engenheira de segurança dotrabalho · 2020. 8. 10. · nr 11 - transporte, movimentação,...

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  • Engenheira de Segurança doTrabalho

    (desde 1995 - CREA AM 5500-D)

    Empresas: Samsung SDIB do Brasil, Nokia, Brastemp,

    Gradiente, Metalfino.

    Perita Judicial

    Insalubridade e Periculosidade, Acidente de Trabalho

    da Justiça do Trabalho da 11ª

    Região. (2006/2011)

    Professora de Ergonomia

    Universidade Estadual do Amazonas – UEA

    (2008/2010)

    Advogada(desde 2008 - OAB AM 6427

    Escritório Arcanjo & Souza

  • CONSTITUIÇÃO FEDERAL

    Em seu Capítulo II (Dos Direitos Sociais), artigo 6º e artigo 7º, incisos XXII, XXIII, XXVIII e

    XXXIII, dispõe, especificamente, sobre segurança e saúde dos trabalhadores.

    Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a

    proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

    Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

    XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

    XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

    XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este estáobrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

    XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores dedezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucionalnº 20, de 1998)

  • CLT – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTASCapítulo V à Segurança e Medicina do Trabalho,

    de acordo com a redação dada pela Lei 6.514, de 22 de dezembro de 1977.

    Altera o Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo a segurança e medicina do trabalho e dá outras

    providências.

    O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art . 1º - O Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a

    vigorar com a seguinte redação:"CAPÍTULO V

    DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHOSEÇÃO I

    Disposições Gerais

    Art . 154 - A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste Capitulo, não desobriga as empresas documprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentossanitários dos Estados ou Municípios em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas deconvenções coletivas de trabalho.Art . 155- Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho:I - estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos preceitos deste Capítulo,especialmente os referidos no art. 200;(...)

  • O MINISTÉRIO DO TRABALHO, por intermédio da Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, aprovou as Normas Regulamentadoras - NR -

    previstas no Capítulo V da CLT.

  • NORMAS REGULAMENTADORAS

    HOJE SÃO 36

  • NR 01 - Disposições GeraisNR 02 - Inspeção PréviaNR 03 - Embargo ou InterdiçãoNR 04 - Serviços Especializados em Eng. de Segurança e em Medicina do TrabalhoNR 05 - Comissão Interna de Prevenção de AcidentesNR 06 - Equipamentos de Proteção Individual - EPINR 07 - Programas de Controle Médico de Saúde OcupacionalNR 08 - EdificaçõesNR 09 - Programas de Prevenção de Riscos AmbientaisNR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

    NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

    NR 12 - Máquinas e Equipamentos

    NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão

    NR 14 - Fornos

    NR 15 - Atividades e Operações InsalubresNR 16 - Atividades e Operações PerigosasTE 191/2008)

  • NR 17 - ErgonomiaNR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da ConstruçãoNR 19 - ExplosivosNR 20 - Líquidos Combustíveis e InflamáveisNR 21 - Trabalho a Céu Aberto

    NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração

    NR 23 - Proteção Contra Incêndios

    NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de TrabalhoNR 25 - Resíduos Industriais

    NR 26 - Sinalização de Segurança

    NR 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB (Revogada

    pela Portaria GM n.º 262/2008)

    NR 28 - Fiscalização e PenalidadesNR 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

    NR 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário

    NR 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura,Exploração Florestal e Aquicultura)

  • NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde

    NR 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados

    NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação

    Naval

    NR 35 - Trabalho em Altura

    NR 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento deCarnes e DerivadosNRR 1 - Disposições Gerais (Revogada pela Portaria MTE 191/2008)

    NRR 2 - Serviço Especializado em Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural (Revogadapela Portaria MTE 191/2008)

    NRR 3 - Comissão Interna De Prevenção De Acidentes Do Trabalho Rural (Revogadapela Portaria MTE 191/2008)

    NRR 4 - Equipamento De Proteção Individual - EPI(Revogada pela Portaria MTE 191/2008)

    NRR 5 - Produtos Químicos (Revogada pela Portaria MTE 191/2008)

  • SESMT (NR 4)Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho

  • A NR 4 define a necessidade de Serviço Especializado em Engenharia de Segurança eMedicina do Trabalho – SESMT e é composto pelos seguintes profissionais:• Médico do trabalho• Engenheiro de segurança do trabalho• Enfermeiro do trabalho• Técnico de segurança do trabalho• Auxiliar de enfermagem do trabalho.

    A quantidade de profissionais depende do número de trabalhadores da empresa e o risco daatividade.

    - SESMT CENTRALIZADOS- Empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços

  • A NR 4 diz que o trabalho do SESMT é preventivo e de competência dosprofissionais exigidos. Estes profissionais devem garantir a aplicação de conhecimentostécnicos de engenharia de segurança e de medicina ocupacional no ambiente de trabalhopara reduzir ou eliminar os riscos à saúde dos trabalhadores.

  • CIPA (NR 5)Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho

  • É formado por funcionários e representantes do empregador.

    O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição.

    O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e osrepresentantes dos empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente.

    É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direçãode Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura atéum ano após o final de seu mandato.

  • QUADRO I

  • QUADRO II (voltar)Agrupamento de setores econômicos pela Classificação Nacional de Atividades

    Econômicas - CNAE, para dimensionamento de CIPAC-1 - MINERAIS05.00-3 06.00-0 07.10-3 07.21-9 07.22-7 7.23-5 07.24-307.25-1 07.29-4 08.10-0 08.91-6 08.92-4 08.93-2 08.99-1 09.10-609.90-4 19.10-1 23.20-6 23.91-5

    C-1a - MINERAIS19.21-7 19.22-5 19.31-4

    C-2 - ALIMENTOS10.11-2 10.12-1 10.13-9 10.20-1 10.31-7 10.32-5 10.33-310.41-4 10.42-2 10.43-1 10.51-1 10.52-0 10.53-8 10.61-9 10.62-710.63-5 10.64-3 10.65-1 10.66-0 10.69-4 10.71-6 10.72-4 10.81-310.82-1 10.91-1 10.92-9 10.93-7 10.94-5 10.95-3 10.96-1 10.99-611.11-9 11.12-7 11.13-5 11.21-6 11.22-4 12.10-7 12.20-4

  • (NR 06) EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

  • NR-06 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

    É todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscossuscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

    Cabe ao empregador:

    a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;b) exigir seu uso;c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança esaúde no trabalho;d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistemaeletrônico.

  • Cabe ao empregado quanto ao EPI:

    a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

  • PCMSO (NR 7)Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

  • PCMSO significa “Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional. Cabe aosempregadores garantir a efetiva elaboração do PCMSO e a implementação das ações previstasnele sem gerar nenhum tipo de ônus financeiro aos trabalhadores.

    É parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo dapreservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com odisposto nas demais normas regulamentadoras, em especial com o PPRA.

    Todas as empresas devem providenciar a elaboração de um PCMSO, independente do seunúmero de funcionários e grau de risco relacionado à atividade econômica.

  • A responsabilidade do Médico do Trabalho da empresa, e em caso não havero SESMT da empresa, cabe ao empregador indicar um médico do trabalho,funcionário ou não da empresa, para coordenar o programa.

    Exames: admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança defunção e Demissional.

    A NR 7 prevê que os documentos relacionados ao trabalhador oriundos do PCMSO– no caso, os atestados de saúde ocupacional – sejam mantidos em arquivo porpelo menos 20 anos contados a partir do desligamento do trabalhador dosquadros da empresa.

  • PPRA (NR 09) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

  • O PPRA é um programa que consiste na tomada de ações para promover a segurança,saúde e integridade das pessoas que trabalham em ambientes com a existência de riscosambientais.

    Consideram-se riscos ambientais para os efeitos da NR 9 os agentes químicos, físicos ebiológicos apenas. Desta forma, o programa não engloba risco de acidentes ou riscosergonômicos.

    O PPRA deve ser desenvolvido no âmbito de cada estabelecimento de trabalho, comatenção especial à antecipação, o reconhecimento da existência e avaliação dos riscos,através de medições de concentração e exposição, e o constante controle de suaocorrência.

  • Independentemente do número de trabalhadores ou do grau de risco, o Programa dePrevenção de Riscos Ambientais é obrigatório em todas as empresas e instituições,independente da sua área de atuação.

    Basta haver a contratação de no mínimo um trabalhador regido pela CLT, para a empresa serobrigada a desenvolver o Programa – conforme pode verificar no item 9.1.1 da NR 9

    A NR 9, no item 9.2 e seus subitens, estabelece que o PPRA deve conter no mínimo a seguinteestrutura:

    - Planejamento Anual que institui metas, prioridades e cronograma de ações;- Estratégia e método para a tomada de ações;- Meios para registrar, manter e divulgar os dados referentes ao PPRA;- Periodicidade e avaliação do fluxo do programa, no mínimo uma vez por ano e, senecessário, pode sofrer alterações visando melhor eficácia.

  • Visando o desenvolvimento e execução colaborativos do PPRA, este documento-basedeve ser apresentado e discutido em reuniões com os integrantes da CIPA (ComissãoInterna de Prevenção de Acidentes), nas empresas que possuem esta comissão.

    Além do SESMT, qualquer “pessoa ou equipe de pessoas que, a critério doempregador, sejam capazes de desenvolver o disposto nesta NR” pode elaborare executar o PPRA.

    Todas as informações referentes ao PPRA devem ser registradas e mantidasdurante no mínimo 20 (vinte) anos, conforme preconizado pela NR 9, item 9.3.8.2, edevem estar acessíveis aos trabalhadores, seus representantes e às autoridadescompetentes.

  • (NR 15) ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

  • NR 15 define o que são considerados agente insalubres e condições de insalubridade.

    O Adicional de Insalubridade é um benefício concedido aos trabalhadores quepermanecem expostos a agentes prejudiciais à sua saúde e integridade física.

    O exercício de trabalho em condições de insalubridade, assegura ao trabalhador a

    percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a:

    40% para insalubridade de grau máximo;

    20% para insalubridade de grau médio;

    10% para insalubridade de grau mínimo;

  • 15.1 São consideradas atividades ou operações insalubres as quese desenvolvem:

    15.1.1 Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.º 1,2, 3, 5, 11 e 12;

    15.1.2 (Revogado pela Portaria MTE n.º 3.751, de 23 de novembrode 1990)

    15.1.3 Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6, 13 e 14;15.1.4 Comprovadas através de laudo de inspeção do local detrabalho, constantes dos Anexos n.º 7, 8, 9 e 10.

  • A NR 15 estabelece dois tipos de critérios para caracterização de insalubridade:

    a) Critérios quantitativos:

    Configura-se insalubridade quando a concentração do agente de risco se encontrar acima doslimites de tolerância estabelecidos pelos:

    - Anexos 1 e 2 - Ruído continuo, intermitente e impacto (grau médio);

    - Anexo 3 – Calor (grau médio);

    - Anexo 5 – Radiações Ionizantes (grau máximo), com base nos limites de tolerância estabelecidos pela norma CNEN-NE-3.01;

    - Anexo 8 – Vibrações (localizadas ou de corpo inteiro), com base nos limites de tolerância das normas ISSO 2.631 e ISO/DIS 5.349 (grau médio);

    - Anexo 11 – Agentes químicos (em número de 135), estabelecidos limites de tolerância (graus mínimo, médio e máximo, conforme o agente);

    - Anexo 12 – poeiras minerais, sílica livre e amianto (grau máximo)

  • b) Critérios qualitativos

    A insalubridade é caracterizada por avaliação pericial da exposição ao risco, via inspeção da

    situação de trabalho para os agentes listados nos seguintes anexos:

    - Anexo 6 – Trabalho sob condições hiperbáricas (grau máximo);

    - Anexo 7 – Radiações não ionizantes (grau médio);

    - Anexo 9 – Frio (grau médio);

    - Anexo 10 – Umidade excessiva (grau médio);

    - Anexo 13 – Agentes químicos para os quais não foram estabelecidos limites de tolerância

    - Anexo 13-A, Benzeno;

    - Anexo 14 – Agentes Biológicos.

  • NR 15.4 A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessaçãodo pagamento do adicional respectivo.

    15.4.1 A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentrodos limites de tolerância;b) com a utilização de equipamentos de proteção individual.

    Para caracterização ou descaracterização de insalubridade deve haver laudo deinsalubridade, que deve ser elaborado por Médico do Trabalho ou Engenheiro deSegurança do Trabalho, conforme exige Art.195 da CLT.

    Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e dapericulosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ãoatravés de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho,registrados no Ministério do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de22.12.1977)

  • (NR 16) ATIVIDADES E OPERAÇÕES CONSIDERADAS PERIGOSAS

  • São as atividades e operações consideradas perigosas, constantes nos seus Anexos, sendo elas:

    - Atividades com Explosivos

    - Atividades com Inflamáveis

    - Atividades com Radiações Ionizantes ou Substâncias Radioativas

    - Atividades com Exposição a Roubos ou Outras Espécies de Violência Física nas AtividadesProfissionais de Segurança Pessoal ou Patrimonial (atividades ou operações que impliquem emexposição dos profissionais de segurança pessoal ou patrimonial a roubos ou outras espécies de violência física,conferindo aos trabalhadores que se dedicam a estas, bem como àqueles que operam na área de risco) - Lei12.740 de 08/12/2012.

    - Atividades com Energia Elétrica (Portaria MTE Nº 1.078, de 16/07/2014)

    - Atividades Perigosas em Motocicleta (trabalho por meio da motocicleta ou motoneta no deslocamento detrabalhador em vias públicas.) - Lei 12.997/2014

  • LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA

  • Atualmente vigora a Lei n. 8213 de 24 de julho de 1991(Dispõe sobre os Planos de Benefícios da PrevidênciaSocial e dá outras providências), em harmonia com asdiretrizes da Constituição da Republica de 1988, quedisciplinam nos artigos 19 a 23, os aspectos do acidentedo trabalho.

  • Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço deempresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidosno inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional quecause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para otrabalho. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)

    § 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais deproteção e segurança da saúde do trabalhador.§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir asnormas de segurança e higiene do trabalho.§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação aexecutar e do produto a manipular.§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e entidadesrepresentativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos parágrafosanteriores, conforme dispuser o Regulamento.

  • IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:

    a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;

    b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ouproporcionar proveito;

    c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por estadentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente domeio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;

    d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquerque seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.

    § 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outrasnecessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado noexercício do trabalho.

    § 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultantede acidente de outra origem, se associe ou se superponha às conseqüências do anterior.

  • Art. 118 da Lei 8213/91O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, peloprazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de

    trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doençaacidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente.

  • NTEP

    Em 26 de dezembro de 2006, a Lei n. 11430 introduziu o artigo 21-A na Lei n. 8213/91,instituindo o nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relaçãoentre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade.

    Art. 21-A. A perícia médica do INSS considerará caracterizada a natureza

    acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico

    epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a

    atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade

    elencada na Classificação Internacional de Doenças - CID, em

    conformidade com o que dispuser o regulamento.

    (Vide Medida Provisória nº 316, de 2006) (Incluído pela Lei nº 11.430, de

    2006)

    Esta criação teve a finalidade de combater a subnotificação dos acidentes do trabalho.

  • O NTEP, a partir do cruzamento das informações de código da ClassificaçãoInternacional de Doenças – CID-10 e de código da Classificação Nacional deAtividade Econômica – CNAE aponta a existência de uma relação entre a lesão ouagravo e a atividade desenvolvida pelo trabalhador.

    A indicação de NTEP está embasada em estudos científicos alinhados com osfundamentos da estatística e epidemiologia. Conclui-se sobre a natureza daincapacidade ao trabalho apresentada, se de natureza previdenciária ou acidentária.

    O NTEP foi implementado nos sistemas informatizados do INSS, para concessão debenefícios, em abril/2007 e de imediato provocou uma mudança radical no perfil daconcessão de auxílios-doença de natureza acidentária..

  • Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalhoà Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso demorte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimoe o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências,aplicada e cobrada pela Previdência Social.

    (...)

    § 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprioacidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu

    ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.

    § 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de responsabilidade pela faltado cumprimento do disposto neste artigo.

  • Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para queo beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos mesesde suas competências.II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180contribuições mensais.

  • Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações,devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho,expressas em benefícios e serviços:I - quanto ao segurado:a) Aposentadoria por invalidez;d) Aposentadoria especial;h) Auxilio acidente...II - quanto ao dependente:a) pensão por morte;...

    III - quanto ao segurado e dependente:

    c) reabilitação profissional.

  • APOSENTADORIA ESPECIALSubseção IV da Lei 8123/91

  • A aposentadoria especial é um benefício concedido ao cidadão que trabalha exposto aagentes nocivos à saúde, como calor ou ruído, de forma contínua e ininterrupta, emníveis de exposição acima dos limites estabelecidos em legislação própria.

    É possível aposentar-se após cumprir 25, 20 ou 15 anos de contribuição, conforme oagente nocivo. (artigo 57 da Lei 8213/91)

    § 1º A aposentadoria especial, observado o disposto no art. 33 desta Lei, consistiránuma renda mensal equivalente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício.

  • Além do tempo de contribuição, é necessário que o cidadão tenha efetivamentetrabalhado por, no mínimo, 180 meses. Períodos de auxílio-doença, por exemplo, não sãoconsiderados para cumprir este requisito (artigo 25, II da lei 8213/91)

    Para a aposentadoria especial, é fundamental que o trabalhador apresenteos documentos que comprovem a exposição a agentes nocivos, como o PerfilProfissiográfico Previdenciário (PPP), fornecido pelos empregadores.

    A aposentadoria especial será cancelada pelo INSS caso o beneficiário permaneça ouretorne à atividade que ensejou a concessão desse benefício;

  • Quais agentes nocivos dão direito à previdência especial?

    • Agentes biológicos: vírus, fungos e bactérias;• Eletricidade;• Agentes físicos: ruído, calor, frio, radiações, ar comprimido;• Agentes químicos como arsênio, benzeno e derivados, cádmio, bromo, chumbo, bronze,

    cloro, iodo, cromo, flúor, fósforo, manganês, mercúrio, monóxido de carbono, sílica;

  • Aposentadoria Especial por Periculosidade – 25 anos de contribuição:

    EletricidadeOs eletricitários que trabalham próximos à energia elétrica acima de 250 volts, assim como os cabistas de linhastelefônicas e atividades similares.

    Em decisão proferida em sede de recurso representativo de matéria repetitiva (RESP 1306113), de 14/11/2012, aPrimeira Seção Do Superior Tribunal de Justiça (STJ) firmou o entendimento de que o trabalhador expostohabitualmente à energia elétrica tem direito ao recebimento do benefício previdenciário de aposentadoria especial.

    Combustíveis e PetróleoOs trabalhadores em postos de combustíveis, assim como caminhoneiros que lidam com cargas inflamáveis, osmarinheiros e mergulhadores da Petrobrás e empresas terceirizadas, todos os trabalhadores que tem contatopermanente com combustíveis.

    ExplosivosA lida com explosivos é uma situação de risco, que expõe trabalhadores de pedreiras e outras atividadeseconômicas.

  • No mesmo sentido temos a Súmula nº 62 da TNU - Turma Nacional de Uniformização deJurisprudência dos Juizados Especiais Federais:“O segurado contribuinte individual pode obter reconhecimento da atividade especial parafins previdenciários, desde que consiga comprovar exposição a agentes nocivos à saúdeou à integridade física”.Aí incluem o cooperado, autônomo ou também, em alguns casos, aomicroempreendedor individual e ao microempresário individual.

    Nota: A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário, naforma estabelecida pelo INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condiçõesambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho nos termos dalegislação trabalhista (§ 2º, art. 68, RPS/99).

  • TEMPO MINIMO?· 15 (quinze) anos para trabalhos em mineração subterrânea, emfrentes de produção com exposição à associação de agentes físicos,químicos ou biológicos;· 20 (vinte) anos para trabalhos com exposição ao agente químicoasbestos (amianto) e para trabalhos em mineração subterrânea, masafastados das frentes de produção com exposição à associação deagentes físicos, químicos ou biológicos.· 25 (vinte e cinco anos) para os demais casos de exposição aagentes nocivos.

  • FORMULÁRIOS

  • Emissão até 31/12/2003, um dos seguintes formulários emitidos em época própria:

    • DIRBEN-8030, regulamentado pela IN INSS/DC 39 de 26/10/2000 (emitidos entre

    26/10/2000 e 31/12/2003)

    • DSS-8030, regulamentado pela OS INSS/DSS 518 de 13/10/1995 (emitidos entre

    13/10/1995 e 25/10/2000)

    • DISES BE 5235, regulamentado pela Resolução INSS/PR 58 de 16/09/1991

    (emitidos entre 16/09/1991 e 12/10/1995)

    • SB-40, regulamentado pela OS SB 52.5 de 13/08/1979 (emitidos entre 13/08/1979 e

    11/10/1995)

  • DIRBEN

  • SB - 40

  • PPPPerfil Profissiográfico Previdenciário

    Art. 58, § 4º da Lei 8213/91

    Para regulamentar o Art. 68 do Decreto 3048 /99 determina que

  • Art. 58. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou associação de

    agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física considerados para fins de concessão

    da aposentadoria especial de que trata o artigo anterior será definida pelo Poder Executivo.

    (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)

    § 4º A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico abrangendo

    as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do

    contrato de trabalho, cópia autêntica desse documento.(Incluído pela Lei nº 9.528, de

    1997)

  • É um documento histórico-laboral do trabalhador que deve conter uma série de informações paraserem repassadas ao INSS, dentre elas, uma descrição detalhada das atividades exercidas poraquele trabalhador e quais são os agentes nocivos à saúde pelos quais ele é exposto durante arealização de suas funções.

    FONTE: Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT), Programa dePrevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e pelo Programa de Controle Médico de SaúdeOcupacional (PCMSO).

    Posteriormente, o Decreto nº 3.048/99 do Regulamento da Previdência Social também reiterou aobrigatoriedade do PPP, enquanto a Instrução Normativa INSS/PRES nº 45 do ano de 2010regulamentou e formatou o documento.

  • Quem é responsável pelo PPP e com base em que ele é preenchido?O PPP é preenchido pelo empregador com base em Laudo Técnico de CondiçõesAmbientais de Trabalho (LTCAT), expedido por médico do trabalho ou engenheiro desegurança do trabalho.

    Emissão a partir de 01/01/2004, torna-se obrigatório o formulário denominado PerfilProfissiográfico Previdenciário – PPP (regulamentado pela IN INSS/DC 99/2003), paraperíodos de trabalho em qualquer época e que poderá ser emitido pela empresa, nocaso de trabalhador empregado e pelo Órgão Gestor de Mão de Obra ou pelosindicato da categoria no caso de trabalhadores avulsos.

  • LTCAT

  • De acordo com o § 1º do art. 58 da Lei 8213/91 o LTCAT deve ser expedido pelo médicodo trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho, devidamente habilitados.

    Art. 58. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou associação de agentesprejudiciais à saúde ou à integridade física considerados para fins de concessão daaposentadoria especial de que trata o artigo anterior será definida pelo Poder Executivo.(Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)

    § 1° A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feitamediante formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social — INSS,emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições

    ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança

    do trabalho. (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)

  • Ele não se trata de um programa para minimizar ou eliminar os riscos presentes noambiente, mas serve como um documento de comprovação de que o trabalhadoresteve exposto a determinados riscos durante o período de permanência na empresa.

    O PPRA, PCSMO, PCMAT ou PGR, pois estes programas são regulamentados pelo Ministério do Trabalho e Emprego;

    O LTCAT é regulamentado pela Previdência Social e tem a finalidade de dar base nopreenchimento do PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário.

  • O decreto nº 3.048, de 06 de maio de 199 – art. 283, Capitulo III estabelece a penalidade demulta para empresas que não realizam o LTCAT.

    Segundo a atualização da Portaria MPS nº 727 de 30 de maio de 2003, a partir do dia 1º dejunho de 2003, conforme a gravidade da infração, a multa para quem não realiza oLTCAT varia de R$ 991,03 a R$ 99.102,12.

  • COMPROVAÇÃO DO TEMPO ESPECIAL:- até 28/04/1995

    • Apresentar qualquer dos formulários emitidos até

    31/12/2003 (DIRBEN-8030, DSS-8030, DISES BE 5235, SB-

    40), o qual deverá estar acompanhado do Laudo Técnico

    de Condições Ambientais do Trabalho – LTCAT quando oagente nocivo for “ruído”; ou

    • Perfil Profissiográfico Profissional – PPP (sendo dispensado

    o LTCAT)

  • - entre 29/04/1995 e 13/10/1996 Qualquer dos formulários emitidos até

    31/12/2003 (DIRBEN-8030, DSS-8030, DISES BE 5235, SB-40), o qual deverá

    estar acompanhado do Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho –

    LTCAT quando o agente nocivo for “ruído”.

    - Nos casos em que o trabalhador não tenha o LTCAT, poderá apresentar um

    dos seguintes documentos de demonstrações ambientais: PPRA, PGR,

    PCMAT, PCMSO.

  • - a partir de 01/01/2004

    • Somente será aceito o documento PPP

    - entre 14 de outubro de 1996 e 31 de dezembro de 2003

    • Qualquer dos formulários emitidos até 31/12/2003 (DIRBEN-8030, DSS-8030,

    DISES BE 5235, SB-40), o qual deverá estar acompanhado do Laudo Técnico de

    Condições Ambientais do Trabalho – LTCAT para qualquer agente nocivo.

    - Nos casos em que o trabalhador não tenha o LTCAT, poderá apresentar um dos

    seguintes documentos de demonstrações ambientais: PPRA, PGR, PCMAT, PCMSO.

    - Onde: Ministério do Trabalho, Sindicatos, Justiça do Trabalho.

  • LTCAT

  • APOSENTADORIA ESPECIALPOR RUÍDO

    Vejamos, qual foi o entendimento firmado pela TNU:Súmula 9: O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que elimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de serviço especial prestado.