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EM OLEGÁRIO JOSÉ DE GODOY PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

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EM OLEGÁRIO JOSÉ DE GODOY

PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

2017

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(...) Homens e mulheres seres históricos-sociais, nos tornamos

capazes de comparar, de valorizar, de intervir, de escolher, de

decidir, de romper, por tudo isso, nos fazemos seres éticos. Só

somos porque estamos sendo é a condição entre nós para ser. Não

é possível pensar os seres humanos longe, sequer, da ética, quanto

mais fora dela (....) (Freire, 2010).

(...) A conscientização é, neste sentido um teste de realidade.

Quanto mais conscientização, mais se “desvela”, a realidade, mais

se penetra na essência fenomênica do objeto, frente ao qual nos

encontramos para analisa-lo. Por esta mesma razão, a

conscientização não consiste em estar frente à “realidade”

assumindo uma posição falsamente intelectual. A conscientização

não pode existir fora da “práxis”, ou melhor, sem o ato ação-

reflexão. Esta unidade dialética constitui, de maneira permanente,

o modo de ser ou de transformar o mundo que caracteriza os

homens (...) (FREIRE, 1986)

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Sumário 1. RECONHECIMENTO DA ESCOLA ............................................................................................ 6

a) Identificação da Unidade Escolar: ......................................................................................... 6

b) Nossa história ........................................................................................................................ 7

c) Quadro de profissionais: ..................................................................................................... 10

d) Quadro de Organização das Modalidades no ano de 2017 ............................................... 14

2. CONCEPÇÃO DE ESCOLA E CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA .......................................................... 15

2.1 Compreendendo a EJA e suas Bases Legais ...................................................................... 18

3. ANÁLISE DAS AVALIAÇÕES AO LONGO DOS ANOS - 2013 A 2016. ....................................... 19

3.1 Avaliação de 2013: ............................................................................................................ 20

3.2 Avaliação 2014 .................................................................................................................. 20

3.3 Avaliação 2015 .................................................................................................................. 20

3.4 Avaliação de 2016 ............................................................................................................. 23

4. REFLEXÕES E DEMANDAS PARA 2017: .................................................................................. 28

4.1. Rememoriar sobre os Propósitos das Diretrizes Políticas do Projeto Político Pedagógico

................................................................................................................................................. 28

4.2. Alinhamento reflexivo de escola: conhecimento que importa, escola que queremos e

sociedade que almejamos pela voz dos(as) educandos(as) e educadores(as). ...................... 30

4.2.1. Síntese da Escola que Queremos, Conhecimento que Importa e Sociedade que

Almejamos: .......................................................................................................................... 30

4.2.2 Quadro de demandas para o ano de 2017, provindas da assembleia. ...................... 31

5. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR E PLANO DE AÇÃO E FORMAÇÃO ............... 32

5.1 Caracterização da comunidade: O Entorno e Adjacências Comunitárias.·. ...................... 33

5.1.1 Plano de Ação e Formação ......................................................................................... 35

5.1.2 Planilha de Plano de ação e formação com a comunidade local e adjacência .......... 36

5.2. Educadores ....................................................................................................................... 37

5.2.1 Caracterização ............................................................................................................ 37

5.2.2 Plano de Formação ..................................................................................................... 39

5.3. Profissionais: Administrativos, de apoio e alimentação escolar. ..................................... 43

5.3.1. Equipe de Oficiais. .................................................................................................... 43

5.3.2 Equipe de Inspetores(as) ............................................................................................ 44

5.3.3 Equipe de Alimentação .............................................................................................. 46

5.3.4 Equipe de apoio .......................................................................................................... 47

5.4 Educandos(as) ................................................................................................................... 48

1ª SEGMENTO ............................................................................................................................. 53

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Turma_ Alfabetização ............................................................................................................. 53

Caracterização ..................................................................................................................... 53

Quadro de Planejamento: ................................................................................................... 59

Turma_ Pós-Alfabetização ...................................................................................................... 65

Caracterização ..................................................................................................................... 66

Quadro de planejamento: ................................................................................................... 68

Turma_ Multisseriada A .......................................................................................................... 70

Caracterização ..................................................................................................................... 70

Quadro de planejamento: ................................................................................................... 73

Turma_ Multisseriada B .......................................................................................................... 75

Caracterização ..................................................................................................................... 75

Quadro de planejamento .................................................................................................... 77

2º SEGMENTO ......................................................................................................................... 80

Turma CAGECPM A .................................................................................................................. 80

Caracterização ..................................................................................................................... 81

Quadro de planejamento .................................................................................................... 82

Turma CAGECPM B .................................................................................................................. 84

Caracterização ..................................................................................................................... 85

Turma CAGECPM D ................................................................................................................. 87

Caracterização ..................................................................................................................... 88

Quadro de planejamento para as 2 turmas: ....................................................................... 89

Turma CAGECPM C .................................................................................................................. 91

Caracterização ..................................................................................................................... 91

Turma CAGECPM E .................................................................................................................. 92

Caracterização ..................................................................................................................... 93

Quadro de planejamento para as 2 turmas: ....................................................................... 93

Turma CAGECPM F .................................................................................................................. 96

Caracterização ..................................................................................................................... 96

Quadro de planejamento .................................................................................................... 99

Turma Ciclo IV Inicial: 5º Termo ............................................................................................ 104

Caracterização ................................................................................................................... 104

Quadro de planejamento: ................................................................................................. 107

Turma Ciclo IV Final: 6º Termo .............................................................................................. 112

Caracterização ................................................................................................................... 112

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Quadro de planejamento: ................................................................................................. 114

Turma Ciclo V Inicial: 7 Termo............................................................................................... 119

Caracterização ................................................................................................................... 119

Quadro de planejamento: ................................................................................................. 127

Turma Ciclo V Final: 8º Termo A ........................................................................................... 132

Caracterização ................................................................................................................... 132

Quadro de planejamento: ................................................................................................. 137

Turma Ciclo V Final: 8º Termo B ............................................................................................ 143

Caracterização ................................................................................................................... 143

Quadro de planejamento: ................................................................................................. 147

Turma 47º .............................................................................................................................. 153

Caracterização ................................................................................................................... 153

Quadro de planejamento: ................................................................................................. 157

PEAT ...................................................................................................................................... 160

Caracterização ................................................................................................................... 160

Quadro de planejamento: ................................................................................................. 162

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL .................................................................................................... 170

IMAGEM PESSOAL – Cursos Livres ........................................................................................ 170

Caracterização ................................................................................................................... 170

Quadro de planejamento: ................................................................................................. 171

Turma de Maquiagem manhã ............................................................................................... 174

Caracterização ................................................................................................................... 174

Quadro de planejamento .................................................................................................. 175

Turma de Corte e Estética de Cabelos I ................................................................................ 181

Caracterização ................................................................................................................... 181

QUADRO DE PLANEJAMENTO: .......................................................................................... 182

Turma de Epilação e Design de Sobrancelhas ....................................................................... 187

Caracterização ................................................................................................................... 187

Quadro de planejamento: ................................................................................................. 189

Turma de Manicure e Pedicure com acabamento artístico .................................................. 197

Caracterização ................................................................................................................... 197

Quadro de planejamento: ................................................................................................. 199

Turma de Corte e Estética de Cabelos I ................................................................................ 203

Caracterização ................................................................................................................... 203

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Quadro de planejamento: ................................................................................................. 205

PLANOS DE CURSO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL ............................................................... 212

PLANO DE AÇÃO DO PAPP .................................................................................................... 223

6. Planejamento de Ações Provindas da Assembleia ................................................................ 234

7. Projetos Pedagógicos: ........................................................................................................... 244

8. CALENDÁRIO ESCOLAR .......................................................................................................... 259

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1. RECONHECIMENTO DA ESCOLA

a) Identificação da Unidade Escolar:

A EM Olegário José Godoy se encontra localizada à Av. Tiradentes, 1913, no jardim

Montanhão – SBC. Além do endereço citado, o contato pode ser realizado pelo e-mail:

[email protected], ou pelos telefones: 4335-2141/4127-8312.

Em 2017 a equipe gestora é formada pela Diretora Adriana Pereira da Silva, pela

Professora de Apoio a Direção Noêmia Rodrigues Sant’Ana, pela Coordenadora Pedagógica

Melissa Ap. Silvério e Estela Fidelis Rodrigues. Uma equipe que tem como objetivo realizar

uma gestão escolar sobre o conceito de equipe comprometida com princípios de igualdade e

justiça atenta as diretrizes de gestão democrática, qualidade social e acesso e permanência.

Para isso, a linha orientadora é participação escolar, com poder decisão em coletivo que pensa

e decide sobre qual o conhecimento que importa a comunidade escolar.

A escola é uma escola de EJA e Educação Profissional no Eixo Tecnológico de imagem

Pessoal. O atendimento compõe-se em: Educação de Jovens e Adultos de 1º segmento do

Ensino Fundamental (Alfabetização e Pós - Alfabetização) e 2º segmento do Ensino

Fundamental organizado por ciclos III Inicial e Final (5º e 6º termo) e IV Inicial e Final (7º e 8º

termo) e CAGECPM(Ciclo de autogestão de conhecimento presencial modular) Ensino

Fundamental em módulos, sendo esses: Linguagens e Códigos: Língua Portuguesa, Inglesa e

Artes; Ciências Humanas: História e Geografia; ciências da Natureza e Matemática: Ciências e

Matemática com Qualificação Profissional em Informática e Imagem Pessoal (Corte e Estética

de Cabelo I; Corte e Estética de Cabelo II; Epilação e Designer de Sobrancelhas; Maquiagem,

Manicure e Pedicure com Acabamento Artístico) e o PEAT (Programa Educacional do

Adolescente para o Trabalho) com a profissionalização em Informática.

A partir de 2014 iniciamos o atendimento ao Programa Oportunidades vinculado aos

profissionais da Frente Municipal de Trabalho com a qualificação profissional em Higienização

e Limpeza. Esse ano não tem mais essa oferta de Qualificação Profissional destinada a este

grupo.

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Os cursos estão disponíveis em três períodos do dia, de segunda a sexta-feira: manhã

das 7h30 às 11h30, tarde da 13h às 15h, 15h às 17h, 13h às 17h e noite das 18h às 22h30. A

secretaria funciona durante todo o período, sem intervalo, das 7h30 às 22h.

A escola tem esse nome porque tem como patrono o compositor de músicas

sertanejas de raiz Olegário José de Godoy, conhecido artisticamente por Sorocabinha.

Trabalhou na década de 30 com o folclorista Cornélio Pires e juntos divulgaram a música

sertaneja paulista.

b) Nossa história O tratamento da história da unidade escolar não é descrito sem reconhecer as experiências

vividas pela comunidade que faz parte desse espaço educativo. Nesse sentido ao relembrar a

composição desse local, faz necessário rememoriar as experiências do coletivo de

educadores(as)1, educandos(as) que compõe a escola.

Assim, recupera-se que essa escola teve como atendimento o Ensino Fundamental para

crianças até 10 anos de idade. Essa oferta foi remanejada, conforme as demandas e

reorganização do atendimento, a partir de 2013.

A reorganização de atendimento levou esse estabelecimento, em 2013 a atender EJA e

Educação Profissional. Essa composição se fez com a junção dos profissionais e educandos(as)

da Escola Municipal Aracy de Ângelo e os profissionais envolvidos(as) com a Educação de

Jovens e Adultos na Escola José Luiz Jucá.

Os profissionais e educandos(as) que atuavam na Escola Municipal Aracy de Ângelo já haviam

passado por uma reorganização do atendimento no prédio antigo, o qual deixou de ser apenas

focado na oferta de Educação Profissional, no Eixo Imagem Pessoal, com cursos livres,

passando, portanto a atender, também, Educação de Jovens e Adultos (EJA). Esse período foi

desafiador para a equipe, mas os profissionais acolheram a nova proposta e conseguiram

reorganizar as estruturas, os formatos para o novo modelo de escola atenta elevação de

escolaridade.

Depois, foi observado que a região do Montanhão apresentava um perfil significativo da

população, acima de 15 anos, com baixa escolaridade e, além disso, foi constatado que as

ofertas vigentes não eram suficientes para a demanda. Então, em 2013, essa unidade escolar

recebe um novo desafio que foi acolher as turmas de 2º segmento da Escola José Luiz Jucá e as

turmas de CAGECPM, 1º segmento e Educação Profissional.

Essa equipe de educandos(as) e educadores(as) que veio da Escola José Luiz Jucá, deixa um

perfil de atendimento dividido com uma escola com criança para passar a compor uma

unidade escolar de EJA e Educação Profissional. O movimento foi o mesmo para os

profissionais que atuavam na EM Aracy de Ângelo, visto que passaram a atuar numa unidade

escolar com amplitude de elevação de escolaridade.

1 A referência ao termo educadores (as) procede a todos os profissionais que fazem parte da equipe

escolar.

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Nesse movimento de composição a EMEB Olegário José Godoy, inaugurada em dois mil e

onze, deixa de atender a Educação Infantil e o Ensino Fundamental I, transferindo a grande

maioria de educandos(as) para o CEU Regina Rocco Casa I e II e esse prédio tornou-se uma

escola exclusivamente de EJA e Educação Profissional, reconhecida, então, no ano de dois mil e

treze como uma Escola Municipal.

Para isso passou por um processo de readequação de sua infraestrutura para a mudança de

atendimento. Principalmente os banheiros, lavatórios. As salas destinadas aos cursos

profissionalizantes foram reformadas no inicio de 2013, antes da mudança, dia catorze de

março.

O processo de transformação do atendimento permitiu compor o seguinte atendimento: EJA

Comunidade com Qualificação Profissional; EJA oportunidade com Qualificação Profissional,

tendo presença de educandos(as) de vários locais da cidade; PEAT e Cursos livres de

Qualificação Profissional no Eixo Tecnológico Imagem pessoal.

A escola conseguiu constituir uma equipe comum perfil de atendimento em Educação de

Jovens e Adultos que se evidenciou a diversidade da modalidade, com jovens, adultos, idosos.

Essa diversidade pautou grandes desafios ao coletivo escolar que foi se fortalecendo enquanto

uma equipe que afirma o direito à educação.

ATENDIMENTO ESTABELECIDO NO PERÍODO:

EJA

EJA I SEGMENTO (ALFA, PÓS, MULTI) E II SEGMENTO.

EJA CAGECPM – Módulos: Língua Portuguesa/Inglês/Arte

Matemática/Ciência

História e Geografia

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

PEAT (INFORMATICA E PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS) – CONVÊNIO PADRE LÉO

COMMISSARI

QUALIFICAR PARA MUDAR – EIXO DA IMAGEM PESSOAL (CABELEREIRO / MANICURE E

EPILAÇÃO) – CONVÊNIO CEEP – e EXPANSÕES (EM Mitsuo Kagawa EM José Ibiapino

Franklin)

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O ano de 2013 foi um ano de muitas descobertas, muito movimento e principalmente

de muito trabalho. Nesse ano houve a chegada das coordenadoras pedagógicas no segundo

semestre a possibilidade do fortalecimento pedagógico que era necessário para que os

objetivos educacionais fossem garantidos.

O resultado do trabalho de 2013 apareceu com o elevado número de matrículas no

primeiro semestre de 2014. Foram, aproximadamente, 550 matrículas que deram credibilidade

a escola: uns vieram pela divulgação de amigos e familiares, algumas transferências ocorreram

pela procura de uma escola melhor e a própria secretaria passou a encaminhar educandos e

educandas para esta unidade por acreditar no trabalho da equipe. Nova demanda também foi

encaminhada, ampliando a diversidade de cursos e programas da unidade.

EJA OPORTUNIDADES – Frente Municipal de Trabalho com a elevação de escolaridade.

E algumas readequações, considerando a demanda nas ofertas das expansões:

Substituição da expansão na EMEB IBIAPINO PELA EMEB SUZETE

Substituição da expansão EM MITSUO PELA EMEB FLAMINIO

A permanência dos educandos e educandas foi o principal desafio de 2014. E todas as

questões que refletem a evasão foram investigadas e discutidas no coletivo. Paralelamente,

ocorria um investimento na criação de um espaço cada vez mais acolhedor, que

compreendesse os sujeitos e suas particularidades, mas principalmente que cumprisse com o

seu papel no desenvolvimento de cada um desses sujeitos, para atuação e transformação

social necessária.

Em 2015, com o processo de remoção, houve alteração do quadro de educadores e

também de uma coordenadora pedagógica. O investimento, naquele momento, foi para a

continuidade das ações, alinhamento e fortalecimento das concepções, de modo a garantir

“unicidade e coerência ao processo educativo” considerando o currículo crítico libertador a

base do trabalho desta escola.

Ainda em 2015, algumas ponderações levantadas anteriormente, pautaram o trabalho.

A construção dos planos de cursos e ampliação do itinerário formativo do eixo da Imagem

Pessoal continuou sendo foco das reuniões mensais do eixo.

Com relação à permanência escolar, nosso foco de intervenção foi tratado junto à

equipe de educadores e educadoras nas discussões dos projetos, considerando a qualificação

do trabalho pedagógico, de modo que a escola fizesse mais sentido e produzisse maior

impacto na vida concreta de nossos educandos e educandas. As estratégias para a

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consolidação de uma gestão efetivamente democrática estavam no alvo das nossas reflexões.

Diferentes propostas dialógicas de desvelamento da realidade e de construção de um espaço

coletivo, público, problematizador e transformador estiveram em pauta com o propósito de

ampliar a garantia do protagonismo na tomada de decisões e no estabelecimento de

combinados para o melhor convívio de toda a comunidade escolar.

Nas avaliações realizadas no PPP 2015, foi possível observar uma maior sincronia da

equipe escolar, no que diz respeito à concepção e ao próprio trabalho como um todo. O

Olegário foi constituindo um perfil, um lugar... “a escola da diversidade!”. Para isso foi preciso

muito alinhamento, principalmente nas ações e intervenções realizadas junto a nossos

educandos e educandas. Mas os desafios não param de surgir continuamos dialogando,

buscando diferentes alternativas e estratégias para realização do trabalho visando à qualidade

pedagógica, o acolhimento e a inserção social.

Chegamos ao ano de 2016 com algumas mudanças na equipe, houve alteração no

quadro de apoio, inspetores e oficiais. Recebemos a nova PAD Noêmia, que já se encontrava

próxima à escola pelo acompanhado do PEAT junto a SEDESC, e também alguns educadores do

II segmento foram realocados.

Nesse ano de 2017 houve uma troca em parte da equipe de gestão, tivemos a chegada

de novos(as) educadores(as), novas pessoas da equipe de alimentação escolar, enfim, mais

pessoas para compor com um coletivo que possui um compromisso em construir uma escola

democrática, participativa, atenta ao direito à educação para todos(as).

Em destaque observa-se que nesse ano não foi executado o atendimento total de

qualificação profissional planejado no ano de 2016, devido à reorganização do atendimento

por parte da Secretaria de Educação, mas a equipe se reorganiza e com muito esforço garante

elevação com qualificação para todas as turmas do CAGECPM, Ciclo III Inicial e final e Ciclo IV

Inicial.

c) Quadro de profissionais: Equipe de Apoio

NOME MATRÍCULA FUNÇÃO ÁREA DE ATUAÇÃO

ADRIANA PEREIRA DE JESUS 65.486-4 AUXILIAR DE LIMPEZA (FMT)

Atuar e executar as ações de cuidado, limpeza e higienização do espaço escolar, atento aos locais 8, 16, 18, 20, 23 e auditório.

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ANA MARIA TRISTÃO GONÇALVES

21.519-5 AJUDANTE GERAL

Funcionária readaptada. Atuar e executas as demandas administrativas da unidade escolar, favorecendo acesso e permanência com a execução de matriculas; validação de processos de avaliação, acompanhamento a vida escolar dos/as educandos/as e demais equipes de funcionários da escola.

LUCIA MARIA MOREIRA PEREIRA

61.352-3 AUXILIAR DE LIMPEZA Atuar e executar as ações de cuidado, limpeza e higienização do espaço escolar, atento aos locais sala de cabeleireiro,.

ANTONIO JOSE DA SILVA

65.493-7

AUXILIAR DE LIMPEZA (FMT)

Atuar e executar as ações de cuidado, limpeza e higienização do espaço escolar, atento aos locais 10, 11, 13, sala de cabeleireiro e banheiro masculino.

GENALDO CAVALCANTE DA SILVA 65.614-1 AUXILIAR DE LIMPEZA

(FMT)

Atuar e executar as ações de cuidado, limpeza e higienização do espaço escolar, atento aos locais 5, 6 e 7.

ROSANGELA PEREIRA MAFRA 65.437-7 AUXILIAR DE LIMPEZA (FMT)

Atuar e executar as ações de cuidado, limpeza e higienização do espaço escolar, atento aos locais banheiro feminino, salas 15, 17 e 19.

VALDECIR JURACI DA SILVA 65.673-5 AUXILIAR DE LIMPEZA (FMT)

Atuar e executar as ações de cuidado, limpeza e higienização do espaço escolar, atento aos locais salas de cabeleireiro e salas 9, 12 e 14.

VANESSA SALES VASCONCELOS

65.428-8 AUXILIAR DE LIMPEZA (FMT)

Atuar e executar as ações de cuidado, limpeza e higienização do espaço escolar, atento aos locais auditório e salas 8, 16, 18, 20 e 23.

Equipe de Merendeiras

NOME MATRÍCULA FUNÇÃO ÁREA DE ATUAÇÃO

CLAUDIA DINIZ DO NASCIMENTO CLT CONVIDA

COZINHEIRA Organizar, executar, zelar pelos processos estruturais e as confecções das alimentações escolares, com cuidado e atenção as normas de execução

LUANA MATOS MONTEIRO CLT

CONVIDA COZINHEIRA

Organizar, executar, zelar pelos processos estruturais e as confecções das alimentações escolares, com cuidado e atenção as normas de execução

MARIA RITA SOBRAL CLT CONVIDA

COZINHEIRA Organizar, executar, zelar pelos processos estruturais e as confecções das alimentações escolares, com cuidado e atenção as normas de execução

Equipe de Oficiais

NOME MATRÍCULA FUNÇÃO ÁREA DE ATUAÇÃO

KELLY CRISTINA ZUIN DA SILVA 35.532-7 OFICIAL DE ESCOLA

Atuar e executas as demandas administrativas da unidade escolar, favorecendo acesso e permanência com a execução de matriculas; validação de processos de avaliação, acompanhamento a vida escolar dos/as educandos/as e demais equipes de funcionários da escola.

MARIA JOSÉ DE SOUZA 40.473-4 OFICIAL DE ESCOLA

Atuar e executas as demandas administrativas da unidade escolar, favorecendo acesso e permanência com a execução de matriculas; validação de processos de avaliação, acompanhamento a vida escolar dos/as educandos/as e demais equipes de funcionários da escola.

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Equipe de inspetores(as)

NOME MATRÍCULA FUNÇÃO ÁREA DE ATUAÇÃO

ADRIEL MAURICIO DE ANDRADE 36.171-6 INSPETOR DE ALUNO Apoiar no acolhimento e acompanhamento dos educandos e educandas nas estruturas do processo de ensino e aprendizagem.

ELIANE MARCHESE MUCCI GARCIA 27.405-8 INSPETORA DE ALUNO Apoiar no acolhimento e acompanhamento dos educandos e educandas nas estruturas do processo de ensino e aprendizagem.

Equipe docente

NOME MATRÍCULA FUNÇÃO ÁREA DE ATUAÇÃO

CELIA MARIA ROMANE JACOB 31.264-4 PAPP

Apoiar e promover ações com o uso dos recursos tecnológicos com finalidade educacional, na perspectiva da Educação de Jovens e Adultos, participando do planejamento e desenvolvimento de atividades e projetos nas diferentes áreas do conhecimento; Acompanhando as ações e os projetos pedagógicos desenvolvidos pelos professores com seus alunos na utilização das mídias e tecnologias;

ANA CLAUDIA DE PAULA SANTOS 33.424-4 PROFESSORA EPILAÇÃO

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de epilação, com gestão participativa e colaborativa

FERNANDO BUENO CATELAN 39.644-8 PROFESSOR ARTES

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de 5º a 8º termo, com gestão participativa e colaborativa

VANDIQUE RODRIGUES CARNEIRO 39.475-5 PROFESSOR INGLÊS

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de 5º a 8º termo, com gestão participativa e colaborativa

SHIRO OKJINA 39.946-2 PROFESSOR EDUCAÇÃO FISÍCA

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de 5º a 8º termo, com gestão participativa e colaborativa

DANIEL DE OLIVEIR PEREZ 36.313-2 PROFESSOR GEOGRAFIA

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de 5º a 8º termo, com gestão participativa e colaborativa

ANDRÉIA FERNANDES CALIXTO 40.238-4 PROFESSORA ALFA

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de alfabetização, com gestão participativa e colaborativa

SIMONE RIBEIRO 25.819-5 PROFESSORA PÓS

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de pós alfabetização, com gestão participativa e colaborativa

MIRIAN SIBELE COSTA 37.684-0 PROFESSORA PEAT

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de PEAT, com gestão participativa e colaborativa

WALDIRENE R. DE OLIVEIRA 25.279-1 PROFESSORA PEAT

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de PEAT, com gestão participativa e colaborativa

LUCIANA DO NASCIMENTO DANTAS 40.475-0 PROFESSORA CIÊNCIAS

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de 5º a 8º termo, com gestão participativa e colaborativa

SHEILA MARTINS DO CARMO VIEGA 17.698-5 (T) PROFESSORA MANICURE

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de manicure, com gestão participativa e colaborativa

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DÉBORA GUILARDUCCI FIUSA 35.820-2 PROFESSORA MULTISSERIADA

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de multisseriada (1ª a 4ª série), com gestão participativa e colaborativa

ERCI WON ANCKEN BARRETOS 23.774-5 PROFESSORA CAGECPM

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de CAGECPM (5ª a 8ª série) , com gestão participativa e colaborativa

JEANE ALVES FERREIRA LIMA 35.494-9 PROFESSORA CAGECPM

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de CAGECPM (5ª a 8ª série) , com gestão participativa e colaborativa

SANDRA DE MELO SILVA 35.735-3 PROFESSORA CAGECPM

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de CAGECPM (5ª a 8ª série) , com gestão participativa e colaborativa

TELMA KATIA BALSANELLI CARLI 35.764-6 PROFESSORA CAGECPM

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de CAGECPM (5ª a 8ª série) , com gestão participativa e colaborativa

MARISTELA MOREIRA DE SOUZA 41.106-4 PROFESSORA PORTUGUES

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de 5º a 8º termo, com gestão participativa e colaborativa

SHEILA MARTINS DO CARMO VIEGA 28.774-4 (M) PROFESSORA MAQUIAGEM

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de maquiagem, com gestão participativa e colaborativa

MARIA DE FATIMA COSTA SBRANA 41.652-7 PROFESSORA MATEMÁTICA

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de 5º a 8º termo, com gestão participativa e colaborativa

CÉLIA CAVALCANTE GUEDES 39.310-7 PROFESSORA CABELEIREIRO

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de cabeleireiro, com gestão participativa e colaborativa

DENISE RODRIGUES CIRILO 36.949-7 PROFESSORA CABELEIREIRO

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de cabeleireiro, com gestão participativa e colaborativa

MARCO ALEXANDRE NONATO CAVALCANTI 42.161-9 PROFESSOR

HISTÓRIA

Planejar, avaliar, acompanhar e organização a prática pedagógica da turma de 5º a 8º termo, com gestão participativa e colaborativa

SILVIA MASSUMI SATO 43.076-3 PROFESSORA MATEMATICA SUBSTITUTA

MARCIA CESAR CAMPOS BEDIN 27.344-2 PROFESSORA EDUCAÇÃO ESPECIAL (5ª e 6ª feira)

Equipe de Gestão

NOME MATRÍCULA FUNÇÃO ÁREA DE ATUAÇÃO

ADRIANA PEREIRA DA SILVA 26.371-6 DIRETOR ESCOLAR

Organizar recursos, espaços e tempos, de modo a fortalecer o processo de ensino e aprendizagem; Promover articulação entre as diferentes equipes escolares e comunitárias, Estabelecer comunicação entre as equipes escolares; Acompanhar as práticas pedagógicas, inferindo junto as Coordenadoras pedagógica na ação educativa; Manter diálogo permanente com a comunidade de pais e educandos/as;

NOEMIA RODRIGUES SANT’ ANA 21.885-2 PAD

ESTELA FIDELIS RODRIGUES 23.885-6 COORDENADOR PEDAGÓGICO

Coordenar, formar e orientar a equipe de educadores/as para fortalecimento da ação educativa

MELISSA APARECIDA SILVERIO 28.158-2 COORDENADOR PEDAGÓGICO

Coordenar, formar e orientar a equipe de educadores/as para fortalecimento da ação educativa

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d) Quadro de Organização das Modalidades no ano de 2017 EJA

PERÍODO HORÁRIO Agrupamento Ano/Ciclo Termo

TURMA

PROFESSORA Total de alunos por turma

MANHÃ 07h30 as 10h30

CAGECPM A TELMA 31

Total de alunos por período 31

TARDE 13h00 as 15h00

CAGECPM B ERCI 11

13h00 as 15h00

CAGECPM C JEANE 13

15h00 as 17h00

CAGECPM D ERCI 14

15h00 as 17h00

CAGECPM E JEANE 15

13h00 as 15h00

MULTISSERIADA A DÉBORA 17

15h00 as 17h00

MULTISSERIADA B DÉBORA 14

Total de alunos por período 84

NOITE 19h00 as 22h00

CAGECPM F SANDRA 31

19h00 as 22h00

ALFA A ANDRÉIA 21

19h00 as 22h00

PÓS A SIMONE 26

19h00 as 22h30

CICLO III Inicial (5º TERMO)

A MARISTELA MOREIRA DE SOUZA

14

19h00 as 22h30

CICLO III Final (6º TERMO)

A VANDIQUE RODRIGUES CARNEIRO

19

19h00 as 22h30

CICLO IV Inicial (7º TERMO)

A FERNANDO CATELAN 33

19h00 as 22h30

CICLO IV Final (8º TERMO A)

A MARIA DE FÁTIMA COSTA SBRANA

36

19h00 as 22h30

CICLO IV Final (8º TERMO B)

B LUCIANA DO NASCIMENTO DANTAS

36

Total de alunos por período 216

Educação Profissional 1º ciclo/2017

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PEAT

2. CONCEPÇÃO DE ESCOLA E CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA ““... uma proposta educativa que nos compromete com a efetivação de uma educação

de qualidade que tem por pressuposto a concepção de educação libertadora e

transformadora, que contempla a investigação, a tematização e a problematização crítica da

realidade dos(as) educandos(as).

Coerente com este pressuposto há necessidade do diálogo com todos os sujeitos

responsáveis pela EJA e dentro das possibilidades e responsabilidades de cada um, construir a

proposta educativa que subsidie a prática pedagógica cotidiana dos educadores/ as.

Esse diálogo sugere um formato de escola que propicia um ambiente construtivo,

acolhedor onde os direitos e deveres são reconhecidos e respeitados por toda a comunidade

escolar e que contemple a autonomia, a participação solidária e a pesquisa, como mais um

instrumento de aquisição de novos conhecimentos. Um espaço de práticas de relação entre os

sujeitos, de produção de conhecimentos, de apropriação do saber sistematizado. “Acima de

tudo um espaço de diálogo, discussão, compreensão e ação para a construção de uma

sociedade mais justa, igualitária e sustentável.” (...) PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO

BERNARDO DO CAMPO - Secretaria de Educação – DIRETRIZES CURRICULARES DA EJA.

A Educação de Jovens e Adultos assumida em nossa U.E tem como princípios: a

igualdade e justiça social. Esses princípios fundamentam o nosso fazer, que tem como objetivo

PERÍODO HORÁRIO

Agrupamento

Ano/Ciclo

Termo

TURMA PROFESSORA

Total de

alunos por

turma

MANHÃ 07h30 as 11h30 CABELEIREIRO I A CÉLIA 26

07h30 as 10h30 MAQUIAGEM A SHEILA 24

50

TARDE 13h00 as 17h00 CABELEIREIRO I B DENISE 31

13h00 as 16h00 EPILAÇÃO A ANA CLAUDIA 25

13h00 as 16h00 MANICURE A SHEILA 25

81

NOITE 19H00 as 22h00 CABELEIREIRO I C DENISE 26

26

Total de alunos por período

Total de alunos por período

Total de alunos por período

PERÍODO HORÁRIOAgrupamento Ano/Ciclo

TermoTURMA PROFESSORA

Total de

alunos por

turma

TURMA MANHÃ 9h00 as 12h00 PEAT A MIRIAM 19

TURMA TARDE 14h00 as 17h00 PEAT B WALDIRENE 24

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favorecer a emancipação social. Nesta perspectiva, utilizamos como pressuposto teórico a

concepção crítico-libertadora, a qual oportuniza, através de experiências pedagógicas

contextualizadas e problematizadoras, o desvelamento da realidade concreta, a

conscientização política dessa realidade em direção à superação da consciência ingênua e

assim do fatalismo e do sentimento de impotência a que muitos sujeitos estão submetidos.

O ponto de partida é o estudo da realidade e os conhecimentos que cada sujeito

adquiriu ao longo da vida, tendo como objetivo, a partir da intervenção pedagógica, a

ampliação, a organização e a reconstrução de novos conhecimentos através de um trabalho

significativo, planejado e contínuo para viver no mundo melhor. Coerente com este

pressuposto há necessidade do diálogo com todos os sujeitos envolvidos com a EJA e dentro

das possibilidades e responsabilidades de cada um, construir uma proposta educativa que

subsidie a prática pedagógica cotidiana dos educadores/as. Enfim, é preciso muito

comprometimento!

Esse diálogo sugere um formato de escola que propicia um ambiente construtivo,

acolhedor onde o exercício da cidadania por ser usufruídos por todos(as) que compõem a

comunidade escolar. Para isso há atenção à autonomia, a participação ativa, a

problematização das questões sociais e políticas, por meio da pesquisa, como mais um

instrumento de aquisição de novos conhecimentos.

Assim, tem-se a intenção de constituir um espaço de práticas e de relações entre os

sujeitos para produção de conhecimentos, de apropriação do saber sistematizado. Acima de

tudo espera-se um espaço de diálogo, discussão, compreensão e ação para a construção de

uma sociedade mais justa, igualitária e sustentável.

Com esse propósito a escola que queremos fundamenta-se nas diretrizes de gestão

democrática, acesso, permanência, inclusão e qualidade social da educação.

Sendo assim, entendemos escola como: um espaço intencionalizado com

transformação social, devido a isso, conforme já dito, esse coletivo tem um compromisso com

tratamento do conhecimento, não somente, para acessar os saberes eleitos como mais

importantes sistematizados e valorizados socialmente, mas, sobretudo, com a oportunidade

de construir saber para que os sujeitos possam conhecer a si mesmos, entender os problemas

sociais e superar sua condição passiva e alienada, apropriando-se da sua história e da história

local, construindo assim, a cidadania, a capacidade de intervir na própria realidade e na

comunidade.

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Para isso, entendemos que a escola precisa oferecer um ambiente de aprendizagem

significativo e socialmente integrado, em que todos os indivíduos encontrem um lugar para

aprender. “... a prática educativa é uma dimensão necessária da prática social, como a prática

produtiva, a cultural, a religiosa, etc.” (FREIRE, 1992).

Com essa concepção de escola já apresentada no PPP 2016, houve um revisitar do

coletivo sobre essas intencionalidades com o processo educativo e nessa ação, além de

acordar, o grupo acresceu o reconhecimento da escola como um lugar de convivência

respeitoso, harmonioso, atento a cidadania digna para construção de conhecimento que

contribua com a transformação social. Para tal, ressaltaram a importância em estarem num

local estruturado com condições de trabalho e de aprendizagem.

Para essa escola o coletivo reconhece os sujeitos como seres autônomos, solidários,

críticos, participativos, corresponsáveis e envolvidos com a aprendizagem de todos(as). No

tocante a aprendizagem observaram os sujeitos como seres atentos, reflexivos,

comprometidos com a participação, de modo que todos(as) se sintam parte do processo de

ensino e aprendizagem que conforme já dito se atém a transformação.

Com essa concepção de EJA, Escola, Conhecimento e Sujeito foi perguntado ao grupo o

que trazem para concretizar a concepção referida. Nessa análise apresentaram: Esperança,

Criatividade, Planejamento, Otimismo, Alegria, Necessidades, Empenho, Desejo por Partilha,

Cooperação, Acolhimento, Respeito, Harmonia, Humanidade, Cooperação, Humildade,

Amorosidade, Desejo de liberdade, Disposição a Parceria, Busca por Igualdade.

Com essas características amplas, ao grupo foi problematizado que observasse como

chegaríamos a essa concepção de EJA, Escola, Conhecimento e Sujeito, assim, em

agrupamentos retrataram:

A possibilidade para chegar à escola que queremos se dar por meio de:

_ Vivenciar momentos que oportunizem o conhecer de cada um e suas histórias;

_ Constituir espaços educativos pautados pelo diálogo que promovam reflexão,

superando as relações monologas, pautadas pelos discursos moralistas;

_ Organizar assembleias de modo a dar voz a todos(as), efetivando a democracia;

_ Construir planejamento estratégico, com responsabilidades e tempos definidos.

Em síntese o grupo atenta-se numa escola mais flexível, acolhedora, participativa,

organizada pela gestão democrática com poder de decisão partilhado.

Para chegarmos à escola com esse perfil em 2017, há uma análise das avaliações dos

anos anteriores, as quais revelam o percurso de construção de conhecimento que a escola vive

e, além disso, tem-se uma caracterização dos sujeitos que compõem a escola, reconhecendo-

os nas suas histórias, especificidades, sonhos, expectativas e dificuldades de trabalho.

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2.1 Compreendendo a EJA e suas Bases Legais

Com intuito de justificar e fortalecer o atendimento da escola, apontamos que a Educação de

Jovens e Adultos é uma modalidade de atendimento positivada em marcos legais que retratam

ordenação, normatização e regulamentação.

O marco legal de maior inferência da ordem do direito se refere à Constituição Federal, em

que afirma a educação como direito de todos/as, inclusive para aqueles que não terminaram

no tempo que lhes era oportuno, assim, como segue os artigos:

Artigo 205 e 208 da Constituição Federal:

Art. 205: a Educação, direito de todos e dever do Estado e da família

será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,

visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o

exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

(BRASIL, 1988)

Art. 208

O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a

garantia de:

I-Educação básica e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela tiveram acesso na idade própria. (BRASIL, 2009)

Como linha de regulamentação desse artigo tem-se a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação (LDB) que afirma a EJA como uma modalidade e responsabilidade de formação para

cidadania e para o trabalho, conforme artigo descrito:

Artigo 37 da LDB

Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que

não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino

fundamental e médio na idade própria.

§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e

aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular,

oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as

características do alunado, seus interesses, condições de vida e de

trabalho, mediante cursos e exames.

§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a

permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e

complementares entre si.

§ 3o A educação de jovens e adultos deverá articular-se,

preferencialmente, com a educação profissional, na forma do

regulamento. (BRASIL, 2008)

Como linha de marcar perfil de atendimento, temos a resolução 01/00 que determina

as orientações referentes a acesso, organização de exame e ofertas dos cursos. Essa base

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normativa foi reformulada pelo parecer de nº3/2010, o qual marca a responsabilidade da

oferta em organização de políticas de Estado, sob a diretriz de gestão democrática, atenta as

especificidades da EJA, assim, como descreve o artigo 2º dessa resolução:

Art. 2º Para o melhor desenvolvimento da EJA, cabe a

institucionalização de um sistema educacional público de Educação

Básica de jovens e adultos, como política pública de Estado e não

apenas de governo, assumindo a gestão democrática, contemplando

a diversidade de sujeitos aprendizes, proporcionando a conjugação

de políticas públicas setoriais e fortalecendo sua vocação como

instrumento para a educação ao longo da vida.

Essa resolução foi sustentada no parecer de nº11/00 que dispõe sobre as funções

reparadoras, qualificadoras, equalizadora.

Como entendimento que o atendimento dessa escola procede na oferta de EJA e

Educação Profissional, faz-se importante citar o decreto 5840/09 que descreve o atendimento

de EJA e Educação Profissional. Além desse decreto citamos o 5154/04, em que disserta sobre

os níveis de atendimento da Educação Profissional, objetivando a condição da oferta da

Formação Inicial e Continuada de forma integrada.

Em entendimento que os marcos legais vem aprimorando, assinalamos a lei 13.005/14,

o Plano Nacional de Educação (PNE), o qual nas metas 9 e 10 marca as responsabilidades do

atendimento para superação do analfabetismo e para oferta de pelo menos 25% das

matrículas de EJA com a Educação Profissional, assim, segue as metas citadas:

Plano Nacional de Educação metas 9 e 10:

Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15

anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência deste

PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de

analfabetismo funcional.

Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento)

das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos

fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

Além dessas legislações federais apresentamos a Diretriz Municipal de nº2/10, em que retrata

a organização da EJA e Educação Profissional, em que observa sobre os percursos formativos,

as possibilidades de organização.

Em consonância com PNE citamos o plano Municipal de Educação que na meta 10 reapresenta

a meta de oferta no mínimo 25% das matrículas de EJA com Educação Profissional, observando

a prioridade do atendimento nas escolas municipais.

3. ANÁLISE DAS AVALIAÇÕES AO LONGO DOS ANOS - 2013 A

2016. O processo de avaliação vem sendo realizado ao longo dos anos, a organização se

atenta à escuta e tomada de decisão da comunidade escolar. Em todas as avaliações o ponto

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prioritário foi organizar uma escola mais acolhedora aos sujeitos jovens e adultos, tendo maior

participação comunitária.

A prática de avaliação é constante, faz-se nos momentos de reflexão com as equipes

em coletivo e tempo específico com todos os agrupamentos. O grupo de educadores/as é um

coletivo em que foram mais frequentes essas reflexões avaliativas. As reuniões pedagógicas

são os grandes momentos que o grupo possui para realizar a ação avaliativa em coletivo.

A equipe escolar tomou diferentes ações para impulsionar o processo de avaliação

reflexiva e todas as análises realizadas foram tomadas como linha orientadora da organização

do PPP.

Para melhor compreender o processo há uma síntese sobre os tempos de avaliação ao

longo dos anos

3.1 Avaliação de 2013: A primeira avaliação realizada na UE teve como problematização “O que me acostumei

que não deveria me acostumar”, baseada no texto da autora Marina Colassanti “o coletivo

refletiu sobre: A gente se acostuma, mas não deveria”. As reflexões provindas apoiaram a

reconstrução do PPP/2014. Assim, as considerações provindas por esse trabalho de análise

literária e as observações da Orientadora Pedagógica trouxeram novos elementos

sinalizadores ao PPP.

3.2 Avaliação 2014 Em 2014, buscamos diversas falas significativas, de todos os segmentos da

comunidade escolar, para responder as seguintes questões: como era o acolhimento da

escola? Quais estratégias a escola utilizava ou precisaria utilizar para garantir acesso e

permanência? A escola realiza uma gestão democrática sim ou não? Como? E quais

experiências pedagógicas foram significativas para aprendizagem?

Ambas as sistematizações estão expostas nos respectivos PPP 2014 e 2015.

3.3 Avaliação 2015 E em 2015, a opção da equipe gestora foi em realizar uma auto avaliação para

perceber como cada um se via dentro das ações do nosso projeto. A equipe escolar

necessitava repensar sobre o papel de cada um dentro do processo. Para isso, foram

organizados questionários diferentes por segmento, na tentativa de compreender como que

cada um se percebe dentro do todo e o quê esta faltando para a efetivação de uma unidade.

Ainda nesse tempo de análise a equipe escolar pensou sobre alguns itens:

Proximidade com a Comunidade Escolar

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Nesse item foi avaliado que é de fundamental importância aproximar a comunidade da escola,

para isso foi destacado a significância da continuidade do trabalho de acolhimento com os (as)

educandos(as).

Em relação a esse trabalho foi observado à importância em permanecer e qualificar as ações

importantes que a escola já realiza, sendo elas: uma boa recepção; disposição dos espaços;

reuniões formativas com as famílias; divulgação com panfletagem, cartazes, redes sociais;

investimento no diálogo; promoção eventos em que a comunidade possa se envolver, assim

como envolver a escola em trabalhos comunitários; promover situações em que as famílias

participem das aulas. Os funcionários avaliam que para aproximar a comunidade, devem ser

promovidas mais atividades de divulgação, atendimentos do Ensino Profissionalizante

(manicure, cabeleireiro.); Além disso, trataram de estratégias em construção de

conhecimento, como as palestras. Não foi citada a necessidade de uma relação efetiva da

comunidade na tomada das decisões da Escola e também o desenvolvimento de assembleias,

o que nos aponta a importância do desenvolvimento formativo com o grupo de funcionários.

Além disso, ao observarem sobre a questão do acolhimento houve elucidações sobre o

cuidado em estabelecer limites aos jovens e entender que diante dos conflitos com esse

público ou outros é fundamental conversa com todos(as) envolvidos(as).

Participação na Gestão Democrática: Nesse aspecto os registros revelam que o grupo teve como foco de atenção a importância da

participação de todos(as), porém tem-se destaque a dificuldade para esse objetivo ocorrer. No

tocante as dificuldades foram observadas as questões, como: insegurança de alguns/as

educandos(as) em participar diante da ausência de informação que possuem; fragilidades de

entendimento no conceito de participação, responsabilizando a equipe gestora por todo o

processo de organização da escola. Os(as) educadores(as) revelam o desejo em participar de

um ambiente em que o trabalho em equipe seja a forma organizacional da atuação coletiva.

Nesses apontamentos tem-se uma leitura muito no campo individual e há o destaque para o

desenvolvimento da autonomia do coletivo

Além disso, há menção ao trabalho significativo de determinados grupos na escola e essa

atenção teve como objetivo elucidar que o conceito de participação está acentuado no campo

de atuação, observando a escola como um todo.

Sobre o Acesso e Permanência na Escola

Houve apontamentos sobre as dificuldades encontradas para que os jovens e adultos

prossigam seus estudos, tendo como causa as dificuldades do dia-a-dia (trabalho, trânsito,

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transporte, tempo, filhos, distância do trabalho e cansaço). Além disso, teve apontamentos

sobre as dificuldades em construir conhecimento, conforme a especificidade da faixa etária.

Houve, também, atenção de como o trabalho poderia contribuir para que os(as) educandos(as)

tivesse fortalecimento para estarem na escola e nesse sentido, fico em evidencia a importância

do trabalho organizado e digno ao acolhimento dos(as) educandos(as).

Outro fato em observação foi sobre a contribuição com a escola e a maioria respondeu que

tinha possibilidade de envolver-se, no sentido de participarem mais, incentivado o cuidado

com o meio ambiente, com as pessoas, incentivando os(as) educandos(as) a não desistirem.

Além disso, voltam aa ressaltar a importância em ampliar e dar condições para a participação.

Sobre as estratégias para contribuir com o acesso e permanência, os educadores apontam

questões de cunho pedagógico (aulas interessantes, atrativas, acolhedoras).

Dificuldades do Trabalho

Essa análise esteve como foco à questão infraestrutura, além disso, alguns tocaram na

dificuldade em realizar o trabalho em grupo.

Relações Interpessoais.

Nesse item o grupo se ateve a observar o tempo que a escola encontrava-se e com essa

possibilidade foi destacado que estavam num tempo de construção de um trabalho em equipe

solidificado, com alinhamento de concepção.

Sobre o Trabalho Pedagógico (práticas)

O trabalho pedagógico da escola foi avaliado positivamente pela comunidade, porém

houve pouco aprofundamento nos comentários. Disseram ser boa, ótima, excelente, com bons

professores, com educadores pacientes, disseram que a coordenadora é simpática, mas

propriamente sobre os conteúdos e formas de ensino e aprendizagem não fizeram

comentários.

Para os educadores(as) o trabalho pedagógico foi avaliado a partir das análises sobre a

organização dos projetos. As observações ficaram mais gerais, referentes ao trabalho

pedagógico desenvolvido na escola. A organização por projetos, fundamentado na situação-

limite continua sendo a palavra chave do trabalho pedagógico desta unidade, ou seja,

continuidade deste investimento.

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Sobre o Trabalho em Exercício

O coletivo se avaliou como profissionais envolvidos e comprometidos(as) com suas funções e

papéis, realizando suas atividades da melhor forma. A organização escolar foi muito bem

elogiada, vindo depois à comunicação.

Sobre o Papel da Escola

Os apontamentos destacaram uma escola para contribuir com uma sociedade mais justa,

aberta para todas as pessoas.

3.4 Avaliação de 2016 Em análise dos apontamentos apresentados na avaliação de 2016 que tinha como objetivo

observar os rumos trilhados pela escola, analisando-os nas diretrizes: Acesso e Permanência;

Gestão Democrática; Qualidade Social de Educação nos pressupostos: Práticas Pedagógicas

tem-se a seguinte síntese:

Gestão Democrática:

Avanços:

Amplitude do diálogo, da escuta, maturidade e aprendizagem para resolução de conflitos,

além do trabalho coletivo e a realização das assembleias, isso tudo envolvido no grande perfil

acolhedor da escola.

Desafios:

Envolvimento e participação de todos(as) com poder de decisão e corresponsabilidade,

Envolvimento da comunidade local,

A demanda de participação comunitária com poder de decisão do coletivo.

Práticas Pedagógicas:

Avanços:

Foram considerados avanços os projetos realizados em coletivo pelas caracterizações e os

projetos de envolvimento comunitário, além desses, as ações pedagógicas atentas às

diversidades dos sujeitos e ao cuidado com as dificuldades de aprendizagem dos(as)

educandos(as). Na análise referente ao Plano Formativo esteve em foco o trabalho formativo

realizado com os diferentes segmentos e o perfil formativo dos HTPC´s.

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Desafios;

Apropriação aos planos de cursos de qualificação profissional,

Ampliação do olhar e da atuação referente à diversidade.

Acesso Permanência

Avanços:

Acolhimento: o perfil de diálogo atento, a compreensão as diversidades dos(as) educandos(as),

a busca por ligações, a reorganização do espaço do pátio.

Desafios:

A diminuição da evasão. E os problemas de ordem estrutural do prédio.

Assim segue os apontamentos na íntegra do relatório organizado no ano de 2016.

Diretriz: GESTÃO DEMOCRÁTICA

Quais os avanços alcançados? Quais os desafios a serem superados?

Compromisso: Evidenciar a participação e corresponsabilidade da comunidade escolar (funcionários, alunos, famílias e outros membros da comunidade), dando voz a todos os envolvidos de forma que lhes faça sentido e que cada um se reconheça no seu trabalho, desde o acesso, implementação das ações, tomada de decisões até a avaliação.

*Diálogo e apoio na resolução de conflitos com educandos; *Diálogo entre educadores avançou na implementação das ações; *Implantação do Conselho de Escola (participação dos segmentos funcionários, educandos e gestão); *Efetivação das decisões coletivas; *Participação na validação da equipe de professores respondendo por função, dentre outras deliberações; *Procuramos sempre aprender mais, buscando informações para termos compromisso em atender nossos alunos e a comunidade de forma correta; *Conseguimos entrar em acordo nos afazeres da escola, na distribuição do serviço e também a respeitar o espaço, um do outro; *Efetivar as reuniões de Conselho de Escola, a partir de um projeto coletivo e necessidades comuns a todos; *Manter o diálogo como a base das relações da escola e em situações de conflitos nos diversos

*Reuniões frequentes entre cozinha, direção e alunos; *Apoio de uma equipe multidisciplinar (AEE, Psicólogos, CAPS e Assistência Social); *Buscar melhor relacionamento entre a equipe gestora, no sentido de aprimorar o trabalho da equipe escolar; *Melhorar o apoio pedagógico no planejamento das atividades; *Nas avaliações e validações contemplar os profissionais dos três períodos; *Manter a implementação da participação de todos nas decisões da unidade; *Conseguir com que a comunidade participe mais efetivamente da gestão democrática, conselhos, reuniões pedagógicas e etc. (a opinião da comunidade é fundamental para a construção dessa gestão democrática); *Pretendemos melhorar, também ouvir opiniões e colocar em prática tudo aquilo que ouvimos; *Ações formativas para o exercício da gestão democrática; *Articulação do diálogo nos diversos períodos; *Qualificar a gestão do tempo para o

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âmbitos e setores da escola; *Projeto da horta e coleta seletiva mobilizou o Conselho de Escola (democracia representativa) e como gerir recursos, bem como o conjunto da escola. *Assembleias com os/as alunos/as (democracia participativa).

processo formativo (reuniões por segmento periodicamente); *Receber recursos públicos (federal e municipal) para termos mais autonomia na manutenção de equipamentos e compra de materiais *Mobilização coletiva para conseguirmos segurança e iluminação para a escola; Dialogo com a equipe gestora para resolver questões importantes.

Diretriz: QUALIDADE SOCIAL DA EDUCAÇÃO POR MEIO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Quais os avanços alcançados?

Quais os desafios a serem superados?

Práticas didáticas significativas, contextualizadas e inclusivas que garantam o processo de ensino e aprendizagem de todos e de cada um. (Integração de mídias e tecnologias, práticas de leitura, mediação de leitura, pesquisa escolar, acesso às múltiplas linguagens, inclusão).

*Oferta do curso de maquiagem; *Desenvolvimento do projeto de horta e reciclagem; *A inserção da tertúlia dialógica, houve avanço em relação à prática e mediação da leitura; *As atividades em dupla regência contribuíram para um ensino contextualizado nas disciplinas envolvidas; *Envolvimento efetivo de todos para atender as necessidades dos educandos(as) com necessidades especiais; *Busca de práticas para minimizar e/ou ampliar as dificuldades e aprendizagens de todos e de cada um; *Práticas, materiais, recursos, diálogos e etc.; *Atividades de arte, reciclagem, construção da horta, jornais, blog; *Os cursos profissionalizantes são muito bons e as pessoas são muito educadas com a gente; *Adequação das propostas respeitando as especificidades dos jovens e adultos; *Propostas de atividades mais problematizadoras e desafiadoras; *Maior diálogo e acolhimento às demandas trazidas pelos educandos(as); *A oportunidade é igual para todos/as, mas alguns/as ainda não aprendem;

* Respeitar as ideias de todos; *Problemas de acesso à internet (ficar sem conexão com a internet prejudica o andamento do trabalho pedagógico em relação à pesquisa e atividades online); *Oportunizar mais trocas entre os educadores, considerando as boas práticas; *A falta de substituições de educadores em licenças previamente agendadas prejudica o processo pedagógico; *Todos os educadores envolvidos ter conhecimento e propriedade dos planos de cursos, seu uso e suas implicações; *Melhorar as condições tecnológicas da escola; *Planejamento mais encadeado e articulado, considerando o tempo da EJA; *Formação constante, com trocas de experiências entre os educadores; *Há necessidade de formação para os/as professores/as para a utilização de mídias/ praticas de leitura e produção de textos *Ampliar a participação com as famílias e comunidade no entorno da escola; *Compreender a diversidade geracional na escola e nas turmas que são compostas, entender essa diversidade pelos/as alunos/as como docentes; *Flexibilização curricular para atender as necessidades dos/as alunos/as na relação com o mundo do trabalho;

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*Professor/a ensina e os/as alunos/as precisam de determinação, pois o tempo é curto; *Parceria na elaboração de projetos entre os/as docentes, por exemplo; *Maior compreensão da concepção pedagógica; *Dupla regência de aulas *Profissionais que vieram compor com os/as professores/as, educador popular (Lucas), Edimilson, Antônio.

Diretriz: QUALIDADE SOCIAL DA EDUCAÇÃO POR MEIO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Quais os avanços alcançados? Quais os desafios a serem superados?

Planos de formação articulados, a partir do levantamento coletivo das necessidades, para todos e cada um, constituindo diversos espaços e tempos formativos.

Planos de formação específicos, de acordo com as necessidades dos diversos sujeitos envolvidos na elaboração do PPP.

*Entrada do curso de maquiagem, do projeto horta e reciclagem; *Houve um avanço na elaboração do PPP, visto que o nosso atendimento é diversificado e complexo; *Participação e envolvimento dos educadores nos HTPCs e formações; *Abertura para diálogos e discussões; *Efetivação dos projetos elaborados no PPP; *Envolvimento e participação de todos na elaboração do PPP; *Construção do novo catálogo e plano de curso da Imagem Pessoal; *O avanço principal é a participação de todos da equipe escolar, incluindo os educandos nas reuniões pedagógicas, conselhos, atividades que envolvem toda a comunidade, que tem como resultado ações constitutivas e de aprendizado e troca de experiências; *Reuniões formativas por segmento. *HTPC formativos coerentes com a concepção;

*Respeitar o espaço de todos com suas ideias e etc.; *As ações pedagógicas que envolvam aprendizagem, disciplina, conflitos em sala de aula necessitam de formações específicas com sugestões, compartilhamentos de experiências, práticas e ferramentas no sentido de avançar no processo de aprendizagem; *Formações específicas para o eixo da Imagem Pessoal; *Sugerimos que houvessem formações voltadas para todos os funcionários de todos os segmentos; *Sistematização e periodicidade das formações por segmento; *Plano formativo planejado coletivamente.

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Diretriz: ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO ESCOLAR.

Quais os avanços alcançados? Quais os desafios a serem superados?

Formas de acolhimento aos educandos, considerando necessidades coletivas e individuais e respeitando as diversidades de gênero, etnia, credo, pessoas com deficiência.

Organização e flexibilidade da rotina a partir das necessidades dos sujeitos.

Articulação com a comunidade

*Promovemos aulas abertas sobre assuntos relacionados à violência contra a mulher, em seguida complementamos os temas nas disciplinas e dupla regência; *A partir da caracterização do grupo foram trabalhados temas envolvendo etnia, violência contra os jovens e a mulher, drogas e DST; *Respeito, compreensão e diálogo para “ajustar” a rotina dos educandos a sua necessidade coletiva e/ou individual procurando sempre encontrar uma “solução” para atendê-los com excelência, articulando para que os mesmos percebam a importância da colaboração e flexibilidade de todos para o bem comum e para alcançarmos e garantirmos o sucesso escolar; *Diálogos constantes com os alunos e seus responsáveis, buscando solucionar e evitar dificuldades de relacionamento entre a escola e o aluno; *Cultivar o respeito entre todos; *Todos respeitaram as pessoas do jeito que são, por isso, não fazemos diferença; *Postura para acolhimento; *Criação de espaço acolhedor; *Clima de respeito e diálogo; *Respeito ao educando; *Aumento na busca, incentivando a permanência através das ligações telefônicas; *Ações articuladas de busca ativa; *Insistência nas parcerias extraescolares (SEDESC, CRAS, CREAS, Centro de referência e instituições assistenciais diversas); *Flexibilização dos tempos e espaços. *Acolhimento: *Alunos/as que estavam muitos anos sem estudar compreendem o quanto precisam aprender

*Envolvimento maior da comunidade nos assuntos de organização, mediação de conflito; *Buscar compreender os motivos de evasão e criar formas de atender alunos que não conseguem acompanhar o nosso modelo de escola *Efetivar ações para que permaneça e amplie o acolhimento já realizado; *Agilizar o atendimento para as inclusões, tais como transporte, funcionários especializados, voltados para atender as necessidades dos alunos e professores; *Continuidade da atmosfera de respeito, acolhimento, diálogo; planejamento coletivo de ações mais intencionais em relação à permanência; *Busca das parcerias e ampliação no território; *Como envolver alguns alunos, Jovens e mulheres; *Despertar nos/as educandos/as a importância de aprender e ter conhecimento para a vida; *Criar vínculo com os alunos de vulnerabilidade Pensar estratégias para contemplar alunos/as que o modelo da nossa escola ainda não atende.

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4. REFLEXÕES E DEMANDAS PARA 2017: 4.1. Rememoriar sobre os Propósitos das Diretrizes Políticas do Projeto Político Pedagógico

Com reconhecimento das nossas concepções de escola e com entendimento das

avaliações de 2016, o coletivo volta reconceitualizar às diretrizes para pensarem em ações

propositivas para efetivação de uma escola de qualidade social.

Assim, o coletivo descreve intencionalidades com as diretrizes políticas para a escola Olegário

José de Godoy.

Diretrizes Análises Realizadas

GESTÃO DEMOCRÁTICA O grupo tem um entendimento de gestão

democrática como possibilidade de

reconhecer o compromisso e

responsabilidade de cada profissional a bem

do convívio escolar para a construção do

conhecimento, observando todos(as) na

participação das ações e decisões escolares.

Outro aspecto mencionado foi à atenção à

vivência democrática cotidiana, passando,

por todos os espaços e gerando

corresponsabilidade. Além disso, apontaram

para compreender o contexto escolar como

espaço de tomada de decisão de todos(as),

*Dialogo e proximidade com educandos/as de todos/as profissionais; *Os espaços da escola são considerados também como uma ferramenta de educar, o educando/as se sente a vontade no ambiente escolar, como se estivesse em sua casa ou em um lugar que considera de extremo conforto; *Espaço para fumantes; *Divulgação de matrículas; *Ligações para os/as alunos/as faltosos/as.

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em que a equipe gestora possa coordenar as

ações ao bem viver que o coletivo decidiu.

Especificaram que a gestão democrática

envolve e movimenta, trazendo todos/as

para responsabilidade;

A gestão democrática está orientada pelos

princípios de igualdade e de justiça, tendo,

sempre o poder de decisão compartilhado.

Acesso, permanência e inclusão escolar -

problematizações “Como podemos

aproximar a escola da comunidade...”.

Nas questões de acesso permanência, o

coletivo reconhece que a escola não possui

muitas dificuldades para trazer

educandos(as), mas necessita criar

mecanismos para permanecerem.

Como atenção, evidenciaram a importância

para chamar os faltosos, não permitindo,

muitas ausências. Outro aspecto mencionado

foi à preocupação em conhecerem os(as)

educandos(as) para manterem vínculos de

confiança.

Uma grande atenção do coletivo é manter o

perfil acolhedor e a organização atenciosa

dos espaços.

Além disso, pretende-se fazer um coletivo

mais representativo para a comunidade.

Qualidade Social O grupo refletiu sobre o conceito de qual

qualidade nos propomos. Diante disso

reconhecemos que qualidade é conceito

polissêmico e que essa escola acredita no

tratamento do conhecimento e da formação

das pessoas para o desenvolvimento social da

comunidade.

Nesse aspecto foi observada a importância

dos projetos atentos às caracterizações com

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descrição das situações limites.

4.2. Alinhamento reflexivo de escola: conhecimento que importa, escola que queremos e sociedade que almejamos pela voz dos(as) educandos(as) e educadores(as).

A partir do reconhecimento da concepção de: educação de jovens e adultos, sujeitos,

conhecimentos, em consideração as avaliações realizadas pela unidade escolar e com o

rememorar das diretrizes de educação da escola pública, tem-se ações para chegarmos com

os/as educandos/as ao alinhamento de ideias de escola, conhecimento e sociedade que

esperamos construir.

Para essa escuta acontecer foi a realizada a primeira assembleia que teve como temática:

Qual a escola que queremos? Qual o conhecimento que importa? Que sociedade almejamos?

A assembleia acorreu em três etapas, sendo que a primeira os(as) educadores(as) colocaram

em reflexão com o coletivo de sala essas problematizações e por um trabalho de categorização

foi possível sistematizar os indicativos que permitiu chegar à produção abaixo.

4.2.1. Síntese da Escola que Queremos, Conhecimento que Importa e Sociedade que

Almejamos:

Qual a Escola que Queremos? Escola que queremos é limpa, acolhedora, tranquila com bons professores(as), que atenda as

necessidades das pessoas e as trate com respeito. Essa escola tem que ter participação. É

fundamental que tenha materiais, estrutura e segurança. De modo que atenda as

necessidades da comunidade livre de preconceito e racismo, com respeito ao próximo.

Assim esperamos uma escola inclusiva. Uma escola que atenda as pessoas de forma igualitária

Portanto que tenha comprometimento com o próximo

Qual o Conhecimento que Importa? O que busca uma sociedade mais justa e igualitária, que trate as questões da vida política,

econômica, social, pensando a melhoria da saúde pública, transporte, segurança e trabalho,

enfim, reconhecendo a análise aos direitos sociais.

Além disso, esperamos o tratamento do conhecimento que dialogue com o mundo do

trabalho, fortalecendo as diferentes áreas do conhecimento e certificando para acesso ao

mercado de trabalho.

Também houve o reconhecimento do conhecimento que importa com a atenção as diferentes

linguagens, sendo elas: musical, cênica, corporal, levando, portanto a uma certificação forte.

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Qual a Sociedade que Almejamos? Uma sociedade mais igualitária e que trate os diferentes nas suas diferenças.

Esse debate foi prosseguido com levantamento de demandas que achavam importante

serem tratadas no ano de 2017. Assim cada sala levantou seus pontos de destaque para a

convivência escolar no ano de 2017, esses pontos foram categorizados em alimentação,

segurança e identidade escolar, manutenção/estrutura e pedagógico e observados abaixo de

forma aglutinadora.

4.2.2 Quadro de demandas para o ano de 2017, provindas da assembleia.

Segurança e identidade Escolar

Alimentação Manutenção e Estrutura

Projeto Pedagógico

Organização e disposição dos portões

Perfil de cardápio que pouco dialoga com os sujeitos da EJA e a rotina escolar

Revisão das estruturas das salas de qualificação profissional

Atenção à organização dos horários

Iluminação Interna e Externa

Revisão do cardápio com mais ofertas de frutas, verduras.

Efetivação de oferta de materiais para qualificação profissional

Retorno das aulas de Educação física para as turmas manhã e tarde

Acolhimento e acompanhamento escolar

Organização do jantar Manutenção dos equipamentos da qualificação profissional

Formação alinhada ao Mundo do Trabalho e para vida

Segurança Escolar Ampliar a estrutura com mais bancos e mesas

Manutenção dos ventiladores

Material Didático Necessário

Identificação Escolar Instalação dos bebedouros

Ampliação da oferta de Qualificação com elevação de escolaridade

Reformas no Teto Escolar

Revisão da dinâmica de algumas aulas

Iluminação escolar Alinhar entre os(as) educandos(as) as regras e combinados na escola

Com entendimento dessas projeções provindas da assembleia e com a

intencionalidade de acolher os apontamentos do coletivo de profissionais que atuam na

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escola, esse documento trará planejamento uma caracterização de cada segmento que

compõem o contexto escolar e para cada caracterização o público atendido.

5. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR E PLANO DE

AÇÃO E FORMAÇÃO As caracterizações foram organizadas, a partir de algumas estratégias de pesquisas, passando

por levantamento de depoimentos com educadores/as, educandos(as), estudo de grupo focal

e sistematização de questionários.

Temos o direito de ser iguais quando a

nossa diferença nos inferioriza; e temos o

direito de ser diferentes quando a nossa

igualdade nos descaracteriza. Daí a

necessidade de uma igualdade que reconheça

as diferenças e de uma diferença que não

produza, alimente ou reproduza as

desigualdades”.

Boaventura de Souza Santos

Em diálogo formativo, a escola vem redimensionando o seu pensar, reformulando suas

ações pela compreensão do que é a comunidade escolar e sobre o seu papel e função social,

frente às diferentes exigências do contexto social em que se encontra inserida.

Pautados pela diretriz da Gestão Democrática, estamos construindo com toda a

comunidade escolar (entendida aqui os educandos(as), pais, educadores(as), equipe de gestão,

equipe de apoio, equipe administrativa e comunidade entorno)a escola um espaço público de

afirmação e responsabilidade, dialogando sobre o que de fato é a escola e a que ela se propõe

reformular sua ação definindo prioridades.

Consideramos importante caracterizar cada segmento e formular planos formativos para

cada um.

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5.1 Caracterização da comunidade: O Entorno e Adjacências Comunitárias.·.

A Escola Municipal Olegário José Godoy se encontra localizada à Av. Tiradentes, 1913,

no jardim Montanhão, próximo à vila São Pedro e Jardim Leblon. Nas proximidades da escola

contamos com um pequeno centro comercial com lojas de vários ramos: mercados, padarias,

lanchonetes, hortifrúti, açougues, farmácias, academias, armarinhos, papelaria, perfumaria,

loja de roupas, calçados, depósito de materiais de construção, cabeleireiros, “lan house”,

escola de informática, ótica, pet shop, pequenos escritórios ou salas comerciais em sobrelojas:

consultórios, imobiliária e escola de dança e um shopping. Também nas proximidades está o

destacamento do Corpo de Bombeiros, o CRAS São Pedro, banco 24 horas, mercados, UBS do

Jardim Leblon, Creche Municipal, o Centro de Treinamento de Atletismo Professor Oswaldo

Terra e dezenas de prédios residenciais.

No que tange ao transporte o bairro é servido por três linhas de ônibus municipais:

linha de ônibus 01 Taboão/Vila Esperança; linha 54 – Circular Vila Esperança/Paço; linha 02 –

Taboão/ Jardim Irajá. Além desta unidade Escolar, o bairro conta com quatro escolas

municipais: EMEB Maurício Caetano de Castro (Educação Infantil de 4 a 6 anos), EMEB José

Roberto Preto (Educação Infantil Nível I e II), EMEB José Luiz Jucá (Ensino Fundamental e o

Centro Educacional Unificado (CEU) Regina Rocco Casa e uma Escola Estadual EEPSG Prof.

Carlos Pezzolo (Ensino Fundamental II e Médio).

Nas imediações temos o Shopping São Bernardo Plaza Shopping, com opções de lazer

ao público, como praças equipadas com atividades para crianças, cinemas, restaurantes e

outros.

O Censo realizado em 2010 mostra que a região denominada Montanhão possui o

maior percentual de pessoas não alfabetizadas do município de São Bernardo do Campo. Esse

dado nos remete a importância dessa escola nesta comunidade e de ações de divulgação para

que essas pessoas tenham acesso à elevação de escolaridade. Veja o quadro abaixo:

Não Alfabetizados acima de 15 anos por Bairro

São Bernardo do Campo

Bairro Homens Mulheres Total

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Alves Dias 342 539 881

Anchieta 28 43 71

Assunção 187 378 565

Baeta Neves 421 861 1282

Balnearia 1 3 4

Batistini 462 590 1052

Botujuru 91 152 243

Centro 238 410 648

Cooperativa 242 307 549

Demarchi 162 278 440

Dos Alvarenga 826 1161 1987

Dos Casa 577 855 1432

Dos Finco 153 112 265

Ferrazópolis 610 865 1475

Independência 153 299 452

Jordanópolis 63 97 160

Montanhão 1777 2205 3982

Nova Petrópolis 68 125 193

Paulicéia 116 238 354

Planalto 232 353 585

Rio Grande 45 79 124

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Rudge Ramos 118 241 359

Santa Terezinha 47 130 177

Taboão 155 279 434

Zona Rural 335 406 741

Totais 7449 11006 18455

Fonte: IBGE Censo 2010 / Núcleo de Informação – SE12

A comunidade que frequenta escola se apresenta de vários locais, sendo esses:

Nas proximidades da escola temos muitas igrejas evangélicas. Temos, também, as igrejas

católicas a do Limpão, do Regina, a do Ferrazópolis e Nossa Senhora das Graças. A comunidade

católica está recuperando uma atuação mais significativa nos bairros e a igreja evangélica tem

mais intervenção, atualmente.

Na região do Leblon e Ferrazopólis temos muitos moradores(as) que vieram da região

nordestina, em especial da Paraíba, também, temos os mineiros. Devido a isso temos a

associação dos paraibanos, nessa associação há acolhimento de outros moradores migrantes

de outros estados.

A segurança no bairro é um desafio, pois a maioria não se sente acolhida e respaldada,

diante de tantos conflitos na comunidade.

Os moradores(as) não se sentem parte da cidade, a maioria não conhece os espaços de

cultura na cidade e acabam procurando no bairro os espaços de lazer que se restringem a ida a

igreja e os eventos que nela ocorrem. Além disso, participam de festas entre os vizinhos. A

chegada do shopping no território trouxe para o jovem uma possibilidade de acesso ao lazer,

influenciado pelo consumo. Mesmo com esse perfil o acesso é limitado, devido preconceito

com a comunidade juvenil local.

Na região temos as associações: Mãe Zezé, Amigos de Bairro do Ferrazopolis,

Associação do Irajá e Adjacências.

5.1.1 Plano de Ação e Formação

A partir da assembleia, em que houve o apontamento para termos maiores vínculos com a

comunidade, de modo à resignificar o papel da escola no bairro, assumindo, portanto, seu

lugar de impacto para o desenvolvimento social, tem-se um plano de ação com a comunidade

e esse está associando ao projeto identidade da escola com a comunidade, denominado:

“Olegário é... Educação!”, o qual tem descrição das ações em sub ações.

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Assim, segue a planilha de indicação de ações em perspectivas gerais.

5.1.2 Planilha de Plano de ação e formação com a comunidade local e adjacência

Questões Demandatárias

Ações Responsável Datas Envolvidos

Dificuldades em ampliar a participação comunitária.

.organizar reunião e contatos permanentes com a comunidade via diálogo com as lideranças religiosas, comunitárias e representantes comerciais.

Equipe de Gestão

Permanente, a partir dos projetos.

Equipe de gestão

Organizar vídeo de reconhecimento e observações de pertencimento do Olegário com diferentes sujeitos que convivem nessa escola

Equipe de educadores/as do PEAT e equipe de gestão

Abril/Maio Comunidade intra e extra escolar

. Levantar as possibilidades de atuação da escola com a comunidade, favorecendo a abertura do laboratório de informática. Sala de leitura

Equipe de gestão e PAPP

Abril/ Maio Comunidade intra e extra escolar

. Realizar em parceria atendimento de Educação Profissional com a comunidade

Educadores/as equipe de oficiais e gestão

Abril e Maio para organização e ação permanente

Comunidade intra e extra escolar

Abrir atendimento de informática a comunidade

2ª Quinzena de Maio

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Realizar saral e chamar a comunidade

1 por mês, com temáticas planejadas

Organizar plano e ação de divulgação.

Resp Abril/ Maio/ Junho

Ação dos(as) educandos(as) na pesquisa de bairro;

Produção de Material para divulgação em bairro.

Ação dos/as educadores/as com alunos em divulgação no bairro;

Julho Processo de matrícula

Agosto Organização da divulgação dos cursos livres. Envolvendo educandos/as e educadores/as.

5.2. Educadores

5.2.1 Caracterização

Para melhor conhecer o grupo foram realizadas várias ações de escuta é uma das

possibilidades de escuta com esse grupo para ter condições de caracterizá-lo foi o trabalho

com questionários, do qual foi possível observar perfil dos(as) educadores(as), dificuldades de

trabalho com a turma atual e desafios na prática pedagógica.

Assim, constatamos que 93.3% dos(as) educadores(as) são mulheres. Temos um

número significativo do quadro de educadores(as) da escola que estão na EJA a mais de 6

anos, porém há um contingente 20% que está na EJA, apenas a 2 anos.

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Em relação aos processos formativos foi possível observar que

Nas especificidades do trabalho com as turmas, quanto a algumas dificuldades as

posições se apresentaram em vários aspectos, tanto na demanda de atualização de

conhecimento e esse apontamento foi mais presente com as professoras de qualificação

profissional, quanto com a questão de estrutura, como falta de material.

No campo pedagógico, apresentaram muitas dificuldades em lidar com o tempo e esse

foi observado em vários aspectos: pouco tempo de trabalho com algumas turmas; pouco

tempo de planejamento, diante de tantas diversidades no coletivo de educandos/as; pouco

tempo para organizar a gestão da sala e o tratamento do conhecimento.

Outro aspecto mencionado foi o desafio em organizar e propor atividades

diversificadas. Em perspectiva de aproximação de questões, também, foi mencionada a

dificuldade em lidar com as especificidades dos sujeitos da EJA, inclusive em ter habilidade

para compreender as razões ou os perfis de pensamento dos sujeitos em perspectiva

massificadora. O tratamento do conhecimento por projetos vinculados a situação limite,

também foi mencionado.

Nas dificuldades gerais de trabalho com a escola reapresentaram os problemas

estruturais, como falta de material. Nos aspectos pedagógicos retomaram a questão da

organização do tempo. O desafio da frequência e permanência foi observado. Além disso, foi

retomados os projetos em perspectivas integradoras pautados pelas situações limites. O

desafio escolar em manter o atendimento EJA e Qualificação foi mencionado por um número

significativo. Nesse aspecto também houve menção a ausência da oferta de Artes e Educação

física para EJA Dia.

Em relação aos hábitos culturais a maioria vai ao cinema, igreja. Tem o prazer em ler

livros leem mais de 3 livros por semestre.

No tratamento do aspecto “ Formação nos últimos 4 anos”, mencionaram as

temáticas formativas que já vivenciaram, sendo ela analisadas em proporcionalidade:

40% História da África:

33% Letramento:

46.7% Política de Inclusão com as pessoas com deficiência

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Além dessa estratégia do questionário foi utilizada nas reuniões pedagógicas, um

trabalho de escuta grupal, por meio de análise do atendimento e perfil de acolhimento

escolar, observando concepção escolar já apresentada. Com essa estratégia evidenciaram

sonhos e expectativas.

Em relação aos sonhos o coletivo de educadores(as) apresentou que estima muito

desenvolver um trabalho de qualidade que possa auxiliar os(as) educandos(as) em seu

processo de formação total, de modo que os(as) mesmos(as) possam concluir seus estudos

com êxito e com criticidade. Para isso esperam realizar um trabalho em equipe, harmonioso

tanto com professoras, equipe e alunos, diminuindo, portanto a evasão escolar.

Outra questão em ressalva que apareceu enquanto sonho, mas, também, como

preocupação foi à importância em termos toda à equipe de educadores completa para que

os/as educandos possam exercer o processo formação integral.

Diante dessas questões que evidenciaram os sonhos, apareceu a atenção em

promover um currículo dialógico como possibilidade para ampliar a chegada de educandos(as)

e fortalecer a permanência.

Após levantarmos dos sonhos observamos sobre as expectativas de trabalho e nesse

aspecto o grupo apresentou uma grande expectativa com processo de formação. Essa

temática de formação, também apareceu nos questionários e esses registros nos deram

condições a observar uma demanda com formação em mídias e tecnologias, além das que

foram observadas.

Além desses pontos, o grupo também levantou algumas expectativas e essas se

ativeram a condição estrutural da escola, inclusive com observações para mídias e tecnologias.

Outro aspecto tratado foi à expectativa em ampliar os vínculos com a comunidade.

Esse diálogo, também, permitiu abordar as dificuldades de trabalho do grupo e nesse

ponto foi mencionado a preocupação com a diminuição do quadro de profissionais na escola,

além da diminuição das ofertas dos cursos de qualificação. Outra dificuldade do grupo é

garantir a permanência e lidar com a diversidade.

5.2.2 Plano de Formação

Situações Limites:

Considerando a concepção de educação que compreende que os processos formativos só

tem significância quando esses reconhecem os contextos e as condições limitadoras da vida

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dos sujeitos, o plano de ação/formação dos(as) educadores(as) de 2017 tem como linha

organizadora o reconhecimento das dificuldades e situações limites atuais do trabalho desses

docentes, além de acolher os processos formativos já realizados por esses (as)

trabalhadores(as) da educação.

Assim, há o reconhecimento que as dificuldades que mais apareceram referentes à ação

educativa nesse ano de 2017 foram: dificuldades em lidar com o tempo escolar e o tempo da

sala de aula na construção do conhecimento; organização de planejamento pautado pelas

situações limites, reconhecendo o tratamento do conhecimento que importa e observando o

perfil de prática pedagógica; organização didática com consideração as diversidades dos

sujeitos da EJA; conhecimentos específicos da Educação Profissional.

Assim, segue o plano de formação:

Situações limites Temas Sub temas Prazos Fundamentação Teórica

Dificuldades em lidar com o tempo escolar e o tempo da sala de aula na construção do conhecimento

Currículo e Tempo Escolar

Finalidades Pedagógicas no alinhavo temporal: passado, presente, futuro, reconhecido no planejamento.

FEV, Março Currículo Crítico Libertador e os tempos do conhecimento.

Binômio: Relatividade e Permanência, na ação pedagógica, numa organização temporal.

ABRIL Currículo e os tempos dos sujeitos

As observáveis e os processos de avaliação

ABRIL/ JUNHO Avaliação em perspectiva política social.

O currículo crítico e libertador e seu comprometimento com a justiça social e os tempos do conhecimento

.Planejamento por situação limite; .Registros de planejamentos em diálogo com a fala significativa. . Observáveis no processo de ensino e aprendizagem, com olhar ao 2º segmento.

. FEV, MARÇO: Observando os tempos das turmas e suas necessidades e situações limites; Caracterização e perfil do coletivo de turmas de 2º segmento. A composição do quadro de planejamento, observando as categorias problematização da fala significativa e tratamento do conhecimento. . Os instrumentos de organização e reflexão do planejamento.

O currículo crítico-libertador

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Organização de planejamento pautado pelas situações limites, reconhecendo o tratamento do conhecimento que importa e observando o perfil de prática pedagógica;

O perfil de planejamento pela situação significativa, observando o conhecimento que importa com as turmas:

ABRIL: . As intencionalidades do processo formativo e interlocução temporal, numa concepção crítico e libertadora; . O processo de avaliação em perspectiva da formação integral crítica e libertadora.

Planejamento e instrumentos de registros para exercício da práxis

Planejamento por situação limite; Registros de planejamentos. . Observáveis no processo de ensino e aprendizagem, com olhar Educação Profissional.

FEV, MARÇO, ABRIL. Reconhecimento da situação limite no contexto de trabalho e cidadania; . O entendimento do plano de curso e sua interlocução com a caracterização; . O processo de tratamento do conhecimento pela problematização das falas significativas.

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Planejamento por situação limite; .Registros de planejamentos. . Observáveis no processo de ensino e aprendizagem, com olhar CAGECPM PEAT, 1º Segmento

. FEV, MARÇO: Observando os tempos das turmas e suas necessidades e situações limites; . Caracterização e perfil do coletivo de turmas com o/a educador/a polivalente. A composição do quadro de planejamento, observando as categorias problematização da fala significativa e tratamento do conhecimento. . Os instrumentos de organização e reflexão do planejamento.

O exercício da práxis.

Práticas Pedagógicas Integradoras

Formação Integral Humanizadora.

Maio/ Junho: Os sujeitos da EJA da nossa escola suas especificidades; As relações dos sujeitos com o mundo, nas dimensões da ciência, cultura, trabalho. EJA e Educação Profissional

Práticas Pedagógicas significativas e problematizadoras

Julho/ Agosto/ As práticas e as sequências didáticas para efetivação do processo de ensino aprendizagem que dialoga com as falas significativas e com o conhecimento que importa;

Práticas Pedagógicas e a dimensão epistemológica do currículo crítico libertador.

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O papel do/a educador/a e do/a educando/a em atividades significativas, por tematização das práticas.

Organização didática com consideração as sujeitos diversos da EJA;

A Juventude na EJA . As especificidades e a forma de ver o mundo pelo olhar juvenil; . Juventude e Mundo do Trabalho

.Setembro/Outubro

. Estudo de casos, em análise ao perfil juvenil.

Juventudes e seus reconhecimentos nos tempos históricos.

Tempos diferenciados em tratamento do conhecimento, conforme diversidade conhecimento.

. Conhecimento e Diversidade; . A seleção dos conteúdos diante dos contextos sociais compostos por diferenças; . Sala de aula e os tempos do conhecimento.

Outubro/ Novembro

5.3. Profissionais: Administrativos, de apoio e alimentação escolar.

5.3.1. Equipe de Oficiais.

a) Caracterização

A equipe de oficiais se faz na sua integra por mulheres, são 3 mulheres numa faixa

etária, acima de 38 anos. Dessas, 3 trabalham na rede a mais de 6 anos, sendo que uma

dessas tem 25 anos de servidora na rede de educação de São Bernardo do Campo. Em atuação

na EJA duas estão com menos de 2 anos, sendo que uma tem 14 anos associados entre

Educação Profissional e EJA.

Elas revelam não ter dificuldades de trabalho administrativo.

Em relação aos hábitos culturais, duas demonstraram ter hábito de leitura, a média de

leitura é um livro por semestre. Os hábitos de atividades culturais se centram nas atividades

com a igreja e outros.

Como proposta de formação identificam formação em tecnologia da informação com o

programa Excel.

O sonho dessa equipe passa por conseguir realizar o trabalho da melhor maneira

possível e ter jovens mais interessados, envolvidos e distantes das drogas. As dificuldades

desse grupo passam por lidar com o cotidiano de trabalho, no aspecto falta de material e

pouca paciência das pessoas que buscam o serviço da secretaria da escola, tanto

internamente, quanto pelo público externo.

b) Plano de Formação

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Em consideração a linha orientadora de formação de pessoas, essa equipe terá como

proposta formativa o reconhecimento da situação limite, observando as dificuldades em: lidar

com a impaciência de determinados públicos, reconhecendo quem são esses públicos e o

estudo em Excel.

Situações limites Temas Sub Temas Prazos

Dificuldades em lidar com a impaciência dos diferentes públicos que acessam os serviços da secretaria. 1x quinzenalmente

Sujeitos da EJA e suas diversidades: . condição de vida em contextos de muitas vulnerabilidade .

Perfil dos/as educandos/as escola, por estudo de histórias de vida que representam essa população.

25/04

As análises dos sujeitos de EJA do Brasil por amostra do INEP e relação com nossa caracterização.

23/05

Os marcos legais da EJA e os apontamentos de uma escola de EJA inclusiva

19/06

EJA e Juventude O olhar e a compreensão da juventude com o mundo

18/07

Juventude e a compreensão da sociedade sobre esse tempo de vida

15/08

Drogadição Drogadição que fenômeno é esse? 19/09

Jovens em contexto de drogadição e qual o papel da escola?

17/10

O perfil comunitário e suas expectativas

Estudo de território 14/11

Reconhecimento das lideranças e as demandas de luta da comunidade

05/12

Estudo de Excel 1x quinzenalmente

Procedimentos e ferramentas em Excel

Reconhecimento das abas e estrutura do programa

09/05

Composições de Planilhas e tratamento de informação

06/06

Composição de gráfico 04/07

Tratamento de somatória e funções 29/08

Estudo de fórmulas 26/09

Alinhamento e procedimentos no acolhimento, execução de demandas e arquivos de documentos.

. Levantamento de demandas pelos aspectos observados em assembleia e leitura de necessidade.

Permanente via demandas Semanalmente

5.3.2 Equipe de Inspetores(as)

a) Caracterização

Na escola temos dois inspetores, sendo um homem e uma mulher. Esses profissionais

possuem idade 30 a 45 anos. Ele(a) trabalham na rede de São Bernardo do Campo a mais de 6

anos e estão na EJA em tempos diferentes, sendo uma profissional a 2 anos e outro a 6 anos.

A dificuldade de trabalho se faz presente, apenas para um, diante da organização do

seu horário.

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No aspecto de hábitos culturais, os dois têm o hábito de leitura, com uma média de 3

livros por semestre. Suas atividades culturais passam por acesso a igreja, cinema, teatro,

praças e parques. Nos últimos 4 anos passaram por processos formativos em tecnologia da

informação. Enquanto demanda formativa solicitam formação em tecnologia da informação e

justiça social.

O sonho dessa equipe passa por fortalecer as ações para efetivação de uma Educação

para Todos(as), envolvendo a comunidade. Enquanto expectativa, esperam um trabalho em

equipe. Já a dificuldade se faz em lidar com o novo perfil da EJA e os conflitos diante dos

desafios de drogadição de alguns dos jovens.

Com o reconhecimento dessas especificidades e com a leitura que esse grupo se aproxima

muito da equipe de oficiais, tem-se o plano de formação, numa mesma propositura que a

equipe de oficial.

b) Plano de Formação/ Ação

Questões demandatárias Temas Sub Temas Prazos

Dificuldades em lidar com a impaciência dos diferentes públicos que acessam os serviços da secretaria. 1x quinzenalmente

Sujeitos da EJA e suas diversidades: . Condição de vida em contextos de muitas vulnerabilidades .

Perfil dos/as educandos/as escola, por estudo de histórias de vida que representam essa população.

26/04

As análises dos sujeitos de EJA do Brasil por amostra do INEP e relação com nossa caracterização.

24/05

Os marcos legais da EJA e os apontamentos de uma escola de EJA inclusiva

18/06

EJA e Juventude O olhar e a compreensão da juventude com o mundo

19/07

Juventude e a compreensão da sociedade sobre esse tempo de vida

16/08

Drogadição Drogadição que fenômeno é esse?

20/09

Jovens em contexto de drogadição e qual o papel da escola?

18/10

O perfil comunitário e suas expectativas

Estudo de território 15/11

Reconhecimento das lideranças e as demandas de luta da comunidade

06/12

Estudo de Excel 1x quinzenalmente

. Levantamento de demandas pelos aspectos observados em assembleia e leitura de necessidade

Reconhecimento das abas e estrutura do programa

10/05

Composições de Planilhas e tratamento de informação

07/06

Composição de gráfico 05/07

Tratamento de somatória e funções

30/08

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Estudo de fórmulas 26/09

Alinhamento e procedimentos no acolhimento, execução de demandas e arquivos de documentos.

. Levantamento de demandas pelos aspectos observados em assembleia e leitura de necessidade

Organização de demanda semanal

Semanalmente

5.3.3 Equipe de Alimentação

a) Caracterização

A equipe de Alimentação Escolar é formada por 3 mulheres com idades de 34, 45 e 51

anos. Estas mulheres prestam serviços para a empresa terceirizada CONVIDA REFEIÇÕES

atuando em nossa UE.

Diariamente preparam 6 refeições, sendo 2 de lanches quentes, 3 de almoços e 1 de jantar

atendendo em média 530 estudantes por dia.

Cláudia é cozinheira escolar há 5 anos, sendo que destes, está há 4 anos e 2 meses em EJA

e na EM Olegário. Rita está há 7 anos e meio na PMSBC e Luana há 3; ambas estão atuando em

EJA e em nossa escola há 5 meses.

As três acreditam que o trabalho que desenvolvem é de extrema importância no contexto

escolar e defendem que uma pessoa mal alimentada não se concentra em suas atividades,

apresenta dificuldades para aprender etc.

Sobre as expectativas que apresentam em relação ao trabalho que desenvolvem na escola,

esperam que a comida esteja muito boa para que sejam reconhecidas e para que os/as

estudantes fiquem bem alimentados/as e aprendam. A dificuldade de trabalho se centra na

quantidade de alimentos não suficientes, ao perfil de, apenas para um, diante da organização

do seu horário.

Os sonhos que tem sobre a escola é que haja cada vez mais alunos (‘cresça cada vez mais’)

e que permaneçam durante o ano letivo, porque como elas próprias disseram ‘sem alunos não

há serviço’.

Sobre a formação, disseram que o contato que tem com alunos e alunas é pequeno e que,

por não saírem do ambiente do serviço de alimentação, não conseguem elencar as

necessidades formativas. “ A gente fica trancada na cozinha a maior parte do tempo. Não

tem tanto contato com as pessoas da escola para saber o que precisa ter de formação.”

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Entendem as múltiplas diversidades da EJA e suas especificidades e procuram agir de

forma harmoniosa e agregadora.

Acreditamos que o investimento formativo seja em gestão democrática afim de

compreenderem sua atuação para além do Serviço de Alimentação; no entendimento da

concepção, currículo de EJA e em sua atuação como educadoras.

b) Plano de Ação/Formação

Situação Significativa

Tema Sub temas Prazos

Ampliação do entendimento da Concepção de EJA, de Educação ao longo da vida e das múltiplas diversidades da EJA.

Concepção de EJA e de Educação ao longo da vida

-Currículo de EJA; 1x

quinzenalmente -Diretrizes de EJA em São Bernardo do Campo

Especificidades de EJA EJA e Juventude 1x

quinzenalmente

Os sujeitos em contextos de drogadição

Alinhamento dos procedimentos na organização escolar referente aos espaços, materiais e acompanhamento de educandos/as.

Gestão Democrática e a atuação da equipe do serviço de Alimentação Contexto Escolar

-Gestão Democrática 1x

quinzenalmente -Atuação das profissionais da alimentação no Contexto Escolar

-Levantamento de demandas semanais, provindas da leitura de necessidade escolar, com divisão de tarefas, favorecendo o trabalho em equipe.

Em reuniões dialógicas

quinzenais.

Retomada das condições de acolhimento

Já realizado até 31/03, em processo de formação.

Necessidade de ampliação os conceitos em Informática

Ampliação os conceitos em Informática

Tratamento da Informação 1x quinzenalmente durante o segundo semestre

Uso de mídias e ferramentas tecnológicas

5.3.4 Equipe de apoio

a) Caracterização

Essa equipe se compõe de 7 profissionais, sendo 4 mulheres e 3 homens, a idade média e

de 35 anos.

Desse grupo 6 são profissionais da Frente Municipal de Trabalho, tiveram seus contratos

renovados recentemente. Do total e trabalhadores(as) 4 realizam formação em elevação de

escolaridade e uma em qualificação profissional no curso de cabelereiro. Essa equipe é

contratada pela prefeitura há um 1 ano e estão na escola nesse mesmo período.

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Nesse coletivo temos uma profissional concursada pela prefeitura de São Bernardo do

Campo, está na rede municipal a 10 anos.

Para alguns (as) desses(as) funcionários(as) a dificuldade se centra em conciliar a rotina da

vida e o tempo de trabalho. As falas trouxeram frequentemente o não reconhecimento e não

cuidado de alguns(as) profissionais com as suas funções.

Além disso, é observado que a equipe tem dificuldade em fortalecimento de vínculos

entre si e no reconhecimento do seu papel para unidade escolar.

O sonho desse coletivo passa por fortalecer as buscas pessoais e nas questões profissionais

esperam compor com o projeto de escola.

b) Plano de Formação/ Ação

Questões Demandatárias

Tema Sub temas Prazos

Manter um alinhamento de equipe, reconhecendo seus papeis na organização do PPP escolar.

A rotina Escolar e a importância do papel de cada um no projeto educativo.

Abril

Estudo d casos em situações de conflitos e condições desafiadoras

Junho

A escola que queremos e atuação de todos e de cada um(a)

Agosto

Os (as) educandos(as) da EJA e suas especificidades

Outubro

Oportunidade para ampliar conhecimento e tecnologia de informação

Entendimento do World

Abas e recursos do World Maio

Tratamento de edição e uso do teclado

Julho

Organização de planilha Setembro

5.4 Educandos(as)

a) Caracterização:

Essa caracterização foi organizada, observando dois perfis de atendimento, compondo os

seguintes agrupamentos:

_ 1º segmento do Ensino Fundamental, Educação Profissional e PEAT

Tratamento da Caracterização dos(as) educandos(as) da Educação profissional, 1º segmento e

PEAT.

O público do 1º segmento, Educação Profissional e PEAT da nossa escola é composto

na sua grande maioria de jovem. Nessa análise 54.1% das pessoas têm até 35 anos, sendo que

36.5% têm até 25 anos. A Educação Profissional no curso de cabelo recebe muitos jovens, os

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outros cursos tem esse atendimento, mas a maioria se compõe de adultos. A elevação 1º

segmento se faz com a presença de adultos e idosos e o PEAT é na sua totalidade composto

por jovens.

Na análise de sexo a maioria é mulher, compondo 71, 2% do total de matrículas da

unidade escolar nesses segmentos de atendimento.

A maioria é de São Paulo, compondo um contingente de 53.1.%. Dos que vem de outro

local, contabilizamos: 8.9% da Bahia, 7.6% de Pernambuco, 6.4% da Paraíba, 6.8% de Minas

Gerais, restando o 17.2 % de outros Estados.

Em observação ao estado civil 57.2% são solteiros (as), observando que nesse item há

um certo equilíbrio entre os casados e solteiros.

Nas análises da quantidade de filhos 61.3% tem filhos. Desse total 37.3.% tem até 2

filhos, contabilizando até 3 filhos o percentual chega à: 50.9% são poucos os que estão acima

de 4 filhos.

Em referência ao local de moradia 34.7% são da região do Montanhão, 16.5% do

Ferrazópolis.

Na continuidade da análise a moradia, 68.6% possui a casa própria e maioria mora com

a família.

No tratamento as dificuldades de serviços no bairro apresentaram que necessitam de

UBS ou posto de saúde e esse ponto apareceu em 35.6% dos questionários. As queixas

referentes à falta de praça e parque contabilizaram 50.9%. Outra questão apresentada como

dificuldade foi à ausência de posto policial. 10.6% tem dificuldade para chegada de

correspondência. 33.5% aponta a dificuldade de ausência de espaço esportivo e cultural. Além

desses pontos, 79.7% apresenta ter coleta seletiva de lixo e desses, apenas 50.4% participam

dessa coleta. Desse coletivo 75.8% não participam das ações políticas do bairro.

Nas análises as questões políticas 87.7% acham importante votar e 12.3% não ver

importância nenhuma.

No tratamento as questões de trabalho 53.1% possui apenas uma pessoa trabalhando

em casa e 25.5% com até 2 pessoas trabalhando. Além disso, há um coletivo de 41.5% que não

está trabalhando e está procurando emprego, 12.7% faz bico e apenas 12% tem trabalho

registrado. Nas análises de renda 86.9% recebe até 2 salários mínimos.

Em tratamento ao uso do serviço da área de saúde 80.9% destacaram que usam o

SUS.

A maioria gosta de música gospel, seguida do FUNK, mas temos preferências, também,

por RAP. JAZZ.

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Do total de entrevistados (as), 81.8% não se sentem discriminado, porém 5.1%

disseram se sentir discriminado da questão etnia.

Nas questões culturais 49.2% são evangélicos e 40.3% católicos. As religiões

afrodescendentes correspondem a 2.1% do total de matriculados (as). Nos tempos livre 39.8%

vai à igreja e 39.4% vai à casa de familiares. Apenas 13.1% vai ao cinema.

Desse coletivo, 64.8% tem a TV como a maior fonte de informação e 55.5% faz uso da

internet para se informar das questões sociais. Além disso, 67.4% usa a internet cm frequência

para todos os usos. O uso de livro não ultrapassa 13.5%.

Em relação à escola 42.8% ficou sem estudar por mais de 5 anos. Dos que pararam de

estudar 14% já frequentou nossa escola. Os motivos que mais influenciaram a parar de estudar

foram problemas pessoais e trabalho.

Os sonhos com a vida estão marcados por acessar um bom trabalho, estabelecer uma

vida tranquila com os familiares, continuar os estudos.

Nas especificidades da unidade escolar, 65.7% ficaram sabendo do atendimento por

família e por amigo. Em relação ao retorno escolar 30.1% voltam para escola por objetivo de

entrar no mercado de trabalho. 25.4% para ampliar conhecimento.

Ao observar o perfil de relações sociais no ambiente escolar 38.6% tem amigos na

escola, porém 27.1% disseram não ter amigos na escola.

Em observação a avaliação dos(as) educandos(as) ao tratamento da leitura, 38.6% diz

ler bem e 26.4% diz ter dificuldades e leem mal. Na especificidade da escrita 48.5%

apresentam que escreve bem e 26.2 apresenta que escreve razoavelmente.

Nos apontamentos referentes às maiores dificuldades de aprendizado o grupo

apresentou a fragilidade em falar em público e isso corresponde a 35.6%. Outro aspecto muito

mencionado foi resolver cálculos matemáticos, compondo 26.3%, em relação às dificuldades

gerais, como ler, escrever, falar em público, concentração, atividade física e outros. De modo

geral 57.6% diz gostar muito da escola

Em continuidade as análises sobre o perfil de vida dos(as) educandos(as), 43.6%

dos(as) educandos(as) disseram não realizar atividades físicas.

As expectativas em relação ao curso se apresentaram por aprender para acessar

espaços, ampliar relações e chegar ao mundo do trabalho.

_ 2º segmento do Ensino Fundamental

O público do 2º segmento de nossa escola é composto por jovens e adultos. Nessa

análise 55% das pessoas têm até 40 anos, 30% tem até 25 anos e 15% têm mais de 45 anos,

Na análise de sexo, compondo do total de matrículas da unidade escolar, 58% é mulher e 42%.

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A maioria é de São Paulo, compondo um contingente de 55%%. Dos que vem de outro

local, contabilizamos: 9.9% da Bahia, 9.9% de Minas Gerais, 9.6% da Paraíba, 9.8% de

Pernambuco Gerais, restando o 10.8 % de outros Estados.

Em referência ao local de moradia 48.7% é da região do Montanhão, 20.5% do

Ferrazopolis e 30.8% são das demais regiões da cidade.

Na continuidade da análise a moradia, 78.6% possui a casa própria e maioria mora com

a família.

80.2% Declaram que não participam das ações políticas do bairro, no entanto 58%

acham importante votar e 42% não acreditam que o voto seja importante. Apontam questões

de problemas do bairro voltadas à segurança, falta de lazer, saúde e transporte. Quanto à

saúde 80% destacaram que usam o SUS

No tratamento as questões de trabalho 25% trabalham 10% são autônomos e 65%

estão desempregados, Nas análises de renda 80.9% recebem até 2 salários mínimos.

A maioria gosta de música gospel, seguida do FUNK, RAP, Rock e música Sertaneja.

Do total de entrevistados (as), 68% não se sentem discriminados, porém 32% disseram

se sentir discriminado da questão etnia e baixa escolaridade.

Nas questões culturais 50% são evangélicos e 40% católicos, 13% declaram-se espíritas

e 7% de religiões tradicionais de terreiros. Em relação ao lazer, 40% vão à igreja e 38.4% vão à

casa de familiares, 21.6% vão ao Shopping e ao cinema.

Desse coletivo, 68% tem a TV como a maior fonte de informação e 80.5% faz uso da

internet para se informar das questões sociais. Além disso, 70.4% usa a internet com

frequência para todos os usos. O uso de livro não ultrapassa 10.5%.

Em relação à escola 45.8% ficou sem estudar por mais de 5 anos. Dos que pararam de

estudar 24% já frequentaram nossa escola. Os motivos que mais influenciaram a parar de

estudar foram problemas pessoais e trabalho.

Os sonhos com a vida estão marcados por acessar um bom trabalho, estabelecer uma

vida tranquila com os familiares, continuar os estudos.

Nas especificidades da unidade escolar, 65.7% ficaram sabendo do atendimento por

família e por amigo. Em relação ao retorno escolar 30.1% voltam para escola por objetivo de

entrar no mercado de trabalho. 25.4% para ampliar conhecimento.

Nos apontamentos referentes às maiores dificuldades de aprendizado o grupo

apresentou a fragilidade em falar em público e isso corresponde a 50.6% do grupo. Outro

aspecto muito mencionado foi resolver cálculos matemáticos, compondo 28.3%, em relação às

dificuldades gerais, como ler, escrever, falar em público, concentração, atividade física e

outros. De modo geral 77 % diz gostar muito da escola

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As expectativas em relação ao curso se apresentaram por aprender para acessar

espaços, ampliar relações e chegar ao mundo do trabalho.

b) Caracterização, Plano de Ação/ Formação e Projetos Pedagógicos Específicos por

Turma.

Considerando que não existem reflexão e ação fora da relação homem-realidade,

trazemos abaixo a caracterização por turma e o quadro de problematização. Iniciamos

com o primeiro segmento, em seguida as turmas do segundo segmento: CAGECPM e os

Ciclos de 5º ao 8º Termos. Depois teremos as caracterizações e quadros de

problematizações do PEAT, turmas manhã e tarde, e em seguida as turmas dos cursos

profissionalizantes do eixo tecnológico da imagem pessoal.

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1ª SEGMENTO

Turma_ Alfabetização

Período Noturno

Professora Andréia

Caracterização

Atualmente a turma alfa é composta por 26 educandos/educandas frequentes. Existem ainda 4 educandos que não compareceram as aulas, entretanto estão sendo realizadas ligações diárias e constantes sem sucesso, pois 3 destes educandos possuem celulares que somente caem em caixa postais e uma educanda justifica a ausência por motivos pessoais(bebê recém-nascido), visto que não comparecerá este semestre.

A faixa etária dos educandos/educandas vária entre os 22 e 62 anos. A maioria advinda da região Nordeste e/ou apresentam descendência nordestina. Vieram em sua maioria em busca de melhores condições de “vida”, em busca de realização de “sonhos”, em busca de emprego. A vida escolar foi interrompida devido a essa necessidade de iniciar no mundo do trabalho, deixando assim sua Terra natal e os estudos. Algumas falas, anseios e desejos foram denotados e socializados em roda de conversa, sendo estimulados através das canções “Asa Branca” e “A vida do viajante”. Em sua maioria moram bem próximos à unidade escolar e se conhecem das mediações da comunidade em que residem. Uma das educandas mora no Limpão e diz que a rua não tem iluminação e de difícil acesso devido ao comércio ilegal de drogas e violência.

Foram realizadas atividades de leitura e escrita contextualizando suas vivências e as letras das canções mencionadas, além de trava línguas, ditos populares e cartazes produzidos de maneira coletiva. Com esses registros foi possível evidenciar o diagnóstico quanto à hipótese de leitura e escrita da

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turma. Que segue: 5 alfabéticos iniciais (Rosilene, Irene, Paulo, Maria Benedita, Girlandia); 9 silábicos alfabéticos (Alice, Cícera, Evangivaldo, José Izidoro, Maria Célia, Maria de Fátima, Osmar, Manoel, Francisca); 5 Silábicos com valoro sonoro (Alcilene, José Severino, Maria dos Remédios, Antônia)e 3 Silábicos sem valoro sonoro (Elias, Alcir e Ednaldo).

Apresentam em grande maioria um bom raciocínio lógico matemático, resolvem questões com estratégias próprias, entretanto com auxilio quanto à leitura e com exceção de 3 alunos que necessitam de intervenções quanto à leitura e interpretação de situações problema.

Durante as refeições realizamos rodas de conversas informais, onde os educandos/educandas trazem as suas experiências cotidianas e com esse momento de descontração, interação e refeição é bem divertido.

As questões de acesso a eventos, shopping, cinema, teatro são raros nesse grupo. A maioria tem como lazer assistir TV, ir ao centro de São Bernardo do Campo....

Após realizarmos uma releitura de uma fotografia de “Paraisópolis”, ficou evidente que a melhora nas condições de moradia, saúde e transporte público são as necessidades emergenciais denotadas em roda de conversa e discussões realizadas em sala de aula onde os educandos e educandas trouxeram seus anseios e desejos de mudança de “vida”... Algumas falas significativas reforçam esses ideais. Disseram que necessitam de “ Um lar mais digno, sem luxo”, “Quero melhor comodidade para meus filhos”, ”Necessito de condições de saneamento básico (água encanada, tratamento de esgoto, urbanização com asfalto para as ruas para que possa caminhar sem sujar os calçados”, “Gostaria de ir ao Centro Clínico ser diagnosticada, medicada e fazer exames sem esperar adoecer ainda mais”... “Hoje o ônibus demorou p passar e veio lotado, estou exausta”; “Quero mudar minha situação”, quero concluir meus estudos para realizar muitos planos para minha vida”, “Nunca é tarde”, “Atrasado é quem não vem”; “Vou repetir esse alimento, pois é minha única refeição da tarde/noite, chego muito tarde e não consigo me alimentar antes”;

Essas falas surgiram diante da proposta de análise da fotografia e do questionamento “ Você enxerga diferenças nessa imagem?” “ Há algo que te incomoda ao visualizar a imagem e se lembrar do local de sua residência?” “O que falta em seu bairro?”

Diante dessas discussões os diversos assuntos afloram com relatos dos educandos/as. Entre esses as questões já mencionadas, ainda relataram a falta de oportunidade e o desemprego de alguns... Em sua maioria são empregadas domésticas, diaristas, pedreiros, auxiliares de serviços gerais e auxiliares de limpeza. Temos 6 desempregados na turma, com faixa etária entre 48 e 62 anos. Com isso foram pensados alguns momentos de leituras para deleite e leituras dirigidas com textos elaborados para prévia de discussões , direcionadas a estimular o pensamento e ainda usá-los como disparador para identificação de situações limites da turma e destacar as falas significativas da turma.

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Uma dessas leituras intitulada “Este ano será um sucesso se...” foi o disparador para que educandos e educandas pudessem expressar-se e denotar as necessidades individuais, trazendo evidente que a situação limite da maioria dos educandos/as dessa turma é a falta de oportunidades por falta de leitura e escrita. Os diversos relatos reforçam essa problemática. Segue abaixo relato de suas vivencias e falas significativas:

Um dos educandos relata que aprendeu a escrever e ler algumas palavras e que uma das empresas em que trabalhou, foi solicitado que voltasse a estudar e ele recusou, pois considerou desnecessário naquele momento por já saber escrever o nome e algumas palavras... ”Hoje me arrependo, tenho propostas de emprego e não preencho os pré-requisitos... Nosso país está assim porque a nossa política não pensa na classe trabalhadora”.

Uma educanda relata que trabalhou por 2 anos e 6 meses em um restaurante e este foi vendido e a atual proprietária a dispensou quando descobriu que não sabia ler... “Perdi meu emprego por falta de leitura, não consegui ler as comandas”.

Um dos educandos relata que veio do Ceara e está trabalhando em uma Padaria e que não consegue interagir e socializar com os jovens nas redes sociais por falta de leitura... Sou moço novo e não saber ler é ruim, o pessoal tudo bulindo no celular e eu não”.

“Fui trabalhar com um Húngaro que me xingava de burra porque eu não sabia ler”. “Eu perdi muitas oportunidades às vezes é difícil quando você precisa ler um papel e não consegue”. “Se eu for em um lugar e tiver uma pessoa que sabe ler e eu não, a pessoa fica e eu perco a vaga.”

“ Eu também perdi oportunidade na Wolks, Ford... A leitura me faz falta. As vezes você procura um endereço e as pessoas faz cara de chacota, porque acha que você está brincando e te manda pro rumo errado.

ESTRATÉGIAS

Com intuito de atender as necessidades coletivas, mas de maneira individualizada trabalharei com atividades diversificadas quanto à hipótese de escrita/leitura dos educandos/as. Algumas dessas atividades podem ser descritas, tais como:

Letra faltante, sílaba faltante, complete com a palavra correta; Cruzadinhas, Caça palavras; Registros a partir de cópia de pequenos textos em lousa; Leitura e localização de palavras em texto;

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Escritas coletivas; ditados com correções coletivas e individuais; Auto ditado, ditado com correções individuais.

Produções a serem desenvolvidas pelos alunos:

Murais Cartazes Power Point com fotos dos alunos Esquetes das situações em que os alunos tiveram que driblar o não saber ler e escrever e que estratégias utilizaram e como o conhecimento os ajudará a mudar estes esquetes Estudo do meio no cinema para compreender a importância de um veículo que trabalha com a Linguagem falada e visual.

TEXTOS A SEREM TRABALHADOS EM PRODUÇÕES TEXTUAIS:

-Preenchimento de fichas -Relato Pessoal -Entrevista

-Cartaz -Linha do tempo pessoal e profissional -Biografia -Conto -Causos -Bilhete -Música -Carta -E-mail

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-Watsapp -Panfletos -Cartão de visita -Currículo -Notícia -Jornal -Convite

Filmes a serem utilizados:

-Vida Maria -Documentário da História da EJA no Brasil

-Depoimento de pessoas que estudaram e se formaram na 3ª idade - O Conde de Monte Cristo - Uma lição de Vida (O aluno) - Vida e Morte Severina

Músicas:

- A vida do viajante - Luiz Gonzaga -O caderno - Toquinho - Aquarela –Toquinho -Beto Barbosa

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POESIAS

- O Patativa do Assaré - Cora Coralina

(Conhecer além de seus poemas, suas biografias).

Livros diversos, entre eles:

-A História da Escrita. -O menino que aprendeu a ver. .

AVALIAÇÃO:

A avaliação será processual. Visto que a avaliação é indissociável do processo de planejamento, pois permite aos educadores que reflitam sobre sua prática e reformulem seu trabalho, precisa-se considerá-la como sendo para educadores e educandos. A avaliação será por essa razão processual e formativa, desenvolvida com o objetivo de replanejamento do trabalho da equipe, como também auxiliar os alunos e as alunas a avançarem em suas aprendizagens e permitir que eles também se avaliem e possam ajudar-se e a outros.

Ela também permitirá analisar se os objetivos do projeto estão sendo alcançados e traçar planos para que sejam.

Os instrumentos de avaliação serão:

1. Os portfólios individuais que serão construídos em parceria educadora aluno/a com atividades que mostrem o desenvolvimento da/o educanda/a nestes dois anos.

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2. As auto avaliações dos alunos, dos educadores e da CP para que cada um possa refletir sobre seu papel em todo o processo do projeto de ensino aprendizagem.

3. Os conselhos formativos com relatos escritos e encaminhamentos de práticas para replanejamento contínuo do Processo de Ensino-aprendizagem.

4. Os Planos de Ação com registro e devolutiva que documentarão a efetivação do Projeto.

Quadro de Planejamento:

- QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO – ALFA- NOITE-

PROFESSORA: ANDRÉIA

Falas significativas:

“Hoje o ônibus demorou para passar e veio lotado, estou exausta”...

”Hoje me arrependo, tenho propostas de emprego e não preencho os pré-requisitos”...

“Perdi meu emprego por falta de leitura, não consegui ler as comandas”...

“Eu perdi muitas oportunidades às vezes é difícil quando você precisa ler

Superação da fala / contratema (objetivo geral):

“Agora compreendo que ler e escrever é um direito meu que foi negado e que hoje o tenho de volta. Também sei que não ter tido este direito antes é fruto de uma sociedade desigual. Consigo ler comandas e entendo o que acontece em meu viver. Se hoje não consigo um emprego, sei que é por questões que vão para além da alfabetização, por estar em uma sociedade que favorece a desigualdade. Entendo ainda que meus direitos para serem alcançados devam ser reivindicados, sejam eles para benefício individual ou que represente a coletividade.”

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um papel e não consegue”.

“Se eu for em um lugar e tiver uma pessoa que sabe ler e eu não , a pessoa fica e eu perco a vaga.”

Problematização Micro

Problematização Macro

Eixos do Conhecimento Conteúdo Micro Conteúdo Macro Observáveis ( Objetivos

específicos)

Quantas pessoas da sua família que tem uma idade próxima a sua não frequentaram a escola?

Tem mais alguém que não sabe ler e escrever?

Na Família?

No bairro?

Amigos, vizinhos já passaram por humilhação por não saber ler e escrever?

Porque você e seus

Quais as leis que garantem meus direitos de ensino-aprendizagem?

Educação é direito ou privilégio?

Quais as leis trabalhistas que visam o bem do trabalhador?

Memoria e Territorialidade

-Resgate histórico das pessoas da família que frequentaram e frequentam a escola;

Formação da comunidade;

População atual;

Serviços públicos existentes;

Movimentos sociais.

Valorização da história individual dos alunos

Reflexão sobre a própria história e relação com as questões históricas

Pesquisa sobre a história do bairro.

Acontecimentos históricos do Brasil que mostram as mudanças relativas a acesso e permanência na educação.

Colonização

Miscigenação

Formação das favelas

Identificar os aspectos da história do bairro como: formação da comunidade, população atual e serviços públicos existentes.

Conhecer os movimentos sociais existentes

Reconhecer as interferências históricas dentro de sua historia de vida.

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amigos não estudaram?

Quantas crianças maiores de 3 anos tem em sua família? Destas, quantas frequentam a escola?

Você conhece a história da educação no Brasil?

Qual o problema que mais dificulta a sua qualificação profissional?

Como ser um ser transformador do meu espaço, quais as possibilidades de mudanças?

Você sabe quantas pessoas não sabem ler e escrever em São Bernardo do Campo?

Meio Ambiente e Saúde

Cultura Popular

Crescimento Econômico e Novas Ocupações

O Trabalho entre os Grupos Sociais.

Moradia, saneamento básico, saúde, transporte.

Sustentabilidade

Alimentação

Qualidade de vida

Identificar aspectos da cultura popular

Compreender o impacto do crescimento econômico na interferência da qualidade de vida da população

Cultura e Trabalho

Opções culturais, lazer, esportes, entretenimento na cidade; Emprego X trabalho Consumo X necessidade O trabalho pelos olhos da arte

O ser humano como agente social e produtor de cultura; Leis trabalhistas

Compreender o ser humano como agente social e produtor de cultura. Identificar leis trabalhistas

Lin

guag

en

s

Oral

Desenvolvimento da argumentação de forma planejada.

Ampliação do vocabulário;

Leituras de livros sobre a trajetória de sucesso de pessoas alfabetizadas e autônomas /emancipadas pela educação

Planejar e desenvolver argumentação respeitando as diferentes opiniões e defendendo seu ponto de vista

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Qual é o país onde tem mais analfabetos no mundo?

Afinal, qual o conhecimento que importa na escola e sociedade que almejamos em um contexto social atual adverso???

Linguagem oral

Poder de argumentação

Organização do discurso

Planejamento de fala

Variação Linguística

Ampliar o vocabulário fazendo uso de palavras para auxiliá-lo a defender suas opiniões

Escrita

Reflexão sobre as ações do individuo em um ambiente letrado e estimulado através das músicas, poemas e textos narrativos;

Produções de listas, bilhetes, receitas e pequenos textos de memória de acordo com a hipótese de escrita do educando.

Escrita e suas diferentes finalidades.

Coerência e coesão

Linguagem escrita

História da Escrita

Função Social da Escrita

Diversidade Textual

Criatividade na Escrita

Linguagem Formal e Informal (Norma Padrão e Variações Linguísticas)

Literatura

Produzir listas, bilhetes, receitas e pequenos textos de memória de acordo com a sua hipótese de escrita.

Avançar quanto à hipótese de escrita

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Comunicação

Leitura

Gêneros Textuais diversos sob diferentes enfoques (leitura, escrita, escuta, análise, produção, interpretação etc.

Tecnológica

Pesquisa sob orientação, ler e selecionar conteúdos necessários à pesquisa;

-     Digitar copiar, recortar, colar e salvar documentos no Word;

Construção de gráficos e tabelas referentes à escolarização.

I d Conhecer os principais serviços da internet (navegação, pesquisa, chat, e-mails).

Reconhecer e utilizar ferramentas de pesquisa, edição, etc .

-    Uso da Internet para pesquisa (visitas a alguns sites).

-    Reconhecer a fonte de pesquisa.

Usar instrumentos tecnológicos de modo a facilitar o seu viver

Acessar com autonomia o mundo digital com procedimentos básicos

Identificar símbolos e ícones da linguagem tecnológica

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Reconhecer as variadas finalidades/funções no uso do computador

Nomear as partes do micro computador

Matemática

Leitura e interpretação de gráficos e tabelas;

Resolução de situações problema com estratégias pessoais e cálculo mental.

Cálculo de rendimentos e projeção de custos (economia doméstica)

Salário X gênero

Tabelas

Gráficos

Operações Fundamentais

Sistema de Numeração

Compreender as técnicas operatórias de adição e subtração simples

Resolver situações problema envolvendo adição e subtração contextualizando com a

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Operações matemáticas aplicadas em situações reais.

Decimal

Situações-Problema- Leitura e construção de gráficos e tabelas

sua vivência

Compreender o sistema de numeração decimal

Compreender o sistema monetário e sua aplicação no dia a dia

Turma_ Pós-Alfabetização

Período Noturno

Professora Simone

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Caracterização

Um novo ano letivo que se configura com uma nova gestão, uma nova administração, na cidade e na educação, novos professores, novas ações, novos e velhos alunos que se renovam e,sobretudo minha nova opção de mudança de turma, depois de três anos consecutivos com alfabetização. Assumir a turma de pós-alfabetização é me possibilitar sair de uma zona de conforto e me desafiar a novas práticas pedagógicas podendo estabelecer e complementar uma espécie de elo com a alfabetização desafiando também os alunos que em sua grande maioria já foram meus alunos. 

A composição da sala de pós 1ºsemestre/2017 é de vinte e quatro alunos com a predominância de dezoito mulheres para o total de seis homens. Cinco alunas vieram da sala do MOVA que foi fechada na Vila Esperança, quatro alunos já foram da escola e estão retornando e os demais são veteranos do semestre anterior. Todos residem nos diversos bairros e vilas do entorno da escola, que se configuram pela região do Ferrazopolis,  Montanhão e Vila São Pedro. Embora a região seja muito grande e densamente povoada, os alunos habitam no lado mais desfavorecido, onde os problemas de infraestrutura são mais evidentes. Na atividade intitulada “se essa rua fosse minha” os alunos citaram os desejos a realizar onde moram que revelam essas diferenças: diminuir o barulho das motos, tapar os buracos das ruas, que os moradores jogassem o lixo na lixeira, que o guincho tirasse os carros da porta da minha casa, colocava uma linha de ônibus, fazia um escadão, colocava lixeiras altas para os cachorros não rasgarem os sacos, tirava os nóias do portão das casas fumando o dia todo, arrumava um lugar para as crianças brincarem porque parece que não tem mãe e os pais só vivem na cachaça, voltava à lixeira pra rua( que os políticos tiraram )e acabava com os motoqueiros que só passam três vezes por semana, fazia o saneamento e acabava com os esgotos que saem na rua, fazer um muro de arrimo e uma escada, pois moro em área de risco, tirava as fofoqueiras que não tem o que fazer e por fim o desejo de fazer festa diariamente para alegrar mais o lugar. Alguns desejos foram comuns a maioria dos alunos, o que nos leva a perceber que o poder público tem muito por fazer em benefício dessa população que carrega desejos bem antigos. Em outra atividade em que fora perguntado se eles tivessem o direito de realizar um único desejo como o gênio da lâmpada concedeu a Aladim, qual seria esse desejo a ser realizado, diante daquele problema que dificulta seu viver e as falas foram muito complementares aos sonhos também elencados em outra proposta de atividade. Os problemas que dificultam o viver foram o desemprego, a baixa escolaridade, aluguel, falta de segurança e serviço de saúde ruim. E os sonhos foram ter a casa própria, ler e escrever com fluência, viajar, ter um carro, se casar e casar os filhos como condição de estarem amparados, acompanhados, seguros. Então para este grupo, com realidades tão próximas, a volta aos estudos e a continuidade dele é afirmação de autoestima, condição de crescimento pessoal e profissional. Apesar do cansaço e falta de segurança ser a principal dificuldade para retornar aos estudos, as palavras que ditas por eles definiram o sentimento na volta às aulas foram: emoção, felicidade, alegria, fé, esperança e respeito. E ao perguntar se eles se imaginam chegar ao final do ano, todos foram unânimes em dizer que sim e que estariam lendo, escrevendo e participando da formatura que seria linda! Muitas das conversas realizadas no dia a dia tiveram um propósito de levantar informações, mas o registro na íntegra das falas ficou muitas vezes difícil de acontecer, pois quebra a naturalidade do diálogo e ao escrever o que ouvimos causa um estranhamento que às vezes inibe o(a) aluno(a). Procuro ser discreta ao fazer o registro das falas, e às vezes a memória não consegue recuperar

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tudo. No entanto, foi na proposta de elaborar coletivamente uma carta dizendo da volta à escola a um amigo imaginário, que surgiu um diálogo rico e que pela característica da atividade foi possível o seguinte registro.   Júnia, no corpo da carta resolveu sugerir a escrita de que a comida da escola não era boa. Seu Antônio logo se incomoda e diz em voz alta: “Não pode falar isso não, as cozinheiras não vão gostar”. E Júnia responde: ”E a gente tem que dizer que é boa só pra não desagradar? Tem que aceitar tudo sem reclamar?” A sala fica em silêncio por alguns segundos e a Anália sugere escrever assim: “Acho que a gente pode dizer que tem dias que é boa e tem dias que é ruim” e pergunto o que mais tem de ruim na nossa escola e a Alacir diz que a água que é quente, não tem copo, a falta de segurança e a falta de luz na frente da escola, ela diz: “Aqui é um breu, uma escuridão só...” e volto a perguntar o que eles já fizeram para melhorar essa situação e a Júnia diz: “A Adriana chega aqui e pergunta, tá tudo bem? E a gente diz, tá!!! Mas não tá tudo bem, tem coisas que precisa melhorar e quando ela chegar eu vou dizer que a carne é ruim, não tem salada, suco, fruta.” Josefa complementa dizendo: “A gente chega com fome e tem que comer só um pãozinho com suco, tinha que ter uma comida variada. Alacir diz: “A gente tem que reclamar pelos nossos direitos, nós temos de ser bem tratados. Josefa diz: “É, mas a gente que reclama demais é chamada de barraqueira, eu reclamo mesmo quando tô no meu direito, tô nem aí pra quem fala que eu sou escandalosa”. E para decidir como iriamos escrever, o Edivaldo disse: “Acho que cada um tem sua opinião e a gente pode escrever que uns gostam e outros não, e a gente tem que reclamar quando as coisas não estão certas, mas isso não quer dizer que a gente tá falando mal das pessoas”. A Marluce diz: “É, as cozinheiras são muito bacanas, mas cada um cozinha de um jeito”. E nessa conversa finalizamos a carta falando de muita coisa boa da escola, mas com algumas a serem melhoradas. Foi um diálogo interessante e que revelou o posicionamento de muitos do grupo. Nessa dinâmica do cotidiano quando as falas surgem carregadas de significado, vou fazendo recortes e como uma colcha de retalhos construindo esse material de caracterização, mas selecionando algumas delas, já que são muitas, como a do Nelson que disse: “Minha filha tomava leite ninho integral e eu não sabia ler direito e pra não errar na hora de comprar, eu ficava escondido com a lata na mão, olhando pro nome do leite e ficava olhando pro nome do leite e ficava olhando até gravar, aí eu ia lá e comprava”. Essa fala  surgiu quando estávamos em uma atividade sobre leitura de imagens. Após a leitura da história “um porco vem morar aqui”, eles compreenderam muito bem o sentido da história e disseram que já sofreram preconceito de cor, de não saber ler, de roupa que usa, de onde mora, de falar errado, de ir no shopping com roupa velha que todo mundo fica olhando. Perguntei se eles concordavam que a primeira impressão é a que fica e inicialmente a maioria disse que sim. Logo após foram mudando a opinião dizendo: “nem sempre, mas nas agências de emprego a aparência é fundamental”, “as pessoas fazem diferença entre um homem de terno e gravata e um homem com roupa de trabalho. ”E com preto e branco mais ainda” 'Pobre tem que se arrumar pra não ser destratado, é por isso que eu nem vou no shopping, ali não é lugar pra mim.” ”Nós somos um time de futebol”, disse seu Antônio ao final da leitura do livro “o grande rabanete”. Achei muito importante ele dizer que precisamos uns dos outros e ter a concordância do grupo que cada um é importante e podem se ajudar. Neste grupo, já se constituindo com características comuns, a profissão é também comum às mulheres que trabalham na área da alimentação, serviços de limpeza e do lar, enquanto os homens são autônomos no comércio e construção civil. E com as mulheres outra característica se faz muito semelhante entre elas, no lazer de fim de semana. Depois de colocar a casa em ordem, o baile do pijama diz a Júnia é o melhor que tem. A maioria quer dormir e ir à igreja. Quanto aos homens, o lazer deles se relaciona com comer uma boa comida. Seu Nelfonso diz: “Somos também office-boy das mulheres que pedem pra gente comprar o que elas precisam."  As relações interpessoais são favorecidas por estas características comuns de vida comunitária e escolar. Nosso objetivo é favorecer esse ambiente de camaradagem como diz Paulo Freire no

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seu  texto “A escola”, fazendo amigos, reconhecendo a importância de cada um na escola, na vida comunitária e familiar, pois em um ambiente acolhedor e cooperativo, ensinar e aprender será algo que nos dá prazer nos faz crescer e nos faz feliz !!!!

Quadro de planejamento:

- QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO – Simone

Falas significativas: “A passagem aumenta e os ônibus diminuem, os dever chega, mas os direitos demoram. –As melhorias daqui demora demais de chegar, a gente reclama mas não vai nas reunião, eu tiro por mim. – É, mas a gente que reclama demais é chamada de barraqueira.”

Superação da fala / contratema (objetivo geral): “Ao refletir sobre o mundo o homem regula e reorienta sua ação, pois

concorda ou discorda do que foi pensado e analisado, dando margem ao

surgimento de novas formas de operacionalização”

Problematização Micro Problematização Macro Eixos do Conhecimento Conteúdo Micro Conteúdo Macro

Quais as formas que nos organizamos na nossa escola para levantamento de problemas e encaminhamentos de soluções ou sugestões. Quais os locais da nossa região onde são

Quais os serviços e políticas públicas voltadas(direcionadas aos bairros)? Como podemos cobrar, fiscalizar e reivindicar as melhorias para nossa comunidade? Quem representa os poderes legislativo, executivo e

Memoria e Territorialidade

Mudanças e permanência na

história do local onde vive. –

Associação de bairro –

Organização escolar

Desigualdade social

Organização social

3 poderes/ Como funciona o voto?

Meio Ambiente e Saúde Saúde e qualidade de vida

Reciclagem

Urbanização

Impacto ambiental

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discutidos os problemas do nosso bairro? Quem são as lideranças do nosso bairro? Como essas lideranças podem colaborar com a escola e vice versa nos problemas da comunidade? Quais os principais problemas da nossa região que afeta a comunidade? Como a escola pode auxiliar na vida da comunidade?

judiciário na cidade? Qual a área de atuação do MP na garantia dos direitos?

Cultura e Trabalho

Culinária enquanto produção

cultural

Festas e movimentos culturais

Cultura popular

A opressão cultural (direitos, violência, gênero)

Lin

guag

ens

Oral

Segurança no trabalho, economia

solidária.

Interação e diálogo, planejamento

e organização do discurso.

Organização dos trabalhadores

Organização e alinhamento de

ideias, discurso- poder de

argumentação.

Escrita

Diversidade textual

Literatura

Função social da escrita

Linguagem formal e informal

Autonomia escritora

Criatividade na escrita

Acesso à informação

Produção textual

Tecnológica Inclusão digital Cultura digital

Corporal Teatro e dança Corporidade

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Matemática

Atacado e varejo

Economia solidária

Matemática no cotidiano

Configuração geométrica da

cidade

Desigualdade social – abismo entre

o social e o econômico

Turma_ Multisseriada A

Período Vespertino

Professora Débora

Caracterização

Multisseriada (1ª turma – 13h às 15h/2017)

Jaqueline Moll (2004) afirma:

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Quando falamos “em adultos em processo de alfabetização” no contexto social brasileiro, nos referimos a homens e mulheres marcados por experiências de infância na qual não puderam permanecer na escola pela necessidade de trabalhar, por concepções que as afastavam da escola como de que “mulher não precisa aprender” ou “saber os rudimentos da escrita já é suficiente”, ou ainda, pela seletividade construída internamente na rede escolar que produz ainda hoje itinerários descontínuos de aprendizagens formais. Referimo-nos a homens e mulheres que viveram e vivem situações limite nas quais os tempos de infância foi via de regra, tempo de trabalho e de sustento das famílias.

A sala é composta por sua maioria de educandos do sexo feminino (04 homens e 10 mulheres) em que muitos são oriundos da região nordeste do nosso país com a esperança de melhorar a qualidade de vida com um emprego mais rentável. Com idade entre 16 e 66 anos. Quase todos moram em São Paulo há mais de 15 anos até 40 anos, com um histórico de pouco estudo ou nenhum, por terem que trabalhar desde cedo, as famílias mudavam muito de região para região As mulheres geralmente, alegam que esperaram seus filhos crescerem para dar continuidade nos estudos.

Existem alunos casados e/ou união estável, divorciados, viúvos e dois solteiros. A maioria dos bairros que os alunos residem é próxima à escola como: Condomínio Tiradentes, final da Av. Tiradentes (Pedreira), Palmeirinha e Vila São Pedro. Muitos com sua moradia em terrenos cedida pela prefeitura ou aluguel. Quanto à questão do trabalho, a grande parte por profissionais na área de prestação de serviços, a maioria são auxiliares de limpeza, ajudantes em geral, pela Frente de Trabalho (02), aposentados e uns 02 alunos desempregados, com trabalhos informais. A média de renda é de um salário mínimo, o que a grande maioria vê nos estudos a possibilidade de melhorar de emprego e aumentar a renda familiar. Tendo o retorno escolar como motivo profissional ou pela obrigação do programa FT.

Quase todos os alunos são evangélicos, o que reflete ter a maioria como lazer frequentar as igrejas nos finais de semana. Tem alunos que ficaram de 1 até 33 anos longe da escola, muitos por emprego e a maioria das mulheres esperaram os filhos crescerem para dar continuidade nos estudos.

A turma está em sua maioria em processo de alfabetização, alguns ainda nem reconhecem todas as letras do alfabeto. Outros dois alunos que tem fluência de leitura, uma delas com boa interpretação, porém não registra seus cálculos matemáticos, fazendo somente cálculo mental e quando envolve números na classe de milhar ou números decimais, apresenta números aproximados, que é a estratégia utilizada para somar. Já o segundo aluno, tem dificuldades em interpretar, sempre necessita trabalhar a oralidade para depois desenvolver a resposta por escrito.

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Alguns educandos apresentam bastante dificuldade na leitura o que interfere na realização de quase todas as atividades, 01 aluno com deficiência intelectual. No qual ainda não foi possível sistematizar um planejamento específico devido ao número de faltas, já que é cuidado pela irmã que enfrenta problemas familiares e/ou doenças virais. Devido a grande diversidade do ritmo de aprendizagem é necessário trabalhar com atividades diversificadas o tempo todo, alguns chegaram reconhecendo poucas letras do alfabeto e assim já temos avanços em suas hipóteses de escrita. Outros alfabéticos, mas com dificuldades nas sílabas complexas.

Em matemática a maioria utiliza-se de cálculos mentais. Alguns grafam números “em espelho”. Duas alunas não quantificam, uma registra com suporte até 10 somente o restante necessita de modelo.

Para levantar as falas significativas usei como estratégia a leitura realizada por mim: A Seca e o Inverno, Patativa do Assaré que trabalha a influência do clima no viver e cultura das pessoas que conhecem bem essa realidade, pois são quase todas do Nordeste do país complementando com a pergunta: “O que dificulta o viver na comunidade”?

A maioria foi categórica em dizer que as moradias são precárias ou que as relações interpessoais são difíceis.

“Quero sair do aluguel, ter alguma coisa minha, para quando fechar os olhos, meus filhos ter onde morar.” – Rosangela.

“Moradia mais decente, ter mais espaço, organizado, limpo, porque algumas pessoas não são limpas, não tem rede de esgoto”. – Maria José.

“O povo joga lixo na porta, na frente e atrás da casa, os vizinhos jogam bituca de cigarro nas plantas, papel de bala, coco de cachorro... Prefeito vem tirar o entulho atrás da casa e na mesma hora está tudo sujo novamente.” voz alterada em tom de revolta – Anedina.

“Mulheres sem estrutura nenhuma para ter filhos, 28 anos e sete filhos, aí deixa as crianças pedirem dinheiro ou vender balas nos faróis e o dinheiro é para o pai beber.”– Maria Vilani.

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Quadro de planejamento:

- QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO – MULTISSERIADA A - DÉBORA

Falas significativas: “Difícil na comunidade é ter Moradia mais decente, ter mais espaço, organizado, limpo, porque algumas pessoas não são limpas, não tem rede de esgoto”.

Superação da fala / contratema (objetivo geral): Agora entendo que moradia é direito de todas as pessoas e que para viver em comunidade é necessária a participação de todo/as, de forma organizada, sejam em associações de bairro ou assembleias. Além disso, sei que precisamos nos envolver nas ações políticas do município para lutar por melhorias de infraestrutura como saneamento básico, transporte adequado, disponibilidade de lazer etc.”

Problematização Micro

Problematização Macro

Eixos do Conhecimento

Conteúdo Micro Conteúdo Macro OBSERVÁVEIS/

Objetivos específicos

Qual o tipo de moradia na sua infância? Você já morou em casa de barro ou madeira? Onde você mora existe casas de barro ou madeira? O que predomina? Barro, madeira

Quais tipos de moradia existem no Brasil? Você já ouviu falar de outros tipos de moradia no mundo? Você já ouviu falar de moradias sustentáveis? Conhece

Memoria e Territorialidade

Em sua comunidade predomina qual tipo de moradia? O processo de ocupação do bairro onde você mora?

Compreender o processo de ocupação dos bairros de São Bernardo. Quais os tipos de moradia no Brasil?

Compreender o processo de ocupação dos bairros de SBC Reconhecer e identificar os tipos de moradia

Meio Ambiente e Saúde

Quais áreas de mananciais de São Bernardo? Qual o impacto ecológico nas áreas de mananciais de São

Reconhecer as áreas de Mata Atlântica que foram devastadas para a construção das cidades. Moradias

Reconhecer as áreas de Mata Atlântica que foram devastadas para construção de moradia.

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ou alvenaria? Em geral, quais os tipos de moradia que predominam em São Bernardo? Você mora em área de manancial? Conhece alguém ou familiares que mora ou já morou em área de manancial? O que você pensa sobre morar em área de manancial? No seu bairro existe alguém que possua uma casa ecologicamente correta?

algum lugar no Brasil que tem uma casa ecologicamente correta?

Bernardo?

ecologicamente correta Conhecer e refletir sobre o que é uma moradia ecologicamente correta.

Cultura e Trabalho

Lin

guag

ens

Oral

Organização e alinhamento de ideias durante o discurso.

Expressar suas ideias com coerência e lógica na oralidade.

Escrita

Registro/construção de listas e de textos coletivo referente aos temas estudados, tendo a professora como escriba.

Diversas formas de registro sobre os temas trabalhados.

Produzir listas diversas sobre os temas abordados.

Tecnológica

Quais os avanços tecnológicos observados em moradias de São Bernardo?

Quais os avanços tecnológicos observados nas moradias do Brasil?

Conhecer e identificar os avanços tecnológicos na sua cidade e no Brasil.

Corporal

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Matemática

Gráficos com o número de moradias sociais de São Bernardo. Desigualdade Social em São Bernardo.

Gráficos com o número de moradias sociais nas grandes cidades brasileiras. Desigualdade social no Brasil e no mundo.

Produzir gráficos com o nome de moradias sociais em SBC e de desigualdade social.

Turma_ Multisseriada B

Período Vespertino

Professora Débora

Caracterização

Multisseriada (2ª turma – 15h às 17h/2017)

A sala é composta por sua maioria de educandos do sexo feminino (03 homens e 09 mulheres) em que muitos são oriundos da região nordeste do nosso país - com a esperança de melhorar a qualidade de vida com um emprego mais rentável. Com idade entre 28 e 70 anos. Quase todos moram em São Paulo há mais de 19 anos até 45 anos, com um histórico de pouco estudo ou nenhum, por terem que trabalhar desde cedo, duas alunas relataram que foram adotadas e os responsáveis não ligavam em mandar suas filhas para a escola e alguns por sentirem dificuldades no processo ensino-aprendizagem. As mulheres geralmente, alegam que esperaram seus filhos crescerem para dar continuidade nos estudos.

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Existem alunos casados e/ou união estável, divorciados e viúvos. Alguns alunos moram próximos à escola como: Condomínio Tiradentes, final da Av. Tiradentes (Pedreira), Jd. Regina, vila Esperança, Jardim Limpão, Ferrazópolis, Vila São José, Jardim Silvina e Conjunto 03 Marias. Alguns com sua moradia em terrenos cedidos pela prefeitura ou aluguel. Quanto à questão do trabalho, a grande parte por profissionais na área de prestação de serviços, a maioria são auxiliares de limpeza, ajudantes em geral, pela Frente de Trabalho (07 no total), uma aposentada, uma recebe auxílio-doença e 02 alunas do lar, com trabalhos informais. A média de renda é de um salário mínimo, o que a grande maioria vê nos estudos a possibilidade de melhorar de emprego e aumentar a renda familiar. Tendo o retorno escolar como motivo profissional ou pela obrigação do programa FT.

Quase todos os alunos são evangélicos, o que reflete ter a maioria como lazer frequentar as igrejas nos finais de semana. Tem alunos que ficaram de 4 até 60 anos longe da escola, muitos por emprego e a maioria das mulheres esperaram os filhos crescerem para dar continuidade nos estudos ou até mesmo começarem a estudar.

Alguns educandos apresentam bastante dificuldade na leitura o que interfere na realização de quase todas as atividades, 01 aluna com deficiência intelectual e cadeirante. Que ainda não tenho maiores informações sobre suas necessidades. Sua frequência não é assídua. Devido a grande diversidade do ritmo de aprendizagem é necessário trabalhar com atividades diversificadas o tempo todo, dois alunos não reconhecem todas as letras do alfabeto. Um em sua hipótese de escrita é pré-silábico e outro silábico com valor nas vogais. O restante é alfabético em sua maioria, com dificuldades nas sílabas complexas. A aula demora mais que o previsto, pois eles necessitam o tempo todo da aprovação da professora, quando realizam não confiam se está ou não certo, não admitem errar, sempre pedem desculpas por não saberem quando erram e sofrem intervenções.

São bem participativos na oralidade e sempre discursam sobre vários assuntos, sendo possível avaliar esses conhecimentos quando por atividade permanente faço a leitura (professora como modelo leitora) no início da aula.

Como atividade para o levantamento das falas significativas foi a leitura da professora com o texto: A Seca e o Inverno, Patativa do Assaré que trabalha a influência do clima no viver e cultura das pessoas que conhecem bem essa realidade, complementando com a pergunta: “O que dificulta o viver na comunidade? ”

A questão que mais dificulta é no mundo do trabalho, por a maioria pertencer à Frente de Trabalho.

“O que dificulta a nossa vida são os colegas de trabalho, cuida da vida da gente. Acham que somos da Frente de Trabalho e que todos podem intrometer na nossa vida. ” – Luana.

“Concursado da Prefeitura chupa sangue, tudo morcego, se acha dono porque somos da Frente tem que fazer tudo. ” – Celina.

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Antônio e José: “Não tem ferramenta adequada para trabalhar. ”

“O que é ruim do trabalho é ter que estudar pois não gosto. “ – Maria Rosangela.

“O dinheiro não é suficiente, queria ter uma vida melhor, não depender do ônibus lotado já estava bom.” – Heron.

Diante dessa situação que enfatiza o mundo do trabalho e as relações interpessoais dentro desse universo, lancei a pergunta mais direta: O que mais dificulta a sua qualificação profissional? Quais seus planos futuros depois do término de contrato pelo Programa Frente de Trabalho?

A maioria colocou que tentaria se recolocar no mercado de trabalho em seus antigos trabalhos como: Pedreiro, Diarista, Reciclagem, Porteiro ou como quatro alunos comentaram em ser ambulantes.

“A última vez que fui apresentado em uma obra (construção civil) o encarregado da Construtora perguntou a minha idade e deu as costas, dizendo que não tem como dar emprego pra ninguém com essa idade.” Antônio – hoje, 63 anos.

“Quero aprender bem muito para terminar meus estudos, fazer um curso de cuidadora, para sair da limpeza, porque é osso serviço de faxina.” Luana, 28 anos.

Quadro de planejamento

- QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO –Multisseriada/Turma B - DÉBORA

Falas significativas:

-“A última vez que fui apresentado em uma obra (construção civil) o encarregado da Construtora perguntou a minha idade e deu as costas, dizendo que não tem como dar emprego pra ninguém com

Superação da fala / contratema (objetivo geral): - “Hoje entendo a diferença entre trabalho, emprego e profissão e sei que a garantia de emprego não está apenas relacionada a idade. Sei que as relações de trabalho são provenientes do histórico da formação da sociedade X capitalismo, que fez parte da colonização de nosso país e que gera desigualdade social. Agora compreendo que o trabalho é um direito e que a garantia de condições adequadas de exercê-lo são fruto

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essa idade.”

-“O dinheiro não é suficiente, queria ter uma vida melhor, não depender do ônibus lotado já estava bom.”

de muitas lutas, ainda hoje necessárias. Para assegurá-las é necessária a participação de todo/as, de forma organizada, sejam em assembleias ou sindicatos. Além disso, sei que precisamos nos envolver nas ações políticas do município para lutar por atendimento, manutenção de direitos e melhorias de condições trabalhistas.”

Problematização Micro

Problematização Macro

Eixos do Conhecimento

Conteúdo Micro Conteúdo Macro Observáveis (Objetivos

específicos)

Quantas pessoas estão desempregadas em São Bernardo?

O que as pesquisas dizem sobre os motivos de desemprego no município?

Você começou a trabalhar com quantos anos?

Quanto tempo você já ficou

Qual o número de desempregados/as no Brasil?

Qual a diferença entre trabalho X emprego e profissão?

O que as pesquisas dizem sobre os motivos de

Memoria e Territorialidade

Construção da linha do tempo da sua vida em relação ao trabalho

Através da linha do tempo a transformação da relação de trabalho ao longo da história na sociedade moderna

Construir a linda do tempo de sua vida em relação ao trabalho. Identificar a transformação da relação de trabalho da sociedade moderna.

Meio Ambiente e Saúde

Como você descarta seu lixo em casa? Quais as possibilidades de trazermos reciclável para a escola e melhorarmos a arrecadação?

Como acontece a reciclagem em outros países e no Brasil Relação da reciclagem e melhoria no meio ambiente

Conhecer e realizar a reciclagem do seu lixo. Conhecer diversos processos de reciclagem de outros países.

Cultura e Trabalho

História do trabalho em São Bernardo. Com quantos anos você começou a

Diferença entre trabalho X emprego e profissão. História do trabalho no Brasil:

Conhecer a história do trabalho em SBC. Identificar entre trabalho X emprego X

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desempregado? Você ou alguém de sua familia está desempregado?

desemprego no Brasil?

Ainda existe trabalho infantil no Brasil?

Quais os números de desempregados no Brasil?

trabalhar?

colonização, distribuição territorial, de renda e desigualdade social. Programas sociais de São Bernardo ao combate do trabalho infantil.

profissão. Refletir sobre a história do trabalho no Brasil.

Lin

guag

ens

Oral

Como se dá a comunicação nas relações do seu trabalho? Existem linguagens regionais em seu ambiente de trabalho?

Variação linguística no Brasil. Linguagem formal e informal

Conhecer diversas variações linguísticas existentes no Brasil. Identificar a diferença entre linguagens formal e informal.

Escrita

Função social da escrita no ambiente de trabalho. Como acontece a comunicação escrita no seu trabalho?

História e mudanças da escrita ao longo do tempo em nossa sociedade.

Conhecer e identificar a importância da escrita no seu ambiente de trabalho.

Tecnológica

Quais os avanços tecnológicos observados nas condições de trabalho em São Bernardo?

Quais os avanços tecnológicos observados nas condições de

Identificar os avanços tecnológicos no ambiente de trabalho na

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trabalho no Brasil? atualidade.

Corporal

Matemática

Levantamento numérico de desempregados de São Bernardo. Tabela de profissões predominantes dos colegas de classe.

Levantamento numérico de desempregados do Brasil na atualidade. Tabelas e gráficos de tipos de profissões predominantes em São Bernardo.

Construir tabela de profissões dos alunos das salas e de SBC.

2º SEGMENTO

Turma CAGECPM A

Período Matutino

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Professora Telma

Manhã

Caracterização

A turma é composta por 30 educandos matriculados, destes 17 são adultos, 1 participa do programa “Oportunidades” e 13 jovens, 2 deles participam do programa “PEAT”. As idades variam dos 17 aos 59 anos. Um total de 12 educandos encontram-se trabalhando. Todos declaram ter os documentos pessoais (Rg, CPF, Carteira de Trabalho, entre outros). Quando respondem sobre o tempo que ficaram fora da escola a variação é de 9 a 22 anos.

Realizamos uma dinâmica com intuito de perceber pelas falas significativas as situações limite, observamos que embora existam inúmeras situações que implicam em desigualdade social. É evidente problemas causados no cotidiano de cada um. Neste primeiro momento não foi possível despertar a compreensão desta realidade, fazendo-se necessário preparar outros momentos para reflexão.

Ao serem questionados sobre:

Você se sente parte da escola?

A maioria deles responderam que sim, e 2 educandas responderam: “Quero ficar parte dela”, e a outra disse que: “Não”.

A política você considera importante?

A maioria da turma respondeu que sim, é importante.

Os demais responderam: “Nada de importante”, “Não porque eles só sabem oprimir”. “Sim, temos que querer o melhor pra nossa cidade”. “Sim, Para ter regras”. “Sim, para ter direito de ir e vir porque antes não tinha”. “Sim, temos que cuidar pra não fazer besteira”. “Sim, Para nossa

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democracia e bem estar”. “Sim, precisamos para tudo mas não temos políticos de confiança”. “Sim, Tem muita coisa para melhorar na área da saúde e escola”.

Sugestões para melhorar a escola: A maioria relata estar contente e gostar da escola como ela é. E os demais responderem:

“Ter mais cursos”. “ Ter mais horas para estudar”. “Ter mais professores”. “Ter dentista”. “ Ter Ensino Médio”.

Quando questionados sobre as diferenças de: religião, cor da pele, orientação sexual, como você trata essas pessoas?

“Trato igual se me trata bem”. “ Temos que aceitar”. “Respeito as diferenças”. “Eu gostaria que me tratasse bem, porque somos todos iguais”. “Normal, o que importa é o caráter”.

Quadro de planejamento

- QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO – CAGECPM – MANHÃ – Prof.ª TELMA

Fala significativa:

“O mundo é igual para todos, mas as oportunidades não!”

Superação da fala / contratema (objetivo geral):

“Temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza; temos o direito a ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza.” (Boaventura de Souza Santos)

O mundo não é igual, as oportunidades também não. O que dá equidade as oportunidades são os direitos.

É necessário compreender a construção histórica, social, cultural e política que geram as desigualdades. Assim como compreender a luta pelos direitos sociais que garantem a igualdade social.

Problematização Micro

Problematização Macro

Eixos do Conhecimento

Conteúdo Micro Conteúdo Macro OBSERVÁVEIS /Objetivos

específicos

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Ao que atribuímos às poucas oportunidades na vida? No dia a dia, (atendimento à saúde, transporte, no trabalho) como percebemos as desigualdades? Boa alimentação é direito do cidadão?

O que justifica a desigualdade social? Onde se encontram as injustiças sociais? A Justiça expressa interesses parciais ou imparciais?

Memoria e Territorialidade

Reconhecendo no território situações de vulnerabilidade social

Bolsões de miséria - Conhecendo o mapa da fome e da situação de miséria absoluta

Reconhecer o território, observando as questões culturais e econômicas.

Conhecer o mapa da fome

Meio Ambiente e Saúde

Saúde e qualidade de vida: Cuidar para ter.

Ciclo da vida

Conhecer o corpo humano;

Relacionar saúde com qualidade de vida

Cultura e Trabalho Trabalho e saúde – Doenças advindas pelo trabalho.

Saúde do trabalhador: o que é o SUS

Compreender as questões voltadas saúde e trabalho

Lin

guag

ens

Oral

Tertúlia dialógica

Interação/ argumentação

Organização e alinhamento das ideias e discurso

Empoderar-se nos discursos argumentativos

Escrita

Acesso a informação

Comunicação

Autonomia escritora

Literatura diversificada

Variação linguística

Ter autonomia escritora a partir da diversidade de gêneros literários

Tecnológica

Inclusão digital – o uso da tecnologia no dia a dia

A pesquisa como fonte de

Ética e tecnologia

Sociedade da informação e sociedade do

Promover o acesso a inclusão digital, com aquisição de conhecimento respeitando a forma ética

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acesso a informação conhecimento;

Corporal Postura corporal Corporeidade: postura libertadora

Observar os cuidados do corpo

Matemática

Matemática cotidiana

História da matemática

Análise de gráficos

Proporções/Simetria

Desigualdade socioeconômica

Economia Solidária

Sistema tributário

PIB Brasileiro

Reconhecer a função da

matemática no cotidiano;

Compreensão das 4 operações básicas;

Resolver situações problemas;

Turma CAGECPM B

Período Vespertino

Professora Erci Won Ancken

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Caracterização

1ª turma – 13h às 15h

“Gosto de ser homem, de ser gente, porque sei que a minha passagem pelo mundo não é predeterminada, preestabelecida. Que o meu ‘destino’ não é um dado mas algo que precisa ser feito e de cuja responsabilidade não posso me eximir. Gosto de ser gente porque a História em que me faço com os outros e de cuja feitura tomo parte é um tempo de possibilidades e não de determinismo.

Gosto der gente porque, inacabado, sei que sou um ser condicionado mas, consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além dele. Está é a diferença profunda entre o ser condicionado e o ser determinado. A diferença entre o inacabado que não se sabe como tal e o inacabado que histórica e socialmente alcançou a possibilidade de saber-se inacabado.

Gosto de ser gente porque, como tal, percebo afinal que a construção de minha presença no mundo, que não se faz no isolamento, isenta da influência das forças sociais, que não se compreende fora da tensão entre o que herdo social, cultural e historicamente, tem muito a ver comigo mesmo. ”Paulo Freire, no livro Pedagogia da Autonomia.

A sala é composta de 11 alunos, sendo que duas alunas são da FMT – EJA Oportunidades, um aluno do PEAT e os demais são da EJA Comunidade.

Com exceção das alunas Jennifer e Renata, todos se conhecem e estão juntos pelo menos há um ano. Portanto a sociabilização deles e as alunas “novas” foi muito tranquila e formaram um grupo coeso/unido.

Mesmo assim preparei algumas dinâmicas de acolhimento para o grupo. Como o módulo deste semestre é História e Geografia, procurei elaborar as dinâmicas tendo este foco.No primeiro dia fizemos uma dinâmica com as turmas das professoras Débora, Jeane e a minha turma onde em uma grande roda

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todos tiveram a oportunidade de se apresentarem e em segundo momento cada turma se dirigiu à sua sala. Neste segundo momento realizamos uma apreciação do quadro O ABRAÇO – DE ROMERO BRITTO ,acompanhado da degustação de uma bala de leite. E pedi que fossem falando o que achavam/sentiam. A grande maioria disse que era um amigo dando as boas vindas!!! Que bom, fiquei bem feliz que todos compreenderam/se sentiram acolhidos neste primeiro dia!!!

Em seguida perguntei qual era a história mais importante que eles conheciam; e eles surpresos se entreolharam e permaneceram em silêncio. Então eu lhes disse que a história mais importante que eu conhecia era A MINHA HISTÓRIA, pois sem ela eu não seria o que eu sou agora! Em seguida pedi que escrevessem sobre a sua história de vida e pedi que colocassem nome da cidade e Estado onde nasceram... Se havia rios no local, como era o clima... No dia seguinte ,após ouvirmos a música PARA TODOS – CHICO BUARQUE - fizemos uma roda de conversa onde todos puderam socializar a sua história de vida. Foi muito gostoso poder observar a alegria em relatar sua história...apesar das dificuldades vividas, o que predominou foi a alegria principalmente ao recordarem das brincadeiras da infância.Com esta atividade também pude constatar que quanto à origem metade dos alunos são nordestinos e metade são paulistas.

Na nossa primeira aula de informática pedi que pesquisassem sobre a sua cidade Natal e que me apresentassem aos seus amigos Todos ficaram EMOCIONADOS em rever a sua cidade Natal!!! E o melhor de tudo, pude constatar o orgulho em apresentar /compartilhar com os amigos a sua origem!!!

Mas apesar de todos esses momentos/vivências que eu acredito que foram prazerosas para todos; fui colhendo várias falas que considero significativas tais como: “ Prô, por que este ano não tem mais o bilhete de Integração?” E a diretora que estava na sala neste momento devolveu a pergunta para o grupo...”Por que será gente que não tem mais? Fez-se um minuto de silêncio, até que a aluna Ecilândia disse: ”Minha gente,é que mudou o prefeito!” E os demais se entreolharam espantados – a aluna Marieuza até se encolheu na carteira e abaixou a cabeça e disse em voz baixa: ”Ah ta!” E a aluna Érica perguntou:” Mas,e ele pode fazer isso?Isso não é certo NÃO!” E a Ecilândia respondeu:” É claro que pode! Agora ele é o prefeito! É ele quem manda! E a Érica continuou a retrucar: ”Não! Isso não pode ser assim! A gente tem que ir lá e pedir pra voltar! A aluna Josimara que estava calada até agora disse:”Sei não...!” O Francisco disse: ”São tudo uns cabras safados! Tem que matar todos eles! Não tem jeito não!”

No dia seguinte a Marieuza chegou muito nervosa com os papéis do passe escolar...veio até a minha mesa e disse que estava muito difícil tirar os passes e que se fosse “assim” ela não iria estudar mais não! E disse:” Esse prefeito está dificultando muito as coisas pra gente!”- e,no dia seguinte descobrimos que era a aluna que estava colocando o endereço errado - E o aluno Francisco novamente disse: ”Eu não gosto de político! São tudo safados! Eles só roubam e eu acho que quem rouba tem que ir preso! ”Essa fala caiu como uma bomba na sala e gerou uma discussão partidária! Como eu havia planejado fazer uma roda de conversa com o tema: Você ajuda mudar o lugar onde você mora ou o lugar onde você mora muda você? Neste instante mudei a pergunta para: O que você entende por corrupção? Os ânimos estavam aflorados e essa pergunta caiu como um balde de água fria nos alunos!!!Pararam de discutir e se entreolhavam pensativos... Então eu perguntei para o Francisco: ”Se o policial te parar e você

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oferecer uma “caixinha”para ele te liberar ,isso é ou não é corrupção? ”E ele respondeu com convicção: ”NÃO!!! O POLICIAL QUE É CORRUPTO!!!” E ,novamente os ânimos voltaram a se inflamar...A Ecilândia disse: ”Mas Francisco, você que aceita isso também é corrupto, também ta errado!” A Josimara,disse:” O que sustenta o Brasil são as obras! E as obras estão escassas...É roubo em cima de roubo! Mas se não roubar não tem jeito não!!!Se não pagar imposto o Brasil não vive!!!Bom ,eles pagam pros governos, agora se eles usam pra outras coisas, O PROBLEMA É DELES!!!Nos outros países os governantes pegam o dinheiro dos impostos e aplicam para os pobres! Aqui não !Eles roubam! Nós pagamos muitos impostos! O Brasil é o país que mais paga impostos no mundo!!!”Então eu perguntei: E o que nós podemos fazer para mudar esta realidade? E o Francisco respondeu prontamente: ”Eu acho que tem que acabar com os políticos e cada um cuidar da sua vida!!!E eu insisti: Mas, e nós, o que podemos fazer? Foi então que a Josimara disse :”Ah! Não tem jeito não prô!!! O único jeito é se conformar!!! A VIDA É ASSIM MESMO!!! DESDE QUE O MUNDO É MUNDO!!!E TODOS CONCORDARAM COM ELA!!!Em seguida pedi que escrevessem sobre o tema proposto. No dia seguinte passei o vídeo INTEGRIDADE no trabalho para fechar a roda de conversa sobre o tema CORRUPÇÃO. Na aula seguinte li o poema OS ESTATUTOS DO HOMEM e propus que escrevessem sobre o que estava muito difícil na vida deles no momento. E eles foram unânimes em dizer que a grande dificuldade é a falta de emprego que resulta na dificuldade em pagar as contas!!!Já em relação ao mundo do trabalho/expectativas foram ser :cabeleireiro/a, motorista de Scania/caminhão cegonha ,a Josimara sonha em trabalhar na construção civil e o Odnalro sonha em trabalhar em um mercado. Todos apontaram como dificuldades em realizar o seu sonho profissional a falta de concluir os estudos bem como dificuldades financeiras.

Quanto ao processo ensino aprendizagem todos estão em processo de consolidação da escrita o que dificulta muito o registro de suas ideias. Porém TODOS têm consciência deste fato e ao mesmo tempo demonstram grande interesse pelo mundo da leitura e escrita! Sendo que alguns me pediram para levar livros para ler em casa!!!Então combinamos de todas às terças vamos à biblioteca para levarem livros para casa.

Enfim, pude constatar que a maioria dos alunos desconhecem os seus REAIS direitos e se sentem impotentes diante das situações da vida...nesses momentos emerge a consciência ingênua e geralmente acreditam que o único jeito para resolver os seus problemas é apelando para a violência seja física e/ou verbal!Querem matar,mandar prender,Linchar,bater,xingar!!!Passado esse momento de revolta, se “conformam”... Recolhem-se... Ficam cabisbaixos... Assumem atitude passiva/posição de vítimas indefesas, incapazes de exercerem sua cidadania!!! Acredito que esta seja a situação limite das duas turmas conforme veremos na próxima caracterização.

Turma CAGECPM D

Período Vespertino

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Professora Erci Won Ancken

Caracterização

2ª turma – 15h às 17h

Esta turma é composta por 14 alunos sendo que 9 alunos são da FMT e 5 alunos são da comunidade e, a maioria destes cinco vieram do MOVA da Vila São Pedro e estão em processo de consolidação da escrita: leem razoavelmente bem mas apresentam muita dificuldades em registrar suas ideias.

Já a maioria dos alunos da FMT – com exceção do seu Walter – todos leem fluentemente e todos demonstram grande interesse pelo mundo da leitura e escrita.

Os da FMT já se conheciam do ano passado e receberam muito bem os novatos. Todos são bastante comunicativos e acolhedores e formaram um grupo maravilhoso onde o ponto forte é o respeito pelo ritmo de cada um.

Com este grupo também realizei as dinâmicas de acolhimento que fiz com o primeiro grupo e no decorrer desses dias pude colher as seguintes falas significativas: ”Professora, eu trabalhei na roça e em casa de família sem registro...não paguei o INSS não!!! Agora é tarde pra eu pagar...vou vê se consigo me aposentar pelo INCRA...mas...não sei se consigo não...”Sobre o filme sobre corrupção a Clementina disse:”Prof., o meu pai já está velhinho e doente,e esses dias fui lá visitá-lo e ele me perguntou se não tinha nada pra gente fazer um “rolinho”...tava lá na cama, ”morrendo” e queria fazer rolo, a senhora acredita!!!”Já em relação às mudanças na cidade e no País eles ficam calados, tristes, desanimados...suspiram fundo e sempre um fala: ”É...fazer o quê né? Sempre foi assim mesmo...pobre só nasceu pra sofrer...os políticos sempre foram assim...não é agora que vão mudar.. não tem jeito não...deixa pra lá....” O único aluno desta turma que faz um contra ponto à essas falas é o Danilo que não se conforma e quer inclusive montar um novo partido político com o nome de MUDA BRASIL!!! Já em relação à corrupção ele acredita que nós já nascemos corruptos e somos ensinados/corrompidos pelos pais na infância quando estes lhes fazem chantagens para estudar, ou realizarem alguma atividade e acredita que todos nós somos corruptos só que não assumimos porquê não socialmente aceito esta postura.

Durante a realização das dinâmicas pude constatar que esta turma é muito conformista, pacata e evitam inclusive contrapor as falas do Danilo. Nestes momentos necessitam da minha intervenção para que eles respondam/expressem suas ideias.

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Quadro de planejamento para as 2 turmas:

- QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO – CAGECPM-

Falas significativas:

-Eu odeio política.

-Eu acho que tem que acabar com os políticos e cada um cuidar da sua vida.

-Eu acho que a corrupção começa desde que você nasceu...

-Eu odeio política.

-Não tem jeito não! A vida é assim mesmo, são todos corruptos!

Superação da fala / contratema (objetivo geral):

Agora compreendo que a política faz parte da vida coletiva, em sociedade. Se eu participar e fizer a minha parte, com um coletivo podemos contribuir para a mudança da nossa escola, do nosso bairro, cidade, país.

Problematização Micro Problematização Macro Eixos do Conhecimento Conteúdo Micro Conteúdo Macro

Existe associação de bairro onde você mora? Como funciona? Você já participou? Você sabe o que é uma assembleia? Já participou de uma? Você conhece a história política de SBC? Como SBC se organizava e como se organiza hoje?

O que é política? Qual a importância do voto? Qual é o papel de cada governante? Qual a atuação do povo em nosso sistema político? Você tem guardado o plano de governo dos

Memoria e Territorialidade

Mudanças e permanências na história de vida do local onde vive

Associação de bairro: o que é isso? Assembleia: o que é isso? Corrupção: Conceito História da corrupção no

Organização histórica do poder no mundo e nos territórios brasileiros. História política de SBC. Evolução política do Brasil- linha do tempo. A história do voto no Brasil. A constituição brasileira

Reformas/Emendas que já foram feitas na nossa constituição

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O que é corrupção? O que podemos fazer para mudar isso (corrupção) na sua casa, no seu bairro, na sua cidade? Você já participou/conhece a Câmara Municipal de SBC? Você já acessou o site da prefeitura? Você já fez alguma reclamação na praça do povo lá na PMSBC? Quais serviços de saúde tem no seu bairro? Você tem acesso? Como é o atendimento?

candidatos que foram eleitos? Você acompanha os atos dos políticos eleitos e de seus representantes? O que podemos fazer para mudar/acabar com a corrupção no país? Você já acessou /entrou em contato com o governante que você elegeu via internet? Como funcionam os serviços de saúde pública no Brasil? Você sabe qual é o patamar do sistema eleitoral brasileiro em relação aos do mundo?

mundo e no Brasil

Meio Ambiente e Saúde

Saúde e qualidade de vida Mapeamento e análise de qualidade dos serviços de saúde no seu bairro

Políticas públicas voltadas para o trabalhador: saúde, alimentação, moradia, educação, transporte.

Cultura e Trabalho

Lin

guag

ens

Oral

Procedimento de pesquisa e uso das tecnologias da informação (LOE)

Procedimentos de registro para elaboração de textos coletivos

Manipulação e uso de jornais, revistas e propagandas.

Comparação com os sistemas eleitorais do mundo e do Brasil. Conhecimento e uso da linguagem cartográfica. Procedimentos e posturas para debate de ideias.

Escrita

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Tecnológica

Corporal

Matemática

Tempo: 6 meses Produto Final: Diário de Bordo Individual contendo os registros de todo o processo.

Turma CAGECPM C

Período Vespertino

Professora Jeane

Caracterização

1ª turma – 13h às 15h

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No primeiro dia de aula, nos reunimos com os alunos no auditório da escola. Estavam presentes as professoras Débora, Erci e Jeane. Em seguida demos as boas vindas aos alunos, nos apresentamos, juntamente com a equipe gestora, falamos dos cursos que a escola iria lhes oferecer.

Após o acolhimento, todos os educandos e educadores se encaminharam para as suas respectivas salas de aula, onde através de uma roda de conversa, os educandos apresentaram suas expectativas para o ano letivo.

No decorrer de semana, sentindo-me mais à vontade com a turma, apresentei-lhes a proposta do CAGECPM para o semestre, com o módulo de história e geografia.

Na semana seguinte observei que a turma já se sentia à vontade para falar de diversos assuntos que lhes incomodavam, porém havia dificuldades de discutir esses assuntos no coletivo.

A turma 1 é composta de 13 alunos, com idades que variam de 15 a 65 anos, se divide entre 5 adolescentes, 7 adultos e 1 idoso. A grande maioria enfrenta o fantasma do desemprego e reside próximo à escola. Uma característica marcante da turma é que, a boa parte da sala se sente intimidade para falar no coletivo, de assuntos que lhes incomodam. Diante disso surgiu a ideia de lhes fazer algumas perguntas no individual como; Na vida coletiva e comunitária. Qual problema que mais dificulta o seu viver? O lugar onde você mora determina quem você é? Qual a importância do curso profissionalizante na sua vida? Adriana Lima, casada 3 filhos. “ Falta de remédios, nos postos de saúde, mais segurança”. “Necessito de um curso profissionalizante, para conseguir um emprego, para ajudar meu marido”. Conceição Martins, dona de casa, casada, 1 filho. “ Na verdade é a falta de segurança, falta de médicos nos postos de saúde, estou tentando passar com o médico há dois anos e não consigo”. Tenho muita vontade de trabalhar como cabeleireira, para ajudar meu marido. Natacha Vidal, desempregada, 1 filho. “Falta de oportunidade para os jovens, falta emprego pela falta de estudo”. Liliane do Carmo, casada, 2 filhos, desempregada. “ Falta de segurança, mas o pior é a falta de médicos”, nos postos de saúde. Leonardo Gonçalves, casado. 65 anos, 3 filhos. “ Falta segurança nos bairros, também falta oportunidade de trabalho para o idoso”. Embora haja diversidade na turma, existe uma boa convivência, boa oralidade, participações nas atividades propostas solicitam a professora nas dificuldades, deixando na sala um clima de harmonia e tranquilidade.

Turma CAGECPM E

Período Vespertino

Professora Jeane

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Caracterização

1ª turma – 15h às 17h

A turma é composta de 16 alunos, com idades que variam de 16 a 40 anos, se divide em; 3 adolescentes e 13 adultos. Ao contrario da turma 1, os alunos sentem-se a vontade para falar no coletivo de assuntos que lhes incomodam. Alguns deles trabalham na indústria, mas a boa parte, ainda enfrenta o problema do desemprego e atribuem isso a baixa escolaridade.

Diante dessa problemática, surgiram alguns questionamentos. Ana Karolyna 20 anos, trabalha com pai na loja de móveis da família” Na vida coletiva transporte, falta de oportunidade para os jovens”. Eni Gecicleide da Silva. 30 anos, 1 filho, desempregada”.” O meu problema é a subida do morro, pois lá não passa transporte”. Maria Lúcia, casada, dona de casa, 1 filho. “ Na minha vida o mais complicada, porque o bairro que eu moro tem muito morro, não passa transporte lá. Manoel Pedro, solteiro, aposentado por motivos de saúde. “É porque o bairro que eu moro tem muito morro é difícil para subir. Matheus Batista, 16 anos, desempregado. “ A falta de trabalho, por que não terminei os meus estudos”. Jeferson Batista 19 anos, desempregado. “ O lugar onde eu moro é chato, tem um morro e a subida é difícil”. Wellington Mendes, 35anos, motorista. “ O problema é a falta de transporte público e hospitais”. Jailson Felix “ O meu problema é a falta de trabalho, pela falta de estudo”.

Os alunos são participativos e interagem bem com os conteúdos propostos.

Quadro de planejamento para as 2 turmas:

- QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO – CAGECPM- TARDE-PROFESSORA: JEANE

Falas significativas:

“Na verdade é a falta de segurança, falta de médicos nos postos de saúde. Estou

Superação da fala / contratema (objetivo geral):

“Hoje sei que falta de emprego não se dá apenas por falta de estudo, mas também porque há desigualdade social. Agora entendo o histórico da

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tentando passar com o médico há dois anos e não consigo.”

“Falta de oportunidade para os jovens, falta de emprego pela falta de estudo.”

relação de desigualdade social e consigo perceber que o trabalho é manifestação humana que transforma o indivíduo e seu entorno. Esse entendimento também me permite compreender criticamente que a negação de direitos que eu e minha comunidade sofremos está diretamente ligada |às desigualdades sociais. Também sei que posso intervir para transformar a minha realidade atuando coletivamente em minha comunidade e na sociedade.”

Problematização Micro Problematização Macro Eixos do Conhecimento Conteúdo Micro Conteúdo Macro

1. Quais são os empregos disponíveis em São Bernardo do Campo?

3-Quais as possibilidades de atuação no mundo do trabalho em São Bernardo do Campo para diferentes perfis?

2-Como se deu o tratamento do capital no Brasil? O que gerou a desigualdade social?

4-Qual o contexto do mundo do trabalho no Brasil hoje para pessoas com baixa escolaridade e maior escolaridade?

5. Qual a diferença de trabalho X emprego X profissão?

1-Mudanças e permanência da oferta de empregos em São Bernardo do Campo.

2-O tratamento do capital x desigualdade social no Brasil.

Meio Ambiente e Saúde Consumismo x capitalização x degradação

Sustentabilidade Ambiental Social e Tecnológica

Cultura e Trabalho

1-Emprego em São Bernardo do Campo

O mundo do trabalho em São Bernardo do Campo e as possibilidades de atuação.

5. Diferença de emprego X trabalho x profissão

2. A construção histórica do trabalho no Brasil.

Lin

gu

agen s

Oral Planejamento e desenvolvimento de argumentação.

A relação da oralidade com as oportunidades de emprego.

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Escrita

Refletir sobre as ações domésticas de cuidados do ambiente entre homens e mulheres, através de músicas e textos narrativos;

Produzir textos, reescrevendo e contextualizando o modo de vida social e cultural.

 Textos relacionados à cidadania, mundo do trabalho como;

Poesias, Notícias, Catálogos, crônicas e textos narrativos,

Artigo de Opinião Coerência e coesão

Resolver atividades propostas de compreensão e interpretação. - Moradia e trabalho doméstico;

Tecnológica

Us   Pesquisar, ler e selecionar conteúdos necessários à pesquisa;

-        Copiar, recortar, colar e salvar;

I d  Conhecer os principais serviços da internet (navegação, pesquisa, chat, e-mails).

-        Uso da Internet para pesquisa (visitas a alguns sites).

-         Reconhecer a fonte de pesquisa.

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Corporal Postura para entrevista de emprego Ginástica laboral

Matemática Leitura de gráficos e tabelas;

- Salário x igualdade

- Renda média do brasileiro

Turma CAGECPM F

Período Noturno

Professora Sandra

Caracterização

A sala é composta por vinte e oito alunos, tendo eles entre 16 e 62 anos, a maioria veio da região nordeste e outros da região, sudeste, destes cinco alunos estavam há mais de vinte anos longe da escola, vinte alunos iniciaram o módulo este semestre, o restante vieram do semestre anterior.

Desta turma vinte alunos não se encontram no mercado de trabalho, mas estão em busca de uma oportunidade, os alunos se dividem nas profissões de pedreiro, faxineira, gari, cozinheira, diarista, auxiliar de cozinha, porteiro, guarda, manicure, cabelereiro, costureira, passadeira, auxiliar de manutenção, motorista, auxiliar técnico, operador de máquina e também vendedores autônomos. Todos estes educandos tem uma religião se dividem entre evangélicos e católicos, são frequentadores e atuantes nas diversas atividades das igrejas.

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É uma turma composta por alunos que moram nos arredores da comunidade escolar e também em bairros mais distantes, sendo nos bairros Vila Esperança, Vila São Pedro, Jardim Regina, Ferrazópolis, Limpão, Condomínio Tiradentes, Vila do Tanque, na divisa de Santo André com São Bernardo e também em outros bairros mais distantes como Riacho Grande e Centro.

Os alunos estão em busca de melhorar sua condição financeira e também crescer no mercado de trabalho, por isto estão buscando se aperfeiçoar fazendo novos cursos para se profissionalizar, dentre eles estão, os cursos de manicure e cabelereiro. Outros têm o desejo de realizar um curso de costura para poder se profissionalizar e crescer na área.

Através dos diálogos, nas rodas de leitura, nas conversas informais, dinâmicas e textos reflexivos podemos perceber o quanto essa relação de opressão vem atrapalhando o crescimento tanto pessoal e profissional dos educandos, o machismo e o preconceito em relação à mulher, “ Fiquei vinte anos sem estudar, pois meu marido não deixava, hoje ele ainda reclama e me diz pra que uma velha como eu de 36 anos vai para escola”( Rizalva),“ Para vim para escola preciso deixar duas misturas feitas, e mesmo assim ele ( Marido) encrenca quando eu chego da escola”(Eliana), “ Saio para escola antes dele chegar, pois só ouço a bronca quando eu volto” (Maria R), “ Depois que minha mulher foi para escola ficou muito saidinha, por isso não permito que ela estude” (Adelcio), “ A mulher hoje em dia separa muito rápido, qualquer briguinha quer sair de casa” ( José), “ Eu não me caso por isso, a mulher esta se achando hoje em dia, não querem ficar mais em casa, já passei por três” ( Lenilson), “Moro com meu pai, minha mãe só por Deus” ( Moises), “ Quando eu casar quero que minha esposa não trabalhe”( Diogo), “ Você vê professora a minha mulher me largou só porque eu bebia, ficou se achando e foi embora” ( Cicero), “ Graças a Deus a minha fica em casa, faz as faxinas dela mais me dá valor, não é igual essas mulheres de hoje em dia saidinhas” (Paulo). “ Quero cortar só cabelo masculino, pois mexer em cabelo de mulher é coisa para boiola e também de mulher, nunca vi um homem fazer isso” (Piero) , “ Meu marido acha que venho para escola procurar macho” (Maria S.), “Meu sonho é terminar meus estudos e me tornar uma grande enfermeira, já adiei demais este sonho.” “ Me separei e só assim pude voltar a estudar” ( Damiana), “Meu marido mandou eu escolher entre a escola e ele, eu disse que escolho a escola, ele me disse que vai passar o cano em mim, além disso professora chego cansada e deixo a casa todo limpa, comida feita para ele não reclamar e mesmo assim é uma briga todos os dias” (Maria Isabel)

O acesso à cultura, para alguns alunos é uma realidade distante, pois aos finais de semana muitos trabalham e o restante do tempo se divide com os afazeres do lar, também com os da igreja, dizem que gostariam de ir ao teatro e cinema, mas com a falta de tempo e também com a falta de dinheiro acabam ficando em casa mesmo, outros alunos declaram que realizam frequentemente forró em casa com os familiares e com os amigos mais próximos. Muitos desconhecem as atividades propostas no bairro devido ao tempo e também a divulgação.

Os alunos são interessados, bem participativos, solicitam a professora diariamente para sanar dúvidas. Apesar da diferença de idade entre eles, os alunos de mais idade acolhem os outros com carinho, ajudam os alunos com dificuldades na realização das atividades, os mais jovens retribuem o afeto dado por eles.

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A maioria dos educandos e educandas encontra se alfabetizados, porém um aluno está em processo de alfabetização, outros apresentam dificuldades na escrita e em interpretação de textos simples do cotidiano. Apesar de serem alfabetizados são indivíduos que não praticam essa habilidade de leitura cotidiana. Foi possível identificar que os educandos apresentam dificuldade de interpretar aquilo que ler, sabe que a linguagem é um fenômeno social, estruturada de forma ativa e grupal do ponto de vista cultural e social.

O trabalho que se iniciou neste semestre, tem como meta ampliar os conhecimentos dos alunos, apresentando novos conteúdos significativos para sanar as dificuldades apresentadas e assim poder contribuir para que seus conhecimentos possam ser utilizados no dia a dia. Do mesmo modo como transformar as concepções de língua escrita, redimensionar as diretrizes para a alfabetização e ampliar a reflexão sobre o significado dessa aprendizagem, transformando os alunos em uma turma leitora capaz de refletir e de transformar o meio onde vive. Por isso o trabalho será focado em envolver os discentes nessa luta, divulgando e refletindo as leis, os instrumentos e as entidades de apoio à mulher em todos os níveis, discutindo os problemas que as mesmas enfrentam na comunidade, elaborando estratégias e projetos que incentivem a sua conscientização e participação no trabalho por mudanças.

“A escola não muda o mundo. A escola só muda as pessoas. As pessoas é que mudam o mundo”. Paulo Freire (1987).

JUSTIFICATIVA

O projeto Mulheres em Cena partiu da caracterização e das falas significativas dos educandos e educandas, onde foram identificadas demandas vivenciadas pelos alunos. Este projeto tem por finalidade gerar as iniciativas que proporcione aos alunos a possibilidade de descobrirem a validação de seus direitos prioritários e de cidadãos críticos, reflexivos e conscientes, estimulando e qualificando a participação das mulheres em espaços de tomada de decisão e mudanças.

OBJETIVO GERAL

Conscientizar as mulheres de seus direitos, criando e articulando um trabalho de acesso as informações necessárias para a resolução de seus problemas cotidianos, melhorando assim qualidade de vidas dos alunos e contribuindo com a inclusão social, contribuindo a mudança de hábitos e a serem sujeitos de suas próprias histórias e assim sendo multiplicadores das informações sobre seus direitos como cidadãos.

ESTRATÉGIAS

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Trabalhar através de textos informativos, crônicas e dinâmicas a consolidação de uma rede de atenção à mulher em situação de violência torna prioritário o debate sobre as diferentes vertentes do problema bem como a atuação dos diferentes atores e os modos de enfrentamento para a erradicação da violência contra a mulher.

Leitura de livros voltados para situações das mulheres, sabemos que a experiência da leitura não se limita à compreensão da palavra escrita, ler, na perspectiva de Paulo Freire, apropriar-se do mundo, compreende-lo em sua dinâmica e complexidade. Enquanto lemos transformamos o mundo e a realidade que nos cerca. Estar alijado deste processo fomenta o sentimento de inferioridade e contribui para a manutenção da situação de violência. Leitura e produção de textos. Elaboração de textos autorais.

Em arte trabalharemos cores, sons, cheiros, movimentos múltiplos de singularidade para o enfrentamento da violência de gênero. Valendo-se da linguagem artística como prática pedagógica de educação e cultura, mulheres, adolescentes experimentando diversas possibilidades de ser e interagir com o meio, como releituras e leitura das imagens de artistas.

Trabalhar filmes como a Fonte das mulheres, curtas como Vida Maria, documentários para análise e discussões sobre a temática do projeto. Debates em sala. Trabalhos com cartazes. Trabalhos com músicas. Conversas sobre o tema, Relato de experiências vividas, Pesquisas. Leitura e produção de textos. Elaboração de textos espontâneos.

Quadro de planejamento

- QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO – CAGECPM- NOITE-PROFESSORA: SANDRA MELO

Fala significativa:

“Meu marido me mandou escolher entre a escola e ele, eu disse que escolho a escola, ele me disse que vai passar o cano em mim, além disso, professora chego cansada e deixo a casa todo limpa, comida feita para ele não reclamar e mesmo assim é uma briga todos os dias” (Maria Isabel)

Superação da fala / contratema (objetivo Geral:

Educação para a transformação: através da conscientização do empoderamento da mulher

Problematização Micro Problematização Macro Eixos do Conhecimento Conteúdo Micro Conteúdo Macro e objetivos

específicos

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1.Qual a trajetória da atuação das mulheres em São Bernardo do Campo?

2.O que você entende por violência da mulher?

3.Você acredita que os estudos e uma vida saudável podem contribuir para sua mudança na sua vida cotidiana ?

4. Através da leitura e dos conhecimentos adquiridos, é possível a mudança na sua vida em sociedade?

5.Existe diferença salarial entre homens e mulheres?

.Qual a trajetória da atuação das mulheres no Brasil.

2. As leis realmente protegem as mulheres?

3.Como ser um ser transformador do meu espaço, quais as possibilidades de mudanças pessoais e profissionais?

4. O conhecimento pode contribuir para uma sociedade mais igualitária e para inclusão social?

5. Como promover igualdade de gênero através de iniciativas voltadas ao conhecimento e ao meio social?

Memoria e Territorialidade

1.Levantamento de dados para análise e entendimento do papel da mulher na comunidade local.

2.Trajetória histórica da mulher na comunidade local.

OBSERVAVEIS:

1.Resgatar a história da imagem da mulher na comunidade local.

2. Conhecer a trajetória de atuação das mulheres em São Bernardo.

1. Conquistas Históricas das Mulheres Brasileiras

2.. Lei Maria da penha

OBSERVAVEIS:

1.Conhecer e identificar a trajetória histórica das conquistas femininas

2. Conscientizar as mulheres de seus direitos e dar acesso às informações necessárias para a resolução de seus problemas cotidianos

Meio Ambiente e Saúde

3. Saúde da Mulher

3. Despertar os cuidados com a prevenção;

3. Qualidade de vida

Padrões de beleza X cidadania

OBSERVÁVEIS:

3. Melhorar a qualidade de vida dos educandos e educandas bem-estar das mulheres, como resultado da melhora da autoestima condições sociais dos mesmos.

Cultura e Trabalho

4. A mulher, o trabalho pelos olhos da arte.

OBSERVÁVEIS

4.Valorizar a atuação da mulher na sociedade moderna através do trabalho

4. O ser humano como agente social e produtor de cultura;

Observáveis

4.Despertar uma compreensão mais ampla e

crítica das formas alternativas de resolução

de seus problemas para o mundo do trabalho.

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Lin

guag

ens

Oral

3. Reportagens de jornais, revistas, e resultados oficiais sobre violência contra a mulher divulgada pela imprensa, textos Narrativas e Crônicas serão coletados e discutidos em sala de aula.

Manipulação e uso de jornais, revistas e propagandas.

OBSERVÁVEIS

4.Que através da ação educativa os educandos/as consigam se expressar, argumentar, com propriedade sobre o tema trabalhado.

Leituras de livros sobre a trajetória de mulheres que atuaram historicamente, resgatando essa história de luta, visto que as mesmas são alijadas da história oficial;

3. Filmes e curtas que retratam a vida cotidiana das mulheres.

Observáveis

4.Reconhecer a leitura como uma

fonte essencial para produzir textos

e para ampliação dos

conhecimentos;

Escrita

Observáveis

3. Refletir sobre as ações domésticas de cuidados do ambiente entre homens e mulheres, através de músicas, poemas e textos narrativos;

4. Produções de textos, Reescrevendo, Produzindo e contextualizando o modo de vida social e cultural.

Observáveis

4-Oportunizar aos alunos o acervo de

Textos relacionados à cidadania, mundo do trabalho e a mulher com gêneros textuais como;

Poesias, Notícias, Catálogos, crônicas e textos narrativos, Artigo de Opinião - Moradia e trabalho doméstico;

Observáveis

4.Reconhecer a leitura como uma

fonte essencial para produzir textos

e para ampliação dos

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inúmeras obras literárias de vários gêneros

literários, buscando sempre, ampliar seus

conhecimentos e suas capacidades criativas;

conhecimentos;

Tecnológica

4. Pesquisar, ler e selecionar conteúdos necessários à pesquisa;

Observáveis

4.Utilizar-se das ferramentas da tecnologia para a pesquisa

I d 4. Conhecer os principais serviços da internet (navegação, pesquisa, chat, e-mails).

Observáveis

4.Contribuir com a inclusão social,

amenizando os feitos da vulnerabilidade

social.

Corporal

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Matemática

5.Leitura de gráficos e tabelas;

OBSERVÁVEIS

5.Compreender através das análises do gráficos e tabelas o contexto da evolução da violência da mulher e seus contextos.

5. Salário X igualdade

Observáveis

5.Conscientizar através das leituras dos

gráficos e tabelas os progressos da igualdade

de gênero.

ESTRATÉGIAS

Trabalhar através de textos informativos, crônicas e dinâmicas a consolidação de uma rede de atenção à mulher em situação de violência torna prioritário o debate sobre as diferentes vertentes do problema bem como a atuação dos diferentes atores e os modos de enfrentamento para a erradicação da violência contra a mulher.

Leitura de livros voltados para situações das mulheres, sabemos que a experiência da leitura não se limita à compreensão da palavra escrita, ler, na perspectiva de Paulo Freire, apropriar-se do mundo, compreende-lo em sua dinâmica e complexidade. Enquanto lemos transformamos o mundo e a realidade que nos cerca. Estar alijado deste processo fomenta o sentimento de inferioridade e contribui para a manutenção da situação de violência. Leitura e produção de textos. Elaboração de textos autorais.

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Em arte trabalharemos cores, sons, cheiros, movimentos múltiplos de singularidade para o enfrentamento da violência de gênero. Valendo-se da linguagem artística como prática pedagógica de educação e cultura, mulheres, adolescentes experimentando diversas possibilidades de ser e interagir com o meio, como releituras e leitura das imagens de artistas.

Trabalhar filmes como a Fonte das mulheres, curtas como Vida Maria, documentários para análise e discussões sobre a temática do projeto. Debates em sala. Trabalhos com cartazes. Trabalhos com músicas. Conversas sobre o tema, Relato de experiências vividas, Pesquisas. Leitura e produção de textos. Elaboração de textos espontâneos.

Turma Ciclo IV Inicial: 5º Termo

Professores Coordenadores: Maristela e Daniel

Caracterização

A turma do 5º termo está constituída por 14 educandos regularmente matriculados, sendo 5 mulheres e 10 homens com frequência ativa no período noturno da Educação de Jovens e Adultos do segundo segmento da Escola Municipal Olegário José de Godoy. A maioria dos educandos é veterana, comprovando assim a eficácia do acesso e permanência na escola devido ao projeto de integração entre os professores dos 1º e 2º segmentos no 2º semestre de 2016 com oficinas de Jogos, Ciências e Discussões relevantes ao cotidiano dos educandos. Em relação à idade, é uma turma heterogênea entre 16 e 56 anos.

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Os educandos responderam ao questionário produzido pela professora Luciana - Ciências, e assim houve a possibilidade de conhecê-los melhor em vários aspectos. Assim:

São provenientes principalmente das regiões Norte: Maranhão, Nordeste: Bahia, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte e Sudeste do Brasil: Minas Gerais e São Paulo. Residem em bairros próximos à escola como: Jardim Regina, Jardim Leblon, Jardim dos Químicos, Batistini, Vila Esperança, Parque São Rafael e Pedreira junto a familiares como: mãe, pai, padrasto, irmãos, esposa, marido, filhos, porém alguns moram sozinhos ou com amigos. Os educandos admitem melhor relacionamento em casa com mãe, pai, irmãos, esposa e marido.

Coletivamente são comprometidos, comunicativos, participativos, os jovens são motivados a realizar as atividades pelo incentivo recebido pelos educandos mais experientes e assim todos conseguem expressar suas dificuldades para que os ajudemos a superá-las.

Individualmente, consideram-se com qualidades como: tranquilo, normal, legal, perseverante, solidário, amigo, feliz, e alegre. Defeitos: bravo, estressado, ciumento, ansioso e perfeccionista. Relatam estar em boas condições de saúde, porém só uma educanda diz ter cisto no ovário.

Principais qualidades do grupo: atenciosos, determinados, trabalhadores, compreensivos, educados, verdadeiros, honestos, observadores, bondosos, companheiros, gentis, legais, atenciosos e brincalhões, porém possuem defeitos como: teimosos, sinceros demais, impacientes, intolerantes e desatentos.

Fontes de informações de fácil acesso: internet e televisão. O uso de computador/internet é diariamente, pois navegam em redes sociais e alguns possuem acesso disponível em casa, mesmo assim têm dificuldade em lidar com novas tecnologias.

O tempo livre é utilizado para: ir à igreja (religiões: católicos e evangélicos), visitar amigos e parentes, navegar na internet, assistir televisão e ouvir música. Estilos de música que gostam são: Rap, MPB, Gospel. Sertanejo, Funk, Pagode e Reggae.

Em relação a atividades físicas, praticam regularmente: esportes, caminhadas e alguns não realizam nenhuma atividade. Alimentam-se entre duas a quatro vezes ao dia, porém uma dieta não balanceada. Sentem falta no bairro de um centro cultural, academia da terceira idade, posto policial e pronto socorro.

Quanto à responsabilidade social, consideram importante a política, pois acham que decidimos o futuro de nosso país no voto consciente e isso pode proporcionar mais qualidade de vida.

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Quanto à responsabilidade ambiental, alguns educandos aprovam o projeto de horta, concordam em ajudar a escola na separação do lixo, não fazem a captação de água e não têm acesso à coleta seletiva.

Principais profissões desses educandos são: vigilante, mecânico, diarista, pizzaiolo, motorista de ônibus, pedreiro, cabelereiro e nesse interim alguns estão à procura de uma colocação profissional. A continuidade nos estudos é o principal foco para que possam conseguir um emprego ou uma elevação de rendimentos mensais, a profissionalização, além de melhorarem o conhecimento, a leitura e a escrita.

Muitos educandos relatam estar fora da escola há mais de cinco anos, e ao apreciar este retorno, sentem-se motivados a continuar e finalizar o segundo segmento. Consideram suas habilidades leitora e escrita com bastante dificuldade, o que impedem de lidar principalmente com a função social da escrita no cotidiano.

Além das informações do questionário, foram realizadas atividades de sondagem nas disciplinas. Em Matemática, possuem conhecimentos básico, denso que a maioria dos educandos consegue desenvolver operações como a adição e a subtração com números naturais. No entanto, não conseguem multiplicar e dividir. Demonstram insegurança em atividades que envolvem situações problemas, gráficos e tabelas, pois são baseadas na interpretação, e a dificuldade em ler e escrever interfere demasiadamente.

Em língua Portuguesa, foram realizadas atividades que evidenciassem as dificuldades de leitura e escrita descritas pelos educandos. Na escrita, o acróstico demonstrando qualidades com cada letra do próprio nome, ajudou a começar a compreender fase da escrita em que estão inseridos. Além de realizar produções orais com discussões de temas variados pertinentes à realidade dos educandos para levantamento de falas significativas como: “Só o estudo pode garantir o arroz e o feijão na mesa lá de casa”, “A falta de leitura impede mudar de vida, ganhar mais dinheiro, ter moradia melhor para minha família”, “Na “perifa” falta tudo, tem muita violência e desordem. Precisa ter força de vontade, pensar “grande” num futuro”.

Demonstraram inicialmente estar na fase alfabética: nesse nível, têm a distinção de letra e sílaba, palavra e frase. A análise se aprimora e é possível a compreensão de que uma sílaba pode ter uma, duas ou três letras, mas ainda se confundem, ou se esquecem de algumas letras. Muitas vezes centram a escrita na sílaba, perdendo a noção do todo. Portanto o trabalho com sílabas dá um apoio para a escrita e possibilita uma conscientização do processo. Assim o acesso ao multiletramento pode garantir as diversas práticas de leitura e escrita existentes no cotidiano dos educandos, sejam elas realizadas dentro ou fora da escola, o educando seja privilegiado e possibilitado a conhecimentos essenciais para a participação, com autonomia, nas mais variadas práticas sociais. Contudo há a necessidade de sistematizar o processo de alfabetização.

Após realização de atividades diagnósticas realizadas oralmente na disciplina de Ciências, foi possível constatar que os (as) educandos (as): reconhecem a importância de cuidar do meio ambiente para preservação da vida humana. Identificam as vantagens e desvantagens dos diferentes métodos

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contraceptivos. Não utilizam modelos explicativos científicos para explicar fenômenos naturais, explicam pela criação divina ou/e à necessidade humana e de outros animais, não conhecem a teoria da evolução, para compreensão da diversidade biológica.

Grande parte dos (as) educandos (as) apresenta dificuldade para identificar e explicar as causas das principais doenças relacionadas à alimentação, bem como as suas consequências no desenvolvimento do indivíduo. Durante um Círculo de Cultura, na qual o tema foi o abuso de álcool, os (as) educandos (as) relataram que já tiveram sérios problemas com o abuso de álcool, dois assumiram-se como ex- alcoólatras e as mulheres relataram violência doméstica ocasionada pelo abuso de álcool, porém pelas falas compreendi que essas situações já foram superandas pela maior parte do grupo. “Eu bebia muito, daí procurei tratamento e abandonei o vício”, apenas uma educanda declarou que o esposo bebe muito e fica muito violento. Apresentam dificuldades para pesquisar, elaborar hipóteses e relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagens e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como artigos, gráficos, tabelas e esquemas.

Quadro de planejamento:

– QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO - 5ºtermo –

Fala significativa: “Na perifa falta tudo. Só o estudo pode garantir o arroz e feijão. A falta de leitura impede de mudar de vida, ganhar mais dinheiro, ter moradia melhor para família: Obs: a fala está na ausência do direito à educação

Superação da fala / contratema (objetivo geral): O Brasil 13.933 339 pessoas não alfabetizadas, a maioria das pessoas jovens e adultas não foram estudar no tempo que lhe era oportuno, devido as grandes dificuldades sociais e econômicas. A Maioria das pessoas com baixa escolaridade, são as que possuem baixa renda. Antes achávamos que se estudássemos teríamos garantia de transformação de vida, hoje devido a situação política e econômica, essa certeza não existe mais.

Problematização Micro

Problematização Macro

Eixos do

Conhecimento Conteúdo Micro Conteúdo Macro

Observáveis (objetivo específico)

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1. .Como são os serviços do bairro? Como a escolaridade pode auxiliar na qualidade de vida do seu bairro? Qual o perfil de escolaridade da população que usa os serviços do bairro?

3 Quais os conhecimentos são importantes para sua vida? O que a escola pode oferecer para você conseguir superar as dificuldades de escrita e leituras?

4. Como tem sido as experiências escolares da sua família?

5. Como a língua estrangeira chega na sua casa?

6. Na sua família as pessoas com alta escolaridade acessam vida digna?

2. O que dizem as leis ao tratarem do direito à educação?

3. Como foi organizado o conhecimento ao longo da história da humanidade?

4. Como se efetiva o direito à educação no Brasil, diante da análise da renda dos/as trabalhadores/as?

5. Como a língua estrangeira chega a população com baixa escolaridade e como ela chega na população com alta escolaridade?

6. No Brasil, qual a renda média da classe trabalhadora que possui alta escolaridade? E qual a renda média das pessoas mais ricas no

Memória e Territorialidade

1. Serviços públicos na comunidade e as influências na sua qualidade de vida Condições de moradia no bairro e na cidade. Estudo cartográfico do bairro. Distribuição de terra e questão agrária da cidade. 2.Os sujeitos e suas origens e etnia e o lugar de moradia na periferia

3. Os tempos da vida humana e a organização do conhecimento da escrita. Condições de moradia da população brasileira. Estudo cartográfico do Brasil e do mundo. Distribuição de terra e questão agrária do Brasil. Êxodo urbano 2.A composição da população brasileira e as diferentes etnia em contextos sociais e econômicos

1.Compreender a organização do espaço e a disposição dos serviços na cidade, entendendo a composição periferia e centro. 1.compreender a organização geográfica regional, desenvolvendo conceitos cartográficos para leitura da desigualdade educacional. 2.Identificar-se como sujeito histórico num lugar de moradia, entendendo sua condição e sua possibilidade de intervenção, numa interlocução de compreensão da organização do povo brasileiro.

Meio Ambiente e Saúde

Drogadição e saúde

Estudo dos hábitos alimentares dos educandos.

Estudo dos hábitos das práticas físicas dos educandos.

Hortas, permacultura e reciclagem.

Alimentação balanceada, nutrientes e doenças relacionadas à má alimentação.

Entender os hábitos das práticas físicas dos educandos para a promoção de maior qualidade de vida.

Identificar e explicar as causas das principais doenças relacionadas à

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7. Como são suas condições de moradia?

8. Como se alimentam os educandos?

9. Como são os serviços de saúde pública na região?

10. Qual é o nível de poluição da região?

11. Como é a mobilidade urbana da região?

12.Como é o atendimento de água, esgoto, coleta de lixo e atendimento de energia do bairro?

Brasil que possuem alta escolaridade? E as ricas que ´possuem baixa escolaridade

7. Quais condições que garantem a moradia digna para a população brasileira?

8. Como é a alimentação da população brasileira de baixa escolaridade?

9. Como a criação de hortas pode contribuir para qualidade de vida das pessoas com baixa escolaridade?

10. Qual o nível de poluição do Brasil, por regiões?

11. Como é a mobilidade urbana no Brasil?

12.Como é o

Estudo da qualidade de vida dos educandos.

Pesquisa dos serviços públicos de saúde do bairro.

Estudo do nível de poluição do bairro.

Pesquisa do atendimento de água, esgoto, coleta de lixo e atendimento de energia do bairro.

Qualidade de vida.

Estudo da alimentação das pessoas com alta e baixa escolaridade no Brasil.

Sistema Único de Saúde.

Tipos e níveis de poluição.

Pesquisa do atendimento de água, esgoto, coleta de lixo e atendimento de energia do país.

alimentação, bem como as suas consequências no desenvolvimento do indivíduo. Reconhecer como o ambiente e falta de dignidade humana se relacionam com a drogadição. condições de vida Compreender o conceito de qualidade de vida. Reconhecer a importância do fortalecimento do SUS na prevenção e tratamento de doenças para a população com baixa escolaridade. Diferenciar os tipos e níveis de poluição. Reconhecer as práticas sustentáveis de permacultura, horta e reciclagem como promotoras de qualidade de vida.

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atendimento de água, esgoto, coleta de lixo e atendimento de energia nas regiões brasileiras?

Cultura e Trabalho

Precariedade do trabalho e alimentação, diante dos perfis dos territórios.

2. Estudo de gênero textual jurídica - Teatro Legislativo

. Compreender a composição de textos teatrais, observando as narrativas . Participar dos debates sobre os textos legislativos . Interpretar narrativas pelo teatro legislativo. . Análise as diferenças de vida e perceba as condições de acesso diante as distribuição das terras, dos territórios e alimentos.

Lin

guag

ens

Oral Discussão sobre as relações interpessoais na comunidade

Seminário: Motivos para alcançar uma vida digna no Brasil

Escrita

1. Estudo do gênero jornal, trabalhando descrição de fatos referentes aos serviços públicos, qualidade de vida e perfil de escolaridade. 2.Estudo do gênero informativo: normas de convivência; 3.Estudo de gênero HQ 3.Estudo de texto informativo: cartazes para convivência coletiva em pares,

1. Estudo de confecção de cartaz, analisando as condições da vida digna. .Construção do seminário

2. Estudo de gênero textual jurídica - Teatro Legislativo

Compreenda e confeccione o gênero textual informativo: normas de convivência, cartazes, textos instrucionais. Realize e amplie o hábito de leitura, compreendendo a função social do texto e sua estruturação. Leia e interprete texto, fazendo resumos interpretativos.

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pensando o papel e valorização da mulher

Tecnológica Pesquisa sobre os serviços públicos oferecidos no bairro.

Pesquisa sobre estilos de vida no Brasil.

Ferramentas de localização.

Perceber a distância entre o centro e bairro, fazendo uso do google maps Desenvolva estratégia de pesquisa.

Corporal Atividades de alongamento Práticas de esportes possíveis na escola e no bairro

Ginástica laboral.

Realizar atividades de alongamento para melhorar a postura e a respiração.

Elencar práticas de esportes possíveis na escola e no bairro e realizá-las.

Entender a necessidade da ginástica laboral e realizá-la.

Matemática

1.indices de perfil de escolaridade, sistema decimal, composição e decomposição numérica em situação problema. Tratamento de informação e porcentagem; 4. Operações em situações problemas, marcando o contexto social. numeros racionais contextualizados para entendimento da renda e tempo de escolaridade.

Tratamento de informação do perfil de escolaridade da população brasileira em estudos de situações problemas

Compreender e realizar as operações básicas( adição, subtração, multiplicação e divisão) com números naturais. Compreender e ler gráficos e tabelas. Compreender e calcular porcentagem. Interpretar situações problema que envolvam renda e tempo de

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Hortas: medidas de comprimento, perímetro, área

escolaridade. Saber calcular o perímetro e a área, além de resolver situações-problema que envolva medidas de comprimento, massa e volume.

.

Turma Ciclo IV Final: 6º Termo

Professores Coordenadores: Vandique Rodrigues carneiro

e Marco Alexandre Nonato

Caracterização

Caracterização da 6ª serie do segundo seguimento EJA

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Fazer a caracterização de uma turma é conhecer o grupo por suas falas significativas e observações do educador. Ela é um instrumento que pode

ser explorada por outros professores a fim de enriquecer o debate sobre o planejamento das aulas e as relações com os educandos.

Os educandos, desta turma compõe a mesma base social que caracteriza a EJA, portanto se referem às mesmas angustias e problemas referentes à

população que vive no entorno de nossa escola. No entanto estão mais avançados do que a maioria dos que ainda no conseguiram concluir o ensino

fundamental e reconhecem a importância de voltar aos estudos e a educação. Enfrentam os mesmos problemas referentes às populações que vivem nas

periferias das grandes cidades brasileiras em grandes zonas de exclusão.

O sistema que discrimina, isola e cria essas zonas de exclusão para melhor explorar de forma mais eficaz, também afeta esses educandos. As

dificuldades criadas como a falta de um plano de moradia federal estadual ou municipal, o transporte precário e ate inexistente, a quase inexistência de

áreas de lazer, centros de cultura, bibliotecas, teatros e principalmente em relação à educação estão entre os principais fatores que caracterizam esta

turma.

As escolas funcionam como filtros para selecionar os mais hábeis a fim de exercerem funções que exigem maior capacidade intelectual e a maioria

da população acaba visualizando os espaços educativos como possibilidade de ascensão. Essa situação não é diferente com os educandos que enxergam a

escola como uma possibilidade ou oportunidade de inclusão social através dos estudos.

Esses educandos também são influenciados pelo discurso meritocrático e o sonho do consumo. Reclamam do trabalho duro e alienante que a

sociedade lhes oferece e ate que são escravos, mas justificam o sacrifico pelas mercadorias conquistadas e ate um churrasco no final de semana que os avós

nunca tiveram.

Moram numa periferia que apresenta algumas condições precárias a vida, participam de um trabalho de baixo custo. Normalmente os

trabalhadores pensam que essas condições são justas, pois partem de uma situação para justificar o mérito pessoal.

É uma turma bem participativa, estão em construção do processo ampliado de alfabetização, possuem reflexão matemática sustentada no

pensamento organizado num cálculo mental, resolvem as quatro operações com dificuldades na sistematização da operação. É uma turma que possui

vinculo entre eles.

A fala significativa utilizada no quadro reflexivo: “Não levo meus filhos a praça, pois não confio em ninguém.” reflete essa ideologia que não culpa o

sistema pelas condições colocadas. O estranhamento do educando com pessoas de sua própria base social descaracteriza suas próprias relações humanas e

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sociais e valoriza suas relações materiais, já que embora no conheça miguem de um shopping, por exemplo, não teria nenhum problema para levar os filhos

ate lá.

Quadro de planejamento:

– QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO - 6ºtermo –

Fala significativa:

Não levo meus filhos a praça , pois não confio em ninguém.

“... destruíram, pois eles(as) não têm educação...” “... Os jovens não dão valor...”

“...As pessoas olham com desconfiança e acham que vamos roubar...”

“.. Eu fui procurar um emprego e fui discriminada pela falta de escolaridade e pelo local onde moro..”

Obs: Existe uma fragilidade no sentimento de pertencimento, a negação na identidade comunitária, devido a marginalização que as pessoas vivem diante do contexto social, histórico , geográfico na cidade.

Superação da fala / contratema (objetivo geral):

Eu confio nas pessoas da comunidade, porque me conheço e me reconheço como parte dela e assim juntos(as) entendemos a necessidade de buscar intervenção do Estado para favorecer a qualidade de vida comunitária.

Problematização Micro

Problematização Macro

Eixos do

Conhecimento Conteúdo Micro Conteúdo Macro

Observáveis/ Objetivos Específicos

1. Quais são os espaços de convivência do bairro, como eles estão estruturados? Você se sente parte desses espaços?

5.Como as frases e palavras da língua estrangeira aparecem nos espaços de convivência?

2.Qual o perfil dos espaços de

Memória e Territorialidade

1.História da cidade de São Bernardo do Campo.

1.Histórias de convivência em São Bernardo do Campo. História das praças em São Bernardo do Campo.

2.A história e memória das

2.As cidades nos tempos históricos.

2.Principais patrimônios históricos e culturais do Brasil.

4.Perfil dos centros urbanos e organização dos espaços físicos entre tantos as praças

2.Compreender a importância da participação nos movimento sociais e a organização das formas de governo. 4.Reconher-se na sua comunidade, tendo leitura do território 6.Compreender a organização produtiva em

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2.Quais as entidades e associações no bairro? Você participa de alguma? Elas oferecem alguns espaços ou atividades de convivência?

3.Existe alguma manifestação cultural da comunidade? Você acha que essas manifestações é um patrimônio da comunidade?

3.Existe alguma manifesta-ção cultural nas praças ou nas ruas da cidade de São Bernardo do Campo. Você participa de alguma?

4.Como são as praças em São Bernardo do Campo? Onde elas estão no mapa da cidade? Quando foi criada a primeira praça? Qual é a maior?

convivência nas cidades organizados ao longo da história? Como as cidades foram organizadas ao longo da história?

4.Como procede a organização dos espaços, entre tantos as praças nas cidades? Em que locais elas são organizadas?

8.Qual a importância das áreas verdes, parques e praças para a saúde humana?

7.Por que as pessoas usam drogas?

6 e 7.Qual a relação entre a falta de políticas públicas voltadas para o esporte e lazer e o aumento de dependência química?

6.Como estão os índices da população brasileira conforme

pessoas, das associações, do bairro e da cidade.

3.Patrimônio cultural da cidade.

4.Cartografia municipal, local e cartografia afetiva.

4 e 6. Formação Espacial de São Bernardo do Campo.

6. Mundo do trabalho e Industrialização em São Bernardo do Campo

nas cidades.

2.Disposição populacional nas cidades, centros e periferias.

4. Formação do espaço Brasileiro.

6. Distribuição de terra X renda (história e desigualdades).

perspectiva histórica em SBC 6.conhecer e identificar as categorias produtivas no Brasil. 3.reconhecer a organização populacional e sua disposição/distribuição em SBC e no Brasil.

Meio Ambiente e Saúde

7.Pesquisa dos índices de dependentes químicos, por região em São Bernardo do Campo.

7.Políticas públicas regionais voltadas para dependentes químicos. CRAS.

7.Abordagem de drogas na perspectiva da Redução de Danos

7.Estudo dos motivos que levaram a humanidade a fazer uso de drogas.

7.Uso abusivo, recreativo e educativo de drogas.

8.Importância das áreas verdes, praças e parques, para saúde humana.

Conhecer as políticas públicas regionais voltadas para os dependentes químicos. CRAS.

Entender os motivos que levaram e levam a humanidade a consumir drogas.

Diferenciar o uso recreativo do uso abusivo.

Conhecer a Redução de Danos como estratégia para o tratamento da dependência

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5.Quais são as frases e palavras expressas na cidade? Como as palavras na língua estrangeira aparecem na cidade? Como você as observa?

4. Como é a praça do bairro? Como ela foi construída? Quem as frequenta e por quê? Podemos pensar uma nova organização nessa praça?

6.Qual o perfil populacional, em faixa etária, condição econômica das pessoas que habitam o bairro? Qual a sua preferência de local?

6.Quais as ofertas de área de lazer, esporte, cultura e emprego para cada perfil populacional?

7.Quais os índices de dependência química

sua renda e como estão localizados nas cidades do Brasil?

7.O que é uso abusivo, recreativo e educativo de drogas?

7.O que é redução de danos?

química.

Reconhecer a importância das áreas verdes para saúde humana e preservação ambiental.

Cultura e Trabalho Teatro jornal para análise das notícias

3- Condições produtivas na cidade

Compreender o jornal como uma possibilidade de comunicação que tem intencionalidade política diferenciada para informação. Realizar interpretações de notícias jornalísticas.

Lin

guag

ens Oral

9.Debates e conversas das relações cotidianas.

9.Rodas de prosas dos contextos do cotidiano - Contos e Causos.

9.Contos e Causos Regionais (Cordel)

Rememorar as convivências, partilhando experiências Desenvolver participação em debates, promovendo envolvimento e reconhecimento de identidade.

Escrita

9.Leitura, estudo e escrita do gênero textual: contos e causos.

5.Genêros textuais outdoor

9.Escritas de gênero textual: Contos e Causos

. Escrita de fatos importantes da vida dos(as0 educandos(as_ para fortalecimento do gênero

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de São Bernardo do Campo?

8. Existe área verde no bairro? Por que existe ou não existe?

9. Qual a história de São Bernardo do Campo?

10. Qual é o perfil de comunicação das pessoas do bairro? Quais são as histórias que contam?

11. Quais sua participação em ações para melhoria na comunidade?

textual conto; Compreender os elementos estruturais do gênero textual contos, diferenciando como o gênero crônica; Reescrita de gênero textual conto Realizar leitura de contos variados. Apreciar e desenvolver o hábito da leitura.

Tecnológica 1.uso da informática como ferramenta de trabalho.

9.Digitação de contos e causos, trabalhando o aplicativo editor de texto.

Reconhecer o uso da informática como ferramenta para construção de instrumento que faz parte das demandas do mundo do trabalho; Desenvolver habilidade de digitação.

Corporal

2.Jogos de lazer e esporte em São Bernardo do Campo.

2. Locais propícios às práticas de lazer e esporte em São Bernardo do Campo.

3.Danças provindas das manifestações folclóricas da cidade.

3.Danças e músicas provindas de manifestações culturais.

Elencar práticas de lazer e esportes possíveis na escola, no bairro e na cidade e realizá-las.

Levantamento dos Locais de esporte e lazer em São Bernardo e utilização destes.

Matemática

6.Estudo de números racionais tratados pela informação do perfil

6.Estudo de números racionais referentes a faixa etária da população brasileira.

Saber adicionar, subtrair, multiplicar e dividir com números racionais. Interpretar

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populacional do bairro por faixa etária: sistema decimal e as operações.

6.Tratamento da informação: gráficos, tabelas.

6.Situações problemas referente ao perfil etário da população de São Bernardo do Campo: sistema decimal e as operações.

8. Formas e medidas: perímetro e área

6.Situações problemas referente ao perfil etário da população brasileira.

6.Análise de dados envolvendo as quatro operações.

os problemas que envolvem o perfil etário da população e saibam qual é a operação que devem utilizar. Construir tabelas e gráficos. Compreender os cálculos que envolvem perímetro e área e conhecer as formas geométricas.

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Turma Ciclo V Inicial: 7 Termo

Professor Coordenador: Fernado Catellan

Caracterização

Caracterização 7º Termo – 1/2017

DADOS SOCIOECONÔMICOS

A turma é composta por 32 educandos/as matriculados, sendo 15 do gênero feminino e 17 do gênero masculino, 76% da sala tem menos de 30 anos.

15 17

Gênero

Feminino

Masculino

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18 educandos/as nasceram na região Sudeste (10 na cidade de São Bernardo do Campo) e 06 na região do Nordeste.

A grande maioria mora nos bairros que corresponde ao território do colégio.

0

2

4

6 Bairros

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No mês de fevereiro tivemos 16 educandos/as com frequência igual ou superior a 70%, 05 com pouco mais de 50% e 11 abaixo de 50%. Também tivemos 16 matriculas depois do início das aulas.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

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I

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VIV

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YAN

E

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Frequência individual em fevereiro

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50% dos/as educandos/as pararam de estudar a mais de 5 anos e 38% a 1 ano e 13% a menos de 3 anos.

16

21

18

14

21

19

22

18

22

20

15

19 18

6

Frequência no mês de Fevereiro

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123

10

4

2

6

1

1

Conseguir umemprego

Adquirirprofissionalizaçã

o

Melhorar noemprego

Ter maiorconhecimento

Ter maiorindêpendencia

Darprosseguimento

aos estudos

67% voltou a estudar por motivos relacionados ao trabalho e 33% para melhor a escolaridade.

Por que voltou a estudar?

10 Conseguir um emprego

04 Adquirir profissionalização

02 Melhorar no emprego

06 Ter maior conhecimento

01 Ter maior independência

01 Dar prosseguimento aos estudos

A maioria dos educandos estão desempregados, 4 trabalhando como autônomo, 1 sem registro e 3 não estão procurando emprego.

0

2

4

6

8

10

12

PROCURANDO EMPREGO

NÃO ESTÃO PROCURANDO

EMPREGO

AUTÔNOMO TRABALHANDO SEM

REGISTRADO

TRABALHANDO REGISTRADO

12

3 4

1

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Trabalho

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FALAS SIGNIFICATIVAS

Dinâmica: Em círculo os/as educandos/as receberam um papel pequeno, que deveriam escrever a resposta da seguinte pergunta: “– Qual é o problema que mais dificulta seu viver?”, após escreverem enrolaram o papel como um canudinho e foi entregue a cada um/a bexiga, e nela deveriam colocar o papel e em seguida encher e amarrar. Assim que todos terminante pedi que se levantassem e viessem ao meio. Foram dadas as seguintes instruções: todos deveriam brincar com os balões, mas não poderiam segura-los. Iria colocar uma música e em determinado momento iria dizer qual parte do corpo poderia tocar a bexiga (Ex.: mãos, cotovelos, cabeça, joelhos, ombros e etc.). Iniciamos o jogo e depois de algum tempo brincando, disse que quem deixasse o balão tocar o chão deveria se sentar até que ficasse apenas um/a jogador/a no centro. Após a brincadeira, pedi para que eles estourassem seus balcões e compartilhassem o problema que tinha que lidar na sua vida e como eles percebiam as dificuldades de convier com esse problema.

Segue as falas que surgiram com essa dinâmica:

– Meu problema é deixar os meus filhos todo dia na casa da minha sogra. Deixar e buscar subir aquele morro todinho pra poder vir pra escola. Porque minha família é de Fortaleza ai só tenho minha sogra. É um problema porque é muito cansativo.

– Uma correria pra vim pra escola. Um trampo doido, saio do trampo as 18 hora e já venho pra cá.

– Meu problema é chegar em cima da hora e vir correndo pra escola, porque eu trabalho. É por causa do emprego que paro de estudar, acho emprego sério ai não dá mais para vir.

– Se eu dependesse de ônibus pra ir e voltar do trabalho eu não ia estudar, eu ia chegar em casa sete e meia, oito horas da noite, não dá. Por causa do transito. Tenho uma magrela (moto).

– Meu tipo de trabalho fez eu parar de estudar. No mesmo horário que devia estar na escola tava trabalhando.

– Meu problema é tentar terminar a escola, mas não tô conseguindo. Antes de terminar eu paro de vir.

– Os problemas de saúde da minha mãe são meus problemas. Eu que acompanho eu que cuido, eu que cuido da casa dela da minha, é muita coisa, cuido do meu sobrinho também.

– Meu problema é fazer janta antes de sair.

– Eu arrumei um emprego por indicação, ai falei que não queria, porque da escola, por que não ia conseguir estudar.

– Atualmente meu problema é o desemprego. É a segunda vez que começo os estudos, dá primeira vez eu ia certinho e nunca concluía por medo. Como fiquei um ano e meio parado, eu sempre achei que não ia conseguir de novo, colocava dificuldade em mim mesmo.

– O problema é procurar serviço e não achar né. Tô ai na luta, vou continuar procurando.

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– O desemprego de uma forma geral é um problema, é o meu caso.

– A maior dificuldade para conseguir o primeiro emprego, é cursos profissionalizantes pra esses meninos ai. Computação, Administração.

– Pra nois moleque tem que ter curso de oficina: mecânica, funilaria e pintura, martelinho de ouro, que ganha dinheiro e não precisa de estudo.

– Se eu fosse uns 20 anos mais novo eu investiria em cabelo. Não precisa de estudo, só precisa saber cortar cabelo. Tenho um amigo que abriu um salão lá em Diadema corte, igual deles ai, de rapaizinho. Só pra você saber, o cara anda de triton (carro) e ele tem uma hornet (moto). Não tem estudo, se você não tem estudo tem que ver um negócio que dá dinheiro.

– Quem não tem experiência de operador de caixa, eles não pegam.

– Eu não vou me aposentar. Como eu vou me aposentar professor? Do jeito que tá indo ele colocam 80 anos. Quem vive com 80 anos? Você sabe qual é a intensão deles? É que a pessoa se aposente com 75 anos e viva só 5 anos com a aposentadoria. Por que os mais velho estão conseguindo viver muito, e estão tomando prejuízo, eles dizem né. Mentira, o tempo que eles conseguirem prorrogar a previdência, pra eles tá bom. Sacanagem! Por isso que queria ser Policia Federal, prender tudo.

– É um absurdo uma coisa dessa, uma pessoa trabalhar a vida inteira e você chegar a ver um senhorzinho de 70 anos trabalhando, um senhor de idade uma senhora de idade pegando ônibus ainda, com uma bolsa com uma sacola pesada. É revoltante! É Brincadeira uma coisa dessa é uma injustiça!

Contexto Sociocultural

A ausência de equipamentos do poder público da saúde é a maior carência observada pelos/as educandos/as, seguido da falta de posto policial, locais de lazer e cultura também são indicados, mas em menor número, tais como: centro cultural; ginásio poliesportivo; praças e parques.

As preferencias de atividades de lazer é pela maioria ir à igreja, seguido por frequentar festas, depois são indicados ouvir música, assistir TV, visitar amigos ou parentes, e ir ao cinema.

A maioria dos/as educando/as gostam de ouvir música gospel, em segundo lugar são indicados os estilos musicais pagode e funk como sendo os preferidos, seguidos por estilos variados pop, rap, reggae, rock e sertanejo.

Os/as educandos/as em sua maioria são cristãos, em maior número os evangélicos, acompanhados pelos católicos, os que se declaram sem religião também são expressivos e há um é budista.

Com relação a fonte de informações a grande maioria se informa pela televisão, e depois vem a internet, amigos, jornais, escola e livros.

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O acesso ao computador é observado que a maioria usa com frequência, mas é significativo a quantidade de educandos/as que não tem contato com computador ou faz uso raramente, chegando a 38%.

CONHECIMENTOS COGNITIVOS

Conhecimentos prévios de Ciências

Após realização de atividades diagnósticas com questões discursivas e alternativas foi possível constatar que muitos educandos (as) não desenvolveu hábitos de proteção e higiene contra doenças sexualmente transmissíveis, acreditam que AIDS se pega pelo beijo, saliva ou abraço; conhecem poucos métodos anticoncepcionais, os citados foram: DIU, camisinha e injeção. Não reconhecem as vantagens e desvantagens dos diferentes métodos contraceptivos. Não associam o aumento da natalidade à ausência de políticas públicas voltadas para métodos anticoncepcionais seguros e eficazes. “Hoje só engravida quem quer, falta de vergonha na cara”. Apresentam dificuldades em interpretar ciclos de patologias, desconhecem as atribuições do secretário da saúde, atribuem os fenômenos naturais como dia e noite, formação de arco íris, sal no mar à criação divina ou/e à necessidade humana e de outros animais, desconhecem a teoria da evolução, para compreensão da diversidade biológica. “O mar é salgado porque os peixes precisam de sal”, “o arco íris é um pacto entre Deus e os homens”. Reconhecem a importância da vacinação.

Grande parte dos educandos compreende o que é alimentação saudável e consegue descrever com clareza doenças relacionadas com hábitos alimentares inadequados como diabetes, pressão alta e anemia. As doenças apontadas pelo grupo como mais frequentes, no bairro em que vivem, foram: AIDS, Dengue, Chikungunya e Sarna. Não reconhecem os danos do abuso do álcool no sistema nervoso, somente os problemas a longo prazo causados no fígado.

Conhecimentos prévios de Matemática

Os estudantes do 7º termo são participativos, no entanto os mais jovens são bastante dispersos. A maioria dos estudantes consegue resolver as operações de adição, subtração e multiplicação, construindo significados e representações dos números naturais e inteiros (quando relacionado ao contexto econômico). Adicionar e subtrair quando o contexto se refere aos números racionais. No entanto, não conseguem dividir no contexto referente aos números naturais. Utilizam recursos mentais para realizar essas operações.

Compreendem bem as situações problemas com números naturais, inteiros e racionais envolvendo significados das operações de adição, subtração, multiplicação ou divisão que envolve “dinheiro”. Compreendem bem gráficos e tabelas.

Possuem noções razoáveis de grandeza e medidas, mas precisam compreender as relações entre as diferentes unidades (comprimento, massa, capacidade).

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Conhecimentos prévios de Lingua Portuguesa

É uma turma acolhedora e participativa. Os educandos mais experientes motivam os mais jovens a realizar as atividades e manter a frequência ativa. Escrevem com poucas dificuldades, pois conseguem expressar-se bem em suas palavras. Foi realizada uma discussão sobre a Língua Portuguesa como língua materna e provedora de nossa comunicação cotidiana, além de refletir sobre sua função social no cotidiano. Assim, iniciou-se a sistematização da estrutura textual quanto às questões básicas de construção até o desenvolvimento de temática.

Ao realizar a interpretação de poesia de Carlos Drummond de Andrade sobre a questão do medo, os educandos compartilharam suas experiências em forma de relato, além de verbalizá-las uns aos outros de maneira cooperativa. Apreciam o diálogo sobre diversos temas e estão na fase de aprendizagem de “interagir” com o texto utilizando o auxílio do livro didático.

Já fizeram o primeiro empréstimo de livro para atividade de fichamento e apresentação da história aos colegas. Muitos educandos já têm o hábito da leitura, pois trouxeram livros já lidos para a atividade.

Relacionamento da turma

O relacionamento da turma é harmônico, não é observado conflitos e a postura dos mais velhos é de chamar a atenção dos mais jovens em relação ao comportamento e os estudos. Essa atitude dos adultos reflete nos mais jovens levando a uma classe participativa, interessada e comprometida.

Quadro de planejamento:

– QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO - 7ºtermo –

Fala significativa:

– Meu problema é chegar em cima da hora e vir correndo pra escola, porque eu trabalho. É por causa do emprego que paro de estudar, acho emprego sério ai não dá mais para vir.

– Se eu fosse uns 20 anos mais novo eu investiria em cabelo. Não

Superação da fala / contratema (Objetivo Geral):

As condições de emprego são organizadas de modo exploratório, levando a injustiças sociais, principalmente para pessoas com baixa escolaridade, condição que prejudica o seu viver. O acesso ao conhecimento é o que possibilita a conscientização das injustiças sociais e a transformação para uma vida digna na superação da opressão.

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precisa de estudo, só precisa saber cortar cabelo.

Problematização Micro Problematização

Macro

Eixos do

Conhecimento Conteúdo Micro Conteúdo Macro

Observáveis / (Objetivo Específico)

1. A profissão dos pais e de antepassados influencia na escolha e no acesso ao trabalho?

2. Como se estabelece a relação do lazer e do trabalho no território?

3. Como o trabalho interfere na sua rotina de vida e na escolha/acesso a alimentação?

4. Quais as formas de procurar emprego que se verifica entre os/as educando/as?

5. Envolvimento com ações comunitárias no território podem melhorar a condição de trabalho e vida dos

1. Quais as possibilidades de emprego para pessoas com baixa escolaridade, conforme regiões?

1. Como o trabalho é entendido ao logo da história?

2. De que forma a sociedade se organiza em função do trabalho?

2. Legislação trabalhista: direitos conquistados e perdidos com base no Brasil atual?

3. Quais as doenças que são causadas direta ou

Memória e Territorialidade

1. *Levantamento histórico de trabalhos dos pais e antepassados.

1. *Pesquisa de tipos de trabalho que são exercidos por vizinhos, amigos e parentes.

1. Mudanças de setores de trabalho na cidade de São Bernardo do Campo.

1. *Estudo das condições de trabalho em períodos históricos que refletem na organização atual do emprego nas regiões brasileiras.

1. Setores do trabalho da economia brasileira.

1. Ciclos econômicos do Brasil.

Entender o processo de construção da cidade e seu setor econômico, compreendendo a condição histórica da indústria

e a capacidade de organização do(a0 trabalhador(a)

Meio Ambiente e Saúde

3.*Hábitos alimentares que são mais indicados conforme a profissão.

3.*Estudo do habito alimentar de cada educando/a que é influenciado pela rotina de trabalho.

3.*Estudo das

3.*Doenças causadas e/ou relacionadas ao trabalho.

3.*Consequências ao meio ambiente pela exploração do trabalho que gera poluição.

3.*O trabalho de reciclagem de materiais como consequência do consumismo e por consequência a criação

-Entender doenças relacionadas ao trabalho e prevenir-se delas.

-Entender doenças relacionadas ao trabalho e prevenir-se delas. -Identificar hábitos alimentares saudáveis mais indicados para as diferentes rotinas de trabalho e profissão. -Compreender as reações químicas e o perigo de determinadas misturas. -

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moradores?

6. Expressando-se em linguagem oral é possível descrever suas condições de trabalho?

6. Como os relatos orais pessoais ajudam a entender as relações de trabalho?

6. O conhecimento de “novas” tecnologias possibilita melhor inserção no mercado de trabalho?

7. Quais os produtos químicos utilizados no serviço informal que os educandos tem contato? Quais seus riscos para saúde e meio ambientes? Como reagem esses produtos?

8. ??????

indiretamente pelo trabalho?

3. Quais as consequências dos meios de produção para o meio ambiente?

5. O posicionamento político diante de questões nacionais e internacionais, interferem na relação com o trabalho? É possível fazer algo para melhorar as condições de Emprego?

6. Como a expressão corporal e oral pode melhorar o acesso ao emprego e o ambiente de trabalho?

7. Como os produtos químicos utilizados em condições de

substâncias químicas utilizadas no emprego informal dos educandos.

de novas organizações de emprego.

7.*Reações químicas entre produtos utilizados em funilaria, de tintura e produtos de limpeza, entre outros utilizados no emprego informal.

-Doenças relacionadas ao trabalho e prevenção.

Reconhecer a reciclagem como alternativa ao consumismo e a extração de recursos naturais.

-Reconhecer a poluição como consequência da exploração do meio ambiente, decorrente do trabalho humano.

Cultura e Trabalho

2. *Estudar as relações diretas entre trabalho e lazer, como forma de descanso para voltar a trabalhar e como área de possibilidade de emprego.

2. *Entendimento do trabalho como forma de organização cultural que nos é imposta e que pode ser transformada.

2. *As relações econômicas no sistema capitalista e suas consequências a classe trabalhadora.

.

.Explorar e fruir a função da arte em condição de produção plástica

( desenho, pintura e escrita) para refletir sobre o trabalho, poder e opressão.

. Apreciar, sensibilizando para produções plásticas, em estudo de alguns movimentos artísticos.

Lin

guag

ens

Oral 6. *Relatos orais das relações de trabalho.

6. *Analise do discurso político e empresarial, diante das relações de trabalho.

Fazer uso da comunicação para expressar suas reflexões sobre as condições de trabalho no cotidiano

Escrita 6. *Relatos orais das relações de trabalho.

6.*Crônicas e relatos da literatura nacional e

Compreender as características dos gêneros textuais poesia e

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emprego exploratórias podem afetar a saúde do (a) trabalhador (a)?

internacional, em relação ao trabalho.

6.Estudo textual: poesia e prosa

6.Leitura e interpretação de crônicas, prosas e poesias, textos informativos

. Leitura e síntese

prosas

Realizar produção textual dos gêneros prosas, poesia, crônicas, reconhecendo as características.

Realizar leituras dos gêneros citados com desenvolvimento de perfil de leitor (a) (fichamento)

Tecnológica

6.*Conhecimentos básicos para utilização do computador e seus programas.

6.*Elaboração de Curriculum vitae.

6.*Aprofundamento do entendimento da utilização da tecnologia de informação.

6.*Pesquisa e exploração na internet para busca de trabalho.

.

Conhecer as ferramentas da tecnologia da informação (World, Excel, compreensão do equipamento e internet) para interlocução com o mundo trabalho.

Corporal

6.Jogos cooperativos que propiciem maior familiaridade com dinâmicas de grupo ao estimular trabalhos coletivos.

6.*Teatro do Oprimido ao apresentar as relações de trabalho injustas na sociedade.

-Ginástica Laboral.

Conhecer alguns jogos cooperativos e praticá-los.

Entender a importância da ginástica laboral e realizá-la.

Matemática

8.*Cálculos envolvendo a aposentadoria.

8.*Estudo de como se calcula o horário de

8.*Dados estatísticos relacionados ao mundo do trabalho.

Compreender as operações básicas (adição, subtração, multiplicação e divisão), regras de três, nos cálculos que envolvem o mundo

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trabalho.

8.*Analise do holerite (cálculos de impostos, descontos, horas extras, participação nos lucros, etc.)

8.*Situações problema envolvendo férias, salários e pagamentos de serviços.

do trabalho (utilizando números positivos e negativos). Leitura, interpretação e elaboração de gráficos e tabelas.

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Turma Ciclo V Final: 8º Termo A

Caracterização

Professora Coordenadora: Maria de Fátima Sbrana

Principais Características

Os estudantes (as) desta sala integram uma turma bastante diversificada. São 36 estudantes (as) matriculados, dos quais 31 frequentam as aulas em dias alternados, sendo 18 os mais frequentes. O grupo, constituído por 20 mulheres e 16 homens, na faixa etária entre 16 e 44 anos, sendo a maioria composta por jovens e adolescentes, agrega diferentes naturalidades entre as do nordeste e do sudeste, sendo que, 50% dos estudantes nasceram em na região do ABC ou São Paulo, 40% nasceram no nordeste, um aluno nasceu no Rio de Janeiro e uma aluna em Minas Gerais. Os estudantes moram em bairros próximos, como a Vila Esperança, Vila São Pedro, Montanhão, Irajá, Santa Terezinha, Jardim Limpão, Ferrazópolis. .

As profissões variam entre ajudante geral, operador de máquinas, auxiliar de limpeza, encanador, cuidadora, cabelereira, do lar e metade dos estudantes desta turma estão desempregados, alguns realizam trabalhos esporádicos. Uma estudante é auxiliar odontológica.

Dentre os estudantes, cinco pararam de estudar há mais de 10 anos, os outros se dividem entre 5 anos e um ano. A maioria disse ter poucos amigos na escola, ou até mesmo colegas. Porém, sentem-se bem na escola. O tempo para estudar são os finais de semana.

Grande parte dos estudantes alega ter o hábito da leitura e dizem ler e escrever razoavelmente bem. Não possuem o hábito da leitura, leem às vezes ou quando solicitado pelo professor.

Todos pretendem continuar seus estudos até concluir o ensino médio e, alguns, já manifestam o desejo de cursar uma faculdade. A maioria dos educandos (as) voltou a estudar porque quer ter um emprego melhor. Vários pensam em obter um bom emprego, após os estudos, para comprar uma casa própria.

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A maioria dos estudantes gosta de música gospel, alguns gostam de pagode, Black americano, reggae, música clássica, no entanto, nenhum gosta de funk, um deles até citou que gosta de tudo de tudo "menos funk".

Gostam de ir à igreja, ouvir música, visitar amigos e parentes. A maioria utiliza com frequência as redes sociais e tem disponível em casa quando quiser.

Todos moram com a família, com exceção de um estudante que mora sozinho. A maioria não realiza atividades físicas.

_______________________________________________________________

Com relação aos conhecimentos específicos, os professores apontaram as seguintes percepções:

Português

É uma turma muito participativa nas atividades propostas, assim foi realizado inicialmente um exercício de reflexão da Língua Portuguesa como língua materna e provedora de nossa comunicação cotidiana.

Assim, iniciou-se a sistematização da estrutura textual quanto às questões básicas de construção até o desenvolvimento de temática. Levando em consideração a temática de reflexão do cotidiano destes educandos, foi realizada uma leitura e consequentemente uma discussão sobre a definição deste gênero textual. Além de produzir uma crônica que relatasse um fato marcante em suas vidas. Com a leitura individual dos rascunhos para a escrita do texto definitivo, constatou-se que os educandos conseguem articular bem as palavras, frases e parágrafos. Cometem alguns erros ortográficos e poucas falhas gramaticais.

Quanto à leitura, são educandos críticos nos temas abordados e necessitam de alguma intervenção na interpretação de textos. Leem bem, apesar de alguns serem tímidos, mas são muito comprometidos em melhorar a cada dia.

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Inglês

O acolhimento da turma foi, de certa forma, facilitado, em virtude de que a maioria já se conhecia há algum tempo e, durante esse período, o grupo foi adquirindo algumas peculiaridades positivas de convivência coletiva. Assim, os alunos novos, respeitando-se as diferenças individuais, vão aos poucos, incorporando o mesmo perfil, o que acaba se tornando um fator bastante favorável à aprendizagem.

Quanto às avaliações diagnósticas, todos demonstram um grau de embaraço, estranhamento e dificuldades em lidar com a língua inglesa, como acontece com a maioria dos alunos da mesma série em geral. Entretanto, alguns deles, já conhecidos, embora tenham desenvolvido bastante, continuam com alguma dificuldade. É o caso da Ana Marcia, Brenda, Carina, Lauciléia. Apesar das dificuldades, todos detém grande capacidade no trato do idioma comum e tem competência para atingir os objetivos.

Matemática

Os estudantes desta turma realizam as atividades propostas com interesse, com exceção de alguns que possuem bastante dificuldade e por isso demonstram desânimo. Conseguem realizar as operações de adição e subtração de números naturais, racionais e inteiros. Sabem resolver razoavelmente questões que envolvem as operações de multiplicação e divisão dos números naturais, e alguns que envolvem os números racionais. As operações de multiplicação e divisão de números inteiros não são satisfatoriamente compreendidas, pois envolvem regras de sinais. Possuem alguma noção de grandezas e medidas, no entanto, apresentam dificuldades na interpretação de situações-problema que envolve essas grandezas e nos cálculos que envolvem a transformação de medidas. Possuem noções relacionadas aos polígonos. Apresentam dificuldades na interpretação de gráficos e tabelas. Realizam cálculos simples que envolvem porcentagens com estratégias mentais.

Durante esse período avaliativo, trabalhamos a importância da comunicação. A estrutura da língua e sua importância da construção do sujeito. As atividades se pautaram numa leitura dialógica com rodas de conversa e desenvolvimento da criticidade como fator determinante para sensibilizar sobre a importância da aprendizagem do idioma.

Vários assuntos emergiram, como o machismo, o preconceito, a violência contra as mulheres. Tais atividades levantaram algumas falas significativas como é o caso da situação de violência contra a juventude e a relação com o tráfico.

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História

Sala mais participativa e aberta ao debate. Conseguem chegar à causalidades a partir de indagações, mas não conseguem reproduzir raciocínios no papel. Possuem dificuldades ortográficas.

Ciências

Pelo trabalho realizado até agora, em termos gerais, ficou evidente que muitos desses educandos (as) são bastante participativos, interessados e realizam as atividades propostas com pontualidade, dentro da eficiência que lhes é possível, porém alguns ainda não revelam a habilidade para trabalhar em equipe. Após realização de atividades diagnósticas com questões discursivas e alternativas foi possível constatar que os (as) educandos (as) conseguem identificar e explicar as causas das principais doenças relacionadas à alimentação, bem como as suas consequências no desenvolvimento do indivíduo. Identificam e explicam os métodos contraceptivos e de proteção contra doenças sexualmente transmissíveis, a maioria dos (as) educandos (as) compreende as formas de transmissão da AIDS. Reconhecem a importância dos exames e consultas periódicas para prevenção de patologias. Nem todos compreendem a importância da vacinação para prevenção de doenças. “Não tomo vacinas porque tenho medo de agulha” “ouvi dizer que algumas vacinas deixam a gente sem andar, como aconteceu com a vacina do HPV”. As doenças mais comuns citadas pelos (as) educandos (as) no bairro em que residem foram: Dengue, Caxumba, viroses, Sinusite e alergias. Metade dos (as) educandos (as) conseguem elaborar hipóteses e utilizar modelos explicativos para explicar fenômenos naturais, outros ainda estão em processo. Não reconhecem que estímulos externos, como abuso de drogas, automedicação e uso inadequado de hormônios, entre outros, afetam o delicado equilíbrio entre o estado de saúde e o estado de doença. Apesar de declararem contato com as substâncias: álcool, cigarro, cocaína, pedra, maconha, lança perfume, LSD e ECSTASY não conseguem identificar os principais efeitos das drogas no organismo humano a curto e longo prazo. “Não sei o que o pó faz não, só sei que meu nariz ficou zuado”. “Usei o doce e fiquei com o coração batendo muito rápido, será que posso ter problemas por causa disso?” Ainda não reconhecem a importância de cuidar do meio ambiente para preservação da vida humana. “Esse negócio de separar o lixo é bobeira, não penso nisso não”, “se jogar um ou dois papeizinhos no chão não pega nada”, “não tenho vontade em trabalhar com um projeto de horta”.

Quando questionados sobre, o que mais dificulta o seu viver, encontramos as seguintes respostas:

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Os maiores problemas em seu bairro são a saúde, segurança, esgoto, encanamento de água, luz nos postes, segurança, união, policiamento, políticos e traficantes, tudo e nenhum.

“As pessoas pois elas jogam lixo nas ruas, depois reclamam que a rua esta cheia de lixo, pois nós mesmos temos que zelar pelo lugar onde moramos”.

“tem muitos problemas mais eu creio que pode melhorar”.

“é a falta de investimento da parte dos governantes, na área social”.

“Não pode fazer barulho se não paga multa, a dificuldade da vida é quase tudo, mais você correndo atrás por mais que seja difícil. Quem quer consegue”.

“Área do lazer”.

“O que dificulta é a falta de emprego”.

“Não ter uma casa própria para morar”.

“tem muitas coisas... bagunça na rua que eles não tem hora para acabar e acaba que atrapalha quem trabalha, pessoas que adora falar da vida das pessoas sem nem se quer saber nada”.

“namorar com uma pessoa e ela morar longe aí dificulta um pouco, um não confia no outro”.

“dificuldade é o desemprego no nosso bairro isso dificulta nossas vidas”.

“falta de policiamento e falta de assistência médica.”

“a união do zelo do prédio”.

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“falta de emprego, transporte coletivo tem mais ainda demora muito, unidade de saúde, uma praça adequada para todos, com laser para todos, farmácia, tudo que um centro comercial precisa”.

“a falta de policiamento”.

“povo na rua até altas horas fofocando da vida das pessoas, apenas isso!”.

“quero terminar os estudos para arrumar um emprego”.

“não ter emprego e ser humilhado tira a minha dignidade como homem”.

Quadro de planejamento:

– QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO - 8ºtermoA –

Fala significativa:

Não ter emprego é ser humilhado, tira a dignidade. As pessoas acham que você é um desocupado e ficam fofocando.

Obs.: a negação expressa é a falta de emprego, portanto o desemprego

Superação da fala / contratema (objetivo Geral):

Não ter um emprego nos dias de hoje não é culpa do (a) trabalhador (a). Não são as pessoas que são desocupadas, mas o modelo de política econômica que produz um exército de desempregados (as).

Problematização Micro

Problematização Macro

Eixos do

Conhecimento Conteúdo Micro Conteúdo Macro

Observáveis / (Objetivos Específicos)

A saúde dos educandos de nossa escola está afetada pelo desemprego?

O desemprego pode prejudicar a saúde?

Quais as maneira de prevenção e

Memória e Territorialidade

*Desigualdade na cidade: centro x periferia

*Pesquisa de tipos de trabalho que são exercidos por vizinhos, amigos e parentes

*O mundo do trabalho nos contextos políticos e sociais”

História do trabalho e do emprego/desemprego, observando os índices ao longo dos últimos 30 anos

Compreender as questões promotoras da desgiauldade na cidade: centro e periferia.

Compreender a historia pessoal, articulada com

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Quais as substâncias utilizadas pelos educandos (as) no trabalho informal? Quais seus riscos para saúde e meio ambiente? Como reagem esses produtos?

Quais são os índices de desemprego de SBC?

Como a falta ou a presença do emprego interfere na economia doméstica?

De que forma os estudantes buscam emprego?

Você realiza alguma atividade que gera renda? Como é a organização de trabalho nessa atividade? Existe alguma situação que

tratamento para doenças ocasionadas pelo desemprego ou pelo emprego?

Quais são os índices de desemprego do país?

Quais as condições macro econômicas que interferem na oferta de emprego?

Quais as possibilidades de emprego para pessoas com baixa escolaridade?

Qual é a diferença entre emprego e trabalho?

Como o trabalho é entendido ao logo da história?

O crescimento constante de tecnologias provoca alterações no mercado de trabalho?

*Desigualdade no país

*Globalização em diferentes períodos históricos

os percursos históricos da sociedade brasileira

Meio Ambiente e Saúde

*Impactos ambientais e sociais da indústria de SBC

Pesquisa de produtos utilizados no trabalho informal dos educandos.

Pesquisa entre os educandos do impacto do desemprego em sua saúde mental.

Políticas públicas locais voltadas para saúde mental dos (as) trabalhadores (as).

Relação entre desemprego e condições de saúde.

Reações químicas entre produtos utilizados em serviços informais como: funilaria, de tintura e produtos de limpeza.

O tratamento de doenças mentais (causadas pela crise) realizado no Sistema Único de Saúde.

Redes de Proteção Familiar e Social, Centros de Referência de Saúde do Trabalhador, Recursos Comunitários (como o Centro de Valorização da Vida) na prevenção e tratamento de doenças mentais ocupacionais e causadas pelo desemprego.

Reconhecer a importância do fortalecimento do SUS na luta contra as doenças relacionadas com a saúde mental provocadas pelo desemprego.

Compreender a relevância das Redes de Proteção Familiar e Social, dos Centros de Referência de Saúde do Trabalhador, dos Recursos Comunitários (como o Centro de Valorização da Vida) na prevenção e tratamento de doenças mentais ocupacionais e causadas pelo desemprego.

Diferenciar os efeitos para saúde do

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fragiliza a sua saúde nessa atividade de geração de renda?

Essas atividades de trabalho são organizadas por quais tipos de movimentos físicos? Quais são as expressões corporais exigidas nessas atividades de trabalho?

Quais as atividades de lazer mais usadas por vcé pelos amigos(as) que estão nesse condição de desemprego?

Ao longo da sua história quais foram as suas relações de trabalho? Quais conhecimentos construiu

O conhecimento de “novas” tecnologias possibilita melhor inserção no mercado de trabalho?

O posicionamento político diante de questões nacionais e internacionais, interferem na oferta de empregos?

Qual é a relação entre qualificação profissional e o desemprego?

Quais profissões que empregam mais no Brasil?

Efeitos na saúde mental do desemprego de curta duração e o de longa duração. Doenças físicas ocasionadas pela saúde mental.

O Efeito de Rótulos, como agravante de tratamento de doenças mentais.

Relação entre o abuso de álcool e outras drogas com o desemprego e suicídio.

Diferenciação de ansiedade e tristeza momentânea de outras doenças mentais causadas pelas tensões econômicas.

Analise de rótulos dos produtos químicos utilizados pelos (as) educandos (as) nos trabalhos informais ou formais.

desemprego de curta duração e o de longa duração.

Compreender a relação entre o abuso de álcool e outras drogas com o desemprego e suicídio.

Identificar os perigos do efeito dos rótulos sobre a saúde mental na atualidade.

Diferenciar a ansiedade e tristeza momentânea de outras doenças mentais causadas pelas tensões econômicas.

Entender como a saúde mental do empregado e do desempregado pode afetar a saúde física.

Identificar a incompatibilidade entre

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as funções ocupacionais e os projetos individuais de vida como fator de risco para desencadear

doenças mentais.

Reconhecer os impactos ambientais e sociais causados pelas indústrias.

Identificar os usos, perigos e cuidados na manipulação de produtos químicos utilizados nos trabalhos informais ou formais dos educandos.

Compreender que os produtos químicos, utilizados no trabalho, reagem e que a formação de determinadas misturas pode prejudicar a saúde e o meio ambiente.

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Cultura e Trabalho *Desemprego no ABC

*Debates sobre o tema no Brasil

*Desemprego no país

*Tipos de desemprego

Multiculturalismo e as relações da cultura de massa, com produção, consumo e trabalho.

Lin

guag

ens

Oral

Vivências dialógicas de entrevistas de trabalho;

Planejamento, desenvolvimento e aplicação dos discursos (debates, seminários, entrevista)

Escrita

*Pesquisa e relatórios sobre o tema

. Curriculum em escrita no micro

Artigos de opinião, crônicas

Tecnológica

*Conhecimentos básicos para utilização do computador e seus aplicativos;

*Elaboração de Curriculum

*Pesquisa e exploração na internet para busca de trabalho.

*Tecnologias e Trabalho: Uso/,

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vitae; procedimentos, profissões e inferências tecnológicas no mundo do trabalho.

Corporal Como se comportar em uma entrevista de emprego;

A imagem é importante em um mundo de aparências

As práticas de lazer em praça no Brasil.

Ginástica Laboral e ginástica Compensatória.

Entender a importância da ginástica labora

Matemática

*Os índices de desemprego no ABC;

*Cálculo de seguro desemprego; horas de trabalho, remuneração e FGTS;

*Juros, empréstimos, matemática financeira;

*São Bernardo x a Economia do País.

*Porcentagem, gráficos, interpretação de dados.

Compreender e resolver cálculos com as operações básicas (adição, subtração, multiplicação, divisão) nos cálculos que envolvem o mundo do trabalho (salário, férias, horas extras, etc.).

Leitura, interpretação e elaboração de gráficos e tabelas.

Cálculos com porcentagem, regra de três, fração e juros simples.

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Turma Ciclo V Final: 8º Termo B

Caracterização

Professora Coordenadora: Luciana do Nascimento Dantas de César

A turma está constituída por um número grande de matriculados, trinta e cinco até o presente momento, sendo que vinte e um, a maioria, são do sexo masculino, para quatorze educandas, sendo que duas estão gestantes e nenhum aluno apresenta necessidades educacionais especiais. A faixa etária é composta exclusivamente de jovens/ adolescentes, varia entre 16 e 22 anos.

Após preenchimento de um questionário, armazenado no Google Drive, foi possível constatar que: os (as) educandos (as) são em sua maioria nascidos em São Bernardo do Campo, alguns nasceram no município de São Paulo, e uma pequena parte é proveniente da região nordeste do país, Bahia e Pernambuco. Residem nas proximidades da escola sem a necessidade do uso de transporte coletivo para vir ou voltar para suas residências. Os bairros citados foram Jardim Nazaré, Montanhão, Vila Esperança, Ferrazópolis, Pedreira, Jardim Regina, Vila São Pedro, Jardim Limpão e proximidades. A maioria declarou que gosta do bairro onde mora e que há água encanada, energia elétrica e escolas; alguns alunos não se sentem seguros nos mesmos, por falta de policiamento ou pela presença da polícia. “Falta segurança, é complicado sair tarde daqui para subir o moro”, “meu bairro não tem segurança”. “Odeio a polícia. Eles chegam na ignorância com a gente. ” “Se a polícia me matar, não fizeram mais do que a obrigação deles, apanho muito porque fumo maconha. ””Sempre sofro enquadro, já me falaram inclusive que se eu andar sem documento de novo irão me matar”. Os itens que os (as) educandos (as) mais sentem falta no bairro em que residem são UBS, pronto socorro, posto policial, ambientes de lazer e prática de esportes como parques, praças e ginásio poliesportivo. “Onde moro tem várias tretas por causa dos bailes, é muito barulho”. Reclamaram também da limpeza urbana, “as ruas têm lixo para todo lado”, o que mais me incomoda aonde moro é a poluição”.

Apenas três educandos (as) declararam possuir vínculo empregatício e conta bancária, inclusive, com carteira de trabalho assinada, sendo que o restante declarou que não está trabalhando, mas está em busca de emprego, alguns trabalham esporadicamente, e uma educanda é autônoma. Desempenham funções como atendente, lava rápido, repositor em supermercado, sushiman, gesseiro, ajudante de pedreiro, pintor, entre outros.

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Informaram que permaneceram fora da escola entre um e cinco anos; que a escola anterior era regular e o que os motivou a deixá-la foram problemas maiores, como gravidez, mudança para outro estado e necessidade de trabalhar. Alguns alunos já estudaram no Olegário, os motivos apontados pela desistência foram: desânimo, falta de esforço, problemas de saúde e trabalho. Relataram ainda que voltaram a estudar porque precisam elevar a escolaridade para conseguir trabalhar e querem continuar estudando para propiciar a si e seus familiares melhores condições de vida, “com a minha escolaridade só consigo limpar chão”, "quero dar um futuro melhor para minha família". “Meu maior problema é a falta de trabalho, ter que depender dos outros para comprar o que quero”. Ficaram sabendo da escola por indicação de outras escolas e de amigos, um aluno contou que recebeu um panfleto.

Usam o tempo livre para assistir televisão, ficar com a família e amigos, empinar pipa, jogar bola e navegar pela internet, aos finais de semana, uma parte considerável do grupo declarou, na sala de aula, frequentar bailes funk e fazer uso de cigarro, bebidas alcoólicas, maconha, doce (LSD), bala (ecstasy) e lança perfume. “Maconha faz bem porque é natural, só vocês que não conhecem que ficam aí falando mal”, “sexta não venho para escola porque é dia de ficar doidão”. “Nos bailes tem doce fácil, fico ligadão”. “Droga é uma magia no nosso cérebro pra curtir melhor o baile”.

Têm como fontes de informação a televisão, internet, amigos e escola. Não souberam esclarecer suas opiniões sobre a política, entretanto, a consideram relevante para o país; o aluno Celiomar declarou que “eles só querem saber de roubar e não fazem nada para melhorar a nossa vida”. Declararam que acham que política e votar é importante para ajudar a decidir os governantes. Grande parte dos alunos considera que não apresenta alimentação balanceada. "Não como direito por falta de tempo", “como bolacha o dia todo”, “vivo só de porcaria”, “não gosto de comer verduras ou frutas”, apontaram que não têm horários definidos para alimentação, “só como quando me dá fome".

Sobre o quesito religião dois alunos declaram-se como católicos, cinco como protestantes e o restante declarou não ter religião, alguns inclusive relataram conflito com os familiares por não pertencer a religião da família. “É impossível conversar com o pessoal lá em casa, tudo crente, não me deixam fazer nada e ainda querem me obrigar a ir para igreja, venho para escola para fugir”. Muitas educandas são mães e apresentam como dificuldade para estudar deixar os filhos com alguém da família ou amigos.

Os educandos declararam praticar esportes, frequentar academias e jogar bola com os amigos frequentemente, já uma parte das educandas realiza caminhadas e a outra não se exercita. A maior parte dos (as) educandos (as) admite não ter o hábito de leitura fora da escola, apesar do tempo livre, principalmente aos finais de semana, declarado pela maioria para realizar tarefas escolares.

As dificuldades apontadas para continuar os estudos foram: conciliar o estudo com os afazeres domésticos e o cuidado com os filhos, alguém que fique com as crianças no período da escola, conciliar os horários da escola com o trabalho, o cansaço, falta de vontade, preguiça e desmotivação. “Tenho sempre que encontrar alguém para cuidar das minhas filhas”, “Ficamos muito cansadas com as tarefas de casa, aí na escola temos preguiça”.

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O relacionamento interpessoal do grupo é muito positivo, acolheram os que foram matriculados posteriormente, realizam tarefas em grupo sem reclamações. Apesar dos depoimentos positivos sobre a escola, “sinto muito bem aqui”, “não vou querer ir embora no meio do ano”, alguns alunos demonstram-se desanimados, “não vejo a hora disso acabar”, “não tenho expectativas em relação à escola, só quero me formar”, “tomara que eu não precise me esforçar muito”, outros ainda passam um tempo considerável pelos corredores.

É uma turma muito participativa nas atividades propostas, assim foi realizado inicialmente um exercício de reflexão da Língua Portuguesa como língua materna e provedora de nossa comunicação cotidiana. O exercício de cruzadinha foi satisfatório, pois é uma turma que aprecia atividades desafiantes.

Assim, iniciou-se a sistematização da estrutura textual quanto às questões básicas de construção até o desenvolvimento de temática. Levando em consideração a temática de reflexão do cotidiano destes educandos, foi realizada a produção de crônica para que relatassem um fato marcante em suas vidas. Com a leitura individual dos rascunhos para a escrita do texto definitivo, constatou-se que os educandos conseguem articular bem as palavras, frases e parágrafos. Cometem poucos erros ortográficos e poucas falhas gramaticais.

Quanto à leitura, são educandos críticos nos temas abordados e necessitam de pouca intervenção na interpretação de textos. Leem bem coletivamente e são muito expertos nas revisões gramaticais e aplicabilidade no cotidiano.

Com relação ao conhecimento de matemática, os educandos (as) aprendem com facilidade, possuem estratégias de cálculo mental. No entanto, muitos possuem dificuldades em estruturar as operações de divisão, principalmente quando relacionado ao contexto dos números racionais. Possuem o hábito de utilizar a calculadora para a resolução desses cálculos. Conseguem realizar as operações de adição e subtração no contexto dos números inteiros, quando relacionados com situações financeiras. As operações de multiplicação e divisão de números inteiros não são compreendidas, pois envolvem regra de sinais. Grande parte dos estudantes possui compreensão sobre as noções de grandezas e medidas, conseguem resolver situações- problema que envolve essas grandezas, mas sentem dificuldades nos cálculos que envolvem a transformação de medidas. Possuem noções relacionadas aos polígonos. Leem e interpretam de forma satisfatória as informações constantes em gráficos e tabelas. Realizam cálculos simples que envolvem porcentagens com estratégias mentais.

Alguns educandos (as) acreditam que AIDS se pega pelo beijo, saliva ou sentar no vaso sanitário; outros ainda não souberam explicar como acontece a transmissão. “Se pega AIDS por vacinas”. Conhecem poucos métodos anticoncepcionais, os citados foram: DIU, camisinha e injeção. Assumem que não fazem uso de preservativo. “Aqui é só no pelo”. Em uma roda de conversa, realizada no pátio, a maioria das educandas presentes colocou que tem medo da segunda ou terceira gravidez, que não têm o hábito de usar preservativos e nem fazer exames rotineiros. “Prô, morro de medo de engravidar de

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novo”, “namoro já tem dois anos, sei quem ele é, não tem porque me preocupar com exames ou camisinha”, “usar camisinha é chupar bala com papel”. “Para ter vida sexual saudável é só fazer muito sexo com alguém confiável”.

Apresentam facilidade para elaborar hipóteses para os fenômenos naturais. Reconhecem a importância da vacinação. As doenças apontadas pelo grupo como mais frequentes, no bairro em que vivem, foram: dengue, infecção urinária, leptospirose, cirrose e viroses. Não reconhecem os riscos do abuso do álcool e de outras substâncias no sistema nervoso, somente os problemas a longo prazo causados no fígado. Não compreendem o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos. Relacionam informações apresentadas em diferentes formas de linguagens e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas e esquemas.

O grupo apresenta facilidade em processamento de dados (informática) e familiaridade com a internet, uma vez que a maioria acessa as redes sociais diariamente. Um grupo no WhatsApp foi criado, para melhorar a interação entre os alunos. No grupo é comum os meninos postarem fotos com bonés, relógio, camiseta de marca, carros e com bebidas alcoólicas.

Após ouvir e discutir a música dos Racionais, “A Vida é um Desafio”, a partir do trecho: “É necessário sempre acreditar que o sonho é possível /Que o céu é o limite e você, truta, é imbatível” foi feito o levantamento dos sonhos dos estudantes. Informaram que têm como projeto de vida ser pequeno empresário, alguns alunos pretendem fazer cursos técnicos, faculdade, ter casa própria, carro, sua família. “Meu sonho é trabalhar”. Muitos educandos (as) acreditam que o sucesso vem do esforço da individualidade. “Se eu estudar muito serei bem sucedido”, “meus sonhos dependem apenas de mim”, “tem muito preso no Brasil porque não quiseram conquistar seus princípios pelo trabalho preferiram ir para o crime. ”

Uma das frases que mais chama a atenção é: “Eu quero ser rico, ter carro e muitas mulheres”, é uma fala que representa o grupo nas questões relacionadas ao consumismo, como a imagem da mulher como objeto, reforçada durante um Círculo de Cultura: Abuso Sexual, Assédio e Outros Tipos de Violência, apareceram as seguintes falas: “Se a novinha me mandar fotos sem roupa eu compartilho mesmo, ninguém mandou ela mandar”, “Se a mina bebeu, cheirou e fumou e está fora de si não tem nada de errado em fazer sexo”, “não tem problema mexer com uma garota na rua, desde que ela seja solteira”, “tem muita garota que procura, usa roupas curtas, não vê como elas vem para escola”, “esse papinho de assédio é besteira, nóis é da favela, não tem frescura”, “as mulheres amam brutalidade naquela hora”, “se a mulher tem o direito de usar a roupa que quiser irei andar nu por aí”, “o problema é que hoje as mulheres não se dão o respeito e querem ser respeitadas”.

Em um outro momento, durante o Círculo de Cultura: A Importância da Educação Dialógica na Prevenção de Violência Sexual, Desigualdade de Gênero e os Cuidados Necessários com Crianças e Adolescentes, surgiram as falas: ”prefiro um filho bandido ou morto do que viado”, “esse negócio de gay é do diabo”, “bato bastante nos meus filhos para eles aprenderem”, “fácil falar que não pode bater em criança, mas você já entrou em uma favela? É gente cheirando, fumando, baforando pra todo lado, o que eu posso fazer senão bater bastante para eles não se desviarem do caminho”, “As escolas querem

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ensinar as crianças a serem gays, se fico sabendo de algo bato na cara da professora da minha filha”, “se meu filho vê uma coisa que eu não posso comprar e começa a chorar dou na cara dele”.

Quadro de planejamento:

– QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO - 8ºtermoB –

Fala significativa:

-“Fácil falar que não pode bater em criança, mas você já entrou em uma favela? É gente cheirando, fumando, baforando pra todo lado, o que eu posso fazer senão bater bastante para eles não se desviarem do caminho? ”

-“Se a mina bebeu, cheirou e fumou e está fora de si, não tem nada de errado fazer sexo.

Obs: A segunda frase, evidencia algo forte na caracterização que é o não respeito para si e para o outro, que pode ser a criança, mulher, envolvido o problema de drogadição numa condição de moradia indigna.

Superação da fala / contratema (Objetivo Geral):

Precisamos nos respeitar, enquanto crianças, jovens e adultos, homens e mulheres, de modo a construirmos uma sociedade mais justa, igualitária, sustentável para todos (as), com as pessoas livres da escravidão do vício, para isso precisamos nos articular e exigir mais atuação do poder público com políticas de fortalecimento e articulação comunitária.

Problematização Micro

Problematização Macro

Eixos do

Conhecimento Conteúdo Micro Conteúdo Macro

Observáveis/

Objetivos Específicos

Quais são as opções de cultura, esporte e lazer no território?

Qual o papel das mulheres de São Bernardo do Campo na luta pelos direi-tos

Por que nas propagandas e feiras de automóveis é comum associação da imagem da mulher seminua?

Memória e Territorialidade

Levantamento das opções de lazer, esporte, atividades físicas e cultura da região.

Histórico de luta pelos direitos trabalhistas em São Bernardo do Campo. A participação feminina pela conquista de

Estudo da formação das grandes fortunas brasileiras.

Escravidão e exploração trabalhista ao longo da história brasileira e atual.

Meios de transportes privados e públicos, abrangência e qualidade no

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trabalhistas?

Quais os locais em que as crianças podem ficar no horário de trabalho e es-tudo das mães e pais?

A região tem Centros Co-munitários no bairro?

Quais as organizações que lutam pela igualdade de gênero na região?

Quais as relações podem ser estabelecidas entre ética no cotidiano e direitos humanos?

Como o funk na comunidade trata a sexualidade da mulher?

Como a família pode

A mulher trabalhando fora de quem é a responsabilidade das tarefas domesticas e da criação dos filhos?

O que é ética?

O que são direitos humanos? Para que servem?

Qual histórico cultural e social que se estrutura o marxismo?

Qual relação existente entre polícia e política?

Como a educação das crianças modificou- se na história da vida privada e pública?

direitos.

Meios de transporte da região.

Pesquisas dos locais da região voltados para atender aos pais trabalhadores no horário de serviço.

Levantamento dos Centros Comunitários da Região.

Organizações que lutam pela igualdade de gênero na região.

História de São Bernardo.

Formação da Cidade e o processo de urbanização.

Brasil e em outros países.

Sociedade do Automóvel.

Modelos Socioeconômicos.

Os setores da economia: primário, secundário e terciário.

Direito das mulheres.

Feminismo

Ética e cidadania

Migração interna e externa;

Políticas públicas e processos de ocupações territoriais no campo e na cidade.

Movimento Sociais por moradia na cidade e pela terra no campo.

Vulnerabilidade Social.

Meio Ambiente e Saúde

Pesquisa dos métodos anticoncepcionais disponíveis nos postos de saúde da região.

Pesquisa do índice de dependentes químicos em São Bernardo do Campo.

Sexualidade- Sistema reprodutor feminino e masculino

Métodos anticoncepcionais e prevenção de DST´s.

Aborto, discussão sobre legalização.

Reconhecer vantagens e desvantagens dos diferentes métodos contraceptivos.

Identificar os principais sintomas e modos de

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contribuir com a não violência?

Quais as DST´s mais comuns da região?

Quais os índices de dependentes químicos em São Bernardo do Campo?

Quais as opções de emprego/estágio para os jovens da região?

Qual é a relação entre o Conselho Tutelar da região e a comunidade?

Como a favela foi constituída no bairro? Em que período, em qual condição?

De onde vieram as

Quais são os direitos e deveres das crianças e adolescentes?

Quais os índices de dependentes químicos no Brasil e em outros países?

Qual a relação entre a negação da dignidade humana e a dependência química?

Como as propagandas e a pressão de grupos influência no consumo?

Por que as pessoas usam drogas? Qual a diferença entre drogas lícitas e ilícitas? O que é uso recreativo, educativo

Levantamento das Políticas Públicas da região para prevenção e tratamento de dependentes químicos.

Abuso sexual, medidas preventivas.

Uso educativo, recreativo e uso abusivo de drogas. Abordagens sobre o uso e abuso de drogas.

Redução de danos causados pelo abuso de drogas.

Os efeitos do uso e abuso de drogas no organismo e na sociedade.

Razões que levam e levaram a humanidade a fazer uso de drogas.

transmissão de doenças sexualmente transmissíveis.

Reconhecer que estímulos externos, como abuso de drogas, automedicação e uso inadequado de hormônios, entre outros, afetam o delicado equilíbrio entre o estado de saúde e o estado de doença.

Identificar os principais efeitos das drogas no organismo humano.

Diferenciar drogas lícitas de ilícitas, bem como as estimulantes das depressoras.

Reconhecer as razões que levaram a humanidade a fazer

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pessoas na sua grande maioria?

Por que as pessoas vieram para SBC?

Quais são as políticas e problemas de moradia na cidade de SBC?

e abusivo de drogas?

Como reduzir os impactos do abuso de drogas na sociedade e na saúde?

Quais os cuidados que devem ser tomados em relação ao uso de dro-gas por criança e ao adolescentes?

Quais as vantagens e desvantagens dos diferentes métodos anticoncepcionais?

De que maneira podemos nos prevenir das DST´s?

Existem funções de homens e mulheres?

uso de drogas.

Conhecer a Redução de Danos como estratégia para o tratamento da dependência química.

Cultura e Trabalho

Pesquisa das opções de emprego e estágio para o público jovem na região.

*Desemprego na região do ABC.

*Desconcentração Industrial.

*Cooperativismo na região.

*Desemprego no país

*Tipos de desemprego

Multiculturalismo e as relações da cultura de massa, com produção, consumo e trabalho.

Lin

gua

gen

s

Oral Debates sobre como educação familiar

Organização e desenvolvimento de argumentação para o discurso.

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Quais os programas federais voltados para a profissionalização do público jovem?

Agressão física é a melhor maneira de educar? Quais as outras maneiras?

O que diz o ECA e demais legislações sobre os deveres da família com as crianças e adolescentes?

O padrão de consumo americano influência o padrão de consumo brasileiro?

Como usar o conhecimento matemá-tico para não

Vivências dialógicas de entrevistas de trabalho;

Projeto de vida( debates, seminários, entrevista)

Escrita

Entrevista entre os (as) educandos (as) so-bre consumo.

Pesquisa sobre a igualdade de gênero no mercado de trabalho da região.

Artigos de opinião, crônicas

Tecnológica

Pesquisas na internet sobre as políticas públicas para prevenção e reabilitação dos usuários de drogas na região.

*Pesquisa e exploração na internet para busca de trabalho.

Tecnologias e Trabalho: Uso/, procedimentos, profissões e inferências tecnológicas no mundo do trabalho.

Programas do Office utilizado no mundo do trabalho

Corporal

Atividades físicas que atendam a demanda do público jovem, experiências de esporte e lazer. em esporte: jogos de basquete, futebol, vôlei, ping-pong, pebolim

Teatro do Oprimido.

Jogos coletivos

Os benefícios da atividade física para saúde

Ginastica laboral

Conhecer atividades físicas que atendam a demanda do público jovem, experiências de esporte e lazer. em esporte: jogos de basquete, futebol, vôlei, ping- pong, pebolim e realizá-las.

Entender a relevância

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ser enganado por fal-sas promoções e propagandas?

Existe diferença no salário de homens e mulheres?

Como procede a ocupação nas cidades diante dos processos de migração?

Quais são os problemas da ocupação desordenada? Como organizam-se os movimentos de moradia na cidade e no campo, observando o território brasileiro?

Quais são as políticas de moradia no Brasil?

dos jogos coletivos (futebol e vôlei) e praticá-los.

Compreender os benefícios da atividade física para saúde.

Entender a importância da Ginastica laboral e praticá-la.

Matemática

*Os índices de dependentes químicos em São Bernardo;

*Os índices de violência contra crianças e adolescentes no ABC;

*Juros, empréstimos, matemática financeira;

*Os índices de dependentes químicos no Brasil;

Os índices de violência contra crianças e adolescentes no Brasil.

Os números que se relacionam com as ocupações nas cidades.

Compreender e resolver cálculos com as operações básicas (adição, subtração, multiplicação, divisão).

Compreender os cálculos com porcentagens, regra de três, expressões algébricas e equação.

Entender, ler, interpretar e elaborar gráficos.

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Turma 47º Peíodo Matutino

Professora Mírian Sibele

Caracterização

Iniciamos a 47º turma do PEAT no dia 07 de fevereiro de 2017 na E.M. Olegário José de Godoy. O grupo da manhã possui 19 alunos na lista, 11

meninos e 8 meninas. Os alunos Carlos e Carolina vieram da 46° turma para refazerem uma parte do curso até reporem as faltas/conteúdos pendentes, mas o Carlos não apareceu e Carolina apenas duas vezes durante o mês de fevereiro. Três alunas declararam-se casadas (vivem junto aos parceiros) e uma delas já é mãe de um menino de 1 ano e 9 meses.

Nesse grupo Carolina de Jesus (turma 46) está matriculada no CAGECPM a tarde em nossa unidade escolar, mas não está frequente, justificando

problemas com o cartão legal. Escolaridade do grupo: Fundamental II 7º ano: 2 alunos; 8º ano: 2 alunos; 9º ano:2 alunas; Ensino Médio: 1º ano: 3 alunos; 2º ano: 3 alunos; 3º ano: 3 alunos. 11 alunos já reprovaram uma ou mais vezes e 3 alunos nunca reprovaram. Nenhum dos responsáveis entrevistados possui nível superior, a maioria cursou até o fundamental I e II. Local de nascimento dos alunos: São Bernardo do Campo: 10 alunos/ São Paulo: 2 alunos/ Diadema 1 aluno e Santo André: 1 aluno. Bairros em que residem: Alves Dias, Boa Vista, Cooperativa, D.E.R., Jardim Claudia, Jardim do Lago, Vila São José Riacho Grande e Taboão. Com quem moram: Pai, mãe e irmãos: 4 alunos

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Mãe e irmãos: 2 alunos Apenas com a mãe: 5 alunos Apenas com o pai: 1 aluno Marido: 3 alunas Serviços que seu bairro não possui e gostariam que tivesse: Cultura, ter mais incentivo ao esporte, ter quadra e asfalto na rua (Riacho Grande e Jardim do Lago), ONG para ajudar pessoas que passam

dificuldades, Movimento Social (Santa Cruz), praça para as crianças brincarem, quadra, esgoto, UPA (Vila São José) O que os incomoda no local onde vivem: Falta de policiamento e vandalismo, muito morro e mato, funk, demora do ônibus e balsa, drogas, mau atendimento na área da Saúde. Questionados sobre sua cor de pele 5 alunos se declararam brancos, 4 morenos , 4 pardos, 1 negro. Problemas de saúde: Jeicy tem asma, Carolina tem problemas de visão, precisa usar óculos mas não tem dinheiro para comprar, Bruna tem

bronquite e Thais desvio de coluna e perda auditiva leve. Religião: Católicos: 5; cristãos: 2; evangélicos 4; nenhuma religião: 3; umbandista: 1 O que fazem como lazer: Cinema, andar de skate, soltar pipa, jogar bola, vídeo game, ir a festas, shopping, sair com amigos, ouvir música, usar o celular, cozinhar e comer,

praticar esporte, passear com o filho, ir a praia. 3 alunos declararam que frequentam a igreja e um aluno o grêmio. Os estilos musicais que esse grupo aprecia são: Sertanejo, eletrônica, pagode, funk, rap, pop, black , forró, hip hop, rock, gospel, samba, reggae, brega. A maioria dos alunos declarou interesse em participar de atividades culturais na escola como: Roda de música, tocar instrumentos, dança, ir ao teatro, passeios, museus, parques, oficinas e palestras sobre saúde. 5 alunos declararam não gostar de ler por: “não ter paciência; nunca ter lido um livro de verdade; ter preguiça e ter muita dificuldade em

entender”.

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Os demais alunos apreciam ler os estilos: HQ, mitologia, aventura, terror, ação, romance, comédia, suspense, letras de músicas e mensagens do whatsapp.

A maioria dos alunos declarou gostar de ouvir histórias contadas por outras pessoas, mas 4 alunos não gostam. O grupo busca informações e notícias em: jornais de TV, internet, redes sociais, livros e rádio. Questionados sobre se exercem participação política, a maioria diz não gostar, não entender, achar inútil, apenas 1 aluna afirmou simpatizar com o

assunto. Em informática, a grande maioria não conhece o pacote Office. Acessam a internet pelo celular, wifi, e computador (poucos possuem em casa).

Questionados sobre o que entendem de internet disseram: google, facebook, youtube, e para pesquisar. O que gostariam de aprender em informática: Mexer nos sites, programação e edição, pacote Office, jogos e programas, baixar músicas e vídeos, tabelas e gráficos, fazer compras, e houve quem

declarou que não gosta da área. As expectativas que possuem em relação ao curso são: aprender mais, convivência com as pessoas, perder a vergonha, ser frequente, desenvolver

os pensamentos, cumprir com as metas do curso e escola, aprender sobre o mercado de trabalho e ampliar o conhecimento; fazer amizades. O que esperam aprender com o curso: administração; melhor comportamento e maneiras; conhecimento; coisas importantes para a vida pessoal e

profissional; como entrar no mundo do trabalho; como se comportar numa empresa e numa entrevista; comunicar-se melhor. Questionados sobre a maneira como aprendem o grupo respondeu: Anotando; escutando e praticando; olhando; conversando; criando teorias e expandindo a mente; tendo atenção; lendo e olhando; lendo e

escrevendo; observando, escutando, lendo e errando. O que mais gostam na escola: -Das pinturas que os alunos fizeram; do atelier por ser um lugar calmo; dos diálogos com a sala; da comida; sala de informática; de tudo; o espaço

do local; da biblioteca. Através das entrevistas com os responsáveis, percebi que a característica comum desse grupo é a situação de vulnerabilidade econômica (pais e

mães desempregados ou ganhando muito pouco para arcar com as despesas da família). Durante conversas informais com os alunos estou descobrindo que alguns já tiveram ou tem envolvimento com drogas ou tráfico. O que planejam estudar e seus Sonhos: O sonho deste grupo de alunos é ter uma vida melhor, estudar, trabalhar, ajudar a família e para alguns alunos ter seu próprio negócio.

Demonstram desejos de possuir bens materiais, e de constituir uma família. Algumas de suas falas:

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“Meu sonho sempre foi ser jogador de futebol, ainda acho que tenho chances, mas pela necessidade meu sonho é bem mais baixo, mas é algo que me fará muito feliz ter um trabalho digno com um ótimo salário, criar minha família no futuro e de resto vai se desenvolvendo, vou vivendo e aprendendo”. (André)

“Ser um excelente chefe em gastronomia, abrir uma instituição para crianças e jovens, abrir uma instituição para mulheres, ter uma bela e maravilhosa família”. (Celso)

“Encontrar a felicidade, viver na paz, ter uma vida com a pessoa que amo, fazer história no mundo” (Guilherme) “Meu sonho é começar a trabalhar para ser independente, ter a minha casa, um carro, me casar, ter uma filha e fazer uma faculdade ou de medicina

ou de direito”.(Jeicy) “Terminar meus estudos e fazer minha faculdade de veterinária, conquistar minha casa junto com meu marido e ver meus irmãos formados, casar,

conquistar um carro”.(Sarah) “Terminar meus estudos, trabalhar, ter a minha família comigo, fazer a faculdade de veterinária, dar o melhor de mim para os meus filhos, ajudar o

próximo e montar uma ONG para cães” (Thays) “Sobre meu sonho profissional quero muito fazer uma faculdade de odontologia, mas um sonho que eu tenho mesmo é com música, amo muito

cantar e quero muito aprender a tocar violão e teclado porque não sei como explicar mas quando eu canto me sinto livre, me sinto realizada, cantar me acalma e ouvir o som do violão me deixa aliviada mesmo que ninguém me apoie a fazer uma aula de canto, violão e teclado pelo fato de dizerem que não dá futuro pra ninguém eu não vou desistir, não pretendo ser profissional mas quero aprender nem que seja o básico”...(Graziella)

Através de uma dinâmica, perguntamos quais eram as dificuldades para a concretização desses sonhos e algumas falas significativas estão

registradas a seguir: -“tem a dificuldade financeira de não ter dinheiro para fazer um curso, tem a dificuldade do transporte” -“para realizar meu sonho de ser engenheiro é preciso eu estudar muito e fazer uma faculdade...” -“ser sábio, então vou precisar ler muito, pesquisar, os “nãos” que irei receber, as lutas que irei participar” (Guilherme) -“tenho que terminar meus estudos, tenho que trabalhar para pagar minha faculdade, tenho que economizar” -“problemas pessoais e os problemas no trabalho, às vezes a falta de oportunidades e as barreiras que a vida traz fora o cansaço e a exaustão”.

(Jeicy) -“as dificuldades são muitas já a começar desde agora, precisa de muito esforço, dedicação, estudo, mas acho que fazendo tudo com maior

empenho e pensando o quanto isso vai ser bom futuramente, as dificuldades iremos vencer e lá na frente iremos olhar por tudo o que passamos e se sentir orgulhoso” (André)

-“Não desistir com as dificuldades que encontrarei na caminhada”

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-“As dificuldades para impedir meu sonho na parte profissional e as demais, tá sendo a falta de condição, mas creio que com o tempo eu vá conquistar tudo que preciso”.(Graziella)

Quadro de planejamento:

- QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO –

Fala significativa:

”Encontrar a felicidade, viver na paz, ter uma vida com a pessoa que amo, fazer história no mundo.” “Tem a dificuldade financeira de não ter dinheiro pra fazer um curso, tem a dificuldade do transporte”.

Superação da fala / contratema (Objetivo Geral):

Desvelar a realidade, ter uma visão crítica do mundo.

Problematização Micro

Problematização Macro

Eixos do Conhecimento Conteúdo Micro Conteúdo Macro Observáveis/

Objetivo Específico

O que entendo por vida boa?

O que é felicidade?

Qual a quantidade de dinheiro preciso para ser feliz?

Como o dinheiro passou a ter valor de troca?

Porque o trabalho é trocado por

É possível ser feliz com pouco dinheiro?

Qual a origem do dinheiro?

Qual a origem do salário?

O que é trabalho?

Toda vez que recebi dinheiro eu trabalhei?

Como vivem as

Memoria e Territorialidade Identidade pessoal; significado dos nomes; local onde vivem.

Formação do povo brasileiro.

Valorizar sua

identidade, origem,

etnia;

Reconhecer-se na

formação do povo

brasileiro;

Conhecer o entorno

da escola;

Compreender as

especificidades de

atendimento da

escola

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dinheiro?

Existe trabalho sem remuneração?

pessoas mais ricas do mundo?

Como vivem as pessoas mais pobres do mundo?

Meio Ambiente e Saúde

Consumismo (o que é necessidade e o que é desejo?); gravidez na adolescência; uso de drogas.

Conceito de saúde, qualidade de vida; efeito das drogas, alimentação e autocuidado.

Perceber a

manipulação

consumista;

Refletir sobre o apelo de consumo e padrões estéticos e de classe social;

Cultura e Trabalho

Diferença entre trabalho e emprego; transição do trabalho escravo para o trabalho assalariado; CLT, terceirização, direitos trabalhistas; o que é Estágio; noções de rotinas administrativas; ética, respeito e solidariedade; assédio moral; bullying.

Trabalho e emprego; organização dos trabalhadores.

Compreender as questões que envolvem o trabalho das leis as relações interpessoais;

Lin

guag

ens

Oral

Significado e tipos de comunicação verbal: oral, escrita, corporal; saber ouvir com atenção; argumentar, expressar suas ideias, evitar gírias.

A comunicação no mundo do trabalho

Que os educandos e

educandas tenham

uma argumentação

mais apropriada em

situações formais;

Escrita Fazer anotações, resumos, redação.

A escrita com sistematização do trabalho.

Desenvolver a

capacidade escritora

em diferentes gêneros

e para diferentes

ações – escrever para

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escola, para o

trabalho, para a

família;

Tecnológica Saber usar o Word, Excel, PowerPoint, pesquisas na internet.

As novas tecnologias no mundo do trabalho.

Fazer uso das

ferramentas

tecnológica (pacote

Office) com

autonomia;

Utilização da internet

para pesquisas

Tratamento ético no

usos das redes sociais;

Corporal Postura para o trabalho expressar-se com o corpo; cooperação, colaboração.

A linguagem corporal expressa de vida e trabalho.

Expressar-se

corporalmente.

Matemática Planilha pessoal de gastos; orçamento com a bolsa auxílio de estagiário.

Consumo consciente; orçamentos/ salários- origem.

Que os educandos e

educandas reflitam

sobre consumo e gasto

consciente

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PEAT Turma 47º

Peíodo Vespertino Professora Waldirene Rodrigues de Oliveira

Caracterização

A 47ª turma do período da tarde do Programa de Educação do Adolescente para o Trabalho tem vinte dois jovens, sendo quatorze moças e oito

rapazes. A turma é frequente, ainda que as segundas-feiras duas educandas estarão ausentes, pois fazem acompanhamento psicológico no C.A.P.S. e uma terceira educanda que está com dificuldades de organização em relação a escola regular, curso no PEAT e um filho que está na creche, que por questões de adaptação ao encontrar a mãe fica apegado e durante a noite acorda diversas vezes para mamar no peito. A mesma tem descrito sua dificuldade de manter-se concentrada e acordada para as atividades diárias, ocasionando em muitas faltas na escola regular e no PEAT.

São diversas as organizações familiares. A educanda F. mora em abrigo, o pai não convive com a família e a mãe é alcoolista, tem contato com a família indo visitá-los em alguns finais de semana. O educando L. tem sua guarda com o primo, uma vez que desconhece a figura paterna e sua mãe tornou-se moradora de rua por conta do uso de diversas drogas, a educanda T. vive com os madrinha/tia, o pai trabalha no interior de São Paulo e sua mãe faz uso de álcool e outras drogas vivendo em alguns períodos com os familiares e outros nas ruas. A educanda A. que foi citada acima é mãe e mora com o pai de seu filho na casa de sogra, porém cresceu na guarda o pai, a mãe abandonou os filhos está presa por trafico e roubo.

A educanda N. vive num quintal com quartos e casas semi-separadas com vinte quatro pessoas. Sendo cinco adultos que são: seu pai e mãe, tio e tia e avó materna, e os demais são crianças sendo ela a mais velha dos menores de idade. A educanda L. vive com a irmã possui problemas de relacionamento agressivo com a mãe, o Educando C. mora com o pai e a irmã com a mãe mesmo vivendo em ambientes separados se relacionam morando inclusive no mesmo bairro. O educando P. foi criado pela avó assim como seus quatro irmãos, a mãe é alcoolista, vive na casa frequentemente bêbada e agressiva. Quatro educandos (as) moram com irmãos/irmãs, mãe e pai, outros dois com mãe, padrasto e irmãos e irmãs, e dez educandos (as) vivem com irmãs/irmãos e a mãe como arrimo de família.

Ainda que a figura feminina seja referência emocional e de sobrevivência financeira, na maioria das composições familiares, em varias conversas tanto das moças quanto dos rapazes o machismo se coloca: “Mulher anda de roupa curta, por isso acontece coisas”, “Os homens tem que pagar as coisas pra gente mesmo”, “quando o menino não quer sair a gente diz que ele é gay”. A maioria dos educandos e educandas ao ouvirem piada machista a considera engraçada e até verdadeira.

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Quanto à escolaridade das famílias de modo geral, algum filho ou filha, em geral os (as) que estão no PEAT, possuem escolaridade superior a dos (as) seus /suas responsáveis, sendo que três mães e um pai têm ensino médio completo, uma família o pai e a mãe têm ensino fundamental I incompleto, nas demais famílias a variação está entre ensino fundamental II completo e incompleto.

Todas as famílias segundo relatos de educandos e seus responsáveis sobrevive com até um salário mínimo e meio. Chama atenção a família de P. que avó vende produtos como Natura, Avon e recebe doações assim mantém o sustento familiar, na casa de V. são dois adultos, cinco crianças que sobrevivem da venda da coleta de reciclagem do padrasto e de R$284,00 do Programa Bolsa Família, moram de maneira precária em casas de madeira em ocupação no Bairro do DR e cedida no Jardim Represa.

Na turma, dois educandos estão frequentando o ensino fundamental II e vinte estão cursando o ensino médio. Dos vinte dois educandos (as), sete nunca tiveram reprovação ou desistência escolar, um ficou dois anos sem estudar com avó morando no nordeste, e quatorze já foram reprovados, segundo os (as) educandos (as) as reprovações se deram por excesso de faltas, indisciplina e/ou dificuldades em Matemática e Língua Portuguesa.

Todos (as) os educandos (as) estão alfabetizados (as), ainda que um grupo tenha dificuldades de interpretação, coerência e coesão nos textos escritos. Todos/as gostariam de ter uma profissão, quinze dizem querer fazer faculdade, os que apresentam alguma definição falam em cursar medicina, bioquímica, veterinária, engenharia civil e mecânica, administração e cursos técnicos como mecânico de autos e auxiliar de enfermagem. De modo geral os (as) educandos (as) pensam que deverão estar trabalhando para ingressar numa faculdade ou qualquer curso profissionalizante. Os (as) educandos (as) que concluírem o ensino superior serão os primeiros do seu núcleo familiar a possuir graduação.

Quando perguntados sobre sua cor/raça, três se consideram negros, quatro se consideram brancos, uma se diz morena e 14 se consideram pardos, assim como em outras turmas parte dos educandos/educandas não se identificação como afros descendentes ainda que o sejam. O bairro onde moram não possui muitas opções de cultura e lazer, no entanto, a maioria desconhece a programação e agenda cultural da cidade, apenas dois vão ao parque radical/juventude e dois frequentaram o CAJUV. A grande maioria fica em casa na internet ou vendo televisão e uns /umas seis educandos (as) costumam freqüentar bailes funks especialmente na região do Carminha. A relação mais estreita com a arte passa pela linguagem musical na qual a preferência está para o sertanejo, funk, hap e reggae.

Quando tratamos do assunto drogas, um educando disse que já utilizou diversos tipos e em momentos recreativos faz uso de maconha, três fumam cigarros. Dos (as) vinte dois educandos (as), vinte já experimentaram algum tipo de droga: álcool, cigarros, maconha ou lança perfume, drogas muito comuns nas baladas. A experiência com álcool muitas vezes ocorreu e ocorre no ambiente familiar.

Ao serem perguntados sobre o que é trabalho e ser trabalhador respondem: “É algo sofrido, acordar cedo e ganhar pouco”, “O que se faz com as mãos e é cansativo”, “ coisa para de pobre”, “ O trabalho é apenas para receber algum salário”. “Ser trabalhador é ser obediente e ter disciplina”. Respostas essas que ora parecem ser divergentes e ora convergentes em relação a algumas expectativas para o curso e o estágio que é de: trabalhar para ganhar seu próprio dinheiro e ajudar a família, aprender coisas novas, fazer amizade, ter responsabilidade, saber lidar com as pessoas no local de trabalho, aprender a trabalhar em grupo, aprender a ser bom funcionário, aprender a falar em público, adquirir experiências, me tornar uma pessoa melhor e ter mais conhecimento. Inclusive cinco educandos (as) já trabalharam como atendente, garçom, monitor (a) Buffet ou cuidadora de crianças para ajudar no sustento da casa.

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Quando perguntados sobre seus sonhos, expectativa de futuro as frases mais comuns são: “ajudar financeiramente minha mãe”, “construir uma casa para minha família”, “ter condições melhores para continuar estudando e comprar uma casa”, “que minha mãe tivesse boa situação financeira”, “morar com a família numa casa maior”, “ ter uma profissão para ajudar a mãe”, tirar as mãe das drogas”, “ Estudar e dar o melhor para minha família’, “Ter um sitio para morar com a família” e acrescentam que o que impede é a falta de união, a corrupção existente no país, as drogas como algo destrutivo, as condições financeiras da família de oportunizar melhores condições para estudar ou de que não há como mudar já que Deus quis assim.

A educanda Fe. relata que sonha em ter uma casa na árvore pública, com pantufas confortáveis para usar, a casa teria apenas a luz do sol e nenhum tipo de tecnologia e a música seria a de sons de pássaros, mas avalia que as pessoas não iriam para a casa da árvore pública pois não ajudariam a construir e nem frequentar pela falta de tempo.

A educanda Fe. de alguma maneira resolve o desejo de quem quer ter uma casa: direito a moradia como política pública, trabalho coletivo, tempo e conforto como qualidade de vida.

Os (as) educandos (as) têm demonstrado boa participação nos debates de diversos temas, boa organização em grupo, respeito e cuidado com espaços coletivos da escola e comprometimento nos trabalhos a serem apresentados e pesquisados.

Quadro de planejamento:

– QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO – PEAT- TARDE

Fala significativa:

“É algo sofrido, acordar cedo e ganhar pouco”, “O que se faz com as mãos e é cansativo”, “ coisa para de pobre”, “ O trabalho é apenas para receber algum salário”. “Ser trabalhador é ser obediente e ter disciplina”.

Superação da fala / contratema (Objetivo Geral):

O trabalho organizado na ordem do capital gera desigualdades e luta de classes.

Desnaturalizar o trabalho, resgatando o seu sentido humano e criador, ressaltando que por meio dele a humanidade cria e recria o mundo em que vive, e produz a sua vida socialmente.

Problematização Micro

Problematização

Macro

Eixos do

Conhecimento Conteúdo Micro Conteúdo Macro

Observáveis/ Objetivos Específicos

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O que é ser um

adolescente

trabalhador?

Você já fez algum

dia de trabalho que

não tem

remuneração?

Você realiza ou

realizou algum

trabalho com

remuneração?

Que oportunidade

têm de trabalho os

jovens de São

Bernardo do

Campo?

Quem sustenta a

sua família e quais

as fontes de renda?

O que impede os

jovens e sua família

Quem são os jovens no

Brasil que trabalham?

Estudo de dados: Qual

a ocupação dos jovens

no mercado de

trabalho? Qual a sua

média de

remuneração?

Existem pessoas que

trabalham no Brasil

sem vinculo

empregatícios e sem

remunerações? Que

tipo de trabalho é

esse?

Qual a diferença entre

trabalho e emprego?

Como foi a

organização histórica

do trabalho no Brasil?

Quais foram as

conquistas das

trabalhadoras e

Memória e Territorialidade

1. Estudo sobre a

organização das trabalhadoras e trabalhadores na cidade

2. Conhecer os principais espaços onde ocorreu e ocorrem a organização das trabalhadoras e trabalhadores em SBC

3. Fazer entrevistas e analisá-las sobre os trabalhadores no entorno da escola

4. Conhecer as organizações geográficas e sociais dos bairros em volta da escola

5. Divulgar a EM Olegário no entorno

6. Organizar e utilizar o espaço solidário e uma praça para convívio e aprendizagem na escola.

1. A luta das trabalhadoras e trabalhadores na cidade de São Bernardo

2. Atuações no espaço da escola e no bairro para conhecer a realidade das trabalhadoras e trabalhadores que vivem nos bairros que circundam a escola.

3. Construir coletivamente a organização de espaços, identidade e identificação da EM Olegário José de Godoy como escola de trabalhadores.

Que os educandos e

educandas se

reconheçam e tenham

capacidade de observar

e atuar nos espaços

coletivos;

Que os educandos e

educandas tenham

vivencias democráticas;

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a viver melhor?

O que é trabalho e

o que é emprego?

Qual a relação da

escolaridade com

mundo do

trabalho?

Por que e para que

trabalhamos?

Quais são as

diferenças entre os

jovens da periferia

para os que não

são?

trabalhadores ao longo

da história?

O que está

acontecendo com o

momento atual em

relação aos direitos

das trabalhadoras e

trabalhadores

(reforma trabalhista,

terceirização do

trabalho e reforma na

CLT)?

Quais são as

possibilidades de

atuação para

mantermos os direitos

das trabalhadoras e

trabalhadores?

Como o trabalho

modifica a realidade?

7. Participar da construção e pintura da fachada de identificação da escola

Meio Ambiente e Saúde

1. O que é ser jovem?

2. Papel da mídia e os

apelos de consumo.

3. Por que consumimos e o

que é consumismo?

4. Compreender o que é

obsolência programada e

perceptiva

5. Relação do consumo com

a finitude do planeta

6. Atitude consciente ao

comprar e descartar o lixo

7. Participação no projeto

coletivo da escola

envolvendo a e reciclagem e

1. Os jovens e sua relação com o consumo

2. Trabalho como modificador da natureza

3. Consumo e sustentabilidade

4. Construção coletiva da horta como espaço alternativo de coletividade, possibilidade de alimentação e proximidade com a terra.

Que os educandos e

educandas reconheçam

os apelos do consumo e

tenham um consumo

mais consciente;

Que reconheçam a

problemática do

descarte do lixo;

Refletir sobre valor das coisas.

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horta

Cultura e Trabalho

1. Formação

escravocrata da sociedade brasileira.

2. Conceito de trabalho x emprego

3. Principais momentos das lutas das trabalhadoras e trabalhadores no Brasil

4. Sistema taylorista de produção

5. Conceito de mais valia e alienação do trabalho

6. Outras formas de produção: trabalho cooperativado, produções de assentamentos dos sem-terra, comunidades quilombolas.

7. Conhecer experiência de

1. História das lutas trabalhistas na construção de direitos

2. Trabalho escravo x trabalho livre

3. Diferença entre trabalho e emprego

4. Trabalho como resultado da cultura e construção e ferramentas e modificaram a existência humana

5. Diferença entre trabalho humano e de outros seres vivos

6. Os jovens e o mercado de trabalho

7. Trabalho x sociedade capitalista

8. Direitos das

Desnaturalizar a ideia de trabalho de como opressão humana, atendendo ao capital, mas que é cultura humana.

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outros países via documentário com maior situação de igualdade social

8. Conhecer as principais garantias dos trabalhadores resguardadas nas leis trabalhistas

9. Compreender o processo de terceirização do trabalho

10. Compreender a proposta das reformas trabalhistas e da previdência social

11. Jovens x ocupação no mercado de trabalho

12. Jovens x salário no mercado de trabalho

13. Jovens x escolarização mercado de trabalho

14. O que é ser estagiário

15. O que é ser

trabalhadoras e trabalhadores x reformas atuais

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estagiário no setor publico municipal de SBC

Lin

guag

ens

Oral

1. Debater em espaços coletivos com a função de esclarecer, convencer, informar e explicar.

2. Respeito as diferentes maneiras de pensar por meio o processo de escuta

3. Dialogar como maneira de construir organização, pensamento e ações coletivas.

1. Relação da capacidade

da fala com o poder e a

construção da cidadania.

2. Ampliação das

possibilidades de utilização

da fala em espaços

coletivos

Desenvolver a

capacidade de escuta e

organização da fala;

Reconhecer a fala como ato político;

Escrita

1.Leitura e interpretação

para debate de textos

argumentativos, descritivos

e narrativos

2.Produção de textos

1. Função social da escrita

e leitura com utilização de

textos diversos de uso

social e específicos no

trabalho administrativo

Reconhecer a escrita

que os empodera para o

mundo do trabalho e

para a vida;

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argumentativos, descritivos

e narrativos

3. Escrita de roteiros para

pesquisa, entrevistas.

4. Leitura e escrita de textos

específicos das atividades

administrativas

(memorando, oficio,

atestado, declaração, ata e

requerimento)

5. Organização de arquivos

para fins de memória e

atividade administrativa.

Interessar-se por leitura

Tecnológica

1. História da

informática 2. História da internet 3. Digitação e

utilização do Word na produção de textos

4. Construção de planilhas no Excel

5. Montagem de apresentação no Power point

1. Relação entre tecnologia e informática

2. Conhecer e utilizar softwares básicos de uso na vida e no mundo do trabalho

3. Pesquisa e uso ético da internet e mídias de rede social

Fazer uso das

ferramentas tecnológica

(pacote Office) com

autonomia;

Utilização da internet

para pesquisas

Reflitam sobre as “piadas”

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6. Uso da internet como fonte de pesquisa

7. Identificar o uso antiético, preconceituoso e de bullyng nas redes sociais.

preconceituosas

Corporal

1. Corpo como espaço de linguagem e comunicação (movimentos, modo de andar, roupas, uso de bonés, cortes de cabelo, maquiagem, expressão facial, gestos)

Reconhecer o corpo no

ato educativo

Matemática

1. Leitura e análise de dados

2. Organização do tempo e

espaço realização de tarefas

3. Construção de planilhas

orçamentárias

1. Matemática como instrumento de interpretação da realidade e resolução de problemas

Reconhecer a matemática como instrumento de resolução de problemas e de gerir seus próprios recursos

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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

IMAGEM PESSOAL – Cursos Livres Turma de Corte e Estética de Cabelos I

Professora Célia Guedes Período Matutino

Caracterização

Primeiro ciclo de Cabeleireiro do período noturno da Escola Municipal “Olegário José de Godoy”. Uma turma com 28 (vinte e oito) alunos

matriculados, sendo 6 (seis) alunos e 22 (vinte e duas) alunas, alunos que querem aprender uma profissão, vários alunos já sabem fazer alguns procedimentos como cortes masculinos, especialmente os meninos, as meninas são habilidosas para escovar os cabelos, a maioria não sabe nada e querem aprender para se colocarem no mercado/mundo de trabalho e trabalharem em salões de beleza, em domicílio ou em suas residências, embelezando os cabelos de suas clientes.

Os alunos, todos são residentes em São Bernardo do Campo, e moram em diversos bairros da nossa cidade, (Jardim Continental, Vila São Pedro, Jordanópolis, Jardim Limpão, Parque São Bernardo, Parque dos Químicos, Vasco da Gama, Montanhão, Vila Regina, Vila Ferreira, Jardim Cláudia, Baeta Neves), poucos moram próximos da escola e os que moram em bairros distantes da escola precisam de vale transporte para virem para a escola.

Os alunos demonstram muita vontade de aprender uma nova profissão. Eles aprendem a parte teórica e também a parte prática, fazer os procedimentos como: pentear os cabelos, dividir e prender os cabelos, cortar,

lavar, hidratar e escovar os cabelos, colorir, fazer luzes com papel alumínio e touca de silicone e também transformação química dos cabelos (escova progressiva). Nas aulas de informática, aprendem como fazer pesquisa para ampliar seus conhecimentos na área da beleza, assistem vídeos sobre cortes masculinos e femininos, a pesquisa sobre patologias do couro cabeludo, sobre os formatos do rosto da cliente, fazem a ficha da cliente e a análise dos cabelos para verificar qual procedimento fazer, assistem palestras de como conseguir se manter no emprego, trazem modelos para colocarem em prática aprendizagens aprendidas nas aulas dadas. Os conteúdos da Formação Integral do ser, nas aulas, aprendem também, sobre ética e como usá-la no cotidiano do profissional da Imagem Pessoal: como se portar frente à cliente, como trabalhar em equipe e como organizar seus trabalhos e se iniciarem profissionalmente. Nas aulas de gestão: como começar seu negócio, como escolher os produtos para fazer os procedimentos, a escolha do nome da empresa, (do seu salão de beleza) fazer a propaganda do seu negócio. Fazem os atendimentos das pessoas da comunidade através do Salão Pedagógico,

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pessoas que procuram a escola para embelezar seus cabelos e fazem os agendamentos na secretaria da escola. O curso de Cabeleireiro é formado por alunos que moram nos bairros próximos da escola e não precisam de condução e também por alunos que moram em bairros da periferia de São Bernardo do Campo e precisam de condução para chegar à escola, ou seja, do transporte gratuito e isso tem causado a desistência de alguns alunos que não conseguem arcar com essa despesa, pois faltará para o sustento familiar (no início do curso).

Segue abaixo as frases significativas dos alunos: “Vim fazer o curso para aprender, me aperfeiçoar e entrar no ramo da beleza”. Ione. “Quis fazer o curso para ter um aprendizado, crescer profissionalmente para abrir meu próprio negócio”. Simone. “Para me aprimorar e aprender novos procedimentos, pois já cortava cabelos em casa”. Aline. “Vim fazer o curso por interesse de ser cabeleireiro”. Diego. “Gosto de embelezar os cabelos das pessoas e pretendo ir para 2ª fase do curso de cabeleireiro”. Patrícia.

Quadro de planejamento:

- QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO – Célia Cavalcante Guedes (Imagem pessoal)

Falas significativas:

“Vim fazer o curso para ter um aprendizado, crescer profissionalmente para abrir meu próprio negócio” (Simone)

Superação da fala / contratema (Objetivo Geral):

Dinâmica que se estabelece no mercado de estética dos cabelos, desvelando a realidade do mercado.

Problematização Micro Problematização

Macro Eixos do

Conhecimento Conteúdo Micro Conteúdo Macro

Observáveis/ Objetivos Específicos

Quais as políticas públicas do município para empreendedorismo

Como avaliar os riscos de um negócio.

Quais os órgãos

Qual a clientela que você quer atender em seu empreendimento? Onde você pensa abrir o seu negócio?

Memoria e Territorialidade

Pesquisa no território

Cooperativa da economia solidária

Outras organizações trabalhistas

Compreender que por associação a outras pessoas pode-se trocar serviços e sabedoria para melhor empreender e ser

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orientadores para auxiliar o empreendedorismo.

Qual o conhecimento legal que o empreendedorismo deve ter e como acessar para que o seu negócio esteja dentro dos padrões da legalidade.

Qual seu conhecimento sobre o código do consumidor.

No local onde você pretende abrir o seu salão há concorrentes? O que você pensa do diferencial do seu negócio? Você pensa em abrir seu negócio sozinho ou em sociedade?

melhor inserido no mundo do trabalho.

Meio Ambiente e Saúde

Vigilância sanitária para abrir o negócio

ANVISA

Bombeiros

Compreender a importância legalização do seu negócio.

Cultura e Trabalho

Leis trabalhistas

Contratos

Código de defesa do consumidor

Emprego x trabalho

Reforma Previdenciária

Reforma Trabalhista

A importância da leitura através da imprensa em geral frente ao momento da atualidade.

Lin

guag

ens

Oral Trabalho sobre atendimento ao cliente e escutar o cliente

Textos, artigos, poesias sobre o mundo do trabalho e o atendimento ao cliente.

Vídeos sobre procedimentos: cortes, penteados, como surgiu a profissão.

Perceber a importância da leitura para entendimento de textos relacionados a área da beleza. Perceber como são feitos procedimentos por profissionais atuantes no mercado de trabalho.

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Escrita

Escrita para rememorar a aula (memória da aula)

Internet para a pesquisa

Identificar formas de conhecer outras maneiras de se atualizar.

Tecnológica Pesquisar, montar portfólio digital

Pesquisa de internet Apresentar as diversas maneiras de divulgação dos trabalhos

Corporal Ginástica Laboral (esforço repetitivo)

Respeito pela individualidade do corpo

S.E. Repetitivo

Perceber a importância da saúde física e mental do profissional trabalhador.

Matemática

Pesquisa de preços

Salário base dos profissionais de cabeleireiro(a)

Preços de materiais e serviços

Custos

Economia brasileira

Comparar à concorrência

Perceber a importância de saber os preços praticados pelos procedimentos propostos para o seu salão de beleza.

Saber o como cobrar pelos procedimentos oferecidos e não ter prejuízo.

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Turma de Maquiagem manhã

Caracterização

A turma é composta por 24 educandas na faixa etária entre 17 a 49 anos, a maioria são naturais do estado de São Paulo ( ABCD ) uma boa parte

moram em bairros próximos à escola, como Ferrazopolis, Jd Irajá, Vila São Pedro, Baeta Neves e Montanão. Outra parte, mora em bairros mais distantes

como Jd das Orquídeas, Estrada dos Alvarengas, Batistini, Jd Represa, etc .A grande maioria concluíram o ensino médio, são casadas e tem filhos. Apenas

uma aluna trabalha em salão de cabeleireiro da tia prestando serviços de manicure e epiladora, as demais estão no trabalho informal ( manicure , designer

de sobrancelhas ou donas de casa).

As alunas demonstraram distintas expectativas para o curso que passam pelo simples fato de querer se auto embelezar, até o desejo de montar o

seu próprio espaço para trabalhar. A maioria já realiza alguns procedimentos em si mesmas, nas colegas, na família, e pretendem se aprimorar e serem

certificadas para ingressarem no mercado de trabalho.

Em rodas de conversas sobre os motivos que as trouxeram para fazer o curso de maquiagem, apareceram diversas falas:

“Quero me profissionalizar para agregar ao meu trabalho como cabeleireira”

“Estava cansada de ficar o dia todo em casa e como adoro maquiagem, resolvi fazer para poder aprender mais a me maquiar”

“Queria trabalhar, mas meu marido não aceita, penso que fazendo maquiagem posso convence-lo em trabalhar por ser só com mulheres, porque fiz

o curso de cabeleireiro e ele não deixa eu cortar cabelos masculinos”

“ Quero ter uma profissão rentável e autônoma”

“Quero mudar de ramo e ser independente”

“ Não tenho profissão nenhuma e nem condições de fazer uma faculdade, por isso quero fazer o curso e trabalhar como maquiadora”

No decorrer dos dias, iniciamos o curso com o acolhimento do grupo através de dinâmica de apresentação e integração dos mesmos, na qual cada

um pode falar um pouco sobre si, suas experiências profissionais e suas expectativas para o curso. Durante a primeira semana, proporcionamos uma

integração com todos os educandos e funcionários da escola numa roda de música em que a coordenadora Estela tocou e cantou conosco, o que propiciou

à todos se sentirem parte da escola e do grupo. Trabalhamos também com o tema “Dia Internacional da Mulher”, que foi bastante proveitoso em que todas

puderam expressar suas opiniões, angústias, reivindicações e polêmicas e até mesmo propostas para a efetivação desses direitos. Assistimos a dois curta

metragem, que retratam um pouco sobre esse tema: “Acorda Raimundo” e” Vida Maria” com os demais educandos da escola :Alfa, CAGECPM, cabeleireiro

e com a presença da “moça da ONG” o que enriqueceu a discussão e oportunizou a integração dos mesmos.

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Fizemos pesquisas no laboratório de informática, que serviram de apoio e instrumento para as discussões, debates e registros sobre o que pensam

da situação da mulher nos dias de hoje que foram expostas em sala de aula. Concomitantemente demos início as aulas teóricas do curso utilizando como

instrumentos, leituras de textos, aulas expositivas, discussões, relatos pessoais, projeção de imagens e esclarecimentos de dúvidas sobre os conteúdos

abordados. Com o passar dos dias, partimos para as aulas práticas das técnicas e conteúdos estudados utilizando a estratégia de observação da professora

realizando o procedimento e depois a de um aluno executando o procedimento em outro, sob supervisão. Contudo, os mesmos demonstram participação,

envolvimento, determinação na realização das propostas, com bastante empenho e trabalho em equipe.

Quadro de planejamento

- QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO – Profª Sheila Maquiagem

Fala significativa: “Quero ter uma profissão rentável e autônoma.”

Superação da fala / contratema (Objetivo Geral): O sonho do empreendedorismo x as forças do Capital. Analisar o conceito de empreendedorismo no mundo dos negócios e a presença do empreendedor como um agente social de mudanças, frente um mercado competitivo.

Problematização Micro

Problematização Macro

Eixos do Conhecimento

Conteúdo Micro Conteúdo Macro Observáveis/ Objetivos

Específicos

Quais os cursos que

você já concluiu?

Você já trabalhou

em algum

estabelecimento

comercial?

Você se sente

preparada para

gerenciar um

negócio?

Um curso profissionalizante apenas garante uma boa formação? Como são gerenciados os estabelecimentos? O que o mercado de trabalho exige dos profissionais

Memoria e Territorialidade

Mercado de trabalho x formação /especialização Workshop Feiras de beleza Ética e postura do profissional maquiador

Necessidade da manutenção da qualidade considerando conceitos de qualidade na área da beleza e aperfeiçoamento do trabalho; Organização e funcionamento dos salões e seus setores; Acordos e procedimentos de organização

Indústria e comércio da beleza em tempos anteriores e atuais;

Organização e gerenciamento

Identificar diversos estabelecimentos e salões de beleza e suas organizações e funcionamentos, além das nomenclaturas atuais, informações de equipes profissionais para apropriar-se de

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Você é uma pessoa

maleável?

Você já trabalhou

com carteira

assinada?

Quais os pontos

positivos de se

trabalhar registrado?

Conhece alguém que

trabalha como

autônomo?

no âmbito formativo (currículo)? Quanto custa investir no seu próprio negócio? Como são as relações interpessoais no ambiente profissional?

conhecimentos específicos técnicos e práticas da área, considerando as normas, leis vigentes e recursos humanos e materiais para atuação de forma consciente, solidária e ética.

Meio Ambiente e Saúde

Dupla jornada Stress Depressão

Higienização e/ou esterilização de instrumentos Higienização do ambiente e mobiliário Utilização adequada de EPIs para organizar e higienizar o salão; Leitura de rótulos de produtos e equipamentos e entendimento do seu uso Armazenamento de instrumentos e produtos Armazenamento após a esterilização Controle dos estoques de produtos e instrumentos Conservação e manutenção de instrumentos Uso correto de quantidades dos produtos

Saúde e qualidade de vida;

Armazenamento de produtos, higienização, esterilização e manutenção de equipamentos e espaço

Conhecer os diferentes produtos e equipamentos, formas de armazenamento e higienização de uso do profissional. Apresentar os instrumentais do curso e os EPI´s e a importância desses equipamentos dentro do cotidiano do profissional Responder de forma ativa, crítica e criativa

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Uso sustentável Descarte correto dos materiais.

aos desafios do relacionamento respeitoso com as diversidades culturais, preservando sua saúde e daqueles que dependem do seu trabalho.

Cultura e Trabalho

Profissões Trabalho autônomo x trabalho informal x formal

Estrutura para atendimento em domicílio. Corpo de profissionais dos salões Diferentes tipos de salão de beleza. Normas, leis e protocolos; ; Acordos e procedimentos de organização; Legislação para os profissionais da área da beleza: Atribuições e funções do profissional de Maquiagem; Técnicas e procedimentos de lavagem e higienização da pele. Técnicas e procedimentos de Preparação da pele: Técnicas de hidratação facial. Técnicas de tonificação da pele da face. Técnicas de aplicação

Crescimento econômico e novas ocupações

Legislação para os profissionais da área da beleza: Lei 12.592/2012. Atribuições e funções do profissional de Maquiagem Corpo de profissionais dos salões Técnicas e procedimentos para preparação da pele Técnicas e procedimentos de pré-maquiagem

Conhecer e

realizar diferentes

técnicas e

procedimentos de

cuidados e

preparação da

pele, aplicação de

bases, corretivos

e maquiagem,

respeitando

traços e formato

do rosto.

Conhecer e

realizar diferentes

técnicas e

procedimentos de

cuidados e

preparação da

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de máscaras faciais. Tempo de ação dos produtos. Utensílios e materiais utilizados em cada operação. Uso racional dos produtos Técnicas e procedimentos de pré-maquiagem. Produtos para a preparação da pele (primers). Produtos para a uniformização da pele: - corretivos, bases (podem ser líquidas, mousses, finas, espessas), - pancakes (tem cobertura de base e corretivo, e também acabamento de pó), -pó compacto ou solto etc. . Técnicas para definir contornos) para aplicação de maquiagem. Pesquisas sobre tendências de maquiagem. Técnicas de maquiagem e de automaquiagem. Técnicas de finalização. Técnicas de colocação de cílios.

Cosmetologia e cuidados necessários ao maquiar diferentes tipos de pele Formação da pele: diferentes tipos e características Geometria facial e padrões estéticos. . Análise de diferentes tipos de rosto (oval, quadrado, redondo, triangular, retangular e losangular Estudo das cores e

pele, aplicação de

bases, corretivos

e maquiagem,

respeitando

traços e formato

do rosto..

Compreender a

técnica

geométrica para

medição e

desenho das

sobrancelhas,

além de

reconhecer os

formatos de rosto

para o design de

sobrancelhas de

acordo com os

mesmos.

Aprender técnicas

de retirada e

correção, de

acordo com

tendência da

moda atual.

Realizar a

aplicação de hena

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Técnicas geométricas para medição de sobrancelhasTécnicas de retirada de pelos de sobrancelhas. Técnicas de desenho e correção de sobrancelhas

aplicação na profissão de maquiador. . Formatos de sobrancelhas e de rostos.

após o

procedimento de

design de

sobrancelhas.

Conhecer o

estudo das cores

para realizar a

maquiagem de

forma harmônica

e correta

analisando os

diferentes tipos

de rosto,

ocasiões, faixa

etária, etnia, etc.

Lin

guag

ens Oral

Discussões debates e leituras;

Diálogo sobre o atendimento a ser realizado Observância de protocolos de atendimento Individualização do atendimento Atendimento pessoal, telefônico e eletrônico; Tratamento e qualidade no atendimento Leitura de rótulos de produtos e equipamentos

Poder de argumentação Interação e diálogo

Protocolo de atendimento

Compreender a importância do acolhimento e recepção dos/as clientes por meio do preenchimento da ficha de atendimento, do diálogo sobre suas expectativas em relação ao atendimento a

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e entendimento do seu uso Leitura de rótulos

ser realizado, para obter a qualidade do procedimento

Escrita

Pesquisas Textos Jornais Registros;

Agendamentos; Ficha de Atendimento domicílio Cadastro de clientes Divulgação do trabalho por meio de diferentes recursos Construção de Portfólio de maquiagens Estratégias de divulgação. Leitura de rotulos Registro de procedimentos

Acesso à informação Comunicação

Protocolo de atendimento Divulgação do trabalho

Fazer uso de todos esses recursos para planejar e organizar a rotina de trabalho.

Tecnológica

Qualidade poder de precificação; escolha concorrência;

Comparação de preços

Cosméticos e tecnologias avançadas

Programa (Word e Excel)

Utilizar os recursos do editor de texto Microsoft Word e editor de planilhas Microsoft Excel para organizar e planejar a rotina de trabalho, gastos e lucros

Corporal

Apresentação pessoal Respeito com o outro Naturalidade no

Utilização adequada de EPIs

Ética profissional e pessoal

Produtos de consumo utilizados em salões de beleza

. Utilizar os EPI´s e reconhecer a importância desses equipamentos

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tratamento com o outro;

dentro do cotidiano do trabalho do profissional

Matemática

Pesquisa de preços; Crise econômica x consumo; Salário base das profissionais (comparação)

Controle de estoque Estimativa de quantidade de produtos para cada atendimento

Atacado e Varejo; Investimento Desigualdades sociais e econômicas; Consumismo

Uso racional dos produtos

Turma de Corte e Estética de Cabelos I Professora Denise Cirilo

Período Vespertino

Caracterização

A sala é composta por 27 alunos, que estão eles entre 16 e 35 anos, sendo a grande maioria entre 16/17 e 18 anos, e desses 10 são do sexo

masculino. Quanto à escolaridade apresentam-se em grande parte no ensino médio, mas tenho também um aluno (José Lucas) que está frequentando o ensino fundamental no período da noite aqui na escola e também um aluno que tem muita dificuldade na escrita (Lucas).

Com exceção do aluno Willian que trabalha em um salão de corte em cabelos masculinos, os demais estão desempregados. Maioritariamente os educandos vivem com suas famílias.

Os educandos sem exceção disseram que vieram para aprender a cortar/fazer progressiva/cuidar de cabelos, pois gostam de mexer com cabelos e querem melhorar sua condição financeira através de um curso profissionalizante naquilo que gostam. Estão tendo dificuldades em arrumar emprego sem qualificação. Mostram interesse em seguir os estudos.

A maioria mora nos arredores da escola, porém alguns vêm de outras regiões e necessitam de condução.

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Nas primeiras semanas de início das aulas fizemos algumas rodas de conversa onde as falas significativas giram em torno das dificuldades encontradas como trabalhador:

“falta experiência, ninguém dá oportunidade de trabalho para menor” “o conhecimento que tenho não é o bastante” “só sei corte masculino”, “não tem emprego para quem não tem experiência” “para trabalhar em salão tem que ter certificado de curso profissionalizante” Outra fala sobre necessidade de ter uma qualificação profissional: “Sempre gostei de mexer no cabelo dos outros, eu amo fazer cabelos, com esse

curso posso ter uma renda e ajudar minha família” (Jaine). Quanto à dificuldade em relação ao trabalho nessa área que estão almejando (estética de cabelos – cabeleireiro) alguns pensam em ter o próprio

salão, mas não tem dinheiro para isso; outros pensam na possibilidade de trabalhar no salão de terceiros e temem a convivência com os demais profissionais já experientes.

Ao serem perguntados sobre o lado cultural e lazer disseram que gostam de estar junto da família, ficar na internet e dormir. Ler, ouvir todos os

tipos de som e sair com os amigos são fundamental haja vista que são em sua maioria jovens. Pelo que pude observar, os alunos desta turma são bastante astutos e perspicazes, demonstrando interesse nas atividades propostas. Desejam

muito realizar atividades práticas ou resolução de problemas, querem usar tecnologia. Na generalidade, a turma é disciplinada e os alunos são muito empenhados, o que, entre outros fatores, está a contribuir em grande medida para a boa experiência que estou a ter em contexto desse ciclo.

QUADRO DE PLANEJAMENTO:

- QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO –

Fala significativa:

Falta experiência, ninguém dá oportunidade de trabalho para menor”

Superação da fala / contratema (Objetivo Geral):

O que pode acabar com seus sonhos: “se não tem experiência, se não é tão jovem, se lhe falta estudo, que futuro ele terá”?

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“o conhecimento que tenho não é o bastante”

“não tem emprego para quem não tem experiência”

É preciso ter uma leitura crítica de mundo para viabilizar que o mundo é possível de ser transformável e que a esperança de uma realidade orientada por valores éticos pode ser construída.

Problematização Micro

Problematização Macro

Eixos do Conhecimento Conteúdo Micro Conteúdo Macro

O que é ser um bom cabelereiro na atualidade?

A formação do cabelereiro no dia a dia – a prática e a teoria

Quais as regras que regulam a atividade?

Como surgiu a profissão do cabelereiro?

Experiência x Falta de experiência – a luta pela entrada no mundo do trabalho

Os valores: confiança, cooperação, honestidade são posturas ultrapassadas do que se refere à ética?

Por meio do uso das técnicas específicas como

Memoria e Territorialidade História dos cabelos Historia dos penteados

Ética e cidania Desigualdade social História das leis trabalhistas

Meio Ambiente e Saúde

Saúde do trabalhador Segurança no trabalho Formas de higienização, esterilização e manutenção de instrumentos e espaços, descarte ecológico

Alcoolismo e drogadição Manejo sustentável dos recursos naturais Cadeia produtiva

Cultura e Trabalho

Legislação na área da beleza Infraestrutura física dos salões Layouts Currículo, entrevista, concurso, seleções Percurso e processo formativo

Economia solidária MEI Carteira assinada Crescimento econômico Trabalho Emprego

Lin

gu

agen

s

Oral

Dialogo como forma de reflexão: Atendimento ao cliente Ampliação de vocabulário

Instrumentação para argumentação e discurso: O preparo técnico do profissional

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Deverá existir por parte do profissional de beleza higiene e cuidado com os materiais? Como economizar na manutenção dos equipamentos e utensílios nesse momento de crise?

Há diferentes variações entre cabelos de diferentes raças humanas?

Devo oferecer vários serviços estéticos em um só lugar, como posso aparecer?

posso realizar procedimentos com segurança e respeito ao meio ambiente?

Nessa área muito competitiva, em que se destaca o profissional?

Há outras formas de organização dentro do mercado de trabalho?

Competitividade x solidariedade

Diferenciais de serviços e atendimento X redes sociais –

Escrita

Leitura de rótulos de produtos Anotação de procedimentos Revistas e textos da área da beleza

Acesso a informação

Tecnológica

Utilização do watsApp como meio de comunicação e trabalho Utilização da internet como ferramenta de pesquisa

Rede social Cultura digital A internet e o mundo do trabalho

Corporal

Postura no atendimento Alongamento Linguagem corporal

LER – lesões de esforço repetitivo

Matemática

Simetria / geometria Lucros e gastos, dosagens proporção Ângulos de corte Divisão dos cabelos

Colorimetria Química dos produtos Desigualdade social

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Quem é e onde está o cliente? O que de melhor posso oferece?

Quais serviços o

”Salão de Beleza”

vai oferecer em momento de crise?

Onde será instalada a empresa? Ou trabalharei para outros? O que é melhor nesse momento de crise?

Qual a importância da matemática na profissão de

como posso proceder?

Que nível de conhecimento técnico é necessário para

comandar um “Salão de Beleza”? Quais são as habilidades

que devem ser desenvolvidas? Como adquirir experiência neste ramo de negócio (se já não possuir)?

Qual deve ser o perfil de empresário neste ramo de negócio? Como desenvolver este perfil?

Existem restrições legais para instalação

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cabeleireiro?

Qual a forma de matematizar nos cabelos e finanças do cabeleireiro?

deste tipo de empresa na localidade escolhida?

Justificativa do curso

Surgiu da necessidade de profissionalizar as pessoas que ainda não tinham qualificação profissional ou alguma formar de aquisição de renda. Os beneficiários serão homens e mulheres, a partir dos 16 anos, que geralmente não possuem qualificação profissional nem grau de escolaridade exigido pelo mercado de trabalho.

Objetivo Geral Oferecer, dentro de uma visão geral, conhecimentos sobre a história da beleza e suas modificações de acordo com as novas perspectivas que o mercado está oferecendo e do novo perfil do homem/mulher moderno. Refletir que o trabalho está intrinsecamente ligado à vida humana em uma ação que transforma a vida. Em seguida, oferecer aos educandos acesso às técnicas primordiais para atuarem como profissionais iniciantes, como também ampliar sua capacidade para o mundo do trabalho.

Objetivo específico Capacitar e formar esses adolescentes em idade de inclusão a oportunidade de se qualificarem profissionalmente como Cabeleireiro para competirem no mercado de trabalho formal e informal, apropriando-se dos conhecimentos específicos para atuarem de maneira crítica, consciente, solidária e ética.

Metodologia Após levantamento das falas significativas/ situação limite dos/as educandos/as com o intuito de desenvolver conteúdos que abordassem soluções conceituais, procedimentais e atitudinais que promovam as transformações individuais e coletivas defini a seguinte metodologia: Apresentação de um referencial teórico para melhor compreensão da prática (Regência de Classe) e, em Seguida aulas práticas com análise de técnicas utilizadas pelos profissionais da beleza com intervenção da professora. Análise dos resultados e socialização dos mesmos; Pesquisa de temas ligados ao mundo do trabalho com diálogo e discussão dos mesmos;

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Apresentação de produtos mercadológicos, no intuito de proporcionar uma visão sobre as tendências; assim como o funcionamento e a concorrência, o comportamento demandante e os indivíduos como consumidores e seu não poder sobre o mercado. Criação de grupo no Whatsapp no propósito de cuidar pela permanência dos colegas e incentivo na continuidade do curso

Turma de Epilação e Design de Sobrancelhas Professora Ana Cláudia

Período Vespertino

Caracterização

A turma é composta por 25 alunas na faixa etária dos vinte e um aos cinquenta e cinco anos. A maioria das alunas mora em bairros próximos como

Ferrazópolis, Jd. Irajá, Vila São Pedro e Jd.Palermo, as demais moram em bairros mais distantes como Orquídeas, Riacho Grande e Demarchi.

As alunas procuraram o curso para aprender uma nova profissão e pretendem ter o seu próprio estabelecimento ou/e atender em domicilio.

Somente uma aluna já fez curso de design de sobrancelhas e micropigmentação e atende em sua residência, as demais não tem experiência na área da

beleza.

Apenas uma aluna está inserida no mercado de trabalho: ela é atendente em uma central de atendimento. As demais não trabalham e pretendem

conciliar a profissão de designer de sobrancelha e epiladora com os afazeres domésticos e cuidados com os filhos, tendo em vista que a maioria das

educandas é casada e tem filhos.

Somente três alunas não concluíram o segundo grau, destas uma está estudando e três alunas possuem nível superior, sendo que uma desta está

cursando a segunda faculdade.

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Ao lançar a questão problematizadora acerca das dificuldades que as mesmas pensam encontrar no mercado de trabalho hoje, a fala significativa

representada pelo coletivo foi a respeito da crise financeira que o nosso país enfrenta: “Acho que a maior dificuldade para nossa área é a crise” (Silvana). No

entanto, as alunas estão otimistas e acreditam que a situação vai melhorar e que, mesmo com a crise, as mulheres continuam gastando com serviços da

área da beleza como afirmou a aluna Priscila “A maioria das mulheres é vaidosa e não deixa de se cuidar, mesmo com a crise”.

Também houve falas significativas a respeito da importância de um bom atendimento para fidelizar o cliente e garantir seu retorno mesmo em

época de crise: “Se você atender bem e seguir as normas da vigilância sanitária, as clientes sempre voltam, além de elogiar seu trabalho” (Silvana).

As alunas possuem hábitos comuns de lazer como frequentar parques, praças, shopping e casa de parentes.

Por fim, diante desse panorama, no qual as alunas não possuem experiência na área da beleza e não fizeram cursos anteriormente, iniciei as aulas

com os conteúdos teóricos de epilação como camadas da pele, diferença entre depilação e epilação, estrutura do pelo, normas da Anvisa para epiladoras e

designer de sobrancelhas, lista e apresentação dos materiais, ética e postura profissional, passo a passo epilação, passo a passo design de sobrancelha,

organização do ambiente de trabalho, regras a respeito do funcionamento do curso e da escola, além dos combinados particulares da turma.

Em seguida inicio as aulas demonstrativas, na qual eu faço a epilação das regiões (cada dia faço uma área) e vou explicando as técnicas e normas dos

procedimentos. Somente após estas aulas as alunas começam a praticar entre elas.

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Quadro de planejamento:

- QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO – Profª Ana Cláudia

Fala significativa:

“.. Acho que a maior dificuldade para nossa área é a crise”, no

entanto, “... a maioria das mulheres não deixa de se cuidar mesmo

com a crise... “ Se vc atender bem e seguir as normas da vigilância as

clientes sempre voltam, além de elogiar seu trabalho...”

Superação da fala / contratema (Objetivo Geral):

“O nosso país vive um momento de crise, devido algumas mudanças na economia e na política,

esses momentos que são produções históricas, sociais, políticas trazem dificuldades ao trabalho.

nesse sentido não basta, apenas atender bem as clientes e aplicar as boas normas de vigilância, é

preciso entender a crise, organizar-se enquanto trabalhadores/as e rever procedimentos de

compra, atendimento e consumo.”

Problematização

Micro

Problematização

Macro

Eixos do

Conhecimento

Conteúdo Micro Conteúdo Macro Observáveis/

Objetivos

Específicos

Qual a diferença

entre trabalho e

emprego?

Como se planejar

em tempos de

crise?

Por que você acha

que atender bem

um cliente em

tempos de crise irá

fazê-lo não cortar

Qual a postura que

um profissional da

beleza deve ter em

tempo de crise?

O nosso país já

passou por outras

crises econômicas?

Como eram? Em

que período isso

aconteceu? Como

era a atuação de

Memoria e

Territorialidade

Estrutura

para

atendimento

em

domicílio;

Infra

estrutura dos

salões;

Diferentes

tipos de

salão de

Salões de beleza e

outros tipos de

atendimento na

região e os

motivos de serem

assim (pesquisa no

bairro, conversas,

fotos e diálogo de

fechamento);

Ética e cidadania;

Direitos Humanos;

Ética profissional;

Relações humanas

no trabalho;

Inserção no mundo

do trabalho:

currículo,

entrevistas,

Diferentes

tipos de salões

de beleza em

diferentes

contextos

econômicos

brasileiros

(unid. 1);

· Desenvolver

autoconhecimento:

motivação, projeto

de vida, criatividade

em tempo de crise;

· Desenvolver

valores

fundamentais: ética,

valorização à

diversidade, não

discriminação,

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este gasto?

Você se identifica

realmente com este

curso ou é só um

passa tempo?

Como você

pretende tratar seu

cliente em tempo

de crise?

Como você gosta de

ser tratado?

Ao pensar a crise

você acha

importante

continuar

estudando? Por

quê?

Quais despesas tem

um autônomo?

Quem abre um

salão em casa tem

despesas?

serviços de imagem

pessoal?

Quais foram as

saídas que as

pessoas tiveram

para enfrentar

outros momentos

de crise econômica?

Essas saídas foram

importantes para

classe trabalhadora?

Que ganho a classe

trabalhadora teve?

Em momentos de

crise, como a

trabalhadora pode

atentar-se a sua

saúde?

Como a classe

trabalhadora tem se

organizado em

momentos de crise?

beleza; concursos,

seleções,

apresentação

pessoal e

profissional;

Crises econômicas

e políticas no Brasil

direitos humanos,

acessibilidade,

inclusão etc;

· Participar de

atividades em que

reflita sobre sua

permanência ou não

na área de imagem

pessoal;

· Valorizar o

hábito da pesquisa

para um melhor

desenvolvimento

pessoal e

profissional;

· Valorizar o

saber social e

cultural em tempo

de crises;

· Valorizar o ser

humano e o meio

em que vive,

promovendo uma

consciência

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191

Quem abre um

salão em casa tem

patrão?

Para que servem as

aulas teóricas de

um curso

profissionalizante?

Que relação existe

entre as políticas

públicas, as

conquistas de seus

sonhos e o curso

em que está?

Quais

conhecimentos são

importantes

desenvolver para ir

além dos saberes

técnicos?

Como posso

proceder para a

promoção de ações

positivas em nossa

Como organizar o

tempo de trabalho

em momentos de

crise sem prejudicar

a saúde?

Quais as

possibilidades de

gestão de negócio?

Como lidar com a

legislação em tempo

crise?

Quais as legislações

que precisa se

atentar para não ter

dificuldades e crise

no trabalho?

Quais as

possibilidades de

articulação das

trabalhadoras em

momento de crise?

Como são

organizados os

harmoniosa e

solidária;

· Desenvolver a

capacidade de

trabalhar em equipe

em situações

pessoais e

profissionais;

· Conhecer as

demandas atuais do

mundo de trabalho;

· Conhecer e

desenvolver

atitudes de ética

profissional;

· Conhecer

quais as

possibilidades e as

regras de

empreendedorismo

para montar o seu

próprio negócio e

outras formas de

trabalho como:

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escola?

Como posso

colaborar para

promover

mudanças positivas

no ambiente que

vivo?

Que sociedade que

queremos?

salões?

Quais são as normas

e leis para

organização do

salão?

Quais as

Como é atender

bem?

E como atender

bem em tempo de

crise?

Como organizar ,

armazenar, como

higienizar os

produtos e

equipamentos em

tempos de crise

para atendimento

em imagem

pessoal?

Como atender e

cooperativa, MEI

etc.

Meio Ambiente e

Saúde

Economia de

materiais e

recursos

recursos naturais

reaproveitamento e

reciclagem

· Desenvolver

consciência

ambiental; tendo

entendimento da

importância da

preservação e

economia de

recursos .

Cultura e Trabalho

Possíveis soluções

coletivas para a

superação das

crises no bairro:

organizações de

bairro e outras

soluções.

Organização do

mundo do

trabalho: CLT;

cooperativa;

Regime

estatutário,

Terceirização;

Trabalhador

autônomo;

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acolher bem em

tempos de crise

bem ?

Quais

procedimentos e

técnicas precisa

desenvolver para

atender bem o seu

cliente?

Lin

guag

en

s

Oral

Argumentação em

debates

Reflexões sobre a

crise

Diálogo em

ambiente de

atendimento.

Amplie sua reflexão

e argumentação em

relação a crise

econômica e política

Comunicar-se com

clareza e de forma

adequada ao

ambiente em que se

encontra;

Escrita

Gênero Textual Realize produção

textual no gênero:

crônicas.

Tecnológica

Pesquisa em

internet;

Edição em Word

Realize tabelas;

Compreenda

procedimentos de

pesquisa em

internet

Corporal

Ginástica laboral Compreender e

realizar a postura

correta nos

procedimentos de

atendimento para

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evitar LER.

Matemática

Custo e

precificação;

Porcentagem/

Divisão e

Multiplicação.

Geometria;

Divisão

Que a educanda

desenvolva

procedimentos e

entendimento de

compras e vendas,

além de saber

organizar preço,

observando o

tempo e o tipo de

trabalho executado,

principalmente em

tempos de crise.

Que a educanda

desenvolva

habilidades

matemáticas em

relação a

porcentagem,

multiplicação,

divisão para lidar

com a inflação

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Unidades Unidade 1

Planejamento

Montagem do seu

salão

Organização e

funcionamento de

salão

Identificar diversos

estabelecimentos e

salões de beleza e

suas organizações e

funcionamento em

tempos de crise,

tendo consciência

de uma ação justa e

solidária.

Unidade 2

Armazenamento e

uso de

equipamentos em

tempos de crise

Procedimentos de

armazenamento,

higienização;

Uso com segurança

de equipamentos e

EPI`s

Compreenda a

importância em

utilizar os EPI´s

Atenda as normas

da ANVISA;

Compreenda o uso

consciente e

sustentável, diante

da crise.

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196

Unidade 3

Acolhimento e

especificidade dos

clientes

Acolhimento e

atendimento ao

cliente;

Preenchimento de

ficha de

atendimento com

coleta de dados;

Reconheça a

importância do

acolhimento e do

tratamento das

informações

colhidas nas fichas

de atendimento

Saiba trabalhar com

as informações

concedidas,

observando

especificidades e

necessidades de

atendimento.

Unidade 4

Estrutura

anatômica e

fisiológica da pele;

Estrutura, anatomia

e fisiologia dos

pelos;

Técnicas de limpeza

de pele

Técnica de aparo de

Compreenda as

especificidades da

pele,

compreendendo

suas estruturas e

possibilidade de ser

epilada.

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Turma de Manicure e Pedicure com acabamento artístico Professora Sheila Martins

Peíodo Vespertino

Caracterização

A turma é composta por 26 educandas matriculadas e 24 frequentes, pois 2 desistiram por não ter com quem deixar os filhos. Compreendem a

faixa etária entre 16 a 42 anos, a maioria são naturais do estado de São Paulo ( ABCD ) , uma boa parte moram em bairros próximos à escola, como

Ferrazopolis, Jd Irajá, Vila São Pedro, Baeta Neves e Montanhão, outra parte, mora em bairros mais distantes como Jd das Orquídeas, Estrada dos

Alvarengas, Batistini, Jd Represa, etc .A grande maioria concluiu o ensino médio, são casadas e tem filhos.

pele

Unidade 5

Designer de

sobrancelhas com

uso do paquímetro

Compreender e

realizar as técnicas e

formatos de

sobrancelhas de

acordo com o

formato do rosto e

tendência de modas

vigente.

Saber aplicar HENNA

pós procedimentos.

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Nenhuma das educandas trabalha em emprego formal, uma trabalha como cabeleireira com uma amiga e as outras são donas de casa.

Nas nossas rodas de conversas, quando questionadas por qual motivo procuraram o curso de manicure, demonstraram distintos objetivos, que

passam pelo simples fato de querer aprender a embelezar e cuidar de si mesma economizando assim os gastos com manicure, até o desejo de trabalhar em

esmalterias e/ou salões de beleza e até mesmo de montar o seu próprio espaço para trabalhar. A maioria já realiza alguns procedimentos em si mesmos,

nas colegas ou na família, e pretendem se aprimorar e serem certificadas para ingressarem no mercado de trabalho. Outras, no entanto, dizem nunca terem

pego em um alicate, pois sempre pagaram para embelezarem suas unhas.

Em rodas de conversas sobre os motivos que as trouxeram para fazer o curso de manicure, apareceram diversas falas:

‘Tenho filhos pequenos e não consigo creche e nem alguém para cuidar deles para que eu possa trabalhar fora, então pretendo fazer unhas em casa

mesmo”

“ Quero aprender fazer unhas pelo menos assim já economizo e ajudo o meu marido a pagar as contas de casa”

“Eu gostaria de trabalhar nessa profissão porque adoro mexer nas unhas e depois ver um resultado bonito, principalmente desenhar”

“Eu já faço unhas em casa, mas gostaria de me aperfeiçoar para realizar um trabalho mais bem feito”

“Preciso fazer esse curso pra ter uma renda a mais, porque querendo ou não, terei de onde tirar pelo menos o leite das crianças, já que não trabalho

e meu marido ganha pouco”

No decorrer dos dias de fevereiro, iniciamos o curso com o acolhimento do grupo através de dinâmica de apresentação e integração das mesmas, na

qual cada um pode falar um pouco sobre si, suas experiências profissionais e suas expectativas para o curso. Durante a primeira semana, proporcionamos

uma integração com todos os educandos e funcionários da escola numa roda de música em que a coordenadora Estela tocou e cantou conosco, o que

propiciou a todos se sentirem parte da escola e do grupo. Em março, trabalhamos também com o tema “Dia Internacional da Mulher”, que foi bastante

proveitoso em que todas puderam expressar suas opiniões, angústias, reivindicações e polêmicas e até mesmo propostas para a efetivação desses direitos.

Assistimos a dois curta metragem, que retratam um pouco sobre esse tema: “Acorda Raimundo” e” Vida Maria” com os demais educandos da escola :Alfa,

CAGECPM, cabeleireiro e com a presença da “moça da ong” que enriqueceu a discussão e oportunizou a integração dos mesmos.

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Fizemos pesquisas no laboratório de informática, que serviram de apoio e instrumento para as discussões, debates e registros sobre o que pensam

da situação da mulher nos dias de hoje que foram expostas em sala de aula. Concomitantemente demos início as aulas teóricas do curso utilizando como

instrumentos, leituras de textos, aulas expositivas, discussões, relatos pessoais, projeção de imagens e esclarecimentos de dúvidas. Nesse início notei em

diversas alunas habilidades na esmaltação e dificuldades na cuticulagem. Por isso, as aulas foram planejadas através de explicações, vivências práticas,

apreciação de vídeos, pesquisas na internet etc, que tratassem desses conteúdos. Com o passar dos dias, partimos para as aulas práticas das técnicas e

conteúdos estudados utilizando a estratégia de observação da professora realizando o procedimento e depois a de uma aluna executando o procedimento

em outra, sob supervisão. Contudo, as mesmas demonstraram participação, envolvimento, determinação na realização das propostas, com bastante

empenho e trabalho em equipe.

As educandas puderam praticar os procedimentos também através de agendamentos para atendimento a comunidade e a integração com os educandos do

PEAT e do curso de cabeleireiro, o que fez com que as mesmas perdessem um pouco da insegurança que tinham em realizar a cuticulagem e possibilitou

que a turma demonstrasse um grande desenvolvimento na esmaltação e desenhos artísticos nas unhas e avanços significativos na cuticulagem. Contudo,

avalio satisfatório o desempenho e realização dos procedimentos que adquiriram nesse período e fica nítido a disposição e interesse que têm para

conseguirem concluírem o curso.

Quadro de planejamento:

- QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO – Profª Sheila Manicure

Fala significativa:

“Preciso fazer este curso porque querendo ou não, toda semana temos de onde tirar pelo menos o leite das crianças.”

Superação da fala / contratema (Objetivo Geral):

Preciso fazer esse curso para me formar e qualificar, tendo entendimento que a qualificação profissional se apresenta como estratégia para combater os efeitos do desemprego, em um mercado de trabalho que é parte de um mundo globalizado, num tempo de políticas neoliberais. Neste cenário competitivo, as ações de exclusão reduz o acesso a direitos básicos como o da alimentação. O trabalho ocupa papel central na vida de homens e mulheres e nestes tempos o curso de qualificação

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pode ser uma oportunidade para fortalecer a cidadania.

Problematização Micro

Problematização Macro Eixos do Conhecimento

Conteúdo Micro Conteúdo Macro Observáveis/ Objetivos Específicos

No que a crise econômica afeta no custeio do trabalho que você vai desenvolver

Quais os cuidados com a saúde estão atrelados a área da beleza?

Quais os direitos e deveres na profissão?

No que a crise econômica afeta a sua renda, vida e família?

Qual seria a renda ideal para a sua família viver?

Qual a renda de uma manicure, diante de te,mpos de

Você tem conhecimento da crise econômica no Brasil?

O que é renda?

O que é PIB?

Renda Per capta, sabe o que é?

Qual é a renda mínima das famílias brasileiras?

Como é a Produção de alimentos no Brasil?

Num país de grande extensão territorial como o Brasil, porque ainda temos questões tão graves relacionados a fome e má alimentação?

Quais as ações e cuidados relacionados as EPIs?

Memoria e Territorialidade

Estudo das rendas familiares;

IBGE;

Resgate de comparações de rendas familiares em outras décadas;

Comparação de preços nos salões vizinhos

Pesquisa de preços e qualidade no atendimento

Economia no Brasil e geração de renda;

Precificação Compreender criticamente as relações de produção e de trabalho

Realizar seu trabalho com sabedoria, idoneidade, autonomia, responsabilidade e compromisso com a construção de uma sociedade livre, justa e solidária

Meio Ambiente e Saúde

Qualidade de vida e alimentação saudável;

Alimentos x agrotóxicos

Técnicas de higienização de pés e mãos

Esterilização de instrumentos

Uso dos EPIs

Saúde e qualidade de vida;

Higienização do ambiente e do mobiliário

Higienização dos instrumentos

Identificar as condições ambientais dos diferentes locais de trabalho( salões, clínicas, institutos de beleza, comercio)

Atuar no desenvolvimento de ações, cuidados e proteção á saúde das unhas

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desempregos?

Como uma manicure consegue sobreviver em tempos de crise s e desemprego?

Quais são as técnicas que eu preciso desenvolver para desempenhar o trabalho de uma manicure?

Qual é a sua renda mensal?

Quantas pessoas moram com você e dependem desta renda?

Quais custos as famílias tem em média com a alimentação?

O que é cesta básica?

Quais as funções do profissional da beleza?

Desnutrição

Obesidade/ alimentação

juntamente com a equipe multiprofissionais

Responder de forma ativa, crítica e criativa aos desafios do relacionamento respeitoso com as diversidades culturais, preservando sua saúde e daqueles que dependem do seu trabalho.

Cultura e Trabalho

Direitos e deveres do cidadão;

Direitos trabalhistas;

Profissão de manicure;

Renda mínima de manicure

A mulher e o trabalho/ Arte

Reconhecimento da Profissão;

Agendamento

Individualização no atendimento

Avaliação das unhas

Cadastro de clientes Diferentes atendimentos

Legislação para profissionais da área da beleza

Técnicas de higienização de pés

e mãos (com álcool gel);

Técnicas de remoção

Competitividade capitalista;

Trabalho x remuneração

Salário mínimo;

Crescimento econômico

Novas ocupações

Acolhimento e recepção dos clientes

Tratamento e qualidade no atendimento

Atribuições e funções do profissional

Diferentes tipos de salão de beleza

Normas leis e protocolos

Identificar diversos estabelecimentos e salões de beleza e suas organizações e funcionamentos, além das nomenclaturas atuais, informações de equipes profissionais para apropriar- se de conhecimentos específicos, técnicos e práticas da área

, considerando as normas, leis vigentes e recursos humanos e materiais para atuação de forma consciente, solidária e

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de esmalte

de pés e mãos;

Técnicas de corte de unhas em

manicure e pedicure;

Técnicas de lixamento de unhas

em manicure e pedicure;

Técnicas de corte ou afastamento

de cutículas (cuticulagem);

Esfoliação de pés e mãos;

Técnicas de hidratação, massa

gem e nutrição nos pés e nas mãos;

ética.

Exercer a atividade de Manicure e Pedicure com Acabamento Artístico em conformidade com os conceitos, métodos e técnicas de higienizar, esfoliar, hidratar e massagear a pele e cortar, lixar, cuticular, esmaltar e decorar unhas de pés e mãos na matriz tecnológica de Cuidados estéticos com segurança.

Responder de forma ativa, crítica e criativa aos desafios da gestão do trabalho, da organização de sua categoria profissional.

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Li

ngu

agen

s

Oral

Debates e leituras sobre os temas

Diálogo sobre o atendimento a ser realizado

Poder de argumentação;

Diálogo e interação

Protocolo de atendimento

Escrita

Textos Coletivos

Registros Individuais

Tecnológica

Corporal

Matemática

Valores dos produtos

Produtos x preço x aplicação

Controle de estoque

Estimativa de quantidade de produtos para cada atendimento

Pesquisa e lista de preços

Uso racional dos produtos

Turma de Corte e Estética de Cabelos I Professora Denise Cirilo

Período Noturno

Caracterização

A sala é composta por 20 alunos, quanto à idade estão eles entre 18 e 51 anos de idade e o número maior é de mulheres. Quanto à escolaridade

apresentam-se mais heterogêneo e diversificado ainda, tenho aluna com faculdade e outra que está freqüentando o ensino fundamental no período da tarde aqui na escola.

Apenas 08 (oito) deles estão empregados, e destes 02 (dois) em salão de beleza, 02 (dois) em frente de trabalho, 02 (dois) em restaurante, 01 (um)como representante comercial, 01 (um ) aluno corta cabelo masculino em casa, os demais estão a procura de emprego. Maioritariamente os alunos vivem com suas famílias e são no geral pais e mães.

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Os alunos com exceção de 01 (uma) que veio para aprender a cortar cabelos pelo motivo de ter um irmão acamado e não conseguir alguém que atenda essa demanda em casa, os demais querem melhorar sua condição financeira através de um curso profissionalizante rápido e nas palavras deles “sem crise”, os três que já trabalham na área querem o certificado e aprender um pouco mais para crescer dentro do que já fazem. Todos sem exceção dizem que o querem aprender a cortar cabelo, esse é o maior desafio.

Poucos moram nos arredores da escola, a maioria vem de outras regiões e necessitam de condução, sendo que 04 (quatro) vêm do riacho grande. Em nossas rodas de conversa com as temáticas: quais as dificuldades encontradas como trabalhador e qual o problema que dificulta mais o seu

viver, suas falas significativas giram em torno da dificuldade de arrumar emprego sem qualificação profissional, sendo que a maioria deles diz que pela idade já não conseguem emprego. Suas falas significativas são:

“passou dos 45 anos ninguém da chance para quem tem pouca escolaridade e nenhuma formação” “estou desempregado e pela minha idade estou tendo dificuldades em arrumar emprego” “estou desempregado e a maioria dos serviços pede que a pessoa tenha experiência” “pois com a idade fica mais difícil arrumar emprego, quem também não tem estudo é muito difícil. Eles acham que passou dos 40 anos a gente não

come.” “hoje em dia o mercado do trabalho exige muito” A grande maioria quer trabalhar por conta própria. Temem encontrar dificuldades em cortar cabelos, e também no convívio com os demais

profissionais, se entrarem para trabalhar em um salão, outros dizem que tem medo de não agradar (errar) com cliente e ser avaliado negativamente. Um aluno disse que tem medo do preconceito, desprezo e piadinha dos amigos pelo fato de ter escolhido essa profissão de mulher.

Quanto ao lado cultural já até formaram um grupo para tomarem cervejinha juntos, gostam muito de se reunir com amigos para jogar conversa fora, dar risada e apreciar um churrasco com cerveja, lógico tenho evangélicos na sala que entre sorrisos disseram que só dispensam a cerveja.

Pelo que pude observar, os alunos desta turma são bastante astutos e perspicazes, demonstrando interesse nas atividades propostas. Ainda assim, é natural que existam alunos menos participativos e um pouco tímidos, percebi também que a turma integra alunos com algumas dificuldades em determinadas áreas e que, por isso, talvez sejam menos participativos nas áreas em questão, por serem mais velhos tem uma posição mais radical e conservadora.. Desta forma, tenho também de focar a minha atenção nas necessidades individuais destes alunos e procurar auxiliá-los de forma mais peculiar nas áreas que detenham dificuldades. Na generalidade, a turma é bastante boa e os alunos são muito empenhados, o que, entre outros fatores, está a contribuir em grande medida para a boa experiência que estou a ter em contexto desse ciclo.

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Quadro de planejamento:

- QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO – Cabelos I – período noite 1º. Ciclo de 2017

Fala significativa:

“passou dos 45 anos ninguém da chance para quem tem pouca escolaridade e nenhuma formação”

“estou desempregado e pela minha idade estou tendo dificuldades em arrumar emprego”

“estou desempregado e a maioria dos serviços pede que a pessoa tenha experiência”

“pois com a idade fica mais difícil arrumar emprego, quem também não tem estudo é muito difícil. Eles acham que passou dos 40 anos a gente não come.”

Superação da fala / contratema (Objetivo Geral):

O que pode acabar com seus sonhos: “se não tem experiência, se não é tão jovem, se lhe falta estudo, que futuro ele terá”?

É preciso ter uma leitura crítica de mundo para viabilizar que o mundo é possível de ser transformável e que a esperança de uma realidade orientada por valores éticos pode ser construída.

Problematização Micro Problematização

Macro Eixos do

Conhecimento Conteúdo Micro Conteúdo Macro

O que é ser um bom cabelereiro na atualidade, independente da idade?

No que o momento de desemprego afeta a sua vida e família?

Como surgiu a profissão do cabelereiro? Os profissionais geralmente possuem qual idade?

Experiência x Falta de experiência – a luta

Memoria e Territorialidade

História dos cabelos Historia dos penteados

Ética e cidania Desigualdade social História das leis trabalhistas

Meio Ambiente e Saúde

Saúde do trabalhador Segurança no trabalho

Formas de higienização, esterilização e manutenção de instrumentos e espaços, descarte ecológico

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A formação do cabelereiro no dia a dia – a prática e a teoria. Onde e como aprender, qual a melhor forma, diante da sua idade?

Quais as regras que regulam a atividade e como vc pode adquirir esses conhecimentos, independente da sua idade?

Você sem experiência sente confiança para realizar procedimentos de estética e beleza?

Deverá existir por parte do profissional de beleza higiene e cuidado com os

pela entrada no mundo do trabalho

Os valores: confiança, cooperação, honestidade são posturas ultrapassadas do que se refere à ética?

Por meio do uso das técnicas específicas como posso realizar procedimentos com segurança e respeito ao meio ambiente?

Nessa área muito competitiva, em que se destaca o profissional?

Há outras formas de

Cultura e Trabalho

Legislação na área da beleza Infraestrutura física dos salões Layouts Currículo, entrevista, concurso, seleções Percurso e processo formativo

Organização do mundo do trabalho: MEI ,Carteira assinada, Economia solidária Crescimento econômico e político

Lin

guag

ens

Oral

Dialogo como forma de reflexão: Atendimento ao cliente

Instrumentação para argumentação e discurso: O preparo técnico do profissional

Escrita

Leitura de rótulos de produtos Anotação de procedimentos Revistas e textos da área da beleza

Acesso a informação

Tecnológica

Utilização do watsApp como meio de comunicação e trabalho Utilização da internet como ferramenta de pesquisa

Rede social Cultura digital A internet e o mundo do trabalho

Corporal

Postura no atendimento Alongamento Linguagem corporal

LER – lesões de esforço repetitivo

Matemática

Simetria / geometria Lucros e gastos, dosagens proporção Ângulos de corte

Colorimetria Química dos produtos

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materiais?

Como economizar na manutenção dos equipamentos e utensílios?

Todos os profissionais dão conta da higienização dos materiais, inclusive os mais velhos na profissão?

Existe diferentes taxas de empregabilidade conforme a etnia e faixa etária? Se existe diferenças, como essas se apresentam na imagem pessoal?

Há diferentes variações entre cabelos de diferentes raças humanas?

Devo oferecer vários

organização dentro do mercado de trabalho, conforme perfil de profissional?

Como procede as relações no mundo do trabalho? Elas são organizadas mais por Competitividade ou solidariedade? Conforme faixa etária

Diferenciais de serviços e atendimento X redes sociais – como posso proceder?

Que nível de conhecimento técnico é necessário para comandar um “Salão de Beleza”? Quais são as habilidades que devem ser desenvolvidas, conforme faixa etária

Divisão dos cabelos Desigualdade social

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serviços estéticos em um só lugar, como posso aparecer?

Quem é e onde está o cliente? O que de melhor posso oferece?

Quais serviços o ”Salão de Beleza” deve oferecer?

Onde será instalada a empresa? Ou trabalharei para outros? O que é melhor nesse momento?

Qual a importância da matemática na profissão de cabeleireiro?

do profissional? Como adquirir experiência neste ramo de negócio (se já não possuir)?

Qual deve ser o perfil de empresário neste ramo de negócio? Como desenvolver este perfil?

Existem restrições legais para instalação deste tipo de empresa na localidade ?

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Unidade I

Diferentes tipos de salão;

Normas, Leis e Protocolos;

Precificação;

Legislação para os profissionais

Unidade II

Higienização;

Conhecimento de rótulos e produtos

Armazenamento;

Controle de Estoque

Unidade III

Atendimento, tratamento ao cliente;

Ficha de atendimento;

Estrutura para atendimentos;

Cadastro de clientes

Unidade IV

Conceitos de PH;

Tipos de produtos e técnicas para lavar, hidratar e finalização dos cabelos;

Tempo de ação dos produtos;

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Conceitos de qualidade na área da beleza;

Instruções com relação a alterações no couro cabeludo/pele

Unidade V

Como proceder em processos alérgicos;

Alterações no couro cabeludo;

Divisão do tempo para intervenções em cabelos;

Equipamentos para corte;

Calorimetria;

Técnicas de coloração, escovação e penteados básicos.

Unidade VI

Divulgação do trabalho por diferentes recursos;

Portfólio online e construção de mostruários de transformações nos cabelos

Justificativa do curso Surgiu da necessidade de profissionalizar as pessoas que ainda não tinham qualificação profissional ou alguma formar de aquisição de renda. Os beneficiários serão homens e mulheres, a partir dos 16 anos, que geralmente não possuem qualificação profissional nem grau de escolaridade exigido pelo mercado de trabalho.

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Objetivo Geral

Oferecer, dentro de uma visão geral, conhecimentos sobre a história da beleza e suas modificações de acordo com as novas perspectivas que o mercado está oferecendo e do novo perfil do homem/mulher moderno. Refletir que o trabalho está intrinsecamente ligado à vida humana em uma ação que transforma a vida. Em seguida, oferecer aos educandos acesso às técnicas primordiais para atuarem como profissionais iniciantes, como também ampliar sua capacidade para o mundo do trabalho.

Objetivo específico Capacitar e formar homens e mulheres sem perspectiva de formação e qualificação com grau de escolaridade baixa e dificuldade e acesso aos programas sociais a oportunidade de se qualificarem profissionalmente na profissão de Cabeleireiro para competirem no mercado de trabalho formal e informal.

Metodologia Após levantamento das falas significativas/ situação limite dos/as educandos/as com o intuito de desenvolver conteúdos que abordassem soluções conceituais, procedimentais e atitudinais que promovam as transformações individuais e coletivas defini a seguinte metodologia: Apresentação de um referencial teórico para melhor compreensão da prática (Regência de Classe) e, em Seguida aulas práticas com análise de técnicas utilizadas pelos profissionais da beleza com intervenção da professora. Análise dos resultados e socialização dos mesmos; Pesquisa de temas ligados ao mundo do trabalho com diálogo e discussão dos mesmos; Apresentação de produtos mercadológicos, no intuito de proporcionar uma visão sobre as tendências; assim como o funcionamento e a concorrência, o comportamento demandante e os indivíduos como consumidores e seu não poder sobre o mercado. Criação de grupo no Whatsapp no propósito de cuidar pela permanência dos colegas e incentivo na continuidade do curso

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PLANOS DE CURSO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

EIXO TECNOLÓGICO: IMAGEM PESSOAL

MATRIZ TECNOLÓGICA: CUIDADOS ESTÉTICOS COM SEGURANÇA

CURSO: MANICURE E PEDICURE COM ACABAMENTO ARTÍSTICO

CARGA HORÁRIA: 200 HORAS

PRÉ-REQUISITOS PARA ACESSO AO CURSO: Idade: 16anos Escolaridade: 4º termo/série

PERFIL DO PROFISSIONAL Compreende criticamente as relações sociais de produção e de trabalho, no contexto das quais se apropria de elementos da natureza, da ciência, da tecnologia e da cultura para agir sobre o objeto e componentes da atividade de Manicure e Pedicure com Acabamento

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Artístico em relação com os sujeitos. Realiza seu trabalho com sabedoria, idoneidade, autonomia, responsabilidade e compromisso com a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. Exerce a atividade de Manicure e Pedicure com Acabamento Artístico em conformidade com os conceitos, métodos e técnicas de higienizar, esfoliar, hidratar e massagear a pele e cortar, lixar, cuticular, esmaltar e decorar unhas de pés e mãos na matriz tecnológica de Cuidados estéticos com segurança. Responde de forma ativa, crítica e criativa aos desafios da gestão do trabalho, da organização de sua categoria profissional, do relacionamento respeitoso com as diversidades culturais, da sustentabilidade ambiental, preservando sua saúde e daqueles que dependem do seu trabalho.

OBJETIVO GERAL: Organizar a ação educativa de forma integral, através do processo de ensino aprendizagem que considere o currículo crítico libertador e os Eixos do Conhecimento (Identidade, Memória e Territorialidade, Cultura e Trabalho, Meio Ambiente e Linguagens) que se compõe pelos Eixos Integradores (Ética e Cidadania, Identidade, Diversidade e Direitos Humanos, Mundo do Trabalho, Legislação e Defesa do/a Trabalhador/a, Orientação Profissional, Saúde e Segurança do Trabalho) conforme as Diretrizes Curriculares da EJA de São Bernardo do Campo. O curso propiciará a compreensão de todo o processo da atividade de Manicure e Pedicure com Acabamento Artístico, a organização do trabalho numa perspectiva crítica e cultural, fortalecendo a atuação pautada pela matriz tecnológica, por meio do uso de técnicas específicas em consonância com as normas de saúde, segurança e meio ambiente.

UNIDADE TEMÁTICA I: ORGANIZAÇÃO E GERENCIAMENTO

OBJETIVO: Identificar diversos estabelecimentos e salões de beleza e suas organizações e funcionamentos, além das nomenclaturas atuais, informações de equipes profissionais para apropriar-se de conhecimentos específicos, técnicos e práticas da área, considerando as normas, leis vigentes e recursos humanos e materiais para atuação de forma consciente, solidária e ética.

BASES TECNOLÓGICAS:

Diferentes tipos de salão de beleza; Normas, leis e protocolos; Organização e funcionamento dos salões e seus setores; Acordos e procedimentos de organização; Legislação para os profissionais da área da beleza: Lei 12.592/2012; Atribuições e funções do profissional de Manicure e Pedicure com Acabamento Artístico; Precificação; Infraestrutura física dos salões; Diferentes layouts de salões; Corpo de profissionais dos salões; Necessidade da manutenção da qualidade considerando conceitos de qualidade na área da beleza e aperfeiçoamento do trabalho; Conferência prévia de disponibilidade de produtos (variedade e quantidade) para o atendimento; Estrutura para atendimento em domicílio.

UNIDADE TEMÁTICA II: ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS, HIGIENIZAÇÃO, ESTERILIZAÇÃO E MANUTENÇÃO DE INSTRUMENTOS E ESPAÇO.

OBJETIVO: Conhecer os diferentes produtos e equipamentos, formas de armazenamento e higienização de uso do profissional. Apresentar os instrumentais do curso e os EPI´s e a importância desses equipamentos dentro do cotidiano do profissional.

BASES TECNOLÓGICAS:

Produtos de consumo utilizados em salões de beleza (Lista ao final do Plano) Instrumentos utilizados em salões de beleza (cadeira de ciranda, apoio de pés, alicate, espátula, autoclave ou estufa, toalhas etc); Estimativa de quantidade de produtos para cada procedimento; Higienização e/ou esterilização de instrumentos; Higienização do ambiente e mobiliário; Utilização adequada de EPIs para organizar e higienizar o salão; Leitura de rótulos de produtos e equipamentos e entendimento do seu uso; Armazenamento de instrumentos e produtos;

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Armazenamento após a esterilização; Controle dos estoques de produtos e instrumentos; Conservação e manutenção de instrumentos.

UNIDADE TEMÁTICA III: ACOLHIMENTO E RECEPÇÃO

OBJETIVO: Compreender a importância do acolhimento e recepção dos/as clientes por meio do preenchimento da ficha de atendimento, do diálogo sobre suas expectativas em relação ao atendimento a ser realizado e da avaliação de mãos, pés e unhas, para obter a qualidade do procedimento.

BASES TECNOLÓGICAS:

Observância de protocolos de atendimento; Atendimento pessoal, telefônico e eletrônico; Agendamentos; Individualização do atendimento; Tratamento e qualidade no atendimento; Ficha de Atendimento Avaliação das unhas das mãos e dos pés; Diálogo sobre o atendimento a ser realizado; Estrutura para atendimento em domicílio; Cadastro de clientes; Diferentes atendimentos.

UNIDADE IV: PROCEDIMENTOS DE PRÉ ESMALTAÇÃO

OBJETIVO: Desenvolver técnicas e conhecer as partes das unhas, propiciando os cuidados necessários para o seu embelezamento.

BASES TECNOLÓGICAS:

Técnicas de higienização de pés e mãos (com álcool gel); Técnicas de remoção de esmalte de pés e mãos; Técnicas de corte de unhas em manicure e pedicure; Técnicas de lixamento de unhas em manicure e pedicure; Técnicas de corte ou afastamento de cutículas (cuticulagem); Esfoliação de pés e mãos; Técnicas de hidratação, massagem e nutrição nos pés e nas mãos; Tempo de ação dos produtos; Utensílios e materiais utilizados em cada operação; Uso racional dos produtos.

UNIDADE V: ESMALTAÇÃO E DECORAÇÃO DE UNHAS

OBJETIVO: Desenvolver a finalização do embelezamento das unhas contemplando as novas tendências e aprimorando os conhecimentos tecnológicos.

BASES TECNOLÓGICAS:

Técnicas de esmaltação nas unhas; Técnicas de secagem dos produtos nas unhas; Técnicas de decoração de unhas; Tempo de ação dos produtos; Utensílios e materiais utilizados em cada operação. Uso sustentável dos produtos. Portfólio e construção de mostruários de unhas artísticas.

EIXO TECNOLÓGICO: IMAGEM PESSOAL

MATRIZ TECNOLÓGICA: CUIDADOS ESTÉTICOS COM SEGURANÇA

CURSO: CORTE E ESTÉTICA DE CABELOS I

CARGA HORÁRIA: 200 HORAS

PRÉ-REQUISITOS PARA ACESSO AO CURSO: IDADE: 16 ANOS ESCOLARIDADE: 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

PERFIL DO PROFISSIONAL

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Compreende criticamente as relações sociais de produção e de trabalho, no contexto das quais se apropria de elementos da natureza, da ciência, da tecnologia e da cultura para agir sobre o objeto e componentes da atividade de Corte e Estética de Cabelos I em relação com os sujeitos. Realiza seu trabalho com sabedoria, idoneidade, autonomia, responsabilidade e compromisso com a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. Exerce a atividade de Corte e Estética de Cabelos I em conformidade com os conceitos, métodos e técnicas de avaliar, lavar, escovar e tratar os cabelos, bem como preparar para penteados e realizar penteados simples, cortes tradicionais, colorações básicas e embelezamento capilares. Responde de forma ativa, crítica e criativa aos desafios da gestão do trabalho, da organização de sua categoria profissional, do relacionamento respeitoso com as diversidades culturais, da sustentabilidade ambiental, preservando sua saúde e daqueles que dependem do seu trabalho.

OBJETIVO GERAL: Organizar a ação educativa de forma integral, através do processo de ensino aprendizagem que considere o currículo crítico libertador e os Eixos do Conhecimento (Identidade, Memória e Territorialidade, Cultura e Trabalho, Meio Ambiente e Linguagens) que se compõe pelos Eixos Integradores (Ética e Cidadania, Identidade, Diversidade e Direitos Humanos, Mundo do Trabalho, Legislação e Defesa do/a Trabalhador/a, Orientação Profissional, Saúde e Segurança do Trabalho) conforme as Diretrizes Curriculares da EJA de São Bernardo do Campo. O curso propiciará a compreensão de todo o processo da atividade de Corte e Estética de Cabelos I, a organização do trabalho numa perspectiva crítica e cultural, fortalecendo a atuação pautada pela matriz tecnológica, por meio do uso de técnicas específicas, em consonância com as normas de saúde, segurança e meio ambiente.

UNIDADE TEMÁTICA I: Organização e gerenciamento

OBJETIVO: Identificar diversos estabelecimentos e salões de beleza e suas organizações e funcionamentos, além das nomenclaturas atuais, informações de equipes profissionais para apropriar-se de conhecimentos específicos, técnicos e práticas da área, considerando as normas, leis vigentes e recursos humanos e materiais para atuação de forma consciente, solidária e ética.

BASES TECNOLÓGICAS

Diferentes tipos de salão de beleza. Organização e funcionamento dos salões e seus setores; Acordos e procedimentos de organização; Legislação para os profissionais da área da beleza: Lei 12.592/2012. Atribuições e funções do profissional de Corte e Estética de Cabelos I; Infraestrutura física dos salões Diferentes layouts de salões Corpo de profissionais dos salões Necessidade da manutenção da qualidade considerando conceitos de qualidade na área da beleza e aperfeiçoamento do trabalho; Conferência prévia de disponibilidade de produtos (variedade e quantidade) para o atendimento. Estrutura para atendimento em domicílio. Portfólio e construção de mostruários de Cortes de Cabelos, Colorações Básicas e Penteados.

UNIDADE TEMÁTICA II: Armazenamento de produtos, higienização, esterilização e manutenção de instrumentos e espaço

OBJETIVO: Conhecer os diferentes produtos e equipamentos, formas de armazenamento e higienização de uso do profissional. Identificar os instrumentais do curso e os EPI´s e a importância desses equipamentos dentro do cotidiano do profissional.

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BASES TECNOLÓGICAS

Produtos de consumo utilizados em salões de beleza Instrumentos utilizados em salões de beleza (Secador, Prancha, Modelador, Escova, Pente, Prendedor, Tesoura, Navalha, Máquina de corte e acabamento, Pincel, Capa de Corte e Coloração, Cadeira de corte, Lavatório, Toalheiros, Carrinhos auxiliares, Espelhos, Armários para estoques de produtos, Gôndolas, Balcões etc.). Estimativa de quantidade de produtos para cada procedimento. Higienização e/ou esterilização de instrumentos. Higienização do ambiente e mobiliário. Utilização adequada de EPIs para organizar e higienizar o salão. Leitura de rótulos de produtos e equipamentos e entendimento do seu uso. Armazenamento de instrumentos e produtos. Armazenamento após a esterilização. Controle dos estoques de produtos e instrumentos. Conservação e manutenção de instrumentos.

UNIDADE TEMÁTICA III: Acolhimento, recepção e divulgação

OBJETIVO: Compreender a importância do acolhimento e recepção dos/as clientes por meio do preenchimento da ficha de atendimento, do diálogo sobre suas expectativas em relação ao atendimento a ser realizado e da avaliação de mãos, pés e unhas, para obter a qualidade do procedimento.

BASES TECNOLÓGICAS

Observância de protocolos de atendimento Individualização do atendimento Tratamento e qualidade no atendimento Ficha de Atendimento Avaliação das unhas das mãos e dos pés Diálogo sobre o atendimento a ser realizado Estrutura para atendimento em domicílio Cadastro de clientes Diferentes atendimentos Divulgação do trabalho por meio de diferentes recursos: boca a boca, panfletos, rede sociais. Portfólio online e construção de mostruários de transformações nos cabelos Cadastro de clientes Diferentes atendimentos. Código de defesa do consumidor.

UNIDADE TEMÁTICA IV: Procedimentos para higienização e tratamento dos cabelos

OBJETIVO: Reconhecer a importância da escala de PH, para o uso correto dos produtos (leitura e análise) nos procedimentos de lavagem e tratamento, adequados para cada tipo de cabelo.

BASES TECNOLÓGICAS

Conceito de PH e sua importância para intervenções em cabelos. Tipos de produtos para limpeza, hidratação e finalização dos cabelos. Tempo de ação dos produtos. Técnicas de pentear cabelos. Técnicas de hidratação de cabelos. Conceitos de qualidade na área da beleza. Instrumentos produtos utilizados em cada operação. Instruções com relação a alterações no couro cabeludo/pele

UNIDADE TEMÁTICA V: Procedimentos para transformações nos cabelos

OBJETIVOS: Compreender e executar técnicas de teste de mechas e pele, de enrolar bobs, de

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corte, coloração e escovação.

BASES TECNOLÓGICAS

Orientações em relação a como proceder em casos de processos alérgicos; Técnicas do teste de mechas e pele; Instruções com relação a alterações no couro cabeludo/pele. Técnicas de cauterização/selagem de cabelos. Técnicas de cortes de cabelo. Análise os formatos dos rostos e o cotidiano dos/as clientes, para sugestão de corte, coloração e finalização adequada. Divisão do tempo para as intervenções em cabelos. Equipamentos para corte e finalização. Colorimetria (cores primárias, fundo de clareamento, altura do tom, reflexos primários e secundários). Técnicas de enrolar bobs. Preparação para penteados. Técnicas de coloração. Técnicas de escovação.

EIXO TECNOLÓGICO: IMAGEM PESSOAL

MATRIZ TECNOLÓGICA: CUIDADOS ESTÉTICOS COM SEGURANÇA

CURSO: EPILAÇÃO E DESIGN DE SOBRANCELHAS

CARGA HORÁRIA: 200 HORAS

PRÉ-REQUISITOS PARA ACESSO AO CURSO: IDADE: 16 ANOS ESCOLARIDADE: 4ºSÉRIE/TERMO

PERFIL DO PROFISSIONAL: Compreende criticamente as relações sociais de produção e de trabalho, no contexto das quais se apropria de elementos da natureza, da ciência, da tecnologia e da cultura para agir sobre o objeto e componentes da atividade de Epilação e Design de Sobrancelhas em relação com os sujeitos. Realiza seu trabalho com sabedoria, idoneidade, autonomia, responsabilidade e compromisso com a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. Exerce a atividade de Epilação e Design de Sobrancelhas em conformidade com os conceitos, métodos e técnicas de avaliar, higienizar, epilar, esfoliar, hidratara pele na matriz tecnológica de Cuidados estéticos com segurança. Responde de forma ativa, crítica e criativa aos desafios da gestão do trabalho, da organização de sua categoria profissional, do relacionamento respeitoso com as diversidades culturais, da sustentabilidade ambiental, preservando sua saúde e daqueles que dependem do seu trabalho.

OBJETIVO GERAL: Organizar a ação educativa de forma integral, através do processo de ensino aprendizagem que considere o currículo crítico libertador e os Eixos do Conhecimento (Identidade, Memória e Territorialidade, Cultura e Trabalho, Meio Ambiente e Linguagens) que se compõe pelos Eixos Integradores (Ética e Cidadania, Identidade, Diversidade e Direitos Humanos, Mundo do Trabalho, Legislação e Defesa do/a Trabalhador/a, Orientação Profissional, Saúde e Segurança do Trabalho) conforme as Diretrizes Curriculares da EJA de São Bernardo do Campo. O curso propiciará a compreensão de todo o processo da atividade de Epilação e Design de Sobrancelhas, a organização do trabalho numa perspectiva crítica e cultural, fortalecendo a atuação pautada pela matriz tecnológica, por meio do uso de técnicas específicas, em consonância com as normas de saúde, segurança e meio ambiente.

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UNIDADE TEMÁTICA I: Organização e gerenciamento

OBJETIVO: Identificar diversos estabelecimentos e salões de beleza e suas organizações e funcionamentos, além das nomenclaturas atuais, informações de equipes profissionais para apropriar-se de conhecimentos específicos, técnicos e práticas da área, considerando as normas, leis vigentes e recursos humanos e materiais para atuação de forma consciente, solidária e ética.

BASES TECNOLÓGICAS

Diferentes tipos de salão de beleza. Normas, leis e protocolos: Organização e funcionamento dos salões e seus setores; Acordos e procedimentos de organização; Legislação para os profissionais da área da beleza: Lei 12.592/2012. Atribuições e funções do profissional de Epilação e Design de Sobrancelhas; Precificação Infraestrutura física dos salões Diferentes layouts de salões Corpo de profissionais dos salões Necessidade da manutenção da qualidade considerando conceitos de qualidade na área da beleza e aperfeiçoamento do trabalho; Conferência prévia de disponibilidade de produtos (variedade e quantidade) para o atendimento. Estrutura para atendimento em domicílio. Portfólio e construção de mostruários de sobrancelhas. Doenças laborais provenientes da atividade de Epilação e Design de Sobrancelhas Medidas de prevenção e segurança do trabalhador Exercícios laborais indicados para estes profissionais. Segurança do trabalho aplicada ao salão de beleza.

UNIDADE TEMÁTICA II: Armazenamento de produtos, higienização, esterilização e manutenção de equipamentos e espaço

OBJETIVO: Conhecer os diferentes produtos e equipamentos, formas de armazenamento e higienização de uso do profissional. Apresentar os instrumentais do curso e os EPI´s e a importância desses equipamentos dentro do cotidiano do profissional.

BASES TECNOLÓGICAS

Produtos de consumo utilizados em salões de beleza Instrumentos utilizados em salões de beleza (maca, termocera, aparelho de rollon, pinças de diversos formatos, cadeiras, autoclaves ou estufas, biombo etc) Estimativa de quantidade de produtos para cada procedimento Higienização e/ou esterilização de instrumentos Higienização do ambiente e mobiliário Utilização adequada de EPIs para organizar e higienizar o salão; Leitura de rótulos de produtos e equipamentos e entendimento do seu uso Armazenamento de instrumentos e produtos Armazenamento após a esterilização Controle dos estoques de produtos e instrumentos Conservação e manutenção de instrumentos

UNIDADE TEMÁTICA III: Acolhimento e recepção

OBJETIVO: Compreender a importância do acolhimento e recepção dos/as clientes por meio do preenchimento da ficha de atendimento, do diálogo sobre suas expectativas em relação ao atendimento a ser realizado, para obter a qualidade do procedimento.

BASES TECNOLÓGICAS

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Observância de protocolos de atendimento Individualização do atendimento Tratamento e qualidade no atendimento Atendimento pessoal, telefônico e eletrônico; Agendamentos; Ficha de Atendimento Diálogo sobre o atendimento a ser realizado Estrutura para atendimento em domicílio Cadastro de clientes Diferentes atendimentos

UNIDADE TEMÁTICA IV: Procedimentos de pré-epilação

OBJETIVO: Compreender a estrutura da anatomia e fisiologia da pele e dos pelos, assim como as técnicas de limpeza da pele e aparo dos pelos se necessário, respeitando o conceito de qualidade na área da beleza e atentando-se às alterações da pele e dos pelos, assim utilizando os instrumentos e produtos adequados em cada operação.

BASES TECNOLÓGICAS

Estrutura (anatomia e fisiologia) da pele. Estrutura (anatomia e fisiologia) dos pelos. Técnicas de limpeza de pele. Técnicas de aparo de pelos. Conceitos de qualidade na área da beleza. Instrumentos e produtos utilizados em cada operação. Instruções com relação a alterações na pele e nos pelos.

UNIDADE TEMÁTICA VI: Técnicas de descoloração capilar e clareamento da pele

Objetivos: Compreender e realizar técnicas de descoloração capilar e clareamento da pele de forma adequada, garantindo a segurança e saúde das clientes.

BASES TECNOLÓGICAS

Consistência ideal do produto; Tempo de ação. Ação e função da argila branca.

EIXO TECNOLÓGICO: IMAGEM PESSOAL

MATRIZ TECNOLÓGICA: CUIDADOS ESTÉTICOS COM SEGURANÇA

CURSO: MAQUIAGEM

CARGA HORÁRIA: 200 HORAS

PRÉ-REQUISITOS PARA ACESSO AO CURSO: IDADE: 16ANOS ESCOLARIDADE: 4º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

PERFIL DO PROFISSIONAL: Compreende criticamente as relações sociais de produção e de trabalho, no contexto das quais se apropria de elementos da natureza, da ciência, da tecnologia e da cultura para agir sobre o objeto e componentes da atividade de Maquiador/Maquiadora em relação com os sujeitos. Realiza seu trabalho com sabedoria, idoneidade, autonomia, responsabilidade e compromisso com a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. Exerce a atividade de Maquiador/Maquiadora em conformidade com os conceitos, métodos e técnicas de avaliar, higienizar, hidratar, tonificar, contornar, maquiar e demaquilar a pele, da

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mesma forma realiza o design das sobrancelhas na matriz tecnológica de Cuidados estéticos com segurança. Responde de forma ativa, crítica e criativa aos desafios da gestão do trabalho, da organização de sua categoria profissional, do relacionamento respeitoso com as diversidades culturais, da sustentabilidade ambiental, preservando sua saúde e daqueles que dependem do seu trabalho.

OBJETIVO GERAL: Organizar a ação educativa de forma integral, através do processo de ensino aprendizagem que considere o currículo crítico libertador e os Eixos do Conhecimento (Identidade, Memória e Territorialidade, Cultura e Trabalho, Meio Ambiente e Linguagens) que se compõe pelos Eixos Integradores (Ética e Cidadania, Identidade, Diversidade e Direitos Humanos, Mundo do Trabalho, Legislação e Defesa do/a Trabalhador/a, Orientação Profissional, Saúde e Segurança do Trabalho) conforme as Diretrizes Curriculares da EJA de São Bernardo do Campo. O curso propiciará a compreensão de todo o processo da atividade de Maquiador/Maquiadora, a organização do trabalho numa perspectiva crítica e cultural, fortalecendo a atuação pautada pela matriz tecnológica, por meio do uso de técnicas específicas em consonância com as normas de saúde, segurança e meio ambiente.

UNIDADE TEMÁTICA I: Organização e gerenciamento

OBJETIVO: Identificar diversos estabelecimentos e salões de beleza e suas organizações e funcionamentos, além das nomenclaturas atuais, informações de equipes profissionais para apropriar-se de conhecimentos específicos, técnicos e práticas da área, considerando as normas, leis vigentes e recursos humanos e materiais para atuação de forma consciente, solidária e ética.

BASES TECNOLÓGICAS:

Diferentes tipos de salão de beleza. Normas, leis e protocolos; Organização e funcionamento dos salões e seus setores; Acordos e procedimentos de organização; Legislação para os profissionais da área da beleza: Lei 12.592/2012. Atribuições e funções do profissional de Maquiagem; Precificação Infraestrutura física dos salões Diferentes layouts de salões Corpo de profissionais dos salões Necessidade da manutenção da qualidade considerando conceitos de qualidade na área da beleza e aperfeiçoamento do trabalho; Conferência prévia de disponibilidade de produtos (variedade e quantidade) para o atendimento. Estrutura para atendimento em domicílio. Portfólio e construção de mostruários de maquiagens.

UNIDADE TEMÁTICA II: Armazenamento de produtos, higienização, esterilização e manutenção de equipamentos e espaço.

OBJETIVO: Conhecer os diferentes produtos e equipamentos, formas de armazenamento e higienização de uso do profissional. Apresentar os instrumentais do curso e os EPI´s e a importância desses equipamentos dentro do cotidiano do profissional.

BASES TECNOLÓGICAS:

Produtos de consumo utilizados em salões de beleza Instrumentos utilizados em salões de beleza (Cadeiras ajustáveis para maquiar, Prateleiras para organização da maquiagem com espelhos fixos, Espelhos grandes com aumento, Carrinhos auxiliares etc.). Estimativa de quantidade de produtos para cada procedimento

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Higienização e/ou esterilização de instrumentos Higienização do ambiente e mobiliário Utilização adequada de EPIs para organizar e higienizar o salão; Leitura de rótulos de produtos e equipamentos e entendimento do seu uso Armazenamento de instrumentos e produtos Armazenamento após a esterilização Controle dos estoques de produtos e instrumentos Conservação e manutenção de instrumentos

UNIDADE TEMÁTICA III: Acolhimento e recepção

OBJETIVO: Compreender a importância do acolhimento e recepção dos/as clientes por meio do preenchimento da ficha de atendimento, do diálogo sobre suas expectativas em relação ao atendimento a ser realizado, para obter a qualidade do procedimento.

BASES TECNOLÓGICAS

Observância de protocolos de atendimento Individualização do atendimento Atendimento pessoal, telefônico e eletrônico; Agendamentos; Tratamento e qualidade no atendimento Ficha de Atendimento Avaliação das unhas das mãos e dos pés Diálogo sobre o atendimento a ser realizado Estrutura para atendimento em domicílio Cadastro de clientes Diferentes atendimentos.

UNIDADE TEMÁTICA IV: Técnicas e procedimentos para preparação da pele

BASES TECNOLÓGICAS

Técnicas e procedimentos de lavagem e higienização da pele. Técnicas e procedimentos de Preparação da pele: Técnicas de hidratação facial. Técnicas de tonificação da pele da face. Técnicas de aplicação de máscaras faciais. Tempo de ação dos produtos. Utensílios e materiais utilizados em cada operação. Uso racional dos produtos

UNIDADE TEMÁTICA V: Técnicas e procedimentos de pré-maquiagem

OBJETIVO: Conhecer e realizar diferentes técnicas e procedimentos de cuidados e preparação da pele, aplicação de bases, corretivos e maquiagem, respeitando traços e formato do rosto.

BASES TECNOLÓGICAS

Formação da pele: diferentes tipos e características Técnicas e procedimentos de pré-maquiagem. Produtos para a preparação da pele (primers). Produtos para a uniformização da pele: - corretivos, bases (podem ser líquidas, mousses, finas, espessas), - pancakes (tem cobertura de base e corretivo, e também acabamento de pó), -pó compacto ou solto etc.

UNIDADE TEMÁTICA VI: Procedimentos para maquiagem e automaquiagem

OBJETIVO: Conhecer o estudo das cores para realizar a maquiagem de forma harmônica e correta analisando os diferentes tipos de rosto, ocasiões, faixa etária, etnia, etc.

BASES TECNOLÓGICAS

Cosmetologia e cuidados necessários ao maquiar diferentes tipos de pele. Técnicas para definir contornos.

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Análise de diferentes tipos de rosto (oval, quadrado, redondo, triangular, retangular e losangular) para aplicação de maquiagem. Geometria facial e padrões estéticos. Pesquisas sobre tendências de maquiagem. Técnicas de maquiagem e de automaquiagem. Estudo das cores e aplicação na profissão de maquiador. Técnicas de finalização. Técnicas de colocação de cílios.

UNIDADE TEMÁTICA VII: Design básico de sobrancelhas

OBJETIVO: Compreender e realizar as técnicas de design de sobrancelhas de acordo com o formato do rosto e tendências de moda vigentes e saber realizar aplicação de hena após o procedimento

BASES TECNOLÓGICAS

Técnicas geométricas para medição de sobrancelhas. Formatos de sobrancelhas e de rostos. Técnicas de retirada de pelos de sobrancelhas. Técnicas de desenho e correção de sobrancelhas.

UNIDADE TEMÁTICA VIII:DIVULGAÇÃO DO TRABALHO

OBJETIVO: Compreender a técnica geométrica para medição e desenho das sobrancelhas, além de reconhecer os formatos de rosto para o design de sobrancelhas de acordo com os mesmos. Aprender técnicas de retirada e correção, de acordo com tendência da moda atual. Realizar a aplicação de hena após o procedimento de design de sobrancelhas.

BASES TECNOLÓGICAS

Divulgação do trabalho Portfólio e construção de mostruários de MAQUIAGEM Cadastro de clientes Diferentes atendimentos. Divulgação do trabalho por meio de diferentes recursos Construção de Portfólio de maquiagens Cadastro de clientes Estratégias de divulgação.

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PLANO DE AÇÃO DO PAPP

Justificativa:

Podemos, inicialmente, definir tecnologia como tudo o que aumenta as capacidades

humanas. Desta forma, a primeira tecnologia foi o pedaço de osso que um determinado

hominídeo utilizou para se defender ou para atacar outro animal. Ou os óculos que utilizamos

para melhorar nossa visão, e mesmo o giz que o professor usa em sua aula tradicional. Todos

são tecnologias, deste ponto de vista.

Tecnologia tem a mesma raiz etimológica de técnica, e é junção dos termos techné e

logos. Diferencia um simples saber fazer do fazer com raciocínio, com ciência. A tecnologia

discute criticamente a técnica, e preocupa-se em melhorá-la, aperfeiçoá-la e compreendê-la.

Nesta visão conceitual, a técnica caracteriza a intervenção do ser humano na natureza,

sendo o que o distingue dos demais seres vivos. O homem cria ferramentas que ampliam seus

sentidos, e, como afirmamos anteriormente, a isto chamamos tecnologia.

Considerando os interesses e as exigências da sociedade atual e a necessidade de

adequar o ensino as mudanças sociais, é preciso integrar as tecnologias da informação ao

currículo escolar, pois os computadores fazem parte no nosso dia-a-dia, e a escola deve

preparar os educandos e educandas para o futuro.

A informática contribui com a formação de pessoas capazes de lidar com as novas

tecnologias, então, empregar as utilidades e benefícios do uso do computador como recurso

pedagógico contribui com a educação dos sujeitos. O computador desperta a curiosidade e o

interesse dos educandos e educandas, por isso é preciso aproveitar esse recurso para

despertar a vontade de aprender.

A informática educativa torna o processo de ensino-aprendizagem mais dinâmico, com

interesse de não apenas ensinar informática para os educandos e educandas, mas também

ensinar conteúdos interdisciplinares com a interatividade, proporcionada pelo computador.

Com objetivo principal de mostrar para os educandos e educandas que o computador se bem

aproveitado pode contribuir com seu estudo e aprendizagem.

Um computador com acesso a internet é uma janela para conhecer o mundo sem sair

da escola, essa janela permite que os educandos e educandas vão a busca do conhecimento e

descubra novas fontes de aprendizagem. A informática é um importante recurso pedagógico,

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224

por isso, a escola precisa utilizar o computador e suas ferramentas como meio facilitador do

processo de ensino-aprendizagem.

A internet é uma tecnologia que propicia a motivação dos alunos, pela novidade e

pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece. O uso pedagógico dessa rede

poderá possibilitar aos educadores e educadoras, e também aos educandos e educandas uma

nova forma de construção do processo de ensino e de aprendizagem.

Segundo o MEC, Informática Educativa significa: “a inserção do computador no

processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos curriculares de todos os níveis e

modalidades da educação. Os assuntos de uma determinada disciplina da grade curricular são

desenvolvidos por intermédio do computador.” A tecnologia é produto do homem, portanto é

parte de sua cultura. Esta tecnologia está destinada a revolucionar o processo de construção

de novos conhecimentos e formação da cultura, pois o pleno entendimento da tecnologia

humaniza os homens e mulheres instrumentalizando-os para transformar o mundo.

As tecnologias de informação e comunicação, além de afetarem o contexto em que a

educação tem lugar e de fornecerem à educação excelentes ferramentas de aprendizagem,

estruturam novos ambientes de aprendizagem e servem de mediadoras da relação

pedagógica. Neste sentido, é importante ressaltar a integração do trabalho do PAPP com os

demais educadores e educadoras da unidade escolar, na elaboração de ações que

impulsionem a aprendizagens dos educandos e educandas.

O Documento “Guia de Orientações Gerais – Programa Tecnologias Educacionais

Aluno.com” da Secretaria de educação e Cultura 2017 aponta que o tempo didático do PAPP

estrutura-se da seguinte forma:

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225

São Atribuições da PAPP:

Acompanhar as ações e os projetos pedagógicos desenvolvidos pelos

professores com seus alunos na utilização das mídias e tecnologias;

Apoiar e promover ações com o uso dos recursos tecnológicos com finalidade

educacional, na perspectiva da Educação de Jovens e Adultos, participando do

planejamento e desenvolvimento de atividades e projetos nas diferentes áreas

do conhecimento;

Monitorar as dificuldades e os avanços no trabalho realizado pelos professores

no uso dos recursos tecnológicos disponíveis na escola;

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226

Apoiar e promover ações com o uso dos recursos tecnológicos com finalidade

educacional, na perspectiva da educação inclusiva, participando do

planejamento e desenvolvimento de atividades e projetos nas diferentes áreas

do conhecimento, independente do espaço da escola (sala de aula, laboratório

de informática, biblioteca escolar interativa e etc.) de acordo com o Projeto

Político Pedagógico (PPP);

Desenvolver projetos específicos na área de Tecnologia Educacional, de acordo

com o PPP, na perspectiva da educação inclusiva.;

Colaborar com os professores que realizam o atendimento educacional

especializado (AEE) objetivando o avanço no uso dos aplicativos voltados ao

acompanhamento dos alunos com deficiência;

Garantir 20 horas de ações formativas no ano junto aos professores (HTPC,

reuniões pedagógicas e/ou outros momentos formativos), de acordo com a

intencionalidade formativa da Unidade Escolar;

Garantir o registro das ações realizadas, junto aos professores e suas turmas,

com uso dos recursos tecnológicos;

Organização e desenvolvimento do trabalho pedagógico junto aos professores

Planejar ações com a coordenação pedagógica e os professores, buscando

estratégias e recursos, a fim de valorizar, qualificar, viabilizar e avaliar os

projetos e as atividades sequenciadas;

Planejar com os professores os conteúdos de cada disciplina e incluir as

tecnologias como ferramentas para facilitar o trabalho de sala de aula;

Utilizar estratégias e práticas;

Realizar “Plantões Tira-dúvidas” com professores;

Interagir com a TIC’s procurando aprimoramento.

Objetivos do trabalho com os educandos:

Utilizar as ferramentas da tecnologia da informação para humanizar os

homens e mulheres instrumentalizando-os para transformar o mundo;

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227

Adquirir conhecimentos tecnológicos, desenvolvimento de habilidades

cognitivas, estimulo a criatividade e do raciocínio lógico, necessários ao bom

desempenho profissional;

Conhecer e utilizar os recursos tecnológicos em seu dia-a-dia;

Desenvolver a linguagem oral e escrita em língua portuguesa através dos

recursos tecnológicos.

Plano de Ação - Laboratório de Informática.

1) Promover a discussão sobre as diferentes possibilidades de uso dos recursos

tecnológicos disponíveis nas escolas considerando as concepções pedagógicas

dessa rede de ensino;

2) Promover a formação docente, contribuindo com o desenvolvimento da

autonomia dos professores, dos alunos e da equipe escolar para o uso dos

recursos tecnológicos educacionais;

3) Promover a inclusão digital de todos os envolvidos nos processos de ensino e

aprendizagem nas unidades escolares;

4) Propiciar a revisão da metodologia de ensino, a reflexão sobre as práticas

pedagógicas existentes na escola e organizar novas rotinas de trabalho com

vistas a qualificar o uso do tempo e do espaço escolar;

5) Considerar e analisar a adequação do uso dos recursos tecnológicos com

finalidade educacional, tendo em vista atender a Proposta Curricular dessa

rede de ensino.

Turma Característica/

Tecnologia

Objetivo da área

tecnológica

Ações PAPP

CAGECPM Prof.

Telma

Turma bastante

interessada.

Compreende a

importância do uso

das tecnologias no

cotidiano. Realiza

Integrar estes

alunos no mundo

das tecnologias, a

fim de que tenham

certa autonomia

para seu uso.

Uso das mídias a

tecnologias disponíveis na

escola. Integração do aluno

com o mundo da

informática. Pesquisa e

tratamento de Informação.

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228

as atividades de

forma tranquila.

Alguns apresentam

dificuldades, pois o

computador e seus

recursos ainda não

fazem parte do seu

dia a dia.

Maquiagem Prof.

Sheila

Esta turma não

apresenta

dificuldades quanto

ao uso das

tecnologias. Usam

as redes sociais e

pesquisa no dia a

dia.

Que os alunos

possam utilizar

outras ferramentas

que o computador

oferece.

Uso das mídias disponíveis

na escola. Integração da

turma com diversos

recursos para

aprimoramento no seu

cotidiano de trabalho.

Planejamento e

acompanhamento das

ações.

PEAT Prof.

Miriam/ PAPP

Célia

Esta turma é

bastante receptiva

quanto às

atividades

propostas.

Apresentam falta

de conhecimento

das várias

possiblidades que

tem o computador,

utilizando-o na

maioria das vezes

para rede social

e/ou vídeos.

Que os educandos

possam fazer bom

uso dos recursos

tecnológicos, bem

como pesquisas,

seleção e

tratamento de

informação.

Conhecer as

potencialidades do

uso das diversas

ferramentas

existentes no

computador e no

seu próprio celular.

Fazer uso

Uso das ferramentas

existentes na escola.

Pesquisa e tratamento da

informação.

Segurança na internet.

Digitação de textos,

produção de planilhas e

apresentações multimídia.

Compreensão e reflexão

sobre as tecnologias.

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229

responsável das

tecnologias.

Orientar os

educandos para que

possam fazer uso

autônomo, seguro e

responsável da

internet.

Cabeleireiro Prof.

Célia

Esta turma não

apresenta

dificuldades quanto

ao uso das

tecnologias. Usam

as redes sociais e

pesquisa no dia a

dia.

Que as educandas

possam utilizar as

ferramentas

tecnológicas para

facilitar sua vida

pessoal e

profissional,

propiciando uma

melhora no seu

cotidiano.

Acompanhamento

das ações.

Uso das ferramentas

tecnológicas (computador,

Datashow).

Pesquisa e tratamento de

informação.

Acompanhamento das

ações.

Informática PAPP

Celia

Estou dando

continuidade às

aulas de

informática

profissionalizante

que acontecia no

ano passado. Trata-

se de um grupo

pequeno de

CAGECPM. As

alunas apresentam

bastante

receptividade às

Que as alunas

possam aprender a

utilizar com

autonomia as

ferramentas do

Office®, bem como

utilizar a internet,

objetivos estes

consonantes com o

Plano de Curso

desta modalidade.

Recursos do Office®(Power

Point, Excel, Word);

Google e suas ferramentas.

Planilhas Google;

Criação de Site pelo

GoogleSites;

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230

atividades. Já estão

familiarizadas com

alguns conteúdos,

com Excel, Power

Point e Word.

Informática

CAGECPM e

Multisseriada

PAPP Célia e Prof.

Miriam

Esta turma

apresenta

características

entre seus

indivíduos bastante

diversas. Uns azem

uso diário de

computadores em

redes sociais,

pesquisas etc,

enquanto outros se

apresentam em

fase de

alfabetização, e não

tem o mínimo

contato com

computadores.

Que os educandos

possam aprender a

utilizar com

autonomia as

ferramentas do

Office®, bem como

utilizar a internet,

objetivos estes

consonantes com o

Plano de Curso

desta modalidade.

Apropriação do uso do

teclado;

Digitação e Edição de Texto;

Uso do aplicativo Doutor

Digi.

Manicure Prof.

Sheila

Uma turma

bastante

interessada, que se

articula bem com as

tecnologias. O

planejamento da

professora é bem

articulado aos

objetivos.

Que as educandas

possam utilizar os

recursos

tecnológicos com

autonomia, a fim de

facilitar seu dia a

dia.

Pesquisas na internet;

Banco de imagens;

Criação de adesivos para

unhas;

Vídeo aula.

PEAT Prof.

Waldirene/PAPP

Não apresentam

dificuldades quanto

O objetivo é que os

educandos possam

Uso das ferramentas

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231

Célia às atividades

propostas.

Apresentam falta

de conhecimento

das várias

possiblidades que

tem o computador,

utilizando-o na

maioria das vezes

para rede social

e/ou vídeos.

conhecer as

diversas

ferramentas

existentes e que

possam fazer uso

responsável das

mesmas, facilitando

seu trabalho e

atividades

cotidianas.

existentes na escola.

Pesquisa e tratamento da

informação.

Segurança na internet.

Digitação de textos,

produção de planilhas e

apresentações multimídia.

Compreensão e reflexão

sobre as tecnologias.

Epilação Prof. Ana

Cláudia

Esta turma é

bastante

interessada e

investigadora. O

planejamento da

professora vem

sempre articulado

aos seus objetivos.

Que as alunas

possam fazer uso

das ferramentas a

fim de facilitar seu

trabalho e

atividades

cotidianas.

Uso das mídias e rede social

para troca de informações;

Pesquisa na internet;

Discussão e tratamento de

informação.

Cabeleireiro Prof.

Denise

A turma não

apresenta

dificuldades no uso

das ferramentas. Já

utilizam o

computador e

celular no dia a dia.

Que os alunos

possam utilizar as

ferramentas e

equipamentos

tecnológicos,

possibilitando

facilitar seu

trabalho no seu dia

a dia, e inserir-se no

universo

tecnológico.

Pesquisa, discussão e

tratamento de informação.

7º Termo Prof.

Fernando/ PAPP

Uma sala bastante

ativa. Alguns

apresentam

Que os alunos

possam aprender a

utilizar com

Apresentação do curso;

Utilização do Office Word;

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232

Célia dificuldade em

realizar as

atividades

propostas e

apresentam falta

de conhecimento

das várias

possiblidades que

tem o computador,

utilizando-o na

maioria das vezes

para rede social

e/ou vídeos.

autonomia as

ferramentas do

Office®, bem como

utilizar a internet,

objetivos estes

consonantes com o

Plano de Curso

desta modalidade.

Utilização do Software

Doutor Digi;

Pesquisa na internet.

Pós alfa Prof.

Simone

Esta turma iniciou

as aulas

recentemente, e

ainda não houve a

possibilidade de

conhecer suas

características.

O objetivo é que os

alunos conheçam as

ferramentas básicas

do computador,

para fins de

inclusão digital,

visto que a maioria

dos alunos não

utilizam estes

equipamentos no

dia a dia.

Apresentação dos

equipamentos que

compõem o computador de

mesa, bem como algumas

possibilidades de trabalho

no Laboratório de

Informática.

Ações Suplementares

BLOG DA ESCOLA

Justificativa Objetivos Gerais e

específicos

Ações Propostas

(metodologia)

Ferramenta do mundo virtual o Apresentar as atividades Postagem dos conteúdos

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233

blog é um recurso eficaz para

compartilhar e interagir as

ações realizadas na escola.

Sentindo a necessidade de

socializar os trabalhos

realizados em nossa escola não

só com as pessoas que fazem

parte da nossa equipe escolar,

mas também com a

comunidade escolar, decidimos

criar o blog para divulgar as

boas práticas realizadas em

nossa escola.

realizadas pelos alunos ao

longo do trimestre na

unidade escolar.

Socializar com a comunidade

e equipe escolar as práticas

promovidas ao longo do ano.

elaborados por alunos,

professor, PAPP e/ou equipe

gestora.

Atendimento à comunidade:

Interna: Integração dos funcionários às mídias e tecnologias disponíveis nas escolas.

Externa: Inclusão e alfabetização da comunidade em geral. Atividades: oficinas, cursos,

projetos específicos e horários para acesso livre nos laboratórios de informática.

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234

6. Planejamento de Ações Provindas da Assembleia

Conforme já apresentado foi realizado uma assembleia no mês de março e dessa tiramos

alguns encaminhamentos de ordem democrática para a gestão escolar. Esses

encaminhamentos foram categorizados e organizados em planejamento estratégico.

Nesse sentido foi levantada a demanda, tratada por ações, estabelecendo prazos e

responsáveis.

A Maioria dos prazos foram pensados para o primeiro trimestre, porém esse tratamento

refere-se a implantação, sabendo que ações de continuidade serão tratadas.

Além disso, têm-se muito indicativos para a Secretaria de Educação, porém faz-se

significativo evidenciar quais ficaram em demanda prioritária.

Demanda por Eixo Especificidade

Manutenção Implantação dos bebedouros

Solicitação de bens permanentes para

refeitório

Manutenção de bens permanentes

Segurança Revisão da iluminação interna e externa,

conforme solicitações estabelecidas.

Pedagógico Ampliação das ofertas de cursos de

qualificação profissional inicial.

Oferta de Artes e Ed Física a EJA DIA e

condição de integração com a qualificação

profissional inicial.

Alimentação Escolar Rever cardápio, ofertando jantar;

Rever cardápio as quartas- feiras, ampliando

complemento.

Rever cardápio das turmas de qualificação,

ofertando uma colação ou complemento.

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235

Eixo: Manutenção/Pedagógico

Demandas Ações Sub Ação Responsável Prazos

Fortalecer o projeto reciclagem para conhecimento e ampliação de verba

. organizar o grupo de professores resp pelo projeto para organização da síntese

. Organizar roteiro de sistematização no dia 28/03, descrevendo as ações com as turmas

Equipe gestão 28/04

. organizar a escrita do projeto

. Organizar horário no HTPC de 04/04

Equipe gestão 20/04

. definir prazo para recolhimento e venda, democratizando o valor recolhido e sistematizando permanentemente em planilha

Promover diálogo ente Equipe de prof´s e equipe de apoio; Sr Antônio e equipe de gestão

Equipe gestão 04/04

. acompanhar as práticas pedagógicas

. promover diálogos específicos com os/as educadores/as por acompanhamento do fazer pedagógico , via devolutivas dos planos de ação

Coordenadoras Mensalmente

. estabelecer as demandas de intervenção e realizar a resolução para

. diálogo mensais com os representantes

Direção Escolar Mensalmente

.acompanhar a estrutura da reciclagem

. diálogo para leitura de necessidade e tomada de decisão.

Equipe de Gestão e equipe de apoio

Semanalmente

Fazer a intervenção do espaço reciclagem: _ solicitar via Secretaria de Meio Ambiente coletores para

Equipe de Gestão

Maio

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236

acolhimento;

Buscar autonomia escolar no tratamento de financiamento

. organizar o plano de demandas escolares.

Sistematizar as demandas

Equipe de gestão

07.04

constituir o conselho de escola

Estudar o projeto de lei vigente;

Equipe de gestão

Compor o agrupamento

Equipe de gestão

Abril

Definir Calendário Equipe de gestão

Abril

Fazer eleição Equipe de Gestão

Maio

Organizar um planejamento referente a iluminação escolar, encaminhando para a Secretaria de Educação a iluminação interna e externa: frente e fundo

. Levantar as demandas de luzes faltantes

Organizar equipe para esse levantamento

Equipe de Gestão

07.04

. Definir as demandas de iluminação interna e externa

Mandar email para Secretaria

Equipe de Gestão

31.03

. Retomar os email´s com a Secretaria de educação

Equipe de gestão

Até 04/04

Planejamento de revisão dos ventiladores com apoiadores da escola

Levantamento por turma de quem poderá ajudar a rever os ventiladores

Fazer o informativo e tratar no painel e canto da solidariedade

Equipe de Gestão

05/04

Rever a estrutura da sala de epilação

Rever sala Fazer levantamento de demanda e pensar na adequação de espaços

Equipe de apoio, gestão e prof

Até 21/04

Rever a organização da horta

. Organizar o grupo de professores responsável pelo projeto para organização da síntese

. Organizar roteiro de sistematização no dia 28/03, descrevendo as ações com as turmas

Equipe gestão e educadores/as

28/04

. Organizar a escrita do projeto

. Realizar o plantio Maio Equipe de gestão, educadores/as

Maio

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237

Compor o painel solidário, apresentando

Montar o painel, num ambiente acolhedor.

. Envolver os/as educandos/as para montar espaço acolhedor

Equipe gestão e educadores/as

04/04

Levantar os solidários para conserto dos secadores

. Envolver equipe de educadores/as

Equipe de Gestão

07/04

Montar o painel dos secadores

Equipe de Gestão

11/04

Montar o painel dos ventiladores a serem consertados

Equipe de inspetores

Até 21/04

Levantar os solidários para consertar os ventiladores

. Fazer planejamento com os parceiros e definir datas

Equipe de inspetores

Até 29/04

Bebedouros Solicitar para a Secretaria

Fazer projeto de demanda, apresentando a realidade, atendimento e possibilidade de instalação.

Equipe de Gestão

Até 29/04

Eixo: Alimentação

Demandas Ações Sub ação Responsável Prazos

Diversificação de cardápio, solicitando mais frutas

Levantamento de demanda, sugestões e encaminhamento a SE

Realizada em 28/03

Equipe de Gestão

Retomada mês a mês

Rever o cardápio das turmas de qualificação da tarde, pensando em colação

Levantamento de demanda, sugestões e encaminhamento a SE

Realizada em 28/03

Equipe de Gestão

Retomada mês a mês

Rever a alimentação nas 4ª.s feiras

Levantamento de demanda, sugestões e encaminhamento a SE

Realizada em 28/03

Equipe de Gestão

Retomada a cada semana

Solicitar mais mesas e bancos

Encaminhado a SE Realizado em 30/03

Equipe de Gestão

Retomada mês a mês

Solicitar Jantar e frutas

Encaminhado a SE Realizado em 30/03

Equipe de Gestão

Retomada mês a mês

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238

Eixo: Segurança

Demandas Ações Sub ação Responsável Prazos

Rever a organização dos portões

Manter o portão aberto manhã e tarde

Manter acompanhamento

Equipe de inspetores e gestão

Até 31/03

Manter o protão aberto noite até 19:30 e depois deixar

Manter acompanhamento

Equipe de inspetores e gestão

Até 31/03

Implantar self service.

Dialogar com a equipe de alimentação, fazendo solicitação,

Encaminhado e retomado em 30/03

Retomada mês a mês

Fazer planejamento Organizado com a equipe de cozinha e retomado

Equipe de cozinha e gestão

Retomada mês a mês

Solicitar equipamentos

Encaminhado até 20/03

Equipe de Gestão

Retomada mês a mês

Orientar e avisar educadores/as

Organizar material

Equipe de Gestão

Retomada mês a mês

Rever o leite doce

Dialogo com a equipe da alimentação e reorganização da alimentação, podendo o/a educando/a acrescer agua

Já revistado na data 27/03

Equipe de educadores/as

Retomada mês a mês

Manter o cardápio visualizado ao público

Orientação a equipe de alimentação e fixação semanal

Até 28/03 Equipe de inspetores e cozinha

Permanente

Estabelecer um diálogo entre educandos/as e nutricionista da Secretaria

Em planejamento Maio Equipe de gestão

Até maio

Retomar as condições de acolhimento

Diálogo s formativo com a equipe afim.

Já realizado até 31/03, em processo de formação,

Equipe de gestão

Em planejamento permanente

Manter formação quinzenal

Manter o plano formativo

Equipe de gestão

Em planejamento permanente

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239

encostado sob a responsabilidade de todos(as)

Fechar o portão do estacionamento as 20h

Manter acompanhamento

Equipe de inspetores e gestão

Até 31/03

Fechar a porta vermelha as 20h

Manter acompanhamento

Equipe de inspetores e gestão

Até 31/03

Rever a organização da iluminação

Fazer o plano de revisão da iluminação, pensando a parte da frente e de fundo

Levantamento de todas as demandas e projeções de possibilidades

Equipe de apoio e gestão

Até 15/04

Rever a iluminação interna, por solicitação a Secretaria de Educação

Organização de solicitação

Equipe de apoio e gestão

Até 15/04

Manter acompanhamento do espaço pela atuação dos profissionais

Estabelecer horário entre os profissionais para atuação

Manter o planejamento de acompanhamento

Equipe de apoio e gestão

Permanente

Organizar planejamento de revitalização do espaço escolar

Estabelecer a identificação da escola pela pintura coletiva

Definir materiais

Equipe de Intervenção: Educadores/as, inspetores.

Levantar propostas

Equipe de gestão

Até 18/04

Definir os /as educandos/as envolvidos

Educadores/as e Educandos

Rever o espaço da quadra no espaço do fundo

Definir designer Equipe de Intervenção: Educadores/as, inspetores

Até 20/04

Definir envolvidos

Definir materiais

Organizar intervenção

Educadores/as, educandos/as, inspetores e educandos/as

Maio

Organizar a organização da praça

Definir o local Equipe de Intervenção: Educadores/as, inspetores.

Até 20/04

Definir Designer

Definir sujeitos

Organizar intervenção

Equipe de Intervenção:

Maio

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240

Educadores/as, inspetores.

Estabelecer participação com a comunidade

Rever as associações presentes na comunidade: _ Vila Esperança; _ Limpão; _ Regina; _ João de Barro; _ Irajá

Marcar reunião Equipe gestora Até final de abril

Estabelecer visitas com as associações

Organizar agendamento

Equipe Gestora Até final de abril

Estabelecer contatos com os comerciantes e marcar reunião na escola

Visitar e propor data.

Equipe Gestora Até 18/04

Levantar os pontos das situações limites das salas e dialogar com a comunidade, pensando em intervenção conjunta

Estabelecer diálogo entre os/as educadores/as e comunidade

Equipe Gestora Maio/ Junho/ Agosto/ Set

Articular a comunidade com os trabalhos desenvolvidos pelos projetos

Estabelecer reuniões periódicas

Equipe Gestora Permanente

Organizar um processo de diálogo permanente com a comunidade e se fazer conhecida pela comunidade

Fazer o plano de divulgação por ciclo e por semestre

Organizar o plano do 2º ciclo com panfletagem

. Levantar perfil de território.

Abril/ Maio

Organizar o plano do 2º sem com panfletagem

Estabelece com o coletivo proposição de ação com as turmas; Verificar no corpo de docência as possibilidades de busca e atuação no território

10/05

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241

Organizar o plano do 2º ciclo

. Rever a lista de interessados(as); Entregar panfletos para os educandos/as do CEU e do Juccá

Abril_ ultima Semana e Maio

Organizar o jornal comunitário

. Compor o planejamento pedagógico; Compor as noticiais mensais

Abril e todos os meses seguintes

Participar das divulgações da escola na rede social

Compor o fac; Alimentar o blog Compor noticias

Permanente

Eixo Pedagógico

Demandas Ações Sub ação/ prazo Responsável Prazos

Iniciar as aulas sempre no horário:

. manter combinados de entrada no horário acertado

. estabelecer combinados e fazer acompanhamento até final de março.

Todos educadores/as e equipe gestão

Permanente

. revisitar o horário e verificar se é o melhor horário

. retomada do horário e fechamento até final de março

Equipe de gestão Março

. analisar os horários dos coletivos

. rever as organizações, tendo sempre o planejamento e as práticas pedagógicas como linha orientadora

Equipe de gestão e educadores/as.

Março

Estabelecer Parcerias Com Empresas Para Chegada de Materiais

Levantamento de empresas que vendem os produtos

. Fazer um cadastro dos parceiros e manter contato permanente.

Equipe de gestão Abril

. levantar e visitar empresas do bairro que podem nos ajudar

Fazer um cadastro dos parceiros e manter contato permanente.

Equipe de gestão Abril/ Agosto

. rever o processo de atendimento

Retomar agenda com as

Equipe de gestão Abril/ Maio/ Junho/

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242

comunitário com entidades para trazerem os materiais

entidades, explicando a possibilidade de parcerias.

Agosto/ Set/Out /Nov

Rever Entrega de Materiais Para Educandos/as

Fazer levantamento em estoque e manter acompanhamento mês a mês

. Levantar em cadastro, Organizar saída

Equipe de Gestão e inspetora

Março

Levantar mês a mês a demanda individual de kit de materiais

.Acompanhamento a lista de materiais; . Revisão de planejamento. Ação quinzenal.

Equipe de Gestão, educadores/as e inspetora.

Permanente

Tentar compor kit´s coletivos de materiais por sala

Ação mensal, associada ao planejamento

Equipe de gestão e Educadores/as

Março; Julho

Retorno de ARTES E EDUCAÇÃO FISICA

Retomar as solicitações de ampliação de jornada

Ação permanente até termos a resposta

Equipe de Gestão Permanente até a resolução

Organizar projeto com o prof de Arte, em tb de colaboração

Ação de planejamento até 10/04

Equipe de Gestão Abril

Ampliar Atividades Culturais e Esportivas

Retomar possibilidade de diálogo para uso do espaço esportivo, pedindo uma agenda para todos os períodos

Fazer agendamento até 2 quinzena de abril

Equipe de Gestão Permanente, conforme planejamento

Verificar com o CEU uma agenda com as quadras, no período da noite

Fazer agendamento até 2 quinzena de abril

Equipe de Gestão Permanente, conforme planejamento

Reorganizar o espaço externo do fundo

. Retirar a horta do fundo

Equipe de Gestão e equipe de apoio

Abril

. Realizar a limpeza do fundo

Equipe de apoio Abril

. Transferir rede interna para área externa

Equipe de apoio e educandos/as

Maio

. Fazer o projeto com educandos/as

Equipe de Gestão, educadores/as educandos/as

Abril/ Maio

. Organizar o Equipe de Gestão Maio/ Junho

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mutirão

Constituir Projeto Horta

. Organizar o grupo de professores responsáveis pelo projeto pedagógico para organização da síntese

. Organizar roteiro de sistematização no dia 28/03, descrevendo as ações com as turmas.

Equipe gestão e educadores/as

Março, Abril/ Maio

. Organizar a escrita do projeto

Março

Apoiar os projetos pedagógicos para fortalecimento e atuação dos(as) educandos(as) na constituição e cuidado da horta

. Acompanhar a constituição, orientar nos planos de ação.

Coordenadoras Pedagógicas

Ação Inicial Março/ Permanente

. Organizar o plantio em ação pedagógica

. Preparar o novo terreno_ até 13/04

Equipe gestão e educadores/as e equipe de apoio

Abril

. Realizar o plantio em condição pedagógica até maio e depois em outubro

. Buscar as sementes

Abril

. Organizar sementeiras

Abril

. Fazer o transplante das plantas

Maio

. Definir grupos e datas para cuidado e acompanhamento

Abril/ Maio

. Fazer o planejamento da colheita em ação pedagógica

. Envolver os/as educadores/as, diante da parte pedagógica até maio e depois em agosto;

Equipe gestão e educadores/as

Maio/ Junho/ Julho

. Fazer a festa da colheita e da partilha junho e depois em novembro

. Envolver os/as educadores/as, diante da parte pedagógica até maio e depois em agosto;

Equipe gestão e educadores/as

Junho/ Julho

CONSTITUIR PROJETO RECICLAGEM

Retomar o projeto e envolver as turmas

Fazer a campanha inicial, chamando os professores

Equipe gestão e educadores/as

Março/ abril

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para a ação.

REVISITAR OS ESPAÇOS

Construir plano de intervenção com participação dos/as educandos/as

Construir os planos de intervenção com AS TURMAS ENVOLVIDAS

Equipe gestão e educadores/as

Março/ Abril

MAIS OFERTAS DE CURSO DE QUALIFICAÇÃO

Rever as propostas com a Secretaria

Reorganizar horários de professores e manter qualificação com elevação para todas as turmas

Equipe gestão, educadores/as

Fe/ Março/ Abril/ Maio/ Set

7. Projetos Pedagógicos: PROJETO IDENTIDADE ESCOLAR: ATENÇÃO, OLEGÁRIO É EDUCAÇÃO!

ENTÃO OLEGÁRIO É...

Apresentação:

A escola Olegário José de Godoy é uma unidade educativa responsável pelo

atendimento de jovens e adultos, foi implantada desde 2013. É uma unidade de grande

importância ao território e a cidade, visto que nessa comunidade existem 3.992 pessoas não

alfabetizadas, acima de 15 anos e na cidade esse contingente atinge 18.455 pessoas. Além

disso, nesse território há um número significativo de 22.000 pessoas que não terminaram o

Ensino Fundamental.

Essa escola já vem ao longo dos anos assumindo um compromisso em efetivar a

diretriz gestão democrática, com o propósito de se fazer mais significativa e presente a

população demandante.

O fato de essa escola estar organizada para o atendimento exclusivo da EJA, a unidade

enfrenta desafios para ser um espaço com uma identidade reconhecida de educação de jovens

e adultos que tem o compromisso de construção de conhecimento.

Essa condição se efetiva por dois motivos, o primeiro se refere ao fato de que a cultura

de educação para jovens e adultos não é legitimada na população brasileira. Além disso, as

escolas de EJA, por ter um público tão diverso a identidade escolar encontra entraves, visto

que as diferenças, em algumas experiências não são reconhecidas.

Com o objetivo de se opor a essa condições o projeto “IDENTIDADE ESCOLAR:

ATENÇÃO, OLEGÁRIO É EDUCAÇÃO! ENTÃO OLEGÁRIO É:” atenta-se a evidenciar o direito à

educação de jovens e adultos na comunidade, reapresentando a importância da conquista

desse espaço para território, além de valorizar as diversidades de público atendido, de modo

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que todas as pessoas observem-se como sujeito demandante da EJA que partilham o mesmo

local para a produção de conhecimento.

Além desse trabalho com comunidade já presente na escola há a atenção em

fortalecer os vínculos com a comunidade ao entorno, evidenciando o papel da escola para o

território, desenvolvendo portanto, o sentimento de cuidado dessa unidade escolar, dando

portanto a continuidade do trabalho já realizado.

Em atenção ao objetivo de fortalecer esse sentimento de pertencimento foi feito uma

assembleia na escola, a qual teve como problematização: “ Qual a escola que queremos?” A

consulta com a comunidade foi apontando que querem uma escola limpa, acolhedora,

tranquila com bons professores(as), que atenda as necessidades das pessoas e as trate com

respeito. Foi apresentado que essa escola tem que ter participação. Além disso, foi observado

que é fundamental que tenha materiais, estrutura e segurança, de modo que atenda as

necessidades da comunidade livre de preconceito e racismo, com respeito ao próximo. Enfim,

retrataram que esperam a escola inclusiva que atenda as pessoas de forma igualitária,

comprometida com o próximo.

Com esse reconhecimento o projeto vem fortalecer a identidade que está em

construção, além disso, vislumbrar procedimentos e ações para alcançarmos esse desejo de

que todos(as) da escola e da comunidade se sintam pertencentes dessa unidade educativa de

EJA e Educação Profissional que é de grande importância ao território.

Para chegar a esse propósito tem-se a construção desse projeto que enquanto

documento apresenta uma justificativa, objetivos gerais e específicos organizados em ações

que serão sistematizadas, destacando tempo e envolvidos (as).

Justificativa:

A organização desse projeto, conforme já dito se faz diante do objetivo de

fortalecimento o sentimento de pertencimento dos (as) educandos(as) e comunidade com a

escola e vice-versa.

Para que o projeto viesse representar a intencionalidade do coletivo e assim, já se

sentirem pertencentes e participantes, as demandas apresentadas na primeira assembleia

enquanto sonhos, preocupações, expectativas, desejos e intencionalidades de todos(as) que

participam do processo educativo nessa unidade foram acolhidas como possíveis ações para

constituir a escola em que todos(as) possam se sentir parte.

Para chegar a essa escola de todos (as) as categorias sonhos, expectativas,

preocupações, dificuldade e intencionalidades serão descritas e assim os dados serão tratados

de forma transparente, para que os apontamentos trazidos por todos(as) que participam da

das decisões que definem o rumo das ações escolares, possam ser reconhecidos e respeitados.

Assim, começamos a tratar da categoria dificuldade e nessa foi observado que a escola

tem problemas sérios de manutenção, segurança e estrutura. O coletivo espera e fará ações

para que a intervenção do Estado efetive-se, sem deixar de atuar conjuntamente na condição

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de corresponsável e sem desconsiderar o dever e o compromisso assumido pelo poder público

em beneficio da comunidade.

Com o reconhecimento dessa situação limite, o coletivo observa a importância da

participação comunitária na escola, de modo que todos(as) que estão envolvidos(as) com essa

unidade possa redescobri-la como a escola que precisa acolher, cuidar e desenvolver-se

dentro e com a comunidade.

Nesse entendimento é possível observar que a participação comunitária é a grande

expectativa dessa comunidade escolar, visto que esperam reencontrar as pessoas que vivem

no território, resignificando esse espaço de construção de conhecimento, de modo a torná-lo

como lugar de pertencimento a comunidade.

Já o sonho é a construção do conhecimento que tem importância e significância para

comunidade, por meio da construção de um saber que pode interferir nos contextos sociais,

políticos e culturais das pessoas que participam da comunidade. Para se chegar ao sonho tem

intencionalidades de pensar e fazer juntos essa escola, tendo o poder partilhado nas tomadas

de decisões.

Objetivo geral:

Desenvolver e fortalecer o sentimento de pertencimento e reconhecimento da importância

dessa escola de Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional, tendo os/as

educandos/as como protagonistas dos processos de intervenções na unidade escolar e na

comunidade.

Etapas do projeto tratadas por ações de planejamento

Essa sistematização do projeto se organiza em duas dimensões, reconhecidas como: ampliação

de laços da comunidade e revitalização dos espaços para o bem viver.

No item revitalização do espaço para o bem viver foi organizado ações de caráter de desejo e

necessidade, pois as intervenções acontecerão diante desse diagnóstico que foi levantada, pós

as plenárias de assembleia.

Assim, segue o quadro de ações pelas dimensões:

Ampliação de laços com a comunidade

Ações Sub ações Cuidados e atenção

Data Envolvidos

.organizar reunião com as lideranças religiosas, comunitárias e

agendamento com as lideranças

Verificar as agendas

31/03 à 07/04

Equipe de gestão

Visitas com as lideranças

Organizar rotina 10/04 à 14/04

Equipe de gestão

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representantes comerciais para apresentar a escola e as possibilidades de atuação em parceria.

Reunião na unidade escolar para os representes conhecerem a escola

Apresentar as equipes as ações e ver agenda coletiva.

20/04 à 24/04

Equipe de gestão

Organizar vídeo de reconhecimento e observações de pertencimento do Olegário com diferentes sujeitos que convivem nessa escola

Organizar projeto do vídeo

Planejamento por parte das professoras

Abril PEAT´s

Fazer roteiro PEAT´s

Fazer planejamento de filmagem

PEAT´s

Democratizar o vídeo para fazer a escola reconhecida

PEAT´s

Publicar o vídeo em redes sociais

PEAT´s

Organizar estudo de território para verificar comunidade que não terminou o Ensino Fundamental e fazer divulgação

Organizar estudos de território com os/as educandos/as, entendendo perfil populacional, renda, perfil de moradia.

Educadoras

Constituir um mapa territorial, reconhecendo os bairros que compõem a região.

Educadoras

Fazer divisão do bairro para saída da pesquisa e divulgação da escola.

Educadoras

Construir o instrumento de pesquisa.

Educadoras

Organizar processo de divulgação

Recuperar o estudo da turma do PEAT

Definir calendário para Divulgação, entendido em periodicidade permanente

Dividir a região entre educandos/as e educadores

Organizar o material de

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divulgação

. levantar as possibilidades de atuação da escola com a comunidade

Verificar a possibilidade de abertura do laboratório de informática para comunidade

Rever os horários da informática e da professora PAPP

Abril Educadora

Verificar a possibilidade de abertura sala de leitura

Fazer a organização

Equipe de gestão

Fazer horários de uso

Educadoras

Organizar monitoria, envolvendo ex educandos(as)

Equipe de gestão

. organizar o planejamento com as prof´s, apresentando as datas semanais e mensais

Educadoras e equipe de gestão

Definir Entidades

Equipe de gestão, educandos/as, educadores/as

Abril para entidade

Maio

Estabelecer planejamento com as instituições ou entidades sociais para participarem como modelo nos atendimentos comunitários

Estabelecer interlocuções com as entidades

Equipe de gestão, educadores/as

. organizar o planejamento de uso dos espaços escolares com os solicitantes

Equipe de gestão

Fazer interlocução dos estudos pelas caracterizações das turmas com as demandas de luta com a comunidade

. levantamento das lutas da comunidade; .apresentação das demandas de estudo das turmas com a comunidade.

Equipe de gestão e educadores/as

Comunicar e informar a comunidade sobre a realidade do Olegário

Definir o informativo jornal, sua caracterização e periodicidade.

CAGECPM B e D

Compor a CAGECPM B e D

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constituição do informativo

Fazer o jornal informativo Olegário é... circular na comunidade

CAGECPM B e D

Revitalização dos espaços para o bem viver:

ações Sub ações

Envolver todos os sujeitos numa construção coletiva, a partir das demandas levantadas por desejo e necessidade, provindas pela assembleia

Desejos

Praça Cuidados e atenção

Datas Responsáveis

Definir Designer

07/04 PEAT

Organizar processo de arrecadação de materiais

Até 12/07 PEAT

Compor calendário de intervenção

Até 1407 PEAT

Realizar intervenção

Até 29/04 PEAT

Instalação da Quadra Externa

Verificar iluminação

03/04 Equipe de Gestão, apoio e inspetores

Verificar tintas para uso

04/04 Equipe de Gestão, apoio e inspetores

Organizar tela 04/04 Equipe de Gestão, apoio e inspetores

Disponibilizar as informações ao grupo

07/04 apoio e inspetores

Estabelecer calendário para intervenção

14/04 Equipe de gestão e representantes

Biblioteca Verificar materiais e organizar acervo para disposição

Maio Equipe de gestão e representantes

Promover empréstimos regularmente para

Maio Equipe de gestão e representantes

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educandos/as e comunidade

Adquirir mais acervos

Permanente Equipe de gestão e representantes

Ampliação do refeitório

Solicitar a secretaria e Retomar a demanda até 04/04

Em dependência da devolutiva da secretaria

Equipe de Gestão

Intervir na identificação da escola

Levantar com o coletivo de turmas o projeto de intervenção na parede de entrada da escola

04/04 Prof por turma

Definir com os representantes a composição da arte

05/04 Prof´s do PEAT

Realizar a intervenção, definindo o projeto e materiais

07/04 Equipe de gestão, educadores/as e educandos/as

Necessidade

Recuperação dos secadores

Levantar secadores com problemas

Até 28/03 Equipe de Gestão e inspetores

Organizar o painel solidário

Até 06/04 Equipe de Gestão e inspetores

Levantar os solidários com a escola

Até 07/04 Equipe de educadores/as

Fazer o planejamento com as pessoas solidárias a essa demandas

Até 14/07 Equipe de Gestão

Consertos dos ventiladores

Levantar ventiladores com problemas

Até 05/04 Equipe de Gestão e inspetores

Organizar o Até 21/04

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painel solidário

Levantar as pessoas solidários com a escola

Até 29/04 Equipe de educadores/as

Fazer o planejamento com as pessoas solidárias a essa demandas

Até 1ª semana de maio

Equipe de gestão

Revitalização da sala de epilação

Rever o espaço com a equipe de apoio

Até 21/04 Equipe de gestão e apoio

Analisar outros espaços com as professoras

Até 21/04 Equipe de gestão e educadora

Solicitar manutenção

Até 21/04 Equipe de gestão

6. Avaliação- em revisão Com entendimento que o processo de avaliação se faz numa condição permanente, uma

oportunidade para qualificar o fazer pedagógico, a avaliação será organizada e planejada para

análise do fazer educativo, com atenção aos pontos de gestão escolar em caráter especifico e

geral.

O processo específico estará acontecendo mensalmente, por meio da realização das

reuniões com os representantes de turmas e com a equipe docente. Nesses momentos as

ações elencadas nesse PPP serão analisadas e os encaminhamentos tomados observados e

revisados quando necessários.

Essas avaliações vão compor o processo geral, por indicativos nas diretrizes políticas

pedagógicas, em que as ações serão retomadas, observando quais os indicadores levantados e

como as ações foram encaminhadas.

PROJETO HORTA – UMA EXPERIÊNCIA DE VIVÊNCIA ECOLÓGICA!

Projeto Horta - EM. Olegário José de Godoy - 2017

A capacidade de recuperação da comunidade de vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma

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biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O

meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todos os povos. A proteção da vitalidade, diversidade e

beleza da Terra é um dever sagrado. (CARTA DA TERRA)

Apresentação:

A escola Olegário José de Godoy é uma unidade educativa responsável pelo atendimento de

jovens e adultos, foi implantada desde 2013. É uma unidade de grande importância ao

território e a cidade, visto que nessa comunidade existem 3992 pessoas não alfabetizadas,

acima de 15 anos, e na cidade esse contingente atinge 18455. Além disso, nesse território há

um número significativo de 22.000 pessoas que não terminaram o Ensino Fundamental.

O território Montanhão expressa à região periférica de São Bernardo é formado por bairros,

vilas e comunidades que surgiram de ocupações de famílias migrantes do país em busca de

novos horizontes para o sustento da vida.

O Presente projeto vem sendo executado pela comunidade escolar desde 2016 e foi eleito em

assembleia para a sua continuidade. Com esse reconhecimento o projeto vem fortalecer as

ações já construídas e para, além disso, visa integrar as relações escola e comunidade.

Tratar a questão da horta num ambiente escolar é trazer a reflexão sobre a produção orgânica

de alimentos, é fomentar debates sobre a como aproveitar terrenos baldios, os espaços

urbanos para cultivo de alimentos.

A cidade de São Bernardo do Campo tem uma vivencia de hortas urbanas em terrenos da AES

Eletropaulo, nas regiões da Vivaldi e também em terrenos baldios, onde moradores exercem o

cuidado com a produção e cultivo de alimentos, temos exemplos destas ações na região do

Silvina e Jardim Santo Inácio.

A iniciativa deste projeto, objetiva propiciar aos educandos e educandas maior contato com a

natureza, refletindo sobre a relação homem e meio ambiente, dando sentido ao uso da terra.

Lembrando que o Brasil é um país continental com 8.516.000 km² marcado historicamente

pelo modelo de produção agrícola de exploração monocultora e latifundiária, um projeto

como este pode simbolizar grandes reflexões sobre o pertencimento a terra.

Enfim, esse documento registra a justificativa do projeto Horta, seus objetivos e as ações que

serão organizadas durante seu desenvolvimento.

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Justificativa:

A horta inserida no ambiente escolar pode ser um laboratório vivo que possibilita o

desenvolvimento de diversas atividades pedagógicas em Educação Ambiental e Alimentar

unindo teoria e prática de forma contextualizada. A organização do projeto foi acordada em

assembleia de educandos e educandas, onde os mesmos apresentaram e debateram seus

sonhos, expectativas, desejos e intencionalidades diante das demandas escolares, onde o

Projeto Horta foi revalidado pelos mesmos para a sua continuidade.

Ao refletirmos sobre a sociedade do século XXI, que estamos construindo, marcada pelo

acesso a informação, alta tecnologia, crescente produção industrial alinhada ao consumo... Ao

refletirmos sobre os grandes centros urbanos –“metrópole com grandes aglomerados

humanos”... E toda a problemática de um sistema excludente... Neste cenário, constitui-se

imperativo um olhar atento as questões voltadas ao meio ambiente que são preponderantes

para a preservação da vida digna.

Entendemos que a agricultura tem laços com a urbanidade, pois na história da humanidade, o

dia em que o homem resolveu criar a primeira aldeia foi também o dia em que ele fez a

primeira semeadura. Não existe uma coisa sem a outra, não existe cidade sem agricultura,

nem agricultura sem cidade.

Ele visa a reaproximação do ser humano à terra, além de proporcionar reflexões sobre os

cuidados ao meio ambiente, tratando de questões da consciência planetária traçando em

pequenas ações uma prática cidadã ética e social de convivência e cuidados coletivos com o

plantio, e todas as etapas que envolvem o trato com a horta.

A horta escolar permite o resgate dos valores éticos, estéticos, sociais, culturais e ambientais,

possibilitando práticas sustentáveis, colaborativas e oportunizando vivências de resgate dos

hábitos regionais e locais existentes na comunidade escolar.

Objetivo geral:

Um projeto que desenvolva e fortaleça o sentimento de pertencimento a terra, de cuidados

com o meio ambiente, e reflita sobre os hábitos alimentares. Que pelo protagonismo dos

educandos e educandas nas ações do processo, aproxime a escola da comunidade.

Objetivos específicos

1- Cuidar da horta como integração social voltado ao bem comum

2- Mudar hábitos alimentares

3- Refletir sobre a cultura da produção dos alimentos

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Etapas do projeto tratadas por ações de planejamento

Ações Data Envolvidos

1. Apresentação do

projeto

2. Mudar a horta de

lugar

3. Levantamento das

técnicas de cultivo

4. Circulo de cultura

para tratar de

processos de

seleção natural,

irrigação.

5. Elaboração de

calendário coletivo

para definir

responsabilidades

(plantio, irrigação,

limpeza etc..)

6. Plantio

1- 06 de abril

2- 08 de abril

3- Até 16 de abril

4- 19 de abril

5- Entre os dias 20

e 22 de abril

6- dia 24 de abril

1-Escribas do projeto

2-Mutirão com as salas de aula

3-Todas as salas de aula

4-Todas as salas. fechamento com

Daniel (trabalha com agricultura

urbana)

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PROJETO RECICLAGEM

EM OLEGÁRIO JOSÉ GODOY

2017

APRESENTAÇÃO

O projeto iniciou-se em 2016, com uma preocupação do Professor Edmilson do período

noturno, respondendo a uma necessidade apontada por seus educandos que envolvia coletar

o lixo que pudesse ser reciclado e, posteriormente vendido. Já estávamos naquela época com

muitos problemas de ordem estrutural na escola como: manutenção que iam desde uma

simples troca de lâmpada até falta de recursos áudio visuais e tecnológicos.

Assim, iniciamos as Assembleias para problematizar como os educandos gostariam que fosse

utilizado o dinheiro que a escola estava recebendo. Na verdade estávamos construindo um

processo democrático. Estávamos todos e todas aprendendo a construir uma escola

participativa, onde tanto os profissionais quanto os educandos seriam os protagonistas.

Atualmente, nossa Escola possui 24 salas com atendimento prioritário de EJA I e II, segmento

do Ensino Fundamental e Educação Profissional no Eixo Tecnológico de Imagem Pessoal e

Informática, incluindo o PEAT, distribuídos nos três períodos Manhã, tarde e noite. Nesses

atendimentos temos adolescentes, jovens, adultos e idosos (as) .

A E. M. Olegário José Godoy está localizada na região do Bairro Montanhão desde 2013, com

uma comunidade de 3992 pessoas não alfabetizadas, acima de 15 anos e 22.000 pessoas que

não terminaram o Ensino fundamental.

O público que atendemos é marcado por uma situação de vulnerabilidade social, onde a maior

problemática é a falta de empregabilidade.

Nossa metodologia de atendimento é dialógica e democrática, por isso realizamos novamente

uma assembleia, dessa vez envolvendo todo o coletivo da escola problematizando; “qual

escola que queremos”. A resposta dos educandos, entre outras, veio com uma preocupação

em relação à necessidade de materiais para o processo educativo dos nossos cursos do Eixo

da Imagem pessoal como Epilação, Manicure e Cabelo. Eles entendem que é fundamental a

aquisição de materiais como: secadores, chapinhas para cabelos, ceras e espátulas para

epilação, luvas, máscaras, e materiais para esmaltação na prática de atendimento à

comunidade que se traduz no aprendizado em salas de aula.

Além disso, foi apontado outra preocupação quanto à estrutura de manutenção e, segurança

que atenda as necessidades do coletivo da escola, e que possam trazer uma sensação maior de

segurança como por exemplo; melhorar a iluminação das áreas externas da escola.

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JUSTIFICATIVA

Esse Projeto justifica-se pelas necessidades que a Escola apresenta enquanto estrutura física e

pelo próprio desgaste do tempo que nos é imposto.

Justifica-se também como ponto de referência significativo para nossos educandos/as, vindos

de vários bairros e comunidades de São Bernardo em busca não só de conhecimento, mas de

sonhos e direitos, assim como de um ambiente que lhes assegure um pouco de conforto,

segurança e acolhimento.

Reconhecendo que a situação limite do Projeto é a falta de recursos financeiros, a

comunidade entende a importância da participação de todos e todas, observando a amplitude

de alcance com esse projeto; homem/ escola e natureza se beneficiam.

Importante registrar que as ações construídas através do projeto, não isenta a obrigação do

governo de implementar recursos e para tal a comunidade se organizará, solicitando a

efetivação dessas ações.

OBJETIVO GERAL:

- O desenvolvimento de ações coletivas que objetivam a construção de uma consciência

voltada para a sustentabilidade.

- O exercício da cidadania.

QUADRO DE AÇÕES:

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EM OLEGÁRIO JOSÉ DE GODOY

PROJETO: “Leitura vai ... Escrita vem”

A grande preocupação educacional dos últimos anos é construir cidadãos conscientes, com

visão crítica de mundo e atuantes na sociedade. No entanto, dados do IBGE (Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que 13 milhões de pessoas, acima de 15 anos,

não estão alfabetizadas.

Observa-se que uma grande parcela da população brasileira está sendo excluída de exercer

plenamente sua cidadania por não ter o acesso ao ensino fundamental e, quando o tem, não

desenvolve uma permanência com sucesso. São pessoas furtadas do direito à educação, a

aprendizagem do domínio do sistema de escrita e das práticas sociais que envolvem o ato de

ler e escrever.

A negação do direito a educação precisa ser reparada e respaldada por lei. A LDB 9.394/96

estabelece que a EJA são para aqueles alunos que não tiveram acesso ou não puderam

terminar seu curso no Ensino Fundamental ou Ensino Médio, no período entre 7 a 17 anos de

idade.

Destacamos também o Parecer 11/2000 destaca três funções básicas da EJA:

Reparadora: indispensável para que o aluno tenha acesso à escola, buscando as necessidades

de aprendizagem;

Equalizadora: relaciona as igualdades de oportunidades e novas inserções no mundo do

trabalho;

Qualificadora: Destina-se a resgatar o tempo perdido nos estudos – educação permanente

buscando sanar as dificuldades e adequar-se ao novo quadro social e escolar.

Ações Data Envolvidos

Planejamento/ Pesquisa p/ Ed. Ambiental

A partir de 3/04/17 Educadoras e Educandos (Denise, Ana Claudia, Wal, Erci, Jeane)

Campanha de Arrecadação de Recicláveis

A partir de 10/04/17 Idem acima envolvendo toda a comunidade escolar

Campanha Publicitária A partir de 10/04/17 Idem acima

Reuniões Mensais com o Conselho para discussões e encaminhamentos

A partir do mês de Abril Representantes dos Conselhos e Comunidade Escolar

Elaboração de um livro para registro de entradas e saídas de recursos financeiros

A partir do mês de Abril Equipe gestora

Elaboração de um livro para registrar as reuniões de Conselhos

A partir do mês de Abril Equipe Gestora

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As intencionalidades de um projeto como este vem de encontro as ações desta Unidade

Escolar na superação da a situação de analfabetismo deste cidade pelo acesso permanência e

sucesso escolar dos sujeitos inseridos no processo educativo.

JUSTIFICATIVA

Fomentar a leitura é fundamental na Educação de Jovens e Adultos. Considerando que o

letramento não está restrito ao sistema escolar, mas é de competência da escola,

fundamentalmente, levar os educandos e educandas a um processo mais profundo e

autônomo nas práticas sociais que envolvam a leitura e a escrita.

Saber ler e escrever um montante de palavras não é o bastante para capacitar os educandos e

educandas para a leitura diversificada. É importante Neste desenvolver e estimular ações de

letramento nos sujeitos envolvidos no processo de aprendizagem para que estes possam

inteirar-se de forma crítica à sociedade.

Ler implica numa aquisição conceitual, através de um processo de construção de

conhecimento pelo sujeito que reelabora as informações apreendidas sobre as propriedades e

especificidades do sistema de escrita alfabética, procurando compreender os elementos do

mesmo como elementos de um sistema, suas regras de produção e funcionamento.

A escola precisa realizar com consciência o seu papel de proporcionar aos cidadãos condições

de apropriar-se da leitura e da escrita. E deve partir de uma concepção de ensino que conceba

o aprendiz como um sujeito histórico deste processo, que tem saberes sobre a escrita, e que

constrói significados, elabora suas hipóteses num processo contínuo e permanente. E que,

sendo capaz de se colocar conflitos, elabora o que sente, vê e ouve, fazendo-se necessário

proporcionar a esse sujeito momentos de reflexão e questionamentos sobre o objeto de

conhecimento, para apreensão e domínio do mesmo.

O Projeto “Leitura vai, escrita vem” visa fomentar a leitura e o letramento nos variados

espaços desta Unidade Escolar.

Objetivo Geral

Que os educandos e educandas se despertem para a importância da leitura no cotidiano,

tornando habitual a apreciação de portadores diversos em diferentes espaços da escola, sob

diferentes propostas integrando-os aos eixos do conhecimento.

Objetivos Específicos

Que os educandos e educandas no decorrer do semestre:

1. Apreciem leituras de diferentes portadores;

2. Desenvolvam a leitura como prática social (letramento social);

3. Explorem e realizem empréstimos do acervo da sala de leitura, para leitura e deleite;

4. Desenvolvam autonomia e maior fluência ao ler;

5. Ampliem o repertório literário;

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6. Consigam realizar indicações literárias e construam critérios para isso.

Ações/ Atividades

AÇÕES/ ATIVIDADES QUANDO RESPONSÁVEIS

1. Revitalização da sala de leitura;

Março Educadores

2. Disponibilização de livros e revistas durante os intervalos;

A partir de março, e no decorrer do ano.

Educadores

3. Empréstimos periódicos de livros;

A partir de março, e no decorrer do ano.

Educadores

4. Eleição de um nome, relacionado a literatura, à sala de leitura;

Após a assembleia

5. Pátio – espaço de Convivência;

Abril Educadores

6. Realização do Chá literário

A partir de Março - Mensalmente

Educadores

8. CALENDÁRIO ESCOLAR

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Mês/Dia D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S DLINF DLFUN DLEJA

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

F

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 14 14 14

RPD RPD RPD RP * * * * * * * * * * * * * * AC F

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 22 22 22

RPD * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 18 17 18

* * * * *rp * * * * F * * * * F *C/EJA

*C/EJA

*C/EDP * *

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 23 22 22

F * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 20 21 21

* * * * * * * * * * F AC * * * * * * C/EJA *rp *C/EJA * *

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

* * * * RPD * * * * * RPD * 6 6 6

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 23 22 23

*rp * * * * * * * * *C/EDP * * * * * * * * * * * * *

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 19 19 19

* * * * F AC * * * * * * * * * * C/EJA * C/EJA * *1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 20 21 20

* * * * *rp * * * F AC * * * * * * * * * * * *1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 28 19 17 17

* F AC * * * * * * * F * * F * * * * * C/EJA

C/EDP

C/EEJA *1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 15 15 15

* RPD * * * * *rp * * * * * * * * * RPD F

203 200 200

LEGENDA

F Feriado * Dias letivos * Sábado letivo

Recesso Professores AC A compensar C/F Conselho de ano/ciclo * Formatura EJA

Férias RP Reunião com Pais C/EJA Conselho de ano/ciclo de Educação de Jovens e Adultos

RPD Reunião pedagógica C/EDP Conselho de ano/ciclo de Educação Profissional

*rp Reunião de Pais PEAT

07/02 - INICIO DO ANO LETIVO –EJA e ED PROF Aprovado em: ____/____/2017

1° semestre de 07/02 a 06/07 e 2° semestre de 24/07 a 21/12 07/02 INICIO DO ANO LETIVO - EJA

Recesso escolar: de 10/07 a 23/07 e 24/12 a 31/12 conselho de ano/ciclo: 1° semestre : 24 a 26/04; 26 a 28/06

ciclos da Educação profissional: conselho de ano/ciclo: 2° semestre: 14/08; 25 a 27/09; 27 a 29/11

1º ciclo: 07/02 à 11/05 2º ciclo: 17/05 à 06/09 3º ciclo: 11/09 à 15/12 reunião de pais:06/02

assembléia de educandos(as): 21/03; 23/05; 08/08; 17/10 divulgação:de matrículas: 06/02

Carimbo e Assinatura do Diretor da Escola14/12/17 - término da ação formativa Turma nº 48 PEAT

PARECER DA ORIENTADORA PEDAGÓGICA PARECER DA ORIENTADORA PEDAGÓGICA HOMOLOGADO PELA CHEFIA HOMOLOGADO PELA CHEFIA Pela Homologação Pela Homologação Data: ____/_______/2017 Data: ____/_______/2017Data: ____/_______/2017 Data: ____/_______/2017

06/02/17 início da ação formativa turma nº 47 PEAT

01/08/17 início da ação formativa turma nº 48 PEAT

05/07/17 - termino da ação formativa turma nº 47 PEAT

Total de dias letivos

Olegário José Godoy

CALENDÁRIO ESCOLAR EDUCAÇÃO BÁSICA2 0 1 7

EM:

Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Dezembro

Junho

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

4 44