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VII Encontro sobre Música e Inclusão “Políticas públicas e pessoas com deficiência: Natal/RN, 29 de maio a práticas inclusivas e perspectivas de ação” 1 de junho de 2019 SILVA, Ítalo Soares da. 54 ENCONTRO SOBRE MÚSICA E INCLUSÃO DA UFRN: gênese, trajetória e discussões Ítalo Soares da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) [email protected] RESUMO Este trabalho busca apresentar a trajetória do Encontro sobre Música e Inclusão (EMI) da UFRN desde sua criação em 2013, até 2019. Para fins deste trabalho, utilizamos como instrumentos para coleta de dados a revisão bibliográfica dos anais do Encontro sobre Música e Inclusão (EMDV) e do EMI, bem como o registro de áudio de relatos com participantes do evento e informações contidas no site do encontro. Com isso, constatamos que o EMI vem se caracterizando como um dos mais importantes espaços de debates, formação, inovação e de luta em prol da inclusão de pessoas com deficiência no Brasil. Palavras-chave: Música e inclusão. Educação musical. Educação musical inclusiva. EMI.

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VII Encontro sobre Música e Inclusão “Políticas públicas e pessoas com deficiência: Natal/RN, 29 de maio a

práticas inclusivas e perspectivas de ação” 1 de junho de 2019

SILVA, Ítalo Soares da.

54

ENCONTRO SOBRE MÚSICA E INCLUSÃO DA UFRN: gênese,

trajetória e discussões

Ítalo Soares da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

[email protected]

RESUMO

Este trabalho busca apresentar a trajetória do Encontro sobre Música e Inclusão

(EMI) da UFRN desde sua criação em 2013, até 2019. Para fins deste trabalho,

utilizamos como instrumentos para coleta de dados a revisão bibliográfica dos

anais do Encontro sobre Música e Inclusão (EMDV) e do EMI, bem como o

registro de áudio de relatos com participantes do evento e informações

contidas no site do encontro. Com isso, constatamos que o EMI vem se

caracterizando como um dos mais importantes espaços de debates, formação,

inovação e de luta em prol da inclusão de pessoas com deficiência no Brasil.

Palavras-chave: Música e inclusão. Educação musical. Educação musical

inclusiva. EMI.

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INTRODUÇÃO

A temática da Inclusão tem se tornado nos últimos anos um dos grandes

focos de atenção nos espaços educacionais, como também vem sendo amplamente

discutida em diversas áreas de conhecimentos, dentre elas a Educação, sendo

objeto de tensões, polêmicas, dúvidas e lutas.

Com a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação

Inclusiva de 2008, que visa o acesso e permanência dos educandos com deficiência

na escolar regular, em consonância com a Lei nº 13.146 de 2015, que institui a Lei

Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, ambas trouxeram a garantia dos

direitos das pessoas com deficiência objetivando incluí-las socialmente enquanto

sujeitos integrantes da sociedade.

Diante dessas políticas de inclusão tornaram-se mais intensos os debates, na

perspectiva de discutir acerca das condições de ensino, da inserção dos alunos com

deficiência nos espaços educacionais, sobre as condições de trabalhos dos

profissionais e professores para atuar com esse alunado, bem como sobre a

implementação de políticas públicas que favoreçam a aprendizagem significativa do

público com deficiência.

Com base nesses aspectos, além da Educação, a área de Educação Musical

tem se preocupado nos últimos anos em discutir a inclusão de pessoas com

deficiência, como também a Educação Especial1 em contextos de ensino e

aprendizagem da música. Diante isso, começaram a surgir espaços na busca de

debater essas questões e promover diálogo entre diversos atores, dentre esses, as

pessoas com deficiência, educadores, pesquisadores, setores públicos e privados.

É neste intuito que buscamos apresentar o Encontro sobre Música e Inclusão

(EMI) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que se encontra na

sétima edição. Por consequência, o evento vem se caracterizando como um dos

espaços de discussões que mais crescem na perspectiva de debater a Música e

Inclusão para pessoas com deficiência no Brasil. Portanto, buscamos inicialmente

1 De acordo a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, o

público-alvo da Educação Especial é composto por pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

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apresentar aspectos sobre sua criação e trajetória para, em seguida, descrevermos

o conteúdo das discussões presentes nas produções científicas do encontro.

GÊNESE E TRAJETÓRIA DO EMI

O Encontro sobre Música e Inclusão (EMI) é um evento realizado pelo setor

de Musicografia Braille e Apoio à Inclusão (SEMBRAIN) da Escola de Música da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EMUFRN), com a parceira da

Comissão Permanente aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais

(CAENE/UFRN). Nele, reúnem-se estudantes, educadores, pesquisadores e

profissionais de renome nacional e internacional com e sem deficiência, bem como

representantes de empresas e setores públicos.

Nessa perspectiva, o EMI objetiva provocar entre seus participantes reflexões

e ações que possibilitem a inclusão social das pessoas com deficiência e outras

necessidades específicas em seus mais diversos contextos: educacional, artístico,

comunicacional e tecnológico2.

Segundo uma das fundadoras do evento, a professora Catarina Shin Lima de

Souza (Professora da EMUFRN, Coordenadora do EMI e do SEMBRAIN/UFRN), a

criação do encontro foi um desdobramento dos cursos de flauta doce para pessoas

com Deficiência Visual (DV) e do curso de Musicografia Braille, oferecidos na

EMUFRN. Daí, com o avançar dos cursos, sentiu-se a necessidade de promover um

evento que trouxesse especialistas para capacitar os educadores da EMUFRN, os

alunos em geral, como também a comunidade externa e profissionais da Educação

Básica.

Além desses fatores, foram surgindo outras demandas na EMUFRN

relacionadas a ações voltadas para as com pessoas com deficiência(s). A partir daí,

manifestou-se um maior interesse de alunos(as) em participar dos projetos que

envolviam música e o trabalho com o público com deficiência, como também

aprofundarem seus estudos na temática, tanto em nível de graduação como também

da Pós-Graduação.

2 Disponível em: <https://emiufrn.wordpress.com/>. Acesso em: 19/04/2019.

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Partindo dessas ações, foi dado início à criação do encontro. Assim, fundado

no ano de 2013, o evento em suas duas primeiras edições (2013-2014) foi nomeado

de Encontro sobre Ensino de Música para Pessoas com Deficiência Visual (EMDV) e

buscou discutir e refletir questões atuais referentes ao ensino de música,

especialmente para pessoas com Deficiência Visual.

A partir da sua terceira edição, no ano de 2015, o EMDV veio ocorrer

juntamente com o Seminário de Música e Inclusão. Essa iniciativa surgiu diante os

organizadores e participantes observarem da necessidade de ampliar as discussões,

as quais estavam mais centradas ao público com deficiência visual. Com isso, o

evento incluiu atividades voltadas para a Educação Musical e outros tipos de

deficiência, como Deficiência Auditiva, Surdez, Autismo e entre outras, o que

configurou a realização do Seminário em conjunto. Logo, esse modelo se configurou

até sua quinta edição (2017), o qual trazia o EMDV em consonância com o

Seminário de Música e Inclusão.

Em sua última edição já realizada, no ano de 2018, que embora ocorresse em

edições anteriores a preocupação em discutir o processo de inclusão de pessoas

com deficiência, indo além da Deficiência Visual, a sexta edição veio com uma nova

aparência que refletiu esse aspecto em seu título: “Encontro sobre Música e Inclusão

(EMI). Incorporam-se a esse encontro todas as atividades e reflexões anteriormente

abarcadas, no EMDV como também no Seminário de Música e Inclusão”. Com isso,

tais mudanças visaram promover uma discussão mais integrada quanto aos desafios

e nuances da inclusão de pessoas com deficiência e outras necessidades

educacionais específicas na Educação Musical.

Diante desses aspectos, o encontro vem sendo realizado anualmente e a

cada nova edição vem tomando grandes proporções, tanto no cenário brasileiro

como também internacional. O que comprova isso são relatos3 de educadores e

músicos que participaram do evento. Dentre esses, o Professor Dr. Augusto

Deodato Guerreiro (Universidade Lusófona-Portugal) que relatou sobre o “trabalho

impar de caráter humanístico, científico e tecnológico” que o encontro vem a

desenvolver na EMUFRN na área de Inclusão e Música. Além disso, o mesmo

3 Utilizamos gravações de áudio como instrumentos para coleta dos relatos, os quais foram

enviados via internet pelos participantes.

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afirmou que “a UFRN tem constituído inquestionáveis êxitos promissores de inclusão

no Brasil e com repercussão internacional”.

Além desse educador, também temos o relato da Professora Dr. Dolores

Tomé (Brasileira e Pós-Doutoranda da Universidade Lusófona-Portugal) que

conhecendo o SEMBRAIN e participando dos encontros, enfatizou sobre do

reconhecimento nacional e internacional do EMI por envolver “interação

tecnocientífica entre as áreas da Educomunicação, Informática, Ciências Sociais,

Diversidade cultural, e a Inclusão Social com particular incidência em Tiflologia”4.

Também temos o relato do pianista cego Jorge Gonçalves (Portugal). O

mesmo afirmou que os encontros são “especiais e muito importantes, pois abre

portas para a comunidade”. Além disso, enfatizou a importância do trabalho que tem

sido desenvolvido no setor de transcrições de partituras no SEMBRAIN, por ser algo

que ele diria raro em âmbito mundial, bem como a relevância do evento para as

pessoas que se dedicam à Música e Inclusão.

Também mencionamos o Professor Luiz Alberto Amorim de Freitas (Professor

do Instituto de Cegos do Paraná) que relatou o evento se destacar devido às

discussões que comtemplam “diversos segmentos e o fato que dissemina,

compartilha, produz conhecimento, saberes, práticas intra e extra musicais que

contribuem para uma Educação Inclusiva de forma geral, e em particular, uma

Educação Musical Inclusiva”.

Portanto, percebemos que o EMI não representa apenas uma ação isolada

desenvolvida na EMUFRN, mas todas as ações e projetos criados que envolvem a

temática de Música e Inclusão. Como fruto desse evento, podemos destacar em

particular a inserção de componentes curriculares (Musicografia Braille I e II) no

curso de graduação em Música da UFRN, como também a criação do próprio

SEMBRAIN que surgiu durante esse processo.

Atualmente, em sua sétima edição, a ser realizada no ano de 2019, o

encontro se propõe a discutir o tema “Políticas públicas e pessoas com deficiência:

práticas inclusivas e perspectivas de ação”. Diante essa trajetória, o evento vem

demonstrando avançar cada vez mais suas discussões e progredindo na promoção

da inclusão de pessoas com deficiência em seus múltiplos contextos e espaços.

4 Campo de conhecimento que estuda questões relativas à instrução e educação dos cegos.

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O QUE DIZEM OS ANAIS DO EMI

Com base na sua trajetória, o Encontro sobre Música e Inclusão vem sendo

realizado desde o ano de 2013 na Escola de Música da UFRN. Suas primeiras

edições tinham como foco em questões referentes ao público com deficiência visual,

o que justifica até o ano de 2017 vir sendo chamado de Encontro sobre ensino de

música para pessoas com deficiência visual (EMDV).

Em sua sétima edição, o encontro reúne anualmente pesquisadores,

acadêmicos e profissionais das áreas de Educação Musical, Educação Especial,

Educação Inclusiva e da Tecnologia Assistiva. Além das diversas palestras,

minicursos, mesas-redondas, apresentações musicais, o hoje chamado de Encontro

sobre Música e Inclusão (EMI) vem contribuindo cada vez mais com a produção

científica por meio de trabalhos tanto no formato de comunicação oral, como no

modelo de pôster científico.

Em comum, o foco dos trabalhos apresentados e do encontro em geral, é de

debater a música e inclusão na perspectiva de buscar avanços para o ensino de

música nesse contexto. Além disso, o EMI também tem se preocupado em apontar

melhorias para promoção de politicas públicas voltadas para pessoas com

deficiência, como também contribuir com a produção do conhecimento no que diz

respeito à Educação Musical Inclusiva.

Diante esse contexto, buscamos realizar uma breve análise dos anais do

EMDV e EMI na busca de compreender o que vem sendo discutido durante os sete

anos de encontro, como também traçar suas principais características. Para esses

fins, analisamos os anais do encontro entre período que compreende os anos de

2013 a 2017, buscando nos títulos, palavras-chave, resumo, introdução e

considerações finais, aspectos relacionados às particularidades dos trabalhos.

Diante análise dos anais do encontro, foi possível identificar 42 trabalhos,

sendo 16 na modalidade de pôster científico e 26 na modalidade de comunicação

oral, entre os anos de 2013 a 2017. Durante esses anos, diversas temáticas foram

abordadas no encontro, com isso, buscamos aqui apresentar especificamente o que

vem sendo discutido durante todo esse período.

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Em seu primeiro ano, o evento foi caracterizado por ser o I Encontro sobre

Ensino de Música para pessoas com Deficiência Visual, sendo realizado no ano de

2013 o qual abordou como tema central a “Educação Musical para pessoas com

Deficiência Visual: desafios e possibilidades”. A chamada para trabalhos a serem

apresentados, foi apenas na modalidade de pôster científico. Assim, fizeram parte

do corpo do evento 6 trabalhos nessa modalidade.

Dentre os pôsteres apresentados nesse ano, temos o trabalho de Trindade

(2013) que buscou apresentar brevemente a ementa do componente curricular

Sistema e Musicografia Braille do Curso de Licenciatura em Música da Faculdade

Evangélica de Salvador (FACESA), descrevendo o foco característico que compõe a

ementa do componente.

Já Lima (2013) em seu trabalho intitulado “Educação Musical na Associação

de Cegos do Estado do Ceará”, buscou apresentar no formato de relato de

experiência como são desenvolvidas as atividades em educação musical na

Associação de Cegos do Estado do Ceará, trazendo um diálogo teórico e prático,

compartilhando suas experiências, e traçando um comparativo com outras práticas

semelhantes.

No pôster científico apresentado por Varela (2013), o autor mostrou, com

base em uma investigação, a forma como os cursos de extensão (com foco no

ensino de música para pessoas com Deficiência Visual) oferecidos pela Escola de

Música da UFRN têm contribuído para a formação de discentes e egressos do Curso

de Licenciatura em Música para atuação na Educação Especial. Já Bezerra (2013)

apontou a relevância das iniciativas de inclusão realizadas na EMUFRN, para o

ingresso de alunos com Deficiência Visual no Ensino Superior.

Por outro lado, Silva (2013) apresentou as ações do núcleo de Musicografia

Braille da Universidade Federal do Ceará (UFC) para a proporção de um espaço

acadêmico acessível à pessoa com deficiência. Assim, o autor afirma que essas

ações favorecem a permanência e manutenção do aluno, a partir de um suporte

didático/pedagógico.

Por fim, Queiroz (2013) buscou traçar um relato de experiência vivenciado na

primeira turma do componente curricular “Musicografia Braille I” ofertada pelo Curso

de Licenciatura em música da UFRN. Desse modo, o autor ressalta que embora

esse conteúdo não seja estipulado como obrigatório na legislação nacional, o curso

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supracitado buscou ofertá-la devido observar a importância da mesma para a

formação docente em música.

No ano seguinte, em 2014, ocorreu o II Encontro sobre Ensino de Música

para pessoas com Deficiência Visual abordando o tema “Música e Deficiência

Visual: Conquistas e novas perspectivas”. Nele, foram apresentados 7 trabalhos na

modalidade de pôster científico. Dentre os trabalhos, temos Ribeiro (2014) que

analisa o processo de ensino e aprendizagem da musicografia braile através da

utilização do software Musibraille junto a uma turma de alunos deficientes visuais no

Instituto dos Cegos da Paraíba (ICPAC).

Logo depois, Trindade (2014) busca novamente apresentar trabalho

semelhante ao que expôs no encontro realizado em ano anterior. Contudo, nesta

edição a autora foca em apresentar o componente curricular “Introdução a

Musicografia Braille” no processo de ensino e de extensão nos Cursos de

Licenciatura em Música da Universidade Evangélica de Salvador (FACESA) e da

Faculdade Estadual de Feira de Santana (UEFS).

No mesmo ano, Trindade e Konopleva (2014) apresentaram por meio de

pôster científico, possibilidades de realização do ensino de piano para pessoas

cegas ou aquelas com Deficiência Visual, e também como ocorre o processo de

inclusão com pessoas videntes.

Já no trabalho “O ensino e aprendizagem da música para Deficientes Visuais

na Escola Especial de Música Juarez Johnson”, Ribeiro (2014) buscou compreender

como são abordados os conteúdos musicais junto aos alunos com deficiência Visual

na escola citada. Diante isso, com o estudo constatou-se a necessidade da área de

Educação Musical ampliar as discussões sobre a pedagogia musical e utilização dos

materiais didáticos pelos professores para aplicação a esse tipo de alunado.

Em seguida, Rocha (2014) em seu trabalho apresenta um relato de

experiência acerca da aprendizagem da notação musical em Braille no componente

curricular “Musicografia Braille I”, oferecido pelo Curso de Licenciatura em Música da

UFRN e com isso aponta a importância da mesma para a formação do professor de

música.

Com base na formação de professores em música, Júnior (2014) apresenta

um relato do I Curso de Capacitação em Educação Musical Inclusiva para

professores da Casa Talento, escola essa que desenvolve o ensino especializado

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em música na cidade do Natal/RN. Como foco, o autor aborda questões sobre a

sistematização do Curso na perspectiva da abordagem do ensino da Musicografia

Braile para pessoas com Deficiência Visual.

Por outro lado, Silva, Santos e Rocha (2014), buscaram promover ao

educador musical uma reflexão sobre sua atuação no ensino de música para

pessoas com Deficiência Visual. Assim, os autores sugerem o uso de novos

recursos tecnológicos que possam auxiliar esse alunado, além de promover a

inclusão e integração desses educandos em sala de aula.

Em sua terceira edição, o EMDV teve como tema “Saberes e práticas em

música, deficiência e inclusão”. A programação deste ano (2015) incluiu atividades

voltadas para a educação musical e outros tipos de deficiência, dentre elas:

deficiência auditiva e autismo. Devido a essa ampliação, o encontro veio a agregar

juntamente com o I Seminário de Música e Inclusão. Com esse diferencial, o EMDV

possibilitou aos seus participantes a apresentação de trabalhos na modalidade de

comunicação oral, extinguindo os trabalhos em pôster científico.

Neste ano de 2015, foram apresentados 7 no formato de comunicações orais.

Dentre as temáticas temos o trabalho de Souza (2015) intitulado “A inclusão de

deficientes visuais na formação de educadores musicais: práticas em regência coral

no ensino superior”. Neste estudo, autor identificou os procedimentos pedagógicos

da técnica de regência coral utilizados pela docente com um graduando com baixa

visão. Com isso, a experiência relatada pode demonstrar que um estudante de

música com baixa visão pode exercer a função de regente coral.

Também mencionamos o artigo de Santos e Oliveira (2015) que buscou

relatar e discutir a prática de iniciação à docência em uma escola pública federal, o

qual envolveu um aluno com deficiência visual. Diante isso, o estudo mostra que a

formação docente é uma prática continua que necessita de discussões dentro e fora

da universidade, além do mais, esses pontos são fundamentais para que se possa

formar um educador musical inclusivo.

Silva (2015) apresenta dinâmicas realizadas nas aulas de música em uma

escola de Educação Básica na cidade de Parnamirim/RN, incluindo alunos com

Necessidades Educacionais Especiais (NEE). Com isso, o autor aponta que suas

atividades foram significativas no que diz respeito à inclusão escolar, interação,

respeito, desenvolvimento cognitivo, afetivo entre outros.

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No artigo “Música e inclusão: o ensino de Musicografia Braille para alunos

com deficiência visual”, Santos (2015) relata sobre o ensino de música na inclusão

de pessoas com Deficiência Visual através do projeto de extensão da EMUFRN

denominado “Grupo Esperança Viva”. Desta forma, a autora apresenta questões

acerca do ensino de Musicografia Braille e suas problemáticas, enfatizando a

capacitação e interesse de alunos e professores na área da música e inclusão.

Ainda no que se refere à Musicografia Braille, Batista e Santos (2015)

investigaram as percepções dos docentes e discentes do Curso de Licenciatura em

Música da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em relação à

operacionalização da “Musicografia Braille” durante o processo de ensino e

aprendizagem desse conteúdo.

Outra experiência relatada no encontro veio dos autores Pereira, Souza e

Carmona (2015) que descreveram a prática inclusiva de um aluno diagnosticado

com esquizofrenia no Curso de Regência Coral do Programa Nacional de Acesso ao

Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC). O trabalho mostrou as implicações na

ruptura de preconceitos diante a inserção do aluno mencionado, bem como as

percepções dos outros alunos e funcionários no que se refere ao comportamento

diferenciado do aluno em foco, como também o efetivo processo de inclusão do

mesmo no Curso.

Por fim, nessa edição os autores Souza, Almeida e Molinari (2015) buscaram

relatar as observações sobre o processo de aprendizagem de crianças com NEE na

perspectiva de uma participante observadora do processo de inclusão. Diante isso,

os autores ressaltam da importância do processo da conscientização sobre a sua

prática para atuação como educadores.

No ano seguinte, em 2016, ocorreu o IV Encontro sobre Ensino de Música

para pessoas com Deficiência Visual, juntamente com o II Seminário de música e

inclusão. O tema central do evento permeou sobre “Práticas de ensino-

aprendizagem musical”. Durante o evento foram apresentados 9 trabalhos na

categoria de comunicação oral que abordaram a temática por diferentes focos.

No trabalho de Silva (2016) a autora apresenta uma proposta de intervenção

socioescolar realizada em ambiente real de atuação do professor tratando assim

sobre a chegada do aluno deficiente na escola. Diante os fatos apresentados,

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constatou-se que num ambiente escolar adequado as crianças desenvolvem as

potencialidades, promovendo assim a aprendizagem.

No texto “Ensino de Música para pessoas com deficiência visual: caminhos de

inclusão”, Cruz e Zanetti (2016) abordam o processo de ensino/aprendizagem

musical da pessoa com Deficiência Visual no contexto da escola especializada.

Nele, são apresentadas as práticas educacionais realizadas em sala de aula, as

peculiaridades desses estudantes, os recursos utilizados para a aprendizagem,

como também as características próprias dos seus comportamentos frente aos

estudos.

Adiante, encontramos Vieira (2016) que investiga a influência da música no

processo de alfabetização de uma criança diagnosticada com Síndrome de Silver-

Russel. Como resultado do estudo, foi possível observar uma melhoria significativa

na leitura desse aluno, após a utilização da música durante o processo. Por outro

lado, o autor não descarta a necessidade de uma equipe multiprofissional para

realizar o tratamento de pacientes de síndrome de Silver-Russel devido à

complexidade da deficiência.

Outra discussão presente nos anais do evento, diz respeito aos materiais de

estudo para o ensino da Musicografia Braille. Com base nisso, Fonseca (2016)

buscou expor e discutir acerca da produção de materiais adaptados confeccionados

no Setor de Musicografia Braille e Apoio à Inclusão (SEMBRAIN) da UFRN. Desse

modo, diante esses materiais, os envolvidos buscaram explorar possibilidades de

ferramentas didáticas que abrangessem o ensino através de áudios, juntamente com

material de estudo tátil em alto relevo e em tamanho ampliado contendo assuntos da

musicografia Braille.

Já Júnior (2016) em seu trabalho: “A monitoria de assistência ao estudante

com Deficiência Visual no curso de Licenciatura em Música: um relato de

experiência sobre a utilização da Musicografia Braille” expõe suas experiências

vivenciadas no processo de monitoria de suporte técnico voltado a um aluno com

deficiência visual no Curso de Licenciatura em Música da UFRN.

Por outro lado, Silva (2016) apresenta aspectos referentes ao ensino de

música para pessoas com deficiência visual, assim como experiências e ferramentas

para a inclusão e permanência do aluno cego no ensino superior. Especificamente o

autor busca conhecer as ações pedagógicas desenvolvidas pelos professores

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durante o período de 2016, quanto à inclusão de um aluno cego no Curso de

Licenciatura em Música da Universidade Federal do Ceará.

No texto “Práticas inclusivas na Educação Escolar: uma reflexão”, Correia

(2016) vem abordar a temática de Educação Inclusiva no contexto da Educação

Básica, especificamente no ensino fundamental. Com isso, a autora reflete sobre as

possibilidades educativas musicais que podem ser compartilhadas em classes, na

perspectiva de oportunizar momentos inclusivos nos planejamentos e suas

aplicações em aulas.

No que se refere ao uso de Tecnologia Assistiva (TA), Gomes (2016) mostra

algumas possibilidades e relações entre Música, Softwares, Tecnologia Assistiva,

Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e processo de

ensino/aprendizagem. Aqui, o autor busca incentivar o uso de instrumentos musicais

eletrônicos e softwares para computadores, com o intuito de despertar nos

professores uma nova forma de aprender e ensinar utilizando as tecnologias digitais

ao seu favor.

Por fim, porém não menos importante, Araújo (2016), professor de música

com Deficiência Visual, apresenta um importante relato que avalia o processo e as

consequências do Projeto Tutoria Inclusiva, oferecido pela Comissão Permanente de

Apoio a Estudantes com Necessidades Educacionais Especiais da CAENE/UFRN. O

trabalho trata-se de um estudo de caso da tutoria realizada por uma graduanda em

engenharia civil e seu tutorado, Licenciado em Música e autor do referido texto.

Adiante, no ano de 2017, ocorreu o V EMDV e o II Seminário de Música e

Inclusão. O Encontro abriu espaço para apresentação de trabalhos tanto na

modalidade pôster como comunicação oral. Dentre esses, o evento totalizou 5

trabalhos, sendo 4 deles comunicação oral e 1 pôster científico. Por outro lado, o

evento não estipulou temática fixa a ser debatida. Deste modo, essa edição incluiu

atividades reflexivas e práticas em torno da Educação Musical Especial e Inclusiva.

Dessa forma, entre os trabalhos apresentados na modalidade de

comunicação oral, tivemos “Alfabetização Musical de Jovens e Adultos Cegos –

Projeto Esperança Viva”, onde Zanetti (2017) buscou propor maior atenção quanto à

alfabetização musical do aluno cego, além de repensar a preparação até a fase de

iniciação à Musicografia Braille.

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Em contrapartida, Freitas (2017) visa propor o ensino de violino para pessoas

com deficiência visual, partindo do ensino da empunhadura e da condução do arco.

Diante isso, o autor aponta possíveis caminhos para pesquisas avançadas sobre o

ensino de violino para pessoas com Deficiência Visual, afirmando que tal temática é

até então inexplorada no Brasil.

Em “Música para todos: o protagonismo musical da família de pessoas com

autismo”, Araújo (2017) relata um experiência realizada com famílias de pessoas

com autismo, integrantes da Associação de Pais e Amigos dos Autistas do Rio

Grande do Norte (APAARN), o qual buscou proporcionar vivências para descrever o

processo de ensino e aprendizagem musical em contextos diversos.

Já Zuza e Fernandes (2017) buscaram descrever o processo de criação e da

composição de um grupo chamado Coral “Vozes do Coração”. Para isso, os autores

abordaram desde o papel do regente, como também sua forma de reger um coro

composto por pessoas com deficiência visual, desde o processo de seleção das

músicas para o repertório até as mudanças devidamente implementadas.

Na modalidade de pôster tivemos o trabalho de Silva (2017), que tratava de

um relato de pesquisa em andamento. No texto, a autora buscou compreender o

processo de interação entre professor-professor no projeto de extensão Som Azul da

EMUFRN, grupo esse voltado para o ensino de música para adolescentes e adultos

com autismo.

Em sua última edição já realizada, o encontro se apresenta com uma nova

aparência. Embora as edições anteriores estivessem com preocupação centrada

nas discussões em torno do processo de inclusão de pessoas com deficiência, para

além da Deficiência Visual, a sua sexta edição, que ocorreu em 2018, reflete esse

aspecto em seu título: Encontro sobre Música e Inclusão (EMI). Nele o tema central

abordado foi “Música, Deficiência e Mercado de trabalho”.

No que se refere aos trabalhos apresentados, tivemos o total de 8, sendo 6

deles comunicações orais e 2 pôsteres. Na comunicação de Queiroz e Bezerra

(2018) os autores apresentaram os desafios enfrentados pelos alunos com

Deficiência Visual no Projeto Esperança Viva, vinculado a EMUFRN. Como resultado

disso, percebeu-se que embora houvesse desafios a serem superados, os alunos se

sentiam motivados e amparados pelos professores do projeto na busca de enfrentar

as barreiras.

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Em “Do Instituto de Cegos ao ingresso no Curso de Licenciatura em Música

da Universidade Federal de Campina Grande: um estudo de caso”, Rodrigues,

Souza e Albuquerque (2018) buscaram entender de que forma as contribuições da

professora de música do Instituto influenciaram na formação musical de um aluno

cego. Assim, constatou-se que as adaptações das atividades musicais realizadas

pela docente, durante o processo de musicalização do aluno supracitado, foram

fundamentais para a apropriação da linguagem musical do mesmo.

Outra temática discutida diz respeito a adaptações de materiais para a

inclusão do aluno de violão com Deficiência Visual. Nesse trabalho, Moura (2018)

discute a inclusão de pessoas com Deficiência Visual num entorno heterogêneo com

o auxílio das Tecnologias Assistivas. Com isso, aborda sobre a adaptação de

materiais didáticos para o processo de ensino e aprendizagem do aluno de violão

com tal deficiência.

No texto “Educador musical deficiente visual total em uma Escola Estadual na

Zona Norte de Natal/RN”, Araújo (2018) autor e o referido professor com Deficiência

Visual desse trabalho, busca apresentar algumas dificuldades encontradas no

preparo e utilização de materiais didáticos, como também aborda sobre a escassez

e condições dos recursos didáticos oferecidos pela escola em que atua. Além disso,

o educador relata sobre a sua chegada à escola, a reação da equipe de profissionais

e as dificuldades encontradas nesse espaço.

Fonseca (2018) em artigo apresentado buscou expor um projeto de pesquisa

que tem o intuito de promover o diálogo entre discentes com deficiência visual da

graduação em música da UFRN e os docentes que tem desenvolvido atividades com

estes alunos, visando assim a inclusão dos mesmos. Assim, o autor considera que

para ocorrer inclusão é necessário escutar o aluno, conhecer as dificuldades e

desafios que os alunos com Deficiência Visual tem enfrentado em sua formação e

posteriormente buscar conscientização e troca de experiências e metodologias pelos

docentes que atuam nesse contexto.

Em comunicação oral, Novo, Souza e Mendes (2018) buscaram apresentar o

Projeto Musicografia Braille do Instituto Federal da Paraíba (IFPB-Campus João

Pessoa), mais precisamente no Curso Técnico Integrado em Instrumento Musical.

Para isso, os autores expõem as características e ações do projeto que tem o intuito

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de difundir a Musicografia Braile e a capacitação de pessoas para trabalhar com

essa ferramenta.

Na sessão de pôster científico, o trabalho de Alves e Alves (2018) mostra

como vem ocorrendo o processo de inclusão dos alunos em uma escola da cidade

do Natal/RN. Com isso, traz à tona à implantação da Sala de Recursos

Multifuncionais (SRM) e como a chegada do professor de Arte, licenciado em música

e com Deficiência Visual, vem reforçando a inclusão dos alunos com deficiência no

ambiente escolar.

E por fim, temos Matias e Souza (2018) que buscam por meio de um relato de

experiência desmistificar a ideia de que o surdo não pode inserir-se no mundo da

música.

Diante essa breve exposição, podemos destacar que as temáticas discutidas

no EMDV e EMI vêm ajudando a fortalecer a produção de conhecimento voltada

para o contexto da Música, Educação Especial e Inclusão. Dentre as temáticas mais

abordadas no encontro, podemos destacar a grande contribuição do evento no

debate voltado para as pessoas com Deficiência Visual. Por meio da análise dos

anais, destacamos também a Musicografia Braille como sendo um assunto bastante

discutido e de fundamental importância para a formação do professor de música

inclusivo.

Além desses aspectos, destacamos em maior escala a grande contribuição

dos alunos na construção desses trabalhos, pois grande parte dos textos é oriunda

de relatos de discentes, dentre eles da UFRN. Mencionamos também a grande

colaboração para compor esses trabalhos do público com deficiência, como também

de educadores no geral, em especial os professores de música.

Em síntese, ressaltamos que os anais dos encontros apresentam um avanço

nas discussões que envolvem a Música e Inclusão, pois passam de um patamar que

anteriormente estava centrado em discutir a importância da música para pessoas

com deficiência, para apontar estratégias e as necessidades para lidar com inclusão

de pessoas com deficiência.

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CONSIDERAÇÕES

O EMI vem se caracterizando como um dos mais importantes espaços não só

de debates, mas de formação, inovação e também de luta em prol da inclusão de

pessoas com deficiência no Brasil. Neste sentido, embora seja um encontro

recentemente criado, vem contribuindo significativamente na promoção de

conhecimento voltado para área da Educação Musical Especial e Inclusiva. Além

disso, não podemos deixar de destacar a grande e fundamental contribuição da

Professora Catarina Shin Lima de Souza e de toda sua equipe, pois diante seus

esforços, buscaram a criação, consolidação e fortalecimento desse evento.

Contudo, é visível que ainda são necessárias melhorias para que o encontro

tome maiores proporções, assumindo assim um patamar de excelência. Porém, para

isso é fundamental um maior engajamento e apoio dos setores públicos, privados e

da universidade em geral, além do reconhecimento da contribuição do encontro para

a produção técnico-científica e de fomento à cultura inclusiva na UFRN e afora.

Por fim, esperamos ter apresentado alguns dos traços mais relevantes da

caminhada desse encontro, e por meio disso, buscar contribuir com a inclusão social

de pessoas com deficiência e outras necessidades específicas. Assim, para além

das limitações desse trabalho, expondo-nos diante o desafio de retomar e

apresentar o evento, estão presentes os limites de nosso fôlego e olhar, em parte

moldados na intensa trajetória do encontro.

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