energia maré-motriz no maranhão: uma análise crítica · agosto. sua precipitação média anual...
TRANSCRIPT
Energia maré-motriz no Maranhão: Uma análise Crítica
Pedro Bezerra Neto, Osvaldo R. Saavedra, Luiz A. Ribeiro Marcio Vaz dos Santos
Instituto de Energia Elétrica Labohidro UFMA UFMA
1. INTRODUCAO
Os grandes desafios associados ao setor energético mundial tais como a crescente demanda de energia e limitações relacionadas ao uso de recursos fósseis, têm proporcionado um aumento significativo no desenvolvimento e utilização de fontes renováveis de energia (Bezerra, Saavedra, Camelo e Ribeiro, 2010). Especificamente no contexto da energia eletromaremotriz, o uso de pequenos aproveitamentos pode ser uma alternativa bastante atrativa. Como exemplo, dezenas de pequenas usinas encontram-se em operação na China, a maior delas com uma potência instalada de 304 kW (Charlier, 2009).
O surgimento de novas tecnologias para a exploração de baixas quedas tem contribuído para tornar comercialmente viável este tipo de exploração. Atualmente, o custo da energia produzida em uma usina eletromaremotriz de pequeno porte se equipara, por exemplo, ao de geração em uma pequena central hidrelétrica (PCH).
De acordo com estudos preliminares encomendados pela ELETROBRÁS na década
de 80 (Sondotécnica, 1981), o Brasil apresenta um potencial eletromaremotriz bastante significativo, principalmente na costa do Maranhão, Pará e Amapá. Esse potencial energético é da ordem de 72 TWh, o equivalente a 16,8% do consumo nacional do Brasil em 2008, de acordo com dados do Balanço Energético Nacional (EPE, 2009).
Apenas na baía de Turiaçu no Maranhão, a potência extraível é da ordem de 3.402
MW (Sondotécnica, 1981), ou seja, aproximadamente 40% da potência instalada da UHE de Tucuruí. Entretanto, apesar desse enorme potencial energético, a exploração de toda essa energia enfrenta, na conjuntura atual, obstáculos ambientais, logísticos e econômicos sérios.
Este trabalho trata do levantamento de potencial marémotriz da baia de Turiaçu, no
Maranhão e discute a viabilidade tanto técnica, econômica como ambiental da sua exploração.
2. TURIAÇU E O LITORAL MARANHENSE Na Fig. 1 ilustra-se a posição geográfica de Turiaçu no Maranhão, a 195 km da
capital São Luís, na região da Amazônia Legal. Este município tem aproximadamente 32.491 habitantes e está dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) das reentrâncias Maranhenses, criada em junho de 1991, que abrange todo o litoral ocidental do Maranhão, desde a Baía de São Marcos até o rio Gurupi. Esta área possui reentrâncias e muitos estuários cobertos de manguezais que são importantes berçários para milhares de espécies de peixes, crustáceos, moluscos e pássaros. O clima é chuvoso de dezembro a agosto. Sua precipitação média anual é de 2.000 mm. (Oliveira, Leite Neto, Costa Júnior, Camelo, Saavedra, Santos, 2009). As principais atividades econômicas são a pesca, a agricultura de subsistência, a caça e o garimpo. Os manguezais são explorados também com a retirada de madeira para construção de casas, barcos e produção de
carvãinace
mar. se um
2.1 L
círcu
ão. Há poessíveis.
Fig. 1 - T Na Fig. 2
Pela pontama percepçã
Fig. 2 - Reg
LITORAL
Na Fig. ulo a baía de
otencial pa
Turiaçu em v
2 mostra-sea superior daão visual da
gião portuári
OCIDENT
3 tem-se ume Turiaçu.
ara ativida
vermelho. Ma
e a região poa proa do b
a altura de m
ia do estuário
TAL MARA
ma visão pa
ades turísti
aranhão em m
ortuária do ebarco nivelamaré.
o de Turiaçu
ANHENSE
anorâmica d
icas, embo
marrom claro
estuário de ada com a a
u durante a ba
E
do litoral m
ora existam
o. (Fonte: W
Turiaçu duraltura do cai
aixa-mar. (Fo
aranhense d
m muitas
Wikipédia).
urante uma bis acostável
onte: NEA).
destacando-
áreas
baixa-l tem-
-se no
maréuma
com de mSanto
Fig. 3 - Lo A Fig. 4
és para o litaltura máxi
Fig. 4 Na Fig.
uma área dmanguezais d
os, 2009).
calização da
é a mesmatoral maranima de 7 m.
4 - Altura m
5 apresentade mais de 3de todo o E
área em estu
a 3 incluindnhense. Nota.
áxima de ma
a-se a regiã.000 km² de
Estado (Oliv
udo na zona
do-se as cura-se que na
aré para litor
ão de mange extensão.
veira, Leite
costeira mar
rvas de nívea baía de Tu
ral maranhen
guezal do litEsta regiãoNeto, Costa
ranhense. Fon
eis máximosuriaçu a pre
se. Fonte: (N
toral ocideno corresponda Júnior, Ca
nte: (NEA).
s de alturaseamar alcan
NEA).
ntal maranhde a 60% daamelo, Saav
de nça
hense, a área vedra,
Nesta
interpde copode
volumtabelquanConsordemgranddocu
Fi
A Fig 6
a figura sim
Comparapretando áronstrução d
eria parecer
A Fig. 7mes de renla pode-se nto no cursosiderando am de 5,8 bdes propor
umento.
g. 5 - Litoral
é uma reprmula-se o ma
Fig. 6 - L
ando-se asreas de mandemandam em uma av
simula umnovação de apreciar os
o d´água do as marés debilhões de rções, entre
l ocidental m
resentação dangue como
Litoral maran
s figuras 5nguezal combarragens daliação prel
ma barragemmaré para
s volumes dcanal, para
e sizígia, o m³. O pote
etanto não-
maranhense c
de como seo sendo águ
nhense sem m
5 e 6, pomo se fossede dimensõliminar.
m hipotética esta repre
de renovaça uma altura
volume deencial ener-acessível
om mangue.
eria o litoraua.
mangue. Font
odes-se com sólidas e
ões consider
represandosa são apreão de maréa média de e água que rgético assocomo disc
Fonte: (NEA
al maranhen
te: (NEA).
oncluir quee apropriadaravelmente
o toda a baíaesentados né tanto na 4,7 e 7 m, rtem de ser
ociado a esorrido mai
A).
nse sem ma
e represamas para essemaiores do
a de Turiaçna Tab. 1. Nárea de marespectivam
er renovadaste volume is adiante
angue.
mentos e tipo o que
çu. Os Nesta angue
mente. é da é de neste
Fig. 7 - Detalhe da área de estudo da baía de Turiaçu com mangue e terra firme.
Fonte: (NEA). Tab. 1 - Volumes de renovação de maré para baía de Turiaçu
(área de estudo mostrada na Fig. 7) ÁREA
INUNDÁVEL (km2)
VOLUME (m3) na Altura Média de
4,7 m
VOLUME (m3) na Altura Máxima de
7 m MANGUE 548,09 602 899 000 1 096 180 000
CURSO D’ÁGUA 685,03 3 219 641 000 4 795 210 000 TOTAL 1 233,12 3 822 540 000 5 891 390 000
A Fig. 8 representa o curso d’água de um canal genérico em área de mangue
ilustrando várias camadas em função da altura da maré. Essas camadas são parte da dinâmica do ecossistema dos mangues e influenciam diretamente na discussão sobre a possibilidade de aproveitamento do potencial maremotriz. As águas do canal são divididas em volume residente, da cota 0 a -20 m, e de renovação, da cota -2,0 a 4,0 m. O volume residente do canal, região em azul, comporta a água que não está sujeita a renovação. Deve-se observar que o mangue já começa dentro do canal e se localiza a partir da cota 0 m (referência Datum Imbituba, SC) até 4 m. As cotas de -0,8 a 2,2 m inundam diariamente renovando seu volume de água. Da cota 2,2 a 4,0 m a inundação é quinzenal. Também ficam em exposição (sem inundação) quinzenalmente as cotas de -0,8 a -2,0 m. O lavado corresponde às cotas de 0 a -2,0 m. Uma parte do lavado, de 0 a -0,8 m, inunda diariamente; a outra, de -0,8 a -2,0 m, somente se expõe quinzenalmente. Define-se a altura média de maré, h, como a média entre as preamares de sizígia e quadratura, menos a média entre baixa-mares também de quadratura e sizígia, donde, conforme a Fig. 2.8: h = (3,1 m) - (-1,4 m) = 4,4 m.
qualqestra
3
km2 4,7 mFig. Júniopropoabaixbarra
T
Loca
TuriaçuTuriaçu Turiaçu
Para se quer localid
atégia nortea
3. RESUM
A baía d– e a maio
m de altura 1 mostram-
or, Cameloostas de baxo de cadaagens.
Tab. 2 - Dad
al
Amé
m
u 29 u 29A u 29B
Fig. 8 - Pe
fazer a sedade – e poadora de cri
MO DO INV
de Turiaçu aor quantidad
média, atin-se as áreas, Saavedra,
arragens naa linha. Na
dos da baía dFig. 9 (
Altura édia da maré (m)
ab
4,74,74,7
erfil típico da
eleção, avalssivelmentetérios e pro
VENTÁRI
apresenta a mde de energingindo até 7s avaliadas , Santos, 2s linhas 29
Tab. 1 m
e Turiaçu relFonte: Sondo
Comprimenaproximadobarragem (k
21,517,010,5
a área de man
liação e ese decidir peocedimentos
IO FEITO N
maior área ia estimada7 m de picopreliminarm009), onde
9, 29A e 29mostram-se
lativos às trêotécnica, EL
nto o da km)
Áreada baí(km²)
616494290
nguezal. Fon
stimativa doelo seu apros gerais.
NA BAÍA D
inundada poa extraível –o, conformemente em ( se aponta
9B, respectidados de m
ês propostas dLETROBRAS
a )
Potênciextraíve
(MW)
3 4022 7281 602
nte: (NEA).
o potencialoveitamento
DE TURIA
or maré no – 9.114 GWe (Sondotec(Oliveira, L
com a setivamente, fimaré relativ
de barragensS,1981).
ia el
DistanCidad
TURIA
37,5 km29,5 km20,5 km
l maremotro – segue-se
AÇU
Maranhão –Wh; com macnica , 1981Leite Neto, ta vermelhaficando a juvos a essas
s indicadas n
ncia de
AÇU
Enan
(10³
km 9 km 7 km 4
riz de e uma
– 616 aré de 1). Na Costa a três usante s três
a
nergia nual MWh)
114309209
4
pelos17 kcabecinundbarraaqueenvoTuriaambi
ficamAlém
4. LOCAL
Conforms números 2
km e 10,5 kceiras destadadas diariagens. Alémles lugares
olveria atravaçu, com inientais.
Deve-se m submersom disso, há g
As áreas
Fig. 9 - Baía
LIZAÇÃO
me a Fig. 5.29, 29A e 2km, respectas barragenamente e s
m do mais, ps por outravessar pelo númeras po
também coos, limitandgrande perd
s envolvidas
a de Turiaçu. F
GEOGRÁF
1 são prop29B. Cada utivamente (ns teriam susem estrutupara as três a via que menos 20
ontes e aterr
onsiderar qudo a capacidda de volum
s na avaliaç
onte: (Sondoté
FICA
postas três auma com co(ver Tab. 2uas bases e
ura geológicalternativasnão seja
km de manrros de cust
ue no períodade de rep
me represado
ção da Sond
écnica, ELETR
alternativas omprimento2). Na mesem áreas dca adequads observa-semarítima.
ngue e reentos extremo
do de preampresamento
o nos própri
dotécnica s
ROBRAS,1981
de barrageos aproximasma Figurade manguezda para dar e a inviabiliA construçtrâncias a p
os, tanto fin
mar todos eo das hipotéios manguez
ão grandes
1).
ens, identifiados de 21,5a, nota-se qzal, isto é, r suporte a idade de alcção de estpartir da senanceiros q
estes manguéticas barrazais.
e compree
cadas 5 km,
que as áreas estas
cançar tradas de de
quanto
uezais agens.
ndem
volumes da ordem de milhões de m³ de água. A construção de barramentos para os aproveitamentos são inviáveis do ponto de vista de escoamento dos volumes de água uma vez que para acontecer os volumes de renovação envolvidos em cada ciclo de maré seria necessária a adoção de ‘centenas’ de unidades de turbinas ou a construção de vertedouros, os quais corresponderiam à maior parte do barramento.
5. IMPACTO AMBIENTAL
O ecossistema dos manguezais tem sua existência intimamente ligada ao regime de alternância de marés; isto é, períodos de submersão e períodos de exposição. O represamento d’água através de barragens compromete esta alternância com resultados nefastos para a flora e fauna de mangues. Este aspecto é extremamente crítico e deve ser avaliado na sua adequada dimensão para cada alternativa de aproveitamento. Nos três aproveitamentos em análise, a questão ambiental é dominante porque implica também em extensos aterros de manguezais para alcançar as cabeceiras das barragens sugeridas.
A construção de barramentos nos locais sugeridos, além do impacto já anunciado no parágrafo anterior, causa mudanças nos regimes de corrente marítimas que adentram os canais. As conseqüências destas mudanças afetam o volume de renovação das águas do mangue, com implicações para a sobrevivência do manguezal.
6. VIABILIDADE TÉCNICA ECONÔMICA
As potências extraíveis, na ordem de 3,402 GW, corresponde a uma potência instalada extremamente elevada para a demanda da região. Isso leva à necessidade de escoar esta potência para grandes centros de consumo, demandando a instalação de linhas de transmissão em alta tensão, que deverá atravessar a mesma área de manguezal já referida, além da distância a percorrer a partir da sede do Turiaçu até à subestação concessionária de alta tensão mais próxima.
Para aproveitamento total do potencial extraível, a represa deveria ser esvaziada
a cada seis horas o que implicaria geração intermitente, ficando a linha de transmissão inoperante durante algum período, que varia de acordo com o modo de operação (efeito simples ou duplo, por exemplo).
Por outro lado, as dimensões das barragens sugeridas a serem construídas em
área de manguezal implicam em um movimento de material extremamente alto e não disponível, nesse nível de escala, na região.
Logo, conclui-se que os potenciais energéticos, apesar de serem significativos, têm sua exploração fortemente comprometida por questões de viabilidade econômica, geográfica e ambiental.
Os fatores críticos que comprometem estes empreendimentos são:
• Tamanho do empreendimento e distância; • Dificuldade de acesso; e • Localização em áreas de manguezais.
Da análise realizada nesta seção a luz de critérios atuais de viabilidade,
envolvendo impacto ambiental, equilíbrio econômico-financeiro, acessibilidade etc. os
aprovmareda inaprováreasambichan
7
maioDentcidad
pequ
a bcde
depeDe fMas,como
veitamentosemotriz nessntensidade veitamentoss habitadasiental ao a
nces de viab
7. PEQUEN
MAREM
Na Fig. o de 2009. Atro da elipsede os quais
Os fatoruena escala
) Distância b) Geração c) Possibilid
d) Impacto a) Possibilid
A avaliande de cad
fato, não há, a possibilio os casos a
s discutidossa região é de cada f
s maremotrs. Estes asaproximar ailidade.
NOS MOTRIZ N
10 vê-se uA baía é ree mostram-são o objeto
res que conse tornar vi
do mercadocompatível cdade de aproambiental redade de expl
ação bem ca caso, exigá garantia ddade de se t
analisados n
s se tornaminviável? N
fator analisrizes devempectos cona geração
APROVEIA BAÍA DE
uma fotograalçada em ase os dois co da atual p
ntribuem paável são:
o – facilidadcom a demaoveitamentoelativamenteloração apen
omo o pesogindo necesde que todotornarem vi
nas seções a
m inviáveis. Não a priorsado. Uma
m localizar-ntribuem poda demand
TAMENTOE TURIAÇ
afia aérea dazul e a setcanais e ree
proposta par
ara um apro
de de acessoanda; o parcial do e reduzido; nas hidrocin
o de cada ussariamenteos os pequiáveis é mui
anteriores.
Poder-se-iai. A respost
a tendência se mais próositivamentda, melhora
OS PAU
o municípiota aponta paentrâncias qra estudos ex
oveitamento
o (redução d
potencial de nética (sem
um destes fe a realizaçãuenos empreito maior do
a concluir qta depende,
que se vóximos de te para redando signif
ARA E
o de Turiaçara a localizque ficam bxploratórios
o energético
de custo de
da represa;
barragem).
fatores no eão de um eseendimentoo que para g
que a explo, para cada
vislumbra éterra firme
duzir o imficativamen
EXPLORA
çu registradzação da ci
bem próxims.
o maremotr
construção
.
empreendimstudo espec
os sejam viágrandes pro
oração caso,
é que e de
mpacto nte as
AÇÃO
da em idade.
mos da
riz de
);
mento cífico. áveis.
ojetos,
Fig. 8
N
mangas pedas bFig.
potenfacili
10 - Municíp
8. BACIAS
Na Fig. 11 guezal adjaequenas porbarragens 12 e descr
Fig. 1
Na Fig. ncial maremidade de ace
Na Tabe
pio apontado
S ESCOLH
mostram-seacente que rções de tecorrespond
ritas nas seç
11- Destaque
12 são destmotriz, levesso etc. Em
ela 3 identif
o pela seta e
HIDAS
e os peque ficam no rra firme
dentes às sções seguint
e para canais
tacadas as qvando em m sua legen
ficam-se as
Estuário de
enos canais entorno daque podem
sub-bacias tes.
s, reentrância
quatro baciaconta o c
nda descreve
quatro bac
Turiaçu dest
e reentrânca cidade. Nm servir de
de 1 a 4
as e manguez
as escolhidacritério de em-se suas p
cias – 1, 2,
tacado em az
cias em toNote-se, tame base par – estas r
zal. Fonte: (N
as para análproximidad
principais c
3 e 4 – em
zul, no Maran
om cinza mbém, sobrera as cabecrepresentada
NEA).
lise especifide de mercaracterístic
m análises, c
nhão.
e o etudo, ceiras as na
ica de rcado, as.
com a
relaçdadotabelsemi
ção de áreasos pode ser la são por diurno – du
s inundáveideduzido o
maré. Deuas preamar
is por maré o volume reeve-se obseres e duas ba
e volumessidente. Oservar que aixa-mares
s de renovaç volumes das marés diárias.
ção hídrica.de renovação
maranhens
. A partir do referidos
ses são do
desses nesta tipo
L
LEGENDA Sub-Sub-
Micr
Micr
A
+3, +2, -1,0 -2,0 -6,0 -10 -20 -30
Fig. 12 -
-bacia média-bacia média
robacia a su
robacia adja
Atitude em ( m)
,5 < > +4,0,2 < > +3,50 < > +2,20 < > -1,00 < > -2,0
0 < > -6,00 < > -100 < > -20
Bacias esco
a de leste a de oeste
udoeste de T
acente a Tur
Terra fir0 Inunda so5 Inunda q2 Inunda e0 Expõe qu0 Permane0 Permane0 Permane0 Permane
olhidas para e
Turiaçu
riaçu
rmeomente nas prquinzenalmene expõe diariquinzenalmenentemente suentemente suentemente suentemente su
estudo. Fonte
reamares de sinteamente
nte nas baixaubmersoubmersoubmersoubmerso
e: (NEA).
zígia
a-mares de sizzígia
BA
uma de ba
8.1 B
por bifurextenreser
um cporémpodemang
Tab. 3 - Re
ACIA
1 Media2 Media
3 De pe
sede m De pe
4 sede msub-basudoe
A seguirdas sub-bac
acias.
BACIA 1 A bacia
linha tracejrcado. Das qnsão de mrvatório.
Fig.
A barragcomprimentm passando
e ser comproguezal pode
lação das ár
DESCRIÇ
ana a sudoesteana a sudestequeno porte
municipal queno porte
municipal (inacia medianaste)
r são apresecias referida
1 – medianjada em brquatro baci
manguezal. N
13 - Volume
gem necessáto aproximao por um trometido eme vir a ficar
reas inundávsub
ÇÃO
e de Turiaçue de turiaçuadjacente à
adjacente àntegrante daa a
ntados resuas que, por
na localizadranco na Fas esta temNa Fig. 13
e em função d
ária para feado de 240recho de m
m termos de submersa
veis por maréb-bacias (1, 2
ÁREAINUNDÁV
TOTAL(km²)39,610,6
3,7
3,5
ultados de esimplificaç
da a sudoestFig. 12, abr
m a maior ár3 mostra-s
da cota de m
echamento d0 m, com e
manguezal. Ae viabilidade (dependen
é e volumes 2, 3 e 4) em e
VOLUVEL RENOL MÉ
(milhõ1
studos espeção, passarã
te da cidaderangendo orea inundáve o volum
maré na bacia
do canal é rencosta das Além destee pelo fato do da dinâ
de renovaçãestudo. UME DE V
OVAÇÃO RÉDIOões de m³) (10,68,0
0,8
1,8
ecíficos realo a ser deno
e de Turiaçuo braço esqvel, abrangeme em funç
a 1. Fonte: (N
relativamencabeceiras
fator, estede que umaâmica de e
ão hídrica p
VOLUME DRENOVAÇÃ
MÁXIMA(milhões de m
32,9 23,1
2,2
5,4
lizados paraominadas ap
u – é identifquerdo do endo uma gção da cot
NEA).
nte pequena em terra f
e aproveitama extensa áresvaziament
ara as
DE
ÃO
A
m³)
a cada penas
ficada canal rande ta do
, com firme, mento rea de to do
reser
8.2 B
canalo vol
canalterra ao fadinâmaprov
8.3 B
envoem fu
rvatório), ca
BACIA 2
A bacia l bifurcado lume em fun
Tab. 6.3
Fig. 14 -
Analogal é pequenafirme e a o
ato que umamica de veitamento
BACIA 3
A baciaolvendo umafunção da co
ausando o af
2 está locaadjacente anção de cad
3 - Volumes
- Volume em
mente ao ca, com um coutra em área extensa áresvaziamenem termos
a 3 correspa pequena rota do reserv
fogamento
alizada a suao porto, envda cota do re
médios repre
m função da c
caso anteriocomprimenea de mangurea de mannto do rede impacto
ponde a umeentrância pvatório.
da flora loc
udeste de Tvolta pelo treservatório.
esados em fu
cota do reserv
or, a barragnto aproximuezal. Igual
nguezal podeservatório)
o ambiental.
ma microbapróxima da
cal.
Turiaçu envracejado ma.
unção da cota
vatório da ba
gem necessado de 190l ao caso ane vir a ficar), também
acia adjacecidade. Na
volvendo o arrom. Na F
a de maré na
acia 2. Fonte
ária para fe m, com um
nterior, este r submersa
m pode in
ente à cidaFig. 15 mo
braço direiFig. 14 mos
a bacia 2.
e: (NEA).
fechamento ma cabeceire aspecto so
(dependennviabilizar
ade de Turostra-se o vo
ito do tra-se
deste ra em mado do da
este
riaçu, olume
aproxem teaspec(depebarraviabi
8.4 B
pequfunçã
aproxcabecanter(depebarraviabi
8.5 D
F
A barragximado de erra firme, pcto somadoendendo daagem; podemilidade econ
BACIA 4
Esta últuena reentrâão da cota d
Fig. 15 - A barrag
ximado de ceiras em triores, este aendendo daagem; podemilidade econ
DISCUSSÃ
Fig. 15 - Vol
gem necessá800 m (da porém passo ao fato a dinâmica dm tornar crnômica.
ima microbância, comodo reservató
- Volume em
gem necessá700 m (tam
terra firme,aspecto som
a dinâmica dm tornar crnômica.
ÃO
lume em funç
ária para feordem da bando por árque uma
de esvaziamrítico este ap
bacia é pro indicado ório.
m função da c
ária para fembém da o, porém pasmado ao fatode esvaziamrítico este ap
ção da cota d
echamento dbarragem drea de mangárea de m
mento do resproveitame
róxima à cna Fig. 12
cota do reserv
echamento dordem da bssando por o que área d
mento do resproveitame
de reservatór
desta reentrdo Bacanga)guezais. Igu
manguezal pservatório);nto em term
cidade de T. Na Fig. 1
vatório da ba
desta reentrbarragem do
área de mde manguezservatório);nto em term
rio na bacia 3
ância tem u), com amb
ual aos casopode vir a
assim commos de imp
Turiaçu, en15 mostra-s
acia 4. Fonte
ância tem uo Bacanga)
manguezais. zal pode vir
assim commos de imp
3.
um comprimbas as cabecos anteriores
ficar submmo a dimenspacto ambien
nvolvendo se o volum
e: (NEA).
um comprim), com amb
Igual aos a ficar subm
mo a dimenspacto ambien
mento ceiras s, este mersa são da ntal e
outra me em
mento bas as casos mersa são da ntal e
Com relação às bacias estudadas deve-se aplicar a seqüência geral de procedimentos, descrita no Capítulo 3, para escolher e avaliar sítios candidatos para aproveitamento de energia maremotriz com especial atenção no que diz respeito à preservação da flora e fauna, bem como com relação à construção de barragem.
Estudos complementares também devem ser feitos para avaliação dos impactos
ambientais positivos e negativos decorrentes da construção de uma barragem. A escolha de um local para implantação de uma usina eletromaremotriz depende do mínimo de impacto ambiental negativo, menor risco de construção, da viabilidade econômica e da justificativa social. A escolha acaba condicionada à metodologia de aquisição e do processamento de dados, bem como à meticulosidade da pesquisa e da disponibilidade de fontes confiáveis.
No que se refere à preservação do manguezal represado pela barragem, uma
adequada operação do reservatório que permita reproduzir o ciclo normal de maré para o mangue, isto é, que o volume a ser turbinado por ciclo garanta que no final deste o mangue fique exposto, possibilita que o aproveitamento atenda adequadamente a critérios ambientais. Esta estratégia pode tornar viáveis grande quantidade de canais e reentrâncias plausíveis de exploração em pequena escala.
9. COMENTÁRIOS FINAIS E CONCLUSÕES O relatório da Sondotécnica/Eletrobrás fornece um panorama otimista do potencial
energético, sem considerar a acessibilidade dessa energia do ponto de vista econômico, logístico e de impactos ambientais. A riqueza deste relatório, além de ser o marco zero nos estudos maremotrizes no Brasil, está no fato de prover o mapa de potencialidades das marés no litoral brasileiro.
Entretanto, no contexto atual, devem ser considerados vários aspectos altamente
críticos que definirão se os potenciais identificados são realmente extraíveis. No presente relatório, esses aspectos críticos foram conjugados com o estuário piloto de Turiaçu, sem perda de generalidade, de forma a constituir um documento técnico que dê suporte a decisões futuras no que tange a exploração de maremotriz para geração de energia elétrica.
Da análise realizada a luz de critérios atuais de viabilidade, envolvendo impacto
ambiental, equilíbrio econômico financeiro, acessibilidade etc., os aproveitamentos objeto de discussão se tornam inviáveis. A questão que surge é: ao apresentar cenários semelhantes todos os demais locais são inviáveis? A resposta é necessariamente não, dependendo, para cada caso, da intensidade de cada fator crítico.
Uma tendência que se vislumbra é que aproveitamentos maremotrizes devem
localizar-se mais próximos de terra firme e de áreas habitadas. Estes aspectos contribuem positivamente para reduzir o impacto ambiental ao aproximar a geração da demanda. Esta tendência vem acompanhada com a redução da ordem dos aproveitamentos, os quais basicamente envolvem canais com volume de água a ser represado eventualmente bastante menor do que os discutidos neste documento e com dimensões de barragens bem realistas – da ordem da construída no Rio Bacanga.
Em outras palavras, aproveitamentos maremotrizes se tornam mais viáveis e
possíveis de implementar quando são de pequena escala. Esta constatação está sintonizada com uma realidade da região norte-nordeste, onde há um número grande de pequenas comunidades isoladas, sem energia, atendidas parcialmente, ou com serviço de baixa qualidade. Pode-se concluir que a energia maremotriz em pequena escala torna-se uma alternativa para mitigar os níveis de exclusão elétrica, propiciando estímulos à melhoria dos cenários sócio-econômicos dessas comunidades. Isto pode se traduzir também como empreendimento com ênfase em retorno social. Portanto, a
viabilidade econômica e ambiental assim como a melhor forma de implantar o aproveitamento deve ser objeto de estudo individualizado.
É opinião dos autores que esforços devem ser realizados no sentido de aprofundar estudos objetivando pequenos aproveitamentos maremotrizes, de forma a se ter um panorama em detalhe dos micro-estuários atualmente com viabilidade técnico-econômica, assim como daqueles que no futuro próximo podem vir a se tornar viáveis em função das demandas de mercado e desenvolvimento.
10. AGRADECIMENTOS
Este trabalho contou com os apoios da ELETROBRAS através do Convênio ECV 085/2005, do Projeto BRA 99/011/ PNUD através de C.A. 07/47-3952 e do CNPq.
11. REFERÊNCIAS
BEZERRA NETO, P.; Saavedra, Osvaldo R.; CAMELO, Nelson José; RIBEIRO, L. A. S.
(2010), Viabilidade de Pequenos Aproveitamentos para Geração de Energia Eletromaremotriz. In: XVIII Congresso Brasileiro de Automática, 2010, Bonito: UNESP, 2010. v. 1. p. 66286.
Charlier, Roger Henri. 2009. Ocean Energy. Tide and Tidal Power. Springer-Verlag Berlin Heidelberg.
EPE – Empresa de Pesquisa Energética. 2009. Balanço Energético Nacional 2009. Resultados
Preliminares. Rio de Janeiro. Brasil.
Leite Neto, P. B., Oliveira, D. Q., N. J. Camelo, O. R. Saavedra. 2009. Estudo do Potencial para Geração de Energia Elétrica a partir de Fonte Maremotriz. 8th Latin-American Congress: Electricity Generation and Transmission, 2009, Ubatuba. Anais do VIII CLAGTEE. Guaratinguetá : UNESP. v. 1. p. 709.
MJ2 Technologies. 2010. www.vlh-turbine.com.
Oliveira, D. Q., Leite Neto, P. B., Costa Júnior, A. L., Camelo, N. J., O. R. Saavedra,
Santos, M. C. F. V. (2009). Relatório do Potencial Maré-Motriz do Estuário e Memória Técnica – Estuário de Turiaçu. Projeto BRA 99/011/PNUD, Ministério de Minas e Energia – PLPT.
Sondotécnica Engenharia de Solos S.A., Eletrobrás. (1981). Aproveitamentos Maremotrizes
na Costa Maranhão – Pará – Amapá. Inventário Preliminar.