[embrapa, 2013]-sistema brasileiro de classificacao dos solos

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Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Solos Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Embrapa Brasília, DF 2013 Sistema Brasileiro de Classificação de Solos 3ª edição revista e ampliada

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  • Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuriaEmbrapa Solos

    Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento

    EmbrapaBraslia, DF

    2013

    Sistema Brasileiro de Classificao de Solos

    3 edio revista e ampliada

  • Embrapa SolosRua Jardim Botnico, 1024CEP 22460-000 Rio de Janeiro, RJFone: (21) 2179-4500Fax:(21) 2274-5291www.cnps.embrapa.br/[email protected]

    Unidade responsvel pelo contedoSecretaria de Gesto Estratgica

    Comit de Publicaes da Embrapa Solos

    PresidenteDaniel Vidal Prez

    Secretria-executivaJacqueline Silva Rezende Mattos

    MembrosMaria Regina Capdeville LaforetAdemar Barros da SilvaClaudia Regina De LaiaMaurcio Rizzato CoelhoElaine Cristina Cardoso FidalgoJoyce Maria Guimares MonteiroAna Paula Dias TurettaFabiano de Carvalho BalieiroQuitria Snia Cordeiro dos Santos

    Todos os direitos reservados.A reproduo no autorizada desta publicao, no todo ou em parte,

    constitui violao dos direitos autorais (Lei n 9.160).

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP).Embrapa Informao Tecnolgica

    Embrapa Informao TecnolgicaParque Estao Biolgica (PqEB) Av. W3 Norte (Final)CEP 70770-901 Braslia, DFFone: (61) 3448-4236Fax: (61) 3448-2494www.embrapa.br/[email protected]

    Unidade responsvel pela edioEmbrapa Informao Tecnolgica

    Coordenao editorialSelma Lcia Lira BeltroLucilene Maria de AndradeNilda Maria da Cunha Sette

    Superviso editorialErika do Carmo Lima Ferreira

    Reviso de textoLetcia Ludwig Loder

    Normalizao bibliogrficaMrcia Maria Pereira de Souza

    Projeto grfico e capa Carlos Eduardo Felice Barbeiro

    1 edio1 impresso (1999): 1.000 exemplares2 impresso (2000): 1.000 exemplares3 impresso (2000): 1.000 exemplares4 impresso (2001): 1.000 exemplares5 impresso (2002): 1.000 exemplares6 impresso (2003): 1.000 exemplares

    2 edio1 impresso (2006): 2.000 exemplares

    3 edio1 impresso (2013): 2.000 exemplares

    Exemplares desta publicao podem ser adquiridos na:

    Embrapa 2013

    Sistema Brasileiro de Classificao de Solos / Humberto Gonalves dos Santos ... [et al.]. 3 ed. rev. ampl. Braslia, DF : Embrapa, 2013.353 p. : il. color. ; cm x cm.

    Inclui anexos.ISBN 978-85-7035-198-2

    1. Pedologia. 2. Nomenclatura. 3. Classificao do solo. 4. Vertissolo. 5. Latos-solo. I. Santos, Humberto Gonalves dos. II. Jacomine, Paulo Klinger Tito. III. Anjos, Lcia Helena Cunha dos. IV. Oliveira, Virlei lvaro de. V. Lumbreras, Jos Francis-co. VI. Coelho, Maurcio Rizzato. VII. Almeida, Jaime Antonio de. VIII. Cunha, Tony Jarbas Ferreira. IX. Oliveira, Joo Bertoldo de.

    CDD 623

  • Agradecemos s instituies de ensino, pesquisa e planejamento e aos pedlogos brasileiros, que tm contribudo com sugestes, comentrios e crticas ao longo do desenvolvimento do Sistema Brasileiro de Classificao de Solos.

  • Marcelo Nunes Camargo

    Engenheiro-agrnomo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), doutor livre-docente em Formao e Classificao de Solos pela UFRRJ, diplomado em Morfologia e Gnese de Solos pela Universidade Estadual da Carolina do Norte (Estados Unidos da Amrica), pesquisador do Servio Nacional de Levantamento e Conservao de Solos (atual Centro Nacional de Pesquisa de Solos) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa), ex-professor adjunto da UFRRJ agraciado, em 1994, com o prmio Moinho Santista na rea de Cincias Agrrias (categoria Solos Agrcolas), dedicou toda a sua vida aos estudos de morfologia, classifi-cao, correlao e cartografia de solos. Vindo a se tornar o maior expoente da pedologia de solos tropicais, coordenou os trabalhos que culminaram com a publicao do Mapa de Solos do Brasil, em 1981.

    Esta pgina uma homenagem e, ao mesmo tempo, uma manifestao pblica de reconhecimento pelos inestimveis servios prestados ao Brasil, no campo da Pedologia, ao inesquecvel companheiro que se dedicou, at os ltimos dias de sua vida, tarefa de contribuir para a consolidao do Sistema Brasileiro de Classificao de Solos.

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  • Apresentao

    A Embrapa Solos, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa), tem a honra de apresentar sociedade e, em especial, comunidade de Cincia do Solo, a terceira edio do Sistema Brasileiro de Classificao de Solos (SiBCS).

    Esta obra o resultado da experincia coletiva em solos brasileiros, en-volvendo colaboradores de diversas instituies nacionais, sob a liderana e coordenao da Embrapa Solos. Sua estrutura organizacional composta por um Comit Executivo, um Comit Assessor Nacional, Comits Regionais e Ncleos de Discusso e Colaborao.

    O desenvolvimento do SiBCS tem sido, desde a sua retomada em 1995, o resultado do trabalho conjunto de estudiosos das reas de gnese, morfolo-gia e classificao de solos de vrias instituies de pesquisa e ensino do Brasil. Embrapa Solos coube a coordenao deste trabalho, incluindo ainda o papel de articuladora das aes necessrias para viabilizar a consecuo dos objetivos propostos. O Comit Executivo, cujos membros so os autores desta publicao, o responsvel pelo trabalho de avaliao, consolidao, organizao e redao final do documento.

    O SiBCS , hoje, um projeto de pesquisa e desenvolvimento inserido na programao de pesquisa da Embrapa.

    Alm do grande e louvvel esforo necessrio para sobrepujar as dificul-dades inerentes ao desenvolvimento de um sistema prprio para a classificao dos solos brasileiros, incluindo as dificuldades de acesso e de recursos humanos e financeiros, foram necessrios arrojo e coragem para acreditar que j havia no Pas cientistas bem formados e capacitados para investigar, entender e organizar o co-nhecimento sobre os solos tropicais. A diversidade e as peculiaridades desses solos no eram totalmente contempladas nos sistemas existentes, desenvolvidos para outras condies climticas e de terreno. Na origem da Cincia do Solo no Brasil, que veio a culminar no atual SiBCS, destacam-se os nomes do seu lder e, talvez, seno certamente, o mais dedicado pesquisador deste tema, Dr. Marcelo Nunes Camargo, e de outro importante colaborador, o Dr. Jakob Bennema (Universidade de Wageningen, Holanda). Nos anos seguintes, o trabalho foi mantido por vrios pesquisadores e professores, em suas respectivas instituies de origem, em todo o

  • Pas, que se dedicam ao estudo e aprofundamento do tema classificao de solos. Dentre os participantes, vrios so membros dos Comits e Ncleos de Discusso e Colaborao, aos quais estendemos os agradecimentos de todos que atuam em Pedologia no Brasil.

    Apesar dos momentos difceis por que passou nas dcadas de 1980 e 1990, a Pedologia vem ganhando novamente o interesse da sociedade, no Brasil e no mundo, pois no se pode deixar de considerar o recurso solo em todas as questes de produo de alimentos, fibras e energia, mudanas climticas e sustentabilida-de ambiental. Assim, conhecer os solos para melhor manej-los atravs da otimi-zao da aplicao de prticas agronmicas sustentveis, bem como para executar planejamento de uso das terras atravs de zoneamentos, tornou-se indispensvel, inclusive para a definio de polticas pblicas.

    Vale destacar que as ideias e propostas emanadas das Reunies de classifica-o e correlao de solos (RCCs), que contam com a participao de pedlogos de todo o Brasil (formando uma rede de especialistas que passam de 10 a 12 dias no campo, intensivamente discutindo os solos de uma regio), so implementadas sob os auspcios da Embrapa Solos e seus parceiros. Os resultados dessas reunies e outras sugestes e crticas recebidas, atravs do blog do SiBCS1, de usurios que aplicam o SiBCS desde 1999 tm sido avaliados pelo Comit Executivo, e muitos deles, quando h consenso, so incorporados ao SiBCS. Assim, desde a segunda edio do SiBCS, foram realizadas 3 RCCs (em Santa Catarina, Acre e Mato Grosso do Sul), as quais contriburam significativamente para o aperfeioamento do sistema. Para realizao dessas RCCs, houve apoio estratgico e financeiro da Embrapa e de outras instituies de ensino e pesquisa, bem como apoio financeiro de rgos de fomento pesquisa cientfica, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq), a Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (Capes), a Fundao de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentvel do Estado de Santa Catarina (Fundagro), a Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e a Fundao de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Cincia e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect).

    A elaborao do SiBCS, na qual estiveram envolvidas diversas instituies de ensino e pesquisa de todo o Brasil, representa um claro exemplo de parceria bem-sucedida para a retomada desse tema como um projeto nacional, de interesse e responsabilidade da comunidade da Cincia do Solo do Brasil. Hoje, o SiBCS tem abrangncia nacional e adotado em cursos de Cincias Agrrias e outros de todas as universidades brasileiras, alm de ser tema de um dos livros mais vendidos

    1 Disponvel em: .

  • da Embrapa. H interesse inclusive em que, em breve, tenhamos sua verso em formato digital (e-book).

    O SiBCS, nesta terceira edio, continua a ser um sistema hierrquico de classificao e busca consolidar a sistematizao taxonmica que expresse o conhecimento presente para a discriminao de classes de solos identificadas no Pas. As alteraes realizadas nesta terceira edio em relao edio anterior compreendem desde mudanas nos critrios e conceitos de horizontes at a incorporao de classes de solos em nvel categrico de subordem, grande grupo, subgrupo e famlia. Contudo, a Pedologia e a classificao de solos, devido sua prpria natureza escala-dependente, no so finitas per se. possvel que essa sistematizao se apresente ainda incompleta na forma atual em razo da existncia, no Pas, de solos ainda desconhecidos (e que possam justificar a incluso de novas classes em diferentes nveis categricos do sistema) e da natureza inerente a um sistema de classificao, qual seja, a de evoluir e se adequar ao avano da cincia, com insero de novas classes e modificao de antigas medida que novo conhecimento cientfico gerado.

    Portanto, solicitam-se aos usurios a contnua experimentao e aplicao do SiBCS e o envio de sugestes e crticas para que o Brasil possa contar com mate-rial para novas edies aprimoradas do sistema.

    Aos pioneiros e s geraes atuais de pesquisadores dedicados classifica-o de solos no Brasil nossos sinceros parabns pela evoluo do conhecimento sobre o tema.

    Maria de Lourdes Mendona Santos BrefinChefe-Geral da Embrapa Solos

  • Nota do Comit Executivo

    Na presente edio, o Sistema Brasileiro de Classificao de Solos (SiBCS) mantm a mesma estrutura geral, incorpora mudanas, redefinies e correes, est liberado para o uso e pode ser citado e correlacionado com outros sistemas.

    Esta obra ser aperfeioada ao longo de anos futuros, conforme deter- minado pelo uso efetivo em levantamentos de solos, estudos de correlao de solos e pesquisas na rea de Cincia do Solo.

    As alteraes aqui apresentadas foram disponibilizadas para testes e vali-dao pelos usurios (SANTOS et al., 2009, 2012) e parcialmente apresentadas nos Congressos Brasileiros de Cincia do Solo de 2009 e 2011. Abrangem desde defini-es e conceitos bsicos at reestruturaes de classes em todos os nveis categ-ricos. Tais mudanas so reflexos das sugestes e crticas recebidas de usurios do SiBCS e, sobretudo, das ideias e propostas emanadas das ltimas quatro Reunies de classificao e correlao de solos (RCCs) realizadas nas regies Sul, Sudeste e Norte do Pas (REUNIO..., 2000, 2005, 2008, 2010a, 2010b, 2012). As RCCs tradi-cionalmente tm permitido a validao e o aperfeioamento do SiBCS, bem como a uniformizao de critrios, o intercmbio interinstitucional e a transferncia de informaes entre profissionais da Cincia do Solo.

    Dentre os aperfeioamentos, destacam-se ajustes, correes e redefinies de conceitos bsicos relativos a saturao por bases, carter flvico, carter plnico, carter rbrico, cerosidade, superfcie de compresso, horizontes A antrpico, B textural, B latosslico, B incipiente, B ntico, B espdico, B plnico e horizonte glei. sugerida a criao do carter retrtil, referindo-se retrao acentuada da massa do solo aps exposio e secamento de perfis de solos (condio tpica de alguns Latossolos e Nitossolos do Sul do Pas at ento com reconhecidas dificuldades na sua identificao e classificao taxonmica), e dos caracteres espdico, redxico e smbrico. Alteraes de redao, de eliminao ou incorporao de classes de solos so propostas nos nveis categricos de ordem (Chernossolos, Espodossolos, Gleissolos, Luvissolos, Nitossolos e Planossolos), de subordem (Cambissolos Hmicos, incluso de Hsticos nos Cambissolos, Latossolos Brunos, Nitossolos Brunos, Neossolos Flvicos e Planossolos Ntricos), de grande grupo (incluso dos Alumnicos, Distrficos e Eutrficos nos Argissolos Bruno-Acinzentados, incluso de Alticos nos Cambissolos Hmicos, incluso dos Petroclcicos nos Chernossolos

  • Rndzicos, incluso de Sdicos nos Gleissolos Melnicos e Gleissolos Hplicos, excluso de Acrifrricos e cricos nos Latossolos Brunos, redefinio da seo de controle, no terceiro nvel categrico, nos Gleissolos Melnicos, Gleissolos Hplicos, Neossolos Flvicos e Planossolos Hplicos) e de subgrupo (incluses de inmeras classes de solos), bem como no nvel categrico de famlia (criao dos subgru-pamentos texturais e de atividade da frao argila). tambm apresentada uma proposta de ordenao de legenda de identificao de solos.

    Para dar mais autonomia aos usurios do SiBCS, o Comit Executivo de Classificao de Solos (CE) deliberou que novas classes em nvel de subgrupo podem ser inseridas nas chaves de 4 nvel categrico, devendo ser enviada ao CE uma cpia do perfil correspondente para que essa nova classe possa ser incorporada oficialmente ao sistema. tambm deliberao do CE, por consenso, com base em sugestes de colaboradores e usurios, que subgrupos existentes e j definidos podem ser utilizados em outros grandes grupos, em que no constem suas ocorrncias.

    Ao classificar um determinado solo, permitida ao classificador a autono-mia de fazer as possveis combinaes para o 4 nvel, logicamente utilizando sub-grupos j relacionados no SiBCS, listados em ordem de importncia taxonmica (hsticos, salinos, soldicos, por exemplo).

    Esta edio substitui a classificao de solos que vinha sendo utilizada na Embrapa Solos (CAMARGO et al., 1987; SISTEMA..., 1999, 2006) e todas as aproximaes anteriores (EMBRAPA,1980f, 1981,1988c, 1997b).

    Objetivando que o SiBCS seja continuamente aprimorado, juntamente com a evoluo cientfica e do conhecimento dos solos brasileiros, solicita-se aos usurios o envio peridico de crticas e sugestes, que devero ser encaminhadas ao CE para o endereo eletrnico .

    Doravante, as atualizaes mais urgentes, sempre que necessrias, podero ser acessadas permanentemente no blog do SiBCS1.

    1 Disponvel em: .

  • Trajetria evolutiva do Sistema Brasileiro de

    Classificao de Solos1

    A classificao de solos no Brasil tem sido matria de interesse essencial-mente motivado pela necessidade decorrente de levantamentos pedolgicos, os quais, por natureza, constituem gnero de trabalho indutor de classificao de solos.

    A classificao pedolgica nacional vigente consiste numa evoluo do antigo sistema americano, formulado por Baldwin et al. (1938) e modificada por Thorp e Smith (1949). Esta classificao, que veio a ser nacionalizada, tem sua base fundada, em essncia, nos conceitos centrais daquele sistema americano, contan-do, porm, com o amparo complementar de exposies elucidativas de conceitos e critrios proporcionados por algumas obras-chave, principalmente as de autoria de Kellogg (1949) e Kellogg e Davol (1949) sobre Latossolos; Simonson (1949) re-ferente a Podzlicos Vermelho-Amarelos; Winters e Simonson (1951) e Simonson et al. (1952) pertinentes a diversos grandes grupos de solos; Estados Unidos (1951) relativa a Solos Glei e Solos Salinos e Alcalinos; Tavernier e Smith (1957) acerca de Cambissolos; Oakes e Thorp (1951) sobre Rendzinas e Vertissolos (Grumossolos). Os conceitos centrais do antigo sistema americano formam a base da atual classificao brasileira transmudada, cuja esquematizao atual descende de modificaes de critrios, alterao de conceitos, criao de classes novas, desmembramento de algu-mas classes originais e formalizao de reconhecimento de subclasses de natureza transicional ou intermediria. O processo foi sempre motivado pela apropriao das modificaes s carncias que se iam revelando, com a realizao de levantamentos em escalas mdias e pequenas, em que concorriam classes de categorias hierrqui-cas mais elevadas. O enfoque principal sempre esteve dirigido ao nvel hierrquico de grandes grupos de solos, aliado ao exerccio da criatividade tentativa no que corresponde ao nvel de subgrupo, posto que classes dessa categoria nunca foram estabelecidas no sistema primitivo (BALDWIN et al., 1938; THORP; SMITH, 1949).

    As modificaes se iniciaram na dcada de 1950, com os primeiros levanta-mentos pedolgicos realizados pela ento Comisso de Solos do Centro Nacional de Ensino e Pesquisas Agronmicas (CNEPA). Tornaram-se mais intensas a partir do

    1 Adaptado de JACOMINE, P. K. T.; CAMARGO, M. N. Classificao pedolgica nacional em vigor. In: ALVAREZ V. V. H.; FONTES, L. E. F.; FONTES, M. P. F. (Ed.). O solo nos grandes domnios morfoclimticos do Brasil e o desenvolvimento sustentado. Viosa: Sociedade Brasileira de Cincia do Solo: Ed. da Universidade Federal de Viosa, 1996. p. 675-688.

  • final daquela dcada, com amplo uso de princpios que foram sendo reconheci-dos em paralelo s aproximaes com o novo sistema americano de classificao de solos, que ento se desenvolvia (ESTADOS UNIDOS, 1960), dando origem ao Soil Taxonomy, classificao oficial atualmente vigente naquele pas (ESTADOS UNIDOS, 1975). Muitas concepes surgidas com a produo desse novo sistema foram absorvidas na classificao em uso no Brasil. Igualmente, alguns conceitos e critrios firmados no esquema referencial do mapa mundial de solos (FAO, 1974) foram tambm assimilados no desenvolvimento da classificao nacional.

    No levantamento pedolgico do Estado de So Paulo (BRASIL, 1960), foi reconhecido que horizontes pedogenticos distintivos, prprios de determinados solos, so legtimos como critrio diagnstico para estabelecimento e definio de classes de solos em se tratando de sistema natural de classificao. Assim, foram, pela primeira vez no Brasil, empregados conceitos de horizonte B latosslico e horizonte B textural.

    Como contribuies adicionais das pesquisas bsicas de levantamento de solos daquele trabalho para a classificao pedolgica brasileira, contam-se a conceituao de Latossolos e a subdiviso tentativa de classes dos Latossolos em decorrncia das variaes encontradas (Latossolo Roxo, Latossolo Vermelho-Escuro, Latossolo Vermelho-Amarelo, Latossolo Vermelho-Amarelo Hmico); a criao da classe Terra Roxa Estruturada; e a subdiviso dos Solos Podzlicos em razo mormente de distines texturais entre solos, expresso do B textural no perfil, extraordinrio contraste textural entre os horizontes eluviais e o B textural e, sobretudo, elevada saturao por bases no B textural ou mesmo no solum, condi-o at ento no explicitada na classificao de solos podzlicos tropicais.

    J o levantamento pedolgico realizado no sul de Minas Gerais (BRASIL, 1962) reconhece o horizonte B incipiente, diagnstico para a classe que abrigava os Solos Brunos cidos precursora da classe Cambissolos.

    Da por diante, os levantamentos pedolgicos, que vinham sendo executados pela Comisso de Solos e por instituies sucessoras, foram demandando adequao aos solos que foram sendo identificados, especialmente no que diz respeito s diversi-dades de atributos e variabilidade morfolgica e de constituio. Por consequncia, modificaes e acrscimos foram sendo adotados, envolvendo reajustes e inovaes em critrios distintivos, resultando nas normas descritas pela Embrapa (1988a).

    Assim, reparties de grandes grupos iniciais foram sendo estabelecidas, decorrentes de disparidade em saturao por bases, atividade das argilas que tm como expresso a capacidade de troca de ctions dos coloides inorgnicos,

  • saturao por sdio, presena de carbonato de clcio, mudana abrupta de textura para o horizonte B, entre outros distintivos.

    A coleo de critrios veio a abranger variados atributos diagnsticos, a par de diversos tipos de horizontes A, de horizontes B e de outros horizontes diag-nsticos de posio varivel nos perfis de solo, os quais foram assimilados com o correr do desenvolvimento do novo sistema americano de classificao pedolgica (ESTADOS UNIDOS, 1960; 1975) e do esquema FAO (1974).

    Grande nmero de classes de solos de alto nvel categrico foram includas para incorporar a classificao de tipos de solos expressivamente distintos, os quais foram sendo identificados durante levantamentos pedolgicos realizados na ampla diversidade de ambincias climticas, geomrficas, vegetacionais e geolgicas do territrio nacional.

    O outro aditamento ao sistema adveio de estudo de verificao de solos na regio Sul do Pas, dando a conhecer, no planalto de Curitiba, solos sui generis, motivando a proposio da classe Rubrozm (BRAMO; SIMONSON, 1956).

    Tambm da dcada de 1950 provm o reconhecimento da classe Hidromrfico Cinzento (BRASIL, 1958), constituindo derivao a partir de Planossolo e Glei Pouco Hmico do sistema americano, ento vigentes (BALDWIN et al., 1938; THORP; SMITH, 1949).

    Posteriormente distino das classes Latossolo Roxo, Latossolo Vermelho-Escuro e Latossolo Vermelho-Amarelo reportadas igualmente no referido levanta-mento do Estado de So Paulo, outras classes foram acrescidas com o estabeleci-mento de Latossolo Amarelo pelos trabalhos de Day (1959) e Sombroek (1961) na Amaznia; de Latossolo Bruno identificado por Lemos et al. (1967) no Rio Grande do Sul; de Latossolo Variao Una de constatao a partir de 1963 no sul da Bahia (EMBRAPA, 1977/1979); e de Latossolo Ferrfero como conceituado por Camargo (1982). A propsito da distino de Latossolos, Camargo et al. (1988) prestam conta da classificao desses solos no Pas.

    Areias Quartzosas constituem classe de solos reconhecida desde o incio da dcada de 1960 (BRASIL, 1960) para formar grupo independente, desmembrado dos Regossolos classe tornada menos abrangente pela excluso daqueles solos quart-zosos definidos como solos pouco desenvolvidos em virtude da prpria natureza refratria do material quartzoso, resultante em pouca evoluo pedogentica.

    Modificao de conceito no incio da dcada de 1970, induzida pela reali-dade de solos identificados em diversas verificaes de campo, tornou efetivada a classe Solos Litlicos (BRASIL, 1971a, 1972a).

  • No levantamento pedolgico do Cear, foram constatados Solos Podzlicos com caractersticas peculiares e atpicas em relao a concepes originais de classes estabelecidas destes solos, o que motivou o reconhecimento da classe Podzlico Acinzentado (BRASIL, 1973b).

    Similarmente, outros solos podzlicos atpicos, formados em cobertura atinente Formao Barreiras (e congneres), como contraparte de Latossolos Amarelos, motivaram a proposta de estabelecimento da classe Podzlico Amarelo (REUNIO DE CLASSIFICAO..., 1979).

    Solos de identificao problemtica, visualizados como similares a Terra Roxa Estruturada (contudo diferenciados pela cor relacionada aos constituintes oxdicos), tm sido encontrados na regio Sul, e sua discriminao vem sendo contemplada com a formulao da classe Terra Bruna Estruturada (EMBRAPA, 1979; CARVALHO, 1982).

    Plintossolo constitui classe firmada no trmino da dcada de 1970 (EMBRAPA, 1980b), como resultado de anos de reflexo sobre a validade da concei-tuao dos atuais Plintossolos como classe individualizada no sistema referencial. Grande parte dessa classe integrada pelos vrios solos da antiga classe Laterita Hidromrfica, com agregao de parte dos solos de algumas outras classes, con-ceituadas antes do Plintossolo.

    O ltimo acrscimo importante ao sistema referencial foi a classe Podzlico Vermelho-Escuro (CAMARGO et al., 1982), provendo grupo parte de solos distintos da tradicional classe Podzlico Vermelho-Amarelo. O posicionamento dessa nova classe homlogo ao dos demais podzlicos e se coloca em contraparte a Latossolo Vermelho-Escuro. A classe estabelecida inclui parte desmembrada de Podzlico Vermelho-Amarelo e engloba a totalidade da extinta Terra Roxa Estruturada Similar.

    Estas foram importantes mudanas que incidiram na trajetria da classifi-cao de solos no sentido de sua nacionalizao, ora efetivada atravs das quatro aproximaes elaboradas de 1980 a 1997 e da publicao do Sistema Brasileiro de Classificao de Solos (EMBRAPA, 1998; SISTEMA..., 1999, 2006). A correlao entre as classes de solos do SiBCS (3 edio) e as anteriormente utilizadas no Brasil at a publicao de sua 1 edio (em 1999) mostrada no Anexo F.

    Mudanas relevantes ocorreram nesta 3a edio do SiBCS, que compreen-dem desde o nvel de ordem at o nvel de famlia, havendo redefinio, reestrutu-rao, extino e incluso de classes, conforme discutido e aprovado pelo Comit Executivo de Classificao de Solos (SANTOS et al., 2003, 2009, 2012).

  • Sumrio

    Introduo ....................................................................................................................... 25

    Definio de solo ............................................................................................................ 27

    CAPTULO 1 Atributos diagnsticos

    Outros atributos ....................................................................................... 29

    Atributos diagnsticos ...................................................................................................... 29

    Material orgnico .................................................................................................. 29

    Material mineral .................................................................................................... 29

    Atividade da frao argila ...................................................................................... 29

    Saturao por bases ............................................................................................. 30

    Mudana textural abrupta ..................................................................................... 30

    Plintita .................................................................................................................. 31

    Petroplintita .......................................................................................................... 31

    Superfcie de frico (slickensides) ....................................................................... 32

    Carter crico ....................................................................................................... 32

    Carter altico ....................................................................................................... 32

    Carter alumnico .................................................................................................. 32

    Carter argilvico .................................................................................................. 33

    Carter carbontico............................................................................................... 33

    Carter hipocarbontico ........................................................................................ 33

    Carter coeso ....................................................................................................... 33

    Carter concrecionrio .......................................................................................... 34

    Carter crmico .................................................................................................... 34

    Carter drico ....................................................................................................... 34

    Carter ebnico .................................................................................................... 34

    Carter espdico ................................................................................................... 35

    Carter utrico ...................................................................................................... 35

    Carter flvico ...................................................................................................... 35

    Carter litoplntico ................................................................................................. 35

    Carter plnico ..................................................................................................... 36

    Carter plntico ..................................................................................................... 36

    Carter redxico ................................................................................................... 36

    Carter retrtil ...................................................................................................... 37

    Carter rbrico ...................................................................................................... 38

  • Carter slico ........................................................................................................ 38

    Carter salino ....................................................................................................... 38

    Carter sdico....................................................................................................... 38

    Carter soldico .................................................................................................... 39

    Carter smbrico .................................................................................................. 39

    Carter vrtico ...................................................................................................... 40

    Contato ltico ......................................................................................................... 40

    Contato ltico fragmentrio .................................................................................... 40

    Materiais sulfdricos .............................................................................................. 40

    Teor de xidos de ferro.......................................................................................... 41

    Grau de decomposio do material orgnico ......................................................... 42

    Outros atributos ................................................................................................................ 43

    Cerosidade............................................................................................................ 43

    Superfcie de compresso ..................................................................................... 44

    Gilgai .................................................................................................................... 44

    Autogranulao (self-mulching) ............................................................................. 44

    Relao silte/argila ............................................................................................... 45

    Minerais alterveis ................................................................................................ 45

    Grupamento textural ............................................................................................. 46

    Distribuio de cascalhos no perfil ........................................................................ 47

    Constituio esqueltica do solo ........................................................................... 47

    CAPTULO 2 Horizontes diagnsticos superficiais

    Horizontes diagnsticos subsuperficiais ............................................... 49

    Horizontes diagnsticos superficiais ................................................................................. 49

    Horizonte hstico ................................................................................................... 49

    Horizonte A chernozmico ..................................................................................... 50

    Horizonte A hmico ............................................................................................... 51

    Horizonte A proeminente ....................................................................................... 52

    Horizonte A antrpico ............................................................................................ 52

    Horizonte A fraco................................................................................................... 53

    Horizonte A moderado ........................................................................................... 53

    Horizontes diagnsticos subsuperficiais ............................................................................ 53

    Horizonte B textural............................................................................................... 53

    Horizonte B latosslico .......................................................................................... 56

    Horizonte B incipiente ........................................................................................... 59

    Horizonte B ntico .................................................................................................. 61

  • Horizonte B espdico ............................................................................................ 62

    Horizonte B plnico ............................................................................................... 65

    Horizonte lbico .................................................................................................... 66

    Horizonte plntico .................................................................................................. 67

    Horizonte concrecionrio ....................................................................................... 68

    Horizonte litoplntico ............................................................................................. 69

    Horizonte glei ........................................................................................................ 69

    Horizonte clcico................................................................................................... 71

    Horizonte petroclcico ........................................................................................... 71

    Horizonte sulfrico ................................................................................................ 72

    Horizonte vrtico ................................................................................................... 73

    Fragip ................................................................................................................. 73

    Durip ................................................................................................................... 74

    CAPTULO 3 Nveis categricos do sistema

    Nomenclatura das classes

    Bases e critrios

    Conceito e definio das classes do 1 nvel categrico (ordens) ........ 75

    Nveis categricos do sistema ........................................................................................... 75

    Classes do 1 nvel categrico (ordens) ................................................................. 75

    Classes do 2 nvel categrico (subordens) ............................................................ 76

    Classes do 3 nvel categrico (grandes grupos) .................................................... 77

    Classes do 4 nvel categrico (subgrupos) ............................................................ 77

    5 nvel categrico (famlias) ................................................................................. 77

    6 nvel categrico (sries) .................................................................................... 78

    Nomenclatura das classes ................................................................................................ 78

    Classes de 1, 2, 3 e 4 nveis categricos .......................................................... 79

    5 nvel categrico (famlias) ................................................................................. 80

    6 nvel categrico (sries) .................................................................................... 80

    Bases e critrios ............................................................................................................... 81

    Argissolos ............................................................................................................. 81

    Cambissolos ......................................................................................................... 81

    Chernossolos ........................................................................................................ 82

    Espodossolos ........................................................................................................ 82

    Gleissolos ............................................................................................................. 82

    Latossolos ............................................................................................................ 83

    Luvissolos ............................................................................................................. 83

  • Neossolos ............................................................................................................. 83

    Nitossolos ............................................................................................................. 84

    Organossolos ........................................................................................................ 84

    Planossolos ........................................................................................................... 84

    Plintossolos........................................................................................................... 85

    Vertissolos ............................................................................................................ 85

    Conceito e definio das classes do 1 nvel categrico (ordens) ....................................... 85

    Argissolos ............................................................................................................. 85

    Cambissolos ......................................................................................................... 87

    Chernossolos ........................................................................................................ 88

    Espodossolos ........................................................................................................ 90

    Gleissolos ............................................................................................................. 91

    Latossolos ............................................................................................................ 93

    Luvissolos ............................................................................................................. 94

    Neossolos ............................................................................................................. 96

    Nitossolos ............................................................................................................. 97

    Organossolos ........................................................................................................ 99

    Planossolos ......................................................................................................... 101

    Plintossolos......................................................................................................... 103

    Vertissolos .......................................................................................................... 105

    CAPTULO 4 Classificao dos solos at o 4 nvel categrico ................................ 109

    Chave para a identificao das classes de solos ............................................................. 112

    Chave para as classes do 1 nvel categrico (ordens) ..................................................... 113

    CAPTULO 5 Argissolos .............................................................................................. 117

    Classes do 2 nvel categrico (subordens) ..................................................................... 117

    Classes do 3 nvel categrico (grandes grupos).............................................................. 118

    Classes do 4 nvel categrico (subgrupos) ..................................................................... 121

    CAPTULO 6 Cambissolos .......................................................................................... 141

    Classes do 2 nvel categrico (subordens) ..................................................................... 141

    Classes do 3 nvel categrico (grandes grupos).............................................................. 141

    Classes do 4 nvel categrico (subgrupos) ..................................................................... 145

    CAPTULO 7 Chernossolos ......................................................................................... 159

    Classes do 2 nvel categrico (subordens) ..................................................................... 159

    Classes do 3 nvel categrico (grandes grupos).............................................................. 160

    Classes do 4 nvel categrico (subgrupos) ..................................................................... 161

  • CAPTULO 8 Espodossolos ......................................................................................... 167

    Classes do 2 nvel categrico (subordens) ..................................................................... 167

    Classes do 3 nvel categrico (grandes grupos).............................................................. 167

    Classes do 4 nvel categrico (subgrupos) ..................................................................... 170

    CAPTULO 9 Gleissolos .............................................................................................. 177

    Classes do 2 nvel categrico (subordens) ..................................................................... 177

    Classes do 3 nvel categrico (grandes grupos).............................................................. 177

    Classes do 4 nvel categrico (subgrupos) ..................................................................... 180

    CAPTULO 10 Latossolos............................................................................................ 197

    Classes do 2 nvel categrico (subordens) ..................................................................... 197

    Classes do 3 nvel categrico (grandes grupos).............................................................. 198

    Classes do 4 nvel categrico (subgrupos) ..................................................................... 201

    CAPTULO 11 Luvissolos ............................................................................................ 215

    Classes do 2 nvel categrico (subordens) ..................................................................... 215

    Classes do 3 nvel categrico (grandes grupos).............................................................. 215

    Classes do 4 nvel categrico (subgrupos) ..................................................................... 216

    CAPTULO 12 Neossolos ............................................................................................ 221

    Classes do 2 nvel categrico (subordens) ..................................................................... 221

    Classes do 3 nvel categrico (grandes grupos).............................................................. 222

    Classes do 4 nvel categrico (subgrupos) ..................................................................... 226

    CAPTULO 13 Nitossolos ............................................................................................ 237

    Classes do 2 nvel categrico (subordens) ..................................................................... 237

    Classes do 3 nvel categrico (grandes grupos).............................................................. 238

    Classes do 4 nvel categrico (subgrupos) ..................................................................... 240

    CAPTULO 14 Organossolos ....................................................................................... 247

    Classes do 2 nvel categrico (subordens) ..................................................................... 247

    Classes do 3 nvel categrico (grandes grupos).............................................................. 248

    Classes do 4 nvel categrico (subgrupos) ..................................................................... 249

    CAPTULO 15 Planossolos ......................................................................................... 255

    Classes do 2 nvel categrico (subordens) ..................................................................... 255

    Classes do 3 nvel categrico (grandes grupos).............................................................. 255

    Classes do 4 nvel categrico (subgrupos) ..................................................................... 257

  • CAPTULO 16 Plintossolos ......................................................................................... 265

    Classes do 2 nvel categrico (subordens) ..................................................................... 265

    Classes do 3 nvel categrico (grandes grupos).............................................................. 266

    Classes do 4 nvel categrico (subgrupos) ..................................................................... 267

    CAPTULO 17 Vertissolos ........................................................................................... 277

    Classes do 2 nvel categrico (subordens) ..................................................................... 277

    Classes do 3 nvel categrico (grandes grupos).............................................................. 278

    Classes do 4 nvel categrico (subgrupos) ..................................................................... 279

    CAPTULO 18 Definies provisrias para 5 e 6 nveis categricos (famlias e sries) .............................................................. 284

    5 nvel categrico (famlias) ........................................................................................... 284

    6 nvel categrico (sries) .............................................................................................. 290

    CAPTULO 19 Critrios para distino de fases de unidades de mapeamento ...... 293

    Fases e condies edficas indicadas pela vegetao primria ....................................... 293

    Fases de relevo ............................................................................................................... 296

    Fases de pedregosidade ................................................................................................. 297

    Fases de rochosidade ..................................................................................................... 298

    Fase erodida ................................................................................................................... 298

    Fase de substrato ........................................................................................................... 298

    Referncias .................................................................................................................. 299

    Anexos .......................................................................................................................... 311

    Anexo A Classes de drenagem ..................................................................................... 311

    Anexo B Mtodos de anlises de solos adotados pela Embrapa Solos .......................... 313

    Anexo C Simbologia para as classes de 1, 2 e 3 nveis categricos .......................... 321

    Anexo D Ordenao de legenda de identificao de solos ............................................ 336

    Anexo E Padronizao das cores das classes de 1 e 2 nveis categricos para uso em mapas de solos .......................................................................... 337

    Anexo F Correlao entre as classes do SiBCS e classificaes usadas anteriormente ........................................................... 339

    Anexo G Correspondncia aproximada entre SiBCS, FAO/WRB e Soil Taxonomy para classes de solos em alto nvel categrico ............................................... 340

    Anexo H Perfis representativos das classes de solos .................................................... 342

  • Introduo

    O Sistema Brasileiro de Classificao de Solos (SiBCS) o sistema taxonmico oficial de classificao de solos do Brasil. uma prioridade nacional compartilhada com vrias instituies de ensino e pesquisa do Pas desde as primeiras tentativas de organizao, a partir da dcada de 1970, com base em aproximaes sucessivas, buscando definir um sistema hierrquico, multicategrico e aberto, que permita a incluso de novas classes e que torne possvel a classificao de todos os solos existentes no territrio nacional.

    No perodo entre 1978 e 1997, foram elaboradas: a 1 aproximao (EMBRAPA, 1980f ), a 2 aproximao (EMBRAPA, 1981), a 3 aproximao (EMBRAPA, 1988c) e a 4 aproximao (EMBRAPA, 1997b), compreendendo discusses, orga-nizao, circulao de documentos para crticas e sugestes, assim como a divul-gao, de incio restrita, entre participantes e membros da comunidade cientfica, culminando com as publicaes da 1 e da 2 edies do SiBCS (SISTEMA..., 1999, 2006) amplamente divulgadas nacional e internacionalmente e adotadas no Brasil.

    O aperfeioamento permanente do SiBCS um projeto nacional, de interes-se e responsabilidade da comunidade de Cincia do Solo do Pas e coordenado pela Embrapa Solos. Tem como fundamento as parcerias institucionais, os estudos anteriores e a evoluo recente dos conhecimentos na rea de Cincia do Solo.

    Os pontos de referncia iniciais para a 1 e a 2 edies foram a 3 aproxi-mao do sistema (EMBRAPA, 1988c) e as seguintes publicaes: Mapa mundial de suelos (FAO, 1990), Rfrentiel pdologique franais e Rfrentiel pdologique (ASSOCIATION FRANAISE POUR LTUDE DU SOL, 1990, 1995), Keys to soil taxonomy (ESTADOS UNIDOS, 1994, 1998, 2006, 2010) e World reference base for soil resources (FAO, 1994, 1998, 2006). Esta 3 edio do SiBCS , luz de conhecimentos e pesquisas geradas no Pas e no exterior (ESTADOS UNIDOS, 1999; ISBELL, 1996), o resultado de uma reviso e atualizao dos parmetros e critrios utilizados na 2 edio (SISTEMA..., 2006) e de aproximaes anteriores, bem como da incorpora-o de sugestes e contribuies enviadas pela comunidade cientfica.

    O projeto de desenvolvimento e validao do SiBCS est gerando aes em trs instncias de discusso e deciso, compreendendo grupos interinstitucionais organizados e atuantes em nveis nacional, regional e local e contando com equipes nas universidades, em instituies pblicas estaduais ou federais e/ou instituies privadas, que tm trabalhado na execuo de levantamentos de solos, na elaborao de dissertaes e teses e em outras atividades relacionadas a este tema.