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Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

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Page 1: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Engenharia de Segurança de Sistemas

Alesandro MatosEngenheiro Químico

Engenheiro de Segurança do TrabalhoMBA em Gestão Estratégica de Projetos

Page 2: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Programa da Disciplina

1. Objetivos;2. Introdução;3. Definições Necessárias;4. Álgebra Booleana;5. Confiabilidade;6. Probabilidade;7. Teoria de Sistemas;8. Sistema e Programa de Avaliação de Riscos;9. Avaliação de Riscos;10. Técnicas de Avaliação de Riscos;11. Avaliação de Perdas;12. Gerenciamento de Crises;

Page 3: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Objetivos

•Conhecimento Técnico – Teorico Aplicado;

•Mostrar e Treinar modelos de avaliações de risco;

•Introduzir Técnicas de Investigação de acidentes;

•Apresentar ferramentas para uma eficaz gestão de SSO/SMS;

•Atualizar os profissionais em assuntos de segurança;

Page 4: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Conhecimento Técnico – Teorico Aplicado

•Abrangência da Engenharia de Sistemas;

•Definição de Sistemas;

•Interação com várias especialidades da Engenharia;

•Ferramentas Administrativa de SSO

Page 5: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Modelos de Avaliação de Risco

Apresentar ferramentas de avaliação e

antecipação de riscos com o objetivo de corrigir

possíveis condições inseguras detectadas na

avaliação

Page 6: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Técnicas de Investigação de Acidentes

Técnicas muito usadas na prática;

Desenvolvimento do senso investigativo;

Mostrar os passos de uma investigação -

baseada em um modelo pré-determinado;

Chegar as causas básicas do acidente;

Colaborar na elaboração do Plano de Ação;

Page 7: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Gestão de Segurança Ocupacional

OHSAS

NIOSH

NOSA

DUPON

SISTEMAS PRÓPRIOS

INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS

Page 8: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Assuntos Atuais

Gerenciamento de Perdas

Gerenciamento de Crises

Gerenciamento de Riscos

Gerenciamento de Conflitos

Page 9: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Introdução – Origem e Evolução Prevencionista e a Engenharia de Segurança

Primeiros Passos – Revolução Industrial

Advento histórico da Saúde Pública, ocorrido em 1854 (Snow);Advento histórico da Saúde Pública, ocorrido em 1854 (Snow);(Contaminação bacteriana na água)(Contaminação bacteriana na água)

1760 a 1830, ocorreu a advento da Revolução Industrial na 1760 a 1830, ocorreu a advento da Revolução Industrial na Inglaterra;Inglaterra;

Pressionado, o Parlamento aprovou, em 1802, a “Lei de Saúde e Pressionado, o Parlamento aprovou, em 1802, a “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”;Moral dos Aprendizes”;

Em 1833, é decretada a “Lei das Fábricas”, que estabelece a Em 1833, é decretada a “Lei das Fábricas”, que estabelece a inspeção das fábricas, instituiu a idade mínima de 9 anos para o inspeção das fábricas, instituiu a idade mínima de 9 anos para o

trabalho.trabalho.

Page 10: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Introdução – Origem e Evolução Prevencionista e a Engenharia de Segurança

• Criou-se, em 1897, a inspetoria das Fábricas Criou-se, em 1897, a inspetoria das Fábricas como órgão do Ministério do Trabalho Britânico;como órgão do Ministério do Trabalho Britânico;

• Em 1919, é fundada em Genebra, a Em 1919, é fundada em Genebra, a Organização Internacional do Trabalho (OIT);Organização Internacional do Trabalho (OIT);

Page 11: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

OIT e OMS

• Promover e manter o mais alto grau de bem-estar físico, mental e Promover e manter o mais alto grau de bem-estar físico, mental e

social dos trabalhadores em todas as ocupações; social dos trabalhadores em todas as ocupações;

• Prevenir todo prejuízo causado à saúde dos trabalhadores pelas Prevenir todo prejuízo causado à saúde dos trabalhadores pelas

condições do seu trabalho; condições do seu trabalho;

• Proteger os trabalhadores, em seu trabalho, contra os riscos Proteger os trabalhadores, em seu trabalho, contra os riscos

resultantes da presença de agentes nocivos a saúde; resultantes da presença de agentes nocivos a saúde;

• Colocar e manter o trabalhador em uma função que convenha às suas Colocar e manter o trabalhador em uma função que convenha às suas

aptidões fisiológicas e psicológicas; aptidões fisiológicas e psicológicas;

• Adaptar o trabalho ao homem e cada homem ao seu trabalho. Adaptar o trabalho ao homem e cada homem ao seu trabalho.

Em 1957 a OIT e a OMS, reunidos em Genebra, estabeleceram os seguintes objetivos para Saúde Ocupacional e estabeleceram o seu âmbito de atuação:

Page 12: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Quanto custa sua vida?

Page 13: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

O estudo de H. W. Heinrich

1931 - Seu estudo mostrava a relação de 4:1 entre os custos segurados e de não segurados em um acidente de trabalho;

Estes valores foram fortemente difundidos nas Industrias Americanas de

Médio Porte da época;

Custo Acidente

não segurado

Custo Acidente segurado

LUCRO !!!

Page 14: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Acidente com Danos a PropriedadeAcidentes com lesões incapacitantes

1

29

300

Lesão Incapacitante

Lesão Não Incapacitante

Acidente s/ Lesão

Heinrich - 1931

Page 15: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Henrich declarava em seu estudo que:

Acidente incapacitante – Perda de membros ou qualquer outro tipo que

incapacitasse o trabalhador;

29 Acidentes 29 Acidentes não não

IncapacitantesIncapacitantes

300 Acidentes 300 Acidentes sem lesãosem lesão

Incidentes ou quase – acidentes que poderiam

ter lesionado o trabalhador de alguma

forma;

Acidentes que lesionaram o trabalhador

de alguma forma;

1 Acidentes 1 Acidentes IncapacitanteIncapacitante

Page 16: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Estudo de Frank Bird Jr. (Lukens Steel Company)

Lesão Incapacitante

Lesão Não Incapacitante

Acidente c/ Danos a Propriedade

1

100

500

Bird - 1966

Para cada acidente incapacitante haviam 100 acidentes com lesão ao

trabalhador e 500 acidentes com danos a propriedade.

Am

ostra

de

90.0

00

Aná

lises

de

Aci

dent

es

Page 17: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Custo

Caso Modelo(Publicado na revista “Notícias de Segurança”; 34 (5):10, 38, Maio 1972)

Descirção Unidades

Lesões Incapacitantes 71

Lesões que requerem assistência médica

416

Lesões que requerem primeiros socorros

9.706

Número de Trabalhadores 2.580

Homem – Hora Trabalhada 3.750.000

Prêmio de Seguros US$ 208.300,00

Page 18: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Caso Modelo(Publicado na revista “Notícias de Segurança”; 34 (5):10, 38, Maio 1972)

Descirção Valores US$

Por Lesão Incapacitante 52,00

Por Lesão Assistência Médica 21,50

Por Lesão Primeiros Socorros 3,10

Descirção Valores US$

71 Lesão Incapacitante 3.692,00

416 Lesão Assistência Médica 8.944,00

9.706 Lesão Primeiros Socorros 30.088,60

Aplicando os custos acima ao Caso Modelo (dados anteriores)

Custo Indireto Médio das Lesões

TOTAL – Custo Indireto Médio das Lesões – US$ 42.724,60

Page 19: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Conclusão:

Levando – se em conta as estatísticas do caso modelo e aplicando – se as proporções de Bird, verifica-se que o número estimado de acidentes com dano a propriedade é de 35.500 ou 142 acidentes por dia.

* Publicado, entre outras, na revista “Notícias de Seguridad”; 34 (5) : 10 – 38, maio de 1972 (vide biografia)

Page 20: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Iceberg – Custos do Acidente

Page 21: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Iceberg – Custos de um Acidente

Custos Diretos – 20 %

Custos Indiretos – 80 %

Page 22: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Estudo Realizado pela ISURANCE COMPANY OF NORTH AMERICA

Estudo Realizado pela ISURANCE COMPANY OF NORTH AMERICA

Acidente com Lesão Grave

Acidente sem Lesão ou Danos Visíveis

Acidente c/ Danos a Propriedade

1

10

600

30

Acidente com Lesão Leve

Page 23: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Exercício Prático

Page 24: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Levantamento de Custos do Acidente de Trabalho

Page 25: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Determine quais custos contidos nas tabelas a seguir seriam aplicáveis ao

case do Aterramento.

Justifique cada uma de suas respostas;

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Exemplo de Análise Estatística de Acidente

Page 31: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Análise Estatística de Acidentes

• Representatividade de indicadores;

• Decisão baseada em dados;

• Aspecto do potencial de risco – quantitativamente;

• Análise global do ponto de vista da Engenharia de

Segurança;

Page 32: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Taxa de Frequência• Referencia a exposição dos trabalhadores em função do

número de acidentes (ver acidente classificado conforme NBR 14280);

• O fator 1.000.000 de horas é em função de Hum Milhão de Homem-Horas Trabalhadas com exposição aos riscos.

ASSIM:

TF = N * 1.000.000 / HHT

Page 33: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Taxa de Gravidade• Referencia a perda de tempo em função do número de

horas de exposição padrão (ver acidente classificado conforme NBR 14280);

• O fator 1.000.000 de horas é em função de Hum Milhão de Homem-Horas Trabalhadas com exposição ao risco.

ASSIM:

TG = (Dp + Dd) * 1.000.000 / HHT

Page 34: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Dias Debitados

Page 35: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Índice de Avaliação da Gravidade

IAG (Tempo Computado por Acidente) = TG / TF

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AVALIAÇÃO DO SISTEMA CONVENCIONAL DE ANÁLISES DE ACIDENTESDADOS DA EMPRESA:

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS: 200 HOMENS

SETORES 5 UNIDADE

PERÍODO 60 DIAS

HORAS TRABALHADAS POR PERÍODO 480 TOTAL DE HORAS DO PERÍODO

JORNADA DE TRABALHO 8 HORAS/DIA

HOMEM-HORA DE EXPOSIÇÃO AO RISCO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

SetorN. de

Empregados

HHN. de

Acidentes s/ lesões

N. de Acidentes c/

lesõesDP DD T (DP + DD) TF TG IAG Prioridade

1 20 9600 0 1 0 900          

2 50 24000 9 5 50 1800          

3 50 24000 1 1 0 500          

4 40 19200 26 2 15 0          

5 40 19200 24 3 20 100          

Total 200 96000 60 12 85 3300 0

LEGENDA

Número de Acidentados N                

Dias Perdidos DP                

Dias Debitados DD                

Tempo Computado T                

Taxa de Frequência TF                

Taxa de Gravidade TG                Indice de Avaliação da Gravidade IAG

 

Page 37: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

ConclusõesResguardado o mérito hipotético deste pequeno exemplo

O Sistema convencional de análise é puramente estatístico e está

baseado em fatos ocorridos (Acidentes), sendo os índices de discutível

representatividade para o estabelecimento de ações de controle que

reflitam corretamente a potencialidade dos riscos presentes em cada

ambiente de trabalho;

A baixa representatividade é resultado do procedimento convecional que

“mistura” Fato (Acidente) e Efeito (Lesão) atribuindo índices baixos (TF

e TG) que refletem claramente essa “mistura” pecando-se igualmente

nesse aspecto qualquer combinação dos mesmos;

Page 38: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

CAUSA FATO EFEITO

ACIDENTE LESÃO

TAXA DE FREQUÊNCIA

TAXA DE GRAVIDADE

Sistematizando

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Origem e Evolução Prevencionista e a Engenharia de Segurança

1970 - Jonh A. Fletcher no Canadá propôs o estabelecimento de um “Programa de Controle de Perdas”.

1972 – O Engenheiro Willie Hammer, reuniu diversas técnicas que demonstraram ser úteis e eficazes na preservação dos recursos humanos e materiais dos sistemas de produção.

Page 40: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Definições NecessáriasSistemas e Subsistemas

Sistema é um arranjo ordenado de componentes que estão inter -

relacionados e que atuam e interatuam com outros sistemas, para

cumprir uma tarefa ou função, num determinado ambiente.

Subsistema pode-se deduzir que é um subconjunto de um sistema que

desempenha determinadas funções a contribuir com um série de funções na

busca de cumprimento da tarefa ou objetivo, o qual o sistema matriz está

ordenado.

Page 41: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Sistemas e Subsistemas

Page 42: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Exemplo de Sistema e Subsistema

ENTRADA

VÁLVULA LADRÃO

SAÍDASS Sensor – Bóia

SS Operação – Válvulas

SS Comunicação – Haste

SS Ambiental – Ambiente

SS Potência – Energia Potencial Hidráulica

SISTEMA

CAIXA D´ÁGUA

Page 43: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Definições Necessárias

Risco (Hazard)

Uma ou mais condições de uma variável com o potencial necessário para

causar danos. Esses danos podem ser entendidos como lesões as

pessoas, danos a equipamentos e instalações, danos ao meio ambiente, perda

de material em processo, ou redução da capacidade de produção. Havendo um

risco, persistem as possibilidades de efeitos adversos.

Perigo (Danger)

Expressa uma exposição relativa a um risco, que favorece a sua

materilização em danos.

Page 44: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Definições Necessárias

Danos (Damage)

É a gravidade (severidade) da perda humana, material, ambiental ou

financeira que pode resultar, caso o controle sobre um risco seja perdido.

Um operário desprotegido pode cair de uma viga a 3 m de altura, e sofrer um dano físico, por exemplo, uma fratura na perna. Se a viga estivesse a 90 m de altura, ele, com certeza, estaria morto. O risco (possibilidade) e o perigo (exposição) de queda são os mesmos. Entretanto, a diferença reside na gravidade do dano que poderia ocorrer com a queda.

Page 45: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Definições NecessáriasCausa:É a origem de caracter humano ou material relacionado com o evento catastrófico (acidente ou falha), resultante da materialização de um risco, provocando danos.

Ato Inseguro:Ação ou omissão que, contrariando o preceito de segurança, podecausar ou favorecer a ocorrência de acidente;

Condição Ambiente de Insegurança:Condição do meio ambiente que causou o acidente ou contribuiupara sua ocorrência;

Perdas:É o prejuízo sofrido por uma organização, sem garantia de ressarciamento por seguro ou outros meios.

Fator Pessoal de Insegurança:

Causa relativa do comportamento humano, que pode levar a ocorrência do

acidente ou prática do ato inseguro;

Page 46: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Definições Necessárias

Sinistro:É o prejuízo sofrido por uma organização, sem garantia de ressarciamento por seguro ou outros meios.

Incidente: Qualquer evento ou fato negativo com potencial para provocar danos.

É também chamado de quase-acidente.

Acidente:Qualquer evento ou fato não desejado que provoca danos a propriedade ou a pessoa.

Acidente de Trabalho:É a ocorrência imprevista e indesejada, instantânea ou não relacionada com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal; (NBR 14280)

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Page 48: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Definições Necessárias

Mas, afinal e o que é SEGURANÇA?

Isenção de Risco!

Isenção de Perigo!

É o antônimo de perigo.

Frequência definida como isenção de risco.

É impossível 100% de eliminação dos riscos, portanto

Segurança se torna um compromisso acerca de uma

relativa proteção da exposição a riscos.

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Page 50: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Definições Necessárias

EXPOSIÇÃO

INCIDENTE

FATOEFEITO

PERIGO

ORIGEM: HUMANA OU MATERIAL

CAUSA

RISCO

ORIGEM: HUMANA OU MATERIAL

ACIDENTE OU FALHA

Fonte de Risco

Fonte de Risco

Page 51: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Incidentes

Sinistros

Acidentes de Trabalho

Acidentes

Page 52: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Próxima Aula

Algebra Booleana

Page 53: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Introdução a Álgebra Booleana

• Desenvolvida pelo matemático George Boole para estudos de

lógica;

• Permitem a transparência e simplificação de problemas

complexos;

• Expressamente e especialmente útil em condições em que se

pode considerar apenas dois valores, “sim” ou ”não”, “certo”ou

“errado”, “alto” ou “baixo” e zero e um.

• Na Engenharia de Segurança do Trabalho, esta ferramenta é

muito utilizada na investigação e análise de causas dos acidentes e

incidentes;

Page 54: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Introdução a Álgebra Booleana

U

diagramas de Venn

Imagine um conjunto “A” e nele um subconjunto que tem elementos com a característica de “A”. Todos os outros elementos do conjunto não têm a

característica “A”, são considerados “não de A” ou Ā.

A + A = 1 (totalidade do conjunto universo) OU A U A

Primeira Situação

Page 55: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Segunda Situação:

A e B são subconjuntos de C, que é o conjunto universo.

Porém os elementos de A, B e C não estão inter-

relacionados. A esta situação chamamos os conjuntos de

Mutuamente Exclusivos.

A B

C

Page 56: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Terceira Situação

Indicados por AB, A*B, A B, e são interseção de A e B. A interseção contém todos os elementos que tem características de ambos os conjuntos

A AB B

U

U

Page 57: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Aplicação em Portas Lógicas

Page 58: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Porta Lógica “OU”

A B A + B

0 0 0 (falso)

0 1 1(Verdadeiro)

1 0 1 (Verdadeiro)

1 1 1 (Verdadeiro)

Page 59: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Porta Lógica “E”

A B A + B

0 0 0 (falso)

0 1 0(Falso)

1 0 0 (Falso)

1 1 1 (Verdadeiro)

Page 60: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Confiabilidade de Sistemas e Subsistemas

Page 61: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Confiabilidade

Confiabilidade (R) é a probabilidade de um equipamento ou sistema desempenhar satisfatoriamente suas funções

específicas, por um período específico, sob uma dada condição de operação.

Q = 1 - R

Probabilidade de Falha

Page 62: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Vejamos um exemplo para fixarmos a idéia:

Se a probabilidade de falha de uma máquina é 5%, ou

seja, 0,05, a probabilidade de não haver falha

(CONFIABILIDADE (R)) é R = 1 – Q, ou 0,95 ou 95%.

Exemplo 1

Page 63: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Taxa de Falha (λ)Taxa de Falha (λ)

É a frequência com que as falhas ocorrem

• Número de falhas para cada hora de operação;

• Número de operações do sistema;

Por exemplo:

4 falhas em 1000 horas de operação representam de 0,004 por

hora. O tempo médio entre falhas é o inverso da taxa de falhas, ou

seja, TMEF = 1/λ, ou pelo exemplo anterior, 250 horas.

Page 64: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Taxa de Falhas (λ)

Matematicamente o exemplo anterior:

4 falhas em 1.000 horas de operação

λ = 4 / 1000 = 0,004 falhas/hora

1/ λ = 1000 / 4 = 250 horas (TMEF – Tempo Médio Entre Falhas)

Page 65: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Tipos de Falhas

• Falhas Prematuras;• Falhas Casuais;• Falhas por Desgaste;

Page 66: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Curva da Banheira

Page 67: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Aplicação na Engenharia de Segurança

Ainda, para conhecimento e auxílio, segue abaixo a lei de exponencial de confiabilidade:

Onde:e = 2,718

λ = Taxa de Falhat = tempo de operação

T = Tempo médio entre falhas (TMEF)

Page 68: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Aplicação na Engenharia de Segurança

Algumas Considerações

Se t = T

Então:-1R = e R = 1 / 2,781 R = 0,368 ou 36,8%

Então o que fazer para aumentar o valor de R?

t / T OU Aumentar a TMEF(T)

Page 69: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Sistemas de Componentes em Série

Entradas Saídasr4r3r2r1

Lei do Produto de Confiabilidade

Suponha um sistema de 4 componentes com confiabilidade de R.

O Sistema possui 4 componentes em serie e cada um deles com confiabilidade de 90%

R = r1 x r2 x r3 x r4 x ... X rn

Exercício:

Qual a confiabilidade total do sistema?

Page 70: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Sistemas de Redundância em Paralelo

A1

A2

Entradas Saídas

Redundância é a existência de mais de um meio de execução de uma determinada tarefa.

Neste caso para o sistema falhar todos os meios devem falhar.

Page 71: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Exemplo

A1

A2

Entradas Saídas

Suponha que:Confiabilidade de A1 = 0,90Confiabilidade de A2 = 0,80

Page 72: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Probabilidades de Falha de Cada um Componentes:

q1 = 1 – r1 = 1 – 0,90 = 0,10

q2 = 1 – r2 = 1 – 0,80 = 0,20

A probabilidade de falha é:

Q = q1 x q2 = 0,20 x 0,10 = 0,02

E a Confiabilidade é:

R = 1- Q = 1 – 0,02 = 0,98.

Page 73: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Então de um modo Geral temos:

Q = q1 x q2 x ... x qn

R = 1 – Q = 1 – (q1 x q2 x ... x qn)

A probabilidade do Sistema Falhar é:

A probabilidade do Sistema NÃO Falhar é:

Page 74: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Exemplo 2

Verificar a Confiabilidade dos Sistemas Abaixo:

Ra = 0,9

Ra = 0,9Rb = 0,7

Rc = 0,8

Rc = 0,8A B

Page 75: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Exemplo 3

Verificar a Confiabilidade dos Sistemas Abaixo:

Ra = 0,9

Ra = 0,9

Rb = 0,7 Rc = 0,8

Rc = 0,8A B

Rb = 0,7

Page 76: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Exercício

Verificar a Confiabilidade dos Sistemas Abaixo:

Ra1 = 0,9

Rb1 = 0,8

Ra2 = 0,8

Rb4 = 0,9Rb3 = 0,9AB

Rb2 = 0,8

Rc1 = 0,7

C

Page 77: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Sistemas

Page 78: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Mas o que é um Sistema?

Sistema é um arranjo ordenado de componentes que

estão inter – relacionados e que atuam e interatuam

com outros sistemas, para cumprir uma tarefa ou

função num determinado ambiente.

SISTEMA DE CARREGAMENTO E DESCARREGAMENTO DE PRENSA

NA CHINA

Page 79: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

ME

RC

AD

O

ENEREGIA FORNECEDORES

GOVERNO COMUNIDADE

FEEDBACK (RETROALIMENTAÇÃO

INICIATIVA OBJETIVOSRH

RMRF

Teoria dos Sistemas:

Page 80: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Sistemas e Subsistemas

Subsistemas são pequenos sistemas responsáveis por uma

função muito específica ou muito especializada, que somada com

outras funções tornam o sistema completo

Page 81: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

SISTEMAS ORGANIZACIONAIS

Page 82: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

A EMPRESA

Insumos

Processamento

Produto

Entrega ao Cliente

Page 83: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Mas por que acontecem Acidentes?

Page 84: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Bhopal

Page 85: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Comportamento Seguro

Segundo Skinner a natureza do comportamento humano é exploratória.

Comportamento de Risco

Page 86: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Comportamento depende:

ESTÍMULO

ORGANISMO

REAÇÃOCONSEQUÊNCIA

Page 87: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

ABORDAGEM SISTÊMICA DE ACIDENTES

Acidente Organizacional (Rason 1997)

Idéia de acidente individual

Segundo ele, neste último todos os acontecimentos relativos ao acidente, ou seja,

suas causas e conseqüências, podem ser considerados como circunscritos ao

indivíduo que realiza a atividade e que sofre o acidente e a lesão.

Page 88: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Acidentes organizacionais são “eventos comparativamente

raros, mas freqüentemente catastróficos, que ocorrem

dentro de uma tecnologia moderna complexa tais como

plantas nucleares, aviação comercial, indústria

petroquímica, plantas de processos químicos, transporte

ferroviário e marítimo...”

Teoria Sistêmica do Acidente:

Page 89: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Modelo de Rason

Page 90: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

A contribuição de Rason

A idéia de que para os interessados na prevenção de

acidentes o caminho a seguir não é o do estudo dos

“erros humanos”.

Teoria Sistêmica do Acidente:

Page 91: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

O Acidente Psico-organizacional de Llory

O acidente está enraizado na história da organização

Fatores Contribuintes:

• Decisões;

• Ausência de Decisões;

• Evolução da Institucional e Cultural da Organização;

• Degradação progressiva das condições ambientais;

• Eventos particulares da organização;

Teoria Sistêmica do Acidente:

Page 92: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Questionamentos Cabíveis

Qual a concepção de acidente adotada no sistema em que você atua?

Suas análises de acidentes identificam condições latentes ou aspectos da história da incubação

desses eventos?

Como você situa a afirmação de que a maioria dos acidentes deve-se a erros dos operadores e que o

principal objetivo a ser adotado para a sua prevenção é a eliminação desses erros?

Page 93: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Modelos Verticais de Análise de Acidentes

Page 94: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Os modelos verticais geram questionamentos aos interessados em SGSST:

a) Como os gerentes e chefias intermediárias responsáveis por decisões estratégicas e do cotidiano e que contribuem

direta ou indiretamente nas origens de acidentes são abordados, se são, nos processos de análises desses

acidentes?

b) Como a eventual contribuição de atores situados fora dos muros do sistema-empresa em questão é abordada em

análises de acidentes de sua organização?

Modelos Verticais de Análise de Acidentes

Page 95: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

SISTEMAS E PROGRAMA DE SEGURANÇA DE SISTEMAS

O Programa de Segurança

Foco no resultado Compatibilidade de custo

Exigências e premissas do programa

Equilíbrio

Page 96: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Responsáveis Pelo Programa de Segurança

Alta DireçãoProfissionais de Segurança

Toda Organização é Responsável pelo sucesso do programa

Page 97: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Alta Direção

Política de Segurança

Divulgação da Política de Segurança

Apoio Constante

Manter o Padrão de Exigência

Nível de Exigências

NÃO TOLERAR DESVIOS

Page 98: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Sistemas e Subsistemas Organizacionais

Page 99: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

SESMT / SSMA

Page 100: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

SESMT / SSMA

Page 101: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos
Page 102: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

ANÁLISES DE

RISCOS

Page 103: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

ANÁLISES DE RISCOS

Conceitos Importantes:

Risco (Hazard): Uma ou mais condições de uma variável, com o potencial necessário para causar danos.

Danos podem ser entendidos como lesões a pessoas, danos a equipamentos ou

estruturas, perda de material em processo ou redução na capacidade de

desempenho de uma função pré-determinada.

Page 104: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

ANÁLISES DE RISCOS

Perigo (Danger): Expressa uma exposição relativa ao risco, que favorece a sua materialização em danos.

Onde há Risco, há Perigo?

E Onde há Perigo, há Risco?

Lei de Murphy Havendo risco, persistem as possibilidades de Danos

Page 105: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Respondendo as Perguntas:Um risco pode estar presente, mas pode haver baixo nível de

perigo, devido as precauções tomadas. Por exemplo:

Um banco de transformadores de alta voltagem possui um risco inerente de eletrocussão, uma vez que seja energizado.

Há um alto nível de perigo se o banco estiver desprotegido, no meio de uma área com pessoas.

O mesmo risco estará presente quando os transformadores estiverem trancados num cubículo sob o piso. Entretanto agora o perigo será mínimo para o pessoal.

Exemplo do Avião

Page 106: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

LEIS DE MURPHY APLICADAS ASEGURANÇA DO TRABALHO

1- Qualquer operação pode ser feita de forma errada, não interessa o quanto essapossibilidade é remota; ela algum dia vai ser feita - óbvio.

2- Não importa o quanto é difícil danificar um equipamento; alguém, algum dia vaiachar um jeito.

3- Se algo pode falhar, essa falha deve ser esperada para ocorrer no momento maisimportante, com o máximo de danos.

4- Mesmo na execução da mais perigosa e complicada operação, as instruçõespoderão ser ignoradas.

Page 107: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Dano (Demage): ?

ANÁLISES DE RISCOS

Page 108: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Dano (Demage): Dano é a severidade da

lesão, ou perda física, funcional ou

econômica, que podem resultar se o

controle sobre um risco é perdido.

ANÁLISES DE RISCOS

Page 109: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

ANÁLISES DE RISCOS

Causa: É a origem de caráter humano ou material

relacionado com o evento catastrófico (acidente), pela

materialização de um risco, resultando danos.

Nível de Risco: Expressa a probabilidade de possíveis

danos dentro de um período específico de tempo ou

número de ciclos operacionais.

Page 110: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Mas, e o que é SEGURANÇA mesmo ?

ANÁLISES DE RISCOS

Page 111: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

O CASO SEU JOÃO

Page 112: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Página 31 da Apostila

Page 113: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Negligente

Má Supervisão

Uso excessivo

Falta de Manutenção

Treinamento

Não usou voluntariamente

Falta de Man.

Ignorava o risco

Fora de Condições

Não usou óculose Ou

Falta de Manutenção

Falta de isolamento

Faíscas no fio

Desvio de Atenção

Broca s/ Fio

Pressão Excessiva

Broca Quebrou

e

Ou Fragmento projetadoe e Lesão Olho e

Voltou no Olho

Inclinação da Broca

Largou Furadeira

Mãos no Rosto

e

Perda Equilíbrio

QuedaOutras Lesões

Ignorava o Risco

Má Superv.

Não há Escadas

Ou

Plataforma Inadequada

Page 114: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Piper Alpha

Page 115: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

SEGURANÇA É?

Frequência definida como isenção de risco. É impossível 100% de eliminação dos riscos,

portanto Segurança se torna um compromisso acerca de uma relativa

proteção da exposição a riscos.

Page 116: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

A Tarde!

Page 117: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Técnicas de Análise de Riscos

Page 118: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO:

• Essencial e fundamental para o bom andamento de uma tarefa, processo ou procedimento;

• Usadas para encontrar a causa base, ou causas principais de um acidente;

•Várias técnicas de análise de riscos são utilizadas;

Page 119: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

I Desprezível

A falha não irá resultar numa degradação maior do sistema,

nem irá produzir danos funcionais ou lesões, ou contribuir com o risco ao

sistema;

II Marginal ou Limitrofe

A falha irá degradar o sistema numa certa extensão, porém sem

envolver danos maiores ou lesões, podendo ser

compensada ou controlada adequadamente;

III Crítica

A falha irá degradar o sistema causando danos substânciais ou lesões, ou irá resultar num risco inaceitável, necessitando ações

corretivas imediatas;

IV CATASTRÓFICA

A falha irá produzir severa degradação do sistema,

resultando em sua perda total, lesões ou morte.

Categorias de Risco

Page 120: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Análise Preliminar de Tarefa

ITEM RISCO CAUSA EFEITO CAT.RISCO MEDIDAS PREVENTIVAS RESPONSÁVEL OBSERVAÇÕESAPR- ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS

É TODA PROVIDÊNCIA TOMADA PARA EVITAR ACIDENTES ANTES DE SE INICIAR UM TRABALHO.

ATRAVESSAR UMA RUA

Page 121: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Exemplo de APR

Conta a mitologia Grega que o Rei Minos, de Creta, mandou aprisionar

Dédalo e seu Filho Ícaro, na ilha de mesmo nome.

Com o objetivo de escapar para a Grécia, Dédalo idealizou fabricar

asas, o que fez habilidosamente com penas, linho e cera de abelhas.

Antes, no entanto de Ícaro partir Dédalo advertiu que tomasse cuidado

quanto ao curso do vôo, pois alguns riscos envolveriam a operação.

Page 122: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

RISCO CAUSA EFEITO CAT. RISCO

MEDIDAS PREVENTIVAS OU

CORRETIVASRadiação Térmica Solar

Voar Muito Alto em presença de forte radiação

Calor pode derreter ceras de abelhas que une penas. Separação das penas pode causar má sustentação aerodinâmica. Aeronauta pode morrer no mar.

IV Prover advertência contra vôo muito alto e perto do sol. Manter rígida supervisão sobre aeronauta. Restringir área de superfície aerodinâmica

Umidade Voar muito perto da superfície do mar

As asas podem absorver umidade, aumentando seu peso e falhando. Poder propulsivo limitado pode não ser adequado para compensar o aumento de peso. Resultdo: Perda da função e possível afogamento do aeronauta.

IV Advertir aeronauta para voar a meia altura, onde o sol manterá as asas secas, ou onde a taxa de acumulação de umidade é aceitável para a duração da missão.

APR – Exemplo de Dedalo

Page 123: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Exercício:

SAIR DE FÉRIAS NO SEU CARRO,

COM A FAMÍLIA, PARA UMA PARIA A

100KM DE SUA CASA.

Page 124: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Análise de Modo de Falha e Efeito – AMFE ou FMEA;

Técnica que nos permitirá analisar como podem falhar os componentes de um

equipamento ou sistema

Muito usado na indústria automobilística

Page 125: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

FMEA

•Estimativas de Taxa de Falhas;

•Prever Efeitos e defeitos

•Estabelecer medidas preventivas para os efeitos e

defeitos;

•Faz parte de analises de projetos e condições de

insegurança geradas em um projeto.

Muito útil na:

Page 126: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

FMEA

Industria Automobilística

Fornecedores de Peças e Acessórios

Fábricas de Fundição de Peças

Fornecedores de Matéria – Prima (Ferro-Ligas)

ISO TS 16 949

Page 127: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Objetivos do FMEA:

• Revisar Sistematicamente os modos de falha de um componente ou subsistema

para garantir danos mínimos ao sistema;

• Determinação dos efeitos que tais falhas terão em outros componentes

• Determinação dos componentes cujas falhas teriam efeito crítico na operação do

sistema (Falhas de Efeito Crítico);

• Cálculo de Probabilidades de Falhas de montagens, subsistemas e sistemas, a

partir das probabilidades individuais da falha de seus componentes;

• Determinação de ações para redução das probabilidades de falhas com intuito de

reduzir as mesmas e dar mais confiabilidade ao sistema como um todo.

Page 128: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Exemplo de complexo de FMEA

Conseqüência Critério: Gravidade da conseqüência Índice de Gravidade

Catastrófico Acidente com lesão permanente ou morte. 5Crítico Acidente com lesão e com afastamento. 4Maior Acidente com lesão e sem afastamento. 3Menor Acidente sem lesão; 2

Eficiência Descrição ClassificaçãoMuito Baixa Não existe controle. 5

Baixa Existe controle e está danificado. 4

Moderada Existe controle, mas não é totalmente eficiente. 3

Alta Existe controle e é eficiente. 2

Page 129: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Risco Pontuação Ação

Intolerável 125 - 100 Interdição

Grave 99 - 40 Sinalização, informação ao operador e ação de correção imediata

Moderado 39 - 20 Exige planejamento da correção

Leve 19 - 04 Admite realização de correção, se necessária, em parada programada

Pouco significativo

Menos de 19

Nenhuma ação requerida

Exemplo de complexo de FMEA

Page 130: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Gentileza da empresa GKN

Page 131: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Incidente Crítico

É um método usado para identificar erros e

condições inseguras, que contribuem para os

acidentes com lesão, tanto reais como potenciais,

através de uma amostra aleatória estratificada de

observadores – participantes, selecionados dentro

de uma população.

Page 132: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Técnica do Incidente Crítico - TIC

1. Entrevistador interroga um certo número de pessoas envolvido numa determinada tarefa;

2. Solicita aos participantes recordar atos e condições inseguras;

3. Participante é estimulado a a descrever incidentes críticos;

4. Transcrição e classificação dos incidentes críticos;

5. Geração do Plano de Ação;

Page 133: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

O estudo de operabilidade e riscos (HazOp) é uma

metodologia de Análise de Riscos que foi desenvolvida para

identificar riscos e problemas operacionais em plantas de

processos industriais, os quais, apesar de aparentemente

não apresentarem riscos imediatos, podem comprometer a

produtividade e a segurança da planta.

HAZOP

Page 134: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

HAZOP

Page 135: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Hazop

O HazOp atualmente tem sua maior aplicação

em projetos de novas unidades industriais e em

ampliações de unidades já existentes,

principalmente devido a algumas imposições

legais.

Page 136: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

PALAVRA-GUIA DESVIO CAUSAS CONSEQUÊNCIAS AÇÕES SUGERIDAS

Nenhum Ausência de fluxo

(1) Válvula A não abre. (2) Suprimento de ácido fosfórico esgotado. (3) Entupimento ou rup-tura da linha de ácido fos-fórico.

Excesso de amônia no reator e liberação para a área de traba-lho.

Fechamento automático da vál-vula B na redução do fluxo da tubulação de suprimento de ácido fosfórico.

Menos Menor vazão

(1) Válvula A parcialmen-te fechada. (2) Entupimento ou va-zamento na tubulação.

Excesso de amônia no reator e liberação para a área de traba-lho; a quantidade liberada está relacionada à redução quantita-tiva do suprimento. Um dos integrantes do grupo ficou desig-nado para calcular a relação grau de toxicidade X redução do flu-xo.

Fechamento automático da vál-vula B na redução do fluxo da tubulação de suprimento de ácido fosfórico. O set point depende do cálculo de grau de toxicidade X redução de fluxo.

Mais Maior vazão

(1) Válvula A aberta além do parâmetro. (2) Elevação do nível de ácido fosf'órico.

Excesso de ácido fosfórico de-grada o produto, mas não apre-senta riscos ao local de trabalho.

Controle automático da válvula A em função do nível do tanque para regulagem da vazão.

Exemplo de Tabela HAZOP

Page 137: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

AVALIAÇÃO DE PERDAS

Com o objetivo de dar uma pequena idéia de como avaliar

quantitativamente as perdas dos Sistemas, será

apresentado dois fatores de perdas básicas:

Ausentismo e a Paralisação de Equipamentos, ambos

mostrando suas incidências na produção e traduzindo-se

também em termos econômicos.

Page 138: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Absenteísmo:

É a ausência dos trabalhadores ao serviço, quando escalados para trabalhar.

As perdas pelo ausêntismo são avaliadas pelo FUP que é o Fator de Utilização

Pessoal ou a relação entre o tempo efetivamente trabalhado e o tempo

disponível para execução do que foi programado. Em termos numéricos:

HH(Efetivamente Trabalhadas)FUP = HH(Programadas)

Page 139: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Índice de Absenteísmo na Produção

Onde:Iap – Incidência do Ausentísmo na produçãoPP – Produção ProgramadaFUP – Fator de Utilização de Pessoal

Iap = PP*(1-FUP)

Page 140: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Incidência da paralisação do equipamento na produção

Onde:Iep – Incidência da paralisação do equipamento na produção;PP – Produção Programada;t – Tempo de duração da falha;T – Período de Execução da Tarefa;N – Número de Equipamentos Comprometidos na Linha;

Iep = PP x t / T x N

Page 141: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Avaliação de Riscos

Page 142: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Mas o que é Risco?

Risco = Probabilidade x Gravidade x Exposição

Probabilidade:

Depende do número de vezes que o evento ocorre naquele site;A taxa de recorrência que o evento ocorre;Histórico de Acidentes;

Gravidade:

Depende da natureza do acidente;Da natureza do dano;Reação do Público e Autoridades;Implicações Financeiras

Page 143: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Mas o que é Risco?

Risco = Probabilidade x Gravidade x Exposição

Exposição:

Depende do % da Força de Trabalho Exposta;Frequência de Exposição da Força de Trabalho;Da quantidade de equipamentos e instalações expostas;Da Característica do Fator de Risco

Page 144: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Um Exemplo:

Suponha que sua empresa tem 100 colaboradores envolvidos

em uma manutenção. 20 deles estarão envolvidos com

serviços de solda de uma torre metálica. O andaime que foi

montado por uma outra empresa, está em ponto mais alto

com 40m de altura. O histórico de acidentes nestas condições

é incomum. Mas quando vem a ocorrer gera impacto

significativo sobre o negócio.

Avaliando a situação acima, quantitativamente, qual o risco da

atividade em altura que será realizada?

Page 145: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE RISCO - SEGURANÇA

Grav DESCRIÇÃO Natureza do acidente Natureza dos danos à propriedade Reação das autoridades / público Implicações financeiras

64 CATASTRÓFICO Múltiplas fatalidades Perdas devastadoras de propriedade Imprensa internacional e ou processo Perda total

32 CRÍTICOFatalidade ou número de

incidentes sérios / incapacitantes

Perdas sérias / muito espalhadas de propriedade

Imprensa nacional / local e/ou alta multa Incapacidade financeira prolongada

16 SÉRIO Um ou mais incidentes sérios / incapacitantes

Perdas significativas / calculáveis de propriedade

Reclamação da comunidade e / ou baixa multa

Impacto financeiro significativo sobre o negócio

8 MARGINAL Lesões leves Pequenas perdas de propriedade Reclamação individual e / ou não-conformidade legal

Pequeno impacto financeiro sobre o negócio

4 DESPREZÍVEL Tratamento de primeiros socorros

Pequenas perdas de propriedade, perdas isoladas

Potencial para reclamação e / ou não-conformidade com o padrão Pequena perda financeira

Prob DESCRIÇÃO No. de ocorrências (por Unidade)

Histórico de operações semelhantes Taxa de recorrência (Na Unidade) Histórico de acidentes

32 Regular Mais de 1 vez por ano Alto no. de ocorrênciasRecorrência de incidentes é regular. Recorrência de incidentes leves é

tolerada

Ocorre com freqüência. Outras empresas ou unidades tiveram experiências com incidentes

regulares

16 Provável Anualmente Ocorrências regularesApesar das estratégias preventivas implementadas, incidentes parecem

voltar a ocorrer

A empresa teve experiência com mais de um deste tipo de incidente

8 Incomum Uma vez em 10 anos Pequeno no. de ocorrências Houve recorrência de incidentes mas não é muito comum

A empresa ou uma empresa semelhante teve experiência com

tais incidentes

4 Raro Uma vez em 100 anos IncomumRecorrência de incidentes é

infreqüente e rara quando há controles e estes são mantidos

Uma grande base de dados indica que um incidente pode ocorrer uma

vez na vida da operação

2 Altamente improvável Mais de 100 anos Improvável Recorrência não é conhecida A história de incidente é muito rara

Exp DESCRIÇÃO % da força de trabalho exposta (da Unidade) Freqüência da exposição Quantidades de Equipamentos/

Instalações Expostos Características do fator de risco

5 EXTENSA/AMPLA 80 a 100% Diariamente Instalação de grande dimensão Extremamente perigosos

4 DISSEMINADA 60 a 79% Semanalmente Grande instalação Muito perigoso

3 SIGNIFICATIVA 40 a 59% Mensalmente Grande quantidade Perigoso

2 RESTRITA 20 a 39% Semestralmente Quantidade significante Fator de risco significante

1 DESPREZÍVEL 1a 19% Anualmente Pequena quantidade/ Não afeta Baixo fator de risco

Page 146: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Matriz de Controle de Riscos Legenda das

Atividades

Risco Puro

Risco Residual

ítem PC1 PC2 PC3

1 Alta Tensão     AT 1024 870,4

2 Ambinete Confinado     AC 1024 870,4

3 Ambintes Confinados Esforço Repetitivo   AC/ER 1024 870,4

4 Ambintes Confinados Serviço a Quente   AC/SQ 1024 870,4

5 Ambientes Confinados Serviço a Quente Trabalho em Altura AC/SQ/TA 1024 652,8

6 Ambientes Confinados Trabalho em Altua   AC/TA 768 870,4

7 Esforço Repetitivo     ER 128 108,8

8 Gases e Solventes     GS 128 108,8

9Inspeção c/ Equipamento em Movimento     INSP. 128 108,8

10 Movimentação de Carga com Guindaste     MCG 1024 870,4

11 Movimentação de Carga com Guindaste Movimentação de Carga com Talha   MCG/MCT 1024 870,4

12 Movimentação de Carga com Guindaste Trabalho em Altua   MCG/TA 1024 870,4

13 Movimentação de Carga com Talha     MCT 1024 870,4

14 Trabalhos em Sala Elétrica     SE 1024 870,4

15 Serviços a Quente     SQ 1024 870,4

16 Serviços a Quente Trabalho em Altura   SQ/TA 1024 870,4

17 Serviços a Quente Trabalho em Altura Movimentação de Carga SQ/TA/MC 1024 870,4

18 Trabalho em Altura     TA 1024 870,4

Page 147: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Perfil de Risco por Atividade

Page 148: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Controle de Riscos

Page 149: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

CATEGORIAS DE CONTROLE DOS RISCOS

 

NÍVEL DE

CONTROLE

1. EQUIPAMENTO / TECNOLOGIA

Envolve projetos e tecnologia das máquinas e

equipamentos

NÍVEL DE

CONTROLE

2. MONITORAMENTO / MANUTENÇÃO

Envolve monitoramento ambiental, inspeções,

manutenções em equipamentos do processo

NÍVEL DE

CONTROLE

3. PESSOAL / TREINAMENTO Envolve pessoas capacitadas

e/ou experientesCapacitação = treinamento +

eficácia

A   71 a 80%

Projeto elaborado e executado por equipe altamente

capacitada, e sem restrições orçamentárias. Melhor

tecnologia de máquinas e equipamentos conhecida foi utilizada. Equipamentos de

proteção coletiva com melhor tecnologia.

71 a 80%

Melhor método de monitoramento disponível é implementado (on

line), com sistema de alarme (e-mail, sinal sonoro ou luminoso). Equipamento de monitoramento eletrônico é calibrado de acordo

com as especificações e certificados de calibração estão

prontamente disponíveis. Monitoramento é registrado em um sistema eletrônico formal ou em um registro. Checklists de inspeções são específicos e

aprovadas formalmente por um especialista (obedecendo

rigidamente ao cronograma) para cobrir problemas específicos de SSMA. Uma pessoa específica e

adequadamente treinada / qualificada conduz as inspeções específicas, com aderência total ao cronograma. Manutenção é

específica e pré-planejada em um sistema de manutenção formal.

Produção ou trabalho é suspenso se a manutenção não for

realizada.

61 a 70%

As mais altas qualificações, treinamento e experiência possíveis

são requeridas. Conhecimento específico da gama completa de riscos associados aos fatores de

risco é requerido. Requisitos específicos de treinamento são documentados e obedecidos.

Extensa experiência é requerida. Operadores e pessoal da

manutenção são licenciados ou autorizados para conduzir

atividades do trabalho. Requisitos regulares de treinamento e testes

são documentados e obedecidos. A não participação nos treinamentos ou a reprovação em um teste de

competência impede que o indivíduo conduza outras atividades de trabalho associadas ao aspecto

ou atividade específica.

Page 150: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

B   61 a 70%

Projeto elaborado e executado por equipe

altamente capacitada, mas com

restrições orçamentárias.

Utilizada tecnologia inferior do que a

melhor conhecida. Equipamentos de proteção coletiva com tecnologia inferior à melhor

conhecida.

61 a 70%

Requisitos específicos de monitoramento são

documentados, implementados e

obedecidos. Todos os monitoramentos são

registrados formalmente. Inspeções e monitoramentos são conduzidos por uma

pessoa com treinamento e

experiência específicos (documentados), mas

existem desvios entre o planejado x realizado.

Manutenção é específica, pré-

planejada e documentada em um

sistema de manutenção formal. Se a

manutenção não ocorrer como planejado, apenas

o nível mais alto de autoridade pode permitir

a continuação das atividades.

51 a 60%

Qualificações, treinamento e

experiência formais específicas são

requeridos. Conhecimento

especializado em relação aos fatores de risco e riscos específicos em termos de SSMAQ é

requerido. Pessoal da planta deve ser

autorizado ou licenciado para conduzir atividades

associadas ao risco. Treinamento específico

com resultados de conhecimento é documentado e

obedecido. A não participação nos

treinamentos ou a reprovação em um teste de competência exclui o indivíduo de atividades

específicas associadas à situação de risco.

Page 151: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Investigação de Acidentes

Page 152: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Investigação de Acidentes

Todas as técnicas vistas podem ser usadas para a prevenção e mapeamento

de riscos.

Mas e se mesmo assim o acidente vier a acontecer, o que fazer?

Page 153: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Quando abrimos as portas para o acidente?

• PRESSA• faz com que se ignorem ou se esqueçam passos

do procedimento seguro

• IMPROVISAÇÃO• pelo uso de métodos, ferramentas, dispositivos e

procedimentos incompletos, inadequados e certamente inseguros. É a segunda porta.

Page 154: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Portas...• EXCEÇÕES

• ao serem desabilitados procedimentos “só desta vez”

• “acho que podemos abrir uma exceção..”

• PRESUMIR (proteção, conhecimentos)• presumir é assumir algo sem verificar• “ele já deve ter desligado a rede...”• “isso aqui eu também sei fazer (é fácil)...”• “isso já deve estar previsto. Continue...”• “se fosse perigoso, haveria um aviso...”

Page 155: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Portas...

• PRINCÍPIO DA AUTO - EXCLUSÃO• importante na nossa cultura• as coisas só acontecem com os outros• os outros podem errar, eu não

• Lembrar ao operador : para qualquer acidente, uma ou mais das portas foi aberta...

Page 156: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Fluxograma da investigação de acidentes

Avaliar a situação

Coletar informações

Analisar os dados

Elaborar e aplicar ações corretivas

Conduzir uma auditoria

Page 157: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

EVIDÊNCIASna investigação

Pessoas:- vítimas

- testemunhas

Equipamentos:- em uso

- desativados- prontos para uso

(standy-by)

Fatores ambientais:- condições atmosféricas

- iluminação- temperatura ambiente

- ruído

Materiais, produtos,substâncias:

- em uso- prontos para uso- armazenados na

área

Page 158: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

ACIDENTES, INCIDENTES, NÃO-CONFORMIDADES E AÇÕES CORRETIVAS E PREVENTIVAS

[4.5.2] [4.4.2]

CAUSASMÃO-DE-OBRA MÉTODO

MATERIAL MÁQUINA

OCORRÊNCIA INDESEJADA

EFEITO

AÇÕES CORRETIVAAÇÕES CORRETIVA(para sanar deficiências (para sanar deficiências

encontradas)encontradas)

MEIO AMBIENTE

MEDIDA

Page 159: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Um caso extremo de mau Gerenciamento de Risco

CHALLENGER

Page 160: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

1977• Nos testes de foguetes de combustível

sólido, a Thiokol descobre que as juntas da carcaça se expandiam (contrário do projeto) e convence a NASA que o fato era aceitável

• Também se descobriu que uma junta em anel se deslocava, anulando a sua função de segurança.

Page 161: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

1981

• Nos foguetes em fibra de carbono, a Hércules propõe uma lingüeta para solucionar o problema

• A Thiokol persiste em usar juntas não modificadas para os foguetes em aço

• Em novembro, verificam-se fissuras em uma das seis juntas primárias

Page 162: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

1982, dezembro

• A NASA eleva para criticidade 1 o ranking das juntas (falha que pode causar perda de tripulação e da nave)

• Em abril de 1983, alguns engenheiros da NASA pretendem adotar a linguëta da Hércules. O tema é arquivado

Page 163: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

1984, fevereiro

• Provas pneumáticas antes do décimo lançamento, mostraram fissuras de 25mm em uma junta. Apesar da criticidade 1, o centro Marshall diz que não se requer ação corretiva alguma.

• Não se estabelece correlação entre as provas de alta pressão e as fissuras

Page 164: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

1984, abril

• No vôo seguinte, uma das juntas fica totalmente fissurada, mas isso continuou sendo considerado aceitável

• Foram encontradas fissuras nas 14 expedições seguintes

• Em janeiro de 1985, há fendas em 4 juntas, no lançamento mais frio até então (11graus Celsius). Não se estabelece correlação.

Page 165: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

1985, julho• Após outro vôo com 3 juntas totalmente

fissuradas, o diretor de propulsão pôe um veto restritivo de lançamentos por dúvidas no elemento de criticidade 1 (juntas)

• Pode-se anular o veto, justificando que o problema não ocorre em vôo (?)

• A direção da NASA não foi informada, não questionando o veto nem a sua anulação.

Page 166: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

1985, julho• Engenheiros da Thiokol e do centro Marshall

solicitam as lingüetas de proteção para 72 segmentos

• Um engo. da Thiokol redige um memorando advertindo sobre os efeitos catastróficos da falha

• Os engos. organizam uma reunião em Washington para discutir o tema, mas o diretor Senior da NASA não comparece.

Page 167: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

1985, dezembro

• O diretor do projeto da Thiokol solicita arquivamento do caso, baseado no fato de que estavam em andamento novos projetos

• Em janeiro de 1986, 5 dias antes do acidente, é feita anotação de “Caso encerrado” no documento da NASA “Marshall Problem Reports”

Page 168: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

1986, 27 de janeiro

• Na noite anterior ao lançamento, estimavam-se temperaturas baixíssimas. Na hora de lançamento, atingiu-se 2 graus Celsius.

• Allan Mc Donald, engo chefe da Thiokol, que havia encerrado o caso, muda de idéia e tenta deter o lançamento

Page 169: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

1986, 28 de janeiro

• A CHALLENGER explode segundos após o lançamento, com a morte de sete tripulantes

• As fendas de uma das juntas primárias do propulsor tinham se aberto completamente.

Adaptado da revista Gerencia de Riesgos, quarto trimestre, 1991

Page 170: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Challenger - o Relatório Presidencial

• O problema do foguete auxiliar (booster) começou com um projeto mal feito e cresceu ao falharem (NASA e o contratante) em admitir o problema, falharem em corrigi-lo e finalmente, ao te-lo tratado como um risco aceitável de vôo.

Page 171: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Relatório...• Nem a Thiokol nem a NASA esperavam que os

O-rings de selo da junta recebessem gases quentes da ignição, e se queimassem parcialmente. Quando os testes e os vôos confirmaram os danos, a reação foi aumentar o quanto de danos seria considerado aceitável...

• A comissão concluiu que nenhum dos dois respondeu adequadamente aos alertas de que o projeto era falho. A erosão das juntas foi considerada inevitável e aceitável. Achados específicos:

Page 172: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

• O programa conjunto de testes e certificação era inadequado (não havia requisitos para o motor de teste e este foi testado horizontal - mente e não na posição de vôo)

• Até o acidente, nem a NASA nem a Thiokol entenderam completamente o mecanismo pelo qual a ação de selagem da junta ocorria

• Ambas aceitaram a escalada do risco aparentemente porque “deu certo a última vez” . Comissário Feynman observou que era “um tipo de roleta - russa “, voa-se (com a erosão) e nada acontece, o risco não deve ser tão grande. Reduzimos o padrão um pouco porque nos demos bem a última vez... “ Dar-se bem não significa que se pode repetir a exposição ao risco, seguidamente”

Page 173: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

• O sistema da NASA de rastreamento de anomalias falhou. Apesar do histórico da erosão, o vôo continuava sendo permitido. Falhou após uma estranha sequência de 6 restrições de lançamento, sem seu registro. Os problemas importantes foram removidos e perdidos do sistema de reportes.

• O histórico de erosão do O-ring apresentado como nível I no QG da NASA em Ago 1985 era suficientemente detalhado para que se requeresse ação corretiva antes do próximo vôo.

• Uma análise do histórico de desempenho do O-ring teria revelado a correlação entre os danos e a baixa temperatura. Nem a NASA nem a Thiokol fizeram tal análise; portanto, não estavam preparadas para avaliar o risco de um lançamento em condições extremas.

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• A causa contribuinte• a decisão de lançamento foi falha. Quem decidiu não tinha consciência da

história recente dos problemas e da recomendação do contratante contra lançamentos abaixo de 53 ºF, e da oposição dos engos da Thiokol após a mudança de posição da gerência. Achados da comissão:

• a gerência do Centro Marshall tinha a tendência de “internalizar” os problemas ao invés de comunicá-los adiante.

• A renúncia de restrições de vôo foi feita às custas da segurança. Não havia sistema com requisito obrigatório de análise das renúncias por todos os níveis gerenciais

– The Presidential Commission on the Space Shuttle Challenger Accident Report, June 6, 1986.

Page 175: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

• a comissão concluiu que a reversão da decisão da gerência da Thiokol, recomendando o lançamento, contrariamente aos seus engenheiros, foi causada pela urgência do centro Marshall, de forma a satisfazer um grande cliente.

Page 176: Engenharia de Segurança de Sistemas Alesandro Matos Engenheiro Químico Engenheiro de Segurança do Trabalho MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Deve-se evitar que os recursos sejam desperdiçados em virtude de erros e/ou

acidentes.