-se-á a conhecer o estudo sobre

metodologias utilizadas no ensino de Geografia. Por último, será realizada uma

reflexão sobre desenvolvimento profissional docente.

Page 43: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

44

4.1 Avaliação Sumativa

Avaliar é um processo complexo. Segundo Longle (2008, p. 17):

“ (…) a literatura aponta de forma relativamente consensual, a existência de quatro grandes ideias estruturantes que marcaram, ao longo dos últimos cem anos a evolução do significado de avaliação: a avaliação como medida; a avaliação como congruência entre objetivos e os desempenhos dos alunos; a avaliação como um julgamento de especialistas e, por fim, a avaliação como uma interação social complexa.”

A avaliação surge essencialmente para que o professor possa aferir se

os alunos obtiveram sucesso das aprendizagens, podendo posteriormente

intervir sobre esses resultados, bem como ajuda os alunos na perceção da

persecução dos seus objetivos. Assim e para Zabalza (2001, p.220):

“Quando avaliamos fazemos uma medição (…) sem medição, uma valorização isolada dá lugar a uma “opinião” subjetiva e não a uma avaliação. A mera perceção, o parecer do professor, não é o apoio suficiente para realizar uma avaliação correta, que tem como um dos seus requisitos a fundamentação apoiada dos dados, objetivos subjetivos, mas suficientemente contrastados. Esse é o papel da “Medição”.”

Para Cortesão (1993, p.44), “a avaliação sumativa envolve a conclusão

sobre o mérito e o valor de um processo já completo ou estabilizado, sendo

utilizada para selecionar e responsabilizar.”

No que se refere à ficha de avaliação sumativa (anexo 5), tendo em

conta a verificação do sucesso das aprendizagens, esta contou com três

grupos. No entanto, o grupo dois ficou a cargo dos professores estagiários,

pois apenas essa parte da ficha de avaliação sumativa continha a temática

abordada nas aulas assistidas. Nesse sentido, a primeira questão do grupo

dois, pedia aos alunos que preenchessem uma tabela relativa aos tipos de

Page 44: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

45

clima e respetivas subdivisões. Já a questão dois do grupo dois, solicitava aos

alunos que selecionassem a questão correta de um conjunto de possíveis

respostas. Por último, a questão três do grupo dois, solicitava aos alunos a

observação de um gráfico termopluviométrico, do qual teriam de verificar

alguns pontos solicitados.

Assim, iremos apresentar os resultados obtidos na ficha de avaliação

sumativa que aplicamos à turma do 7ºB onde lecionamos as aulas, observadas

pelo professor cooperante. Dos 26 elementos da turma apenas um não

realizou a ficha por se encontrar doente. Refere-se ainda que não existiram

notas negativas, conforme se pode verificar pela figura abaixo mencionada.

Figura 7: Análise estatística dos resultados da ficha de avaliação sumativa

Regista-se que a média aritmética dos resultados da turma se situou nos

74,2%, sendo a classificação mais alta de 96% e a mais baixa de 51%. Como

se pode constatar pelos dados apresentados, a maior percentagem de alunos

obteve classificações de nível 4, ou seja entre 75% a 89%. O que revela desde

já que estamos na presença de uma turma globalmente homogénea, pois

100%

0%

Percentagem de notas positivas e negativas

% de positivas % de negativas

N.º de Alunos Nível % Alunos0 1 0%0 2 0%8 3 32%

13 4 52%4 5 16%

% de positivas 100%% de negativas 0%

Page 45: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

46

100% dos alunos têm positiva, sendo que a maior parte apresenta resultados

de nível 4 (52%).

No que diz respeito às questões em si, verificamos que no geral, as

respostas certas se sobrepõem às incompletas ou erradas/não dadas.

Destacando-se claramente as questões 5.1, 5.2 e 5.3 no grupo I e as questões

2.4, 2.5, 3.1.2 e 3.1.5 no grupo II, com uma percentagem entre 90% a 100%

conforme podemos ver no gráfico seguinte:

Gráfico 1: Sucesso por questão

No que diz respeito às respostas erradas/não dadas também podemos

verificar que não se sobrepõem em nenhuma das questões, o que revela a boa

preparação dos alunos.

Como podemos verificar a larga maioria das questões obtiveram

respostas positivas. Não é demais salientar que tivemos em conta no grupo II,

correspondente ao conteúdo programático que lecionamos, referente à

Page 46: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

47

temática B2 – Climas, Biomas e Produções Agrícolas, a intenção de equilibrar

o número de questões, as percentagens e as possibilidades de resposta.

Em jeito de balanço, no que se refere aos resultados obtidos, realizamos

uma reflexão acerca da prática pedagógica. A importância desta reflexão foi

por nós entendida como uma forma de perceber se o planificado obteve

resultados esperados ou se pelo contrário falhou, conforme defende Zeichner

(1993, p.20):

“A reflexão depois da ação ocorre quando se analisam os resultados e se extraem conclusões, o que contribui para a melhoria e ajustamento das aprendizagens a promover. Neste período, o professor deve avaliar e refletir sobre a sua prática, de forma a perceber o que falhou e, consequentemente, proceder a uma nova planificação fundamentada nas mesmas.”

Concluímos então que a larga maioria dos alunos soube demonstrar

capacidade de mobilização dos seus conhecimentos, o que nos leva a crer,

após reflexão, que os recursos e estratégias utilizados se revelaram

adequados, permitindo atingir os objetivos planeados.

Page 47: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

48

4.2 Estudo: Metodologias de Ensino na Geografia

O mundo e a geografia então em constante mudança, assim como

podemos ensinar geografia? Conforme refere Rebelo (1996, p.61) o facto do

Ser Humano:

“ao consciencializar-se da sua existência, ter ficado certamente consciente também dos riscos que corria. Primeiro, os riscos eram exclusivamente naturais; e, pouco a pouco, além desses vieram outros decorrentes das suas próprias atividades, tendo ou não componente natural. Hoje, os riscos são já de toda a ordem, desde os naturais aos socioeconómicos e muitas vezes é impossível analisá-los em separado pois constituem-se em verdadeiros complexos de riscos.”

O professor de Geografia está confrontado com um vasto programa,

que aborda várias áreas desta ciência, desde a cartografia, passando pelo

estudo de risco, até às questões climáticas. Cabe ao professor de Geografia

ser o intérprete de um conjunto de conhecimentos geográficos. A Geografia

tem sobretudo o poder da imagem, ou das imagens. Para Moreira & Ulhôa

(2009, p.73), “a linguagem dos mapas, desde que compreendida, favorece o

entendimento da organização sócio-espacial, na medida em que permite

aprender as características físicas, económicas, sociais, ambientais do espaço

e sobretudo, realizar estudos comparativos de diferentes paisagens e territórios

representados em várias escalas.”

Segundo André, David & Schoumaker (1999), o ensino da geografia é

ou pode ser muito estimulante e formativo pois é uma verdadeira janela aberta

ao mundo. Para Gonzaléz (1999, p.12), “um profissional de ensino da

Geografia deve, em primeiro lugar, dominar conceitos que têm a ver com a sua

própria matéria mas não se pode desligar de outras áreas importantes do

saber”.

Assim sendo decidiu-se fazer um estudo, através de um inquérito por

questionário de forma realizar-se uma análise às práticas docentes em

Geografia. Para Quivy e Campenhoudt (1998, p.192), “o questionário é um

Page 48: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

49

instrumento de observação não participante, baseado numa sequência de

questões escritas, que são dirigidas a um conjunto de indivíduos, envolvendo

as suas opiniões, representações, crenças e informações factuais, sobre eles

próprios e o seu meio.”

Objetivos de Investigação

Este questionário (anexo 6) tem como alvo a obtenção de indicadores

sobre metodologias de ensino, tendo em conta o que os alunos do 3º Ciclo do

Ensino Básico de Geografia mais valorizam nas suas aprendizagens. Os

principais objetivos de investigação são:

1. Aferir quais as metodologias de ensino que os alunos afirmam que o

professor de Geografia mais utiliza em contexto de sala de aula;

2. Identificar os temas de Geografia preferidos pelos alunos;

3. Averiguar se os alunos gostam ou não da disciplina de Geografia e

quais as razões subjacentes a esse gosto ou não;

4. Identificar quais as tecnologias de informação e comunicação mais

utilizadas pelos professores em contexto de sala de aula.

Caracterização dos participantes no estudo

Neste estudo os participantes são os alunos do 3º Ciclo do Ensino

Básico do Externato Ribadouro, com idades compreendidas entre os 12 e os

14 anos e de ambos os sexos, ou seja, masculino e feminino.

A amostra foi selecionada de entre uma população estudantil do

externato envolvido no estudo, tratando-se de duas turmas de 7º ano e uma do

Page 49: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

50

8º ano de escolaridade do Ensino Básico. Durante as aulas do professor

cooperante foram então administrados questionários, construído no âmbito de

um projeto de investigação de docentes do Departamento de Ciências da

Educação e do Património da Universidade Portucalense.

Procedimentos de recolha de dados

Este estudo empírico é reflexo de uma proposta de trabalho prático,

tendo sido utilizado o método descritivo, no qual se pretende descrever

situações e factos analisados de forma quantitativa.

O mesmo foi aplicado através de uma técnica de amostragem por

conveniência, dado o estudo estar englobado apenas nas turmas do professor

cooperante.

A administração do questionário foi realizada de forma direta, tendo sido

estruturado por duas partes. A primeira parte relativa a uma caracterização

pessoal do aluno inquirido e uma segunda parte sobre as opções

metodológicas no ensino da disciplina de Geografia. Na primeira parte do

inquérito tinha-se por base a recolha de alguns elementos, tais como a idade,

sexo, dados relativos ao agregado familiar e respetivo percurso escolar, tendo

em conta retenção, hábitos de estudo e níveis obtidos. Já na segunda parte

foram recolhidas ideias dos participantes no que se refere às temáticas da

disciplina de Geografia, que maior e menor interesse suscitam aos alunos, o

tipo de utilização tecnológica em sala de aula, as estratégias mais utilizadas

pelo professor e a respetiva frequência.

Antes do preenchimento do questionário os alunos foram informados

sobre os seus objetivos e estrutura.

Page 50: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

51

Análise de dados

De seguida serão apresentados e analisados os dados obtidos pelos

alunos das turmas participantes (7ºA, 7ºB e 8ºB), elaborando-se tabelas e

gráficos em alguns casos.

Iniciamos então com uma breve caracterização das turmas. Assim

sendo, verifica-se que a maioria dos alunos do 7ºA tem 13 anos, ou seja 60% e

os restantes 40% são alunos com 12 anos de idade. A turma B do sétimo ano

de escolaridade por seu turno apresenta um equilíbrio maior, sendo que

sensivelmente 53% dos alunos tem 13 anos, 43% dos alunos tem 12 anos e

um aluno não refere a sua idade o que corresponde aos restantes 4%. Por

último, relativamente ao 8º B constata-se que 48% dos alunos tem 13 anos e

que 52% tem 14 anos, ou seja, existe uma situação quase igualitária entre as

referidas idades, conforme se pode constar no gráfico (gráfico 2).

Gráfico 2: Idades dos alunos

No que se refere à divisão dos alunos por sexo, existe um ligeiro

equilíbrio nas turmas do 7ºA e do 8ºB, com uma percentagem igual de 52% de

Page 51: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

52

rapazes e 48% de raparigas. Já na turma do 7ºB essa diferença acentua-se

com 57% de rapazes e 43% de raparigas. Ou seja, em todas as turmas

existem mais elementos do sexo masculino, embora a diferença não seja muito

acentuada, conforme se verifica no gráfico (gráfico 2).

Gráfico 3: Sexo dos alunos

No que se refere ao percurso escolar, podemos constatar que nenhum

dos alunos tem retenções. Ou seja, 100% dos alunos das três turmas estão no

ano escolar que devem frequentar segundo o panorama escolar português.

Quanto à situação profissional dos pais a esmagadora maioria está

empregada. No entanto, difere de turma para turma, sendo que existe 100% de

empregabilidade no 7ºB e um pouco menores nas restantes turmas (anexo 7).

No que toca à situação profissional das mães esta também pouco varia, ou

seja, grande parte está empregada. No entanto, desta vez é na turma do 8ºB

que 100% está empregada (anexo 8). Pode-se concluir relativamente à

situação profissional, que o desemprego não é expressivo.

Page 52: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

53

Já nas idades dos pais, verifica-se que a maioria se situa entre os 40-49

anos de idade, no entanto no 8ºB a faixa etária 50-59 também é bastante

expressiva (gráfico 4).

No respeitante ao percurso escolar dos alunos, as três turmas

apresentam o mesmo resultado com 100% de sucesso, não existindo casos de

retenção.

Gráfico 4: Idade dos pais dos alunos por turma

A idade das mães, por seu turno reflete em média, em todas as turmas,

uma prevalência da faixa etária 40-49. Ou seja é ligeiramente inferior ao dos

seus companheiros (gráfico 5).

Page 53: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

54

Gráfico 5: Idade das mães dos alunos por turma

No que concerne à habilitação académica dos pais, verificou-se que a

grande maioria é licenciada. No entanto, na turma A do sétimo ano uma parte

substancial (44%) não sabe responder à questão o que desvirtua um pouco os

resultados (anexo 9). Já as habilitações académicas das mães são muito

similares aos dos seus companheiros, sendo também a larga maioria

licenciada. Na turma do 7ºA, voltou-se a verificar que um grande número de

alunos não respondeu à questão (anexo 10). Assim sendo, pode-se concluir

que sendo a larga maioria dos pais dos alunos licenciada, poderão ter altas

expectativas sobre o desempenho escolar dos seus filhos, fazendo parte da

chamada classe média, média/alta da sociedade local.

Para a segunda parte do inquérito, respeitante às opções metodológicas

no ensino da disciplina de Geografia, verificou-se que a esmagadora maioria

dos alunos (acima dos 80%), gosta da disciplina (gráfico 6).

Page 54: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

55

Gráfico 6: Opinião dos alunos sobre a disciplina de Geografia

Os motivos que levam a um aluno gostar da disciplina de geografia são

variados. Segundo Castellar & Vilhena (2010, p.10),“a educação geográfica

contribui para que os alunos reconheçam a ação social e cultural de diferentes

lugares, as interações entre as sociedades e a dinâmica da natureza que

ocorrem em diferentes momentos históricos”.

Nesse sentido analisaram-se as respostas sobre os motivos pelos quais

os alunos gostam da disciplina de geografia. Assim sendo a maioria optou pela

maior concordância na afirmação “descubro temas de interesse atual”, com

48%. Ao invés a que menor concordância teve foi a resposta “valorizo o que

acontece a nível local, regional e no mundo”, com 9,5%.

No referente aos temas de Geografia que mais interesse despertam, o

que obteve maior concordância foi o tema das cidades com 28%. O que menor

concordância obteve foi o de agricultura e pescas com 6%. No nosso entender,

esta situação deve-se ao facto da localização geográfica do Externato e da

habitação dos alunos se centrar numa área metropolitana, o que faz com que

os alunos sintam uma maior proximidade com as temáticas das cidades em

contraponto com a agricultura e pesca.

Page 55: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

56

De seguida iremos realizar uma abordagem à conceção dos alunos

sobre as atividades desenvolvidas na aula de Geografia, conforme tabela 2.

Atividades Nunca

Poucas Vezes

Algumas Vezes

Muitas Vezes

f % f % f % f %

Já desenhaste e analisaste mapas? 5 7,5 15 22,4 36 53,7 11 16,4

Já desenhaste e analisaste gráficos? 0 0,0 14 20,9 30 44,8 23 34,3

Com que frequência vês e comentas filmes/documentários? 13 19,4 18 26,9 21 31,3 15 22,4

Realizas trabalhos individuais de pesquisa? 6 9,0 25 37,3 26 38,8 10 15,0

Já trabalhaste em grupo? 11 16,4 14 20,9 18 26,9 25 37,3

Costumas interpretar mapas, imagens, fotografias, etc.? 0 0,0 13 19,4 24 35,8 30 44,8

Discutes assuntos nas aulas? 2 3,0 6 9,0 22 32,8 37 55,2

Realizas debates à volta de uma mesa? 26 38,8 12 18,0 20 29,8 9 13,4

Já fizeste um trabalho com professores de várias disciplinas? 28 41,7 19 28,4 15 22,4 5 7,5

Já construíste dossiers temáticos? 28 41,7 12 18,0 13 19,4 14 20,9

É habitual fazeres resumos? 14 20,9 6 9,0 11 16,4 36 53,7

Já fizeste visitas de estudo através da internet? 33 49,2 10 15,0 15 22,4 9 13,4

Já elaboraste trabalhos usando as tecnologias? 4 6,0 6 9,0 23 34,3 34 50,7

O professor costuma expor a matéria? 3 4,5 2 3,0 16 23,9 46 68,6

Fazes Portfólio? 16 23,9 10 15,0 15 22,4 26 38,8

O teu professor anota as tuas ideias no quadro? 9 13,4 15 22,4 25 37,3 18 26,9

Fazes trabalhos com um objetivo específico? 2 3,0 7 10,4 33 49,2 25 37,3

Resolves situações-problema? 6 9,0 14 20,9 22 32,8 25 37,3

Já fizeste saídas de campo? 37 55,2 7 10,4 13 19,4 10 15,0

Constróis esquemas? 7 10,4 19 28,4 29 43,2 12 18,0

Recebes convidados nas tuas aulas? 8 12,0 35 52,2 17 25,4 7 10,4

Participas em conferências sobre temas? 28 41,7 16 23,9 12 18,0 11 16,4 Tabela 2: Opinião dos alunos das turmas do 7ºA, 7ºB e 8ºB face à frequência de atividades desenvolvidas na

aula de Geografia

Realizando uma análise à tabela (tabela 2), no referente às opções

metodológicas que reuniram maior percentagem de opções “nunca”, verifica-se

que as atividades “Já fizestes saídas de campo?”, com 55% e “Já fizeste visitas

de estudo através da internet?”, com 49% se destacam claramente das

restantes.

No que se refere à opção “poucas vezes”, verifica-se uma maior

percentagem na questão “Já recebestes convidados nas tuas aulas?” com 52%

e “Realizas trabalhos individuais de pesquisa?” com 37%.

Page 56: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

57

Já a opção “algumas vezes” tem como maior percentagem a questão “Já

desenhaste e analisaste mapas?” com 54% e “Fazes trabalhos com um

objetivo específico?” com 49%. Esta situação reflete, no nosso entender, uma

aprendizagem construtivista com apresentação de resultados. Segundo

Cachinho (2000, p.75) a Geografia deve “ser ancorada no seu ensino, na

aprendizagem de conceitos fundamentais e nas questões-chave em que a

disciplina arquiteta a sua identidade”.

Por último, referente à opção “muitas vezes”, destacam-se as

percentagens nas questões “Discutes assuntos na aula?” com 55% e “É

habitual fazeres resumos?” com 54%. Assim sendo, podemos afirmar que

algumas questões poderiam levar a uma análise mais profunda, mais exaustiva

e com outro tipo de dados.

Após a análise da tabela 2, com os resultados dos questionários

preenchidos por todos os alunos das turmas em questão, parece-nos

pertinente realizar uma análise aos mesmos de forma isolada (anexo 11, 12 e

13).

Assim sendo, verificamos que em geral as respostas às questões

apresentadas são uniformes. Podendo existir alguma variação, nomeadamente

na questão “muitas vezes”, onde realmente existem uma disparidade de

respostas obtidas em cada uma das turmas. Nas restantes, existe pelo menos

uma questão, das com maior percentagem, que são coincidentes.

Quanto ao uso de tecnologias em sala de aula, verificamos através do

gráfico (gráfico 7) que a maioria dos alunos refere não utilizar as mesmas.

Page 57: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

58

Gráfico 7: Opinião dos alunos sobre a utilização de tecnologias na aula do professor

Esta análise, reverte-se de alguma surpresa pois em todos os períodos

o professor cooperante afirma ter usado ou um PPT, ou uma ida à internet para

visualização de algum pequeno documentário ou filme. Assim sendo, parece-

nos que a frequência de utilização das novas tecnologias não vai ao encontro

das expectativas dos alunos. Mais uma vez citando Ferreira (2010), uma das

formas de evitar o método expositivo é sem dúvida o uso de novas tecnologias.

Dos recursos tecnológicos referidos pelos alunos, verifica-se que as

respostas não são unânimes e que são algo dispares de turma para turma

conforme gráfico (gráfico 8).

Gráfico 8: Opinião dos alunos sobre a utilização de software informático na aula do professor

Page 58: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

59

Será fácil aferir que em todas as turmas o PPT é sem dúvida o mais

apontado, bem como da internet. Nas turmas de 7º ano é também referida a

utilização do QuiZ. Nota-se que os alunos de 8º ano referem uma menor

variedade de software utilizado. Por último, referir que apenas o Prezi não foi

mencionado por nenhuma das turmas.

Page 59: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

60

4.3 Desenvolvimento profissional docente

Ao longo destas últimas décadas muito se tem discutido, quer a nível

político, quer a nível académico sobre a importância do desenvolvimento

profissional docente. Segundo Flores & Veiga Simão (2009, p.8):

“Tem-se reconhecido, não só na literatura da especialidade, mas também no discurso político, a importância da formação e do desenvolvimento profissional de professores como um dos elementos determinantes no contexto de mudanças em educação no sentido de elevar o padrão de ensino e melhorar os resultados dos alunos numa sociedade economicamente mais competitiva. Argumenta-se assim, em favor da necessidade alertar as escolas e os professores altamente qualificados e competentes capazes de responderem aos desafios e às exigências com que se deparam nos seus contextos de trabalho.”

Mas será que vale apena um esforço no desenvolvimento profissional?

Pensamos que sim, na medida em que contribui para o bem-estar e resultados

dos alunos, é vital na manutenção e desenvolvimento do próprio empenho e

saber-fazer profissional. Conforme refere Day (2001, p.20):

“O desenvolvimento profissional envolve experiências espontâneas de aprendizagem e as atividades conscientemente planificadas, realizadas para benefício, direto ou indireto, do individuo, do grupo ou da escola e que contribuem, através deste, para a qualidade da educação na sala de aula. É um processo através do qual os professores, enquanto agentes de mudança, reveem, renovam e ampliam individualmente ou coletivamente, o seu compromisso com os propósitos morais do ensino, adquirem e desenvolvem, de forma crítica, juntamente com as crianças, jovens e colegas, o conhecimento, as destrezas e a inteligência emocional, essenciais para uma reflexão, planificação e práticas profissionais eficazes, em cada uma das fases das suas vidas profissionais.”

Já Marcelo (2009) entende o desenvolvimento profissional docente

como um processo individual e coletivo, que se deve realizar na escola, local

de trabalho do docente, de forma a contribuir para o desenvolvimento das suas

Page 60: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

61

competências profissionais, através de experiências de índole diferente, tanto

formais como informais.

Para Evans (2002), o conceito de desenvolvimento docente, não está

claramente definido, pois necessita de ser clarificado para que exista uma

compreensão do conceito partilhada pela comunidade científica, facilitando

assim a comunicação.

No que diz respeito ao nosso país, o Estatuto da Carreira Docente dos

Educadores de Infância e dos Professores dos Ensino Básico e Secundário

(E.C.D.), (Decreto-Lei 15/2007 de 19 de janeiro), de acordo com a lei de Bases

do Sistema Educativo, refere duas saídas possíveis para a atualização de

docentes: a participação em ações de formação contínua e de formação

especializada. Segundo o artigo 14.º do E.C.D., a formação especializada “visa

a qualificação dos docentes para o desempenho de funções ou atividades

educativas especializadas”. Por seu turno o artigo 15.º do E.C.D. afirma que “a

formação contínua destina-se a assegurar a atualização, o aperfeiçoamento, a

reconversão e o apoio à atividade profissional do pessoal docente visando

ainda objetivos de desenvolvimento na carreira e de mobilidade”. No entanto, a

formação contínua só foi reconhecida como direito, em 1986, a partir da Lei de

Bases do Sistema Educativo, e como dever em 1989, com a publicação do

regime Jurídico da Formação de Educadores de Infância dos Ensinos Básico e

Secundário e do Estatuto da Carreira Docente – 1990 (Leite, 2005).

Após estas considerações teóricas sobre desenvolvimento profissional

docente é necessário realizar uma reflexão sobre a prática pedagógica. No

respeitante à reflexão, esta reveste-se de suma importância, pois permitirá

fazer uma retrospetiva de toda prática pedagógica, ponto que iremos analisar

seguidamente e que culmina com o processo de auto e heteroavaliação.

Durante a prática pedagógica consideramos ter alcançado os objetivos

propostos, não obstante que nalguns pontos arestas ficassem por limar, as

quais poderão ser corrigidas com maior maturidade e experiência na área

disciplinar em questão, neste caso a Geografia.

Page 61: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

62

Pensamos ter apresentado planos de aulas com boa articulação de

saberes e conteúdos, adequados aos objetivos definidos. A planificação teve

em conta a promoção de um ensino de qualidade, o interesse e a motivação

dos alunos, bem como uma ação de ensino coerente e didática. Os planos

foram enviados e analisados atempadamente de acordo com as orientações

curriculares e as metas de aprendizagem. Existiu um constante cuidado com o

rigor científico, didático e pedagógico.

As estratégias adotadas foram variadas, no sentido de se captar a

atenção nas aulas, bem como a motivação pelos conteúdos programáticos. No

entanto, as aulas de pré-observação foram muito úteis, pois permitiram

conhecer melhor os alunos e as possíveis estratégias a adotar. Essas

estratégias foram caracterizadas pela apresentação de recursos variados,

tendo-se obtido um resultado muito positivo com as estratégias utilizadas.

As formas de comunicação contiveram em consideração as

necessidades individuais dos alunos. A comunicação oral foi incentivada, bem

como a iniciativa e a autonomia na aplicação de conteúdos apreendidos.

Recorremos sempre que necessário a exemplos do quotidiano e aos

conhecimentos prévios dos alunos.

Utilizamos uma linguagem adequada ao nível etário dos alunos, clara, e

cientificamente correta. A linguagem não-verbal foi utilizada durante a aula,

servindo de complemento à linguagem verbal.

Os contributos dos alunos foram, sempre que possível, aproveitados,

principalmente como reforço positivo, visando alcançar as finalidades da

aprendizagem.

A diferenciação pedagógica também esteve presente através da

colocação de questões, neste caso abertas ou fechadas, mediante as

necessidades individuais dos alunos.

A relação pedagógica foi baseada no respeito, tolerância,

responsabilidade, na alegria e num ambiente de trabalho favorável à

aprendizagem, com ética e afeição.

Page 62: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

63

Como refere Pacheco (2001, p.13):

“Ser professor trás a complexidade não só da lecionação como também da tomada de decisões educativas e curriculares. Ser professor principiante num contexto de incertezas tão diversas – profissionais, pedagógicas, entre outras – reforça essa complexidade, principalmente quando se exige ao docente e a escola a resolução dos problemas que cada sociedade enfrenta nas suas matrizes históricas e sociais.”

No que concerne à avaliação verifica-se que os elementos de avaliação

surtiram efeito na aprendizagem dos alunos. Como indicador do desempenho

dos alunos, destaca-se a ficha de avaliação sumativa, a qual não conteve

nenhuma avaliação negativa, tendo como média aritmética 74,2%. A nota mais

alta foi de 96% e a mais baixa de 51% e a maior parte dos alunos, 52%,

obtiveram entre 75% e 89%. Assim sendo, consideramos os resultados obtidos

pelos alunos bastante satisfatórios.

Como definido no plano de estágio, participamos num conselho de

turma e numa reunião de Departamento de uma forma empenhada e bastante

dinâmica. Organizamos, conjuntamente com todo o grupo de Geografia e

alguns elementos do grupo de Educação Visual, o Dia da Europa. Tentamos

estabelecer uma relação saudável com toda a comunidade educativa, no

entanto, o tipo de prática pedagógica definida por lei, inviabiliza uma presença

mais constante na entidade acolhedora de estágio.

Ao longo da prática pedagógica, existiu uma preocupação constante de

se obter conhecimentos científicos sólidos para que o processo de ensino e

aprendizagem fosse de qualidade.

Relativamente à heteroavaliação, a estagiária Cristiana Sousa e o

Estagiário Nuno Sousa, elaboraram uma reflexão a respeito da

operacionalização das aulas assistidas. Como tal, mencionaram metodologias

e matérias de ensino diversificadas e apelativas, o bom controlo pedagógico da

turma e a boa planificação da aula.

Page 63: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

64

No que diz respeito ao professor cooperante João Amaral, o mesmo

enfatizou a empatia, o interesse, participação e a dinâmica revelada com a

turma, o bom nível relativo à planificação, conceção e preparação da unidade

temática referida. Abordou ainda a diversificação de recursos, o facto de serem

apelativos, estarem adequados ao tema e da sua fácil apreensão.

Em conclusão referimos Nóvoa (s.d., p.13),“o desenvolvimento

profissional docente não se constrói por acumulação (de cursos, de

conhecimentos, ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de

reflexividade crítica sobre as práticas de (re)construção permanente de uma

identidade pessoal.”

Page 64: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

65

Conclusão

A prática pedagógica é sem dúvida ponto fulcral no processo de

aprendizagem profissional dos jovens professores. É na escola que este

universo ganha forma e que todas as dúvidas e certezas se diluem. Segundo

Moreira (2013, p.11):

“A escola é, por natureza, um meio onde o fator humano está fortemente presente. É, por consequência, um terreno propício a gerar anseios, incertezas, problemas, conflitos e toda uma série de situações dinâmicas, decorrentes da interação social. Neste espaço de diálogos e sonhos, a vontade de mudar e inovar pulsa a cada momento, levando o professor a procurar novas formas de atuar, capazes de desenvolverem as capacidades e competências dos alunos, proporcionando-lhes não apenas o desejado sucesso educativo, mas igualmente um desenvolvimento pessoal, no sentido de um futuro profissional integrado, enquanto cidadãos ativos, intervenientes e responsáveis na sua comunidade.”

O estágio pedagógico ajuda a que exista uma melhoria na aptidão e

desempenho no exercício profissional docente. Ressalva-se, porém, a

importância na construção pessoal, científica e pedagógica para futuros

professores.

Referimos também que existe uma panóplia diversa de recursos,

estratégias, metodologias e estratégias de aprendizagem. No entanto, cada

caso é um caso, cada escola é uma escola e que no fim o que prevalece, do

nosso ponto de vista, é uma prática educativa adaptada aos interesses reais

dos alunos. Alunos, esses, que são a razão de todo o processo de ensino e

aprendizagem. Conforme Pacheco (2001, p.13), “ser professor traz

complexidade não só da lecionação como também da tomada de decisões

educativas e curriculares.”

Defendemos um trabalho colaborativo entre docentes nas escolas de

forma a serem aprofundadas experiências e conhecimentos, procurando seguir

(Perrenoud, 1999), que considera que o trabalho em equipa ajuda na resolução

de problemas entre pessoas e a gerir crises.

Page 65: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

66

Durante a nossa Prática Pedagógica tentamos colocar em prática todo o

conhecimento e técnicas de ensino que nos foram transmitidas neste

Mestrado.

Por último, referir o papel dos professores na escola atual. Fazendo uma

retrospetiva, referimos Russell (2000), que abordando o papel do professor ao

longo dos últimos 100 anos, foca-se essencialmente na perda de autonomia,

realçando que a profissão docente já não é de elevada especialização, mas

sim um importante e vasto ramo de serviço público. Assim sendo que rumo

segue hoje a educação? Será adequada ao tipo de sociedade em que hoje

vivemos? Para Estrela (2010, p.6):

“Num mundo em crise social e ambiental global, os professores exercem a sua profissão em sociedades cada vez mais abertas e cheias de desequilíbrios de natureza vária e em escolas que, no meio de sucessivas reformas ou pseudo-reformas, tardam a encontrar um rumo que vá ao encontro das necessidades diferentes de todos os alunos, daqueles que estão la apenas por obrigação e daqueles que estão lá por convicção ou simples aceitação. Tardam também a conseguir o ponto de equilíbrio em relação às necessidades das famílias, de modo a que mantendo a escola essencialmente como centro de aprendizagem, não a reduza a um instrumento de socialização e de “garderie” de crianças e jovens (…).”

Podemos, então, afirmar que por muito que se especializem professores,

principalmente ao nível da sua prática pedagógica, se apresentem os melhores

recursos, metodologias, etc., estes ainda são vistos como um importante e

vasto ramo de serviço público. Sendo que andam ao sabor de reformas

estatais, mas que pelo olhar de alguns estudiosos, conforme se pode verificar

no parágrafo acima citado, se encontram desfasados do real interesse da

sociedade em que a escola se insere.

Page 66: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

67

Referências Bibliográficas

Alarcão, I. & Tavares, J. (1987). Supervisão da prática pedagógica – Uma

perspetiva de desenvolvimento e aprendizagem. Coimbra: Livraria Almedina.

André, Y., David, J. & Schoumaker B. M. (1999). Didática da Geografia. Porto:

Edições Asa.

Cachinho, H. (2000). Geografia Escolar: Orientação prática e práxis didática.

Inforgeo. Nº 15: 69-90.

Castellar, S. & Vilhena J. (2010). Ensino de Geografia. Porto Alegre:

Thompson.

Cortesão, L. (1993). Avaliação Formativa – Que desafios? Lisboa: Edições

ASA

Day, C. (2001). Desenvolvimento Profissional de Professores. Os desafios da

aprendizagem permanente. Porto: Porto Editora.

Daveau, S. (1976). O ambiente geográfico natural. Lisboa: INCM.

Estrela, M. T. (2010). Profissão Docente: Dimensões Afetivas e Éticas. Porto:

Areal Editores.

Evans, L. (2002). What is Teacher Development?. Oxford Review of Education,

28, 123-137.

Ferreira, E. C. (2010). O uso dos audiovisuais como recurso didático. Porto:

Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Flores, M., Veiga Simão, A. M., (Org). (2009). Aprendizagem e

desenvolvimento profissional de professores: Contexto e Perspetivas.

Mangualde: Edições Pedago.

Gonzaléz, X. (1999). Didática de la Geografia. Barcelona: Ediciones del Serbal.

Page 67: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

68

Leite, C. (2005). Percursos e tendências recentes da formação de professores

em Portugal. Educação, Porto Alegre-RS, ano XXVIII, nº 3: 371-389.

Longle, N. (2008). Avaliação Sumativa em diferentes contextos de prática na

disciplina de Matemática: um estudo de caso. Lisboa: Universidade de Lisboa.

Martín Diaz, M. J. y Kempa, R. F. (1991). Los alunos prefieren diferentes

estrategias didáticas de la ensenanza de las ciências en función de sus

características motivacionales. Ensenanza de las Ciencias 9 (1).

Moreira, C. (2011). A Webquest na aprendizagem da História e da Geografia.

Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Moreira, D. (2013). Questionar para aprender – O questionamento como

estratégia de aprendizagem na aula de História. Dissertação de Mestrado,

Universidade Lusófona do Porto, Porto.

Moreira, S. & Ulhôa, L. (2009). Ensino em Geografia: Desafios à prática

docente na atualidade. Revista Católica, Uberlândia, nº2: 69-80.

Nóvoa, A. (2007). Para uma formação de professores construída dentro da

profissão. Lisboa: Universidade de Lisboa.

Oliveira, I. & Serrazina, L. (2002). A reflexão e o professor como investigador.

In GTI (Ed.), Refletir e investigar sobre a prática profissional (29-42). Lisboa:

APM.

Pacheco, J. (2001). Prefácio. In Braga, F. (2001). Formação de Professores e

Identidade Profissional. Coimbra: Edições Quarteto.

Perrenoud, P. (1999). Formar Professores em contextos sociais de mudança:

Prática reflexiva e participação crítica. Revista Brasileira de Educação, nº 12,

pp. 5-21;Tradução Denice Bárbara Catani. Porto Alegre: Art Med Editora.

Quivy, R. & Campenhoudt, L. (1998). Manual de Investigação em ciências

sociais. Lisboa: Gradiva.

Rebelo, F. (1996). Alguns livros recentes sobre riscos, perigo e crises.

Territorium, nº2: 61-64.

Page 68: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

69

Ribeiro, O. (2012). O Ensino da Geografia. Porto: Porto Editora.

Roldão, M. C. (2009). Estratégias de ensino. O Saber e o agir do professor.

Vila Nova de Gaia: Fundação Manuel Leão.

Russell, B. (2000). As funções de um professor. In Olga Pombo. Quatro textos

excêntricos. Lisboa: Relógio D’Água Editores, 71-85.

Santos, M. (2007). Contributos da Geografia para a cidadania no Território de

Baltar – Paredes. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto

Shön, D. (1987). Educating the Reflective Practitioner. Toward a New Design

for Teaching and Learning in the professions. San Francisco: Jossey-Bass

Publishers.

Silva, A. Braga, F. & Cruz, I. (2011). Desenvolvimento Profissional Docente:

Identidades e Trajetos. ELO, nº 18, pp. 8-13; Porto: Centro de Formação

Francisco de Holanda.

Strahler, A. (2011). Introducing Physical Geography. Boston: John Wiley &

Sons, Inc.

Zabalza, M. A. (2001). Planificação e desenvolvimento curricular (6ª ed.). Porto:

Edições Asa.

Zeichner, K. (1993). A formação reflexiva de professores: ideias práticas.

Lisboa: Educa.

Webgrafia

Nóvoa, A (s.d.). A Formação de Professores e Profissão Docente. Disponível

em: http://repositorio.ul.pt/10451/4758/1/FPPD_A_Novoa.pdf. Acedido a 24 de

janeiro de 2014.

Marcelo, C. (2009). Desenvolvimento Profissional Docente: passado e futuro.

Sísifo/Revista de Ciências da Educação nº8, janeiro-abril, pp.1-16. Disponível

Page 69: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

70

em:http://sisifo.fpce.ul.pt/pdfs/S8_PTG_CarlosMarcelo%20%281%29.pdf.

Acedido a 23 de janeiro de 2014.

Legislação

Decreto-Lei n.º 15/2007 de 19 de janeiro. Diário da Republica, 1ª série, nº 14,

pp. 501-547.

Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei n.º46/86, de 14 de outubro).

Page 70: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

71

Anexos

Page 71: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

72

ÍNDICE DOS ANEXOS

Anexo 1 – Declaração de autorização para divulgação do nome do externato

Anexo 2 – Conteúdos lecionados retirados do manual

Anexo 3 – Plano das aulas observadas

Anexo 4 – PowerPoint apresentado nas aulas assistidas

Anexo 5 – Ficha de Avaliação

Anexo 6 – Questionário relativo às opções metodológicas

Anexo 7 – Gráfico relativo à situação profissional dos pais

Anexo 8 – Gráfico relativo à situação profissional das mães

Anexo 9 – Gráfico relativo às habilitações académicas dos pais

Anexo 10 – Gráfico relativo às habilitações académicas das mães

Anexo 11 – Tabela relativa às respostas dos alunos do 7ºA

Anexo 12 – Tabela relativa às respostas dos alunos do 7ºB

Anexo 13 – Tabela relativa às respostas dos alunos do 8ºB

Page 72: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

73

Anexo 1 – Declaração de autorização para divulgação do nome do externato

Page 73: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

74

Anexo 2 – Conteúdos lecionados retirados do manual

Page 74: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

75

Page 75: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

76

Anexo 3 – Plano das aulas observadas

Estágio Ensino da História e da Geografia

Externato Ribadouro

PLANO DE AULA

Disciplina: Geografia

Unidade B2 – Climas, Biomas e Produções Agrícolas Ano: 7.º Turma: B

DATA: 09 de maio de 2013 N.º de

blocos (45 min) previstos: 2

Professor observado: André Teixeira

Professor Cooperante: João Amaral

Conceito-chave e situação-problema / desafio

Como se distinguem os climas no Mundo?

Quais as principais características dos climas frios, temperados e quentes?

Metas de aprendizagem a desenvolver na aula

Formular e responder a questões geográficas.

Diferenciar climas quentes, temperados e frios.

Localizar zonas climáticas.

Caracterizar os diferentes climas quentes, temperados e frios.

Construir gráficos termopluviométricos.

Sistematizar, ordenar e classificar dados.

Calcular indicadores climáticos.

Utilizar o vocabulário geográfico em descrições orais e escritas de lugares, regiões e

distribuições de fenómenos geográficos.

Ler e interpretar gráficos termopluviométricos, mapas, textos e imagens.

Recolher informação temática relacionada com os diversos climas, recorrendo à imprensa,

filmes, textos, informação da Internet, enciclopédias, livros, cd-roms, para construir dossiers

temáticos.

Page 76: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

77

Esquema conceptual para a aula

Regiões Climáticas

Informação nova / conteúdos

Ideias prévias dos

alunos (avaliação

diagnóstica)

Utilização da ferramenta Brainstorming para aferir

conhecimentos prévios dos alunos relativamente a:

Temperatura

Precipitação

Conceitos novos

Regime térmico

Regime pluviométrico

Mês seco

Bioma

Amplitude térmica

Temperatura média anual

Precipitação total

Objetivos de aprendizagem

Reconhecer as regiões climáticas.

Caracterizar os diversos climas.

Climas Quentes Climas Temperados Climas Frios

Equatorial

Tropical Seco

Tropical Húmido

Desértico Seco

Mediterrânico

Marítimo

Continental

Polar

Subpolar

Altitude

Page 77: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

78

Sequenciação a dar à aula: Experiências de aprendizagem a proporcionar

aos alunos / métodos / estratégias

Expositivo/Dedutivo:

Revisão dos conteúdos lecionados em aulas anteriores com recurso à técnica de ensino

Brainstorming para aferir os conhecimentos dos alunos.

Apresentação e exploração com os alunos de material novo a lecionar recorrendo a um

documento de trabalho elaborado em PowerPoint e a documentários de curta duração.

Prática controlada: realização de um esquema síntese sobre a matéria leccionada.

Prática independente: durante a aula serão colocadas questões de conhecimento e questões de

pensamento de modo a aferir a compreensão por parte dos alunos dos conteúdos que vão

sendo leccionados.

Estratégias cognitivas:

Contextualização (Identificação das regiões climáticas com recurso à exploração de gráficos);

Relação de informação nova com os elementos visuais (PowerPoint, mapas, gráficos e vídeos);

Uso de glossário/conceitos;

Registo de notas (professor quadro/aluno caderno diário);

Relação da informação nova com os conceitos prévios (elaboração de gráficos

termopluviométricos)

Síntese (elaboração de um esquema conceptual como resumo da matéria lecionada).

Recursos / Fontes

Computador

Videoprojetor

Quadro

Manual

Avaliação intercalar

Serão privilegiadas a avaliação diagnóstica e formativa.

A avaliação terá por base à observação direta, no que respeita às atitudes dos alunos

(pontualidade, empenho, interesse e atenção) e o diálogo estabelecido com os alunos,

nomeadamente aquando da colocação, durante a aula, de questões orais aos alunos.

Serão também realizados e alvos de avaliação formativa, exercícios de consolidação de

matéria, por exemplo no que se refere à interpretação de gráficos termopluviométricos.

Page 78: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

79

Diferenciação pedagógica

Realização de questões orais, abertas ou fechadas, consoante o nível de desempenho dos

alunos. A aferição do nível de desempenho dos alunos será feita com base nas notas de final

do 2º período com base no feedback fornecido pelo orientador cooperante.

Avaliação final

Serão contempladas na Ficha de Avaliação questões sobre a matéria lecionada.

Sumários

Introdução ao tema B2: Climas, Biomas e Produções Agrícolas. As regiões climáticas: Climas

quentes, temperados e frios.

Page 79: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

80

Anexo 4 – PowerPoint apresentado nas aulas assistidas

Page 80: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

81

Page 81: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

82

Page 82: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

83

Page 83: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

84

Page 84: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

85

Page 85: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

86

Page 86: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

87

Page 87: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

88

Lê atentamente todo o teste antes de começares a responder.

Responde de uma forma completa e gramaticalmente correta.

Nas questões de escolha múltipla e verdadeiros e falsos identifica claramente a tua opção.

Anexo 5 – Ficha de Avaliação

Teste de avaliação nº5

geografia 7º ano

Nome:__________________________________ Nº:____ Turma:_______ Data: ____________

Classificação: _______________________________________(_____%)

O Professor:_______________________

O Encarregado de Educação: ______________________

Grupo I

1. Efetua a legenda da figura seguinte (figura 1) relativa às diferentes zonas climáticas.

Figura 1

Legenda:

1. _____________________________

2. _____________________________

3. _____________________________

4. _____________________________

5. _____________________________

2. Preenche os espaços em branco de forma a obteres a definição correta de altitude:

A altitude de um lugar é a ___________________ na ___________________, desde

o______________________________________ das águas do ___________________ ao lugar.

Page 88: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

89

3. Desenvolve as noções de clima e estado de tempo. Clima:

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

Estado de tempo:

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

4. A tabela seguinte apresenta alguns elementos do clima e respetivas noções. Preenche os espaços em branco.

Elementos de clima Definição

Quantidade de vapor de água existente na atmosfera.

Pressão atmosférica

Precipitação

Quantidade de calor que possui o ar atmosférico.

Nebulosidade

Deslocação do ar com determinada direção e intensidade.

5. Classifica as seguintes afirmações de verdadeiras e falsas. Corrige as afirmações falsas

mantendo-as na afirmativa.

5.1. A temperatura diminui 6°C/km à medida que aumenta a altitude (gradiente térmico).

___

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

5.2. As temperaturas são mais elevadas nas regiões polares e vão diminuindo em relação

às regiões equatoriais. ___

Page 89: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

90

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

5.3. Os locais junto ao mar tem mais humidade e maior precipitação. Com o aumento da

continentalidade, a precipitação diminui. ___

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

5.4. À medida que aumenta a altitude a precipitação também aumenta, com a ocorrência

de chuvas frontais. Mas quando se atinge o patamar das neves perpétuas, a

precipitação diminui. ___

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

5.5. No hemisfério sul, as vertentes viradas para norte e expostas diretamente aos raios

solares são as mais quentes. (vertentes soalheiras). ___

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

5.6. O relevo apresenta-se, junto à linha de costa, de duas formas: concordante e

discordante. No caso do relevo concordante, ocorrem chuvas de relevo na vertente

voltada para o interior. ___

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

6. Preenche a tabela seguinte com as diferentes funções dos instrumentos meteorológicos:

a) Anemómetro:

_________________________________________________________________

b) Barómetro:

__________________________________________________________________

c) Termómetro:

_________________________________________________________________

d) Pluviómetro:

_________________________________________________________________

Page 90: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

91

e) Higrómetro:

__________________________________________________________________

f) Cata-vento:

__________________________________________________________________

Grupo II

1. Preenche a seguinte tabela relativa aos tipos de clima e respetivas subdivisões.

Tipo de Clima Subdivisões

Quentes

· Clima equatorial

· ______________________________________________

· Clima desértico quente

Temperados

· Clima subtropical seco ou mediterrâneo

· ______________________________________________

· ______________________________________________

· ______________________________________________

Frios

· ______________________________________________

· ______________________________________________

· ______________________________________________

Page 91: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

92

2. Das seguintes afirmações, seleciona a mais correta:

2.1. O clima equatorial apresenta:

A. Uma estação quente e húmida, com ausência de meses secos.

B. Duas estações distintas: estação húmida e estação seca.

C. Uma estação quente e seca.

2.2. No clima equatorial as temperaturas são:

A. Elevadas durante todo o ano.

B. Elevadas e constantes todo o ano.

C. Temperaturas médias mensais elevadas.

2.3. No clima desértico quente verifica-se:

A. Amplitudes térmicas anuais muito baixas (inferiores a 4°C).

B. Amplitudes térmicas anuais são baixas.

C. Amplitudes térmicas diurnas extremamente elevadas.

2.4. No clima desértico quente as precipitações são:

A. Abundantes, mas distribuem-se de forma diferente ao longo do ano.

B. Inexistentes (todos os meses são secos).

C. Abundantes durante todo o ano.

2.5. No clima mediterrâneo predominam:

A. Os bambus.

B. Os catos.

C. Os sobreiros.

Page 92: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

93

3. Observa com atenção o gráfico termopluviométrico representado na figura 2.

3.1. Tendo em conta o gráfico da figura 2 refere:

3.1.1. O mês com a temperatura média mais elevada e a respetiva temperatura.

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

3.1.2. O mês com a precipitação total mais elevada e respetiva precipitação.

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

3.1.3. Quais os de meses secos.

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

3.1.4. Quais os meses húmidos.

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

3.1.5. A amplitude térmica anual aproximada (coloca os cálculos).

Figura 2 - Gráfico Termopluviométrico

Page 93: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

94

3.1.6. A temperatura média anual aproximada (coloca os cálculos).

3.1.7. A precipitação total anual aproximada (coloca os cálculos).

Grupo III

4. Explica em que consiste o relevo.

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

______________________________________________________________

5. Refere as três formas fundamentais de relevo, efetuando uma breve descrição de cada

uma delas.

Forma de relevo:

Descrição:

________________________ ________________________________________________________

________________________________________________________

________________________________________________________

________________________ ________________________________________________________

________________________________________________________

Page 94: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

95

________________________________________________________

________________________ ________________________________________________________

________________________________________________________

________________________________________________________

6. Identifica as cadeias montanhosas representadas no planisfério através das letras A, B, C e

D.

A. C.

B. D.

7. Refere que agentes internos do relevo conheces.

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

8. Para cada um dos agentes erosivos presentes no quadro, efetua uma breve descrição dos

seus processos.

Agente Descrição do processo

Mar

Page 95: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

96

Glaciares

Vento

Seres vivos

Bom trabalho!

Page 96: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

97

Anexo 6 – Questionário relativo às opções metodológicas

QUESTIONÁRIO

Caro (a) aluno (a), somos uma Equipa do Departamento de Ciências da Educação e do

Património da Universidade Portucalense e pretendemos obter indicadores sobre metodologias

de ensino que os alunos de Geografia (3.º ciclo e secundário) mais valorizam no contexto das

suas aprendizagens. Pedimos a tua colaboração através do preenchimento do questionário

que se segue. Não há respostas corretas ou incorretas, todas são válidas, desde que traduzam

a tua forma de pensar e de agir. Toda a informação fornecida é estritamente confidencial, não

sendo possível fazer a tua identificação individual. Todavia, caso estejas interessado, serás

informado sobre os resultados alcançados.

Desde já agradecemos a tua disponibilidade e colaboração. PARTE I – CARATERIZAÇÃO PESSOAL

1 – Idade ………….… anos

2 – Sexo:

▪ Feminino c ▪ Masculino c

3- Frequentas que ano de escolaridade?

c 7º ano de escolaridade c 10º ano de escolaridade

c 8º ano de escolaridade c 11º ano de escolaridade

c 9º ano de escolaridade c 12º ano de escolaridade

4 – Agregado Familiar

Parentesco Idade Habilitação académica Profissão Empregado ou Desempregado

Pai

Mãe

Outros (Quem?)

Com quem vives? _____________________________________________________________

Page 97: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

98

5 – Percurso Escolar (Assinala com um x e, depois, responde brevemente)

Sim Não

Ficaste retido algum ano? Qual(is)?

Estudas Geografia todos os dias? Quanto tempo?

Estudas habitualmente em casa? Em que local?

Alguém te ajuda a estudar? Quem?

Tiveste negativas no ano anterior? Em que disciplina(s)?

Tiveste notas muito boas no ano anterior? Indica quais e que notas tiraste.

PARTE II – OPÇÕES METODOLÓGICAS NO ENSINO DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

6. Gostas de Geografia?

Sim c (responde às questões 6.1 e 6.3) Não c (responde às

questões 6.2 e 6.3)

6.1. Gosto de Geografia porque: (ordena por ordem de concordância sendo o algarismo 1 o de

maior concordância e o algarismo 4 o de menor concordância)

c Descubro temas de interesse atual

c Valorizo o que acontece a nível local, regional e no mundo

c Conheço melhor o espaço físico e natural

c Compreendo melhor a relação entre o Homem e o Meio

Outras quais?

_______________________________________________________________________

6.2. Não gosto de Geografia porque: (ordena por ordem de concordância sendo o algarismo 1

o de maior concordância e o algarismo 4 o de menor concordância)

c Os temas abordados não são interessantes

c Os temas são muito abstratos e pouco úteis

c Não gosto de analisar e construir gráficos e mapas

c Tem alguma Matemática

Outras quais?

_______________________________________________________________________

6.3. Que temas de Geografia te despertam mais interesse: (ordena por ordem de

concordância sendo o algarismo 1 o de maior concordância e o algarismo 8 o de menor

concordância)

c Relevo

c Clima e estado do tempo

c Rios

c Vegetação

Page 98: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

99

c Cidades

c População

c Agricultura e pescas

c Ambiente e Recursos Naturais

Outros, quais?

________________________________________________________________________

7. Com base nas aulas do teu professor de Geografia , preenche a seguinte tabela.

Nu

nca

Po

uca

s ve

zes

Alg

um

as

veze

s

Mu

itas

vez

es

▪ Já desenhaste e analisaste mapas?

▪ Já desenhaste e analisaste gráficos?

▪ Com que frequência vês e comentas filmes/documentários?

▪ Realizas trabalhos individuais de pesquisa?

▪ Já trabalhaste em grupo?

▪ Costumas interpretar mapas, imagens, fotografias, etc.?

▪ Discutes assuntos nas aulas?

▪ Realizas debates à volta de uma mesa?

▪ Já fizestes um trabalho com professores de várias disciplinas?

▪ Já construíste dossiers temáticos?

▪ É habitual fazeres resumos?

▪ Já fizeste visitas de estudo através da internet?

▪ Já elaboraste trabalhos usando as tecnologias?

▪ O professor costuma expor a matéria?

▪ Fazes Portfolio?

▪ O teu professor anota as tuas ideias no quadro?

▪ Fazes trabalhos com um objetivo específico?

▪ Resolves situações-problema?

▪ Já saídas de campo?

▪ Constróis esquemas?

▪ Recebes convidados nas tuas aulas?

▪ Participas em conferências sobre temas?

8. O professor usa tecnologias na sala de aula?

Sim c Não c

8.1. Se sim, quais?

Page 99: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

100

PowerPoint c Internet c

Quiz c Webquest c

Prezi c Outras? Quais?

_____________________________________

Obrigada pela tua colaboração e disponibilidade.

Page 100: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

101

Anexo 7 – Gráfico relativo à situação profissional dos pais

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

7ºA 7ºB 8ºB

Situação Profissional Pais

Empregado

Desempregado

Reformado

N/R

Page 101: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

102

Anexo 8 – Gráfico relativo à situação profissional das mães

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

7ºA 7ºB 8ºB

Situação Profissional Mães

Empregado

Desempregado

Reformado

N/R

Page 102: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

103

Anexo 9 – Gráfico relativo às habilitações académicas dos pais

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Habilitações Académicas Pais

7ºA

7ºB

8ºB

Page 103: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

104

Anexo 10 – Gráfico relativo às habilitações académicas das mães

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Habilitações Académicas Mães

7ºA

7ºB

8ºB

Page 104: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

105

Anexo 11 – Tabela relativa às respostas dos alunos do 7ºA

Atividades Nunca

Poucas Vezes

Algumas Vezes

Muitas Vezes

f % f % f % f %

Já desenhaste e analisaste mapas? 1 4,0 4 16,0 16 64,0 4 16,0

Já desenhaste e analisaste gráficos? 0 0,0 2 8,0 14 56,0 9 36,0

Com que frequência vês e comentas filmes/documentários? 1 4,0 10 40,0 9 36,0 5 20,0

Realizas trabalhos individuais de pesquisa? 4 16,0 8 32,0 9 36,0 4 16,0

Já trabalhaste em grupo? 3 12,0 6 24,0 6 24,0 11 44,0

Costumas interpretar mapas, imagens, fotografias, etc.? 0 0,0 6 24,0 7 28,0 12 48,0

Discutes assuntos nas aulas? 1 4,0 0 0,0 7 28,0 17 68,0

Realizas debates à volta de uma mesa? 7 28,0 2 8,0 13 52,0 3 12,0

Já fizeste um trabalho com professores de várias disciplinas? 8 32,0 8 32,0 7 28,0 2 8,0

Já construíste dossiers temáticos? 4 16,0 5 20,0 6 24,0 10 40,0

É habitual fazeres resumos? 7 28,0 2 8,0 4 16,0 12 48,0

Já fizeste visitas de estudo através da internet? 10 40,0 4 16,0 9 36,0 2 8,0

Já elaboraste trabalhos usando as tecnologias? 1 4,0 4 16,0 10 40,0 10 40,0

O professor costuma expor a matéria? 1 4,0 1 4,0 13 52,0 10 40,0

Fazes Portfólio? 2 8,0 2 8,0 8 32,0 13 52,0

O teu professor anota as tuas ideias no quadro? 2 8,0 4 16,0 9 36,0 10 40,0

Fazes trabalhos com um objetivo específico? 0 0,0 1 4,0 14 56,0 10 40,0

Resolves situações-problema? 4 16,0 4 16,0 7 28,0 10 40,0

Já fizeste saídas de campo? 8 32,0 4 16,0 8 32,0 5 20,0

Constróis esquemas? 2 8,0 4 16,0 15 60,0 4 16,0

Recebes convidados nas tuas aulas? 2 8,0 13 52,0 8 32,0 2 8,0

Participas em conferências sobre temas? 7 28,0 7 28,0 7 28,0 4 16,0

Page 105: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

106

Anexo 12 – Tabela relativa às respostas dos alunos do 7ºB

Atividades Nunca

Poucas Vezes

Algumas Vezes

Muitas Vezes

f % f % f % f %

Já desenhaste e analisaste mapas? 2 9,5 4 19,0 8 38,1 7 33,3

Já desenhaste e analisaste gráficos? 0 0,0 6 28,6 7 33,3 8 38,1

Com que frequência vês e comentas filmes/documentários? 3 14,3 3 14,3 8 38,1 7 33,3

Realizas trabalhos individuais de pesquisa? 2 9,5 5 23,8 10 47,6 4 19,0

Já trabalhaste em grupo? 4 19,0 3 14,3 7 33,3 7 33,3

Costumas interpretar mapas, imagens, fotografias, etc.? 0 0,0 4 19,0 6 28,6 11 52,4

Discutes assuntos nas aulas? 0 0,0 4 19,0 5 23,8 12 57,1

Realizas debates à volta de uma mesa? 6 28,6 5 23,8 5 23,8 5 23,8

Já fizeste um trabalho com professores de várias disciplinas? 8 38,1 5 23,8 5 23,8 3 14,3

Já construíste dossiers temáticos? 6 28,6 5 23,8 7 33,3 3 14,3

É habitual fazeres resumos? 1 4,8 3 14,3 5 23,8 12 57,1

Já fizeste visitas de estudo através da internet? 9 42,9 4 19,0 3 14,3 5 23,8

Já elaboraste trabalhos usando as tecnologias? 0 0,0 1 4,8 5 23,8 15 71,4

O professor costuma expor a matéria? 0 0,0 0 0,0 2 9,5 19 90,5

Fazes Portfólio? 2 9,5 4 19,0 5 23,8 10 47,6

O teu professor anota as tuas ideias no quadro? 3 14,3 4 19,0 7 33,3 7 33,3

Fazes trabalhos com um objetivo específico? 1 4,8 2 9,5 8 38,1 10 47,6

Resolves situações-problema? 1 4,8 5 23,8 5 23,8 10 47,6

Já fizeste saídas de campo? 13 61,9 0 0,0 4 19,0 4 19,0

Constróis esquemas? 2 9,5 6 28,6 8 38,1 5 23,8

Recebes convidados nas tuas aulas? 1 4,8 9 42,9 7 33,3 4 19,0

Participas em conferências sobre temas? 7 33,3 4 19,0 4 19,0 6 28,6

Page 106: Ensinar Geografia: Pensar Globalrepositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/936/4/TMEHG 22.pdf2 A autorização para identificação do Externato, foi diferido a 27 de fevereiro de

107

Anexo 13 – Tabela relativa às respostas dos alunos do 8ºB

Atividades Nunca

Poucas Vezes

Algumas Vezes

Muitas Vezes

f % f % f % f %

Já desenhaste e analisaste mapas? 2 9,5 7 33,3 12 57,1 0 0,0

Já desenhaste e analisaste gráficos? 0 0,0 6 28,6 9 42,9 6 28,6

Com que frequência vês e comentas filmes/documentários? 9 42,9 5 23,8 4 19,0 3 14,3

Realizas trabalhos individuais de pesquisa? 0 0,0 12 57,1 7 33,3 2 9,5

Já trabalhaste em grupo? 4 19,0 5 23,8 5 23,8 7 33,3

Costumas interpretar mapas, imagens, fotografias, etc.? 0 0,0 3 14,3 11 52,4 7 33,3

Discutes assuntos nas aulas? 1 4,8 2 9,5 10 47,6 8 38,1

Realizas debates à volta de uma mesa? 13 62,0 5 23,8 2 9,5 1 4,8

Já fizeste um trabalho com professores de várias disciplinas? 12 57,1 6 28,6 3 14,3 0 0,0

Já construíste dossiers temáticos? 18 85,7 2 9,5 0 0,0 1 4,8

É habitual fazeres resumos? 6 28,6 1 4,8 2 9,5 12 57,1

Já fizeste visitas de estudo através da internet? 14 66,7 2 9,5 3 14,3 2 9,5

Já elaboraste trabalhos usando as tecnologias? 3 14,3 1 4,8 8 38,1 9 42,9

O professor costuma expor a matéria? 2 9,5 1 4,8 1 4,8 17 80,1

Fazes Portfólio? 12 57,1 4 19,0 2 9,5 3 14,3

O teu professor anota as tuas ideias no quadro? 4 19,0 7 33,3 9 42,9 1 4,8

Fazes trabalhos com um objetivo específico? 1 4,8 4 19,0 11 52,4 5 23,8

Resolves situações-problema? 1 4,8 5 23,8 10 47,6 5 23,8

Já fizeste saídas de campo? 16 76,2 3 14,3 1 4,8 1 4,8

Constróis esquemas? 3 14,3 9 42,9 6 28,6 3 14,3

Recebes convidados nas tuas aulas? 5 23,8 13 62,0 2 9,5 1 4,8

Participas em conferências sobre temas? 14 66,7 5 23,8 1 4,8 1 4,8