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CRITÉRIO ESPECÍFICO PARA A ACREDITAÇÃO DE ORGANISMO DE INSPEÇÃO DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS NORMA Nº: NIT-DIOIS-003 REV. Nº 03 APROVADA EM MAR/2010 PÁGINA 01/12 SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Campo de Aplicação 3 Responsabilidade 4 Histórico da Revisão 5 Siglas 6 Documentos Complementares 7 Definições 8 Condições Gerais 9 Independência, Imparcialidade e Integridade 10 Confidencialidade 11 Organização e Gestão 12 Sistema da Qualidade 13 Pessoal 14 Instalações e Equipamento 15 Métodos de Inspeção e Procedimentos 16 Tratamento de Amostras e Itens de Ensaio 17 Registros 18 Relatórios de Inspeção e Certificados de Inspeção 19 Subcontratação 20 Reclamações e Apelações 21 Cooperação 22 Manutenção da Acreditação 23 Uso da Identificação da Acreditação Anexo – Relação dos Escopos de Ensaios Não Destrutivos - END 1 OBJETIVO Esta Norma estabelece o critério específico que um organismo de inspeção de ensaios não destrutivos deve atender para fins de obtenção e manutenção da acreditação na Cgcre, complementando a NIT-DIOIS-001. Nota: Esta Norma cancela e substitui a NIT-DICOR-065. 2 CAMPO DE APLICAÇÃO Esta Norma aplica-se à Diois. 3 RESPONSABILIDADE A responsabilidade pela revisão e cancelamento desta Norma é da Diois. 4 HISTÓRICO DA REVISÃO 4.1 Alteradas referências do item 8.1. 4.2 Alterado item 8.3 4.3 Removido item 11.3.1. 4.4 No item 11.4 foi adicionado requisito da ABNT NBR NM ISO 9712:2007. 4.5 Deixa de ser necessária a existência de um supervisor técnico substituto. Removidas as devidas referências. 4.6 Alterada lista de escopos no anexo.

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CRITÉRIO ESPECÍFICO PARA A ACREDITAÇÃO DE ORGANISMO DE INSPEÇÃO DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS

NORMA Nº: NIT-DIOIS-003

REV. Nº 03

APROVADA EM MAR/2010

PÁGINA01/12

SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Campo de Aplicação 3 Responsabilidade 4 Histórico da Revisão 5 Siglas 6 Documentos Complementares 7 Definições 8 Condições Gerais 9 Independência, Imparcialidade e Integridade 10 Confidencialidade 11 Organização e Gestão 12 Sistema da Qualidade 13 Pessoal 14 Instalações e Equipamento 15 Métodos de Inspeção e Procedimentos 16 Tratamento de Amostras e Itens de Ensaio 17 Registros 18 Relatórios de Inspeção e Certificados de Inspeção 19 Subcontratação 20 Reclamações e Apelações 21 Cooperação 22 Manutenção da Acreditação 23 Uso da Identificação da Acreditação Anexo – Relação dos Escopos de Ensaios Não Destrutivos - END 1 OBJETIVO Esta Norma estabelece o critério específico que um organismo de inspeção de ensaios não destrutivos deve atender para fins de obtenção e manutenção da acreditação na Cgcre, complementando a NIT-DIOIS-001. Nota: Esta Norma cancela e substitui a NIT-DICOR-065. 2 CAMPO DE APLICAÇÃO Esta Norma aplica-se à Diois. 3 RESPONSABILIDADE A responsabilidade pela revisão e cancelamento desta Norma é da Diois. 4 HISTÓRICO DA REVISÃO 4.1 Alteradas referências do item 8.1.

4.2 Alterado item 8.3

4.3 Removido item 11.3.1.

4.4 No item 11.4 foi adicionado requisito da ABNT NBR NM ISO 9712:2007.

4.5 Deixa de ser necessária a existência de um supervisor técnico substituto. Removidas as devidas referências.

4.6 Alterada lista de escopos no anexo.

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5 SIGLAS Abendi Associação Brasileira de Ensaios Não-Destrutivos e Inspeção CEQ Centro de Exames de Qualificação Cgcre Coordenação Geral de Acreditação Diois Divisão de Acreditação de Organismos de Inspeção END Ensaios Não-destrutivos Inmetro Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial OIA-END Organismo de Inspeção de Ensaios Não Destrutivos Acreditado OI-END Organismo Solicitante de Acreditação em Inspeção de Ensaios Não Destrutivos SNQC/END Sistema Nacional de Qualificação e Certificação de Pessoal de END 6 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES ABNT NBR-ISO/IEC 17000:2005 Avaliação de conformidade-Vocabulário e Princípios Gerais ABNT NBR ISO/IEC 17020:2006 Avaliação de Conformidade-Critérios Gerais para

Funcionamento de Diferentes Tipos de Organismos que Executam Inspeção

NIT-DIOIS-001 Critérios Gerais para a Acreditação de Organismos de Inspeção

NIT-DIOIS-008 Diretriz do IAF para Aplicação da ABNT NBR ISO/IEC 17020:2006

NIE-CGCRE-009 Uso da Logomarca, do Símbolo e de Referências à Acreditação

NBR NM-ISO 9712:2007 Ensaios Não Destrutivos – Qualificação e Certificação de Pessoal

7 DEFINIÇÕES Para os fins desta Norma são adotadas as definições contidas na ABNT NBR-ISO/IEC 17000, na ABNT NBR ISO/IEC 17020 e nas estabelecidas nos itens 6.1 a 6.10 desta Norma. 7.1 Ensaios Não-Destrutivos Ensaios aplicados para verificar a homogeneidade e integridade estrutural de materiais e equipamentos, sem prejudicar sua posterior utilização. 7.2 Organismo de Inspeção de Ensaios Não-Destrutivos Organização com competência para realizar ensaios não-destrutivos, para determinar a conformidade dos itens ensaiados, em relação às normas e procedimentos técnicos aceitos, e para interpretar os resultados dos ensaios. Notas: 1 Quando a competência técnica do organismo é reconhecida pela Cgcre, ele passa a denominar-

se OIA-END.

2 Durante o processo de acreditação, o solicitante será chamado de Organismo Solicitante de Acreditação em Inspeção de Ensaios Não Destrutivos. Nesta norma o termo Organismo será aplicado tanto para OIA-END quanto para OI-END.

7.3 Sistema Nacional de Qualificação e Certificação de Pessoal em END Sistema que estabelece critérios e define sistemáticas, em conformidade com as normas nacionais e internacionais, para a qualificação e certificação de pessoal em ensaios não-destrutivos.

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7.4 Qualificação do Profissional em END Metodologia de avaliação das capacidades e habilidades dos técnicos, conduzida pelo organismo de certificação de pessoal, comprovável segundo procedimentos escritos e com resultados documentados, que permite ao técnico exercer determinadas atribuições e responsabilidades, no âmbito do escopo acreditado. 7.5 Nível de Qualificação Nível profissional atribuído a um indivíduo decorrente da comprovação formal, dos seus conhecimentos técnicos, das suas habilidades e das suas aptidões que o capacita para exercer as atribuições e responsabilidades previamente definidas. 7.6 Profissional de END Nível 1 Profissional certificado como nível 1 com competência para executar um END de acordo com instruções e sob a supervisão de um profissional nível 2 ou 3. Dentro do escopo de competências definido no certificado, o profissional nível 1 pode ser autorizado pelo empregador para: a) instalar e preparar o equipamento de END; b) conduzir o ensaio; c) registrar e classificar os resultados do ensaio nos termos de um critério escrito; d) relatar os resultados.

Nota: Um profissional certificado como Nível 1 não deve ter a responsabilidade de escolher o método de END ou a técnica de ensaio a ser usada, nem a responsabilidade de avaliar o resultado dos ensaios.

7.7 Profissional de END Nível 2 Profissional certificado como nível 2 com competência para conduzir o ensaio de END de acordo com procedimentos estabelecidos. Dentro do escopo de competências definido no certificado, o profissional nível 2 deve ser autorizado pelo empregador para: a) selecionar a técnica de END para o método de ensaio a ser usado; b) definir as limitações da aplicação do método de ensaio: c) interpretar os procedimentos de END, adaptando-os para instruções de END nas condições

reais de ensaio; d) preparar e verificar os ajustes do equipamento; e) interpretar e avaliar resultados de acordo com códigos, normas ou especificações aplicáveis; f) preparar instruções de END; g) executar e supervisionar todas as tarefas de profissionais níveis 1 ou 2; h) prover orientação para profissional nível 1 ou 2; i) organizar e relatar os resultados de um END. 7.8 Profissional de END Nível 3 Profissional certificado como nível 3 com competência para conduzir e orientar a operação dos END para os quais ele é certificado. Dentro do escopo das competências definido no certificado, um profissional certificado nível 3 pode ser autorizado pelo empregador para: a) assumir toda responsabilidade por uma instalação de ensaio, por um CEQ e pelo pessoal

envolvido nos END; b) elaborar e validar instruções de END e procedimentos; c) interpretar códigos, normas, especificações e procedimentos; d) designar o método de ensaio, os procedimentos e as instruções de END a serem utilizados; e) supervisionar todas as obrigações do nível 1 e do nível 2;

f) orientar os profissionais de todos os níveis; g) o Profissional de Nível 3 deve demonstrar:

- competência para avaliar e interpretar resultados conforme as exigências dos códigos e normas;

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- conhecimentos práticos suficientes da aplicação de materiais, de métodos de fabricação e de tecnologia de produtos para selecionar o método de END, para estabelecer a técnica de END e para auxiliar no estabelecimento do critério de aceitação em que nenhum outro é aplicável;

- familiaridade geral com outros métodos de END. 7.9 Responsável Técnico (RT) Profissional de nível superior com habilitação emitida por sua entidade de classe e com qualificação pertinentes ao escopo das atividades desenvolvidas pelo organismo, para responder tecnicamente pelas atividades de END realizadas pelo organismo. O vínculo contratual entre o RT e o Organismo deve ter caráter permanente. 7.10 Supervisor Técnico (ST) Profissional de nível superior ou de nível médio com habilitação emitida por sua entidade de classe e com qualificação pertinentes ao escopo das atividades desenvolvidas pelo Organismo. Este profissional certificado em nível 3, com atribuições para supervisionar e se responsabilizar pelas atividades de END, de forma sistemática e periódica, de acordo com o procedimento documentado estabelecido pelo Organismo. O vínculo contratual entre o ST e o Organismo deve ter caráter permanente. 8 CONDIÇÕES GERAIS 8.1 Os critérios adotados pela Cgcre para a acreditação de Organismo são os estabelecidos na ABNT NBR ISO/IEC 17020, na NIT-DIOIS-001, na NIT-DIOIS-008 e nesta Norma. Em caso de sobreposição de requisitos, esta Norma tem prevalência sobre o critério geral. 8.2 O uso da identificação da acreditação deve respeitar o disposto na NIE-CGCRE-009. 8.3 As mudanças realizadas pelo OIA, tais como alteração de responsável técnico e ou substituto, alteração de instalações, alteração de equipamentos e alteração de contrato social devem ser comunicadas ao Inmetro através do sistema orquestra, 9 INDEPENDÊNCIA, IMPARCIALIDADE E INTEGRIDADE [item 4 da ABNT NBR ISO/IEC 17020] 9.1 O OIA-END não pode exercer ou participar, direta ou indiretamente, de qualquer atividade técnica ou econômica que comprometa sua imparcialidade no julgamento profissional dos serviços de inspeção, para o qual está solicitando a acreditação, sendo esta restrição estendida aos proprietários, sócios e funcionários. 9.2 O OIA-END não pode sujeitar o seu quadro de pessoal a qualquer tipo de pressão comercial ou financeira que possa influenciar os resultados dos serviços de inspeção de END. 9.3 Todos os sócios, proprietários e funcionários, permanentes ou contratados temporariamente, do OIA-END devem assinar Termo de Isenção de Conflito de Interesses, com a finalidade de resguardar e evidenciar a imparcialidade do seu pessoal. 10 CONFIDENCIALIDADE [item 5 da ABNT NBR ISO/IEC 17020] Todos os sócios, proprietários e funcionários, permanentes ou contratados temporariamente, do OIA-END devem assinar um Termo de Confidencialidade, relativo aos serviços prestados de inspeção em END.

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11 ORGANIZAÇÃO E GESTÃO [item 6 da ABNT NBR ISO/IEC 17020] 11.1 O Organismo deve possuir uma organização que possibilite manter sua capacidade de realizar suas atividades técnicas de maneira satisfatória, relativa aos serviços de END, constantes da solicitação ou do Anexo ao seu certificado de acreditação. 11.2 O Organismo deve definir e documentar a responsabilidade das pessoas e a estrutura hierárquica da organização. A responsabilidade, autoridade e as inter-relações de todas as pessoas que gerenciam, realizam e verificam a qualidade dos serviços prestados devem ser definidas pelo Organismo. 11.2.1 O Organismo deve estabelecer os requisitos, as responsabilidades e os níveis de qualificação do seu pessoal técnico. 11.2.2 Todo cargo ou função que tenha influência na qualidade do serviço de inspeção deve ser descrito, incluindo requisitos de educação, treinamento, conhecimento técnico e experiência profissional. 11.3 O OIA-END deve dispor de, pelo menos, um profissional de nível 3 permanente. 11.4 O Organismo deve possuir uma estrutura organizacional que garanta uma eficaz supervisão dos serviços de END prestados, em função do número de profissionais níveis 1, 2 e 3 e da área geográfica atendida pelo Organismo. Essa supervisão deve atender os requisitos da ABNT NBR NM ISO 9712:2007. 11.5 O Organismo deve nomear um substituto que, na ausência do responsável técnico, seja responsável pelos serviços de inspeção. 11.6 O Organismo deve designar profissionais responsáveis pela saúde e segurança do pessoal que realiza END, em especial os ensaios radiográficos, de acordo com as práticas e regulamentos em vigor. 12 SISTEMA DA QUALIDADE [item 7 da ABNT NBR ISO/IEC 17020] O Organismo deve implantar e implementar um sistema de gestão de acordo com os requisitos estabelecidos na ABNT NBR ISO/IEC 17020. 13 PESSOAL (item 8 da ABNT NBR ISO/IEC 17020) 13.1 A equipe técnica mínima de um OIA-END, deve ser composta por 1(um) RT e por 3 (três) profissionais de END, sendo um ST nível 3. 13.2 O pessoal de supervisão do Organismo deve possuir a seguinte qualificação: a) responsável técnico-RT: profissional de nível superior com habilitação emitida por sua entidade

de classe e com qualificação pertinentes ao escopo das atividades desenvolvidas pelo Organismo para responder tecnicamente pelas atividades de inspeção de END realizadas pelo Organismo, com 3 (três) anos de experiência profissional. Os registros que comprovam sua experiência específica devem ser mantidos atualizados pelo Organismo, constando os de formação educacional, experiência profissional e treinamentos em inspeção;

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b) supervisor técnico-ST: profissional de nível superior ou de nível médio com qualificação pertinente ao escopo das atividades desenvolvidas pelo Organismo, estando certificado como profissional nível 3, com atribuições para supervisionar e se responsabilizar pelas atividades de END, de forma sistemática e periódica, de acordo com o procedimento documentado estabelecido pelo Organismo;

c) O substituto do RT (RTS) deve se nomeado pelo Organismo, atendendo aos mesmos requisitos do RT, respondendo por todos os serviços de END do Organismo.

Nota: O Substituto do RT pode ter vínculo temporário com o OIA-END. 13.3 Os profissionais de END devem estar certificados pelo SNQC/END ou por outro sistema em conformidade com os requisitos da ABNT NBR ISO 9712, ou reconhecido por esse sistema. 13.4 O Organismo deve estabelecer um procedimento escrito para administrar todo o seu pessoal que inclua as atribuições, as responsabilidades e as qualificações pertinentes. 14 INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTO [item 9 da ABNT NBR ISO/IEC 17020] 14.1 O Organismo deve dispor de instalações, equipamentos e instrumentos de END que o permitam realizar todas as atividades relacionadas aos seus serviços de inspeção de END. 14.2 O Organismo deve ter regras claras para acesso e uso dos equipamentos e instalações de END. 14.3 O Organismo deve assegurar a adequação contínua das instalações, equipamentos e instrumentos relativos ao uso previsto. 14.4 Todos os equipamentos, instrumentos e padrões devem estar adequadamente identificados e, em quantidade e qualidade compatíveis com o seu escopo de acreditação e com os procedimentos de inspeção aplicáveis. 14.5 O Organismo deve assegurar que todos os equipamentos e instrumentos sejam mantidos em bom estado de funcionamento, conforme procedimentos e instruções documentadas. 14.6 O Organismo deve assegurar, quando apropriado, que os equipamentos estejam calibrados, antes de serem colocados em serviço e, posteriormente, calibrados conforme um programa estabelecido por ele. 14.7 O programa geral de calibração de equipamentos deve ser elaborado e implementado de forma a assegurar, quando aplicável, que as medições feitas pelo OIA-END sejam rastreáveis a padrões de medidas nacionais ou estrangeiros. Quando a rastreabilidade com os padrões de medidas nacionais ou estrangeiros não for aplicável, o OIA-END deve evidenciar a correlação ou exatidão dos resultados de inspeção. 14.8 Os padrões de referência de medida pertencentes ao OIA-END devem ser utilizados somente para calibração e nunca para outro propósito. 14.8.1 Para assegurar que as medições realizadas sejam rastreáveis ao Sistema Internacional-SI, a Diois requer que o OIA-END execute a calibração de seus padrões de referência e instrumentos em laboratórios que possam demonstrar competência, capacidade de medição e rastreabilidade. Considera-se que os seguintes laboratórios atendem a estes requisitos: a) laboratórios integrantes do Inmetro, do Serviço da Hora do Observatório Nacional ou do

Instituto de Radioproteção e Dosimetria;

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b) laboratórios Nacionais de Metrologia de outros países que sejam signatários de Acordo de Reconhecimento Mútuo do CIPM e que participam das comparações chaves organizadas pelo BIPM ou por Organizações Regionais de Metrologia;

c) laboratórios de calibração acreditados pela Cgcre para essa calibração específica; e d) laboratórios de calibração que sejam acreditados para essa calibração específica, por

Organismos de Acreditação de Laboratórios signatários de Acordo de Reconhecimento Mútuo da ILAC ou da EA ou da IAAC para acreditação de laboratórios de calibração.

Nota: Quando não houver laboratório de calibração acreditado pela Cgcre para essa calibração específica podem ser utilizados laboratórios não acreditados desde que os mesmos demonstrem que usam métodos validados e padrões rastreados aos padrões nacionais para as calibrações executadas.

14.9 Materiais de referência devem, quando possível, ser rastreáveis a materiais de referência nacionais ou internacionais. 14.10 Para a qualidade dos serviços de inspeção de END, o OIA-END deve ter procedimentos para: a) seleção de fornecedores qualificados; b) emissão dos documentos de compra apropriados; c) inspeção de recebimento de materiais; e d) assegurar instalações apropriadas para armazenamento. 14.11 As condições dos materiais armazenados devem ser avaliadas em intervalos adequados para verificar qualquer deterioração dos mesmos. 14.12 Quando o Organismo utilizar computadores ou equipamentos automatizados interligados com as inspeções, ele deve assegurar que: a) o programa de computador é testado para confirmar que está adequado para o uso; b) os procedimentos para proteger a integridade dos dados são estabelecidos e implementados; c) o computador e os equipamentos automatizados são mantidos em condições de uso para

assegurar o seu correto funcionamento; e d) os procedimentos para a manutenção da segurança dos dados são estabelecidos e

implementados. 14.13 O Organismo deve possuir procedimentos documentados para lidar com os equipamentos e instrumentos defeituosos. Os equipamentos e instrumentos defeituosos devem ser retirados de serviço, devendo ser segregados, etiquetados ou marcados. O Organismo deve examinar os efeitos que os defeitos causaram em inspeções anteriores. 14.14 As informações relevantes sobre os equipamentos e instrumentos de END devem ser registradas. Estas devem incluir normalmente a identificação, a especificação técnica, a data de calibração e sua validade e as datas e serviços de manutenção. 14.15 O OIA-END deve possuir os equipamentos e instrumentos de ensaio, de acordo com o seu

escopo de atuação (ensaios solicitados ou acreditados), conforme especificado em seus procedimentos de ensaios.

15 MÉTODOS DE INSPEÇÃO E PROCEDIMENTOS [item 10 da ABNT NBR ISO/IEC 17020] 15.1 O OIA-END deve ter procedimentos de ensaios documentados para o planejamento e para a realização de serviços de END, devidamente validados pelo ST (Nível 3), de acordo com seu escopo acreditado, assim como de todas as suas revisões.

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15.1.1 O OIA-END deve manter em arquivo todas as evidências pertinentes aos parâmetros utilizados nos procedimentos de END elaborados, tais como, norma de referência, equipamento de ensaio, material do objeto a ser ensaiado e faixa de espessura. 15.2 Todas as instruções, normas ou procedimentos escritos, tabelas, listas de verificação e dados de referência, necessários para o trabalho do OIA-END, devem ser mantidos atualizados e prontamente disponibilizados ao seu pessoal. 15.3 O OIA-END deve ter instruções documentadas para operação, manutenção e calibração dos equipamentos e dos instrumentos de END. 15.4 O OIA-END deve possuir um sistema de controle de ordens de serviço vinculado aos números dos relatórios emitidos, assegurando que as inspeções são realizadas dentro do seu escopo acreditado e conforme sua capacidade operacional. 15.4.1 O ST deve supervisionar efetivamente os serviços dos profissionais de END e realizar análises críticas dos serviços de END realizados, para verificar se todos os requisitos dos procedimentos e métodos de ensaio foram atendidos. 15.5 O OIA-END deve possuir um sistema de controle de contrato ou de ordens de serviço de forma a assegurar que seja realizada uma análise crítica de contrato que inclua, quando aplicável: a) disponibilização de recursos necessários, equipamentos e pessoal qualificado para prestar o

serviço de END; b) identificação do método de ensaio; c) identificação do critério de aceitação; d) qualquer requisito específico de qualificação; e) qualquer requisito de aprovação do cliente, particularmente para ensaios não normalizados; f) que a qualificação e certificação dos inspetores de END são apropriadas para a inspeção a

ser realizada; g) instruções de manuseio específico de equipamentos; h) instruções específicas para marcação; i) requisitos específicos de relatórios, incluindo requisitos de documentação; j) disponibilidade de desenhos e planos e programas de inspeção; k) organização do controle e da supervisão da qualidade específica; l) aceitação do cliente de qualquer necessidade de subcontratação; m) responsabilidade, nos serviços de campo, pela remoção de revestimento ou caldeamento ou

da preparação da superfície a ser ensaiada; n) organização do acesso, condições de trabalho e provisão de plataformas fixas de trabalho; o) riscos envolvidos, incluindo segurança, meio ambiente e saúde ocupacional. 15.5.1 Após a análise crítica devem ser estabelecidas as condições contratuais e as responsabilidades de ambas as partes.

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16 TRATAMENTO DE AMOSTRAS E ITENS DE ENSAIO [item 11 da ABNT NBR ISO/IEC 17020] 16.1 O OIA-END deve assegurar que todas as amostras a serem ensaiadas devem ser identificadas, tal que a rastreabilidade seja mantida desde o início até o final do processo de ensaio. A identificação das amostras deve indicar as áreas especificamente inspecionadas, como as soldaduras, permitindo haver uma correlação precisa com os resultados dos ensaios. 16.2 O OIA-END deve dispor de método de identificação e, não deve danificar a amostra ensaiada. Caso seja preciso marcadores livres de elementos halógenos devem ser empregados. 16.3 O OIA-END deve dispor de procedimento para identificação e localização dos defeitos encontrados e, onde apropriado, para segregação de componentes com defeitos deve ser claramente definido e entendido. 16.4 A situação da amostra ensaiada deve ser claramente indicada a qualquer momento (aceita, rejeitada, ensaiada, não ensaiada). 17 REGISTROS [item 12 da ABNT NBR ISO/IEC 17020] 17.1 O OIA-END deve possuir um sistema informatizado que permita a rastreabilidade dos registros e dados armazenados de todas as inspeções realizadas. Os registros dos ensaios devem conter os dados e as informações requeridas pelas normas específicas de cada método de ensaio no Anexo desta norma. Neste mesmo anexo, encontra-se o grupamento de escopos com seus respectivos métodos de ensaio. 17.1.1 Os registros do OIA-END devem permitir informações suficientes que permitam a repetição do ensaio realizado e, se necessário, usando o mesmo equipamento. 17.2 O OIA-END deve manter em arquivo, por 5 (cinco) anos, os registros dos resultados de todas as inspeções realizadas (certificados ou relatórios de inspeção). 17.3 O OIA-END deve apresentar um relatório anual com o número de inspeções realizadas por escopo, método e local. 17.4 O OIA-END deve manter atualizado um registro de distribuição dos instrumentos e equipamentos de ensaio, controlados, por profissional de END. 17.5 O OIA-END deve manter atualizado um quadro de seus profissionais de END, com a devida qualificação para os escopos acreditados e classificação do nível. 18 RELATÓRIOS DE INSPEÇÃO E CERTIFICADOS DE INSPEÇÃO [item 13 da ABNT NBR ISO/IEC 17020] 18.1 Os relatórios de inspeção de END devem ser assinados pelo inspetor que realizou a inspeção. Os relatórios devem conter todas as informações necessárias para determinação da conformidade do objeto ensaiado com as normas, especificações e códigos de práticas de END pertinentes. 18.1.1 Os relatórios devem ser elaborados de acordo com os requisitos mínimos requeridos pelas normas específicas de cada escopo. O OIA-END deve assegurar que seus relatórios sejam claros e precisos. Quando parte do ensaio foi realizada por um subcontratado, isto deve estar claramente identificado.

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18.1.2 O OIA-END deve ter procedimento de amostragem quando for empregada no serviço de inspeção. Os relatórios de inspeção devem indicar a base de amostragem, assim como identificar quem a realizou, quando não for o organismo de inspeção. 18.1.3 O OIA-END deve registrar no relatório situações que impeçam a realização do ensaio, tais como acesso restringido, acabamento superficial inadequado, temperatura superficial, etc. 18.2 O OIA-END deve manter atualizada uma listagem dos seus signatários autorizados, a fim de possibilitar a identificação, a qualquer instante, das assinaturas nos relatórios de inspeção. 19 SUBCONTRATAÇÃO [item 14 da ABNT NBR ISO/IEC 17020] 19.1 O OIA-END quando contratado para realizar serviços de END para os quais está acreditado deve realizá-los com recursos próprios. 19.2 A subcontratação de empresas (organismos de inspeção de profissionais de END) é permitida somente a outros OIA-END. Quando a inspeção de END for subcontratada, o OIA-END deve obter a concordância do cliente e prover todas as informações necessárias, materiais, etc, para o subcontratado. 19.3 A subcontratação de serviços de outro OIA-END, pode ocorrer quando: a) circunstâncias excepcionais ou de emergência, como no caso de indisponibilidade de

profissionais de END por motivo de doença ou por indisponibilidade de equipamentos estratégicos;

b) a quantidade dos ensaios subcontratados for inferior a 30% do total dos ensaios contratados pela organização contratante do serviço ao OIA-END;

c) houver sobrecarga de serviços de END, respeitando o limite estabelecido em 19.3.2; d) uma parte dos ensaios de END contratados pela organização estiver fora do seu escopo acreditado.

Nota: O OIA-END deve manter um registro de seus subcontratados aprovados e detalhes dos serviços de inspeção realizados.

19.4 Quando vários OIA-END participarem de um contrato para prestação de serviços de END, para um mesmo cliente, as atividades de cada organismo devem estar claramente definidas e documentadas. O consórcio de OIA-END, justifica-se quando o número e diversidade de END licitados é maior que a capacidade operacional de cada um, individualmente. 19.5 Os Laudos de Inspeção (Relatórios ou Certificados) de END, quando emitidos por um subcontratado, devem ser emitidos por este, com sua marca acreditada e, encaminhados ao OIA-END que o subcontratou. 20 RECLAMAÇÕES E APELAÇÕES [item 15 da ABNT NBR ISO/IEC 17020] O OIA-END deve registrar todas as reclamações relativas aos serviços de inspeção de END, de acordo com a NBR ISO/IEC 17020.

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21 COOPERAÇÃO (item 16 da ABNT NBR ISO/IEC 17020) O OIA-END deve demonstrar sua disposição de cooperar com os organismos de normalização, com a Cgcre, com a Abende e, principalmente com os demais OIA-END. 22 MANUTENÇÃO DA ACREDITAÇÃO O OIA-END para manter a sua acreditação deve estar conforme os critérios de acreditação estabelecidos pela Cgcre, verificado através de supervisões periódicas programadas pela Diois. 23 USO DA MARCA DE ACREDITAÇÃO O OIA-END deve usar a Identificação da Acreditação de Organismo, de acordo com a NIE-CGCRE-009.

________________________

/ANEXO

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ANEXO

RELAÇÃO DOS ESCOPOS DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS - END

FAMÍLIAS ESCOPOS / MÉTODOS DE ENSAIO

Família I -Ensaio Radiográfico – Gamagrafia - ERG -Ensaio Radiográfico – Raios X – ERX -Radiografia Computadorizada – Inspeção de Soldas - Radiografia Computadorizada – Inspeção de Corrosão

FamíliaII

-Partículas Magnéticas – PM -Medição de Campo de Corrente Alternada – “Alternating Current Field Measurement” – ACFM -Correntes Parasitas – CP -Termografia - TE

Família III -Líquido Penetrante – LP -Estanqueidade – ES -Ensaio Visual de Juntas Soldadas – EV-S -Teste por Pontos - TP

Família IV

-Análise de Vibrações – AV -Ultrassom Convencional– US -Ultrassom Automatizado para Inspeção de Dutos – AUT-Dutos -Ultrassom -Técnica ToFD – US-ToFD -Ultrassom – Técnica Phased Array – US-Phased Array -Ultrassom – Técnica IRIS – US-IRIS -Emissão Acústica – EA

Notas: 1. Quanto ao método Ensaio Visual – EV, considerando que este permeia todos os métodos de

ensaio, não será concedida a sua acreditação isoladamente, tendo o Organismo que solicitar a acreditação para um dos métodos listados acima para também ser acreditado em EV.

2. Para efeito de cobrança, cada família listada neste anexo deve ser considerada como um escopo.

3. Profissionais certificados em qualquer área podem atuar nos ensaios de teste por pontos.

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