elementos de uma solda

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Elementos de uma solda

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Elementos de uma solda. 1) Cordo: o resultado de adio da vareta de solda. 2) Penetrao: a profundidade que o cordo atinge, isto , vai da superfcie da chapa at a raiz da solda. 3) Reforo: o excesso de solda que aparece na parte superior da superfcie da chapa. 4) Raiz da solda: a parte inferior do cordo, ou seja, a parte mais funda da solda. 5) Vazamento: a parte da solda que fica abaixo da superfcie inferior da chapa. a parte da chapa fundida que desceu.

Formas fundamentais do cordo de solda. 1.3.1 Cordes de topo. Os cordes de topo so os que apresentam as melhores propriedades mecnicas. Neste tipo de cordo muito utilizada a preparao das peas atravs de chanfros.Cordes de canto. So cordes de grande aplicao mecnica, embora sejam menos resistentes as solicitaes dinmicas que os cordes de topo. Apresentam a vantagem de dispensar qualquer trabalho de preparao prvia. Em funo da direo de aplicao da carga so classificados em:

Cordes paralelos ou de flancos. So cordes que tm o mesmo sentido da aplicao da carga. Toda vez que tivermos cordes circulares, para efeito de clculo, consideraremos os mesmos como cordes paralelos.Cordes transversais. So cordes em que a carga perpendicular a sua direo.

Posies de Soldagem A solda pode ser feita em 4 posies bsicas: 1)Vertical. A soldagem vertical realizada no plano vertical. muito usada em pontes, tanques e estruturas de ao. Deve-se evitar que o metal lquido depositado escorra para baixo. O sentido da solda pode ser: a) ascendente: o cordo de solda inicia pela parte de baixo seguindo para cima. b) descendente: o cordo de solda inicia pela parte de cima seguindo para baixo.

Horizontal. A soldagem horizontal uma posio difcil pois realizada no plano vertical. O cordo no deve exceder a 8 mm de espessura. Se a junta necessitar mais solda, faz-se vrias camadas. O sentido da solda pode ser: a) da esquerda para a direita: o cordo de solda inicia na esquerda e segue para a direita. b) da direita para a esquerda: o cordo de solda inicia na direita e segue para a esquerda.

Plana. A soldagem plana a mais fcil e a mais cmoda para o soldador. realizada no plano horizontal. a) da esquerda para a direita: o cordo de solda inicia na esquerda e segue para a direita. b) da direita para a esquerda: o cordo de solda inicia na direita e segue para a esquerda.

Sobre cabea. A solda sobre a cabea uma operao muito difcil pela deposio do material fundido e posio do soldador.

Em qualquer posio de soldagem devemos observar: a) preparo da junta (chanfros se necessrio). c) fixao das peas (ponteamento).

d) se for solda por arco eltrico: correta ajustagem da corrente (de acordo com a espessura e o material) e correto comprimento do arco (de acordo com a voltagem).

f) se for solda com eletrodo revestido: correto dimetro do eletrodo (de acordo com a amperagem). g) se for solda com eletrodo revestido: ngulo a dar ao eletrodo. Na posio plana, a operao deve iniciar-se com o eletrodo na vertical (90) e em seguida mudar para + ou - 15 no sentido para onde se desloca o cordo (para a frente).

Segundo a ASME, as variveis que determinam a qualificao de um soldador so: 1) Processo de soldagem. 2) Tipo de junta. 3) Posio de soldagem. 4) Tipo de eletrodo. 5) Espessura da junta. 6) Situao da raiz.

Tipos de materiais. 2.2.1 Ao. Ao a liga ferro-carbono contendo geralmente entre 0,008 - 2,06%C, alm de certos elementos residuais, resultantes dos processos de fabricao. Os aos podem ser divididos em dois tipos: aos comuns e aos ligas. Aos comuns so ligas binrias de ferro (Fe) e carbono (C). Aos ligas possuem, alm do Fe e do C, outros metais ou no-metais intensionalmente adicionados para conferir-lhes propriedades especiais.

Como caractersticas os aos tm: - Boa resistncia mecnica. - Ductibilidade (capacidade de sofrer deformao plstica sem se romper). - Relativa homogeneidade. - Pode ser forjado, laminado, estampado. Estirado, moldado, caldeado, soldado, perfurado, rosqueado.

Ao Inox. Inox o termo empregado para identificar uma famlia de aos contendo no mnimo 11% de cromo, elemento qumico que garante ao material elevada resistncia corroso. Aos inoxidveis so resistentes corroso devido ao fenmeno da passividade.Principais atributos do ao inox. Resistncia corroso. Resistncia mecnica superior aos aos de baixo carbono. Facilidade de limpeza (baixa rugosidade superficial). Aparncia higinica. Material inerte: no modifica cor, sabor ou aroma dos alimentos. Facilidade de conformao. Facilidade de soldagem. Mantm suas propriedades numa faixa muito ampla de temperatura, inclusive muito baixas (criognicas). Acabamentos superficiais variados. Forte apelo visual (modernidade, leveza e prestgio). Relao custo/benefcio favorvel. Baixo custo de manuteno. Material 100% reciclvel.

O ferro fundido uma liga ferrosa teoricamente composta de Fe e C com um alto teor de carbono entre 2,06 e 6,7%C, podendo ser classificado como cinzento ou branco (os mais comuns) alm de mesclado, nodular, malevel de ncleo preto, malevel de ncleo branco, coquilhado. Os ferros fundidos cinzentos so os usinveis, limveis e soldveis. Os ferros fundidos brancos so duros e quebradios, sendo mais difceis de usinar. Como caractersticas os ferros fundidos tm: - No pode ser deformado nem frio e nem quente. - Peas fabricadas na forma definitiva. - Acabamento com retirada de material.

Ferro galvanizado. Ferro ou ao que foi revestido com uma camada de zinco para proteo contra a corroso. A galvanizao um mtodo eficiente para proteger o ferro porque mesmo que a superfcie esteja riscada, o zinco atua como metal de sacrifcio, se oxida para proteger o ferro. Ex.: canos, luvas, ts, unies, chapas galvanizadas.

Lates. Os lates comuns so ligas de cobre com teor de zinco de 5 a 50% Zn. medida que o teor de Zn aumente ocorre a diminuio da resistncia a corroso em certos meios agressivos.

2.2.6.2 Bronze. Os bronzes so ligas contendo cobre e estanho. O teor de estanho varia de 2 a 10%, podendo chegar a 11% (ligas para fundio). medida que aumenta o teor de estanho, aumentam a dureza e as propriedades relacionadas com a resistncia mecnica, sem queda da ductibilidade. Essas ligas podem, geralmente, ser trabalhadas a frio. Os bronzes possuem elevada resistncia corroso. Freqentemente adiciona-se chumbo para melhorar as propriedades lubrificantes e de usinabilidade. O zinco tambm eventualmente adicionado, atuando como desoxidante em peas fundidas e para melhorar a resistncia mecnica. Os bronzes so muito utilizados na fabricao de mancais.

Alumnio. O alumnio tem densidade igual a 2,7g/cm3 a 30C. Isso torna-o de grande utilidade em equipamentos de transporte e na indstria mecnica.Apresenta boa condutibilidade trmica, inferior somente s da prata, cobre e ouro, o que o torna adequado para aplicaes em equipamentos destinados a permutar calor. Sua resistncia mecnica baixa, mas apresenta boa resistncia corroso devido estabilidade do xido de alumnio que se forma na sua superfcie.

Antimnio. Antimnio uma liga baseada em zinco e pequena quantidade (porcentagem) de alumnio, magnsio, etc., tecnicamente chamado "Zamak". Esse material utilizado na fabricao de diversas peas de automveis, tais como: carburadores, maanetas, aros de buzinas, manivelas de janelas, grades de radiadores e partes de fechaduras. E tambm maanetas de geladeiras, brinquedos e muitas peas no setor tcnico e nas industrias.

Titnio. O titnio possui densidade de 4,5g/cm3 e ponto de fuso de 1668C. Caracteriza-se por excelente resistncia corroso, sendo realmente o nico metal imune ao corrosiva da gua do mar. Tambm resiste bem ao dos cidos ntrico, crmico e sulfrico. possui grande resistncia mecnica. Apresenta boa estabilidade a temperaturas relativamente elevadas, devido ao seu alto ponto de fuso. Tambm muito estvel a baixas temperaturas. Possui baixa condutividade trmica e eltrica. um metal leve, forte e de fcil fabricao com baixa densidade (40% da densidade do ao). Quando puro bem dctil e fcil de trabalhar.

Identificao dos metais. indispensvel ao soldador o conhecimento da natureza da pea ou material que se pretende soldar. A composio e a natureza corretas do material s podem ser determinadas em laboratrio, procedendo-se: a) Anlise qumica. b) Anlise macrogrfica. c) Anlise microgrfica

b) Trabalhos mecnicos sofridos. c) Outras indicaes.

Regras prticas. Para termos uma noo aproximada do material, podemos nos guiar na prtica seguindo certas regras.->> Informao. Obtm-se informao do fabricante por anlise ou catlogos.->> Prova do m. Todos os produtos ferrosos abaixo de 700C so magnticos, ou seja, so atrados pelo m.Obs.: usa-se o m quando o metal estiver recoberto de uma pelcula de outro metal, ou pintado->>Aspecto da superfcie. Limpando cuidadosamente as peas, poderemos chegar a vrias indicaes. As peas fundidas ou moldadas deixam na sua superfcie vrias caractersticas importantes como presena de gros de areia, marca de separao das duas metades do molde de areia, marca em relevo contendo nmero de modelo ou marca do fabricante. Estas indicaes j nos dizem que o material pode ser ferro fundido, ao fundido, bronze fundido ou lato fundido.->>Prova da lima. Verifica-se se o material duro ou macio, se est temperado ou no, quando temperado a lima escorrega, tambm escorregando no ferro fundido branco. ->>Sonoridade. Suspendendo-se uma pea metlica por um arame e batendo-se com um martelo, pode-se verificar se a pea de ao ou ferro fundido, sendo que a de ao mais sonora. ->> Prova da talhadeira. Tira-se um cavaco de uma beirada de preferncia de um canto vivo da pea. Se o cavaco se enrolar na talhadeira, trata-se de ao malevel. Se o cavaco partir-se em pequenos fragmentos, pode tratar-se de ferro fundido, bronze ou alumnio. Deve-se observar a cor e a liga. ->> Prova do maarico. Aquecendo-se o ao at o vermelho, com o maarico, e logo em seguida resfria-se em gua ou leo. Assim pode-se determinar se o material de tmpera ou no (usar a lima).

->> Centelhas ao esmeril. Quando as centelhas (ou fagulhas) so alinhadas, isto , sem estrelas, o ao de baixa teor de C. Quanto mais estrelada a fagulha, maior o teor de carbono. Obs.: as centelhas no so influenciadas por tratamentos trmicos.

2.4 Preparao das peas. A preparao de uma pea para soldagem consiste em preparar-se a junta a ser soldada para receber o material de adio. Isto depende da espessura das peas. Para que a solda encha corretamente a junta e forme o cordo com boa resistncia, as vezes, h necessidade de chanfrar os bordos. Chanfrar a junta retirar material dos bordos a soldar para encher com material de adio. O chanfro possibilita nas peas de maior espessura uma maior superfcie de penetrao da solda e assim, um cordo mais resistente.

Processos de Soldagem.

a) Classificao pelos tipos de fonte de energia.

Fonte mecnica: O calor gerado por atrito ou por ondas de choque, ou por deformao plstica do material.

Fonte qumica: O calor gerado por reaes qumicas exotrmicas como, por exemplo, a queima de um combustvel (chama) ou reao de oxidao do alumnio.

Fonte eltrica: O calor gerado ou pela passagem de corrente eltrica ou com a formao de um arco eltrico.

Fonte radiante: O calor gerado por radiao eletromagntica (laser) ou por um feixe de eltrons acelerados atravs de um potencial.

Roupas para proteo do corpo. roupas feitas de raspa de couro O avental de raspa de couro protege a parte frontal do corpo (trax, cintura e coxas), os mangotes de raspa de couro protegem os braos, as perneiras protegem as canelas e as luvas de raspa de couro protegem as mos.

Sapatos industriais.

Capacete ou mscara.

Solda eltrica: soldagem com eletrodo revestido. 3.2.2.1 Introduo. A soldagem com eletrodo revestido definida como um processo de soldagem com arco, onde a unio produzida pelo calor do arco criado entre um eletrodo revestido e a pea soldar

Esse processo uma grande ferramenta de apoio universal, efetiva tanto em flexibilidade quanto em custo.Em adio a caracterstica de unio de materiais, o processo tambm utilizado para revestimentos duros, corte e goivagem. As caractersticas do processo podem ser resumidas conforme segue: Processo de custo efetivo. No necessita de suprimento de gases. Flexibilidade de aplicao. Grande variedade de consumveis. Equipamento pode ser usado tambm para outros processos. Ex.: corte, revestimento duro e goivagem.

O Arco Eltrico: Conceitos Fundamentais.existem trs conceitos importantes para o conhecimento do arco eltrico. So eles: Calor. Ionizao. Emisso.

Tipos de transferncia metlica.GlobularPor pulverizaopor curto-circuito.por arco pulsado.

3.2.2.4 Variveis eltricas e operacionais.Tenso de soldagem.A tenso do arco no processo de soldagem com eletrodo revestido no controlvel independentemente dos outros parmetros. Isto o diferencia dos demais processos de soldagem semi-automticos convencionais, por trs razes bsicas: O controle da distncia entre o eletrodo e a pea realizado manualmente e no pode ser executado com grande preciso. A transferncia de material no arco est associada a variaes considerveis no comprimento efetivo do arco e, consequentemente, na tenso Maiores tenses so requeridas para operao normal, medida que a corrente de soldagem aumentada.

Corrente de soldagem. A corrente de soldagem controla de forma bastante predominante todas as caractersticas operatrias do processo, o aspecto do cordo e as propriedades da junta soldada. Ela controla de modo direto a magnitude e a distribuio espacial da energia trmica disponvel no arco eltrico, e tambm, a maior parte dos fenmenos que ali ocorrem. A intensidade da corrente o parmetro determinante na taxa de deposio para dadas condies fixas de soldagem. A corrente de soldagem possui um efeito inversamente proporcional sobre a velocidade de resfriamento e essa caracterstica limita a produtividade, j que no se deve ter velocidades de resfriamento muito lentas nem muito rpidas (a velocidade de avano do eletrodo pode controlar a velocidade deresfriamento). Outra limitao que uma corrente muito elevada pode aquecer excessivamente o revestimento e causar sua degradao. A intensidade da corrente tambm o mais importante efeito controlador da penetrao da solda, da largura e do reforo do cordo, alm da diluio.3.2.2.4.3 Velocidade de avano. A velocidade de avano a segunda mais importante varivel operacional, apesar de seu controle ser consideravelmente impreciso no caso de aplicaes manuais. Altura e largura do cordo de solda variam inversamente com a velocidade de avano. A energia de soldagem pode ser mantida reduzida, mesmo com elevadas correntes, com o uso de altas velocidades. 3.2.2.4.4 Oscilao do eletrodo. A oscilao do eletrodo necessria para a obteno de formatos satisfatrios do cordo. Uma das mais importantes implicaes relacionadas oscilao do eletrodo que a velocidade de avano diminui com o aumento da oscilao, aumentando a energia de soldagem.3.2.2.4.5 Dimenses do eletrodo. O dimetro dos eletrodos normalmente disponveis variam de 1mm a 8mm e o comprimento de 350mm a 470mm. A escolha dentro desses limites vai depender da habilidade do soldador e da posio de soldagem. O dimetro do eletrodo um dos principais fatores limitantes da faixa til de corrente de soldagem, a medida que ele controla a densidade de corrente eltrica por unidade de rea de seo transversal de sua alma. Em um extremo, a corrente de soldagem mnima limitada pela instabilidade do arco, quando a densidade de corrente muito reduzida. No outro extremo, a corrente mxima limitada pelo aquecimento resistivo. O comprimento do eletrodo vai influenciar diretamente no tempo em que o arco permanecer aberto, isto , para um comprimento maior o tempo tambm maior e vice-versa, sem outros efeitos significativos sobre as caractersticas dos depsitos.

3.2.2.4.6 ngulo do eletrodo em relao pea. O ngulo do eletrodo em relao pea normalmente ajustado no sentido de equalizar o fluxo trmico entre as partes soldadas, controlar o banho na poa de fuso e o formato do cordo, em particular, a molhabilidade do lquido nas bordas do chanfro. O ngulo do eletrodo uma varivel importante, pois pode ocasionar o surgimento de defeitos de cordo de difcil controle. Definem-se dois ngulos do eletrodo em relao ao eixo longitudinal de trabalho: o lateral, tambm chamado de trabalho, e o longitudinal, tambm denominado de ataque.

3.2.2.5 Equipamentos. O equipamento bsico para soldagem com eletrodo revestido consta de: Fonte de energia; Alicate de fixao dos eletrodos; Cabos de interligao; Pina para ligao pea; Equipamento de proteo individual; Equipamento para limpeza da solda.

3.2.2.6 Aplicaes tpicas. A flexibilidade do processo, a gama de intensidade de corrente e a grande variedade de consumveis existentes tornam extensa a lista de aplicaes do processo. A seguir esto as aplicaes tpicas dentro das quatro faixas bsicas de intensidade de corrente: a) 50 a 150A: aplicaes domsticas, servios leves de soldagem. b) 150 a 250A: reparos e manuteno, construes leves. c) 250 a 350A: trabalhos de produo leve e mdia, trabalhos seriados em oficina. d) 350 a 650A: construo pesada e industrial naval.

3.2.2.7 Descrio do processo. A soldagem normal ao arco eltrico com eletrodos revestidos um processo no qual um arco eltrico estabelecido entre duas partes metlicas (a pea de trabalho ou metal base e o eletrodo consumvel). O calor gerado pelo arco (a uma temperatura de 4000C) suficiente para fundir ambos os metais e o material do eletrodo consumvel parcialmente depositado na pea de trabalho (metal base) por gravidade e ou pela fora do arco. Para evitar o ingresso de oxignio e nitrognio da atmosfera na pea de fuso o arco protegido pela fuso do revestimento do eletrodo de duas formas: 1) Gases: boa parte de material do revestimento produz gases que envolvem a pea de fuso. 2) Escria: parte do revestimento se transforma em escria a qual recobre o metal em solidificao. Deve ser retirada com o uso de martelo e escova.

Os dados tcnicos de um eletrodo podem exigir: a) Corrente Contnua com Polaridade Direta (CCPD): o eletrodo ligado ao plo negativo, desprendendo mais calor da pea, pois os eltrons se movimentam do eletrodo para a pea. b) Corrente Contnua com Polaridade Reversa (CCPR): o eletrodo ligado ao plo positivo, desprendendo mais calor da ponta do eletrodo, pois os eltrons se movimentam da pea para a ponta do eletrodo. c) Corrente Alternada.

Propriedades ideais do revestimento: o metal de solda deve possuir as propriedades mecnicas e metalrgicas requeridas, condicionadas adequada proteo gasosa, desoxidao e adio de liga; a composio qumica deve ser homognea ao longo do cordo; a operao em geral e o controle e remoo da escria devem ser fceis; os depsitos devem ser livres de trincas, poros ou outros defeitos; a quantidade de respingos deve ser mnima; a estabilidade do arco deve ser boa; a abertura e reabertura do arco devem ser fceis; a penetrao deve ser adequada; a taxa de deposio deve ser alta; o acabamento superficial e o formato do cordo devem ser bons; o eletrodo no deve superaquecer; o revestimento no deve ser higroscpico ; a gerao de odores e fumos deve ser mnima;

o revestimento deve estar fortemente aderente alma e ser flexvel.

So quatro os principais grupos de revestimento de eletrodos para soldagem dos aos de baixa e mdia liga: a) Eletrodos celulsicos: Revestimento desses eletrodos possui mais de 20% de materiais celulsicos que, sob a ao do arco, se decompem gerando grande quantidade de hidrognio, CO e CO2. Penetrao caracteristicamente elevada. Taxa de deposio baixa. Tenso de arco elevada em comparao com os outros tipos de eletrodos. Escria fina e de rpida solidificao, o que os torna adequado para soldagem fora de posio. O depsito bastante satisfatrio sob o ponto de vista da resistncia mecnica e alongamento. Dependendo da composio do revestimento, o nvel de hidrognio dissolvido no banho pode ser elevado, aumentando a tendncia fissurao a frio.

Devido baixa estabilidade do arco seu uso restrito soldagem com corrente contnua e polaridade reversa. Atravs da adio de elementos estabilizadores de arco pode-se estender sua aplicao para a corrente contnua com polaridade direta, ou corrente alternada.

b) Eletrodos rutlicos: Revestimento desses eletrodos possui mais de 20% de xido de titnio, obtido atravs da adio de areia de rutilo ou ilmenita. Alta estabilidade do arco, com tenses comparativamente baixas, pequena quantidade de respingos e bom aspecto superficial. A proteo gasosa do arco contm hidrognio, CO, CO2 e talvez nitrognio. A escria pode ter sua viscosidade controlada atravs de pequenas adies de minerais. A resistncia mecnica e ductibilidade so boas. A adio de p de ferro ao revestimento possibilita a obteno de altas taxas de deposio. Corrente contnua e alternada podem ser utilizadas.

c) Eletrodos cidos: O revestimento baseado em xidos de ferro e de mangans e em silicatos. A escria abundante e facilmente destacvel. Teores de carbono e mangans no depsito podem ser baixos, diminuindo a resistncia mecnica e aumentando a ductibilidade. A resistncia fissurao uma das mais pobre, em comparao com os outros revestimentos. Seu uso no recomendado para soldagem de aos com teores de carbono acima de 0,25% e com enxofre acima de 0,05%. O volume de gs gerado pequeno em relao aos rutlicos e celulsicos. Tenso de arco relativamente baixa. Corrente contnua e alternada podem ser usadas. Taxas de deposio e penetrao so altas. Nvel de respingo baixo e a aparncia boa. Soldagem fora de posio dificultada.

d) Eletrodos bsicos: Revestimento baseado no carbonato de clcio. Fornece depsitos com mais baixos teores de hidrognio e incluses de qualquer outro tipo. Muito utilizado em soldagem de responsabilidade e de materiais de difcil soldabilidade a escria permite boa reduo de banho e eliminao de materiais no-metlicos. Propriedades mecnicas e resistncia fissurao, a quente e a frio, so melhores que com os outros revestimentos. o mais adequado para soldagem de aos liga e ligas no-ferrosas. Apesar de fornecer depsitos de bom aspecto superficial, necessrio considervel prtica do operador para evitar defeitos como porosidade e incluso de escria. Requer secagem e manuteno cuidadosa para assegurar baixo teor de hidrognio no metal depositado. Tenso de arco relativamente elevada. Ambas as correntes, contnua com polaridade reversa e alternada, podem ser utilizadas mediante a adio de estabilizadores de arco.

Atravs da adio do p de ferro, combina-se uma boa taxa de deposio com timas propriedades de depsito. Soldagem em todas as posies condicionada a nveis no excessivos de p de ferro, que aumenta a fluidez da escria.

Fatores considerados no trabalho com eletrodo. A) Penetrao: A penetrao vai depender de: a) intensidade da corrente;

b) comprimento do arco; c) espessura da pea; d) tipo de eletrodo e polaridade; e) velocidade de avano do eletrodo.

B) Avano:C) Comprimento do arco:D) Movimento lateral:

3.2.2.9 Higiene e segurana. responsabilidade do usurio: Certificar-se de que a ligao ao suprimento eltrico est efetuada corretamente. necessrio que a fonte esteja aterrada atravs de um nico terminal, que dever ser utilizado somente para este fim, para que nenhuma parte exposta venha a ser acidentalmente energizada. No caso de fontes geradoras, todas as partes expostas, que no conduzam corrente eltrica intencionalmente, devem ser interconectadas entre si. Quando a instalao engloba mais de uma fonte monofsica, necessrio distribuir as unidades em partes diferentes de suprimento da rede trifsica, para balancear a demanda de corrente entre as fases da rede. Ambos os cabos de interligao devem ser dimensionados corretamente para a aplicao pretendida. Quaisquer conexes no circuito de solda devem ser realizadas antes da ligao da fonte, executando-se somente as operaes de troca de eletrodo.

O isolamento eltrico de todos os cabos deve ser sempre garantido, devendo-se realizar no mnimo uma inspeo visual antes da soldagem. Cabos danificados devem ser trocados. O cabo terra deve sempre ser o mais curto possvel e da mesma especificao que o cabo do alicate do eletrodo. Partes estranhas como tiras metlicas, tubos ou qualquer outra ligao metlica, alm do prprio cabo, no devem ser utilizadas. A pina de contato deve estar o mais prximo possvel do chanfro da solda. Tanto o eletrodo como a pea a ser soldada no devero estar conectados ao cabo terra da rede. Sempre que possvel, a pea dever ser aterrada em uma ligao independente e isolada de qualquer contato com terminais energizados ou outros aterramentos. Quando vrios soldadores esto conectados a uma mesma pea a tenso resultante entre dois alicates porta-eletrodo pode ser o dobro da tenso em aberto para cada fonte, aumentando o risco de eletrocusso. Onde essa configurao seja impossvel de ser eliminada, atravs do uso de uma nica fonte de energia, cuidados especiais devem ser tomados

A ventilao essencial para minimizar a absoro pelo soldador dos fumos produzidos pelo processo de soldagem com eletrodo revestido. Segundo critrios norte-americanos, uma ventilao forada requerida quando o volume de ar inferior a 350m3/soldador, ou o ambiente aberto e h ventilao natural cruzada, ou a altura do p direito inferior a 5 m.

3.3 Solda com gs. 3.3.1 Introduo. A soldagem com gs divide-se em: a) Brasagem: um processo de soldagem que exige apenas a fuso do metal de adio. o processo de soldagem onde o metal de adio tem sua temperatura (ou faixa) de fuso compreendida entre as temperaturas abaixo do ponto de fuso do metal base e acima de, aproximadamente, 400C. b) Soldabrasagem um processo que, como no processo de brasagem, o metal de adio fundido e o metal base mantido no estado slido. Porm, o metal de adio no penetra por capilaridade. A resistncia da solda conseqncia da aderncia obtida por difuso entre o metal de adio, lquido, com o metal de base, slido. c) Oxi-acetilnica: ser o objeto de estudo deste trabalho.

3.3.2 Soldagem oxiacetilnica.

Uma definio mais simplista que a soldagem oxigs a fuso do metal-base (pea) pela ao de uma fonte de calor (chama) a partir da queima de um gs (acetileno) junto com o oxignio. O processo apresenta as seguintes vantagens: Baixo custo. Emprega equipamento porttil. No necessita de energia eltrica. Permite o fcil controle da operao.

Entre as desvantagens podem ser apontadas as seguintes: Exige soldador hbil. Tem baixa taxa de deposio. Conduz a um superaquecimento. Apresenta riscos de acidente com os cilindros de gases

3.3.2.3 Equipamentos.Maarico.Bico.Reguladores de presso.Vlvulas de segurana.

a) Vlvula contra retrocesso de chama

b) Vlvula de contrafluxo.

Mangueiras.

3.3.2.4 Consumveis para soldagem.Acetileno.Oxignio.Metal de adio. a) Ao-carbono.

b) Ferro fundido.

c) Cobre e suas ligas. Fluxos.

3.3.2.5 Tcnica de soldagem.ngulo de soldagem.

3.3.2.6 Segurana na soldagem. 3.3.2.6.1 Cilindro de acetileno. As seguintes recomendaes devem ser observadas: Evitar choques violentos, principalmente nos reguladores de presso. No armazenar os cilindros em local prximo a uma fonte de calor. Armazenar os cilindros preferencialmente na posio vertical e seguros por correntes. O acetileno mais leve que o ar e no se acumula em locais baixos. No esvaziar o cilindro completamente, evitando a entrada de ar ou a sada de vapor de acetona misturado com o acetileno. Ter cuidado com vazamentos, uma vez que a mistura do acetileno com o ar pode ser explosiva. Verificar sempre o estado das vlvulas e reguladores de presso, para evitar vazamentos.

3.3.2.6.2 Cilindro de oxignio. As seguintes recomendaes devem ser observadas: No usar o oxignio no lugar do ar comprimido para retirar resduos de locais que estejam tambm sujos de leo ou graxa, pois pode haver combusto espontnea. No usar o oxignio para limpar roupa que esteja suja de leo ou graxa, pois h risco de combusto espontnea. No lubrificar nenhuma conexo ou parte do equipamento em contato com o cilindro de oxignio. Evitar choques violentos nos reguladores de presso, uma vez que a presso interna muito alta. Conservar o cilindro sempre com o capacete de proteo, quando no estiver em uso.

3.3.2.6.3 Durante a soldagem. As seguintes recomendaes devem ser observadas: Caso ocorra retrocesso da chama, fechar imediatamente as vlvulas do maarico e dos cilindros de gases. Limpar o bico do maarico, evitando entupimentos. Ter cuidado com o risco de exploso ao soldar ou cortar recipientes metlicos que tenham tido contato com combustvel.

Para a execuo de cada tarefa os procedimentos sero os seguintes: a) Colocar os EPIs. b) Cortar o material, limpar o local de trabalho e guardar o material restante. c) Preparar a pea a ser soldada (limpeza, retirada de rebarbas, chanfro). d) Posicionar a pea na bancada (fixao). e) Montar o maarico (colocar o bico). f) Abrir os registros principais nos cilindros. g) Abrir as vlvulas nos manmetros, regulando as presses de sada do oxignio e do acetileno. h) Abrir e fechar o registro do oxignio no maarico para limpeza do bico. i) Abrir o registro do acetileno no maarico e acender a chama. j) Abrir o registro do oxignio no maarico. k) Regular a chama. l) Executar a tarefa. m) Ao final da tarefa abrir o registro do oxignio extinguindo a chama. n) Fechar o registro do oxignio e do acetileno no maarico. o) Fechar os registros principais nos cilindros. p) Abrir os registros do oxignio e do acetileno no maarico para aliviar a presso nas mangueiras. q) Fechar os registros do oxignio e do acetileno no maarico. r) Desmontar o maarico (retirar o bico). s) Enrolar as mangueiras. t) Limpar o local de trabalho.

u) Guardar os EPIs. v) Guardar as peas.