elo diocesano - edição especial

28

Upload: galatas-comunicacao-catolica

Post on 02-Apr-2016

296 views

Category:

Documents


20 download

DESCRIPTION

Elo Diocesano Informativo da Diocese de Itabira - Cel. Fabriciano - MG Essa é uma edição especial em comemoração ao Ano Jubilar, onde em 2015 a Diocese comemora seus 50 anos de existência.

TRANSCRIPT

A hi� ória que você não sabia!Agora, em suas mãos.

sumárioElo Diocesano: Edição EspecialRumo aos 50 Anos da Diocese - 1965 - 2015

Diretor ResponsávelDom Marco Aurélio Gubiotii

Assessor de ComunicaçãoPe. Cleverson Francisco da Silva Pinheiro

Editor ResponsávelAlan Gomes Barros

Revisão GeralWagner Martins SouzaPaulo Henrique de Souza

Documentos e Arquivos Cúria Diocesana - Itabira - Cel. FabricianoRua Cel. Linhares Guerra, 100 Centro - Itabira - MGTel.: (31) 3831-3614

FotosCúria Diocesana - Itabira - Cel. FabricianoTio GegecaSérgio MourãoPortal Wikipedia - Cel. FabricianoFrancesco LayDimas Oliveira

Design e DiagramaçãoGálatas Comunicação CatólicaRua Laguna 445 - Veneza I - Ipatinga - MGTel.: (31) 3095-5012

ColaboradoresDom Marco Aurélio GubiottiDom Lélis LaraCardeal Dom Raymundo Damasceno AssisDiolina Vincentina TeixeiraPASCOM (Pastoral da Comunicação)Itabira - Cel Fabriciano

SIC: Têrmo empregado entre parênteses no curso de uma citação para indicar que o texto original está reproduzido exatamente, por mais errado ou estranho que pareça.

expediente

pág. 8bula de criação da dioce de itabira

pág. 14ata da consagraçãoda catedral de itabira

pág. 10Ata de Instalção Canônica da Diocese de Itabira

pág. 6era um sonho este concíliotestemunho de dom marcos

pág. 14ata da consagraçãoda catedral de itabira

pág. 18solicitação e instalação da co-sede: cel. fabriciano

pág. 4palavra do bispodom marco autrélio gubiotti

pág. 23cardeal dom raimundo Damasceno ASsis Mensagem à Diocese de Itabira-Cel. Fabriciano, por ocasião de seu Jubileu de Ouro

pág. 20bispos da diocese

solicitação e instalação da co-sede: cel. fabriciano

bispos da diocese

pág. 23cardeal dom raimundo Damasceno ASsis Mensagem à Diocese de Itabira-Cel. Fabriciano, por ocasião de seu Jubileu de Ouro

4 Rumo aos 50 Anos

Queridos diocesanos,

O Concílio Vaticano II (1962-1965) e a criação da diocese de Itabira (1965) foram fatos determinantes na história da Igreja do século XX. Esses dois eventos se entrelaçam possibilitando a abertura da Igreja para o mundo e para a comunidade católica do

Centro Leste Mineiro. A diocese de Itabira logo aderiu ao conceito de Igreja Povo de Deus, retomado pelo Concílio Vaticano II, e, ao longo desses anos, vem implantando esse novo jeito de ser igreja através do esforço incansável dos bispos, padres, religiosos e religiosas e agentes de pastoral neste pedaço de chão.

Em 25 de janeiro de 1959, com apenas três meses de pontifi cado, o Papa considerado de transição, João XXIII, na missa do encerramento da semana de oração pela unidade dos cristãos, na suntuosa basílica de São Paulo fora dos Muros,

em Roma, anunciava dois grandes acontecimentos: o sínodo para a Igreja de Roma e o Concílio para a Igreja universal. Além disso, constituiu uma comissão responsável pela remodelação do Código de Direito Canônico.

No ano de 1962, depois do processo inicial de pesquisa e consulta aos bispos dos cinco continentes, inicia-se a grande assembleia conciliar que reuniu 2.540 padres com direito a voto. Diante da multidão de bispos do mundo inteiro, delegados e observadores, João XXIII pronuncia o seu famoso discurso Gaudet Mater Ecclesia. Foi a abertura do 21º Concílio Ecumênico da Igreja, que conhecemos com Concílio Vaticano II e o início da abertura da Igreja para o aggiornamento, isto é, para a atualização no mundo moderno. Segundo o Papa da bondade, como era conhecido João XXIII, o concílio Vaticano II deveria ser um concílio pastoral.

No ano seguinte, em 03 de junho, João XXIII morre, e assume a cadeira de Pedro o Papa Paulo VI que manteve a mesma postura de seu antecessor e deu continuidade à renovação querida por João XXIII. O Concílio Vaticano II foi um divisor de águas na história da Igreja contemporânea. Ele produziu quatro constituições, nove decretos e três declarações. A partir desses documentos da Igreja vai se reestuturar pelo mundo afora. Atualmente esses documentos basiliares norteiam a condução da Igreja no mundo. A partir desses documentos a Igreja vai se estruturar pelo mundo afora.

Na América Latina, as Conferências Gerais de Medellin (1968) e de Puebla (1979) foram refl exos do Concílio para esses povos. Neste contexto a Igreja latino-americana clama por ações pastorais práticas para solucionar os problemas sociais que eclodiam nesse momento. E é a partir das Conferências Episcopais que nascem projetos de pastorais bem defi nidos. A Igreja se abre para um novo horizonte a partir da nossa realidade. A conclusão desse esforço foi marcada pelas opções claras do Episcopado Latino-Americano e a mais urgente, sem dúvida, foi a pelos pobres.

A diocese de Itabira foi criada no dia 14 de junho de 1965 através da Bula Haud Inani do Papa Paulo VI. O Concílio encerrou-se no dia 08 de dezembro daquele mesmo ano e no mesmo mês do encerramento se deu a instalação da mais nova diocese mineira com a posse do primeiro bispo a 29 de dezembro de 1965. Oriundo de Guaxupé - MG, Dom Marcos Antônio

II CONCÍLIO VATICANO, ROMA - 1965

é, para a atualização no mundo moderno. Segundo o Papa da bondade, como era conhecido João XXIII, o concílio Vaticano II deveria ser um concílio pastoral.

No ano seguinte, em 03 de junho, João XXIII morre, e assume a cadeira de Pedro o Papa Paulo VI que manteve a mesma postura de seu antecessor e deu continuidade à renovação querida por João XXIII. O Concílio Vaticano II foi um divisor de águas na história da Igreja contemporânea. Ele produziu quatro constituições, nove decretos e três declarações. A partir desses documentos da Igreja vai se reestuturar pelo mundo afora. Atualmente esses documentos basiliares norteiam a condução da Igreja no mundo. A partir desses documentos a Igreja vai

Oriundo de Guaxupé - MG, Dom Marcos Antônio

papa joáo xxiiipapa paulo Vi

5 Rumo aos 50 Anos

Noronha, 1965-1970, participou da última sessão do Concílio, e, em uma de suas entrevistas, dizia que a diocese de Itabira era gêmea do Concílio: “eu tive a sorte de ir para uma diocese que era gêmea do Concílio, porque a diocese de Itabira passou a existir no dia 29 de dezembro. O Concílio terminou dia 08 e a diocese foi instalada no dia 29. Quer dizer no mesmo mês. Gêmea do Concílio (...) a gente voltou de Roma com todo aquele entusiasmo para fazer essa pastoral de conjunto até as últimas consequencias” . É nesse clima de novidades que a diocese vai formar a sua identidade implantando o seu plano de pastoral de conjunto.

O atual arcebispo de Mariana-MG, Dom Geraldo Lyrio Rocha, era estudante de teologia em Roma na década de 60 e conhece essa história desde a sua origem. O arcebispo relata: “Eu era seminarista e estudava em Roma quando eu ouvi a conversa do arcebispo de Vitória - ES com o arcebispo de Mariana, sobre a criação da futura Diocese de Itabira, hoje diocese de Itabira - Cel. Fabriciano. Eu estava na última sessão do Concílio e fi quei conhecendo o primeiro bispo de Itabira Dom Marcos Noronha (...) a Diocese de Itabira nasceu durante o Concílio Vaticano II e ela já nasceu com as marcas do concílio que no mesmo ano de 2015 completará os seus 50 anos da conclusão” . E continua: “Uma igreja muito atuante, uma igreja renovada e com um trabalho catequético muito bonito que se desenvolveu amplamente com o protagonismo dos leigos” , ressalta o metropolita.

Nessa história a diocese se destaca por uma pastoral dinâmica. Houve um entusiamo novo em matéria de Igreja, sobretudo em matéria de ação social e refl exão. A Diocese se diferenciava das outras devido a esses fatores que nunca foram motivos de separação, mas de comunhão com as outras igrejas particulares do Regional Leste 2 da CNBB. O bispo emérito de Itabira - Cel. Fabriciano, Dom Lélis Lara, acompanhou essa história inicial muito de perto, pois chegou por aqui no ano de 1971, ele teve contato direto com muitos líderes que ajudaram a nova diocese caminhar para frente.

Ele descreve essa atuação assim: “A nossa Diocese se tornou uma Diocese diferente das outras todas, porque ela era uma Diocese que nasceu dentro do Concílio Vaticano II, em 1965, é tanto que Dom Marcos Noronha, o Frei Vital juntamente com Dom Mário e eu, tínhamos o intuito de implantar aqui a pastoral do Concilio Vaticano II e era o que fazia a diferença em relação às outras dioceses tradicionais,

nós éramos uma diocese nova. Uma diocese que estava começando uma coisa nova e isso fi cou evidente” , diz o religioso.

Depois de tantos testemunhos bonitos, sem a pretensão de esgotar a riqueza histórica da caminhada dessa Igreja, quero também dizer algo sobre a nossa diocese. Há poucos dias chegava aqui para assumir a missão de bispo

diocesano, função que abracei com muita consciência. Ao chegar nestas terras desconhecidas me deparei com muita coisa original, sobretudo, o trabalho pastoral dos padres, religiosos e religiosas, leigos e leigas.

Existe uma vitalidade nessa diocese que é fundamental para a existência de uma Igreja Particular. Minha chegada coincidiu com o processo de preparação para a 19ª Assembleia Diocesana de Pastoral. Os trabalhos estão sendo organizados sob a minha coordenação e executados pela equipe responsável e tem surtido efeitos satisfatórios. Além disso, terei a grande responsabilidade de preparar a festa do cinquentenário da diocese. Um compromisso que já foi assumido com muitas forças vivas dessa extensa diocese.

A tradicional Festa da Diocese de 2014 foi um marco. A partir de sua celebração, realizada no dia 08 de junho, na cidade de Santana do Paraíso - MG, inauguramos o Ano Jubilar 2014 - 2015. Durante esse período toda a diocese irá se preparar para o seu Jubileu de Ouro, ocasião propícia para fazermos memória do passado, projetando uma diocese comprometida com as exigências da ação evangelizadora.

Os cinquentenários são o nosso orgulho. Nestes cinquenta anos do encerramento do Concílio e criação da diocese de Itabira-Cel. Fabriciano aumenta ainda mais o nosso desejo de nos fi rmarmos como uma igreja que caminha em comunhão com a Igreja do Brasil e do Mundo, trazendo as marcas indeléveis da pastoral sonhada por São João XXIII. Deus nos abençoe e nos ajude nessa caminhada rumo aos cinquenta anos da nossa querida diocese.

6 Rumo aos 50 Anos

ERA UM SONHO ESTE CONCÍLIOtestemunho de dom marcos noronha

Outro dia, ví, numa sala de Domus Mariae, grossos volumes: “Acta et documenta de Concílio Ecumenico Vaticano II apparando”. Abro o volume II: Desejos dos Bispos da América. Aí estão as respostas dos bispos do Brasil, trazendo à preparação as necessidades, os desejos do clero e do povo fi el. Passei horas a fi o, mesmo noite a dentro, sem poder deixar o livro. Começo a ver aí tôda uma sabedoria de pesquisa, feita com naturalidade, pensamento no rebanho, verifi cação perfeita de suas exigências mais profundas. Era um sonho, um desejo imenso êste Concílio. Está clara, na análise dos Bispos, uma linha objetiva comum, não combinada, correspondendo plenamente à aspiração do Santo Padre, e às ânsias do mundo moderno.

Só por curiosidade, busco depois outro volume dos bispos de outras partes. A mesma linha comunitária, visão universal dos problemas.

Agora, o Concílio termina. Já começam a chegar os Decretos, com aquela sobriedade que sua natureza pede. Quem os vê não pode nunca imaginar o trabalho que êles deram e quantas incarnações fi zeram para chegar a seu dia. A linha objetiva, guardada em confuso nos livros grossos dos desejos, está tôda aqui, tim-tim por tim-tim. Parece até que houve Alguém reunindo de cima os pedaços esparsos, na luta tremenda pela espinha dorsal.

Roma - Especial para “O DIÁRIO” - 1965

Êle vivia, como necessidade, no inconsciente do povo cristão. Circulava no organismo vagamente e, na hora marcada

pelo Espírito Santo, chegou à consciência do Pai comum. E Êle tomou a decisão heróica que parecia uma loucura.

Era um sonho e, como visão mágica, andava na imaginação daqueles que suspiravam por uma renovação da Igreja e pelo seu “aggiornamento”.

Em 1962, comêço do ano, o saudoso Dom Mousinho, Arcebispo de Ribeirão Prêto, aguardava no leito o chamado de Deus. Houve uma cena bonita, na véspera de sua partida, quando três bispos o visitavam. A tristeza da hora não tirou a beleza e o sentido das palavras e dos gestos. Delirando, o querido enfermo, com os olhos brilhantes para o lado dos colegas, aquele olhar “atraveçante” que o delírio dá, a voz confusa e um gesto muito seu de passar a mão pela cabeça, pergunta assim: “Já é o Concílio?”.

O Concílio andava no seu coração. Era um sonho que já começava a entrar pelo dia, pois a convocação estava feita. Que pena êle não estar aqui para ver a realização, o longo caminho andando, os seus desejos em pauta, seus votos enriquecidos agora pelos votos de todos. Que pena êle não estar aqui, para ver em que foi dar o “delírio” do velho Papa.

7 Rumo aos 50 Anos

dom marcos noronhaii concílio vaticano, roma - 1965

Dom Marcos Noronha, Roma - 1965

Os olhos ainda � uscados de tanta lu z, nós nos levantamos agora para partir. Na mão, os livros que levam, em l� ra de fôrma, em r� posta e em � perança de aplicação consciente, o sonho que o Concílio foi no coração dos homens.

tinha agora vontade de fazer dois quadros (os sociólogos farão na certa). Um, com todos os pedidos dos Bispos. Outro, com tôdas as decisões do Concílio. Depois colocaria um sôbre o outro, para ver o sonho confuso ir virando realidade, o esparso corporifi cando-se, delineando-se, tornando-se cousa concreta e deixando de ser projeto. A aplicação do Concílio vai

exigir êsse olhar do ontem, da trajetória que êle fêz até esta fase de respostas que possibilitam um trabalho nôvo. Tudo maduro, tudo claro. Quem transmitiu o objetivo, o real, tem a alegria de levar, nos livros fi nos dos Decretos, aquilo que pôs nos grossos volumes dos preparativos. O que não entrou, por ser simples opinião pessoal, por ser falta de visão ou simples desejo de condenação de êrros, fi cou do lado de fora da demarcação comunitária que o Concílio teve e da linha positiva que êle quís ser, por vontade expressa de quem o convocou. Ficou de fora, apesar da boa vontade, apesar da intenção reta, porque só passam à realidade os sonhos que reúnem pedaços já existentes no chão dêste mundo. Os sonhos no ar, os sonhos sem incarnação, sem pé no chão, cumprem sua missão de ser escada de Jacó. Missão importante, mas que termina na hora em que Jacó se levanta para andar de nôvo na terra dos homens, com a face iluminada pelo sim de Deus.

8 Rumo aos 50 Anos

Com muita razão, nossa alma se enche de alegria, todas as vezes que, de outras Dioceses, nasce uma nova. Isto é de grande valor para a Igreja conseguir cumprir sua missão e atrair suavemente os povos para abraçar a lei de Cristo e conservá-la nos costumes. Quando, pois, nosso venerável irmão Sebastião

Baggio, Arcebispo titular de Éfeso e Núncio Apostólico no Brasil, depois de ouvir os veneraveis irmãos Oscar de Oliveira, arcebispo de Mariana e Geraldo de Proença Sigaud, arcebispo de Diamantina, desejando atender bem aos fi éis, pediu a esta Sé Apostólica que se criasse uma nova Diocese, tirada dos territórios das Dioceses de Mariana e Diamantina, julgamos, depois de rezar, dever isto ser concedido. Supondo o consentimento de todos aqueles a quem isto diz respeito, com Nossa suprema autoridade apostólica, resolvemos e mandamos o que segue: da Diocese de Mariana, com todo o território dos municípios, conforme está delimitado na lei civil, os seguintes municípios: Alvinópolis, Antônio Dias, Bela Vista de Minas, Belo Oriente, Bom Jesus do Amparo, Coronel Fabriciano, Dionísio, Ferros, Itabira, Ipatinga, Jaguaraçú, Joanésia, João Monlevade, Marliéria, Mesquita, Nova Era, Rio Piracicaba, Santa Maria do Itabira, São Domingos do Prata, São Gonçalo do Rio Abaixo, São Sebastião do Rio Preto; com êles, constituimos a nova Diocese de Itabira, limitada pelos confi ns desses municípios, com os territórios de que falamos. A sede da Diocese será cognominada Itabira, cidade em que o Bispo terá sua sede e domicílio e onde cátedra será colocada no templo curato dedicado a Deus em honra de Nossa Senhora do Rosário, dando-se a êsse templo, como convém os devidos direitos, honras e privilégios, como também impondo-se o bispo os deveres convenientes a sua ordem. Tornamos essa nova Diocese sufragânea da sede metropolitana de Mariana. Na Catedral, deve ser instituído o Cabido dos Cônegos, conforme as normas de outras cartas que serão dadas com nosso sêlo. Entretanto, podem ser escolhidos consultores diocesanos temporariamente que prestem auxílio e trabalho ao Bispo, terminando sua função, quando se criar o Cabido. No que diz respeito à mesa episcopal, deve ela ser organizada com os emolumentos da Cúria, as ofertas dos fi éis, a parte dos bens que pertencem à Diocese de Itabira, segundo o can. 1.500 do Código de Direito Canônico, com a devida divisão. Seja construido o Seminário o mais breve possível, no qual sejam recebidos os meninos que querem ser sacerdotes, conforme as leis do direito comum e as prescrições da S. Congregação dos Seminários, sendo isto uma ordem. Quando, porém, os jovens chegarem

BULA DE CRIAÇÃO DA DIOCESE DE ITABIRA“PAULO BISPO, SERVO DOS SERVOS DE DEUS, PARA PERPÉTUA RECORDAÇÃO.”

9 Rumo aos 50 Anos

à idade de estudar fi losofi a e teologia, os que forem mais dotados sejam enviados a Roma para serem recebidos no Colégio Pio Brasileiro. O regimen da Diocese e sua administração, a eleição do Vigário Capitular sede vacante, e outras coisas sejam feitos conforme as leis do Código de Direito Canônico. A respeito do clero, mandamos que sejam adscritos à Diocese os sacerdotes que tenham aí benefício ou ofício eclesiástico; os outros clérigos e alunos do Seminário sejam adscritos à igreja onde tenham o legítimo domicílio. As atas e documentos da Diocese erecta sejam enviados à Cúria e guardados religiosamente no arquivo. Quanto ao resto, nosso venerável irmão Sebastião Baggio procure cumprir estes nossos decretos, podendo também êle delegar estes poderes a alguém, contanto que seja sacerdote. Terminados os trâmites, façam-se documentos dos quais uma cópia fi el, selada e assinada, seja enviada o mais breve possível à S. Congregação Consistorial. Acontecendo que, no tempo em que estas nossas cartas estejam sendo levadas a efeito, haja outro Núncio Apostólico no Brasil, impomos a êle a obrigação de cumprir estas nossas prescrições. Queremos que esta nossa constituição seja efi caz agora e para sempre, de tal modo que, o que por ela foi decreto seja observado fi elmente por aqueles a quem diz respeito e assim obtenha seu valor. Que nenhuma ordem, de qualquer gênero, se oponha à efi cácia desta constituição, porquanto, com ela, abrogamos tudo o que lhe for contrário. A ninguém, portanto, seja lícito rasgar ou modifi car estes documentos que mandamos. Entretanto, se se apresentar cópia destes documentos com timbre, seja impressa seja manuscrita, à qual sacerdotes tenham posto o seu sêlo ou um tabelião público, ela merecerá a mesma confi ança que esta. Dada em Roma, em São Pedro, no dia quatorze do mês de junho do ano do Senhor de mil e novecentos e sessenta e cinco, segundo no Nosso pontifi cado.(Assinatura:) Carlos Cardial Canfalonieri Secretário da S. Congregação Consistorial - João Callero, Protonotário Apostólico Sylvio Romani, Protonotário Apostólico, - Tiago Aloisio Coppello, Chanceles da Santa Igreja Romana, Francisco Tinello, Regente da Chancelaria Apostólica.

Dom Marcos Noronha Primeiro Bispo da Diocese de Itabira - Cel. Fabriciano

Página 2 do documento oficial da bula de criação da diocese

ATA DA INSTALAÇÃO CANÔNICA DA DIOCESE DE ITABIRA

Papa Paulo VI - Chri� us Dominus

Dioc� e é a porção do Povo de Deus con� ada a um Bispo para que a pastoreie em cooperação com o presbitério, de tal modo que, unida a seu Pastor e por ele congregada no Espírito Santo mediante o Evangelho e a Eucari� ia, constitua uma Igreja particular, na qual verdadeiramente � ta e opera a Una Santa

Católica e Apostólica Igreja de Cri� o.

10 Rumo aos 50 Anos

Dom Marcos Noronha, Dom João Rezende e Dom Sebastião Baggio, no dia da instalação da diocese.

11 Rumo aos 50 Anos

INSTALAÇÃO DA DIOCESE

No dia da instalação da Diocese, a cidade de Itabira aguardava ansiosamente a chegada do Núncio Apostólico Dom Sebastião Baggio, que em nome do Santo Padre Paulo VI, foi instalar ofi cialmente a Diocese e ao mesmo tempo dar posse ao primeiro Bispo, Dom Marcos Antônio Noronha. Na chegada da cidade podia se ver a cidade totalmente ornamentada, com faixas, bandeiras, cartazes e alusões ao novo Bispo, espalhados desde o início da cidade até a praça da

Catedral, local onde seria a cerimônia de instalação da Diocese.“Juntamente com o Sr. Núncio Apostólico, estavam presentes ainda as seguintes autoridades

eclesiásticas: Dom Oscar de Oliveira Arcebispo de Mariana: Dom João Resende Costa Arcebispo Coadjutor de Belo Horizonte: D. José de Almeida Batista Pereira Bispo de Guaxupé: Dom Hermínio Malzone Hugo Bispo de Governador Valadares; D. Serafi m Fernandes de Araújo Bispo Auxiliar de Belo Horizonte.

Inúmeros sacerdotes da nova Diocese, bem como vários outros de Mariana, Belo Horizonte, Guaxupé e de diversos outros pontos do Estado, alí também estavam para assistir à posse de Dom Marcos Noronha e levar ao jovem Pastor os melhores votos de um fecundo apostolado em seu campo atual de trabalho. Do mesmo modo se achavam presentes o Prefeito de Itabira José Machado Rosa, o Prefeito de Guaxupé Dr. Benedito Felipe da Silva, várias outras autoridades civís e ainda o Presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Dr. Oscar de Oliveira.”

“O côro da paróquia executou inicialmente o Hino Pontifício enquanto as autoridades eclesiásticas e o povo iam se dirigindo para o templo - Dom Sebastião Baggio pediu então que se fi zesse a leitura da Bula, através da qual, em 14 de junho do corrente ano, o Santo Padre Erigia a Diocese de Itabira no Brasil. (...)

O Decreto de Paulo VI diz que fi cam agora separadas de Mariana e Diamantina as paróquias que vão compôr a atual Diocese de Itabira. Em seguida a Bula traz várias outras determinações, como as que se referem à Matriz que servirá de Catetral (igreja de Nossa Senhora do Rosário), (...) enfi m ao arquivo dos documentos (que elevam Itabira à Diocese) nas Cúrias da Séde, de Mariana e de Diamantina. (...)

Em seguida, perante os Bispos o clero e o povo cristão que se encontravam na Catedral, o Sr. Núcio Apostólico deu posse solene a Dom Marcos e o entronizou no trono que fi cava ao lado do altar.

Após essas cerimônias, já como Pastor da Diocese, o Jovem Bispo iniciou a Missa Pontifi cal, que foi cantada em latim, porém com a leitura da Epístola e do Evangelho já em língua vernácula. Foi nesta oportunidade, isto é, logo após o Evangelho que Dom Marcos fêz a sua primeira homília ou pregação ao povo.”

Dom Serafim Dom Marcos Noronha Dom Sebastião Baggio Dom JOÃO REZENDE

A VOZ DO PASTOR

Começa a existir a Diocese de Itabira, falou inicialmente o pastor. Uma família nova, nascida da preocupação da Santa Igreja em levar ao conhecimento da verdade e facilitar a distribuição do dom de Deus. A própria voz

do Pai executou hoje as determinações canônicas, na pessoa do Exmo. e Revmo. Sr. Arcebispo Dom Sebastião Baggio. O nome de V. Excia fi cará para sempre na história da criação do Bispado”.

Referindo-se ao Arcebispo de Mariana, disse Dom Marcos: “Nas atas que fi cam guardadas em Deus, estará assinalado para sempre o nome do Exmo. Arcebispo Dom Oscar. Devo-lhe homenagem de afeto, pela sua bondade”.

Continuando sua alocução, o Pastor traçou como que as linhas fundamentais de uma Pastoral que êle deseja construir na Diocese. Será um trabalho baseado no Evangelho e na Eucaristia, onde o povo cristão deverá encontrar a fonte de uma autêntica renovação segundo o espírito do Concílio Ecumênico. “Este nascimento da Diocese, prosseguiu o Pastor, está acontecendo numa hora de lutas de temor para quem quiser assumir tudo sozinho. Mas na hora mais bonita da história, para quem quiser ouvir a Igreja, sua defi nição clara, sua tomada de consciência.

palavra do núncio apostólico

Dom Sebastião Baggio, agradecendo tôda aquela manifestação de estima e carinho que lhe era tributada disse inicialmente que se sentia feliz em estar em Itabira para instalar canônicamente a Diocese e dar posse ao primeiro Bispo designado pelo Santo Padre Paulo VI. Mostrou que a nova Diocese fôra desmembrada das Arquidioceses

de Mariana e Diamantina a fi m de que a Igreja pudesse cumprir melhor sua missão numa área de tanta responsabilidade como é aquela “região do aço”. Recordou um pensamento de Pio XI, onde o Pontífi ce expressa a sua apreensão por ver em muitas fábricas que a matéria sai enobrecida e o operário aviltado. Naquela cidade, entretanto, sublinha o Núncio tal fenômeno certamente não deverá ocorrer ainda mais que a Igreja está ali mais presente agora com a criação da Diocese e permanência de um Bispo que tudo fará pelo progresso espiritual, cultura e material de tôda aquela região. Por fi m, o Embaixador de Paulo VI se referiu a essa hora do Concílio que estamos vivendo, pedindo que o clero e os fi éis da nova Diocese tivessem sempre o coração em perfeita sintonia com o Romano Pontífi ce.

12 Rumo aos 50 Anos

Fazer todo bem que se possa amar, sobretudo a liberdade e, mesmo que seja por um trono, jamais renegar a verdade.”Esta frase de Bethoven, defi ne bem,

o Bispo Emérito da Diocese de Itabira/Cel. Fabriciano, Dom Lélis Lara.

Membro da Congregação do Santíssimo Redentor, o Padre Lélis Lara, chegou a uma Diocese com poucos anos de instalação no ano de 1971. Passou por diversas funções como Pároco, Vigário Episcopal, Coordenador de Pastoral e sempre ensinou ao povo a importância da caridade para com o próximo. Em 1977 foi sagrado bispo, e auxiliando Dom Mário nas funções episcopais diocesanas, continuou doando sua vida para que a caminhada pastoral da Diocese se tornasse mais fácil.

Em seu Ano Jubilar Áureo, Igreja Particular de Itabira/Cel. Fabriciano agradece a Dom Lélis Lara, a história viva da Diocese, pelos 43 anos de dedicação e cuidado com a vida pastoral diocesana.

Decom - Departamento de ComunicaçãoDiocese de Itabira - Cel. Fabriciano

O BISPO DA CARIDADE

14 Rumo aos 50 Anos

A Pastoral na Diocese de Itabira - Fabriciano

DOM MÁRIO TEIXEIRA GURGEL, DOM MARCOS ANTÔNIO NORONHA E DOM LÉLIS LARA - 1996

Dom Marcos Antônio Noronha (1965 - 1970):

A 29 de dezembro de 1965, foi instalada a Diocese de Itabira, empossado o Bispo D. Marcos Noronha.

O desafi o era organizar uma Diocese novinha em folha, gestada na última etapa do Vaticano II, sob os efl úvios do Espírito Santo – mas com raízes nas centenárias Arquidioceses de Mariana e Diamantina.

A diocese segue o Plano Pastoral de Conjunto, elaborado pelos Bispos Brasileiros, defi nindo as linhas mestras. Somos Povo de Deus.

Na parte administrativa, tudo foi mais fácil – escreveu D. Marcos Noronha – “Tive a sorte de ver cair do céu um homem chamado Antônio Lisboa Ferreira, o seu Nínico, que assumiu a secretaria do bispado e foi o amigo de todas as horas”... (Livro: Marcos Noronha e a Igreja, p. 37).

Em reunião com o clero, Pe. Otacílio Fernandes

Ávila, Pároco de Marliéria, foi eleito Coordenador de Pastoral. Era preciso ir ao povo, refl etir com o povo, “trazer para fora o seu jeito de dentro, captar a riqueza de sua inteligência prática” (ibidem, p 38), sem imposição de qualquer espécie, sem modelos pré-defi nidos, num processo longo e paciente que se chamou “Tempo de Refl exão”, com os respectivos Grupos de Refl exão.

Vieram os cursos de extensão da PUC em Itabira, João Monlevade e Coronel Fabriciano sob as bênçãos de D. Serafi m e D. Marcos Noronha.

A Diocese acolhe algumas comunidades Religiosas. As Paróquias rurais, geralmente, sem padre permanente e as periferias das cidades maiores puderam contar com as Religiosas e os Religiosos. As Irmãs ajudaram, muitíssimo, o povo a refl etir.•.

Nossa gratidão a D. Marcos Noronha, por tudo o que semeou e plantou no curto espaço de cinco anos, como Bispo desta Diocese de Itabira.

Dom Mário Teixeira Gurgel (1971 - 1996):

D. Mário Gurgel assume a caminhada da Diocese de Itabira, a 18 de junho de 1971, em clima de fortes controvérsias. Com ele foi elaborado o 1º Plano Pastoral da Diocese que teve como prioridades: Unidade, Promoção, Catequese e Juventude. Ao longo de todo o seu Governo à frente da Diocese D. Mário estabeleceu o clima de Unidade e deu forte empenho às Pastorais, priorizando a Catequese.

Vendo a diversidade da Diocese, D. Mário pede um Bispo Auxiliar e D. Lara é o indicado para essa Missão,

em 1976, passando a residir em Coronel Fabriciano. Sendo um Bom Pastor que muito ajudou D. Mário na condução dos trabalhos Pastorais da Diocese. Foi criada a Co-Catedral para facilitar e dinamizar o trabalho pastoral.

Destacamos como pontos importantes da atuação de D. Mário: Criação do CPD – Conselho Pastoral Diocesano, preocupação com a Pastoral de Conjunto, como uma exigência de unidade e pluralismo. Fortalecimento da Liturgia para manter a unidade litúrgica, criação do Boletim Litúrgico. Funda o Centro Pastoral e a Gráfi ca Diocesana.

DOM MÁRIO TEIXEIRA GURGEL, DOM MARCOS ANTÔNIO NORONHA E DOM LÉLIS LARA - 1996

Visando promover o encontro de todo o Povo Diocesano, em 1978, foi criado o Dia da Diocese, com o objetivo de celebrar a unidade, dia de confraternização.

Dom Mário empenhou-se no desenvolvimento do espírito comunitário, para estreitar a unidade da nossa diocese em todos os níveis e setores. Realizou notáveis projetos promocionais de cunho social na Diocese, auxiliado pelo bispo Dom Lelis Lara.

Na condição de Bispo de uma diocese muito extensa, Dom Mário estava sempre pelas estradas, na solicitude por todas as suas comunidades. Era um bispo itinerante! Assumiu como Igreja Irmã a Igreja do Alto Solimões,

Dom Lélis Lara (1996 - 2003):

Dom Lelis Lara, após ter sido bispo auxiliar de Dom Mario Teixeira Gurgel por dezenove anos, idealizando vários projetos e ações pastorais em conjunto com Dom Mário, é nomeado bispo Coadjutor da Diocese de Itabira-Cel. Fabriciano, em 06 de dezembro de 1995, tomando posse como bispo titular em 22 de maio de 1996. A presença de Dom Lelis Lara em nossa Diocese está intimamente ligada à presença dos Missionários Redentoristas, que estão há mais de 65 anos em Coronel Fabriciano.

É marcante a primeira romaria ofi cial da Diocese ao Santuário Nacional de Aparecida, reafi rmando assim a presença da Diocese no cenário Mariano Nacional, devido ao fato de nossa diocese ter Nossa Senhora Aparecida como padroeira.

Em sua época como pastor aconteceu a criação da ASSOCIF que é a Associação do Clero da Diocese de Itabira e Fabriciano, como forma de uma maior agregação dos padres no sentido de se alcançar uma colegialidade entre os mesmos.

Não se pode deixar de lado que na sua gestão intensifi cou-se, efetivamente, o projeto de Igreja –

Irmã da nossa Diocese com a Prelazia de Marajó, fato esse muito esperado e comemorado pelo bispo da nossa Igreja-Irmã Dom José Luiz Azcona Hermoso. A nossa Diocese recebe a Irmã Amélia e a postulante Edilena, da Igreja Irmã de Marajó que visitam várias paróquias de nossa Diocese sendo acompanhadas, a pedido de Dom Lara, pelo Pe. Renato Menezes Cruz e o leigo Geraldo Evangelista de Araújo.

No ano Jubilar de 2000, Dom Lara envia à Prelazia do Marajó o Pe. Renato de Menezes Cruz para prestar serviço missionário à nossa Igreja Irmã e no mesmo ano, também, vai à Prelazia de Marajó como leigo missionário Geraldo Evangelista de Araújo com a fi nalidade de intensifi car o intercâmbio missionário entre as Igrejas Irmãs.

Dom Lara foi grande incentivador das pastorais, movimentos e serviços, buscando sempre uma maior integração entre as forças vivas que compõem a caminhada da nossa Igreja Particular, resultando num grande momento diocesano que foi o Décimo Primeiro Intereclesial das CEBs, assumido por ele e concretizado pelo seu sucessor Dom Odilon Guimarães Moreira.

em 1978, onde por duas vezes esteve visitando-a. A primeira, para uma tomada de conhecimento a fi m de racionalizar ajuda, e a segunda, para pregar retiro do clero e religiosas.

Na Legião de Maria foi Diretor Espiritual da Cúria Nossa Senhora Aparecida de Itabira e Assessor da CNBB para a Legião de Maria. Assumiu vários compromissos importantes da igreja, fora da diocese, e zelou pelo trabalho pastoral, procurando resolver dentro ou fora da comunidade os problemas que afetavam a caminhada cristã. D. Mário é o autor de vários livros.

Padres no Retiro do clero, BELO HORIZONTE - 1972

15 Rumo aos 50 Anos

Padres no Retiro do clero, BELO HORIZONTE - 1972

16 Rumo aos 50 Anos

Dom Odilon Guimarães Moreira (2003 - 2013):

D. Odilon assume a Diocese no dia 30 de março de 2003. Quando empossado, reafi rmou a decisão da Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano de sediar o 11º Intereclesial. Desse dia em diante, não mediu esforços até chegar à realização do evento. Dom Odilon participou do Encontro Latino Americano de CEBs, no México, em 2004.

Enfatizou a importância dos Conselhos Pastorais Paroquiais, das celebrações dominicais e dos grupos de refl exão, além do Serviço de Animação Vocacional (SAV), e da formação dos seminaristas. Insistiu muito sobre a dimensão missionária, a formação permanente e as pastorais sociais. É notável seu grande zelo apostólico. Instituiu 07 paróquias.

Uma de suas preocupações foi com a unidade diocesana, em todos os aspectos, pastorais, humano, para não perdermos a identidade. Pode- se destacar a implementação de uma Igreja Evangelizadora, Serviçal e Missionária, e aí estão as três prioridades pastorais da

E o momento atual com Dom Marco Aurélio:

Dom Marco Aurélio foi ordenado Bispo em 26 de maio, em Ouro Fino, sua cidade natal, e a posse como Bispo de Itabira/Cel. Fabriciano foi no dia 16 de junho do mesmo ano.

Destacamos a proximidade com o povo e com o clero. Mostra-se aberto à escuta e ao diálogo. Procurou conhecer todas as Paróquias e realidades, estando atento à caminhada diocesana. Está valorizando o COPADI, COPAR e os Conselhos Diocesanos: Pastoral, Presbiteral, Econômico.

Contribuiu, desde o inicio. para a preparação, construção e realização da Assembleia Diocesana de Pastoral. Mostrou-se atento à escuta das Assembleias

Diocese: Formação, Missão e Pastorais Sociais. Como também daí surgiu a descentralização da diocese em três subsecretariados, coordenados pelos seus Vigários Episcopais, que proporcionam uma revitalização maior da diocese em seus serviços, pastorais, e movimentos.

Com o apoio dos padres, instituiu a Escola Diaconal, que funciona em João Monlevade, onde atualmente 21 candidatos estão sendo acompanhados, para o diaconato permanente.

Visitou a Prelazia de Marajó, nossa Igreja Irmã, em 2004, ofi cializando a continuação do projeto missionário entre as duas Igrejas Irmãs. Três aspectos impressionaram Dom Odilon: a natureza com seus rios e fl orestas, a distância, e a pobreza do povo do interior. No ano de 2012, enviou o Pe. Dirceu Pacífi co que permaneceu na Prelazia por um ano e em 2013, o Pe. Marco José, que permanece até os dias atuais.

Tendo em vista a vacância da Diocese de Itabira-Cel. Fabriciano, em 21 de fevereiro de 2013, com sua renúncia, foi nomeado pelo Papa Bento XVI como Administrador Apostólico da diocese.

Comunitárias, que será o ponto de partida para o caminhar da ação pastoral e evangelizadora de nossa Diocese.

Apoiou e incentivou a participação do Secretariado Diocesano de Pastoral na visita à Igreja Irmã do Marajó, em novembro de 2013, para um intercâmbio missionário na Paróquia, onde está o Pe. Marco José, que representa a Diocese na Igreja Irmã.

Com zelo, esperou o tempo certo para começar a fazer algumas mudanças, como a eleição do Novo Conselho Presbiteral e a dinamização das Pastorais, nomeando assessoria eclesial para algumas delas. Tem motivado o Secretariado Diocesano de Pastoral, para que possa cumprir a sua missão de articular a ação evangelizadora, priorizando a formação dos agentes de pastoral e do clero.

DOM MÁRIO TEIXEIRA GURGEL, DOM ODILON GUIMARÃES MOREIRA E DOM LÉLIS LARA - 2003

O Secretariado Diocesano de Pastoral e os Coordenadores de Pastoral

da Diocese de Itabira:

Em 1965 Pe. Otacílio Fernandes Ávila, tendo Maria do Carmo Noronha como Orientadora, iniciou o que seria hoje a Secretaria Diocesana.

Em 1970 o Frei Vital Wilderink (mais tarde, Bispo de Itaguaí - RJ) que foi incumbido de dar os passos necessários para a criação de um Centro de Orientação Pastoral de Itabira - COPAI.

Ao tomar posse na Diocese, em 1971, Dom Mário confi rmou Frei Vital na função de Coordenador de Pastoral e mais adiante, vieram as Irmãs do Sagrado Coração de Jesus (Elisabete Aracy Rondon Amarante (Beth) e Maria Helena Pinheiro), que fi caram como grupo básico, ajudando na Pastoral Diocesana, assumindo a parte executiva do Centro de Pastoral.

Depois que Frei Vital deixou a Diocese, dentro de uma linha de descentralização crescente na Diocese, adotou-se uma coordenação de pastoral em equipe, nomeando um coordenador de pastoral para cada zonal. Em face do pluralismo tão acentuado e da vantagem que já se nota no novo sistema de coordenação, Dom Mário propôs, em uma das reuniões, e, foi aplaudido pelos participantes, a ideia de que os coordenadores dos Zonais fossem nomeados Vigários Episcopais, a fi m de evitar a descentralização jurídica e possibilitar uma solução mais imediata aos problemas locais. (Extraído do Livro de Relatórios Geral das Assembleias Diocesanas de 1972/1985). Assim na Diocese de 1973 a 1996, não tivemos o Coordenador Diocesano de Pastoral, mas uma Equipe de animação Pastoral.

Em 21 de junho de 1997, na festa da Diocese, em Ipatinga, houve lançamento do Plano de Pastoral - “Rumo ao Terceiro Milênio”, que foi concebido a partir da Assembleia Diocesana/1996 e, também, ofi cialização do Secretariado Diocesano de Pastoral, sendo o Pe. Elson Vital dos Reis, nomeado Coordenador Diocesano de Pastoral e Marciana Adelaide Ferreira, Secretária, que fi cou por quatro meses, sendo substituída por Márcio Honório Nunes.

Em Janeiro de 2003, o Secretariado de Pastoral foi transferido para João Monlevade. Em 25 de maio de 2004, uma reunião foi realizada em ARPAS, com Dom Odilon Guimarães Moreira, Pe. Elson Vital dos Reis, Pe. José Marcelino de Magalhães Filho, para efetivar a transição do Secretariado Diocesano de Pastoral. A partir desta data, Pe. Marcelino assumiu a Coordenação Diocesana de Pastoral, junto aos funcionários: Marinete da Silva Morais e Geraldo Evangelista de Araújo. Pe. Marcelino fi cou na coordenação até meados de junho de 2005. E Marinete foi nomeada para a Coordenação de Pastoral, por Provisão, datada de 21 de junho de 2005. Pe. Carlos Jorge foi nomeado orientador do Secretariado Diocesano de Pastoral, por Provisão, datada de 08 de fevereiro de 2006. Pe. Hideraldo Veríssimo Vieira foi nomeado Secretário Executivo de Pastoral, por Provisão, de 09 de junho de 2009. Geraldo Evangelista de Araújo, nomeado Secretário Executivo de Pastoral, por Provisão, de 07 de fevereiro de 2012. Pe. Hideraldo Veríssimo Vieira, nomeado Coordenador Diocesano de Pastoral, por Provisão, datada de 03 de janeiro de 2014.

Assim tem caminhado a Diocese de Itabira-Fabriciano, nestes quase 50 anos de Evangelização.

Secretariado Diocesano de Pastoral

17 Rumo aos 50 Anos

DOM ODILON GUIMARÃES MOREIRA, DOM MARCO AURÉLIO GUBIOTTI E DOM LÉLIS LARA - 2014

18 Rumo aos 50 Anos

ATA DA consagrAÇÃO DA catedral DE ITABIRA

Consagração da catedral de itabira, por Dom Carlo Furno, Núncio Apostólico, no dia 29 de dezembro de 1985

Excelência Reverendí� ima,

De volta a Brasília, venho agrad� er a Vo� a Excelência, ao seu Auxiliar, Dom

Lelis Lara, e a toda a população de Itabira – Cel. Fabriciano pela amável acolhida

que me proporcionaram por ocasião da minha r� ente visita a ¡ a Dioc� e.

Guardo ainda bem vivo na mente o carinhoso encontro com ¡ a gente.

As cerimônias da dedicação da Catedral foram muito bonitas e bem preparadas.

Rogo a Deus que inspire seu trabalho apostólico em favor d¡ a parcela do povo

de DEus, coroando-o de copiosos £ utos de comunhão e santidade.

D� ejando-lhe muita felicidade, colho a oportunidade para renovar-lhe os

meus sentimento de £ aterna � tima, de Vo� a Excelência devmo. no Senhor, Dom Carlo Furno, Núncio Apostólico

18 Rumo aos 50 Anos

história da atual catedral diocesana

A Matriz do Rosário foi construída com arte e gosto por Monsenhor José Felicíssimo do Nascimento e fi cou pronta em 1848. ‘Foi elevada a Catedral em 1965, quando a Diocese foi instalada.

“Era um espécimen raro de arte daquele tempo” - no dizer de entendidos - “com duas torres, relógio e bons sinos, destacando-se o sino do Santíssimo Sacramento, decantado em toda a redondeza. Era um templo majestoso, ainda que construído de adobo.”

Na madrugada do dia 09 de Novembro de 1970, época de fortes chuvas em nossa região, o teto e as paredes desse templo ruíram, para grande consternação do povo itabirano.

Alguns anos depois, a comunidade itabirana, na audácia de sua fé e consciente de sua responsabilidade como sede da Diocese, quis construir uma nova Catedral.

No dia 07 de Março de 1976, fez-se o primeiro mutirão para a construção dos alicerces. As paredes foram se erguendo lentamente, graças ao esforço de nossas comunidades de Igreja e com ajuda de várias pessoas e entidades ligadas ao povo itabirano.

O projeto é do arquiteto Fernando Lino da Rocha, que conseguiu traduzir, num estilo forte e harmonioso, o atual momento de Itabira e a presença da Diocese no meio do povo desta região.

As paredes circulares lembram nosso esforço para crescermos como Igreja - Comunidade. No forro de madeira, a disposição das ripas põe em destaque o altar, mostrando que a comunidade se constrói em torno da Eucaristia. A cor tijolo evoca o barro de nossas origens. As linhas austeras conquistam o espaço, mostrando a dura luta para vivermos o Evangelho numa sociedade em mudança e em crise de valores. O Conjunto sugere as coisas que não passam.

Que esta Catedral - marco de nossa caminhada - simbolize nosso esforço para sermos uma Igreja Viva. Construída pelo povo, esteja aberta a todos como a Casa do Pai e dos Irmãos.

Folheto de Celebração - Diocese de Itabira - Cel. FabricianoAno VIII - Nº 453/54 - 29 de dezembro de 1985

antiga catedral de itabira

19 Rumo aos 50 Anos

20 Rumo aos 50 Anos

CorrespondÊNCIA de Dom Mário, fazendo a solicitação DA CO-SEDE para a cidade de CEL. FABRICIANO

Itabira, 15 de Abril de 1979

Santíssimo Padre:O abaixo assinado, DOM MÁRIO TEIXEIRA GURGEL; SDS, bispo da diocese de

ITABIRA (BRASIL), vem respeitosamente expor a Vossa Santidade o que segue:

1. A diocese de ITABIRA foi criada pelo S. Padre Paulo VI coma a Bula HAUD INANI, de 14 de Junho de 1965, tendo sido desmembrada das arquidioceses de Mariana e Diamantina, em vista do vertiginoso desenvolvimento que a região vinha tendo devido à localização em seu território de uma grande mineração de ferro em ITABIRA e de grandes siderurgias na região chamada “Baixada” que tem por centro CORONEL FABRICIANO.

2. Embora a cidade de ITABIRA fosse um centro de mineração importante, desde cedo se notou como fora inconveniente sua escolha para sede da diocese, em vista de sua localização que não proporciona facil comunicação com o resto da diocese.

3. Acresce que os ténicos já prevêem para um futuro não muito longinquo o esgotamento total das reservas fe ferro da mineração de ITABIRA, enquanto, pelo constrário, cresce assustadoramente de importância a região onde se estabelecem as siderurgias da USIMINAS e da ACESITA, bem como a grande fábrica de celulose CENIBRA.

4. Em vista disso, quando a nosso pedido o Santo Padre Paulo VI nos deu um bispo auxiliar na pessoa de S. Excia. Dom LELIS LARA, combinei com o mesmo que ele se estabelecesse em CORONEL FABRICIANO,, centro da referida região siderúrgica, afi m de evitar um constante deslocamento do bispo diocesano.

5. A experiência de residir o bispo auxiliar em CORONEL FABRICIANO deu os melhores resultados no que respeita ao atendimento àquela vasta e importante região da diocese.

6. Em vista disso, julgamos que já seria tempo de pedir a Vossa Santidade a designação de CORONEL FABRICIANO como co-sede da diocese, o que viria apenas reconhecer juridicamente uma situação de fato, exigida pelas circustâncias.

Rogando a Deus pela pessoa de Vossa Santidade e por sua grandiosa atuação de presidir à Igreja de Cristo na caridade, pedimos fi lialmente se digne abençoar a todos os fi éis dessa diocese.

À Sua Santidade o Papa João Paulo IICIDADE DO VATICANO

CorrespondÊNCIA de Dom Mário, fazendo a solicitação DA CO-SEDE para a cidade de CEL. FABRICIANO

20 Rumo aos 50 Anos

Correspondência de decreto nº 1.904do Núncio apostólico Dom Carmine Rocco

Brasília, 28 de Junho de 1979

Excelência,

Tenho o grato prazer de comunicar que a Sagrada Congregação para os Bispos, atendendo ao pedido formulado por

Vossa Excelência, com o Decreto nº 400/79 de 11 de Junho em curso, se dignou elevar a Igreja Paroquial de Coronel Fabriciano, dedicada a São Sebastião, a dignidade de “Con-Catedral” e acrescentar ao nome da Diocese também o de Coronel Fabriciano, fi cando assim denominada Diocese de Itabira - Coronel Fabriciano (Itabirenses-Fabricianenses).

Dois exemplares do citado Decreto estão sendo remetidos a Sua Excelência D. Oscar de Oliveira, Arcebispo de Mariana, o qual fi ca autorizado a proceder a execução do mesmo.

Aproveito o ensejo para confi rmar-me com os sentimentos de fraterno afeto.

de vossa Excelência dev.mo no SenhorCarmine Rocco

Núncio Apostólico

21 Rumo aos 50 Anos

parte externa da con-catedral de são sebastião, coronel fabriciano - mg

ATA DA instalaÇÃO DA co-sede DE coronel fabriciano

Dom OScar de Oliveira - Arcebispo de Mariane

Tende na alma, amados Fiéis, o intento e empenho de vo� os virtuosos Bispos D. Mário e D. Lára. El� procuram viver o � pírito de Cri� o que não veio para

ser servido, senão para servir. Têm el� bem diante dos olhos e gravado no coração aquilo de Santo Agostinho, o grande Bispo de Hipona: “Pra� umus si

prosumus” - Nós bispos pr� idimos, se servimos.

22 Rumo aos 50 Anos

23 Rumo aos 50 Anos23 Rumo aos 50 Anos

Instalação canônica da con-catedral de são sebastião, de coronel fabriciano

Lido o Evangelho pelo Exmo. Sr. Bispo Diocesano, D. Mário Teixeira Gurgel, o Exmo. Sr. Arcebispo D. Oscar de Oliveira pediu-lhe que lesse o Decreto da Santa Sé instituindo a Con-Catedral,

o que fez, traduzindo todo o documento original latino para o vernáculo. Em seguida, D. Oscar de Oliveira a instalou solenemente nestes termos lidos aos numerosos presentes:“Nosso Exmo. e Revmo. Sr. Núncio Apostólico Dom Carmine Rocco, delegado pela Sagrada Congregação para os Bispos, para executar o Decreto da mesma Sagrada Congregação (n. 400/79), datado de 11 de junho do corrente ano, pelo qual ela se dignou elevar a Igreja Paroquial de Coronel Fabriciano, dedicada a São Sebastião, à dignidade de Con-Catedral, e acrescentar ao nome da Diocese de Itabira, também o de Coronel Fabriciano, fi cando, destarte, assim denominada: Diocese de Itabira - Coronel Fabriciano (Itabirensis Fabricianensis), nosso Exmo. e Revmo. Sr. Núncio

“A instalação da Con-Catedral aconteceu na Igreja Matriz de São Sebastião. Pois a Catedral São Sebastião, que é um templo católico e monumento religioso, foi inaugurada em 1993, sua arquitetura foi inspirada em estilo oriental, construída baseando-se em uma tenda descrita em passagem bíblica. Atualmente é a cossede da Diocese de Itabira-Cel. Fabriciano. Situa-se entre os bairros Santa Helena e o Centro, na esquina da rua São Sebastião com a rua Angélica.”

Apostólico, por sua parte, em Decreto de 27 de junho deste ano (nº 1904), comete-me a insigne honra e prazer de, fazendo-lhe as vezes, executar o mencionado Decreto da Sagrada Congregação para os Bispos.Tornado, pois, há pouco, conhecido o dito Decreto da S. C. para os Bispos, pela leitura clara que dele fez, traduzindo-o cuidadosamente do original latino para o vernáculo, o Exmo. e Revmo. Sr. Bispo D.Mário Teixeira Gurgel, após haver S. Excia, proclamado o Evangelho, nesta Missa dominical de 16 de setembro, das 18 horas, eu, legitimamente Sub-delegado, instalo neste momento, canonicamente, como Con-Catedral esta Igreja Paroquial de São Sebastião, fi cando, desde agora, denominada esta circunscrição Eclesiástica “Diocese de Itabira - Coronel Fabriciano”, e assim o ratifi co de pleno e perene efeito. Coronel Fabriciano, 16 de setembro de 1979

O Arquidiocesano - Órgão Ofi cial da Arquidiocese de MarianaAno XXI - Mariana, 30 de Setembro de 1979 - Nº 1046

bISP

OS D

A DI

OCES

E

Dom Odilon foi intitulado por alguns, como Pai das Vocações.Sempre dando grande atenção às vocações religiosas, leigas e sacerdotais desde que chegou à Diocese em 2003 e ensinou a todos os diocesanos a importância de sempre dizer “Sim ó Pai!”.

A frase utilizada como lema de seu Episcopado mostra que, vocação não é só chamado, mas também é reposta e que, ao fi nal de tudo podemos nos relacionar com Jesus, como Santa Terezinha do Menino Jesus, quando disse: “Ó Jesus meu amor,...minha vocação enfi m a encontrei, minha vocação é o amor!”Neste Ano Jubilar, a Diocese de Itabira/Cel. Fabriciano agradece a Dom Odilon, pelos 11 anos de serviços pastorais prestados a esta porção do Povo de Deus.

o PAI DAS VOCAÇÕES

25 Rumo aos 50 Anos

26 Rumo aos 50 Anos26 Rumo aos 50 Anos

O seminário é indispensável na Diocese. Afi nal é para a formação dos futuros pastores de almas a exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo, mestre, sacerdote e pastor, que ele existe. Nele os aspectos da formação espiritual, intelectual e disciplinar devem caminhar juntos, a serviço da fi nalidade pastoral, em

vista da qual diretores e professores devem atuar de maneira ativa e coordenada, seguindo fi elmente as orientações do bispo. Por isso, o seminário é o coração da Diocese e todos devem ajudá-lo com toda boa vontade. As etapas que acompanham a vida do futuro padre no seminário são: Propedêutico, Filosofi a e Teologia.

Em 28 de dezembro de 1978, diante dessa necessidade de formação prebiteral de nossa Diocese, Dom Mário Teixeira Gurgel criou o Seminário Diocesano de Itabira- Cel. Fabriciano, que iniciou seus trabalhos sob responsabilidade dos Fráteres da Mãe da Misericórdia, na pessoa do Frei Henrique Cristiano em Belo Horizonte (MG). O primeiro seminarista da diocese foi o Pe. Elder Silva, da cidade de Itabira (MG).

Em 1987 o seminário retorna para a Diocese sendo instalado em João Monlevade (MG), no bairro Vila Tanque, seu primeiro reitor foi o Pe. José Miranda.

Em meados dos anos 90, foi criado o seminário propedêutico que funcionou primeiramente em Itabira, e no ano de 2001 foi transferido do seminário Cura D’Ars, em Itabira, para João Monlevade ao mesmo tempo que o Instituto Teológico sai de João Monlevade e vai para Itabira, sob a reitoria de Pe. Nelito Nonato Dornelas. A Filosofi a continuou no Seminário São José em João Monlevade sendo o 1º ano cursado na Unileste sob a reitoria do Pe. Francisco Neto Guerra.

Em 2002 os estudos de Filosofi a foram transferidos para a cidade de Coronel Fabriciano e a Teologia para Belo Horizonte. Inicialmente os alunos de teologia moravam no bairro Minas Brasil e estudavam no ISTA - Instituto Santo Tomás de Aquino.

A partir de 2008 o seminário passou a funcionar na nova casa situado no Bairro Dom Cabral em Belo Horizonte onde atualmente, 8 seminaristas de fi losofi a e 4 seminaristas de teologia convivem juntos e estudam na PUC Minas, sob a reitoria do Pe. Fernando dos Santos Andrade.

O seminário propedêutico continua funcionando em Itabira, em frente à Catedral Diocesana, com quatro seminaristas sob a reitoria do Pe. Márcio Soares.

Paulo Henrique de Souza Lima DECOM - Departamento de ComunicaçãoDiocese de Itabira - Cel. Fabriciano - MG

Fonte de Pesquisa: Livro da CaminhadaDiocese de Itabira/Cel. Fabriciano

Seminário Propedêutico - ItabiraSeminário Teológico de Filosófi co

Belo Horizonte - MG

Seminário Diocesano

Ao celebrar o Jubileu de Ouro da criação da Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano, o primeiro pensamento que nos vem à mente é o de gratidão a Deus. Quem conhece ao menos um pouco a trajetória dos 50 anos desta Diocese, ao rememorar as pessoas e os fatos que fi zeram sua história, tem clara a certeza de que a mão de Deus agiu aqui. Graças, portanto, sejam dadas ao Senhor da História, que sempre cuida de seu povo.

São centenas de milhares os trabalhadores destas cidades do Vale do Aço que, além de forjarem o metal bruto, forjaram suas personalidades, constituíram famílias e formaram seus fi lhos com o suor quente de seus rostos. Todos esses homens e mulheres, do passado e do presente, tiveram, e têm, a seu lado, partilhando da mesma caminhada, sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos(as) consagrados(as) em número sem conta, que deram a vida na evangelização de famílias, comunidades, paróquias. São merecedores de justa homenagem nesta data, pois são, também eles, fazedores dessa história.

A Igreja, Povo de Deus, neste momento, não pode deixar de recordar os Bispos que, desde sua criação, em 1964 e até os dias de hoje, estiveram à frente da Diocese: Dom Marcos Antônio Noronha, seu primeiro Bispo, soube pôr a inteligência a serviço do povo, sobretudo os mais simples, criando e orientando Círculos Bíblicos por todos os lugares em que se pudesse reunir uma comunidade, por pequena que fosse.

O sucessor, Dom Mário Teixeira Gurgel, a todos contagiava com seu humor cearense. De senso prático, espírito crítico e determinado, estruturou a Diocese, imprimindo-lhe um rosto próprio: uma Igreja comprometida com a causa dos operários.

Dom Lelis Lara, bispo identifi cado com o povo do Vale do Aço nas suas alegrias e esperanças, tristezas e angústias, assumiu em tudo a opção preferencial pelos pobres. Dedicou-se à formação dos leigos, do clero, e ao fortalecimento das Comunidades Eclesiais de Base. Empenhou-se pela criação da Universidade do Vale do Aço. E continua vivendo seu ministério, com o mesmo ardor da primeira hora.

Homem do diálogo e do acolhimento, Dom Odilon Guimarães Moreira motivou seus diocesanos a um verdadeiro espírito missionário e imprimiu nesta Igreja a marca de uma espiritualidade libertadora.

É esta a herança que a Providência lhe coloca nas mãos, Dom Marco Aurélio. E Deus nunca falha, pois, se o chamou, é porque sabe que está à altura de continuar conduzindo esta Diocese no mesmo rumo da bela história que até agora escreveu. Com as orações deste povo que o acolheu carinhosamente, e sob o olhar da Senhora Aparecida, a Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano, agradecida, festeja seu ano jubilar, tendo em vista as bênçãos com que Deus sempre a distinguiu.

Sob o mesmo olhar carinhoso da sua Padroeira, guiadas pela mão do Senhor da História, vivam Itabira e Coronel Fabriciano prósperos dias por todo o sempre.

Brasília, 01 de maio, na festa de São José Operário.

Cardeal Dom Raymundo Damasceno AssisArcebispo de Aparecida-SP e Presidente da CNBB

Cardeal Dom Raymundo Damasceno AssisArcebispo de Aparecida-SP e Presidente da CNBB