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  • 7/31/2019 ENFERMAGEM_CIRRGICA

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA II

    PRF I.M.C. R 1

  • 7/31/2019 ENFERMAGEM_CIRRGICA

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA II1-CONSIDERAES EM

    ENFERMAGEM CIRRGICA

    1.1-Conceito de Enfermagem Cirrgica:

    uma especialidade que tem como objeto o

    cuidado ao indivduo submetido a um

    tratamento cirrgico.

    1.2-Objetivo de Enfermagem Cirrgica:

    A enfermagem cirrgica tem como objetivo

    o cuidado ao paciente submetido a umtratamento cirrgico, no hospital a

    enfermagem cirrgica mantm relaes

    estreitas com o paciente e seu familiares e

    junto com outros profissionais como o

    cirurgio, a nutricionista, o fisioterapeuta,

    psiclogo e outros, seu principal papel

    atuar ao lado de profissionais e auxiliar em

    tudo o que for preciso, sabendo que umhospital tem um ambiente complexo e

    exaustivo essa relao muitas vezes so

    prejudicadas pelo excesso de trabalho, por

    isso um bom posicionamento perante o seu

    trabalho essencial.

    1.3-Cirurgia: a parte do processo

    teraputico em que o cirurgio realiza umainterveno manual ou instrumental no

    corpo do paciente.

    1.4- A cirurgia caracterizada por trs

    tempos principais:

    dierese: diviso dos tecidos que

    possibilita o acesso regio a seroperada

    hemostasia: parada do

    sangramento

    sntese: fechamento dos tecidos

    1.5-Tipos de Cirurgia quanto a situao

    do caso :(Grau )

    1.Emergncia : So aquelas em que o

    paciente requer ateno imediata ,pois

    ameaam a vida.

    Ex: Hemorragia Intensa,Obstruo

    intestinal, Fratura do Crnio

    2.Urgncia : O paciente requer ateno

    imediata , o distrbio pode ameaar a

    vida.Entre 24hs 30hs.

    Ex: Queimaduras de grande

    extenso,Clculos Renais, Infeco

    Aguda Biliar

    3.Necessria : O paciente dever ser

    operado, planejado por semanas e meses

    Ex: Hiperplasia da Prstata sem

    obstruo vesical,Distrbios da

    Tireide,Clculos Renais ou uretrais.

    4.Eletiva : o paciente dever ser operado ,

    mas no caso no ocorra no representa

    catstrofe .

    Ex: Reparos de Cicatrizes,Hrnia

    Simples,Reparo de cicatrizes,Hrnia

    Simples

    5.Opcional : a deciso dever vir do

    paciente , uma preferncia pessoal.

    Ex: Reparo Vaginal,Cirurgia Cosmticas

    PRF I.M.C. R 2

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Cirurgi%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cirurgi%C3%A3o
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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA II5.Paliativa : Quando precisa ser aliviada

    alguma dor que envolva procedimento

    cirrgico.

    Ex: Tubo de Gastronomia inserido

    para acompanhar a capacidade de

    deglutir alimentos.

    1.6-Normas e Rotinas do Centro

    Cirrgico ( unidades):

    1. Normas Gerais para os Cuidados no

    Pr - Operatrio.

    a) No Setor de internao:

    A lavagem de mos , isoladamente a

    medida mais importante na preveno das

    infeces hospitalares, devendo ser

    realizada antes e aps a manipulao de

    qualquer paciente.

    O banho pr-operatrio tem comoobjetivo eliminar detritos depositados sobre

    a pele e consequentemente, reduzir a sua

    colonizao, porm ele no deve ser

    realizado muito prximo a cirurgia pois a

    frico e a gua tpida removem as clulas

    superficiais e aumentam a ascenso das

    bactrias dos reservatrios mais profundos

    para a superfcie.

    Realizar tricotomia apenas quando

    estritamente necessria, devendo restringi-

    la aos casos em que os pelos impeam a

    visualizao do campo ou dificultem a

    colocao de curativos; realiz-la no

    mximo 2 h antes da cirurgia.

    b) No Centro Cirrgico:

    Atentar para o uso correto de touca;

    (dever cobrir todo o couro cabeludo); e

    mscara, (dever cobrir nariz e boca) , por

    toda equipe multiprofissional necessria na

    S.O. No caso da presena de barba, utilizar

    touca apropriada.

    Evitar cateterizao vesical desnecessria.

    Esta quando indicada dever ser realizada

    com tcnica assptica. Usar sistema

    fechado de coleo de urina para os

    pacientes que permanecero com o

    cateterismo vesical.

    2. Preparo da equipe cirrgica e do

    campo operatrio.

    2.1- Preparo da equipe cirrgica:

    a) Degermao das mos e antebraos

    antes do procedimento cirrgico:

    Retirar relgios, aliana, anel, pulseiras.

    As unhas devero estar aparadas e limpas.

    Ensaboar as mos com PVP-I 1%detergente , ou em caso de alergia ao iodo,

    clorehexidina detergente.

    Escovar todas as faces das mos, dedos,

    unhas, e antebraos, utilizando escovas com

    cerdas macias. Em caso de inexistncia

    destas escovas com cerdas macias, optar

    pela frico das mos em todas as

    superfcies acima mencionadas eantebraos.

    O tempo de escovao deve ser de 05

    (cinco) minutos antes da 1 cirurgia e entre

    as prximas recomenda-se apenas a

    cuidadosa lavagem das mos e antebraos

    com antissptico pelo tempo de 02 minutos

    sem a necessidade do uso da escova.

    Aps a escovao , retirar todo o detergente

    antissptico com gua corrente, no sentido

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IIdos dedos para o antebrao.

    Manter os braos fletidos e voltados para

    cima, secando-os a seguir, no sentido dos

    dedos para o antebrao, com compressas

    esterilizadas.

    b) Vestir capote esterilizado com tcnica

    assptica e com o auxlio para amarrar os

    cadaros.

    c) Calar as luvas estreis.

    2.2- Preparo do campo operatrio:

    Fazer a degermao do campo operatrio

    com PVP-I 1% detergente, retir-lo em

    seguida com compressas midas de soro

    fisiolgico 0,9% (ou gua esterilizada). A

    seguir fazer a antissepsia do campo

    operatrio com PVP-I 1% alcolico para

    pele ntegra. Para mucosas e pele no

    ntegra utilizar PVP-I 1% aquoso. Em caso

    de alergia ao iodo, fazer degermao com

    clorehexidina 4% detergente e a antissepsia

    com clorehexidina 0,5% alcolica.

    3. Comportamento durante o ato

    cirrgico.

    Superviso da tcnica cirrgica pelo

    cirurgio-staff.

    Manter o uso correto da touca e da

    mscara pela equipe multiprofissional

    necessria na S.O.

    Evitar movimentos que provoquem

    turbilhonamento do ar, tanto de pessoal

    quanto de material.

    Manter a porta da S.O. fechada.

    Evitar conversas desnecessrias.

    4. O ambiente cirrgico.

    4.1- Instrumentais:

    Os artigos mdico-cirrgicos utilizados

    devem ser encaminhados sala de

    utilidades com proteo de campo.

    Na sala de utilidades os artigos devem ser

    imersos em soluo desencrostante, durante

    02 (dois ) minutos, enxaguados com gua

    corrente e secos, antes de encaminh-los a

    central de esterilizao.

    Encaminhar os instrumentos mdico-

    cirrgicos, aps limpeza, central de

    esterilizao.

    Reforar ateno durante a manipulao

    do material prfuro cortante.

    Desprezar as agulhas, lminas de bisturi e

    qualquer material perfurante e ou cortante

    em locais apropriados ( recipientes rgidos

    com tampa).

    No utilizar desinfetantes em artigos que

    sero esterilizados.

    Recipientes com material orgnico (vidro

    de aspirao, bacias, etc.) devem ter seu

    contedo desprezado no expurgo da sala de

    utilidades. Em seguida, fazer a limpeza do

    recipiente com soluo desencrostante,

    enxaguar e secar. Aps este procedimento,

    encaminhar o material para a central de

    material e esterilizao para sofrer a

    desinfeco ou a esterilizao.

    4.2- Limpeza:

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IIa) Limpar a unidade do centro cirrgico

    com gua e sabo 01 (uma) vez ao dia.

    b) Limpar o piso da S.O. com gua e sabo

    a cada cirurgia.

    c) Limpar mesa cirrgica mesas auxiliares e

    bancadas, com gua e sabo, em seguida

    fazer a desinfeco com lcool etlico a

    70%. Este procedimento dever ser feito

    aps cada cirurgia.

    d) Em caso de contaminao com material

    orgnico, as superfcies contaminadas

    devero ser desinfetadas e limpas da

    seguinte maneira: Retirar o material orgnico com pano de

    cho(trapo) ou papel toalha aplicando o

    hipoclorito de sdio 1% por 10 (dez

    minutos) na rea contaminada.

    Limpar em seguida toda a superfcie com

    gua e sabo.

    No utilizar glutaradeldo ou fenol

    sinttico na limpeza do ambiente. Em superfcie metlica, utilizar o lcool

    etlico a 70%.

    Obs.: Todo processo de limpeza e

    desinfeco deve ser executado pelo

    profissional usando E.P.I. (Equipamento de

    Proteo Individual).

    5. Recomendaes finais.

    Manter toda a unidade do centro cirrgico

    sob refrigerao, com portas e janelas

    fechadas.

    Toda alimentao utilizada pelos

    profissionais no centro cirrgico deve ser

    preparada fora da unidade. So permitidos

    em rea afim: caf, ch, leite, refresco,refrigerantes, biscoitos e sanduches frios.

    Para alimentos no especificados acima

    (marmita, pratos e sanduches quentes), o

    funcionrio dever utilizar sala na rea

    externa do Centro-Cirrgico, realizando a

    troca de roupa. Proibido qualquer tipo de

    alimento SO.

    Desprezar o lixo em sacos plsticos

    resistentes, encaminh-los fechados para

    rea de recolhimento para ser encaminhado

    rea de incinerao.

    Manter os recipiente de lixo tampados.

    Desprezar toda roupa suja do Centro

    cirrgico em sacos plsticos resistentes,encaminh-los fechados para a rea de

    recolhimento, para ser encaminhado

    lavanderia.

    O sistema de ventilao e refrigerao no

    centro cirrgico deve garantir o

    funcionamento da sala com uma

    temperatura mdia de 21 C, troca de ar na

    S.O. de no mnimo 15 vezes por hora depresso positiva no seu interior.

    As solues utilizadas no centro cirrgico

    devero conter em seu rtulo a data de

    abertura. Manter as solues utilizadas em

    quantidade suficiente para o uso de sete

    dias.

    2-Cuidados de Enfermagem no Pr-Operatrio,Transoperatrio,Ps-

    Operatrio :

    Definio de pr-operatrio

    o perodo de tempo que tem

    incio no momento em que se reconhece a

    necessidade de uma cirurgia e termina no

    momento em que o paciente chega sala deoperao.

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IISubdivide-se em mediato (desde a

    indicao para a cirurgia at o dia anterior a

    ela) e em imediato (corresponde s 24 horas

    anteriores cirurgia).

    Transoperatrio

    o perodo do ato cirrgico em si-

    passa-se dentro da sala de Cirurgia.

    Definio de ps operatrio

    o perodo que se inicia a partir da

    sada do paciente da sala de cirurgia e

    perdura at a sua total recuperao

    Subdivide se em:

    Mediato: (aps 24 horas e at 7

    dias depois)

    Tardio: (aps 07 dias do

    recebimento da alta)

    2.1-Cuidados Pr-Operatrios :

    1.Observar o estado do paciente , se tem

    secreo , se est com tosse , ou sinal de

    infeco, no caso de observar falar ao

    enfermeiro ou o Mdico;

    2.Pedir ao paciente que deixe de fumar nos

    dias anteriores da cirurgia , explicar o efeito

    que causa nas vias respiratrias , possvelde infeco;

    3.Observar o surgimento de febre ou

    qualquer alterao dos sinais vitais

    4.Orientar o paciente a realizar exerccios

    respiratrios para aumentar a ventilao ,

    isso ajudanos cuidados ps-cirrgicos, aps

    recuperar da anestesia.

    5.Coletar e encaminhar exames

    laboratoriais

    6.Acompanhar o paciente quando forem

    fazer exames tais como Radiografia ou

    Eletrocardiogramas;

    7.Observar a atitude do paciente , no caso

    de estar abatido, ou em estado de agitao

    informar ao Enfermeiro ou ao Mdico;

    8.Orientar o acompanhante ,isso contribui

    para que fique mais tranqilo e relaxado

    9.Anotar no pronturio qualquer

    anormalidade

    2.2-.Cuidados Pr-Operatrios

    Imediatos:

    So os cuidados realizados doze

    horas de antecedncia da Cirurgia

    1.Jejum por doze horas antes cirurgia , o

    cartaz ,dever ser colocado visvel

    indicando o jejum;

    2.Banho na noite anterior , ou pela manh

    3.Clister na noite anterior

    4.Ministrar medicamento Pr- Operatrio

    5.Colher amostra de sangue e urina para

    controlar evoluo dos procedimentos

    cirrgicos realizados no paciente

    6.Retirar prteses no fixas , culos ,jias ,

    adornos ,guardando-os de maneira

    adequada e indicando a localizao dospacientes e de seus familiares

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA II7.Caso o paciente use lente , orientar

    limpeza , caso no traga orientar limpeza

    com S.F ,indicando qual corresponde ao

    olho D e E;

    8.Necessidade Espiritual devemos atender

    conforme o pedido do paciente

    9.Preparo da pele com tricomia do local a

    ser operado e limpeza com anti-sptico em

    regio definida;

    Tricotomia

    1.Material :

    Aparelhos descartveis, gua morna com

    sabo esponja, a regio ser depilada toalha

    para secar, e toalha grande para evitar que

    se molhe a cama;

    Primeiramente ensaboar a regio e em

    seguida passar o aparelho no sentido

    contrrio do pelo, pelos longos, corta-se

    primeiramente com a tesoura.

    Verificar arranho na pele

    Limpeza com anti-sptica em geral iodo ,

    deixar agire depois agir e depois cobrir com

    campo estril

    2.3-Transoperatrios :

    Durante a cirurgia os membros da Equipe

    que j se escovaram devero manusear

    apenas os objetos esterilizados

    A pele do paciente dever ser

    meticulosamente limpa , o restante do corpo

    dever ser coberta por lenis estries e

    permanece estries ;

    Os artigos estries no utilizados devem ser

    descartados ou reesterelizados para que

    possam ser utilizados novamente

    1. Equipe Cirrgica :As pessoas

    separadamente ao entrar na sala

    de cirurgia caso algumas deixa a

    sala condio estril ser perdida

    para que volte a sala dever usar

    capote , vestir e calar as luvas;

    2. Circulante a pessoa que ainda

    no se escovou mais dever ficar

    a uma distncia segura dos

    campos estris;

    3. Colocao do Campo : Devem

    ser presos a superfcie coberta e

    cobrir ambos os lados ;

    4. Os campos estris so mantidos

    na posio com o uso de pinas

    ou de material aderente ,esses

    campos no devem ser

    movimentados durante a

    cirurgia;

    5. fornecimento de Material

    estril , os pacotes devem serem

    abertos com facilidade , os

    braos de circulantes no devem

    esbarrar em campos estris;

    6. Solues devem ficar na altura

    que no encostem nas luvas do

    cirurgio;

    7. Posicionamento na mesa

    Cirrgica :

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IIDepender do procedimento a

    ser feito , bem como do estado

    fsico do paciente :

    1. Permanecer em uma posio

    confortvel ;

    2.A rea cirrgica dever ficar

    exposta;

    3. No dever haver presso

    sobre os vasos;

    4.Os suportes dos ombros devemser acolchoados para evitarem a

    leso do nervo , especialmente

    na posio de Trendelemburg;

    5.Precaues de segurana

    devem serem observadas em

    pacientes: idosos, obesos,ou

    magros;

    6.O paciente necessita de

    conteno gentil antes da

    induo, em caso de agitao

    tambm;

    3-Tcnicas de Transporte no pr e ps-

    operatrio :

    a-Transporte de Pacientes Crticos: -

    Equipe de transporte: O nmero de

    pessoas que participaro do transporte

    depende da gravidade da cirurgia e da

    complexidade e do nmero de

    equipamentos exigidos. Um mnimo de

    duas pessoas o necessrio, pessoas

    capazes de providenciar suporte de vias

    areas e que saibam interpretar possveis

    alteraes cardiovasculares e respiratrias

    que, porventura, ocorram no decorrer do

    transporte.Esse paciente deve ser avaliado

    antes e aps a cirurgia para o tranporte.

    Podem fazer parte da equipe de

    transporte: o enfermeiro, o mdico, os

    auxiliares e tcnicos de enfermagem e o

    fisioterapeuta.

    O mdico deve acompanhar o transporte

    intra -hospitalar daqueles pacientes com o

    estado fisiolgico instvel e que podem

    precisar de intervenes agudas que esto

    alm da capacidade tcnica do enfermeiro,

    e tcnico e do auxiliar de enfermagem.

    Sendo obrigatria a sua presena nas

    seguintes situaes:

    pacientes com via area artificial

    (intubao endotraqueal,

    Crico/traqueostomia);

    presena de monitorizao invasiva, tais

    como o uso de cateter de artria pulmonar

    (Swan-Ganz).

    b-Transporte para a sala de cirurgia

    Alguns cuidados devem ser observados

    no transporte do paciente at a sala decirurgia:

    Garantir a segurana fsica eemocional do paciente: asgrades devem estar erguidas, oprofissional deve posicionar-se cabeceira da maca;

    Avaliar a expresso facial dopaciente;

    Cuidados com acesso venoso,drenos, infuses;

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IINo realizar movimentos

    bruscos e manter o pacienteprotegido com o lenol devidoao frio.

    Comunicar-se com o paciente;

    Garantir um transporte tranqilo;

    Evitar conversasdesnecessrias, brincadeiras,rudos, etc. respeitando oestado em que se encontra opaciente.

    c- Transporte para a mesa de cirurgia

    Ao entrar no Centro Cirrgico o

    profissional deve estar com a mscaradevidamente posicionada na face. Opaciente transferido para a mesacirrgica e posicionado de acordo com ainterveno cirrgica a que sersubmetido. As posies mais freqentesso:

    Decbito dorsal horizontal;

    Decbito ventral horizontal;

    Decbito lateral direito ouesquerdo;

    Posio de Trendelemburg;

    Trendelemburg reversa;

    Posio depage;

    Decbito dorsal quebrado;

    Posio proctolgica;

    Posio ginecolgica;

    Posio canivete;

    Genupeitoral;

    Proclive.

    A transferncia da maca para a mesacirrgica dever ser realizada com muitocuidado, evitando-se movimentosbruscos, contando preferencialmente

    com a ajuda de outros profissionaispresentes na sala. Cuidados sempre comprteses, como tubo oro-traqueal eventilao mecnica, drenos e cateteres (dreno de trax, cateter intracraniano )que podero acidentalmente sertracionados durante a passagem dopaciente para a mesa de cirurgia. Se forpossvel contar com a ajuda do prpriopaciente.

    d-Preparo para a Anestesia

    O bloqueio anestsico utilizado paraque o procedimento transoperatrioocorra de forma que o paciente no sintadores, ou para que o mesmo no faamovimentos bruscos em reas que esto

    cirurgiadas. Durante a anestesia, oscuidados so basicamente prestados peloanestesista, cabendo enfermagem:

    Posicionar o pacienteadequadamente para que elepossa aplicar o anestsico;

    Dar apoio ao paciente;

    Disponibilizar material edrogas anestsicas;

    Humanizao na Assistncia deEnfermagem no Centro Cirrgico

    Para uma boa assistncia deenfermagem necessrio observar osaspectos humanos:

    Receber bem o paciente;

    Perguntar o nome do paciente;

    Olhar para o paciente;

    Dizer quem e o que faz naequipe;

    Preservar a intimidade dopaciente;

    No deix-lo sozinho;

    Detectar condies de: medo,ansiedade, nervosismo, etc. e

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IIpassar segurana e promovendoconforto;

    e- Equipamentos e Materiais do CentroCirrgico

    Equipamentos fixos: so aqueles quefazem parte da estrutura da sala:

    Foco central;

    Pontos de O2 e vcuo;

    Negatoscpio;

    Interruptores de tomadas;

    Ar condicionado, entre outros.Equipamentos mveis: so aqueles que

    podem ser movimentados na sala:

    Mesa cirrgica, mesasauxiliares, suporte de hampers,balde de lixo, escadinha, focoauxiliar, estrado, suporte desoro, arco, monitores, aspiradorporttil, aparelho de anestesia,bisturi eltrico, mesa de mayo,

    mesa de instrumental, carro deanestesia, entre outros.

    Materiais:

    Esterilizado ( roupas paraparamentao, camposoperatrios, compressas,instrumental );

    Solues, pomadas, material

    para curativo ( soros,degermantes, etc. );

    Sutura e procedimentos ( fios,agulhas, sondas, cateteres,prteses, seringas, luvas, etc. );

    Impressos ( receiturio paramedicamentos controlados,requisies para laboratrio ebanco de sangue, folha derelao de gastos, folha de

    grfico de anestesia eimpressos utilizados pelaenfermagem ).

    Posio do Paciente na Cirurgia

    determinado pelo anestesiologista

    ou cirurgio .

    A equipe de enf. deve ter em mosacessrios que auxiliem na melhor posio

    do pct.

    A posio cirrgica aquela em que o

    pcte colocado aps ser anestesiado

    levando em conta principalmente a via de

    acesso cirrgico.

    As posies cirrgicas so : dorsal ou

    decbito dorsal , ventral ou decbito

    ventral, posio lateral ou decbito lateral ,

    posio ginecolgica .

    Outras posies so especificadas

    para determinada cirurgia , seus objetivos

    so; preveno para problemas futuros , no

    comprimir terminaes nervosas, no forar

    posies de braos ou pernas , proteg-lo

    do contato com superfcie metlica ,

    proteger as proeminncias sseas ;

    principalmente em pcts idosos para evitar

    formao de escaras e cuidar para que os

    membros fiquem pendentes em cima da

    mesa de operao.

    f-Centro de Recuperao Ps-anestsica ( CRPA ) Indicativos deRecuperao

    a unidade destinada a prestao decuidados ao paciente submetido interveno cirrgica que ainda seencontra sob efeitos anestsicos,geralmente apresentando algum tipo deinstabilidade orgnica de sistemas vitais.

    Os pacientes permanecem nessa unidadeat que os sistemas orgnicos tenham serecuperado totalmente dos efeitos da

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IIanestesia, ou seja, at que seja possvelmanter uma estabilidade hemodinmicasatisfatria, preferencialmente sem autilizao de medicamentos, que serestabeleam as funes ventilatrias ouque haja uma considervelsuperficializao do nvel deconscincia.

    g-Assistncia de Enfermagem noCRPA

    Uma equipe de enfermagemespecializada fundamental, assimcomo a presena constante de umanestesista em cada equipetransdisciplinar de sade.

    O principal objetivo da enfermagemnessa unidade cuidar do paciente noatendimento imediato das suasnecessidades humanas bsicas, a fim deque haja pronto restabelecimento dasfunes orgnicas vitais:

    Permanecer na sala de CRPAat o paciente recuperar 50% a75% dos sinais vitais;

    Avaliar sinais vitais de 15 em15 minutos, depois de 30 em 30minutos;

    Avaliar oxigenao,estimulando o movimentorespiratrio;

    Observar ocorrncia devmitos, lateralizar a cabea;

    Limpar vias areas e aspirar se

    necessrio;

    Manter vigilncia, mantercurativo limpo e seco;

    Tomar medidas para aliviar ador;

    Realizar balano hdrico;

    Proporcionar conforto e

    segurana;

    Informar a famlia sobre oestado do paciente.

    h- Equipamentos do CRPA

    Para uma perfeita monitorizao dopaciente, o CRPA deve dispor de:

    Equipamentos demonitorizao de sinais vitaiscomo monitores cardacos eoximetria de pulso;

    Cama com grade eposicionamento;

    Central de O2 e vcuo;

    Suporte para soros, drenos,bombas de infuso, etc.;

    Medicamentos e materiaisutilizados em emergncia;

    Equipamentos para amanuteno de suporteavanado de vida, como por

    exemplo, ventiladoresmecnicos artificiais, balointra-artico, marca-passoexterno, etc.

    Os tipos de anestesias maisrealizadas so: Anestesia Geral: Atravs daadministrao demedicamentos o paciente mantido inconsciente, sem dore imvel durante todo o

    procedimento. Est indicadapara cirugias sobre o Abdomemsuperior, trax, cabea,pescoo, cirurgias neurolgicase cardacas. Cirurgias emcrianas so realizadas,normalmente com anestesiageral para evitar movimentaobrusca durante osprocedimentos. Em algunscasos, possvel aadministrao de anestsicoslocais, aps a criana teradormecido, nos locais onde ascirurgias so realizadas, para

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IIdiminuir a dor ps-operatria.Atualmente, bloqueiosanestsicos associados aanestesia geral so bastantecomuns em crianas, dandomais conforto a este grupo depacientes.

    A anestesia geral pode seraplicada por via venosa,inalatria ou ambas. Oanestesiologista a pessoa quepunciona a sua veia, coloca osoro, monitoriza todas as suasfunes vitais-como batimentoscardacos, respirao, pressoarterial, temperatura corporal eetc, mantendo-os normais ou

    tratando quando estes sealteram, atravs de monitores eavaliao clnica.

    Anestesia Regional: Atravsda administrao demedicamentos obtemosanestesia de apenas algumasreas do corpo, como porexemplo:

    -Anestesia Raquidiana:

    realizada com anestesia local,nas costas. O paciente fica comos membros inferiores e partedo abdomen completamenteanestesiados e imveis.-Anestesia Peridural: Tambmrealizada pela adio deanestsicos locais nas costasprximos aos nervos quetransmitem a sensibilidadedolorosa. Neste caso possvel

    se realizar o bloqueio de apenasalgumas razes nervosas ouvrias - como anestesiaperidural para mamoplastias,por exemplo, onde oanestesiologista pode anestesiarapenas a regio do trax ondeesto localizadas as mamas.

    As diferenas entre raqui eperidural, so as quantidadestotais de anestsicos, o localonde cada anestsico administrado e o tipo de agulhautilizada.

    Ambas tm vantagens edesvantagens - Oanestesiologista, durante aconsulta pr-anestsica, apessoa mais qualificada paraesclarecer suas dvidas sobreambas. Os bloqueios de nervosperifricos so outro tipo e,neste caso, o anestesiologistaadministra o anestsico apenasao redor dos nervos que iropara o local da cirurgia a serrealziada. Por exemplo,cirurgias sobre a mo podemser realizadas com bloqueiosdos nervos que inervam a mo,atravs da administrao de

    anestsicos prximos a estes,na altura da axila ou dopescoo. A anestesia local outrotipo, e esta podeser realizadacom ou sem auxlio de drogassedativas. A SociedadeBrasileira de Anestesiologia,juntamente com todas as suasfiliadas, recomenda que todo oprocedimento mdicoanestesiolgico deva ser

    realizado por um mdicoanestesiologista. Pequenasdoses de anestsicos locais,como por exemplo, pararetirada de sinais depele(nevus) so comumenterealizados pelo mdicocirurgio com ou sem apresena de umanestesiologista. As dosesmximas de anestsicos locaisdevem ser respeitadas durante a

    sua utilizao e o seuanestesiologista a pessoaindicada para realizar taisclculos e tratar eventuaiscomplicaes dos mesmos.

    Durante qualquer tipo deanestesia, o anestesiologistajamais se ausenta do lado doseu paciente, controlando suapresso arterial, seusbatimentos cardacos, suatemperatura, seu grau deconscincia e a sua respiraode 5/5 min ou menos, alm decuidar da manuteno do seu

    PRF I.M.C. R 12

  • 7/31/2019 ENFERMAGEM_CIRRGICA

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IIbem estar e toda e qualquercomplicao clnica que possaocorrer como consequncia dacirurgia que o paciente estrealizando ou de doenasprvias que por ventura estejampresentes no momento daoperao."

    4-Tipos de Sondas

    SONDAGEM VESICAL:. A sondagem

    vesical a introduo de uma sonda ou

    cateter na bexiga, que pode ser realizada

    atravs da uretra ou por via supra-pbica, e

    tem por finalidade a remoo da urina.Suas principais indicaes so: obteno

    de urina assptica para exame, esvaziar

    bexiga em pacientes com reteno urinria,

    em preparo cirrgico e mesmo no ps

    operatrio, para monitorizar o dbito

    urinrio horrio e em pacientes

    inconscientes, para a determinao da urina

    residual ou com bexiga neurognica que

    no possuam um controle esfincteriano

    adequado.

    A sondagem vesical pode ser dita

    de alvio, quando h a retirada da sonda

    aps o esvaziamento vesical, ou de

    demora, quando h a necessidade de

    permanncia da mesmo. Nestas sondagensde demora, a bexiga no se enche nem se

    contrai para o seu esvaziamento, perdendo

    com o tempo, um pouco de sua tonicidade e

    levando incapacidade de contrao do

    msculo detrursor; portanto antes da

    remoo de sonda vesical de demora, o

    treinamento com fechamento e abertura da

    sonda de maneira intermitente, deve ser

    realizada para a preveno da reteno

    urinria.

    Sonda vesical de alvio Sondas

    vesicais de demora de duas e trs vias

    vias - Quando h a necessidade de uma

    sonda de demora, imperativo a utilizao

    de um sistema fechado de drenagem, que

    consiste de uma sonda ou cateter de

    demora, um tubo de conexo e uma bolsa

    coletora que possa ser esvaziada atravs de

    uma valva de drenagem, tudo isto para a

    reduo do risco de infeco (ilustrao

    abaixo).

    O risco de infeco inerente ao

    procedimento; a colonizao bacteriana

    ocorre na metade dos pacientes com sonda

    de demora por duas semanas e praticamente

    em todos os pacientes aps seis semanas de

    sondagem.

    PRF I.M.C. R 13

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IIDRENAGEM VESICAL SUPRA-

    PBICA - realizada atravs da

    introduo de um cateter aps uma inciso

    ou puno na regio supra-pbica, a qual

    preparada cirurgicamente, sendo que o

    cateter posteriormente conectado um

    sistema de drenagem fechado. Suas

    indicaes principais so pacientes com

    reteno urinria por obstruo uretral sem

    possibilidades de cateterizao, em

    pacientes com neoplasia de prstata ou em

    pacientes com plegias, ou seja quando h

    necessidade de uso crnico da sonda. Sovrias as vantagens da drenagem supra-

    pbica: os pacientes so capazes de urinar

    mais precocemente, mais confortvel do

    que uma sonda de demora trans-uretral,

    possibilita maior mobilidade ao paciente,

    maior facilidade de troca da sonda e

    principalmente apresenta um menor risco

    de infeco urinria. Como desvantagem ser um mtodo cirrgico.

    TIPOS DE SONDAS OU CATETERES

    - variam de modelos e materiais, de acordo

    com o tipo de sondagem, se de alvio ou de

    demora. Para as sondagens de alvio, as

    mais utilizadas so a sonda de nelaton; para

    as sondagens de demora temos as sondas de

    duas vias, como a de Foley (figura abaixo)

    ou a de trs vias para lavagem vesical.

    Cuidados de Enfermagem - quanto ao

    material necessrio: pacote esterilizado

    contendo: cuba rim, campo fenestrado,

    pina, gaze, ampola de gua destilada,

    seringa de 10 ml e cuba redonda, e ainda:

    sonda vesical, luvas esterilizadas, frasco

    com soluo antissptica (PVPI), saco

    plstico, recipiente para a coleta de urina e

    lubrificante (xylocana esterilizada).

    Cuidados de Enfermagem

    De incio devemos ao paciente uma

    orientao sobre as necessidades e tcnicas.

    Aps lavagem adequada das mos, deve-se

    reunir todo o material necessrio para o

    procedimento. O isolamento do paciente

    nos quartos comunitrios humano. Quanto

    melhor posio, para as mulheres aginecolgica e para os homens o decbito

    dorsal com as pernas afastadas. Aps a

    abertura do pacote de cateterismo, calar

    luvas estreis.

    Nas mulheres, realizar antissepsia

    da regio pubiana, grandes lbios e colocar

    campo fenestrado; entreabrir os pequenoslbios e fazer antissepsia do meato uretral,

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IIsempre no sentido uretra-nus, levando em

    considerao de que a mo em contato com

    esta regio contaminada e no deve voltar

    para o campo ou sonda. Introduzir a sonda

    lubrificada no meato urinrio at a

    verificao da sada de urina. Se for uma

    sonda de Foley, insuflar o balo de

    segurana com gua destilada, obedecendo

    o volume identificado na sonda. Conectar

    extenso, fixar a sonda e reunir o material

    utilizado. Se for uma de alvio, aguardar

    esvaziar a bexiga e remover imediatamente

    a sonda.

    Nos homens, aps a antissepsia da regio

    pbica, realiza-se o mesmo no pnis,

    inclusive a glande com movimentos

    circulares, e para a passagem do cateter,

    traciona-se o mesmo para cima,

    introduzindo-se a sonda lentamente.

    Nas sondagens vesicais de demora, com o

    sistema de drenagem fechado, deve-se

    observar algumas regras para diminuio do

    risco de infeco do trato urinrio: nunca

    elevar a bolsa coletora acima do nvel

    vesical; limpeza completa duas vezes ao dia

    ao redor do meato uretral; nunca

    desconectar o sistema de drenagem

    fechado, e a troca do sistema deve ser

    realizado a cada sete dias na mulher e a

    cada 15 dias no homem, ou na vigncia de

    sinais inflamatrios.

    SONDAGEM GASTROINTESTINAL

    A passagem de sonda gastrointestinal a

    insero de uma sonda de plstico ou de

    borracha, flexvel, pela boca ou pelo nariz,

    cujos objetivos so:

    1. descomprimir o estmago

    2. remover gs e lquidos

    3. diagnosticar a motilidade intestinal

    4. administrar medicamentos e

    alimentos

    5. tratar uma obstruo ou um local

    com sangramento

    6. obter contedo gstrico para anlise

    Tipos de Sonda - Enfatizaremos as mais

    utilizadas que so as sondas nasogstricas,

    sendo as mais utilizadas para

    descompresso, aspirao e irrigao

    (lavagem):

    Sonda de Levin - possui uma luz nica,

    manufaturada com plstico ou borracha,

    com aberturas localizadas prxima ponta;

    as marcas circulares contidas em pontos

    especficos da sonda servem como guia

    para sua insero (figura 1)

    Sonda gstrica simples - uma sonda

    naso-gstrica radiopaca de plstico claro,

    dotada de duas luzes, usada para

    descomprimir o estmago e mant-lo vazio.

    Sonda de Dobhoff sonda utilizada comfreqncia para alimentao enteral, sendo

    que como caracterstica possui uma ponta

    pesada e flexvel

    Sonda Nutriflex - possui 76 cm decomprimento e uma ponta pesada demercrio para facilitar a insero.

    Sonda de Sengstaken-Blakemore- uma

    sonda utilizada especificamente para otratamento de sangramentos de varizesesofageanas, possuindo trs luzes com dois

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IIbales, sendo uma luz para insuflar o balogstrico e outra para o balo esofageano.

    Sonda de Miller-Abbott - de duas luzes,sendo uma para introduo de mercrio ouar no balo do final da sonda e a outra paraaspirao.

    Figura 1 Figura 2

    Cuidados de Enfermagem

    1. orientao ao paciente sobre oprocedimento

    2. lavagem das mos3. reunir o material e levar at o

    paciente: sonda, copo com gua,seringa de 20 ml, gazes,

    lubrificante hidrossolvel(xylocana gelia) esparadrapo,estetoscpio e luvas.

    4. posicionar o paciente em Fowler oudecbito dorsal

    5. medir o comprimento da sonda: daponta do nariz at a base da orelhae descendo at o final do esterno,marcando-se com uma tira deesparadrapo

    6. Aplicar spray anestsico naorofaringe para facilitar a passagem

    e reprimir o reflexo do vmito.7. lubrificar cerca dos 10 cm. iniciais

    da sonda com uma substnciasolvel em gua (K-Y gel),introduzir por uma narina, e aps aintroduo da parte lubrificada,flexionar o pescoo de tal formaque o queixo se aproxime do trax.Solicitar para o paciente que faamovimentos de deglutio, durantea passagem da sonda pelo esfago,observando se a mesma no est nacavidade bucal.

    8. introduzir a sonda at a marca doesparadrapo.

    9. fixar a sonda, aps a confirmaodo seu posicionamento.

    COMPROVAO DE CORRETOPOSICIONAMENTO

    1. Teste da audio: colocar odiafragma do estetoscpio na altura doestmago do paciente e injetar rapidamente20 cc de ar pela sonda, sendo que o correto a audio do rudo caracterstico.

    2. Aspirao do contedo: aspirarcom uma seringa o contedo gstrico edeterminar do seu pH. O pH do contedogstrico cido (aproximadamente 3), doaspirado intestinal pouco menos cido

    (aproximadamente 6,5) e do aspiradorespiratrio alcalino (7 ou mais); tambmest confirmado o correto posicionamento,se com a aspirao verificarmos restosalimentares.

    3. Teste do borbulhamento: colocara extremidade da sonda em um copo comgua, sendo que se ocorrer borbulha, sinalque est na traquia.

    4. Verificao de sinais: Importnciapara sinais como tosse, cianose e dispnia.

    SONDAGEM RETAL

    A mais importante utilizao da sonda retal para a lavagem intestinal, que possuicomo por finalidade: eliminar ou evitar adistenso abdominal e flatulncia, facilitar aeliminao de fezes, remover sangue noscasos de melena e preparar o paciente paracirurgia, exames e tratamento do tratointestinal.

    Cuidados de Enfermagem

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA II1. orientar o paciente

    2. preparo do material: forro, vaselinaou xylocana gelia, papelhiginico, comadre, biombos, sondaretal, gaze, equipo de soro e luvas.

    3. lavar as mos e utilizar luvas

    4. adaptar a sonda retal soluoprescrita e ao equipo de soro5. colocar o paciente na posio de

    Sims6. lubrificar cerca de 10 cm da sonda

    com vaselina7. afastar os glteos e introduzir a

    sonda8. no caso de lavagem intestinal, abrir

    o equipo, deixar escoar o lquido,fechar o equipo aps e trmino,retirar a sonda e encaminhar o

    paciente ao banheiro ou coloc-loem uma comadre.

    5-Equipe Cirurgica

    Importncia do Tcnico de enf. na Salade Cirurgia : auxiliadiretamente a enfermeira de sua funotestar o funcionamento de todos os

    equipamentos , controle de materialesterilizado, verificar prazos de validade eatuar tambm como Instrumentadorcirrgico ou circulante de sala.

    Circulante : o profissional que pode sero Tcnico ou o Auxiliar de Enfermagem,que vai monitorar o paciente, ver ascondies de perfuso do paciente eauxiliar o pessoal na sala de Cirurgia.

    6-Assepsia da Sala de Cirurgia ,

    Instrumental e Componentes

    Limpeza e desinfeco do CentroCirrgico

    Considerar todo lquido ou materialorgnico de qualquer paciente (em todas ascirurgias) como possvel fonte decontaminao, procurando confinar essa auma restrita rea prxima mesa cirrgica.

    A limpeza e desinfeco da sala decirurgia podem ocorrer antes, durante eaps a cirurgia, conforme objetivos

    especficos para cada um dessesmomentos:

    6.1 - Limpeza antes do incio dosprocedimentos cirrgicos do dia:O objetivo remover a poeiraporventura acumulada em mveis eequipamentos aps a limpezarealizada no final do turno do diaanterior.

    Realizar a limpeza das superfcieshorizontais dos mveis eequipamentos com pano seco elimpo, umidificado com gua ousoluo desinfetante (depreferncia, o lcool 70 %).

    6.2 - Limpeza durante o procedimentocirrgico: O objetivo contribuir para amanuteno de ambiente limpo durante acirurgia. Realiz-la, desde que no interfiracom o ato cirrgico ou a pedido docirurgio.

    Manter limpa, o mximo possvel, asala de cirurgia durante todo oprocedimento. Se necessria,realizar a limpeza do piso esuperfcies durante a cirurgia .Trocar os hamperes e os cestos delixo sempre que muito cheios, paraevitar que transbordem econtaminem o piso.

    6.3 - Limpeza aps cadaprocedimento cirrgico: Oobjetivo recompor e preparar asala para a prxima cirurgia.

    Aps cada procedimento cirrgico,a sala de cirurgia deve ser limpa(piso e a mesa cirrgica, aprincpio) e, se necessrio, realizara limpeza e desinfeco localizadade equipamentos, piso, paredes,portas, teto, mobilirios e demaisinstalaes. A necessidade dedesinfeco determinada pelapresena de respingo ou deposiode matria orgnica.

    Para a desinfeco utilizado ohipoclorito de sdio para assuperfcies (pisos e paredes) e

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IIlcool 70 % para equipamentos emetais. Aps a desinfeco, realizara limpeza com gua e sabo de todaa superfcie. Secar muito bem assuperfcies e os artigos /equipamentos.

    A porta da sala de cirurgia devepermanecer sempre fechada,mesmo no havendo procedimentocirrgico.

    As Normas Internas deFuncionamento do CentroCirrgico prevem o tempo de 15minutos, o qual pode ser estendido,para fins de limpeza e desinfecoentre as cirurgias.

    6.4 - Limpeza no final da programao

    cirrgica diria (ou do turno) e Limpezasemanal: O objetivo a limpeza maiscompleta, reservando para a limpezasemanal todos os itens no atingidos,rotineiramente, pela limpeza terminaldiria. Observar as Rotinas de limpeza edesinfeco de superfcies eequipamentos do Centro Cirrgico.

    6.5 Instrumentos, roupas sujas eresduos infectantes (slidos)

    O material a ser esterilizado naCME deve ser acondicionado emrecipiente resistente perfurao,observando os cuidados para evitaracidentes com materiaisperfurocortantes (Ex.: pinasfechadas e bisturi sem a lmina).

    Os resduos slidos devem serdescartados em sacos plsticosprprios, sem extravasamento dematerial ou lquido, mantendo asuperfcie externa limpa.

    Os materiais perfurocortantesdevem ser desprezados emcoletores especiais.

    As roupas sujas devem ser acondicionadas em sacos plsticosespeciais, evitando oextravasamento de lquidos emantendo limpa a superfcieexterna do saco coletor.

    O transporte de resduos slidos ede roupa suja deve ser feito em

    carrinhos prprios e fechados, quecirculam apenas na rea verde. Orecolhimento da roupa e dos

    resduos deve ser feito emfreqncia que no permita oacmulo excessivo.

    6.6- Programa de educao continuada

    O gerenciamento voltado para aqualidade da assistncia e a humanizaoconstitui a base sobre a qual o programa deeducao continuada deve ser construdo.Uma vez que vrias equipes profissionaisatuam no setor, a harmonizao das aesdas vrias chefias o primeiro objetivo.

    A elaborao, implantao edesenvolvimento de um programa deeducao continuada, alm doaperfeioamento tcnico e profissional das

    pessoas, devem estar voltados para odesenvolvimento da equipemultiprofissional, levando esta a umaatuao harmoniosa, efetiva e eficiente.

    Estrategicamente, o programa deeducao continuada deve compreenderalgumas etapas, entre essas:

    6.1 - Atualizao e definio denormas e rotinas:

    A partir das Normas Internas deFuncionamento do Centro Cirrgico edas normas da instituio (inclusive, asrecomendaes tcnicas do NCIH), asatividades assistenciais devem serrevisadas, agrupadas e definidas emprocessos de trabalho. Estes, por sua vez,devem ser descritos em rotinas, na forma deprocedimentos operacionais padronizados(POPs).

    Nesta etapa, o envolvimento da equipede sade j constitui em si, um importanteelemento de educao e integrao.

    6.2 - Aes educativas:

    As aes educativas formais (cursos etreinamentos) ou informais devem sercontnuas e abrangentes. O treinamentoperidico em relao s normas e rotinas dosetor deve ser priorizado e sempreregistrado. O objetivo atingir, de formaregular, todos os profissionais que exercematividades no Centro Cirrgico: equipe de

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IIenfermagem e mdica (cirurgies,anestesistas e mdicos-residentes).

    Adicionalmente, a equipe de limpeza e opessoal administrativo que exerceatividades regulares no Centro Cirrgicodevem ser treinados.

    Os mdicos residentes e os novosservidores devem ser instrudos assim queiniciam as atividades no Centro Cirrgico,conforme definido nas Normas Internasde Funcionamento do Centro Cirrgico .

    6.3 - Avaliao e supervisosistemtica: A avaliao e asuperviso sistemtica do

    desempenho individual e da equipecontribuem para o desenvolvimentoda qualidade dos processos detrabalho, orientando ainda asatividades de educao continuada.

    7-Feridas e Curativos

    FISIOLOGIA DA CICATRIZAOA pele o maior rgo do corpohumano, tendo como principaisfunes: proteo contra infeces,leses ou traumas, raios solares epossui importante funo no controleda temperatura corprea.A pele subdividida em derme e epiderme. Aepiderme, histologicamente constitudadas camadas basal, espinhosa,granulosa, lcida e crnea umimportante rgo sensorial. Na derme,encontramos os vasos sanguneos,linfticos, folculos pilosos, glndulassudorparas e sebceas, pelos e

    terminaes nervosas, alm de clulascomo: fibroblastos, mastcitos,moncitos, macrfagos, plasmcitosentre outros.

    FERIDAS : As feridas so conseqnciade uma agresso por um agente ao tecidovivo.

    CLASSIFICAO DAS FERIDAS : Asferidas podem ser classificadas de vrias

    maneiras: pelo tipo do agente causal, deacordo com o grau de contaminao, pelotempo de traumatismo, pela profundidade

    das leses, sendo que as duas primeiras soas mais utilizadas.

    QUANTO AO AGENTE CAUSAL

    1. Incisas ou cortantes - so provocadas

    por agentes cortantes, como faca, bisturi,lminas, etc.; suas caractersticas so opredomnio do comprimento sobre aprofundidade, bordas regulares e ntidas,geralmente retilneas. Na ferida incisa ocorte geralmente possui profundidade igualde um extremo outro da leso, sendo quena ferida cortante, a parte mediana maisprofunda.

    2. Corto-contusa - o agente no tem corteto acentuado, sendo que a fora dotraumatismo que causa a penetrao doinstrumento, tendo como exemplo omachado.

    3. Perfurante so ocasionadas por agenteslongos e pontiagudos como prego, alfinete.Pode ser transfixante quando atravessa umrgo, estando sua gravidade na

    importncia deste rgo.

    4. Prfuro-contusas - so as ocasionadaspor arma de fogo, podendo existir doisorifcios, o de entrada e o de sada.

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA II5. Lcero-contusas - Os mecanismos maisfreqentes so a compresso: a pele esmagada de encontro ao plano subjacente,ou por trao: por rasgo ou arrancamentotecidual. As bordas so irregulares, commais de um ngulo; constituem exemploclssico as mordidas de co.

    6. Perfuro-incisas - provocadas porinstrumentos prfuro-cortantes quepossuem gume e ponta, por exemplo umpunhal. Deve-se sempre lembrar, queexternamente, poderemos ter uma pequenamarca na pele, porm profundamentepodemos ter comprometimento de rgosimportantes como na figura abaixo na qualpode ser vista leso no msculo cardaco.

    7. Escoriaes - a leso surgetangencialmente superfcie cutnea, comarrancamento da pele.

    8. Equimoses e hematomas - na equimoseh rompimento dos capilares, porm semperda da continuidade da pele, sendo queno hematoma, o sangue extravasado formauma cavidade.

    Tambm as feridas podem serclassificadas de acordo com o GRAU DECONTAMINAO. Esta classificao temimportncia pois orienta o tratamento

    antibitico e tambm nos fornece o risco dedesenvolvimento de infeco.

    1. limpas - so as produzidas emambiente cirrgico, sendo que noforam abertos sistemas como odigestrio, respiratrio e genito-urinrio. A probabilidade dainfeco da ferida baixa, em tornode 1 a 5%.

    2. limpas-contaminadas tabm soconhecidas como potencialmentecontaminadas; nelas hcontaminao grosseira, porexemplo nas ocasionadas por facade cozinha, ou nas situaescirrgicas em que houve aberturados sistemas contaminadosdescritos anteriormente. O risco deinfeco de 3 a 11%.

    3. contaminadas - h reaoinflamatria; so as que tiveramcontato com material como terra,fezes, etc. Tambm soconsideradas contaminadas aquelasem que j se passou seis horas apso ato que resultou na ferida. O riscode infeco da ferida j atinge 10 a17%.

    4. infectadas - apresentam sinaisntidos de infeco.

    CICATRIZAO: Aps ocorrer a leso aum tecido, imediatamente iniciam-sefenmenos dinmicos conhecidos comocicatrizao, que uma seqncia derespostas dos mais variados tipos de clulas(epiteliais, inflamatrias, plaquetas efibroblastos), que interagem para orestabelecimento da integridade dos tecidos.O tipo de leso tambm possui importncia

    no tipo de reparao; assim, em uma feridacirrgica limpa, h necessidade de mnimaquantidade de tecido novo, enquanto quepor exemplo em uma grande queimadura,h necessidade de todos os recursosorgnicos para cicatrizao e defesa contrauma infeco. Na seqncia da cicatrizaode uma ferida fechada, temos a ocorrnciade quatro fases distintas: inflamatria,epitelizao, celular e fase de fibroplasia.

    1. Fase inflamatria - O processoinflamatrio de vital importnciapara o processo de cicatrizao; deincio, ocorre vaso-constrico

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IIfugaz, seguida de vaso-dilatao,que mediada principalmente pelahistamina, liberada por mastcitos,granulcitos e plaquetas comaumento da permeabilidade eextravasamento de plasma; possuidurao efmera de mais ou menos30 minutos, sendo que acontinuidade da vaso-dilatao deresponsabilidade deprostaglandinas..

    2. Fase de epitelizao - Enquantoque a fase inflamatria ocorre naprofundidade da leso, nas bordasda ferida suturada, em cerca de 24 a48 horas, toda a superfcie da lesoestar recoberta por clulas

    superficiais que com o passar dosdias, sofrero fenmenos dequeratinizao.

    3. Fase celular - No terceiro e quartodia, aps a leso, fibroblastosoriginrios de clulasmesenquimais, proliferam etornam-se predominantes ao redordo dcimo dia. Agem na secreode colgeno, matriz da cicatrizao,e formam feixes espessos de actina.O colgeno responsvel pela

    fora e integridade dos tecidos.

    A rede de fibrina que se forma no interiorda ferida orienta a migrao e ocrescimento dos fibroblastos. Osfibroblastos no tem a capacidade de lisarrestos celulares, portanto tecidosmacerados, cogulos e corpos estranhosconstituem uma barreira fsica proliferao com retardo na cicatrizao.

    Aps o avano do fibroblasto, surge umarede vascular intensa, que possui papelcrtico para a cicatrizao das feridas. Estafase celular dura algumas semanas, comdiminuio progressiva do nmero dosfibroblastos.

    4. Fase de fibroplasia - Caracteriza-se pela presena de colgeno,protena insolvel, sendo compostoprincipalmente de glicina, prolina ehidroxiprolina. Para sua formao

    requer enzimas especficas queexigem co-fatores como oxignio,ferro, cido ascrbico, da suas

    deficincias levarem ao retardo dacicatrizao. Esta fase defibroplasia no tem um finaldefinido, sendo que as cicatrizescontinuam modelando-se por mesese anos, sendo responsabilidade daenzima colagenase. Esta ao importante para impedir acicatrizao excessiva que se traduzpelo quelide.

    A cicatrizao pode se fazer por primeira,segunda e terceira inteno. Na cicatrizaopor primeira inteno, ocorre a volta aotecido normal, sem presena de infeco eas extremidades da ferida esto bemprximas, na grande maioria das vezes,atravs da sutura cirrgica. Na cicatrizao

    por segunda inteno, no acontece aaproximao das superfcies, devido ou grande perda de tecidos, ou devido apresena de infeco; neste caso, hnecessidade de grande quantidade de tecidode granulao. Diz-se cicatrizao porterceira inteno, quando se procede aofechamento secundrio de uma ferida, comutilizao de sutura.

    Nas feridas abertas (nosuturadas), ocorre a formao de um

    tecido granular fino, vermelho, macio esensvel, chamado de granulao, cerca de12 a 24 horas aps o trauma. Neste tipo detecido um novo fato torna-se importante,que a contrao, sendo que o responsvel o miofibroblasto; neste caso, no h aproduo de uma pele nova para recobrir odefeito. A contrao mxima nas feridasabertas, podendo ser patolgica,ocasionando deformidades e prejuzosfuncionais, o que poderia ser evitado,atravs de um enxerto de pele. Excisesrepetidas das bordas diminuem bastante ofenmeno da contrao.

    Deve-se enfatizar a diferena entrecontrao vista anteriormente, e retraoque um fenmeno tardio que ocorreprincipalmente nas queimaduras e emregies de dobra de pele.

    Existem alguns fatores queinterferem diretamente com a

    cicatrizao normal:

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IIIdade - quanto mais idoso, menos flexveisso os tecidos; existe diminuioprogressiva do colgeno.

    Nutrio - est bem estabelecida a relaoentre a cicatrizao ideal e um balanonutricional adequado.

    Estado imunolgico - a ausncia deleuccitos, pelo retardo da fagocitose e dalise de restos celulares, prolonga a faseinflamatria e predispe infeco; pelaausncia de moncitos a formao defibroblastos deficitria.

    Oxigenao - a anxia leva sntese decolgeno pouco estvel, com formao defibras de menor fora mecnica.

    Diabetes - A sntese do colgeno estdiminuda na deficincia de insulina;devido microangiopatia cutnea, h umapiora na oxigenao; a infeco das feridas preocupante nessas pacientes.

    Drogas - As que influenciam sobremaneiraso os esterides, pois pelo efeito anti-inflamatrio retardam e alteram acicatrizao.

    Quimioterapia - Levam neutropenia,predispondo infeco; inibem a faseinflamatria inicial da cicatrizao einterferem nas mitoses celulares e nasntese protica.

    Irradiao - Leva arterite obliterantelocal, com conseqente hipxia tecidual; hdiminuio dos fibroblastos com menorproduo de colgeno.

    Tabagismo - A nicotina um vaso-constrictor, levando isquemia tissular,sendo tambm responsvel por umadiminuio de fibroblastos e macrocfagos.O monxido de carbono diminui otransporte e o metabolismo do oxignio.Clinicamente observa-se cicatrizao maislenta em fumantes.

    Hemorragia - O acmulo de sangue criaespaos mortos que interferem com acicatrizao.

    Tenso na ferida - Vmitos, tosse,atividade fsica em demasia, produzem

    tenso e interferem com a boa cicatrizaodas feridas.

    A grande complicao das feridas a suaINFECO, sendo que os fatorespredisponentes podem serlocais ou gerais.Os

    locaisso: contaminao, presena de

    corpo estranho, tcnica de suturainadequada, tecido desvitalizado, hematomae espao morto. So fatores gerais quecontribuem para aumentar este tipo decomplicao: debilidade, idade avanada,obesidade, anemia, choque, grande perodode internao hospitalar, tempo cirrgicoelevado e doenas associadas,principalmente o diabetes e doenasimunodepressoras. Outras complicaes soa HEMORRAGIA e a DESTRUIO

    TECIDUAL.

    Curativos : Por definio, curativo todomaterial colocado diretamente por sobreuma ferida, cujos objetivos so: evitar acontaminao de feridas limpas; facilitar acicatrizao; reduzir a infeco nas lesescontaminadas; absorver secrees, facilitara drenagem de secrees, promover ahemostasia com os curativos compressivos,manter o contato de medicamentos junto ferida e promover conforto ao paciente.

    Os curativos podem ser abertos oufechados, sendo que os fechados ouoclusivos so subdivididos em midos esecos. Os curativos midos tem porfinalidade: reduzir o processo inflamatriopor vaso-constrico; limpar a pele dosexudatos, crostas e escamas; manter adrenagem das reas infectadas e promover acicatrizao pela facilitao do movimentodas clulas.

    O tratamento da ferida envolve, apsverificao dos sinais vitais e de umaanamnese sucinta sobre as condies emque ocorreram as leses os seguintetpicos:

    1. classificao das feriadas: seexiste perda de substncia, se hpenetrao da cavidade, se h perdafuncional ou se existe corpoestranho e a necessidade de exames

    auxiliares.

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA II2. anti-sepsia: bsicamente a

    irrigao vigorosa e intensa comsoro fisiolgico bastante eficazpara a diminuio da infeco.

    3. anestesia

    4. hemostasia, explorao edesbridamento: a hemostasia deveser muitas vezes realizada antes dequalquer outro procedimento, atem via pblica.

    5. sutura da leso.

    As solues mais utilizadas nos curativosso: soro fisiolgico para limpeza e comoemoliente; solues anti-spticas comopolvidine tpico ou tintura a 10% (PVPI Polivinil Pirrolidona) ou cloro-hexidine a4%; lcool iodado com ao secante ecicatrizante e o ter que remove a camadagordurosa da pele, sendo til na retirada deesparadrapos e outros adesivos.

    Os princpios cientficos relacionados uma curativo so: microbiolgico - tcnicaassptica no manuseio do material estril;fsico - movimentos de execuo,

    mobilizao e imobilizao; qumico efarmacolgico - sobre as substnciasutilizadas, e sociolgicos - orientao para apaciente e famlia quanto aos cuidadosnecessrios.

    Existem alguns tipos de ferida que devemser particularizadas: nas leses pormordeduras, em princpio, as mesmas nodevem ser suturadas, pois sopotencialmente infectadas; apenas naquelasque so profundas, com comprometimento

    do plano muscular, este deve seaproximado.

    Nas feridas porarma de fogo, a deciso daretirada do projtil deve ser avaliado caso caso; caso haja apenas um orifcio, este nodeve ser suturado, devendo-se lavar bem ointerior do ferimento, sendo que quandohouver dois orifcios, um deles poder sersuturado. As leses por prego devem serlimpas e no suturadas, tomando-se ocuidado com a profilaxia do ttano.

    A seguir, citaremos algumas dassubstncias mais utilizadas em curativos de

    feridas abertas e infectadas, principalmenteno tocante de indicao, mecanismo deao e maneira de utilizao. Consideraesmais profundas sobre o assunto, serotratadas em futuras Disciplinas.

    PAPANA- uma enzima proteoltica

    extrada do ltex da caricapapaya.

    Indicao: em todo tecido necrtico,particularmente naqueles com crosta

    Mecanismo de ao: ao anti-inflamatria, bactericida e cicatricial; atuacomo desbridante

    Modo de usar: preparar a soluo emfrasco de vidro, irrigar a leso e deixar gaze

    embebida na soluo

    Observaes: a diluio feita de acordocom a ferida: 10% em tecido necrosado, 6%nas com exudato purulento e 2% naquelascom pouco exudato.

    HIDROCOLIDE - partculas hidroativasem polmero inerte impermevel

    Indicao - leses no infectadas com ou

    sem exudato, reas doadoras e incisescirurgicas

    Mecanismo de ao - promove barreiraprotetora, isolamento trmico, meio mido,prevenindo o ressecamento, desbridamentoautoltico, granulao e epitelizao

    Modo de usar - irrigar a leso com sorofisiolgico, secar as bordas e aplicarhidrocolide e fixar o curativo pele

    Observaes - no deve ser utilizado paraferidas infectadas

    TRIGLICRIDES DE CADEIA MDIA(TCM) - cidos graxos essenciais, lipdiosinsaturados ricos em cido linolico

    Indicao - todos os tipos de leses,infectadas ou no, desde que desbridadaspreviamente

    Mecanismo de ao - promovequimiotaxia para leuccitos, facilita aentrada de fatores de crescimento nas

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IIclulas, promove proliferao e mitosecelular, acelerando as fases da cicatrizao.

    Modo de usar - irrigar a leso com sorofisiolgico, aplicar AGE por toda a rea daferida e cobrir.

    Observaes - no agente desbridante,porm estimula o desbridamento autoltico.

    OUTRAS SUBSTNCIAS

    Carvo ativado - nas feridas infectadasexudativas

    Alginato de clcio - nas leses exudativascom sangramento

    Filme com membrana de poliuretano -para proteo de leses profundas noinfectadas.

    PRINCPIOS PARA O CURATIVOIDEAL

    TURNER - 1982

    1. Manter elevada umidade entre aferida e o curativo

    2. Remover excesso de exudao3. Permitir troca gasosa4. Fornecer isolamento trmico5. Ser impermevel bactrias6. Ser assptico7. Permitir a remoo sem traumas

    PROCEDIMENTOS PRTICOS

    CURATIVO DE FERIDAS SIMPLES ELIMPAS

    1. Lavar as mos para evitar infeco2. Explicar o procedimento ao

    paciente e familiares, paraassegurar sua tranqilidade

    3. Reunir todo o material em umabandeja auxiliar

    4. Fechar a porta para diminuir corrente de ar

    5. Colocar o paciente em posioadequada

    6. Manipulao do pacote de curativo

    com tcnica assptica, incluindo autilizao de luvas7. Remover o curativo antigo com

    pina dente de rato

    8. Fazer a limpeza da inciso compina de Kelly com gazeumedecida em soro fisiolgico,com movimentos semi-circulares,de dentro para fora, de cima parabaixo, utilizando-se as duas facesda gaze, sem voltar ao incio dainciso

    9. Secar a inciso de cima para baixo10. Secar as laterais da inciso de cima

    para baixo11. Colocar medicamentos de cima

    para baixo, nunca voltando a gazeonde j passou

    12. Retirar o excesso de medicao13. Passar ter ao redor da inciso14. Curativo quando necessrio15. Lavar as mos

    16. Recolher o material

    CURATIVO DE FERIDAS ABERTASOU INFECTADAS

    As diferenas bsicas, podem ser assimresumidas:

    1. Os curativos de ferida aberta,independente do seu aspecto, serosempre realizados conforme atcnica de curativo contaminado,ou seja, de fora para dentro.

    2. Para curativos contaminados comsecreo, principalmente emmembros, colocar uma bacia narea a ser tratada, lavando-a comsoro fisiolgico a 0,9%.

    3. As solues anti-spticas maisutilizadas so a soluo aquosa dePVPI a 10% (1% de iodo livre) ecloro-hexidine a 4%.

    4. Quando houver necessidade detroca de vrios curativos em ummesmo paciente, dever iniciarpelos de inciso limpa e fechada,seguindo-se de ferida aberta noinfectada, depois os de feridainfectada, e por ltimo ascolostomias e fstulas em geral

    5. Utilizar mscaras, aventais e luvasesterilizadas.

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA II

    7-Paramentao Cirurgica

    TCNICA DE PARAMENTAO

    Tambm atribuio do circulante ajudaros integrantes da equipe cirrgica a se

    paramentarem. Para tanto, no momento devestir o avental, o circulante deveposicionar-se de frente para as costas domembro da equipe que est separamentando, introduzir as mos nasmangas - pela parte interna do avental - epuxar at que os punhos cheguem nospulsos; amarrar as tiras ou amarilhos dodecote do avental, receber os cintos pelaponta e amarrar; posteriormente, apresentaras luvas. Aps auxiliar a equipe a separamentar, abrir o pacote com o

    impermevel sobre a mesa doinstrumentador e a caixa de instrumentaissobre a mesa auxiliar, fornecer aoinstrumentador os materiais esterilizados(gaze, compressas, fios, cpulas, etc.) eoferecer ao cirurgio a bandeja de materialpara antissepsia. Auxiliar o anestesista aajustar o arco de narcose e o suporte de sorode cada lado da mesa cirrgica, fixar aspontas dos campos esterilizados - recebidosdo assistente - no arco e suportes, formandouma tenda de separao entre o campooperatrio e o anestesista. Posteriormente,aproximar da equipe cirrgica o hampercoberto com campo esterilizado e o baldede lixo; conectar a extremidade de borracharecebida do assistente ou instrumentador aoaspirador,e lig-lo.

    8-Centro Cirrgico Planejamento eOrganizao da Unidade e TerminologiaCirurgica

    CENTRO DE MATERIAL EESTERELIZAO

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IIEsterilizao: o procedimento utilizado

    para a completa destruio de todas as

    formas de vida microbiana (bactrias,

    fungos, vrus e esporos), com o objetivo de

    evitar infeces e contaminaes pelo uso

    de artigos hospitalares contaminados,

    principalmente os considerados crticos.

    Os processos de esterilizao podemutilizar agentes qumicos ou fsicos.

    Desinfeco: Reduo do nmero

    de microorganismos (patognicosou no), na forma vegetativa (noesporulada), em artigos semi-crticos, pela ao de agentesqumicos ou fsicos.

    Assepsia: Eliminao ou reduodo nmero de microorganismos dapele, mucosas, tecidos ou fluidosatravs de agentes qumicos combaixa toxicidade para o usurio.

    Limpeza: Remoo fsica das

    sujidades visveis, atravs da aomecnica e/ou qumica.

    MTODOS DE ESTERILIZAO

    AGENTES FSICOS :Meios fsicosgua em ebulio: indicado na desinfecoe descontaminao de artigos termo-resistentes com um tempo de exposio de30 minutos.Mquinas automticas com gua quente:

    indicadas na desinfeco de artigos deinaloterapia, acessrios de respirao,material de intubao, etc. Indicadas paralimpeza de artigos crticos, antes desofrerem o processo de esterilizao oupara desinfeco de alto nvel, com tempode exposio de 30 min. a temperatura quepodem variar de 60 a 95 C.

    AGENTES QUMICOS:Utilizao de germicidas para o processo

    de desinfeco dos artigos. Os

    desinfetantes mais utilizados nos hospitaisso: Compostos clorados;

    lcoois (etlico e isoproplico); Aldedos (formaldedo, glutaraldedo); Fenlicos (fenis, cresis, parafenis); Perxido de hidrognio; Iodforos; Quaternrio de amnio.Para a ao adequada dos desinfetantes,observar a forma correta de uso,concentrao apropriada, tempo deexposio e validade do produto;

    CALOR: o agente esterilizante mais antigo, maisconhecido, mais simples, mais econmicoe mais seguro. Pode chegar at os artigosmdicos atravs de ar mido ou seco.Calor mido (ou vapor saturado) Pode serconduzido temperatura de 100 C presso atmosfrica, ou a temperaturas

    acima de 100 C sob presso superior atmosfrica.

    Calor seco

    Sempre conduzido a temperaturassuperiores a 100 C e presso atmosfrica.Efeitos do CalorO mecanismo de morte pelo calor maiseficaz est relacionado com a desnaturaoou coagulao das protenas dosmicroorganismos.VAPOR: (trs formas mais comuns)

    Vapor Saturado Seco

    o vapor contendo somente gua no estadogasoso, agregando tanta gua quantopossvel para a sua temperatura e presso. a forma mais eficiente de vapor paraesterilizao.

    Vapor Saturado mido

    normalmente formado quando a gua dacaldeira (ou o condensado das

    tubulaes) so carregados pelo vaporquando injetado na cmara daesterilizadora.O resultado um excesso de gua que podemolhar os itens.

    Vapor Saturado Superaquecido

    Formado a partir de vapor saturadosubmetido a temperaturas mais elevadas. Ovapor torna-se seco, diminuindo aeficincia das trocas trmicas naesterilizao. A tabela mostra que quanto

    maior a quantidade de gua (umidade) novapor, menor

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IIser a temperatura necessria para acoagulao de uma determinada protena.

    RADIAES:Esterilizao por Radiao: um mtodode esterilizao a baixa temperatura quepode ser utilizada onde a esterilizao pelocalor causa danos inaceitveis ao produto.Pode ser uma alternativa ao xido deetileno e formaldedo, porm por razeseconmicas esse mtodo normalmentedisponvel somente em escala industrial.Aplicaes: artigos mdico-hospitalares(seringas, agulhas hipodrmicas, fioscirrgicos, luvas, medicamentos, etc.).

    As radiaes podem ser IONIZANTES eNO IONIZANTES, em funo do

    comprimento de onda (energia).Radiaes Ionizantes: aquelas que,quando incidem sobre um material,deslocam eltrons dos tomos devido aoelevado teor energtico (Raios Gama, RaiosX, Raios Alfa, Raios Beta)... Radiaes No Ionizantes: Aquelas que,quando incidem sobre um material,produzem vibraes ou choques comalteraes mecnicas, trmicas, mas notm energia suficiente para deslocareltrons dos tomos (Raios Ultravioletas,

    Ondas Curtas ou Micro-ondas, RaiosInfravermelhos). Raios Gama: Os RaiosGama so radiaes de elevada energia,emitidas por istopos radioativos deCobalto 60, Csio 137 ou Tntalo 182.

    LIMPEZA E DESINFECO

    Desinfeco um processo gradual que,

    igual a todos as reaes qumicas, requer

    um tempo para completar-se. A velocidade

    da desinfeco depende: Da natureza e daconcentrao do desinfetante; Da

    temperatura.

    ESTOCAGEM DO MATERIAL: Aps aesterilizao fundamental que os pacotesestejam ntegros e secos, para que possamconservar a esterilidade. Devem sermanuseados o mnimo possvel e estocadosem armrios fechados. O prazo devalidade da esterilizao depende do:

    .. Tipo de esterilizao;

    .. Tipo de embalagem;

    .. Local de armazenamento.

    TIPOS DE APARELHOS PARAESTERELIZAO:

    Autoclaves so equipamentos queutilizam vapor saturado pararealizarem os processos deesterilizao. O vapor saturado, ouseja, de temperatura equivalente do ponto de ebulio da gua napresso considerada, o meio deesterilizao mais econmica paramateriais termorresistentes, alm docurto tempo do processo.

    A esterilizao s ocorrer quando:.. Todo ar for exaurido da cmara e dointerior dos pacotes;.. O agente esterilizante (vapor) atingir nomicroorganismo;.. A temperatura atingir o ponto ideal e

    permanecer por um determinado tempo.A secagem a vcuo elimina a umidade dospacotes, evitando a recontaminao docontedo.

    Esterilizao por Calor Seco:Estufas de Ar Quente (Forno de Pasteur)

    .. Aquecimento atravs de resistncias(limite mx. 200 C);.. Controle de temperatura portermostato;.. Prateleiras com 45% do total da superfcieperfurada (conveco de calor oucirculao forada);.. Paredes da cmara de esterilizaoduplas, com isolamento trmico;.. Porta de fechamento hermtico, comguarnies;.. Orifcio regulvel para sada de ar, gasese vapor no topo da cmara;.. Termmetro de mercrio, bimetlico oueletrnico;.. Testes bacteriolgicos com cultura de

    Bacillus Subtilis;.. Testes qumicos com fita indicadora detemperatura alcanada.Materiais e Artigos prprios paraEsterilizao por Calor Seco.. Vidros, instrumental metlico que nosuportem vapor ou agentes qumicos.Esterilizao por Vapor Seco Saturado:De todos os mtodos de esterilizaoutilizados, o calor mido, na forma devapor saturado sob presso considerado omelhor e mais eficiente. altamente letal,

    facilmente obtenvel, controlvel eeconmico. O efeito letal decorre da aoconjugada da temperatura e da umidade.

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IIEntre 121 e 132 C o vapor sob pressodestri todas as formas de vida atualmenteconhecidas. O efeito letal decorre de suacondensao que acarreta liberao de calorlatente, precipitao de umidade,penetrao de materiais porosos,aquecimento rpido e coagulao deprotenas dos microrganismos.

    CENTRAL DEMATERIALESTERILIZADO (CME)A Central de Material Esterilizado (CME) realizado o preparo de todo o materialestril a ser utilizado no hospital. Paratanto, composta pelas reas de recepo,limpeza, preparo, esterilizao, guarda edistribuio dos materiais esterilizadosutilizados pela equipe de sade

    noatendimento ao cliente.

    ESTRUTURA DA CENTRAL DEMATERIAL

    Na estrutura do estabelecimento de sade, aCME uma unidade importante porqueoferece equipe de sade materiais estreisem condies adequadas ao seudesempenho tcnico, bem comoproporciona ao cliente um atendimento com

    segurana e contribui para que a instituioproporcione uma assistncia com efetivaqualidade.

    Alguns estabelecimentos de sadepreparam e acondicionam osmateriais que cada unidade utilizade forma descentralizada; outros,centralizam todo o seu materialpara preparo na Central deMaterial o qual, geralmente,constitui-se no mtodo maiscomumente encontrado. Uma outratendncia a terceirizao daesterilizao de materiais.

    Idealmente, a CME deve ter suaestrutura fsica projetada de forma apermitir o fluxo de materiais darea de recepo de distribuio,evitando o cruzamento de materiallimpo com o contaminado. Arecepo do material sujo e paralimpeza separada da rea depreparo do material e esterilizao,

    bem como da rea dearmazenamento e distribuio.Esses cuidados na estrutura e fluxoproporcionam condies adequadas

    de trabalho equipe de sade,diminuindo o risco de preparoinadequado do material, compresena de sujidade ou camposcom cabelo, linhas, agulhas desutura e outras falhas.

    O CENTRO CIRRGICOESTRUTURA DE REATERMINOLOGIA EM CIRURGIAEstrutura do centro cirrgico (CC)A unidade de centro cirrgico destina-se satividades cirrgicas e de recuperaoanestsica, sendo considerada rea criticano hospital por ser um ambiente onde serealizam procedimentos de risco e quepossuI clientes com sistema de defesadeficiente e maior risco de infeco.

    Para prevenir a infeco e propiciarconforto e segurana ao cliente e equipecirrgica, a planta fsica e a dinmica defuncionamento possuem caractersticasespeciais. Assim, o CC deve estarlocalizado em rea livre de trnsito depessoas e de materiais.Devido ao seu risco, esta unidade divididaem reas:No-restrita - as reas de circulaolivre so consideradas reasno-restritas ecompreendem os vestirios, corredor de

    entrada para os clientes e funcionrios esala de espera de acompanhantes.O vestirio, localizado na entrada do CC, a rea onde todos devem colocar ouniforme privativo: cala comprida, tnica,gorro, mscara e para os ps(propes).Semi-restritas - nestas reas pode havercirculao tanto do pessoal como deequipamentos, sem contudo provocareminterferncia nas rotinas de controle emanuteno da assepsia. Como exemplostemos as salas de guarda de material,

    administrativa, de estar para osfuncionrios, copa e expurgo. A rea deexpurgo pode ser a mesma da Central deMaterial Esterilizado, e destina-se a recebere lavar os materiais utilizados na cirurgia.

    OBS: Props so os protetores dossapatos, para serem usadosemambientes semi-restritos e restritos,que podem ser de tecido oudescartveis.

    Restrita - o corredor interno, as reas deescovao das mos e a sala de operao(SO) so consideradas reas restritas dentrodo CC; para evitar infeco operatria,

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  • 7/31/2019 ENFERMAGEM_CIRRGICA

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    ENFERMAGEM MDICO CIRRGICA IIlimita-se a circulao de pessoal,equipamentos e materiais. A sala decirurgia ou operao deve ter cantosarredondados para facilitar a limpeza; asparede, o piso e as portas devem serlavveis e de cor neutra e fosca. O piso,particularmente, deve ser de materialcondutivo, ou seja, de proteo contradescarga de eletricidade esttica; astomadas devem possuir sistema deaterramento para prevenir choque eltrico eestar situadas a 1,5m do piso. As portasdevem ter visor e tamanho que permita apassagem de macas, camas e equipamentoscirrgicos. As janelas devem ser de vidrofosco, teladas e fechadas quando houversistema de ar condicionado. A iluminaodo campo operatrio ocorre atravs do foco

    central ou fixo e, quando necessrio,tambm pelo foco mvel auxiliar.

    OBS: A qualidade do ar no centro cirrgico motivo de muito estudo, sendo que o arcondicionado muitas vezes fonte decontaminao caso no haja rigorosocontrole dos filtros e de sua instalao.Nomenclatura cirrgica :A nomenclaturaou terminologia cirrgica o conjunto determos usados para indicar o procedimentocirrgico.O nome da cirurgia composto

    pela raiz que identifica a parte do corpo aser submetida cirurgia, somada ao prefixoou ao sufixo.Exemplos de raiz: angio (vasossangneos), flebo(veia), traqueo (traquia),rino (nariz), oto (ouvido), oftalmo (olhos),hister(o) (tero), laparo (parede abdominal),orqui (testculo),etc.

    Prefixo o elemento colocadoantes da raiz; sufixo o elementocolocado depois da raiz.

    Alm dos termos mais utilizados , existemas denominaes com o nome do cirurgioque introduziu a tcnica cirrgica (Billroth:tipo de cirurgia gstrica) ou, ainda, o uso dealguns termos especficos (exerese:remoo de um rgo ou tecido).

    Prevenindo infeco

    Em vista da maior incidncia de

    infeces hospitalares nos clientescirrgicos, o pessoal deenfermagem pode contribuir para

    limpos e unhas curtas e limpas,lavandoas mos antes e aps cadaprocedimento, respeitando astcnicas asspticas na execuo doscuidados, oferecendo ambientelimpo e observando os sinaisiniciais de infeco.

    O uso de esterides, desnutrio,neoplasias com alteraesimunolgicas e clientes idosos oucrianas pequenas so fatores derisco de infeco no ps-operatriodevido reduo na capacidadeimunolgica. Outros fatores so odiabetes mellitus, que dificulta oprocesso.