elementos inflamáveis: organizações e militância anarquista no rio de janeiro e são paulo...

8/19/2019 Elementos Inflamáveis: Organizações e Militância Anarquista no Rio de Janeiro e São Paulo (1945-1964): Seropédi…

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIROINSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA (PPHR)

ELEMENTOS INFLAMÁVEIS : ORGANIZAÇÕES E MILITÂNCIAANARUISTA NO RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO (!"#$-!"%#) &

SEROP'DICA RJ

RAFAEL VIANA DA SILVA

Sob a orientação do Professor

J*+, R./012*3 S+4*3

Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau deM*35/* *6 C07,80+3, no Curso de Pós-

Graduação em História, Área de Estadoe Relaçes de Poder!

"erop#dica, R$%arço de &'()

(


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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAISCURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA

RAFAEL VIANA DA SILVA

Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de M*35/* *6 C07,80+3,no curso de Pós-Graduação em História, na *rea de Estado e Relaçes de Poder!

D+""ER./0 PR01D E% ('2'32&'()

9999999999999999999999999999999999999999999999999999 Pro4! Dr! $ean Rodrigues "ales! 56RR$!

70rientador8

9999999999999999999999999999999999999999999999999999

Pro4! Dr! le9andre 6ortes! 56RR$!

9999999999999999999999999999999999999999999999999999 Pro4! Dr! le9andre Ribeiro "amis! CP++!

&


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DEDICATÓRIA

Dedico este trabal:o aos meus pais, C#sar de lencar ;arreto da "il


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AGRADECIMENTOS

Esse trabal:o não poderia ter sido reali?ado sem o apoio de di


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os militantes do %o


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RESUMO

"+F1, Ra4ael 1iana da! E4*6*,53 I,4+6;?*3 * M0405@,80+ A,+/2035+, R0 .* J+,*0/ * SB P+24 (!"#$-!"%#): S*/.08+ RJ &'()! ()p Dissertação7%estrado em História8! +nstituto de Cincias Humanas e "ociais, Departamento de História,5ni


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SUMRIOINTRODUÇÃO U

PARTE I (V

CAPTULO I & ERGAMOS NOVAMENTE:REORGANIZAÇÃO DO ANARUISMO NO PÓS-GUERRA (V(!( - mobili?ação militante e o congresso anarquista internacional (V(!& - preparação do Congresso narquista de ()U &S

CAPTULO II & ENTRE COMPANHEIROS 33

&!( W 0 Congresso narquista de ()U 33&!& W 0rgani?açes narquistas no Rio de $aneiro e "ão Paulo )&!3 W 0 Congresso narquista de (Q3 QQ&!) W 0s Congressos e Encontros narquistas +nternacionais QS&!Q W 0 Congresso narquista de (Q S(&!S - 0 encontro anarquista de (S3 S&&!V - 5m balanço dos congressos anarquistas S3

CAPTULO III & SINDICALISMO REVOLUCIONRIO E ANARUISMO SQ3!( W 0 debate sobre o "indicalismo Re


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INTRODUÇÃO

odas as grandes açes e todos os grandes pensamentostm um começo irrisório!

s grandes obras nascem na esquinade uma rua ou no barul:o de um restaurante!

lbert Camus(

0 anarquismo # um


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completamente descon:ecido! al a4irmação gan:a maior concretude na quase ine9istncia de pesquisasS sobre os anarquistas neste conte9to, indo na contramão da sua bem documentada presença pol@tica! Como toda regra possui uma e9eção, 4oi o militante Edgar Rodrigues queabordou esse per@odo em seus li


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nunca 4ora totalmente rompidoI (( e em alguns pa@ses, como o caso uruguaio (& e blgaro, osanarquistas constitu@ram uma 4orça pol@tica tão rele


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determinada! Entendemos que a relação entre a instncia econKmica e pol@tica não #unilateral!

Pretendemos tamb#m compreender as estrat#gias sindicais e a pr*tica militante dosanarquistas nesses estados, tendo em


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in4luncia da Re


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redu?iram sua comple9a atuação ao


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7principalmente por meio de sua imprensa8 camin:a


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Paulo! Este segundo cap@tulo busca compreender como estas 4unciona


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PARTE I

CAPTULO I- *Er+a,os no-a,ente. : /*/1+,0=+>B . +,+/2036, 3-12*//+

1inde a nós se sois :omens de conscinciae a=udai-nos a amontoar os elementos in4lam*


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o4icialidade do e9#rcito não pagou para


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"eu primeiro nmero 4oi lançado em (' de outubro de ()Q, portanto,emblematicamente, alguns dias antes do des4ec:o da crise que terminou com a deposição deGetlio! tare4a dos anarquistas no Rio de $aneiro parecia clara no no


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o compasso organi?ati


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udo tombou^ Ergamos no


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%as não se diga nunca estrada # incertaa quem de moço ardores =* não sente!6erido, o


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alguns militantes, o que 4a?ia com que aumentasse a necessidade de uma instncia de debate, própria do mo


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Para que nasça um partido, # necess*rio al#m disso que, no interior do mo


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Para estes, a articulação internacional do anarquismo incenti


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relatórios da comissão de relaçes internacionais anarquistas, geralmente publicadas no periódico (ção Direta! Dialogando com o trabal:o do pesquisador sul-a4ricano, %ic:ael"c:midt, a presença dessas organi?açes anarquistas internacionais e de militantes brasileirosnão deB . C,1/*33 A,+/2035+ .* !"#

Aa preparação para o congresso de ()U, os anarquistas trocarão correspondnciascom militantes de outros estados! iniciati


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Con4orme dissemos em nossa primeira carta relati


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ocupaçãoU( dos militantes! 5m documento em ane9o no mesmo relatório, com nome, nmerode matr@cula e


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tensionada em direção a proposta dos anarquistas organi3adoresUSA lin:as de tensãoe


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Ao 4inal de ()U, os anarquistas brasileiros =* tin:a en


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CAPTULO II & E,5/* 86+,Q*0/3

Aão importa que aqui se=amos poucos na organi?ação anarquista, pois a :istória nos di? que todos os mo


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pós os debates reali?ados nas di4erentes localidades, os pontos principais docongresso esta


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mas que de modo distinto de simples re#resentantes 4undam sua autoridadeI e lugar de 4alano 4ato de que quem a 4ala se autori?a atra


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econKmicos, sem crimes, sem prostituição, 4eli? pela cincia, pelo au9ilio mutuo, pela arte, pela bele?a real da


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Fucas e o debate tem 4im! 0 4ato de alguns anarquistas pre4erirem o conceito de libertação:umana do que libertação de classe, est* ligado J cr@tica anarquista J dominação())! pesar deseus militante denunciarem a e9ploração de classe, os anarquista não redu?iram suas cr@ticasapenas a esta questão econKmica! "egundo Corra 7&'((, p! (')8 os anarquistas 4ormularam

uma cr@tica da dominação2e9ploração econKmica, dos sistemas capitalista e pr#-capitalistaTda dominação pol@tico-burocr*tica e da coação 4@sica, le


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apro


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não de


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Do ponto de B *3*808+ +,+/2035+, algumas mudanças sãorele


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"e a cr@tica de ,emodelaçes aos grupos de a4inidade # pro4undamente c#tica de suas possibilidades de sucesso, não podemos di?er que esta opinião 4ora un@ssona(S&! 0 congressoanarquista de ()U(S3 de 4ato inspira


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# coordenar os es4orços indi


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pesar do aparte de %anuel, ponderando que não seria oportuna a criação desseorganismo internacional, mas de


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re


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legenda colocada embai9o da 4oto ridiculari?a


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e4eti


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5ma das cr@ticas disparadas di? respeito ao compromisso com as tare4as assumidas nocongresso!&''

pesar de aparentemente pretender a 'ribuna 8i$re ser uma con


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proletariado


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Aum primeiro momento, incenti


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contato com o anarquismo, a4irmou 0l:a 4oi com o pro4essor "era4im Porto na ssociaçãoCristã de %oços, ele era pro4essor de portugus e da


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outros militantes durante a sua e9istncia e segundo consta 4iliou-se =* na data de sua criaçãoa 5R$&&Q! pesar de modesto, o grupo te


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um espaço próprio, o Centro de Cultura "ocial, com ati


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$aneiro e "ão Paulo como cópia 4idedigna dos modelos de associação consagrados na síntese&)' ou na #lataforma&)( anarquista!

De maneira mais ampla, mesmo não sendo adotada conscientemente, podemos a4irmarque o modelo organi?ati


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Em carta en


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que o mo


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por 4orça da perseguição pol@tica bolc:e


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anarquistas argentinos era maior do que a de seus congneres brasileiros! +sso e9plicaria emgrande medida a participação mais intensa dos anarquistas argentinos nas d#cadas posteriores,que 4icaram marcadas pelo acirramento da disputa dos setores pol@ticos dominantes e ostrabal:adores!

nica organi?ação internacional presente 4ora a 5nião narquista de "ão Paulo 7e aPlebe8, mas di


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con4erncia tamb#m recomenda a participação ati


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indicação de lin:as gerais de atuação do que propriamente de uma estrat#gia bem de4inida ecumprida J risca por todos!

$ - O 8,1/*33 +,+/2035+ .* !"$"

Dois anos após a reali?ação da Con4erncia narquista mericana e menos de ( anoapós o Congresso +nternacional narquista, reali?ado em Fondres, os anarquistas brasileirosorgani?ariam um no


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% - O *,8,5/ +,+/2035+ .* !"%

%ais modesto que os anteriores, do ponto de


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l#m desses temas outros assuntos 4oram debatidosT entre estes um pronunciamentoem 4a


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Ao per@odo presente, :*, no interior do campo pol@tico anarquista W em n@


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CAPTULO III - S0,.08+4036 R*


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inda assim, a an*lise das 4ontes e as :ipóteses elencadas por nós na presente pesquisa, imprimiram a necessidade de nos posicionar 4rente a estes paradigmas emodestamente, contribuir com o debate :istoriogr*4ico sobre este ponto! Permitir-nos-emosneste sentido, a uma r*pida digressão :istoriogr*4ica!

_ importante ressaltar que alguns estudos orientaram-se no que tange Js questesconceituais a utili?ação do conceito de +,+/8-30,.08+4036 para de4inir W nem sempreadequadamente W a comple9a relação tra


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803+3 , */. de nossa an*lise! creditamos, com base em nosso estudo no per@odo, queo 4ato de que sindicalismo re


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sindicalismo marca


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emos outros meios mais e4icientes, outras t*ticas mais pro4@cuas e que sempre nosderam mel:or resultado! Eh a (ção Direta do trabal:ador contra o capital e quem osustenta! 0rgani?emo-nos em sindicatos li


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0 debate # encamin:ado e os anarquistas resol


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ideal que só pode satis4a?er-se com a per4eição, com a sociedade li


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nos mo


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sindicalismo e as premissas do sindicalismo re


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0u se=a, de que os anarquistas segundo Perdigão de


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c:amada Por um sindi!ato re$olu!ion-rioI! Aesta coluna durante muitos nmeros, osanarquistas de4enderão basicamente as premissas do sindicalismo re


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4orças a possibilidade de derrubar o pilar do capitalismo! Aeste sentido, o sindicalismore


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anarquismo! Enquanto o sindicalismo # um dos ,eios para se atingir determinados 4ins, atuamos anarquistas, di4undindo seu m#todo de +>B .0/*5+ nas entidades de classe!

"obre este m#todo de ação sindi!alista re$olu!ion-rio, os anarquistas do Rio de$aneiro de4iniram a ação direta como sua base, rea4irmando os princ@pios de não-participação

parlamentar e de ação pol@tica sem intermedi*rios! 0 conceito de ação direta segundo estesanarquistas poderia ser de4inido como a relação diretah entre os sindicatos e os patres, seminter4erncia do Estado3Q(I! Re4eriam-se assim, a intermediação reali?a pelo %inist#rio dorabal:o, que retira


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PARTE II

CAPTULO IV & A I6/*,3+ A,+/2035+

#! & J/,+03 I6/*333 * P*/0.083

De outra 4eita, um guarda qui? proibirque um compan:eiro pregasse ção DiretaI em uma parede!

0 camarada, disse que só o 4aria se le o prendesse!Por 4im, ante sua insistncia, e9igiu que o próprio guarda o prendesse!

0 :omem :esitou! 0 compan:eiro reno


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4ormação da classe trabal:adora no in@cio do s#culo XX! inda neste conte9to da PrimeiraRepblica, os anarquistas procuraram inter


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nos le


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de Copelli! os (( anos começou a trabal:ar numa 4*brica de brinquedos e posteriormente,4oi le


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anarquista cearense %oacir Camin:a! @tulo curioso e que destoa W não sem polmica3VV W dosdemais =ornais produ?idos no in@cio do pós-guerra, tanto no Rio de $aneiro quanto em "ãoPaulo! "eus nomes nos dão uma dimensão deste 4io condutorI que unia geraçes militantes etempos :istóricos distintos de que 4al*


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do presente! al pr*tica, não passar* despercebida pelos seus ad


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Diariamente, das Js (V :oras, :* uma pessoa na redação de RE%0DEF.E"h para atender os camaradas que nos procurarem! Aas segundas-4eiras, das Js ((:oras, a nossa diretora est* na redação para atender os camaradas que precisaremalgum entendimento J respeito do moB D0/*5+, Rio de $aneiro, &'2')2()S, n` '&, p! ')!3' Como 4ora o caso do nosso entre


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0utro militante que tamb#m participara da con4ecção do =ornal (ção Direta, 4ora EdgarRodrigues, pseudKnimo do anarquista ntKnio 6rancisco Correia! 6ugido da ditadurasala?arista, Edgar, nascido em Portugal, logo se en


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con4ecção destes! Em (ção Direta5 a maior parte dos apoios


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Plebe. Esta solidariedade não poderia se concreti?ar sem uma organicidade m@nima quegarantisse a o9igenação dos


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de pederneira para os e9#rcitos, e da 4ragata de


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%oacir Camin:a, =usti4icando a presença dos anncios de tur4e em ,emodelaçes,e9plica que tur4e não # =ogo, que nle não :* =ogo de a?arI e que a aposta em corridas deca


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=ornal se re4ere a organi?açes anarquistas de outros pa@ses, utili?a o mesmo sinKnimo paraclassi4ic*-las! 0 seman*rio, apesar de 4eito por anarquistas, pouco utili?a


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como e9pressão de um setor da classe trabal:adora de um determinado momento :istórico,mas destina-se W mesmo quando este setor perde sua :egemonia em suas instituiçes W

principalmente aos trabal:adores! "egundo %aria +da, que dirigira o =ornal ,emodelaçes onosso seman*rio, W digo nosso porque de 4ato # meu, # ?*3, Rio de $aneiro, (U2('2()Q, n` '&, p! '3!)3Q FE5EAR0H, Edgar! ação danosa dos l@deres de 4abricação em s#rie! A>B D0/*5+, Rio de $aneiro,'(2'S2()S, n` 'V, p! '3! "egundo 6aircloug: 0s processos de produção e interpretação são socialmenterestringidos num sentido duplo! Primeiro, pelos recursos dispon@


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do =ornal era de4inida pelo grupo editor respons*


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dessas ediçes, criar um ambiente intelectual 4a


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Como


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CAPTULO V & R*4+>?*3 86 25/+3 /1+,0=+>?*3

$! & O Consulado A,+/2035+

4orte presença de in4ormes de organi?açes e grupos de outros pa@ses na imprensaanarquista brasileira do per@odo trou9e-nos questionamentos sobre suas pr*ticas deinter


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constru@dos por nossa pesquisa, c:amar esta presença de "uestão es#an%ola)Q, =* que asmat#rias não se restringiam apenas a ,e$olução Es#an%ola, mas tra?iam in4ormesquali4icados, mat#rias de an*lise sobre o fran"uismo, etc! 0s próprios anarquistas 4a?em um

balanço desta iniciati


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sempre com sucesso! Em (Q o CEP$0 se mobili?ou para sal


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0 que tal


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solo espan:ol W recebera uma ordem de e9pulsão para o ;rasil em ()'! "ob risco de sere9ecutado, 4oi decisi


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posição 4rente Js pol@ticas anteriores! o menos no plano do discurso :* um processo deradicali?ação do Partido 4rente ao go


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propriamente sua instncia ideológicaI, mas ser


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transmitiu por radio ao Rio


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6rança, do ;rasil e militantes anarquistas espan:óis e brasileiros! "egundo o agente policial o propósito do enlace era en


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mericano neste sentido, atesta?*3, Rio de $aneiro, (U2'S2()V,n` (V, p! '(!Q(& "egundo ,emodelaçes! Por tais ra?es, o Partido Comunista, partido do proletariado e do po


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entre anarquistas e comunistas do PC; era 4requentemente tensa e repleta de ru@dos! %as adi4iculdade de relação entre os comunistas do PC; e os anarquistas pode ser medida nãoapenas pela imprensa, mas pelos processos cotidianos que en


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0s cr@ticos do PC; não se limita


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anarquismo desta 4orma # de certo modo, recoloc*-lo do ponto de


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5"P era composta por comunistas de tradição no ;rasil, tais como Hilcar Feite Q3(,ristides Fobo e Edmundo %oni?, este ltimo candidatara-se a


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4undados outros mo


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CAPTULO VI & P/;508+3 M0405+,5*3

Procurar um ponto de apoio para deslocar qualquer obst*culo

não # só imitar rquimedes que disse[[ dai-me um ponto de apoio e eu remo


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reno


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especi4icamente anarquista e de uma imprensa especi4icamente sindical, esta ltima sim, comin4ormaçes abundantes da pr*tica sindical :egemoni?ada pelos anarquistas no per@odo, masque in4eli?mente # a mais incompleta do ponto de


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nossas 4ontesQQQ # que ,B Q; o abandono do espaço sindical e principalmente da classetrabal:adora como o su=eito pri


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Europa, nen:uma atuação ten:am nos sindicatos^I QS'! Aum nmero anterior, os militantes publicam um trec:o de um te9to de Aestor %a:no e ressaltam que os anarquistas de


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constante aumento da e9ploração dos industriais sob o c:amado es4orço de guerraIQS! Ao4inal de de?embro de ()Q =* se notam 4rancas mo


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uma só pro4issão, de uma só classe de trabal:adores, precisa estar garantida pela possibilidadeda gre


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_ pro


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Pro4essores do Rio de $aneiro! "era4im Porto, em entre


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da participação direta dos sindicali?ados nos espaços de deliberaçãoS'Q, 4ruto, de uma crise delegitimidade do sindicato dentro da categoria! Fembremos que de ()V a (Q& a lin:a do PC;4oi a de constituir organi?açes paralelas 4ora da estrutura sindical o4icial! %as mesmo sob aesta lin:a, a militncia sindical de base ligada ao partido 4requentemente ignorouS'S sob

indisciplina partid*ria suas diretri?es! +sso garantiu ao PC;, manter quase intactas, suas ra@?essindicais! Aesse per@odo de inter


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cr@ticas por parte dos inter


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combater o partidarismo pol@tico no seio dos sindicatos, isto #, combater aqueles quetendo conseguido alguma in4luncia no meio sindical, pretende 4a?er com que osindicato sir


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trabal:ada não apenas pelo %0"S&(, mas pelos periódicos anarquistas em sua imprensaespec@4ica, tentando articular a ação daquele momento num quadro de signi4icados anterior,ligado a militncia sindicalista re


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carestia de


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com a ideologia anarquista e ainda dar um sentido pr*tico, de apro9imação da realidade daclasse com elementos :istóricos que o anarquismo se bali?a


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compreender as leis, mas inter4erir no processo de interpretação e aplicação das mesmasI S3U!0 grupo (ção Sindi!al dos r-fi!os, compatibili?ando seu programa pol@tico com as açes ea e9perincia da classe, inseria-se neste conte9to denunciando que

"ó aqui, entre os


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a opinião dos anarquistas naquele momento sobre a questão do imposto sindicalS)&, pois emsua


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trabal:adores conscientes e satis4eitos com a pol@tica trabal:ista empreendida por pol@ticose4eti


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&o - E9igir dos poderes pblicos a mais ampla liberdade de associação e aconsequente re


131/149

4oram questionados abertamente sempre que poss@?*3 82452/+03 40*/5;/0+3

E!P! :ompsom alerta # preciso pre

(3(


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tamb#m, uma arena de lutas e contradiçes e não um nic:o ou repositório de 4ormas peculiaresI SS(! 0 :istoriador %urilo Feal nos mostra que neste per@odo, as pr*ticas culturais,os bailes tamb#m podiam ser usados para 4ortalecer as lutas ou a organi?ação sindicalI SS& eque neste sentido, tais pr*ticas eram in


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peças teatrais de 4undo anarquista 4oram le


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a con4erncia 0s con4litos 4amiliares e as neurosesI no mesmo anoSVU! Em (S&, a imprensanoticia os cursos ministrados pelo CEP$0, 6reud e a n*lise dos "on:osI SV e em (S3 acon4erncia $ung e os tipos psicológicosI SU'!

Essas ati


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modernista ou anar"uismo des!riti$o aparecerão nas mat#rias! s maiores ocorrncias dotermo anarquismo e anarquista aparecem no caderno liter*rio e cultural de ambos os =ornais,associado em esmagadora maioria a obras liter*rias, peças teatrais e 4ilmes!

s ocorrncias restantes associam minoritariamente o anarquismo a uma 4iloso4ia


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classe! Buando nesses conte9tos de radicali?ação pol@tica e de classe, a posição da grandeimprensa era apresentar anarquismo como utópico, terrorista!

Com a perda do principal


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do :omem do monstro Estado! Perguntei a Hebert Read se


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impactos do golpe, os anarquistas teriam de diminuir suas e9pectati


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CONCLUSÃO

Podemos elucidar o que pensamos,o que somos!

Percorreremos, por partes,o nosso Fabirinto,

após t-lo criado!

Cornelius Castoriadis

Conclu@mos preliminarmente que o anarquismo longe de desaparecer da cena pol@tica, prosseguiu no seu trabal:o de organi?ação e militncia durante o per@odo de ()S a (S)!Fonge da imagem let*rgica que poder@amos 4alsamente atribuir ao per@odo, o conte9to dos

anarquistas acompan:ou a mobili?ação dos trabal:adores e seus dilemas! pro


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> partir dos ind@cios e do trabal:o de prospecção em determinadas categorias detrabal:adores, acreditamos que conseguimos demonstrar igualmente, a presença e prioridadedas pr*ticas anarquistas no uni


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REFERÊNCIAS ILIOGRFICAS

T*/0+ * M*5.410+

RB5+10 P;F+C0 D0 E"D0 D0 R+0 DE $AE+R0! Os (r"ui$os das Polí!ias Políti!as: refle*os de nossa %istória !ontem#orGnea. Rio de $aneiro PER$, ()!

;ECLER, HoOard! História de 1ida e o %osaico Cient@4icoI +n M)todos de Pes"uisa em Ci+n!ias So!iais. "ão Paulo Editora Hucitec, (3!

;F0CH, %arc! ( (#ologia da História: ou o ofí!io do %istoriador. Rio de $aneiro$orge a:ar Editor, &''&!

;0;;+0, Aorberto +n Aorberto ;obbio et alli! Di!ion-rio de Políti!a. ;ras@lia 5A;,&'')!

;05RD+E5, Pierre! ( Distinção: !ríti!a so!ial do julgamento! "ão Paulo EduspTPorto legre, R" ou, &''V! ! CompreenderI +n Mis)ria do Mundo. Petrópolis, R$ 1o?es,

(V! ! 0 mist#rio do minist#rio das


142/149

! rabal:ismo, nacionalismo edesenRw"EA, $]rn! ,a3ão Históri!a: teoria da %istória: os fundamentos da !i+n!ia%istóri!a. $]rn RYsenT tradução de Este

,e$olução e (utonomia: um #erfil #olíti!o de C. Castoriadis! ;elo Hori?onte C0PEC, (U(!

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