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Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº205 — Junho de 2012 Foto: Cássia Dias/Acervo Embasa Adutora do Algodão será ampliada para Caetité PÁGINA 5 PÁGINA 5 Obra emergencial leva água Obra emergencial leva água para Jaguarari para Jaguarari PÁGINA4 PÁGINA4 FEIRA DE SANTANA Concluída 1ª etapa da ampliação do esgotamento Cerca de 127 mil pessoas estão sendo beneficiadas com a conclusão da pri- meira etapa da ampliação do sistema de esgotamento sanitário em Feira de Santana. Com investimento de R$ 102,3 milhões, 25 bairros foram incorporados ao sistema e vão ter coleta, tratamento e destinação adequada dos esgotos do- mésticos. PÁGINA 7 PÁGINA 7 ADUTORA DO ALGODÃO ADUTORA DO ALGODÃO Foto: Manu Dias /Secom

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Page 1: Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº205 — … · 2018-03-19 · Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº205 — Junho de 2012 Foto: Cássia Dias/Acervo

Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº205 — Junho de 2012

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Adutora do Algodão será ampliada para Caetité

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Obra emergencial leva água Obra emergencial leva água para Jaguarari para Jaguarari

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FEIRA DE SANTANA

Concluída 1ª etapa da ampliação do esgotamento

Cerca de 127 mil pessoas estão sendo beneficiadas com a conclusão da pri-meira etapa da ampliação do sistema de esgotamento sanitário em Feira de Santana. Com investimento de R$ 102,3 milhões, 25 bairros foram incorporados ao sistema e vão ter coleta, tratamento e destinação adequada dos esgotos do-mésticos. PÁGINA 7PÁGINA 7

ADUTORA DO ALGODÃOADUTORA DO ALGODÃO

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DIRETORIA EXECUTIVA

PresidenteAbelardo de Oliveira Filho

Diretor Financeiro e ComercialDilemar Oliveira Matos

Diretor de Gestão CorporativaBelarmino de Castro Dourado

Diretor de Operação e Expansão RMSCarlos Ramirez Magalhães Brandão

Diretor de Operação e Expansão Norte Eduardo Benedito de Oliveira Araújo

Diretor de Operação e Expansão Sul Carlos Alberto Pontes de Souza

Diretor Técnico e de SustentabilidadeCésar Silva Ramos

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

AssessoraDébora Ximenes

EditorDébora Ximenes/Daniel Menezes

RedatoresDaniel Menezes, Fernanda Macedo,

Marcos Fonseca, Carlos Alberto Reis, Mauri de Castro Azevedo (USV),

Patrícia Araújo (UNI), Cássia Dias (UNF), Hebert Régis (UNB), Adriano Aleixo (UNS)

Editoração GráficaPatrícia Resende

FotógrafosLuiz Hermano Abbehusen e

Luciano S. Rêgo

Publicação externaTiragem: 5.000 exemplares

Av. 4a; 420 - Centro Administrativo da Bahia - CAB41745-002 Salvador - Bahia

Tel.: (71)3372-4898 Fax.: (71)3372-4640/4600

[email protected]

Impresso na Cian Gráfica e Editora

EXPEDIENTE

Com a participação de representantes de 21 países do continente americano e de todos os

estados brasileiros, Salvador sediou, entre os dias 3 e 7 de junho, a 33ª edição do Congresso Inte-ramericano de Engenharia Sanitária e Ambiental. Organizado pela Associação Interamericana de En-genharia Sanitária e Ambiental (Aidis), com o apoio da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), o evento é considerado o mais importante encontro sobre desenvolvimento, ecoe-ficiência e saneamento ambiental de todo continen-te. A próxima edição será realizada em novembro de 2014 na cidade de Monterrey, no México.

Como anfitriã, a Embasa marcou presença com participação de diversos colaboradores em simpó-sios, reuniões, mesas-redondas, além de sessões de trabalhos, espaços ideais para debates e atualização profissional entre especialistas de todas as Américas.

O presidente da empresa, Abelardo de Oliveira Filho, integrou o painel “Governança Sustentável: Uma Ferramenta para a Melhoria da Prestação

dos Serviços de Saneamento na América Latina”, no qual ressaltou a presença da sustentabilidade na identidade organizacional da Embasa. “Quan-do fomos convocados para sediarmos esse even-to, não apenas a Embasa, mas, principalmente, o Governo do Estado abraçou o Congresso. Sal-vador foi escolhida no momento em que o Brasil passa por um período importante na área de sa-neamento. Temos uma lei para o setor, recursos garantidos por meio do PAC 1 e 2, e as nossas empresas, cada vez mais, estão trilhando o ca-minho da sustentabilidade ambiental e financeira para que possamos prestar um serviço cada vez melhor para a população”, disse.

A Embasa também participou, com um estande institucional, da Expo Aidis, uma grande vitrine inte-ramericana de soluções tecnológicas e informações atualizadas sobre o setor saneamento, com a pre-sença de fabricantes de equipamentos e materiais, representantes industriais e comerciais, prestadores de serviços e entidades atuantes das Américas.

Salvador recebe Congresso Interamericano

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Expo Guanambi 2012

Abelardo de Oliveira Filho integrou painel sobre governança sustentável

Durante a Exposição Agropecuária de Guanambi (Expo Guanambi 2012), que ocorreu entre os dias 5 a 10 de junho, a Embasa e a Companhia de Desen-volvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) mostraram para mais de 1.200 visitan-tes como vai funcionar a Adutora do Algodão, que irá beneficiar cerca de 226 mil pessoas da cidade e região. Dotados de stand interinstitucional, técnicos divulgaram ações e serviços prestados pelas duas empresas (foto), além de informações sobre a obra, prevista para ser concluída em setembro deste ano.

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Para comemorar o Dia Mundial do Meio Am-biente, celebrado dia 5 de junho, a Emba-sa preparou uma programação especial,

que incluiu atividades como peça teatral, oficinas, plantio de mudas, exposições, feira ambiental e pedalada ecológica. A empresa levou a diversas cidades entretenimento, informação e alertou a população para a importância da preservação dos recursos hídricos do planeta.

Em Salvador, Lauro de Freitas e Santo Amaro, o grupo de teatro Reciclarte apresentou a cer-ca de 700 pessoas, entre moradores e alunos das redes pública e particular de ensino, a peça “Risco no Chão”, que enfatizou, de forma muito bem humorada, o dever da população em ações relacionadas ao saneamento básico, como ligar o imóvel à rede de esgoto e não jogar óleo de cozinha no ralo da pia. Os estudantes aprende-ram, também, a fazer “tinta de terra”, a partir da mistura com ingredientes como cola e terra sinté-tica colorida, e a montar uma “espiral de ervas”, técnica que possibilita a criação de microclimas diferentes mesmo em um pequeno espaço.

Na capital, a empresa realizou, ainda, o plantio de cerca de 600 mudas de espécies como pau--brasil e jacarandá em área de aproximadamen-te um hectare do Setor Militar Urbano do Exército Brasileiro, na Avenida Paralela.

CONSCIÊNCIACONSCIÊNCIATanto em Salvador, como em Feira de Santana,

a empresa promoveu a 3ª Pedalada Ecológica. Já em Itaparica, atividades lúdicas e um passeio ciclístico envolveram 245 crianças e adolescen-tes. Em Barreiras, uma blitz educativa chamou a atenção de mais de mil motoristas que passa-vam pelo centro da cidade, dotando todos de lixocar (sacolas de lixo). Já em Itaberaba, cer-ca de 100 alunos da rede municipal de ensino participaram de uma gincana ecológica e, em Lencóis e Seabra, a empresa realizou feiras de cidadania. No município de Irecê, membros da comunidade participaram de uma oficina de sa-neamento básico, além de visitarem as obras da Adutora do São Francisco.

Em várias cidades do sul da Bahia, como Vitó-ria da Conquista, Jequié, Cravolândia, Eunápolis, Itabatan, Itamaraju, Porto Seguro, Almadina, Ita-

caré e Canavieiras, a Embasa realizou palestras, exposição de maquetes de estações de trata-mento de água e feiras ambientais, utilizando, em alguns eventos, música e teatro para ajudar a conscientizar mais de 1.800 pessoas. No mu-nicípio de Ilhéus, a parceria entre Embasa, pre-

feitura e comunidade garantiu a realização de uma feira de produtos reciclados que atraiu mais de 1.500 visitantes. Dentre os produtos, peças do artesanato da região, como carteiras raio-x, camisetas recicladas com giz de cera, móveis de papel e sabão ecológico.

Programação mobiliza cidades da RMS e do interior

Foto: Vanessa Lago/Acervo Embasa

A Embasa implantou, em parceria com a Fun-dação Nacional de Saúde (Funasa), unidades de fluoretação de água em nove sistemas de abas-tecimento localizados nas cidades de Teixeira de Freitas, Porto Seguro, Nova Viçosa, Caravelas, Medeiros Neto, Mucuri e Alcobaça, no sul da

Bahia. A ação, que integra a segunda etapa do Programa de Fluoretação do Brasil Sorridente, do Governo Federal, beneficia uma população de cerca de 20,3 mil pessoas da região. De acordo com o gerente da unidade regional da Embasa em Itamaraju, Gilmar Costa, agora, na microrregião de

Porto Seguro, só falta implantar unidades de fluo-retação nos sistemas de Monte Pascoal, localida-de de Itabela, e de Vila Betinho, que fica na cidade de Lajedão. “Estes sistemas eram operados pelas respectivas prefeituras municipais e foram recém--incorporados à Embasa”, explica Gilmar.

Embasa implanta fluoretação em mais sete municípios do sul da Bahia

DIA DO MEIO AMBIENTEDIA DO MEIO AMBIENTE

Passeio ciclístico, plantio de mudas e peça teatral lembraram a data

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ESTIA

Concluída obra em Jaguarari

Aos 72 anos, Josefa Lima, moradora da Rua das Flores, em Jaguarari, agora se sente mais tranquila, após o fim da agonia de

sete meses de escassez de água em sua cida-de. Ela já consegue encher seu tanque de 1.600 litros graças à conclusão da obra emergencial que ligou o sistema de abastecimento de água de Senhor do Bonfim ao sistema que atende a sede do município. Com investimento de R$ 5 milhões,

a interligação dos sistemas foi inaugurada dia 14 pelo governador Jaques Wagner e vai beneficiar cerca de 13 mil habitantes.

“Agora, podemos lavar os pratos, roupa e to-mar banho com mais tranquilidade. Antes, a coisa estava difícil”, diz Josefa. A moradora está rece-bendo água de três em três dias, bem diferente do regime de distribuição de 15 em 15 dias, que era realizado antes desta intervenção da Emba-

sa. No período, a empresa distribuía água tratada com carros-pipas, todos os dias, para garantir abastecimento regular à população.

Este cenário teve início após o colapso das barragens da Fonte Velha e de Nível do Ben-dó, que abastecem o município. Segundo o gerente local, Cícero Dantas, Jaguarari não havia enfrentado situação semelhante pelo menos nos últimos 18 anos.

No sertão da Bahia, barragem do Rio Tijuco ajuda a enfrentar a seca

A barragem do Rio Tijuco, concluída pela Embasa em 2010, é um dos alentos das cidades de Souto Soares e Mulungu do Morro. Os dois municípios figuram entre os que estão em situação de emer-gência por causa da seca. Apesar da estiagem, o Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Mulungu do Morro, que atende também a cidade de Souto Soares, está operando normalmente. A Embasa está fornecendo uma média de 100 litros de água, diariamente, para cada habitante.

Como nas outras cidades da Bahia, em Sou-to Soares, a produção agrícola foi diretamen-te afetada pela seca. “Aqui, o sisal está tão murcho que não temos nem como desfibrar”, disse o secretário de Agricultura e Recursos Hídricos da cidade, Apolônio Gaspar de Souza.

Mesmo dentro deste cenário, não falta água para o consumo humano. “Graças a Deus, o nos-so ponto forte aqui ainda é o sistema do Rio Tiju-

co, que não teve nenhum reflexo da seca. Ainda temos a água para beber”, destacou o secretário.

OBRAOBRAAtravés da Embasa, o Governo do Estado in-

vestiu cerca de R$ 22,5 milhões na construção do sistema, uma obra que consistiu na constru-ção da barragem do Rio Tijuco, implantação de 56,4 mil metros de adutora, três reservatórios, 30 mil metros de rede de distribuição, além de uma estação de tratamento de água com capacidade para tratar 70 litros de água por segundo. O sistema de abastecimento atende a sede de Mulungu do Morro e os povoados de Várzea do Cerco e Chicão, além da sede de Souto Soares e as comunidades de Segredo e Quixaba. A expectativa é estender o atendi-mento a outras comunidades próximas, como Canudos, Morrinhos, entre outros.

Dona Josefa Lima comemorou o reforço no abastecimento com a

implantação da adutora

Barragem do Rio Tijuco

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Fotos: Adriano Aleixo/Acervo Embasa

ESTIAGEMAGEM

A Adutora do Algodão, que levará água do rio São Francisco para Guanambi e ou-tras cidades e distritos da região, será es-tendida até o município de Caetité, no su-doeste do estado. A autorização das obras de ampliação do sistema, no valor de R$ 55 milhões, foi assinada pelo governador Jaques Wagner e o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, dia 1º de ju-nho, em solenidade na sede do município.

A segunda etapa da adutora vai benefi-ciar mais de 100 mil pessoas na sede de Caetité e nas localidades de Morrinhos, Maniaçu, Lagoa de Dentro, Lagoa de Fora, Ibitira e Lagoa Real. “Serão cerca de 156 quilômetros de ampliação, onde teremos oito estações elevatórias e três reservatórios. É uma obra complexa, mas que em 2013 já estará finalizada”, informa o presidente da Embasa, Abelar-do de Oliveira Filho.

Com o início da construção previsto para o segundo semestre deste ano, a obra será realizada a partir de convênio entre a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e o Estado da Bahia, por meio da Embasa, como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

PRIMEIRA ETAPAPRIMEIRA ETAPACom investimento da ordem de R$ 100

milhões, a primeira etapa da Adutora do Al-godão, com previsão de conclusão em se-tembro deste ano, permitirá a solução do problema de suprimento de água de forma

definitiva na microrregião de Guanambi. O sistema adutor terá 265 quilômetros de extensão e vai beneficiar 226 mil pessoas em sete municípios (Malhada, Iuiú, Palmas

de Monte Alto, Candiba, Pindaí, Matina e Guanambi) e inúmeras localidades situa-das ao longo da área de influência da adu-tora, inclusive a população rural.

Foto: Manu Dias/Secom

Ampliação da Adutora do Algodão levará água para Caetité

Município situado no semiárido baiano, que decretou situ-ação de emergência por causa da estiagem, Novo Triunfo ganhou reforço na produção e distribuição de água, com a conclusão, em maio, do sistema de abastecimento de água pela Embasa. Com investimento de R$ 1,140 milhão, a obra contemplou a construção de estruturas de captação e adu-ção, bombeamento e reservatórios, além da implantação de 2,5 quilômetros de rede distribuidora. Mais de 15 mil pessoas foram beneficiadas com um acréscimo na vazão de 300%, passando de 30 para 90 metros cúbicos por hora (m³/h).

Ainda no semiárido, em Sítio do Quinto, a Embasa investiu R$ 1,5 milhão para ampliar a oferta para mais de 6 mil pessoas. As

intervenções também resultaram numa oferta triplicada: como em Novo Triunfo, a vazão do sistema passou de 30 para 90 m³/h.

Ricardo Ribeiro, gerente da unidade regional da Embasa em Alagoinhas, que atende a região, destaca que os recursos são provenientes do Programa de Recuperação de Sistemas Críti-cos, desenvolvido pela empresa para reforçar a oferta em sis-temas de abastecimento que não atendem a demanda porque estão subdimensionados ou encontram-se em áreas onde não há disponibilidade hídrica suficiente nos mananciais da região. “Graças a essas intervenções, conseguimos disponibilizar água em quantidade e qualidade satisfatória, minimizando os proble-mas causados pela estiagem”, afirma.

Oferta de água é ampliada em Novo Triunfo e Sítio do Quinto

Com conclusão prevista para setembro,

primeira etapa da obra está em ritmo

acelerado

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Garantida água para zona rural de Barreiras

Assistentes sociais explicaram a importância do consumo de

água regularizado

ABASTECIMENTOABASTECIMENTO

Feira de Santana

A dona-de-casa Ivonete Maciel, mo-radora do Loteamento Ruth Torres Lo-pes, no bairro Papagaio, em Feira de Santana, está aliviada. Ela não vai mais depender de uma ligação clandestina para ter água em sua casa, uma vez que a Embasa implantou uma rede distribuidora na comunidade, benefi-ciando 78 famílias com água tratada. “Agora eu estou feliz. Vamos ter com-provante de residência, pagar nossas contas como deve ser. Para nós, isso significa dignidade”, disse. A maioria dos moradores já fez o pedido de liga-ção e as equipes da empresa já estão trabalhando na implantação das liga-ções domiciliares.

A comunidade também recebeu a visi-ta de representantes do Núcleo Socio-ambiental da Embasa, que conversa-ram com os moradores e explicaram a importância de ter o consumo de água regularizado, já que a ligação clandes-tina de água é crime previsto no artigo 155 do Código Penal Brasileiro. Além disso, foram esclarecidas as dúvidas sobre a medição do consumo, tarifas praticadas pela Embasa e regras para inclusão na tarifa social.

“É uma benção, um sonho realizado”. É assim que Meire de Souza Dias Neres,

moradora comemora a chegada da água potá-vel na localidade de Bezerro, uma das 13 loca-lidades do chamado Cinturão Verde, zona rural de Barreiras, no Oeste da Bahia, beneficiadas com a extensão da rede de abastecimento. Ela, que pagava uma média de R$ 80 mensais com o transporte de água potável para beber, fes-tejou, juntamente com a mãe, Erenita de Souza Oliveira, a melhoria da qualidade de vida para cerca de duas mil pessoas. Inaugurado no final de maio pelo governador Jaques Wagner, o sis-tema de abastecimento teve um investimento de R$ 1,4 milhão do Programa Água para Todos.

Entre as cerca de quinhentas famílias benefi-ciadas está também a de Maria Nery de Sou-za Lourenço e Laurentina Rosa de Souza. Elas nasceram em Bezerro e conviveram com a água

salobra e a dificuldade para trazer água potável da sede de Barreiras. “Foi um longo sofrimento. Ver chegar água potável e deixar de usar água salobra é ver um bem essencial vindo para um lugar que eu sou apaixonada”, revela Maria.

ESTRUTURAESTRUTURAA água distribuída para as comunidades do

Cinturão Verde é captada de uma derivação da adutora de água tratada da Embasa, no bairro de Boa Sorte, na sede de Barreiras, e condu-zida por um sistema adutor de 22 quilômetros de extensão. O sistema integrado de abasteci-mento também inclui duas estações elevatórias de água tratada, uma estação de tratamento com casa de cloração, onde a água é desinfe-tada, e um reservatório, com capacidade para armazenar 80 metros cúbicos de água, além de 472 ligações domiciliares instaladas.

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Loteamento Ruth Torres

Lopes recebe rede distribuidora de água

Erenita e Meire comemoram chegada da água potável na comunidade de Bezerro

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Foto: Cássia Dias/Acervo Embasa

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Embasa conclui primeira etapa da obra de esgotamento em Feira A Embasa está entregando à população de

Feira de Santana a primeira etapa da obra de ampliação das bacias de esgotamento

sanitário Jacuípe e Subaé, iniciada em 2009. O investimento de R$ 102,3 milhões, do Programa de Aceleração do Crescimento I (PAC I), aumen-tou para 65% a cobertura do atendimento com coleta, tratamento e destinação adequada dos esgotos domésticos na sede do município. Este ano, a Embasa inicia a segunda etapa da amplia-ção das duas bacias, no valor de R$ 53 milhões provenientes do PAC II, visando atingir um índice de atendimento de 80% na cidade.

A primeira etapa da ampliação atingiu 25 bair-ros e beneficiou, ao todo, 127 mil pessoas. A obra contemplou, na Bacia do Subaé, a amplia-ção da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) já existente. Na Bacia do Jacuípe foi ampliada a ETE Jacuípe I e construída uma nova estação, a Jacuípe II. Juntas, as estações das duas bacias têm capacidade para tratar 330 litros de esgo-to por segundo. Foram construídas, ainda, oito estações elevatórias e realizadas melhorias em outras duas. Para atender os imóveis, na área contemplada pela obra, a Embasa implantou 255,5 quilômetros de rede coletora e 25 mil ra-mais prediais (estrutura onde se faz a ligação domiciliar à rede coletora).

A maioria dos bairros já está com o serviço em funcionamento. Apenas nos bairros Gabrie-la, Queimadinha, Campo do Gado Novo, Subaé, Santa Mônica II, Conjunto Feira VII e Loteamento Amaralina a empresa está finalizando a lavagem das redes para, então, iniciar a operação da co-leta de esgotos domésticos.

Hélia Lima, 63 anos, moradora do bairro Sítio Matias, lembra como era a vida antes da implan-tação da rede de esgoto no bairro. “Hoje tá tudo

mais fácil. Eu tinha fossa em casa, mas precisava chamar o carro direto pra limpar. Agora, já entu-lhei a fossa e uso, com muita satisfação, a rede da Embasa”, relata, mostrando as barras de sabão que aprendeu a fazer no projeto técnico-social realizado durante a obra. “Aprendi que o óleo não deve ser jogado na pia porque pode entupir a rede e ainda prejudica o meio ambiente. Agora, a gente junta o óleo e faz sabão”, conta.

Em clima de festa, a Embasa realizou, no final de maio, a solenidade de encerramen-to do Projeto de Educação Ambiental e Mo-bilização Social em Saneamento (PEAMSS), em Wanderley, no Oeste da Bahia. Iniciado em agosto de 2011, além de oficinas de educação ambiental e educomunicação, também foram realizadas capacitações de pessoas da comunidade para a elaboração do Plano Municipal de Saneamento.

Com a presença de 200 pessoas, o encerramento contou com a entrega dos certificados e apresentação de ativida-

des desenvolvidas pelos integrantes du-rante o projeto, como a exibição de uma peça sobre preservação da água (foto) e distribuição da segunda edição do jornal “A Canabrava”.

Como forma de fomentar a partici-pação popular na formatação de polí-ticas públicas em saneamento básico, o PEAMMS, projeto desenvolvido pela Embasa em parceria com a Uneb, já contemplou 26 municípios baianos que possuem obras de saneamento em an-damento ou em fase de projeto.

ESGOTAMENTOESGOTAMENTO

Educação Ambiental

PEAMSS encerra atividades em Wanderley

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Fotos: Cássia Dias/Acervo Embasa

Estação de Tratamento de Esgoto Jacuípe II foi uma das ações da

obra. Ao lado Hélia Lima mostra rede de esgoto na porta de casa

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Racionamento

ara os baianos, o momento é de crise. A chuva não veio, as lavouras foram perdidas, os mananciais estão secando. O estado da Bahia é um dos mais atingidos pela seca, já

considerada a mais grave dos últimos 40 anos. Mais da metade dos municípios baianos já decretaram situação de emergência.

Dentro deste cenário de escassez, cada um deve fazer sua parte para usar a água de forma racional. O importante é economizar no dia a dia, seja em casa ou no trabalho. O Jornal da Embasa traz esse mês dois bons exemplos de baianos que levam a palavra raciona-mento ao pé da letra.

Torneiras secas alguns dias na semana fazem parte da dura rotina de 14 cidades da microrregião de Irecê, que enfrentam o abastecimento alternado desde o mês de outubro do ano passado. Esta é a segunda vez que o racionamento é realizado no sistema integrado de abastecimento, alimentado pela Barragem de Mirorós, cujo nível vem caindo devido à falta de chuvas. Desta vez, o período de racionamento foi mais prolongado.

A pedagoga Euricléia Barreto, moradora de Irecê, trabalha o dia inteiro, mas, prevenida, não deixa de armazenar água em casa em todos os recipientes possíveis. “Independente de racionamento, a gente tem que guardar água, pois não sabemos o dia de amanhã”, comentou a educadora.

Essa postura de Euricléia reflete um hábito de família. “Quando eu era criança, a gente tinha que buscar água fora da cidade, e arma-zenar em camburões, pois a água encanada não era suficiente. Hoje eu faço a mesma coisa que fazia com meus pais no passado”, rela-ta, mostrando os reservatórios e recipientes onde guarda água em casa. Consciente, Euricléia diz que não basta armazenar, tem que economizar. “Eu guardo toda a água usada da máquina de lavar para a limpeza da casa”, diz. A pedagoga economiza até na hora do banho. “Há dias em que dou banho no meu filho dentro de uma bacia, e já reaproveito a água para a descarga”, contou.

A consciência de cada um, segundo Euricléia, vai além das campa-nhas de sensibilização. “Não precisa a Embasa pedir para a gente economizar, cada um tem que começar a mudar suas atitudes den-tro de casa, principalmente nós, sertanejos, que já temos a escas-sez de água praticamente como uma rotina”, finalizou a educadora.

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PREVENÇÃOPREVENÇÃOEm Vitória da Conquista, o racionamento começou há um mês, mas antes,

já tinha gente se preparando para a escassez. É o caso de Paulo Rangel, proprietário de uma concessionária de carros na cidade. Ele resolveu cana-lizar as calhas do seu estabelecimento para coletar água de chuva. “Faço isso não só em termos financeiros, mas também pela natureza, e para dei-xar um mundo melhor para os nossos filhos e netos”, comentou.

Com a pouca chuva que caiu na cidade, desde o início do ano, já deu para perceber que a medida do comerciante deu bons resultados. “É uma medi-da simples, mas que faz a diferença. A água acumulada é utilizada para fa-zer a limpeza dos veículos, limpar o escritório. Com isso, também economizo na conta de água”, concluiu Rangel, que vem gastando, nos últimos meses na concessionária, uma média mensal de oito metros cúbicos de água.

SISTEMA DE SISTEMA DE CAPTAÇÃO CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE ÁGUA DA CHUVA DA CHUVA REALIZADO REALIZADO POR PAULO POR PAULO

RANGEL, RANGEL, EMPRESÁRIO EMPRESÁRIO

DE VITÓRIA DA DE VITÓRIA DA CONQUISTACONQUISTA