elevação de nível de mantenedor

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INSTITUTO DE LOGÍSTICA DA AERONÁUTICA DIVISÃO DE ENSINO ::: SEÇÃO DE AVALIAÇÃO ::: TRABALHO AVALIADO INDIVIDUAL 1S BMA Danilo David da Silva 2º/5º Gav – Casa de Pista CEMN-2 /2012 Segurança de Voo Telefone: 84 36447744 e-mails: [email protected] [email protected] PARNAMIRIM, 2012 GRAU DO TRABALHO

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Segurança de voo

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  • INSTITUTO DE LOGSTICA DA AERONUTICA DIVISO DE ENSINO

    ::: SEO DE AVALIAO ::: TRABALHO AVALIADO INDIVIDUAL

    1S BMA Danilo David da Silva 2/5 Gav Casa de Pista

    CEMN-2 /2012 Segurana de Voo

    Telefone: 84 36447744

    e-mails: [email protected] [email protected]

    PARNAMIRIM, 2012

    GRAU DO TRABALHO

  • ATIVIDADE 1

    Analisar cada exemplo de cada ocorrncia area abaixo e em seguida realizar um enquadramento entre ACIDENTE, INCIDENTE GRAVE, INCIDENTE ou OCORRNCIA DE SOLO, baseado no que preconiza a NSCA 3-1 Conceituao de vocbulos, expresses e siglas de uso no SIPAER.

    Exemplo 1: Uma aeronave modelo EMB 121 (Xingu), saiu de Maca (RJ) s 07h, em direo Pampulha (MG), aps 30 minutos de voo, apresentou acendimento no PMA (Painel Mltiplo de Alarmes), da luz de baixo nvel de fluido hidrulico, que forou o piloto a realizar um pouso de emergncia no aeroporto Aeroporto Antnio Carlos Jobim (RJ), aps a realizao dos procedimentos nde abaixamento do trem de pouso no modo manual. O pouso foi feito dentro dos padres previstos e em segurana, sem nenhum risco aos passageiros.

    ENQUADRAMENTO: Incidente Grave. JUSTIFICATIVA: conforme NSCA 3-1 e apostila unidade 2 de SVO, o provvel vazamento ou falha na inpeo visual quanto ao nvel de fludo, provocou a falha do sistema hidrulico, levando ao abaixamento do trem no modo manual. Apesar de no ter apresentado nenhum risco aos passageiros, a falha afetou seriamente a operao da aeronave(letra i, ocorrncia caracterstica de incidente grave)

    Exemplo 2: No Aeroporto de Bacacheri (PR), durante uma manobra rotineira, uma Unidade de Fora Terrestre (UFT) sendo rebocada por uma Unidade Rebocadora de Aeronave (URA), colidiu com a parte inferior da fuselagem de uma aeronave Cesna 208 (Caravan), que estava estacionada no ptio 04. Obs1: O motorista da URA possua o curso de Direo Defensiva, e tinha 05 anos de profisso; Obs2: A aeronave sofreu avarias leves na parte intradorso da fuselagem.

    ENQUADRAMENTO: Ocorrncia de Solo. JUSTIFICATIVA: tal fato vai de encontro ao texto da NSCA 3-1, item 3.85 que se refere como ocorrncia de solo como todo incidente, envolvendo aeronave no solo, do qual resulte dano ou leso, desde que no haja inteno de realizar vo.

    Exemplo 3: Um Helicptero S-76+, com 03 pessoas a bordo, fez um pouso forado num descampado prximo ao aeroporto do municpio de Santa Isabel do Rio Negro (AM). A aeronave viajava para So Gabriel da Cachoeira, onde iria ajudar no transporte de urnas eletrnicas para comunidades indgenas nas eleies do prximo domingo. Segundo o piloto, a aeronave apresentou indcios de perda de energia hidrulica, vibrao e tendncia ao torque (giro no eixo vertical). Obs1: Aps o pouso foram verificadas algumas avarias estruturais na aeronave e indcios de vazamento do sistema hidrulico do rotor de cauda; Obs2: Devido ao choque violento contra o solo, um dos tripulantes sofreu fratura exposta na perna direita e os outros dois, sofreram leses leves.

  • ENQUADRAMENTO: Acidente JUSTIFICATIVA: os indcios de vazamento do sistema hidrulico do rotor de cauda levaram a aeronave apresentar vibrao bem como forte tendncia ao torque, obrigando ao piloto pousar o equipamento sob severas condies adversas. Tal fato causou danos estruturais na aeronave e leses em seus ocupantes, sendo um grave. Assim a ocorrncia fica enquadrada como acidente conforme item a pargrafo 3.2 da NSCA 3-1 e pg. 1 da unidade 2 apostila de SVO.

    Exemplo 4: Um avio bimotor Seneca V saiu da pista quando tentava decolar do Santos Dumont (RJ) para Porto Seguro (BA), na noite desse domingo, estacionando no gramado ao lado, a cerca de 20m da cabeceira da pista. A Infraero informou que no houve feridos, porm, o Aeroporto foi obrigado a ficar fechado para pousos e decolagens por cerca de 2h, at a retirada da aeronave.

    ENQUADRAMENTO: Incidente Aeronutico JUSTIFICATIVA: por razes no identificadas o Seneca V saiu da pista enquanto tentava decolar, no ocasionando vtimas nem danos estruturais na aeronaves, mas afetando a segurana da operao conforme pargrafo 3.61 da NSCA 3-1, descrio de Incidente aeronutico.

    Exemplo 5: Um avio Fokker-50, que fazia o trajeto entre Guarulhos (SP) e Vitria (ES), pousou no aeroporto errado ontem, descendo em Guarapari, cidade distante 54 km da capital do Esprito Santo. Alm do transtorno, existe a suspeita de que a operao foi irregular e alguns passageiros entraram em pnico. Segundo a companhia area, h indcios de perda de sinal entre o aeroporto de Vitria e o avio, o que poderia ter induzido o piloto a pousar na pista errada. Para o Diretor do Aeroporto de Guarapari, o piloto se confundiu. "Ele deve ter se enganado porque a pista foi reformada e s faz trs dias que foi liberada. Deve ter achado que era o aeroporto de Vitria."

    ENQUADRAMENTO: Incidente Aeronutico JUSTIFICATIVA: devido falha operacional ou incorreta leitura de algum equipamento de navegao, a aeronave pousou em Guarapari, fora de seu destino que seria Vitria. Apesar do pnico causado entre os passageiros, no houve maiores danos, segundo relato. A descrio do ocorrido enquadra-se como Incidente Aeronutico, conforme pargrafo 3.61 da NSCA 3-1.

  • ATIVIDADE 2

    1 INTRODUO

    Sero apresentados neste trabalho, dois exemplos que tiveram como fator contribuinte, a falha de Manutenibilidade no projeto de uma aeronave, seguindo o que preconiza a filosofia da SIPAER, onde acusaes agem contra os interesses da Preveno de acidentes Aeronutico, um exemplo apresentar uma falha nos servios executados e o outro exemplo relaciona-se com a falha do material empregado.

    2 DESENVOLVIMENTO

    2.1 Aspectos sobre Manutenabilidade.

    Conforme visto no frum avaliado e no artigo de Serrano(2010) manutenibilidade uma considerao do projeto enquanto que a manuteno uma conseqncia do projeto. Podemos concluir tambm que os aspectos de manutenbilidade de uma aeronave so considerados e implementados durante todo o seu ciclo de vida.

    fig 1.: custos x projeto considerando manutenabilidade

    Com o atual desenvolvimento tecnolgico, uma questo torna-se relevante: determinar por quanto tempo um dispositivo crtico ser capaz de desempenhar, sem falhas, sua funo. Quando a operao deste dispositivo embute um risco elevado, como ocorre na aviao, a manutenabilidade torna-se uma caracterstica intrseca da confiabilidade, levando todas as variveis em questo num projeto e fabricao de uma aeronave, mas principalmente o sempre considerando o homem, segundo o CENIPA, representa o elemento mais imprevisvel e de maior importncia na Preveno de Acidentes Aeronuticos.

  • Fig. 2: as fases do desenvolvimento do produto(Aeronave) levando em considerao a manutenabilidade.

    2.2 Anlise de caso

    2.2.1 Falha na execuo de servio.

    Data: 28 de setembro de 2003

    Aeronave: Robinson R-22

    Local: Derby, Austrlia

    Passageiros: 1

    Motivo: Fratura no eixo da

    embreagem durante operao de

    arrebanho de gado

    Tripulao: 1

    Fatalidades: 2 Sobreviventes: 0

    Durante um voo para arrebanho de gado, no dia 28 de setembro de 2003, caiu com forte impacto no solo, apresentando grande giro em torno de seu eixo vertical(toque).

    Na verificao dos destroos, notou-se que ambas as ps do rotor principal mostraram evidncias de rotao a baixa velocidade no momento do impacto e que tambm entraram em contato com a estrutura da cabine, indicando excessivo ngulo de cone do rotor, sinal que o equipamento voava com excesso de carga.

  • Ainda no local do acidente, foi encontrado o eixo da embreagem que ligava o yoke a caixa de transmisso, o qual apresentava ruptura. Este fato Levou a crer que O helicptero estava tecnicamente no-aeronavegvel no momento do acidente.

    Fig 3: aeronave Robisson R-22

    Com o eixo recuperado e no laboratrio, foram constatados procedimentos inapropriados de montagem que levaram formao de uma trinca por fadiga de material no eixo da embreagem, que a ruptura de um componente pela propagao de uma fissura gerada pela aplicao de tenses cclicas. Isso fica evidente, quando se observa o trabalho desta pea, a qual recebe torque da caixa de engrenagem e transmite o giro ao rotor principal( vide fig 4).

    fig 4: eixo que apresentou fratura.

  • Fig5: detalhe do local da ruptura do eixo.

    Fig 6: detalhe interno do eixo mostrando tpica fratura no sentido torsional.

    Fig 7: marcas indicando o sentido da ruptura por fadiga.

  • Fig 8: O eixo foi instalado ao yoke sobre uma superfcie pintada na ltima montagem.

    A montagem do eixo no obedeceu o que preconizava o manual de manuteno, ao ter sido montado sobre uma a superfcie do yoke j pintada (fig8) alm de usado um compound no aprovado para a conexo com o eixo (fig9).

    Fig 9: Seta mostra uma acumulao de um composto macio na articulao dentro da conexo

    Ao desmontar-se o eixo do yoke observou-se a presena macia de corroso por atrito. Ao retirar este produto da reao revelou a extenso do dano ausncia de quaisquer vestgios de cromato de zinco ou primrio epoxi (figs 10 e 11).

    fig10: a presena de corroso por atrito.

  • Fig 11: a falta de tratamento de cobertura.

    Aes tomadas aps o acidente:

    O rgo regulador emitiu uma diretiva de aeronavegabilidade (AD) que trata da obrigatoriedade das inspees do eixo e do yoke de todos os helicpteros modelo R-22 operando na Austrlia.

    O Fabricante providenciou a reviso dos manuais de manuteno e dos cursos de formao do pessoal de manuteno para os helicpteros modelos R-22 e R-44 para garantir e esclarecer as instrues de montagem do eixo.

    2.2.2 Falha do material empregado

    Data: 13 de julho de 2011 Aeronave: LET-140

    Local: Boa viagem-Recife Passageiros: 14

    Fator contribuinte: falha de

    material:Fratura da palheta 27 da turbina

    motor esquerdo

    Tripulao: 2

    Fatalidades/Feridos: 16/0 Sobreviventes: 0

    O voo 4896, da empresa NOAR, decolou do Aeroporto dos Guararapes (PE) com destino a Mossor (RN) e, assim que saiu do solo, o piloto pediu autorizao para um pouso de emergncia, que no conseguiu realizar, e a aeronave acabou caindo em um terreno desocupado na principal avenida da praia de Boa Viagem, nos limites entre os municpios do Recife (PE) e de Jaboato dos Guararapes (PE).

  • Fig 12 : aeronave LET-140 da NOAR.

    De acordo com o Modelo de Reason (apostila unidade 2 de SVO) e baseado nos princpios do SIPAER: todo acidente aeronutico resulta de uma sequncia de eventos e nunca uma causa isolada, concluiremos que a ruptura da palheta no foi o nico evento que contribui para a queda da aeronave. Sabe-se que, aliado a este fator, a falta de treinamento dos pilotos para este tipo de situao foi um fator contribuinte, visto que uma questo de aeronavegabilidade o equipamento efetuar o voo monomotor.

    Fig 13: o Modelo de Reason

  • No intuito deste trabalho, ser analisado apenas a falha material, evidenciada nas fotos abaixo.

    fig 14: roda de turbina motor esquerdo do LET-140

    fig 15: close na palheta fraturada

    A investigao sobre este fator descobriu que as palhetas do avio foram trocadas por palhetas usadas durante 1.975 horas no avio russo Kapo Avio Kompania.

    A comisso designada avalia a qualidade dos testes feitos para determinar a fadiga dos materiais utilizados no avio, mesmo sabendo que palhetas usadas s foram reutilizadas depois de passarem por dois testes, mesmo assim, das investigaes pode surgir uma nova recomendao: de que os testes de lquido penetrante no so eficientes para detectar a fadiga de uma pea.

    Cabe ressaltar que o acontecido pode trazer mudanas na inspeo de aeronaves, visto que este tipo de ensaio no destrutivo utilizado largamente na deteco de trincas.

  • 3 CONCLUSO No s culminando com esta disciplina, importantssima para o desenvolvimento de

    um profissional da rea de aviao, bem como todo curso, atingiu seu objetivo que visa a elevao de nivel do mantenedor da FAB.

    Atravs de fruns, foi possvel interagir com outros profissionais e assim buscar o nivelamento e padronizao de aes de agora em diante. No trabalho avaliado foi possvel comprovar que erros cometidos nos servios de manuteno, podem custar vidas.

    Este nivelamento agora atingiu e sempre se manter no mais alto patamar possvel, para enfrentar os novos desafios que surgem no nosso horizonte: a terceirizao de alguns setores de nossa manuteno e como consequncia deste fato, a adequao das especialidades previstas na EEAR s escolas de manuteno civis, fato muito bem observado na disciplina de SMO.

    Talvez este quadro crie uma nova mentalidade, acompanhando cada profissional de manuteno aeronutica do Brasil, sejam estes tcnicos, engenheiros ou administradores, desde os mais altos escales priorizando a satisfao com ambiente de trabalho, a qualidade do treinamento oferecido e o reconhecimento proporcionado a seus tcnicos.

    Assim poderemos enfim quebrar os velhos paradigmas da manuteno, que nos induzem aos mesmos erros e bloqueiam a criatividade dos atuais operadores e mantenedores de frota, aceitando especificaes e planos de manuteno concebidos por fabricantes, que nem sempre so profundos conhecedores da operao de seu prprio sistema. Questionamentos no devem ser encarados como um ato de rebeldia e sim como objeto de renovao e atualizao de estratgias e projetos de manutenabilidade. Alm de quando aceito, o questionar funcionar como um catalisador de motivao e reconhecimento, to necessrio no dia a dia de um mantenedor de aeronaves.

    REFERNCIAS VACCARO, G. L. R. Modelagem e anlise da confiabilidade de sistemas. Porto Alegre: UFRGS, 1997.

    Assis, R., Apoio Deciso em Gesto da Manuteno ,LIDEL, Lisboa, 2004

    Elementos de Mquinas - Vol. 2 Editora, Edgard Blucher, 2002

    Telecurso Mecnica 2000, Apostila de Ensaios no destrutivos, SENAI, 2002

    Manual de Treinamento Facilitador em CRM, ANAC, 2011

    MARQUES, Rafael Aeronavegabilidade Continuada, EMBRAER 2010.

    Australian Transport Safety Bureau, Aviation Safety Investigation Report, 2003

    NSCA 3-1 Conceituao de vocbulos, expresses e smbolos de uso no SIPAER. CENIPA 2011

    NSCA3-6 Investigao de Acidente, e de Incidente Aeronutico e Ocorrncia de Solo. CENIPA 2011

  • Internet

    727 DATACENTER, disponvel em:. Acesso em: 02 NOV 2012.

    Associao de Ensaios No Destrutivos, disponvel em:< www.abende.com.br>.Acesso em 03 NOV 2012.

    Manuteno de Aeronaves, disponvel em: . Acesso em 30 OUT 2012.

    Hangar do Heinz, disponvel em: Acesso em 31 OUT 2012

    ELEB Equipamentos LTDA, disponvel em: Acesso em 01 NOV 2012

    Arquivos Aeronuticos, disponvel em: Acesso em 01 NOV 2012

    Mecnico de Aeronaves, disponvel em: Acesso em 02 NOV 2012

  • FEEDBACK DO PROFESSOR-TUTOR

    Este tpico dever constar no escopo de seu trabalho a fim de que o Professor-Tutor descreva os comentrios da correo aplicada.

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