endonews #11

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Debate construtivo Os quatro casos apresentados renderam boas discussões na Noite da Pizza de setembro Debate construtivo Os quatro casos apresentados renderam boas discussões na Noite da Pizza de setembro Uma publicação Boston Scientific | Ano VI | N. 11 | Outubro/2011 Próximo evento 08 de novembro Pizzaria Carlitos Rua França Pinto, 1.347 – Vila Mariana A partir das 20h00 Pizza Encontro dos endoscopistas de São Paulo 2011 & Endoscopia

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Informativo do evento realizado em São Paulo pela Boston Scientific para Endoscopistas

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Debate construtivoOs quatro casos apresentados renderam boas discussões na Noite da Pizza de setembro

Debate construtivoOs quatro casos apresentados renderam boas discussões na Noite da Pizza de setembro

Uma publicação Boston Scientific | Ano VI | N. 11 | Outubro/2011

Próximo evento08 de novembro

Pizzaria CarlitosRua França Pinto, 1.347 – Vila Mariana

A partir das 20h00

PizzaEncontro dos endoscopistas de São Paulo 2011

& Endoscopia

Prezados doutores,Na última edição da Noite da Pizza, falamos sobre a

alça de polipectomia, acessório muito utilizado na rotina da Gastroenterologia. A Boston possui em seu portfólio uma série de alças, com diferentes formatos e tamanhos, oferecendo a melhor opção para a polipectomia. As al-ças têm, em média, 240 cm de comprimento por 2,8 mm, atendendo aos critérios de uso de qualquer colonoscó-pico. Todos os modelos são produzidos em aço inoxidá-vel multifilamentar, o que proporciona uma corrente mais homogênea ao passar pela alça. A diferença entre os modelos é o diâmetro de cada fio.Captivator™ II Single-Use é a maior alça do mercado: tem 33 mm de diâmetro e é indicada para remoção e cauterização de pólipos, minimiza a deformação da alça ao cercar os pólipos. Captivator Single-Use Snare oferece uma variedade de formatos: oval, crescente, hexagonal, micro; e varia de 13 mm a 30 mm de diâmetro. Por ser um fio mais firme, permite trabalhar com pólipos rígidos de forma segura.Rotatable Snare-Single-Use é projetada para fornecer rota-ção de 360º, o que permite melhor posicionamento e auxilia no acesso a pólipos firmes e difíceis graças à sua rigidez.Sensation™ Single-Use Short Throw Snare é uma alça mais fina, delicada. Projetada para trazer mais conforto ao usuário durante a polipectomia. São alças ovais de 30 mm, 27 mm e 13 mm e crescente de 27 mm.Captiflex™ Single-Use Snare é um fio intermediário, que incorpora um design de malha metálica projetado para produzir um laço flexível, com diversos formatos e tamanhos de diâmetro.Profile™ Single-Use Pediatric Snare é uma alça de fio intermediário, projetada para atender canais de trabalho de 2,0 mm e indicada para colonoscópicos pediátricos.

Alessandra RinconEspecialista de ProdutosEndoscopia Boston Scientific do Brasil

editorial

EndonewsUma publicação da Boston Scientific.www.bostonscientific.com Coordenação: Beatrix CoutinhoContato: [email protected] | (11) 5853-2519Reportagem, edição e revisão: take-a-coffee ComunicaçãoProjeto gráfico: Piola mktFotografia e tratamento de imagens: Gis CiascaImpressão: Power Graphics

pizza e fotos

casos

Dr. Luiz Henrique MestieriHospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

caso 1Paciente: feminino, 77 anos.Histórico: Disfagia frequente, ingesta preferencial de dieta pastosa. relato de diversas endoscopias digesti-vas altas (eDa) por impactação alimentar.DiaGnóstico: eDa mostrou dilatação da metade proximal do esôfago, com mucosa preservada em todo o trajeto. no 1/3 inferior o calibre apresenta-se normal, porém com áreas de contrações exacerbadas sugerindo espasmo com aspecto aparente de hipotonia do esfincter inferior. a manometria eso-fágica mostrou áreas de contrações cuja pressão atingia 300 mmHg no corpo do esôfago, além de hipotonia do esfíncter inferior do esôfago. tratamento: Proposta terapêutica de Peroral endoscopic myotomy (Poem). realização de um túnel submucoso, seguido da miotomia da ca-mada circular do esôfago e do cárdia. Passou por dieta líquida no primeiro pós-operatório; dieta geral no segundo pós-operatório; e teve alta após o terceiro pós-operatório. Paciente em bom estado geral, alimentando-se normalmente, sem queixas de disfagia ou outras queixas.DiscUssÃo: o Poem foi executado pela primeira vez em 2008, e até hoje já foi executado mais de 100 vezes ao redor do mundo, e cerca de 115 vezes pelo seu criador, no Japão. Pode ser executado em pacientes com qualquer grau de acalásia, incluindo acalásia vigorosa. os resultados a curto e médio prazos são extremamente satisfatórios após a realização do procedimento, o que faz deste tratamento uma nova possibilidade terapêutica para esses pacientes.

Dr. Cezar Fabiano Manabu SatoInstituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP)

caso 4Paciente: feminino, 46 anos.Histórico: antecedente de adenocarcinoma de cólon di-reito, operada há sete meses, evoluindo com sintomas de icterícia obstrutiva, náuseas e vômitos pós-prandiais.DiaGnóstico: tomografia computadorizada (tc) de abdome evidenciando re-cidiva locorregional da doença (extensa massa retroperitoneal, com invasão de segunda porção duodenal e colédoco distal).tratamento: tentativa de drenagem das vias biliares por meio de colangiopan-creatografia retrógrada endoscópica (cPre) sem sucesso, devido à lesão infiltrativa e estenosante em segunda porção duodenal. optada pela drenagem biliar guiada por ecoendoscopia (do bulbo para o colédoco proximal, que se encontrava dilatado), após dilatação balonada prévia da lesão, com colocação de prótese biliar metálica autoexpansível (Pmae) parcialmente recoberta. Logo a seguir, realizada colocação de Pmae duodenal não recoberta. Paciente evoluiu com melhora significativa da icterícia; porém, 15 dias após, iniciou quadro de náuseas, vômitos e diarreia. radio-grafia contrastada observou prótese duodenal pérvia, mas com trajeto fistuloso para alças de delgado. a opção encontrada foi a colocação de outra prótese duodenal, sendo esta totalmente recoberta, por dentro da prótese anterior. Paciente evoluiu com remissão do quadro clínico anterior, recebendo alta hospitalar dois dias depois.DiscUssÃo: a drenagem biliar ecoguiada tem se tornado opção cada vez mais empregada quando não é possível a drenagem por cPre (padrão-ouro) e, jun-tamente com a colocação de prótese duodenal, tem oferecido paliação adequa-da às lesões estenosantes de segunda porção duodenal, sejam elas primárias ou secundárias. neste caso, deparamo-nos com complicação inesperada do procedimento (fístula entérica), felizmente passível de terapêutica endoscópica, com a colocação de nova prótese duodenal.

Dr. Ângelo FerrariHospital Israelita Albert Einstein

caso 3Paciente: feminino, 28 anos.Histórico: Há cinco anos, a paciente foi diagnosticada com doença de crohn.DiaGnóstico: Doença de crohn com estenose de sigmóide. tratamento: tentativa de colocação de prótese metálica. DiscUssÃo: o tratamento clínico inicial foi difícil. Há um ano, apresentou abscesso na fossa ilíaca esquerda, que evoluiu como fístula colocutânea. essa fístula fechou com uso de infliximab. na evolução do quadro, apre-sentou estenose de cólon e foi realizada uma colostomia protetora pró-xima ao ângulo esplênico, e atualmente ela está em remissão da doença de chron, mas com a colostomia e imagem radiológica de estenose de cólon sigmóide. Foram feitas duas colonoscopias que chegaram até 20 cm da borda anal, e o colonoscópio não ultrapassou a área da estenose. na tentativa de adiar a cirurgia, aventou-se a possibilidade de colocar uma prótese metálica. Foi utilizado um gastroscópio pediátrico do ânus até a colostomia com auxílio de fio-guia. a região da estenose tem 3 cm ou 4 cm próximos à junção do sigmóide e descendente. Foi optado pela colocação de uma prótese esofágica totalmente coberta com 18 cm e 25 de ‘flare’. a prótese passou com alguma dificuldade, mantendo-se tração nas duas extremi-dades do fio-guia, para que a prótese pudesse subir. não houve intercor-rência durante o exame. a paciente ficou bem e foi para casa. Foi realizada radiografia simples de controle, após um mês, que mostrou a prótese migrada para o ânus. após retirada da prótese, permaneceu a imagem de estenose de cólon. a pa-ciente foi submetida a colectomia com anastomose primária e passa bem.

Dr. Ângelo FerrariHospital Israelita Albert Einstein

caso 2Paciente: feminino, 48 anos.Histórico: estenose pós-colecistectomia tratada com prótese metálica autoexpansível totalmente recoberta.DiaGnóstico: estenose pós-cirúrgica da via biliar. tratamento: Drenagem endoscópica. DiscUssÃo: Paciente apresentava estenose pós-colecistectomia, com duas tentativas cirúrgicas para tentar resolver a estenose. a via biliar foi drenada com técnica de rendez-vous, por via trans-hepática, com prótese metálica Wallflex totalmente coberta de 10 mm x 8 cm. a paciente foi para casa e ficou oito meses bem. ela tinha exames labo-ratoriais realizados a cada mês, os quais haviam se normalizado desde a terceira semana após o procedimento. após oito meses, na retirada da prótese, foi utilizada uma pinça de corpo estranho. a prótese foi removida sem dificuldade, ao contrário de experiências anteriores com próteses parcialmente cobertas, e não havia mais estenose. a paciente continua fazendo exames de colestase a cada mês, com orien-tação de retornar o mais rápido possível ao hospital em caso de qualquer tipo de alteração.