elisabet e badinter

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  • 7/27/2019 Elisabet e Badinter

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    ELISABETH BADINTER: RACIONALISMO, IGUALDADE EFEMINISMO1

    Fernanda Henriques

    Universidade de vora

    RESUMO: O presente texto tem como objectivo mostrar os contornos fundamentaisdo pensamento de ElisabethBadinter, filsofa e feminista francesa, evidenciando asua pertena a um modo de pensar radicado no racionalismo moderno, herdeiro do

    pensamento iluminista.

    PALAVRAS-CHAVE: modernidade, ps-modernidade, racionalismo, universalidade,desnaturalizao, contingncia

    Razes deste texto

    O livro de Elisabeth Badinter, Fausse Route, sado em 2003,

    provocou fortes controvrsias no meio intelectual francs2, em

    virtude da crtica que nele se leva a cabo a uma certa perspectiva

    feminista de anlise e de interveno, que a autora considera

    representar um caminho errado e incorrecto para a emancipao das

    mulheres, por no contribuir para a construo de uma representao

    social do feminino e das mulheres conducente a uma simblica capaz

    de realizar uma verdadeira simetria entre os dois sexos3.

    A posio que Elisabeth Badinter mantm ao longo da referida

    obra resulta de uma radicao racionalista, herdeira da tradio

    iluminista, e, ao mesmo tempo, de uma defesa intransigente da

    1 Comunicao apresentada ao Congresso Evocativo do Primeiro Congresso Feminista em Portugal:Lisboa 2005.2O peso do impacto do livro de Elisabeth Badinter reflecte-se nas diferentes intervenes a favor econtra a obra aparecidas na imprensa escrita francesa. Saliento algumas: L Express de 24/4/2003, comum texto assinado por Jaqueline REMY, com o ttulo Le jaccuse d Elisabeth Badinter. Le NouvelObservateur, n 2009, de 8 de Maio de 2003 e n 2011 de 22 de Maio de 2003. LHumanit de 28 deMaio de 2003 e 20 de Junho de 2003. Libration de 18 de Setembro de 2003.3Dos temas de Fausse Route que originaram maior polmica, salientaria dois: 1. a denncia de que umaforte corrente feminista europeia actual, sob a influncia cega das ideias americanas, est a exibir umaideia das mulheres apenas ligada situao de vtima e de vitimizao, inscrevendo-se no que eladesigna por feminismo moral e essencialista. Dentro deste movimento, ela situa todas as formas, maisou menos adocicadas e eufemsticas de fazer voltar as mulheres a casa e maternidade.2.a dennciade que o activismo feminista se est a desligar da investigao e do trabalho terico.

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    igualdade entre os sexos, contra toda a perspectivao de um

    feminismo baseado na diferena.

    Os debates sobre o livro de Elisabeth Badinter, no interior da

    sociedade francesa, foram muito acesos e demonstraram, a meu ver,duas coisas muito importantes:

    Por um lado, a vitalidade e a solidez do pensamento

    feminista francs que pode vir a lume assumir publicamente

    as suas clivagens.

    Por outro, a existncia clara da fora de um pensar

    ps-moderno que, no feminismo, assume contornosespecficos e, at de ruptura, com o feminismo de raiz

    moderna4.

    Foi esta circunstncia isto , o aparecimento do livro de

    Badinter e a respectiva polmica que originou , que me levou a uma

    interrogao mais funda que se prende com a procura do lugar

    filosfico do feminismo e, no interior desse lugar, com a procura de

    compreenso do dilogo possvel entre a modernidade e a

    ps-modernidade. Dito de outra maneira, a violncia da discusso em

    torno de Fausse Route levou-me a questionar como que a

    racionalidade que herdmos da tradio das luzes pode ainda dialogar

    com as novas problemticas postas pela dinmica social e cultural da

    segunda metade do sculo XX, no quadro dos novos contextos do

    pensar que essa dinmica fez emergir.

    4Uma das foras feministas que mais se encarniou contra Elisabeth Badinter e o seu livro foi o grupoque se designa por chiennes de garde. Em 23 de Maio de 2003, um texto deste grupo, assinado porSaratoga, deixa claro a ruptura entre duas formas de racionalidade, a moderna e a ps-moderna, eentre dois tipos de feminismos, o tradicional e o actual (sublinhados meus). O texto, que comeavapor agradecer a Elisabeth Badinter o seu contributo para a emancipao das mulheres, nomeadamente,a sua desconstruo da ideia de instinto maternal, terminava com uma demarcao clara de umfemismo de outro tempo. Dizia-o assim: Les femmes du vingtime sicle taient consentantes. Lesfemmes du ving-et-unime sicle seront dsirantes. Le fminisme du ving-et-unime sicle ser lefminisme de la sexualit.Voil pourquoi vous, Elisabeth Badinter, ne pouvez plus faire partie du mouvement fministeaujourdhui. Cf., http//chiennesdegarde.org .

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    Pessoalmente, no creio nem no absolutamente novo, nem nas

    rupturas absolutas. Creio, antes, que o saber, o pensamento e a vida

    so constitutivamente histricos e creio, ainda, que a Histria,

    enquanto auxiliar na compreenso dos problemas, um recursofundamental de esclarecimentoe de desnaturalizao das situaes.

    Neste meu quadro de crenas, penso que o feminismo, para ser

    epistemologicamente consistente e socialmente eficaz, tem de

    procurar dialogar com a sociedade no seu todo e de se procurar

    compreender nas suas razes filosficas, de modo a poder afirmar-se

    como uma corrente de pensamento que, tendo embora os seus

    comeos na compreenso da situao das mulheres, se desenvolveupela configurao de um ponto de vista geral sobre a realidade,

    gerando um modo de pensar o real a partir de outros lugares de

    anlise e de outras interrogaes ou, pelo menos, de outras formas

    de formular velhas interrogaes.

    A concretizao desta reflexo na figura de Elisabeth Badinter

    deve-se ao facto de ela ser o seu motivo prximo, mas tambm se

    deve a que ela representa um excelente paradigma para pr em

    evidncia quer o difcil lugar da filosofia no feminismo, quer o difcil

    dilogo entre a modernidade e a ps-modernidade.

    A figura e a obra de Elisabeth Badinter

    Nascida em 1944, Elisabeth Badinter tem uma formao

    filosfica de base que se evidencia na sua produo escrita, atravs

    do registo discursivo que nela assume. Na verdade, as suas obras

    materializam um discurso de fronteira, de raiz interdisciplinar, mas

    onde a preocupao pela compreenso e pela busca do conceito ou

    do universal so a intencionalidade constitutiva. Servindo-se e

    articulando os dados da Histria, da Psicologia, da Biologia ou da

    Literatura, ela procura sempre a construo de uma viso sistemtica

    que v to longe quanto possvel na apresentao de uma totalidade

    orgnica de sentido.

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    Num debate recente com Alain Touraine5, proclama-se

    defensora do republicanismo como lugar social e poltico da liberdade

    e inscreve-se como herdeira directa do pensamento de Simone de

    Beauvoir, afirmando-se, por isso, como pertencendo a um feminismoda igualdade. Nesse quadro, reivindica que a maior conquista da

    cidadania democrtica corresponde ao reconhecimento do direito

    indiferena e no do direito diferena. Neste debate, fica muito

    clara a pertena de Elisabeth Badinter ao quadro racional da

    modernidade, com a consequente defesa do valor da universalidade

    da razo como instrumento de emancipao.

    O seu pensamento pessoal e as suas investigaes

    corporizam-se em dois tipos de obras: temticas ehistricas6.

    As obras histricas, tambm organizadas a partir de uma

    temtica especfica, centram-se no sculo XVIII e representam, ou

    estudos prprios, como o caso da obra sada em 1983, sobre a

    ambio feminina, e como tambm o caso da trilogia intitulada

    Paixes intelectuais, cuja publicao se iniciou em 1998, ou ento,correspondem a apresentaes de textos ou ainda a prefcios de

    obras. Em qualquer das situaes, possvel perceber que o trabalho

    de Elisabeth Badinter sobre as autoras e os autores do sculo XVIII

    motivado pela convico de que nesse tempo e nesse espao

    cultural que se forjam os modos de pensar que ajudam a

    compreender algumas das determinaes polticas da sociedade

    actual, nomeadamente, o despertar do valor e do peso da opiniopblicacomo fora.

    Das obras a que chamei temticas, fazem parte trs textos que

    constituem outras tantas referncias incontornveis do acervo

    feminista europeu. Refiro-me a Lamour en plus, de 1980, Lun est

    lautre, de 1986, e XY. De lidentit masculine, de 1992. So obras

    5Cf. Le Nouvel Observateur de 19 de Junho de 2003.6No ponto 1 das referncias bibliogrficas, indicar-se-o as principais obras de Elisabeth Badinter.

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    em torno das questes ligadas libertao das mulheres e

    compreenso das identidades, caracterizando-se por serem processos

    de desconstruo, por desnaturalizao, de adquiridos culturais. Ou

    seja, em todas elas se mostra que algumas ideias e princpios, que nofuncionamento da vida social ou cientfica aparecem como se fossem

    ingredientes naturais dos processos em causa, mais no so, afinal,

    do que construeshistricas que o desenvolvimento da vida humana

    foi produzindo, transformando e sedimentando. Dito de outra

    maneira, nestas obras, Elisabeth Badinter demonstra que no h

    nenhum processo ligado vida humana que seja puramente natural

    ou inerente prpria natureza das coisas, sejam elas o sentir, oviver ou o pensar.

    Na obra de 1980, Lamour en plus, faz-se a histria do amor

    maternal entre os sculos XVII e XX. O seu objectivo desnaturalizar

    a ideia de amor maternal, atravs da desconstruo do seu velho

    alicerce, o instinto maternal. Assim, a obra procura mostrar que o

    instinto maternal, enquanto sentimento, , por um lado, frgil e

    imperfeito, e, por outro, tem uma dimenso de educabilidade sendo,

    por isso, marcado pela historicidade, como toda a vida humana.

    Lun est lautre assenta noutro processo de desnaturalizao

    no caso vertente, est em causa o modo de relao intersubjectiva e

    colectiva entre homens e mulheres no sistema patriarcal. O que a

    autora quer demonstrar, ao longo das pginas do seu livro, que as

    relaes de poder do patriarcado no so naturais, nem atemporais.A sua hiptese de leitura e interpretao dos dados histricos e

    culturais sobre o desenvolvimento das sociedades ocidentais consiste

    na afirmao de que a relao de poder entre homens e mulheres

    no tem de ser pensada apenas nos quadros de uma dicotomia em

    que um dos sexos detentor exclusivo do poder. Ou seja, recusa,

    simultaneamente, que o patriarcado tenha sido a nica forma de

    organizao da vida colectiva ou que antes do patriarcado tenha

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    havido matriarcado. Em oposio linearidade desta anlise,

    apresenta a hiptese de que, antes da instaurao da supremacia do

    poder masculino, tenha havido um modo de vida colectivo em que o

    poder estava fragmentado em diferentes reas e formas, constituindouma rede de relaes complexas e que, homens e mulheres detinham

    e partilhavam poderes que interagiam no conjunto da vida colectiva.

    XY, a obra de 1992, corresponde a um processo de

    desnaturalizao da dimenso epistemolgica mais radicada na

    cultura ocidental que consiste em desenvolver qualquer processo de

    pensamento sempre a partir de um modelo ou de uma referncia

    masculina. Neste texto, ElisabethBadinter prope um novo modo de

    ler a questo da construo da identidade humana. Partindo da

    afirmao de que o feminino a matriz vital da humanidade, uma vez

    que se pode viver sem o cromossoma Y, mas no se sobrevive sem o

    cromossoma X, a autora vai construir a tese de que o feminino a

    identidade de referncia, sendo a identidade masculina uma

    construo que decorre de uma longa negao sistemtica do

    feminino.

    Do meu ponto de vista, independentemente das reservas ou

    das crticas que possam ser feitas a esta obra de Badinter, o seu

    valor real e inultrapassvel reside no facto de ela propor um quadro

    de compreenso do feminino e do masculino construdo a partir do

    feminino e no do masculino, como de tradio da nossa cultura

    tradio milenar, mas a que Freud deu novo flego e um suporte,supostamente, cientfico7.

    A radicao Modernada obra de Elisabeth Badinter

    7Apresentei uma leitura mais desenvolvida desta obra de ElisabethBadinter em: HENRIQUES, Fernanda,Gnero e Desejo. Da biologia cultura, Cadernos de Biotica , ano XII, N 35, pp. 33-49,Agosto/Setembro 2004.

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    No seu conjunto, os textos de Elisabeth Badinter no s

    procuram desocultar as razes iluministas da nossa vida social e

    poltica, como, sobretudo, se constroem atravs de uma racionalidade

    fortemente marcada pela carga das Luzese no horizonte dos valoresuniversalistas ento estabelecidos.

    Na verdade, os trs textos temticos a que me referi no ponto

    anterior s cobram sentido no interior de um modo de pensar que

    admita o poder analtico e crtico da racionalidade e aceite o seu valor

    desmistificador no processo de busca de um universal possvel.

    Em qualquer deles, como tambm disse, se desnaturaliza um

    adquirido cultural, mostrando o seu carcter histrico e, portanto,

    contingente. Do ponto de vista da transformao social possvel,

    mostrar o carcter contingente de qualquer situao seja um modo

    de vida ou um paradigma terico , absolutamente fundamental, na

    medida em que se evidencia a sua dimenso de mera possibilidade,

    destruindo a ideia de que tal situao tenha em si uma raiz

    determinista, necessitante, sendo, por essa razo, inaltervel. Quealgo seja contingente significa que teve uma origem histrica, que

    poderia no ter acontecido ou ter acontecido de outra forma e que,

    portanto, passvel de ser transformado. Desse modo, o valor

    indiscutvel da produo textual de Elisabeth Badinter ,

    exactamente, este pr a descoberto do carcter contingente de

    alguns adquiridos culturais, dotando os movimentos feministas de

    instrumentos tericos de anlise e de discusso. Contudo, alegitimidade dos suas teses radica na aceitao da capacidade

    racional para propor esquemas de leitura da realidade com valor

    operativo, por um lado, e, por outro, para manusear conceitos com

    estabilidade terica, como o caso, quer da ideia de desenvolvimento

    e progresso histrico que sustenta as suas obras Lamour enpluse

    Lun est lautre quer o conceito de identidade, sem o qual a obra

    XY no tem qualquer sentido.

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    Ora, acontece que o designado pensamento ps-moderno, nas

    diferentes caracterizaes de que se reveste8, precisamente pe em

    causa a capacidade discriminadora da razo, o seu poder

    universalizador e a valor efectivo do conceito de identidade, deixandofragilizadas e, portanto, inoperantes, as teses de Badinter. Nessa

    medida, mais do que a questo da igualdade ou da diferena, o

    conceito de razo manuseado por Badinter que a inclui ou a exclui do

    dilogo com um certo feminismo actual, tendo sido ele que esteve na

    base das discusses sobre o seu livro FausseRoute, porque aceitar

    o valor das suas teses significa no renunciar a um conceito de razo

    de raiz moderna e continuar a considerar que ele tem legitimidade,embora se deva deixar questionar pelas crticas ps-modernas,

    nomeadamente no que diz respeito s dimenses tecnicista,

    totalitria e excluente que ele assumiu ao longo dos sculos XIX e

    XX.

    De um certo ponto de vista, a minha posio prxima da de

    Elisabeth Badinter, porque penso que no possvel conciliar a luta

    feminista com um conceito totalmente fragmentado de razo, como o

    que defendido por algumas posies ps-modernas. Nesse

    contexto, tal como algumas filsofas espanholas, nomeadamente,

    Celia Amoros9, defendo que foi a Modernidade que definiu o

    paradigma racional capaz de permitir pensar modelos de viver e de

    agir libertadores e igualitrios, no sendo, por isso, possvel continuar

    a pugnar por igualdade de direitos e perspectivas transformadoras dasociedade se se puser totalmente de lado o conceito moderno de

    racionalidade10.

    8 Seja a sistematizao de Jean-Franois Lyotard, seja a de Gianni Vattimo. Ver, especialmente:LYOTARD, Jean-Franois, La condition postmoderne, Paris, Les ditions de Minuit, 1979; LYOTARD,Jean-Franois,O ps-moderno explicado s crianas, Lisboa, Don Quixote, 1987. VATTIMO, Gianni,posmodernidad: una sociedad transparente?. In: AAVV, En torno a la posmodernidad, Barcelona,Anthropos, 1994, pp. 9-19.

    9AMORS, Celia, Tiempo de feminismo, Madrid, Ctedra, 1997.10Tenho procurado definir um conceito de racionalidade que articule a intencionalidade emancipadora darazo moderna, mas no volte costas s crticas da ps-modernidade. Ver, especialmente: HENRIQUES,Fernanda, Do que est em causa. Notas para pensar, na ps-modernidade, ex aequo,n 9, pp. 11- 16,

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    Referncias bibliogrficas

    1. Obras fundamentais de Elisabeth Badinter

    LAmour en plus. Histoire de lamour maternel (XVII-XX sicle),Paris, Flammarion, 1980.

    milie, milie: Lambition feminine au 18 sicle, Paris,Flammarion, 1983.

    lun est lautre,Paris, Odile Jacob, 1986. Condorcet: un intellectuel en politique, Paris, Fayard, 1988 (em

    colaborao com Robert Badinter). XY. De lidentit masculine, Paris, Odile Jacob, 1992. Les passions intellectuelles: tome I. Dsir de gloire(1735-1751),

    Paris, Fayard, 1998. Les passions intellectuelles: tome II. Exigence de dignit(1751-

    1762), Paris, Fayard, 2002. Fausse Route, Paris, Odile Jacob, 2003.

    2. Outras obras referidas no texto

    AMORS, Celia, Tiempo de feminismo, Madrid, Ctedra, 1997. HENRIQUES, Fernanda, Do que est em causa. Notas para

    pensar, na ps-modernidade, ex aequo,n 9, pp. 11- 16, 2003. HENRIQUES, Fernanda, As teias da razo: a racionalidade

    hermenutica e o feminismo. In: FERREIRA, M Lusa R. (org.)AsTeias que as Mulheres tecem, Lisboa, Colibri, 2003, pp. 133-144.

    HENRIQUES, Fernanda, Gnero e Desejo. Da biologia cultura,Cadernos de Biotica , ano XII, n 35, pp. 33-49,Agosto/Setembro 2004.

    LYOTARD, Jean-Franois, La condition postmoderne, Paris, Lesditions de Minuit, 1979.

    LYOTARD, Jean-Franois, O ps-moderno explicado s crianas,

    Lisboa, Don Quixote, 1987. VATTIMO, Gianni, posmodernidad: una sociedad transparente?.

    In: AAVV, En torno a la posmodernidad, Barcelona, Anthropos,1994, pp. 9-19.

    2003; HENRIQUES, Fernanda, As teias da razo: a racionalidade hermenutica e o feminismo. In:FERREIRA, M Lusa R. (org.)As Teias que as Mulheres tecem, Lisboa, Colibri, 2003, pp. 133-144.