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pp. 2-3
p. 9BARCELONA EM PORTUGUÊSNewsletter mensal para osportugueses a residir emBarcelona
Nesta edição:
Editorial_____________________________Portugueses por cá_________________________________Iniciativas e Eventos________________________________Notícias________________________________À descoberta de Barcelona_____________________________F. C. Lusitanos______________________________
N.º 12 – Ano 2 – junho de 2016
BARCELONA
PORTUGUÊSem
EDITORIAL PORTUGUESES POR CÁ
pp. 4-6
pp. 10-11
F. C. LUSITANOS PARQUE CIUTADELLA
É realmente muito engraçado
o que podemos vivenciar en-
quanto passeamos pelo Parque
Ciutadella.
Este mês, fomos conhecer me-
lhor Catarina Ferreira, uma bem-
sucedida portuguesa, que reside
em Barcelona há cerca de 20
anos. Atualmente, tem a sua pró-
pria empresa de assessoria fiscal
e laboral...
Terminou a época do Futebol
Clube Lusitanos de Barcelona, a
equipa de futebol de 11 que ves-
te as cores portuguesas na Barce-
lona International Football League
e onde, ao longo da época,
atuaram mais de 30 jogadores lu-
sos.
Com um cheiro a verão e a féri-
as no ar, o mês de junho traz con-
sigo a folia dos Santos Populares
que transporta o nosso pensamen-
to para arraiais, bailaricos, foguei-
ras e ruas cobertas de balões e
mastros de todas as cores.
EDITORIAL
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Editorial
Paulo Teles da Gama
Com um cheiro a verão e a fé-
rias no ar, o mês de junho traz con-
sigo a folia dos Santos Populares
que transporta o nosso pensa-
mento para arraiais, bailaricos,
fogueiras e ruas cobertas de ba-
lões e mastros de todas as cores.
Por Portugal, a festa anima as noi-
tes de S. António, S. João e S. Pedro
e na Catalunha celebra-se eufo-
ricamente o Sant Joan.
Em Lisboa, a festa tradicional
é dedicada ao Santo António, co-
nhecido como o santo
casamenteiro por conta da aju-
da que dava a moças humildes
para conseguirem um dote e um
enxoval para o casamento. Reza
a tradição que no dia 13 de ju-
nho as mulheres solteiras oram
para que Santo António lhes tra-
ga o amor das suas vidas. Lá diz
a sabedoria popular:
«Santo António,
Santo Antoninho,
Arranja-me lá um maridinho...»
E não seriam “Santos” se não
se cumprisse a tradição das mar-
chas populares que desfilam na
Avenida da Liberdade. Enchen-
do-se de mil e uma cores garri-
das que desbotam das fatiotas
dos figurantes que foram
confecionados ao longo do ano
com todo o espírito bairrista.
Mas o ponto alto da festa é a
multidão que sai à rua para co-
mer, beber e dançar noite den-
tro, cobrindo a cidade de alegria
e animação. Começando pela
Mouraria, subindo até à Graça e
descendo até Alfama e depois
até à Bica, em todos estes bairros
reina a boa disposição e paira
no ar o cheiro a sardinha assada
e o aroma dos manjericos acom-
panhados de um cravo de papel
e uma quadra alusiva:
«Santo António, Santo António
Que tens tu de especial?
Só sei que na tua festa
Há alegria no arraial.»
Já o Porto tem no São João a
sua festa de eleição. Num misto
religioso (pelo nascimento de São
João Batista) e pagão (celebra-
ção do solstício de verão), é uma
festa cheia de tradições, das
quais se destacam os alhos-
porros, usados para bater nas
cabeças das pessoas que pas-
sam, os ramos de cidreira (e de
limonete), usados pelas mulheres
para pôr na cara dos homens e
o lançamento de balões de ar
quente. A partir dos anos 70, fo-
ram introduzidos os martelos de
plástico que desempenham o
mesmo papel do alho-porro e,
hoje em dia, são os apetrechos
preferidos da multidão que sai à
neste dia de festa.
Um dos pontos altos da noite é
o tradicional fogo de artifício jun-
to ao Rio Douro, numa noite em
que também são frequentes os
saltos sobre fogueiras.
O Porto tem ainda nesta épo-
ca a tradição das cascatas
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EDITORIAL
Paulo Teles da Gama(Cônsul-Geral de Portugal
em Barcelona)
sanjoaninas, uma espécie de
presépio animado, feitas com
esculturas que exemplificam as
artes, ofícios e arquitetura
portuenses.
Se Portugal se enche de festa
neste mês, o mesmo podemos
dizer da Catalunha. Na noite de
23, véspera de São João, a
Catalunha e, em especial, Barce-
lona vestem-se de fogueiras
homéricas e soberbos fogos-de-
artifício. Se nós temos as sardinhas
e o caldo-verde, nesta noite os
catalães comem o típico bolo
chamado Coca de Sant Joan,
que é feito à base de frutos secos
e frutas cristalizadas.
Conhecida como a Nit de Sant
Joan ou a Revetlla de Sant Joan,
esta festa tem origens pagãs e
sagradas. Pagã, porque celebra
o solstício de verão e antes da era
cristã acreditava-se que acender
fogueiras fortalecia o sol, cujo
poder declinava com o solstício
devido ao encurtamento dos
dias. Por outro lado, os povos
acreditavam que as fogueiras ti-
nham um poder purificador ca-
paz de espantar os maus espíri-
tos. Sagrada, porque segundo a
bíblia, Zacarias acendeu uma
fogueira para anunciar o nasci-
mento do seu filho, João Batista,
e daí a tradição das fogueiras em
honra deste santo.
Apesar de cada uma destas
festas contar com as suas própri-
as singularidades, há um fio con-
dutor entre todas elas que com-
prova que são mais as coisas que
nos unem do que aquelas que
nos separam. As festas populares
de junho cruzam-se no tempo e
marcam o início de uma nova
estação. Por isso, com foguetes,
sardinhas ou alho porro, o impor-
tante é festejar!!!
CATARINA FERREIRA:De Felgueira a Barcelona, um percurso singular
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PORTUGUESES POR CÁ...
Catarina Ferreira
Este mês, fomos conhecer me-
lhor Catarina Ferreira, uma bem-
sucedida portuguesa, que reside
em Barcelona há cerca de 20
anos. Atualmente, tem a sua pró-
pria empresa de assessoria fiscal
e laboral, mas o percurso até aqui
não foi fácil, uma vez que teve de
trabalhar e estudar muito para
conseguir o que tem hoje.
Nascida no seio de uma famí-
lia de 17 irmãos, desde cedo ali-
mentava o sonho de seguir as pi-
sadas de uma das irmãs mais ve-
lhas e vir viver para Espanha. E
essa ambição é facilmente justifi-
cável pela falta de perspetivas na
sua terra natal, uma pequena al-
deia pertencente ao distrito de
Aveiro: “Somos de uma aldeia de
agricultores. Portanto, ali o traba-
lho era só na agricultura ou nas
fábricas. Ganhava-se muito pou-
co. Uma das minhas irmãs viu um
anúncio num jornal para um tra-
balho em Espanha e arriscou. Por
exemplo, para França, já quase
todos os emigrantes iam casados,
ia primeiro o marido e depois a
mulher, assim como para a Suíça.
Para Espanha, era mais fácil por-
que a minha
irmã, estan-
do solteira
( n a q u e l a
época) po-
dia assumir-se
como res-
ponsável por
mim. E ga-
nhava-se mui-
to mais aqui
do que em
Portugal. Por
isso, a minha
ilusão desde
pe que n i na
era vir para
Espanha.”
Ainda teve de esperar alguns
anos para concretizar esse sonho;
no entanto, aos 16, pôde final-
mente rumar à capital espanho-
la. “A minha irmã encontrou-me
trabalho em Madrid, a cuidar de
umas crianças. Então, eu vim com
a autorização dos pais e ficando
sob a responsabilidade da minha
irmã. Com 16 anos, podia traba-
lhar em Portugal sem autorização,
mas, para cruzar a fronteira, pre-
cisava desse documento.”,
relembra.
E como veio para Barcelona,
se o seu destino inicial era
Madrid? Catarina explica: “Uns
anos mais tarde, a família para
quem eu trabalhava como ama
decidiu vir viver para Barcelona.
Eu decidi ficar em Madrid, porque
não conhecia nada nem nin-
guém aqui. Mas, passado um
ano, ainda não tinha encontra-
do trabalho e essa família não
encontrava uma ama como eu
5
PORTUGUESES POR CÁ...
em Barcelona. Fizeram-me uma
proposta, subindo-me o salário
que tinha antes, e então arrisquei.”
De ama a assessora fiscal, não
foi um pequeno passo, houve um
longo caminho a percorrer. Co-
mecemos pelo início. Emigrar tão
jovem implicou interromper os seus
estudos no nosso país, no entan-
to, tal não significa que tenha
deixado de investir na sua forma-
ção: “Quando cheguei a
Espanha pus-me a estudar. Em
Madrid, na Embaixada de Portu-
gal, davam aulas aos emigrantes
portugueses e aí continuei os meus
estudos. Estudávamos o mesmo
que em Portugal e ficávamos com
um diploma português. Mas em
Barcelona não havia esse tipo de
aulas. Perguntei no Consulado,
mas não se fazia nada assim. En-
tão, disseram-me para ir à
Generalitat, porque organizavam
aulas para prosseguimento de
estudos, mas com os diplomas
daqui. Passei a frequentar aulas
dois dias por semana pela
Generalitat. Mais tarde, conheci
o meu marido, que me aconse-
lhou a fazer formação profissional
numa área mais específica, de
modo a poder encontrar outro tra-
balho. Assim fiz: primeiro estudei
Felgueira, a aldeia onde nasceu Catarina
informática.” Numa altura em que
a informática e a programação
tinham bastante procura por par-
te de particulares e empresas,
Catarina e o marido viram uma
oportunidade e decidiram abrir
uma academia de programação
de sistemas IBM. “Foi aí que mu-
dei de trabalho e estivemos vári-
os anos a dar formação.”, refere
a nossa entrevistada, para acres-
centar de seguida “Mas o negó-
cio acabou por não correr muito
bem. O equipamento e a manu-
tenção dos sistemas implicavam
um custo muito grande e decidi-
mos fechar a academia. Fiquei
então a trabalhar em casa para
algumas empresas, fazendo pro-
gramação. Quando o volume de
trabalho começou a descer, o
gestor de uma das empresas com
que colaborava, convidou-me
para ir trabalhar com ele, na área
dos impostos, e eu aceitei.” Algum
tempo depois, essa pessoa com
quem ela trabalhava diretamente
resolveu sair dessa empresa e dei-
xou-lhe alguns clientes. Foi desta
forma que esta portuguesa iniciou
a trajetória na área da
PORTUGUESES POR CÁ...
6
Contactos:
mail: [email protected]
telemóvel: (+34) 665 403 909
site: www.maisportugues.org
www.felgueiraasesores.es
fiscalidade e da contabilidade
mercantil e se estabeleceu por
conta própria, corria então o ano
de 2006. Desde então, a carteira
de clientes tem crescido, resulta-
do sobretudo do “boca a boca”,
sendo já muitos aqueles que as-
sessora e de nacionalidades mui-
to diversas: chineses, brasileiros,
egípcios, franceses, ingleses, tur-
cos, entre outros. Curioso é o fac-
to de ter poucos clientes portu-
gueses.
Efetivamente, durante muito
anos, o contacto com outros por-
tugueses em Barcelona pratica-
mente não existiu. No entanto, as
coisas mudaram de há uns tem-
pos para cá: “com a realização
dos Encontros Afterwork de Portu-
gueses em Barcelona, organiza-
dos em parceria pelo Consulado
e pela empresa Idiomplus, passei
a contactar e a conviver com mais
portugueses.”
Foi num desses eventos que
Catarina conheceu outros portu-
gueses, que partilhavam a mes-
ma vontade: que os filhos pudes-
sem aprender formalmente o por-
tuguês aqui em Barcelona, tal
como acontece
noutros países.
Juntou-se, então,
a duas outras por-
tuguesas e cria-
ram a “Associa-
ção Mais Portugu-
ês”, que está a
demorar a arran-
car muito por cul-
pa de todas as
b u r o c r a c i a s
exigidas. A ideia é oferecer aulas
de português com atividades
extracurriculares dentro dos esta-
belecimentos de ensino ou em
outros locais com condições e lo-
calização adequadas.
Catarina confessa que sente
saudades da comida e do
companheirismo das pessoas da
sua aldeia, mas gosta muito de
viver aqui. Pensa voltar para Por-
tugal um dia, quando se reformar:
“A raiz chama sempre. Aqui em
Espanha há zonas muito bonitas,
mas prefiro ir à minha aldeia e
dizer ‘isto é muito bonito!’. Quan-
do tiver a nossa pensão, eu e o
meu marido pensamos ir viver
para lá, porque a vida é mais
barata e é mais sossegado.” Ali-
ás, as suas raízes estão bem pre-
sentes no seu dia a dia, come-
çando no nome da sua empre-
sa: Felgueira Asesores. Felgueira é
o nome da sua aldeia natal. E é
lá que pretende regressar um dia.
EVENTOS E INICIATIVAS
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XVI Prémio Giovanni Pontiero
Mais uma noite de fado em Barcelona
Estão abertas até 19 de setembro as candidatu-
ras ao XVI Prémio Giovanni Pontiero, que galardoará
a melhor tradução para castelhano de uma obra
literária escrita em língua portuguesa e publicada
entre 1 de janeiro de 2014 e 31 de dezembro de
2015.
Os tradutores ou editoras que pretendam
candidatar-se a este prémio deverão enviar cinco
exemplares da tradução, em castelhano e dois
exemplares da obra original, dirigidos ao Secretário
do Júri do XVI Prémio de Tradução Giovanni Pontiero,
para a seguinte morada: Facultat de Traducció i
d’Interpretació, Edifici K, Universitat Autònoma de
Barcelona, 08193 Bellaterra (Barcelona).
O vencedor do prémio será anunciado no dia
27 de outubro de 2016, sendo contemplado com
um prémio monetário, no valor de 6000€.(
Para mais informações deverá contactar o Cen-
tro de Língua Portuguesa / Instituto Camões da UAB,
através do (+34) 935 868 841 ou do email
[email protected]. Pode ainda consultar o
blogue http://institutocamoesbarcelona.blogspot.
com.
Hoje, dia 30 de Junho, o ARTTE, em colabora-
ção com o Consulado, organizará mais uma
noite de Fados, no âmbito do projeto “Casa de
Fados”. Desta vez, a parte musical caberá aos
Fado Violado, projeto que cruza o fado com o
flamenco e que nasceu em de 2008 das mãos
de Ana Pinhal e Francisco Almeida.
E teremos novamente uma ementa portugue-
sa preparada pelo Chef Gonçalo Melo, forma-
dor da Escola de Hotelaria de Coimbra e que
regressou a Barcelona exclusivamente para este
evento.
Jantar + Concerto = 55 Euros
Concerto = 15 Euros
Façam as vossas reservas:
Tel. 934 549 048
8
NOTÍCIAS
Prémio FAD para Portugal
Novo site do Consulado
Pela terceira vez consecutiva, a Arquitetura por-
tuguesa ganhou o Prémio FAD 2016, em cerimónia
que teve lugar em Barcelona, no dia 8 de junho.
Desta vez, a vitória coube ao novo edifício do
Centro de Artes Contemporâneas na Ribeira Gran-
de, Açores, da autoria do Arquiteto João Mendes
Ribeiro.
Os nossos arquitetos estão, por isso, de parabéns,
em especial João Mendes Ribeiro, autor do projeto
vencedor.
Há já algum tempo que havia o desejo de refa-
zer o site do Consulado-Geral de Portugal em Bar-
celona, não só por uma questão de reorganização
dos conteúdos, mas também de modernização da
imagem e linguagem.
Tal como noutras situações, o principal objetivo
é o de chegar à comunidade portuguesa aqui resi-
dente e disponibilizar um portal onde possam con-
sultar as informações mais relevantes.
Este site estará em contínua evolução para que
nos mantenhamos tão atualizados quanto possível.
Por essa razão, agradecem-se todos os comentári-
os, críticas e sugestões para que possam ser melho-
rar os serviços do Consulado. É possível fazê-lo atra-
vés da página de facebook ou através do email
Visitem o novo site, disponível em http://
www.consuladoptbarcelona.com.
À DESCOBERTA DE BARCELONA
99
Parque Ciutadella
*Maria Isabel Ascensão Cruz é de Vila Nova de Gaia, tem 22anos e está a viver há cerca de 2 anos em Barcelona, para ondeveio estudar medicina. É uma colaboradora assídua da nossanewsletter, onde partilha as vivências e descobertas do dia a diade uma portuguesa em Barcelona.
* Por Maria Cruz
Parque Ciutadella
O Sol e o calor são ambos
chamativos à realização de pro-
gramas ao ar livre. Para passear,
fazer desporto, praia, sair de
casa e aproveitar o bom tempo,
basicamente. Mais uma vez, Bar-
celona não nos desilude e está
repleta de parques que nos per-
mitem fazer todo o tipo de
atividades fora de casa e apro-
veitar este clima maravilhoso.
Um dos que mais frequento e
aconselho é o Parque Ciutadella,
que fica muito perto do centro de
Barcelona, com o jardim zoológi-
co no final do mesmo. Para além
disso, o Arco do Triunfo fica mes-
mo acima da entrada principal
deste parque. Por isso, proporcio-
na um belo passeio durante es-
tes dias soalheiros.
O Parque Ciutadella é um lo-
cal agradável para fazer um pi-
quenique com a família e/ou
amigos. Neste sítio, tem uma fon-
te que espanta qualquer pessoa
pelo seu enorme tamanho e be-
leza. É realmente espetacular e
sempre que levo lá alguém que
está de visita solta um “Uau!”. No
entanto, este parque não fica por
aqui... Também é possível dar um
passeio de barco pelo lago. Para
além disto, tem muito espaço
para nos sentar-
mos na relva a des-
cansar, com a op-
ção de encontrar
um sítio à sombra
ou ao sol. Como é
muito frequentado,
por diversas pesso-
as, quase sempre
existe música ambiente e agra-
dável, sendo também frequente
observar pessoas a fazer algum
tipo de desporto ou malabarismo
nunca antes visto. É realmente
muito engraçado o que pode-
mos vivenciar enquanto passea-
mos pelo Parque Ciutadella.
Felizmente, tenho facilidade
de acesso a este parque e sem-
pre que posso e me apetece dar
um passeio, escolho-o. Barcelona
é uma cidade muito completa a
todos os níveis, não nos asfixia
com um ambiente caótico e
stressante de cidade, mas propor-
ciona-nos locais relaxantes onde
podemos partilhar momentos de
lazer com os que nos são mais
próximos.
Parque Ciutadella
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F. C. LUSITANOS
F. C. Lusitanos – Final de época
Terminou a época do Futebol
Clube Lusitanos de Barcelona, a
equipa de futebol de 11 que ves-
te as cores portuguesas na Bar-
celona International Football
League e onde, ao longo da épo-
ca, atuaram mais de 30 jogado-
res lusos.
Os resultados alcançados fi-
caram abaixo do esperado, com
a equipa a terminar no sétimo lu-
gar da Liga B e com um registo
de 31 golos marcados e 40 sofri-
dos, em 17 partidas. Na Taça, os
Lusitanos ficaram-se pela fase de
grupos.
Além das competições oficiais
de futebol de 11, que se dispu-
tam ao sábado, a equipa treina
às segundas-feiras à noite e par-
ticipa num torneio de futebol de
7, às quintas-feiras. Foram tam-
bém vários os jogos amigáveis
disputados ao longo da época,
o último dos quais no dia 25 de
junho, frente a uma equipa do
Ginásio Clube de Corroios, que se
deslocou a Barcelona de propó-
sito para defrontar os Lusitanos.
Os treinos oficiais da equipa
terminam neste mês de junho e
serão reatados apenas no início
da nova época, em setembro.
Ainda assim, até lá é provável
que sejam organizados vários jo-
gos/treinos amigáveis. Se se qui-
ser juntar à equipa, este período
e o início da próxima época po-
derão ser as alturas ideais, mas
os Lusitanos estão sempre aber-
tos à inclusão de novos jogado-
res portugueses ou com alguma
ligação ao nosso país. Pode
contactar a equipa através da
sua página de Facebook
( w w w . f a c e b o o k . c o m /
FCLusitanos), onde também é
possível acompanhar o dia a dia
da equipa e ler as crónicas dos
jogos.
Fora de campo, as atividades
também são constantes, com
destaque este mês para os even-
tos organizados para assistir aos
jogos da seleção portuguesa. Na
estreia, frente à Islândia, esteve
presente a Rádio Catalunya a
entrevistar alguns Lusitanos para
o programa El Club de la Mitjanit
(pode ouvir tudo na página do
Facebook já referida) e, frente à
Àustria, foi a Antena 1 que quis
ouvir as opiniões destes portugue-
ses na Catalunha.
Fazemos votos de que o verão
sirva para os Lusitanos
retemperarem forças e que re-
gressem em peso, em setembro,
mas não com mais peso!
Jogo frente ao Ginásio Clube de Corroios
10
[Excertos retirados das crónicas disponíveis em www.facebook.com/fclusitanos,
por Eduardo Botelho.]
Melhores momentos dos últimos jogos
F. C. Lusitanos 2 – 1 Revolution (9 de abril)
Mas o Fonseca nunca será um jogador de pequenos rendilhados. Não. A sua imagem de marca são
lances como o que deu origem ao nosso primeiro golo. A bola dirigia-se lentamente para a linha de fundo
e um defesa do Revolution achou que seria boa ideia proteger a sua saída, para ganhar o pontapé de
baliza. Um lance normal no futebol. O Fonseca, no entanto, tinha outros planos para aquela jogada. Irrita-
o ver jogadores proteger a saída da bola e, por isso, arrancou na direção da mesma. A partir daí, todos
sabíamos que aquilo não ia acabar bem para o defesa. Tente imaginar, caro leitor. O defesa do Revolution,
assim meio lingrinhas, calmamente, à espera que a bola saísse de campo, enquanto tinha um gajo que
joga futebol americano embalado na sua direção. Fez lembrar aquelas cenas de filmes em que alguém
vai tranquilamente a remar o seu barquinho, a cantarolar uma música alegre e, por isso, não se apercebe
de que vem um enorme e fumegante paquete na sua direção.
Lusitanos 1 – 1 Rayo Catalunya (30 de abril)
Nuno Lobo destacou-se, sobretudo, pelos seus passes de trivela. É que Lobo é um destro a jogar do lado
esquerdo e, quando pressionado, invariavelmente puxa a bola para o lado da linha lateral. Chegado aí,
para evitar usar o pé esquerdo, Lobo tem de fazer o passe de trivela ao longo da linha lateral, o que,
sendo um gesto bonito, acaba muitas vezes por atirar a bola para fora de campo. Imagino a forma como
o Mário de Sá Carneiro descreveria o Lobo, caso tivesse visto o jogo:
Um pouco mais de sol – ele era brasa,
Um pouco mais de azul – ele era além,
Um pouco mais de campo -
E as trivelas teriam saído bem.”
Lusitanos 1 – 1 Le Five Sabadell (14 de maio)
Tudo corria bem e os Lusitanos venciam por 1-0, mas o intervalo trouxe uma visita inesperada: Nossa
Senhora de Fátima. Apareceu brilhando e, à falta de azinheiras, foi pousar em cima da baliza do Le Five
Sabadell. (...) Só assim se explica que não tenhamos conseguido fazer qualquer golo na segunda parte.
F. C. LUSITANOS
11
Consulado Geral de Portugal em Barcelona
Contactos
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(003.493) 318. 81.50
Telefone 2:
(003.493) 318. 81.54
Fax: (003.493) 318. 59.12
Email: [email protected]
Endereço:
Ronda San Pedro, nº 7 - 1º 1ª
08010 Barcelona
Horário de Atendimento:
De 2.ª a 6.ª feira, das 9h às 14:30
Coordenação: Paulo Teles da Gama. Edição: Marina Magalhães. Redação: Eduardo
Botelho, Marina Magalhães e Paulo Teles da Gama. Assessoria de Coordenação: Myriam
Menètrat. Colaboração: Maria Cruz e Ana Serrano
E-mail: [email protected]
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