enfermidades metabólicas em frangos de corte acadêmicos: Érica siqueira de souza isabela beloti...
TRANSCRIPT
Enfermidades Metabólicas em Frangos de Corte
Acadêmicos: Érica Siqueira de Souza Isabela Beloti Ferreira João Guilherme S. Cecchetto
Altos níveis de produção obtidos devido aos avanços nas práticas de melhoramento:
genético nutricional manejo sanidade
Distúrbios metabólic
os
Associados à rápida taxa de crescimento do frango de
corte moderno
“Doenças da produção”
Síndrome ascítica ou síndrome da hipertensão pulmonar
Síndrome da morte súbita
Síndrome ascítica ou síndrome da hipertensão pulmonar (SHP)
Mortalidade por SHP pode ser superior a 20%, sendo comum incidências de 2 e 5%.
Condições que favorecem o problema: hipóxia ventilação deficiente frio estresse crescimento rápido com bom desempenho inicial.
Condenação de carcaças em abatedouros;
2006 – nº animais abatidos: 4,6 bilhões.
Perda de cerca de US$15,8 milhões devido condenação de carcaças nos abatedouros.
2% de mortalidade de frango de corte por SHP:perda total de US$ 230 milhões.
O SIF (MAPA) condena toda ave com sinais de síndrome ascítica, independente do aspecto da carcaça.
EUA, Canadá e CEE não fazem restrições ao consumo de aves com SHP, desde que não apresentem toxemia, caquexia, cianose ou aerossaculite.
ETIOLOGIA
Ascite não é uma doença e sim uma condição patológica que se caracteriza pelo extravasamento de líquido dos vasos sanguíneos e seu acúmulo na cavidade abdominal.
Resposta fisiológica da ave, desfavorável ao desenvolvimento do animal.
Não há etiologia única;
Causas multifatoriais:
Genética + Dieta + Meio ambiente
Mecanismos desencadeadores do processo que leva a SHP
e o quadro ascítico
velocidade de crescimento do frango de corte entre 7 e 21 dias de vida.
Possíveis mecanismos
desencadeadores da síndrome
ascítica em frangos de corte.
Fonte: Doença da Aves, 2ª ed. Berchieri, A. J.
Altitude Taxa de crescimento Volume pulmonar Ração Temperatura Ventilação Doenças e toxicoses Estresse
Linhagens de crescimento rápido – machos Ganho de peso e conversão alimentar Alta taxa metabólica Hematócrito e viscosidade sanguínea Metabolismo tiroidiano 50% dos frangos, se expostos aos fatores Druyan et al. (2007) – linhas AS resistentes Genes relacionados à alta sensibilidade
Rarefação Hipóxia tecidual Débito cardíaco
Inverno: Maior consumo de alimento Produção de calor
Variação térmica Aquecimento x Renovação do ar
Partículas, CO, CO2, NH3 Processo inflamatório Isquemia e reperfusão tecidual
Aumento de pressão
Cortinas Pesagens e vacinações Densidade populacional Vacinação por pulverização Bebedouros cama úmida
Peletização Alta densidade nutricional Excreção do N não depositado
Anorexia, perda de peso, respiração ofegante e imobilidade
Canelas e barbelas desidratadas Penas arrepiadas
Líquido ascítico - patognomônico Hipertrofia cardíaca direita ou flacidez
da musculatura cardíaca
Processos de congestão venosa Vesícula aumentada e SGI vazio Congestão pulmonar Fígado, rim, baço Lesões congestivas
Produtores Evolução irreversível Seleção de linhagens Exposição das aves às condições
indutoras de quadro ascítico
Síndrome da Morte Súbita (Síndrome da morte aguda/
Ataque cardíaco/ Colapso circulatório agudo/ Edema
pulmonar)
Definição:ato de terminação da vida que ocorre repentinamente sem causa aparente.
Frequentemente registrado na natureza (recém nascidos, cavalos e bovinos jovens).
Nas aves:aves adultas,poedeiras,reprodutoras pesadas e perus).
Frangos selecionados para crescimento rápido.
Doença cosmopolita.
1965: Hemsley (Inglaterra) primeiros relatos de cursos de “edema pulmonar” que “morrem subitamente”.
Austrália, Europa, América do Norte, América Central, América do Sul.(lotes de condição satisfatória de manejo.
Brasil: início da década de 90-Mortalidade considerada normal.
% de mortalidade: 0,4 - 9 10 - 50% da mortalidade total em lotes
de frangos de bom desempenho. com maior ocorrência nos machos(60-
80%)
ETIOLOGIA
Desconhecida Não é de origem infecciosa Sugere origem metabólica(frangos
altamente produtivos) Alterações bioquímicas muito grandes
no coração - talvez correlacionado à hipoxemia (alto crescimento do coração e pulmão e deposição de mm).
EtiologiaAnormalidade crescimento da capacitação de
Ca metabólica muito rápido pelo RE da cel.
cardíaca sensibilidade do miocárdio
fibrilação ventricular infarto embólico do miocárdio
Morte Súbita*pintos de crescimento rápido: limiar de estimulação elétrica do
miocárdio.
Outra suspeita: Taxa de crescimento + déficit cardio resp.
isquemia coronariana
infarto agudo do miocárdio
SINAIS CLÍNICOS
Não há sinais clínicos característicos. 70% decúbito dorsal (posição supina), com as
patas estendidas. Perda de equilíbrio, violento bater de asas,
forte contração muscular. Emitem um grito.
Diagnóstico Histórico Por exclusão Circunstancial
Protocolo de diagnóstico definido(Gonzales-1992) Dificuldade de se distinguir a SMS de outras doenças. Pesquisas.
Bom desenvolvimento, peso igual ou superior à média do lote.
Trato gastrointestinal com alimento Coração dilatado, aurícolas cheias de
sangue. Vesícula biliar pequena ou vazia Fígado congesto/com edema Encontra-se a ave em decúbito dorsal Ausência de lesões por outras causas.
Genética Maior ganho de peso na fase inicial Machos Aves mais pesadas
Densidade Nutricional Alta DN da ração Alto nível energético e proteico
Influência do tipo de ingrediente Gordura animal,farinha de peixe, glicose monoidratada,óleo
de frango e farinha de vísceras) aumentam demanda de oxigênio.
Injeção de ácido lático no papo.
Forma de apresentação das rações Ração peletizada. Suplementos proteicos.
Condições ambientais Temperatura ambiente.
Programas de alimentação Equilíbrio ácido-base
CONTROLE DAS ENFERMIDADES
METABÓLICAS DO FRANGO
A curto prazo…o uso de programas de manejo que alterem
a curva de crescimento das aves:o Deposição muscular mais tardia, com maior
período de amadurecimento dos sistemas respiratório e cardíaco.
o Taxa metabólica requerimento de O2
o Melhoram o desenvolvimento ósseo e a eficiência alimentar!
Medidas práticas:1. Não estimular excessivamente o crescimento
nas 2 primeiras semanas de vida;2. Dieta com baixa energia;3. Programa de luz (> tempo de escuro);4. Reduzir excesso de proteína;5. Usar antioxidantes na ração;6. Manter Tº do galpão uniforme nas 2 primeiras
semanas;7. Ventilação adequada (evita CO2, poeira, NH3);8. Aquecedores de qualidade e bem regulados
( CO).
Livro Doenças das Aves. Autores: Ângelo Berchieri Jr., Edir Neponuceno Silva, José Di Fábio, Luiz Sesti,Marcelo
A. Fagnani Zuanaze.