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PROJECTOS DE CONVERSÃO E LOTEAMENTO DA REFINARIA DE SINES LICENÇA AMBIENTAL ELEMENTOS ADICIONAIS Data: 28/08/08 1/23 INTRODUÇÃO No decurso da avaliação preliminar do processo de Licenciamento Ambiental do projecto de alteração substancial da instalação (Projectos de Conversão e Loteamento da Refinaria de Sines), a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) solicitou a apresentação de informações adicionais, através do ofício datado de 14 de Agosto de 2008, com a referência 673/08/GAIA. O presente documento constitui a resposta às informações solicitadas, as quais se apresentam, seguindo a ordem indicada no ofício acima referido. 1. No que se refere à Parte A do Formulário PCIP (Informação Geral) solicita-se: a) Calendarização para a desactivação das caldeiras 1 e 3. Caso estes equipamentos sejam para manter em situações de emergência, deverá ser dada indicação deste aspecto Confirma-se que, no final do comissionamento da nova Central de Cogeração, as caldeiras CE-BF1 e CE–BF3 serão desactivadas. Acresce-se que à data não existe uma calendarização exacta do desmantelamento das referidas caldeiras, contudo, prevê-se que a CE–BF3 seja desmantelada quando a Cogeração entrar em funcionamento e que a CE–BF1 seja desmantelada após funcionamento e estabilização da unidade, funcionando como back-up durante este período de transição. O operador assume o compromisso de entregar à APA a calendarização do desmantelamento, assim como o destino final das caldeiras aquando do desmantelamento definitivo das mesmas. b) Identificando-se na memória descritiva apresentada, que será instalada nova unidade de pastilhação do enxofre, solicita-se esclarecimento sobre o destino a dar ao enxofre elementar produzido, e indicação de eventuais medidas a implementar para redução de emissões difusas O enxofre produzido na Refinaria de Sines possui a seguinte especificação: Quadro 1 – Características do Enxofre Produzido na Refinaria de Sines CARACTERÍSTICAS UNIDADES LIMITES Densidade aparente Kg/m 3 1000 (mín) Pureza (base seca) % (m/m) 99.5 (mín) Teor em humidade % (m/m) 0.5 (máx) Matéria orgânica % (m/m) 0.05 (máx) Cinzas % (m/m) 0.05 (máx) Acidez % de H2SO4 0.02 (máx) Granulometria Superior a 6.35 mm % (m/m) 5 (máx) Inferior a 1.0 mm % (m/m) 2 (máx)

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PROJECTOS DE CONVERSÃO E LOTEAMENTO DA REFINARIA DE SINES

LICENÇA AMBIENTAL

ELEMENTOS ADICIONAIS

Data: 28/08/08

1/23

INTRODUÇÃO

No decurso da avaliação preliminar do processo de Licenciamento Ambiental do projecto de alteração substancial da instalação (Projectos de Conversão e Loteamento da Refinaria de Sines), a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) solicitou a apresentação de informações adicionais, através do ofício datado de 14 de Agosto de 2008, com a referência 673/08/GAIA. O presente documento constitui a resposta às informações solicitadas, as quais se apresentam, seguindo a ordem indicada no ofício acima referido. 1. No que se refere à Parte A do Formulário PCIP (Informação Geral) solicita-se:

a) Calendarização para a desactivação das caldeiras 1 e 3. Caso estes equipamentos sejam para manter em situações de emergência, deverá ser dada indicação deste aspecto Confirma-se que, no final do comissionamento da nova Central de Cogeração, as caldeiras CE-BF1 e CE–BF3 serão desactivadas. Acresce-se que à data não existe uma calendarização exacta do desmantelamento das referidas caldeiras, contudo, prevê-se que a CE–BF3 seja desmantelada quando a Cogeração entrar em funcionamento e que a CE–BF1 seja desmantelada após funcionamento e estabilização da unidade, funcionando como back-up durante este período de transição. O operador assume o compromisso de entregar à APA a calendarização do desmantelamento, assim como o destino final das caldeiras aquando do desmantelamento definitivo das mesmas.

b) Identificando-se na memória descritiva apresentada, que será instalada nova unidade de pastilhação do enxofre, solicita-se esclarecimento sobre o destino a dar ao enxofre elementar produzido, e indicação de eventuais medidas a implementar para redução de emissões difusas O enxofre produzido na Refinaria de Sines possui a seguinte especificação:

Quadro 1 – Características do Enxofre Produzido na Refinaria de Sines

CARACTERÍSTICAS UNIDADES LIMITES

Densidade aparente Kg/m3 1000 (mín)

Pureza (base seca) % (m/m) 99.5 (mín)

Teor em humidade % (m/m) 0.5 (máx)

Matéria orgânica % (m/m) 0.05 (máx)

Cinzas % (m/m) 0.05 (máx)

Acidez % de H2SO4 0.02 (máx)

Granulometria

Superior a 6.35 mm % (m/m) 5 (máx)

Inferior a 1.0 mm % (m/m) 2 (máx)

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Actualmente, o enxofre produzido na Refinaria de Sines é comercializado para as indústrias agro-química, de produção de ácido sulfúrico e pasta de papel, e ainda mercado de exportação, situação que se irá manter após ao arranque da nova unidade de pastilhação. Uma vez que será construído um novo silo para armazenagem do enxofre pastilhado, com capacidade de 6 600 m3, não é expectável um aumento significativo de emissões difusas provenientes deste processo.

c) No que se refere à Memória descritiva apresentada, solicita-se:

• Apresentação do diagrama esquemático para a nova unidade de

Hydrocracker, bem como para a reconversão das unidades de destilação de Vácuo II e Visbreaker A não apresentação de um diagrama simplificado para a nova unidade Hydrocracker deve-se ao facto de esta constituir uma unidade muito complexa e de grande dimensão não sendo possível, mantendo um nível de detalhe adequado à respectiva compreensão, a apresentação de diagramas simplificados similares aos apresentados para as restantes novas unidades processuais. Esta mesma situação é constatada pela análise dos Process Flow Diagrams que se apresentam de novo no Anexo 1. Relativamente às unidades de destilação de Vácuo II e Visbreaker, os respectivos diagramas esquemáticos são apresentados no Anexo 2.

• No que se refere à nova unidade de Hidrogénio, melhor clarificação quanto à existência de fornalha associada ao equipamento HR-Y-1, indicação da localização da fonte pontual bem como indicação da origem das emissões da fonte pontual associada a esta unidade No Anexo 3 é apresentado o digrama simplificado da Unidade de Hidrogénio, com a reapresentação da fonte pontual, que clarifica a ligação do equipamento HR-Y-1 ao Reactor/Fornalha HR-H-1.

• Relativamente ao diagrama esquemático da unidade de tratamento de “Tail

Gas” solicita-se descrição relativa à parte do diagrama associada ao equipamento B-301. De facto, não é perceptível a origem da carga deste equipamento (“Tail Gas” da Unidade de Recuperação de Enxofre e do fuel gás) e se estas cargas sofrem o mesmo tratamento descrito na descrição apresentada A corrente obtida no topo da coluna E-202 é enviada para o incinerador B-301 e a corrente de fundo é constituída por uma solução de amina rica em sulfureto de hidrogénio e é enviada para a coluna de regeneração de amina, onde o sulfureto de hidrogénio é removido e recirculado para as Unidades de Recuperação de Enxofre.

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No incinerador B-301 é utilizado, como combustível, fuel gás de forma a garantir uma temperatura de 650ºC na câmara de combustão. Deste modo atinge-se as melhores condições de combustão. O incinerador B-302 é dedicado à corrente rica em amónia proveniente do primeiro estágio da unidade de stripper de águas ácidas. O gás de combustão deste incinerador é enviado para um reactor DeNOx (D-301), onde os óxidos de azoto são reduzidos a azoto. O gás de combustão é depois descarregado para a atmosfera através da chaminé da unidade de SRU. Para uma melhor compreensão do acima descrito, apresenta-se no Anexo 4 o diagrama simplificado na Unidade de Tratamento “Tail-Gás”.

d) Relativamente à nova torre de arrefecimento a instalar, solicita-se uma descrição mais pormenorizada sobre o seu funcionamento, bem como indicação sobre se ocorrerá adição de biocidas nos sistemas (com indicação dos compostos usados). Por outro lado, deverá ser efectuado ponto de situação desta unidade face à adopção das MTD preconizadas no BREF Industrial Cooling Systems (CV). Em particular, os elementos a apresentar deverão incluir a identificação das MTD a implementar, assim como a identificação das MTD eventualmente não aplicáveis, incluindo a fundamentação desse facto, tomando por base, entre outros aspectos, as especificidades técnicas dos processos desenvolvidos A torre de refrigeração a construir no âmbito do projecto de Conversão da Refinaria de Sines será em tudo semelhante às duas torres já existentes, que possuem tratamento prévio através de filtração em areia e posterior tratamento através de uma combinação de inibidores de corrosão adequados à metalurgia do sistema. Está prevista a utilização de anti-incrustantes, bem como de um dispersante específico de acordo com os parâmetros químicos da água como sejam o pH, alcalinidade, cálcio e cloretos. Para a estabilização química são utilizados:

- Dispersante especifico dirigido à estabilidade do zinco e do o-fosfato e que apresenta elevada capacidade de dispersão de ferro. Este produto contém o elemento traçador constituindo o pivot do esquema de tratamento preconizado.

- Inibidor de corrosão anódico e catódico e anti-incrustante.

- Inibidor especifico para ligas de cobre

- Inibidor de corrosão à base de polifosfato.

Para o controlo microbiológico são utilizados:

- Hipoclorito de sódio doseado em contínuo.

- Biocida não oxidante utilizado em situações de contaminação

- Dispersante para maximizar a acção dos biocidas promovendo o contacto com os micro-organismos.

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É efectuado um controlo em tempo real da concentração dos produtos químicos na água circulante utilizando um traçador cujo sinal de emissão fluorescente é detectado e processado num receptor. A razão entre a concentração do traçador e os outros produtos químicos é conhecida possibilitando o seu ajuste. Face ao solicitado, foi elaborado um resumo com a identificação das MTDs definidas na BREF Industrial Cooling Systems, aplicável à nova torre de refrigeração (Quadro 2).

Quadro 2 – Resumo das MTD´S definidas na BREF Industrial Cooling Systems, aplicável ao novo sistema de arrefecimento

MTD´s Aplicáveis ao Sistema de Arrefecimento

MTD Descrição da MTD Observações

Escolha do sistema de refrigeração de acordo com nível de calor a dissipar.

A Implementar

Para níveis de dissipação de calor médios e baixos utilizar sistemas com processos húmidos e híbridos de refrigeração.

A Implementar Necessidades do processo

Escolha de sistema de refrigeração indirecto para o arrefecimento de substâncias perigosas com alto risco ambiental em caso de fuga

Não Aplicável - Situação a considerar em caso de sistema de passagem única, em que a fuga implicaria uma contaminação imediata do aquífero

Características do local

Escolha de sistema de refrigeração consoante as características do local.

A Implementar

Disponibilizar operação variável dependendo da capacidade de arrefecimento

A Implementar

Possibilidade de modulação dos caudais de ar e água de forma a evitar corrosão e erosão do sistema.

A Implementar

Optimizar o tratamento da água e dos circuitos de arrefecimento.

A Implementar

Evitar a recirculação plumas de água quente nos rios e minimizar as mesmas nos estuários e marinas em sistemas de passagem única.

Não Aplicável - Só para sistemas de uma só passagem.

Aumento da eficiência energética

Utilizar bombas e ventiladores (equipamentos) de baixo consumo de energia.

A Implementar

(Cont.)

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(Cont.)

MTD´s Aplicáveis ao Sistema de Arrefecimento

MTD Descrição da MTD Observações

Optimizar a integração energética. Redução da necessidade de arrefecimento pela optimização da reutilização do calor de correntes quentes.

A Implementar

Não utilização de água subterrânea. Redução dos consumos de fontes limitadas.

Não Aplicável - A água utilizada no sistema de arrefecimento da nova torre é proveniente da rede de abastecimento das Águas de Santo André captada na barragem de Morgavel.

Redução dos consumos de fontes limitadas (água). Utilizar sistemas de recirculação.

Utilizar sistemas de arrefecimento híbridos (secos e húmidos) onde for obrigatória a redução da pluma.

Não Aplicável - Não existem problemas com a pluma formada sobre as torres de arrefecimento.

Redução dos consumos de água

Optimização dos ciclos de concentração. A Implementar

Redução do Arrastamento de Fauna

Optimização do sistema de captação de água nos sistemas de passagem única de forma a evitar danos na fauna e sedimentação no canal de captação.

Não Aplicável - Os processos de refrigeração são do tipo "Sistema Aberto de Refrigeração por Recirculação - Directo" A água utilizada no sistema de arrefecimento da nova torre é proveniente da rede de abastecimento das Águas de Santo André captada na barragem de Morgavel.

Utilização de materiais mais resistentes à corrosão

A Implementar

Minimização de sujidade e corrosão A Implementar

Optimização da concepção dos permutadores de calor de forma a facilitar a limpeza

A Implementar

Prevenção na fase de projecto ou por manutenção - Condensadores e Central a) Redução da tendência para a corrosão - Utilização de indicadores de temperatura nos condensadores a água do mar

Não Aplicável - Não será utilizada água do mar

Redução de emissões para a água, via projecto e manutenção

Prevenção na fase de projecto ou por manutenção - Condensadores e Permutadores a) Redução da sujidade nos condensadores - Velocidade de passagem da água > 1,8 m/s b) Redução da sujidade nos permutadores - Velocidade de passagem da água > 0,8 m/s c) Evitar o entupimento dos permutadores - Utilização de filtros à entrada

A Implementar

(Cont.)

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(Cont.)

MTD´s Aplicáveis ao Sistema de Arrefecimento

MTD Descrição da MTD Observações

Redução de emissões para a água, via projecto e manutenção (cont.)

Prevenção na fase de projecto ou por manutenção - Sistemas abertos pelo processo húmido a) Redução da sujidade quando se utiliza água do mar b) Não utilização de substâncias perigosas no tratamento anti-fouling

Não Aplicável – Não será utilizada água do mar

Redução das emissões para a água via optimização do tratamento da água de arrefecimento

Controlo através de tratamento optimizado da água de refrigeração a) Redução da utilização de aditivos b) Utilização de químicos com baixa perigosidade c) Optimização da dosagem de biocida d) Redução do consumo de hipoclorito e) Redução do consumo de biocida e das purgas f) Redução da emissão de biocidas rapidamente hidrolizaveis g) Aplicação de ozono em dosagens inferiores a 0,1 mg/l

A Implementar

Evitar que o ar quente à saída dos cones dos ventiladores atinja o nível do solo

A Implementar

Evitar a formação de pluma Não aplicável - Deve ser considerada quando as torres estão posicionadas perto de zonas urbanas, estradas, etc.

Não utilização de materiais perigosos A Implementar

Posicionar a torres de forma a não contaminar a entrada de ar nos edifícios A Implementar

Redução das emissões para o ar

Redução das perdas de água por arrastamento

A Implementar

Redução da emissão de ruído

Redução do ruído provocado pela cascata da água e entrada de ar. (Torres de Tiragem Natural)

Não Aplicável – Trata-se de uma instalação industrial não havendo receptores sensíveis.

Permutadores de calor e equipamento em geral: A diferença de temperatura com o permutador (produto/água) deve ser <=50 ºC e Temperatura do metal do lado da água de arrefecimento <60ºC (redução da corrosão)

A Implementar

Monitorização da operação do processo (operação dentro dos limites do projecto - ocorrência de vibrações, termo-expansões, velocidade do fluido).

A Implementar

Aplicação de tecnologia de soldadura robusta.

A Implementar

Redução do risco de fugas

Redução do risco de fuga de substâncias perigosas através de monitorização permanente da purga da torre

A Implementar

(Cont.)

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(Cont.)

MTD´s Aplicáveis ao Sistema de Arrefecimento

MTD Descrição da MTD Observações

Evitar que a luz solar incida dentro da torre de arrefecimento para reduzir a formação de algas

Não Aplicável - Não estão previstos dispositivos que impeçam a luz solar de incidir sobre a torre

Evitar zonas estagnadas no projecto A Implementar

Combinação de limpeza mecânica e química, após contaminação com microorganismos

A Implementar

Monitorização periódica dos patogénicos no sistema de arrefecimento

É proibida a entrada dos operadores nas celas quando estas estão em serviço.

Redução da contaminação biológica

Os operadores devem usar máscara para protecção do nariz e da boca (P3-masK) sempre que entram na torre de arrefecimento, durante os trabalhos de limpeza

A Implementar

e) Para melhor sistematização de informação, e no que se refere aos tanques de armazenagem a instalar (após a implementação do projecto de alterações em licenciamento), solicita-se sistematização dos sistemas previstos para drenagem e encaminhamento de efluentes líquidos esporádicos para tratamento, recolhidos nas bacias de retenção A drenagem associada às bacias de retenção dos novos tanques de armazenagem incluídos no Projecto de Conversão da Refinaria de Sines seguirá a filosofia do sistema de drenagem actualmente existente na Refinaria. Em pormenor, a construção dos novos tanques de armazenagem integrará as seguintes medidas de protecção: - Adopção de sistemas de contenção mediante a construção de bacia de retenção

com tela de impermeabilização resistente a hidrocarbonetos;

- Adopção de controlos periódicos da existência de fugas na base dos tanques de armazenagem através da instalação de sistemas de detecção de fugas.

- Tanques equipados com sistemas de indicação automática de nível e alarme de nível alto e alarme de nível muito alto independente para prevenção de situações de sobreenchimento

Desta forma, a implementação destes sistemas permitirá um controlo efectivo dos efluentes líquidos provenientes das bacias de retenção, sendo que em operação normal, as águas pluviais sem contaminação serão conduzidas para a rede de pluviais limpas. Caso ocorram fugas ou derrames, as águas potencialmente contaminadas serão encaminhadas para a rede de efluente industrial para pré-tratamento na instalação e posteriormente para a ETAR de Ribeira de Moinhos.

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A selecção do destino do efluente das bacias de retenção é feita por manobra (abertura) de uma de duas válvulas de seccionamento da drenagem de cada bacia, localizadas em caixa construída no exterior destas, e que se encontram permanentemente fechadas. No Anexo 5 apresenta-se o detalhe do sistema de retenção e drenagem das bacias, bem como dos sistemas de detecção de fugas na base dos tanques de armazenagem

f) No que se refere à reconversão da unidade de destilação atmosférica, e atendendo a que esta reconversão terá como função maximizar o processamento de crudes leves e pesados, solicitam-se esclarecimentos sobre se a capacidade instalada de tratamento de petróleo bruto actual de 10 000 000 ton/ano, não será alterada Esclarece-se que a capacidade instalada de tratamento de petróleo bruto, actualmente de 10 0000 000 ton/ano, não será alterada, tal como evidencia o balanço mássico já apresentado no EIA (pág. 76 do capítulo IIII do EIA – Volume II – Relatório Síntese):

Quadro 3 – Balanço Mássico das Matérias-primas da Refinaria de Sines

Entradas (t/ano) Matérias-primas

Actual(1) Futuro(2)

Crude 9 756 132,5 10 000 000,0

Gás Natural Cogeração --- 195 000,0

Gás Natural Processo (HI+HR) 34 062,0 248 813,0

Gás Natural (fornalha HI+HR) 6 641,0 37 879,0

Gás natural outros consumos 34 696,0 0,0

MTBE 104 838,0 78 248,0

RAT Importação --- 602 092,0

Fuel Bancas, Ext. aromáticos do Porto --- 127 208,0

VGO / Aromáticos pesados --- 30 000,0

VGO --- 1 073 158,0

Total 9 936 369,5 12 392 398,0 (1) – Valores referentes ao ano de 2006 (2) – Valores após implementação do projecto de conversão

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2. Relativamente à parte B2 do Formulário PCIP (Descargas/emissões de águas

residuais)

a) Solicita-se o preenchimento completo da Ficha FB2.3 indicando as medições para todos os poluentes referidos na LA n.º 48/2007 e cuja informação não foi apresentada no RAA 2007, ou apresentação de outra metodologia para a determinação desses valores. Caso seja apresentada outra metodologia diferente da medição deverá ser devidamente justificada, com apresentação dos cálculos efectuados na determinação dos referidos valores A Ficha FB2.3 foi preenchida com a informação que se considera mais representativa e que se encontrava disponível à data do seu preenchimento. Esclarece-se que a média mensal apresentada na ficha foi obtida com base nas campanhas pontuais realizadas em 2006, tendo por base o plano de monitorização de efluentes preconizado anteriormente pela Refinaria. Saliente-se que, até à emissão da LA n.º 48/2007 (Outubro de 2007) era este o plano de monitorização que vigorava na instalação, razão pela qual não existe informação para alguns dos poluentes referidos na LA e na referida ficha. Devido a este facto, optou-se por incluir na ficha alguma informação complementar, nomeadamente os resultados obtidos numa campanha pontual e especifica que é levada a cabo para efeitos do PRTR. Esta monitorização é anual e inclui parâmetros que não eram usualmente monitorizados. A carga anual apresentada para estes parâmetros corresponde à multiplicação da concentração medida na monitorização pontual pelo caudal anual descarregado. Na realidade, e por lapso, a FB2.3 do formulário enviado não identificava os valores obtidos com base nesta campanha específica, não havendo correspondência com a legenda apresentada. Esta situação foi corrigida e encontra-se incluída nas fichas rectificadas (Anexo 6). Acresce-se que, em Fevereiro de 2008, (devido a atrasos no processo de contratação do Laboratório, não foi possível iniciar a monitorização em Janeiro, pelo que foram efectuadas duas campanhas no mês seguinte), teve início o plano de monitorização disposto na LA n.º 48/2007 (ver Anexo 7), que para além dos parâmetros anteriormente analisados inclui uma vasta gama de outros parâmetros e periodicidades distintas. Actualmente já detemos alguns resultados das monitorizações previstas para dar cumprimento ao estabelecido pela LA, no entanto, uma vez que correspondem a poucas análises, não se considera suficiente para o preenchimento da ficha FB2.3. Deste modo, e para além da informação apresentada na referida ficha junto anexamos os resultados analíticos, correspondentes ao plano de amostragem de 2008, tanto para o efluente industrial como para o salino, obtidos até à data (Anexo 8). Realça-se que esta informação já foi igualmente enviada para a CCDR-A, no fecho do 1º semestre. Relembramos que as descargas de efluentes da refinaria não possuem VLE estipulado, pelo que o valor indicado nos boletins de análise como valor limite de descarga corresponde ao valor legal de descarga no meio, não sendo comparável com os valores obtidos na análise, uma vez que os efluentes são ainda sujeitos a tratamento na ETAR de Ribeira de Moinhos. Relativamente ao RAA 2007, e conforme o acima explicitado, bem como aquando do seu envio, os resultados apresentados tiveram por base as monitorizações que já eram realizadas pela Refinaria.

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b) Solicita-se confirmação sobre se não ocorrerá alteração ao ponto de descarga EH1, bem como ao respectivo caudal de descarga, já que no processo entregue é referido que haverá produção de águas pluviais limpas da drenagem da cobertura de edifícios e bacias de retenção dos tanques de armazenagem. Sobre este aspecto solicita-se ainda esclarecimento sobre se estas águas pluviais continuarão a ser reutilizadas na rega e no sistema de combate a incêndios. Sobre este aspecto e caso ocorram alterações ao processo de licenciamento ambiental inicial, deverá ser preenchida a ficha FB2.5 para o ponto de descarga EH1 Não se prevê qualquer alteração, nem no ponto de descarga EH1, nem no seu caudal de descarga. Conforme já mencionado, a refinaria privilegia a reutilização das águas pluviais limpas no sistema de combate a incêndios e no sistema de rega, sendo as descargas para a Ribeira de Moinhos apenas realizadas em contexto de emergência (seguindo o procedimento descrito na actual LA). Esta prática manter-se-á com o arranque das novas unidades, sendo que o novo projecto prevê uma nova bacia de águas limpas com a capacidade de 1600 m3, para armazenar as águas pluviais provenientes da drenagem da cobertura de edifícios e bacias de retenção dos novos tanques de armazenagem.

c) Ainda na sequência do ponto anterior, solicita-se histórico das eventuais descargas realizadas pela instalação das águas pluviais na Ribeira de Moinhos durante o ano de 2007, com indicação das monitorizações realizadas a essas águas pluviais antes da sua descarga, no caso de terem ocorrido descargas de águas pluviais eventualmente contaminadas. Sobre este aspecto solicita-se ainda esclarecimento sobre os critérios da instalação do ponto de vista quantitativo relativamente à situação de elevada pluviosidade que condicionam a descarga de águas pluviais limpas na Ribeira de Moinhos Não existe histórico de descargas de águas pluviais para a Ribeira de Moinhos, anterior à emissão da LA n.º48/2007. Conforme já referido, estas descargas ocorrem apenas quando a capacidade de armazenagem é excedida, situação que só acontece muito esporadicamente, em alturas de sucessiva pluviosidade extrema. Por procedimento interno anterior à emissão da LA, recolhia-se uma amostra para análise sempre que surgia a necessidade de descarregar águas pluviais para a Ribeira, para além da amostra semanal que fazia parte do antigo plano de amostragem da refinaria. Actualmente, é seguido o disposto na LA para este tipo de águas, pelo que apenas são efectuadas análises em caso de existir uma descarga. Após a emissão da LA, e para o ano de 2007, foi efectuada apenas uma descarga de águas pluviais, que teve lugar no dia 19 de Novembro, tendo sido enviados para a ribeira cerca de 30 000 m3 de águas pluviais não contaminadas. O relatório desta ocorrência e o resultado da análise efectuada previamente à descarga encontra-se no Anexo 9, e evidencia a inexistência de contaminação dos efluentes descarregados. Salientamos que no decurso do presente ano só ocorreram duas situações desta natureza, tendo ambas ocorridos no mês de Janeiro (mês de maior pluviosidade).

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d) No que se refere aos valores de carga apresentados na Ficha FB2.3-B solicita-se o seu completo preenchimento indicando as monitorizações de todos os poluentes ou apresentação de outra metodologia na determinação dos valores, bem como confirmação dos valores apresentados em carga (kg/ano) e respectiva fundamentação Os pressupostos considerados para o preenchimento da FB 2.3-B, foram os mesmos que os explicitados na questão da alínea a). Deste modo, a justificação apresentada aplica-se igualmente a este caso especifico. Por lapso, a FB2.3-B do formulário enviado não identificava os valores obtidos com base na campanha efectuada para efeitos do reporte PRTR, uma vez que não foi feita a correspondência com a legenda apresentada. Esta situação foi corrigida e encontra-se incluída nas fichas rectificadas (Anexo 6).

e) Solicita-se o preenchimento do Quadro QB2.4 do Formulário PCIP referente às linhas de tratamento, já que estas linhas irão sofrer alteração. Sobre este aspecto solicita-se ainda a planta de implantação da linha de tratamento, com indicação das ligações entre os diversos órgãos de tratamento e ligações aos pontos de descarga O Quadro QB2.4 do formulário PCIP, que se encontra em anexo (Anexo 10), apresenta os processos que constituem o sistema de pré-tratamento da Refinaria, de acordo com a descrição feita no AN3.3 do formulário inicialmente entregue, relativa às melhorias processuais ao nível do pré-tratamento da instalação. No Anexo 11 apresenta-se o diagrama do sistema de pré-tratamento de efluentes.

f) Envio do projecto da linha de tratamento, apresentando o dimensionamento de

cada um dos órgãos do(s) sistema(s) de tratamento, em que sejam referidos critérios de dimensionamento, acompanhados dos respectivos desenhos dos órgãos (plantas e cortes ou catálogos), em escala adequada A informação agora disponibilizada corresponde à situação actual do projecto do sistema de pré-tratamento de efluentes, podendo este ser sujeito a algumas adaptações de acordo com o procurement de equipamentos que está a decorrer. Assim, poder-se-á indicar os dimensionamentos previstos para as seguintes alterações previstas no pré-tratamento dos efluentes gerados na Fábrica I, Fábrica II e Fábrica III (novas unidades): � capacidade total das bacias de tempestade está dimensionada para um total de

33 817 m3, sendo 25 000 m3 da nova bacia de tempestade (TE-V-60), 2 500 m3 do OP-V-61C existente e 6 317 m3 da nova bacia (TE-V-50) afecta à Fábrica III, que irá reter o efluente industrial correspondente a dois dias de laboração.

� capacidade da nova bacia de águas limpas, que irá recolher águas pluviais, está

dimensionada para 1 600 m3.

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O cálculo destas capacidades teve por base os valores de precipitação registados na Estação de Sines para um período de retorno de 30 anos. O revamping do sistema de pré-tratamento terá como objectivo melhorar o sistema actualmente existente e, simultaneamente, manter o nível de descarga correspondente à actual classe III estabelecida, pela ETAR de Ribeira de Moinhos, no âmbito do contrato RARISA. No Anexo 12 apresentam-se os diagramas P&I que incluem informação sobre dimensões e características da linha de tratamento. O quadro 4 apresenta a caracterização dos efluentes pré-tratados, previstos após o revamping, bem como os valores de emissão associados às MTD estabelecidos no documento de referência (BREF REF).

Quadro 4 – Qualidade dos efluentes pré-tratados – Refinaria de Sines versus valores de referência

Caracterização dos efluentes pré-tratados

BREF REF Parâmetros (mg/l) Após o revamping

Valor médio Valor máximo

pH 6 ≤ pH ≤ 9 7 10

Sulfuretos < 7 5 15

Fenóis < 15 12 40

CQO < 600 300 700

Óleos e gorduras < 35 40 100

Constata-se que a qualidade do efluente pré-tratado manter-se-á alinhado com os valores de emissão associados às MTD.

g) Por outro lado apesar de referido no PDA apresentado pela instalação no

âmbito da LA n.º 48/2007, que no que se refere às emissões para a água, não é possível efectuar uma análise da carga poluentes do efluente descarregado pela ETAR de Ribeira de Moinhos, por se tratar de uma mistura de efluentes industrial e urbano, a análise deverá ser efectuada mesmo nestas circunstâncias. Assim, na qualidade de instalação PCIP, o operador deverá assegurar que, independentemente do tratamento de efluentes ser realizado, na sua totalidade, na própria instalação, ou, complementado no exterior, a carga poluente final proveniente da instalação e descarregada no meio, se encontra em consonância com as metas estabelecidas no âmbito PCIP, associadas à adopção de Melhores Técnicas Disponíveis (MTD), traduzidas nomeadamente através da verificação dos valores de emissão associados (VEA) às MTD preconizados nos BREF, garantindo assim que, independentemente da descarga da instalação no meio ser do tipo directo ou indirecto, se mantém um nível elevado de desempenho ambiental relativamente a este descritor.

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Desta forma, verificando-se que no caso específico desta instalação as emissões para a água são do tipo indirecto, o operador deverá assegurar que o contrato firmado com a entidade terceira, gestora do sistema de recolha, drenagem e tratamento, que recebe os efluentes da instalação, prevê a disponibilização da informação necessária em sede de demonstração do cumprimento das condições de licenciamento estabelecidas, sempre que tal seja solicitado pelo operador a essa entidade. Tendo por base a informação a fornecer pela entidade terceira responsável pelo tratamento dos efluentes da instalação, bem como os resultados do autocontrolo de águas residuais efectuado no ponto ED1, e de forma a permitir avaliação sobre se o tratamento de efluentes realizado no exterior garante, por si só, que as metas estabelecidas no âmbito PCIP para a instalação são atingidas, ou se, pelo contrário, para se assegurar um nível de protecção do ambiente, no seu todo, equivalente, haverá necessidade de estabelecer VLE específicos no ponto ED1, deverá apresentar análise efectuada relativamente a esta matéria, incluindo designadamente:

• informação devidamente fundamentada sobre o tratamento de águas residuais efectuado na ETAR da Ribeira dos Moinhos e respectiva eficiência média de tratamento, discriminada por poluente;

• determinação devidamente fundamentada, atendendo nomeadamente

aos valores monitorizados no ponto ED1, à eficiência de tratamento da ETAR da Ribeira dos Moinhos e a outras condições eventualmente relevantes associadas ao funcionamento deste sistema de tratamento, sobre se a carga poluente final proveniente da instalação e descarregada no meio, se encontra em consonância com as metas estabelecidas no âmbito PCIP, associadas à adopção de MTD e traduzidas nomeadamente através da verificação dos VEA preconizados nos BREF;

• caso a situação referenciada no ponto anterior não seja verificada,

deverá ser apresentado um Plano contendo avaliação e calendarização de medidas propostas adoptar com vista à redução da carga poluente proveniente da instalação e afluente à ETAR da Ribeira dos Moinhos, analisando designadamente a implementação de medidas integradas nos processos, e/ou a implementação na instalação de sistemas adicionais de pré-tratamento de efluentes, prévios ao tratamento de fim-de-linha a efectuar na ETAR da Ribeira dos Moinhos.

No que respeita à carga poluente final do efluente descarregado pela ETAR de Ribeira de Moinhos, uma vez que se trata de mistura de efluente industrial com diversas origens (indústrias com diferentes características) e urbano, não é possível comparar os valores associados aos parâmetros com os VEA´s associados às MTD´s referenciadas (que correspondem apenas a efluente de refinarias). A Refinaria de Sines envia o seu efluente para tratamento cumprindo as condições estipuladas no respectivo regulamento (RARISA), garantido assim a manutenção da capacidade de tratamento dos órgãos da ETAR de Ribeira de Moinhos, e consequentemente, a qualidade do efluente final, descarregado no mar por esta entidade.

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Mais acrescentamos que, conforme solicitado na LA, já procedemos ao envio, para a AdSA, do requerimento necessário para realização de um contrato oficial entre as partes, onde será assegurado, por parte da entidade prestadora de serviços, o cumprimento das condições estabelecidas na licença. Aguardamos resposta por parte da AdSA. Entretanto, iremos solicitar a esta entidade que o futuro contrato preveja a obrigatoriedade de apresentação de resultados e demonstração do cumprimento das condições de licenciamento, sempre que tal seja solicitado pelo operador. A ETAR de Ribeira de Moinhos, actualmente gerida pela empresa AdSA, foi dimensionada para um caudal de 2 000 l/s, tendo sido apenas executada a 1ª fase com um caudal nominal de 500 l/s. Presentemente entram na ETAR em média, 150 l/s, cerca de 400 000 m3/mês. A Refinaria de Sines envia actualmente 56 l/s ou seja 145 500 m3/mês, o que corresponde a aproximadamente 37% do caudal afluente à ETAR. No que respeita a cargas de poluentes, a ETAR foi dimensionada para remover:

� 12 950 kg CBO5/dia, dos quais 378 kg/dia correspondem ao contributo da Refinaria de Sines;

� 1 160 kg Óleos & Gorduras/dia, dos quais 99 kg/dia correspondem ao contributo da Refinaria de Sines.

Na figura seguinte é apresentado o Diagrama de Processo da ETAR de Ribeira de Moinho, conforme se encontra actualmente em funcionamento.

FIG. 1 – Diagrama de Processo da ETAR de Ribeira de Moinhos

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A Água Residual (AR) tratada na ETAR da Ribeira de Moinhos é lançada, por gravidade, no mar, através de um Emissário Submarino. Este Emissário Submarino, em funcionamento desde 1986, representa o complemento do tratamento efectuado na ETAR, sendo o tratamento global das águas residuais afluentes ao Subsistema AR constituído por duas peças que se complementam: a ETAR e o Emissário Submarino. No quadro seguinte é apresentado a gama de eficiência do tratamento efectuado pela ETAR, com e sem emissário:

Quadro 5 – Características da Eficiências do Tratamento

De uma forma global, é possível verificar que a ETAR possui uma eficiência de tratamento que ronda os 63%, e que em conjunto com o emissário submarino esse valor ascende para os 93%. Do estudo efectuado pela AdSA em conjunto com IST e com o IPIMAR, com o apoio da CCDR-A, concluiu-se que a descarga do efluente tratado pela ETAR de Ribeira de Moinhos não altera a generalidade das concentrações no meio receptor, não existindo uma diminuição da qualidade do meio. Tendo em consideração toda a informação acima exposta, nomeadamente:

� a eficiência do tratamento da ETAR para cada parâmetro;

� as concentrações de poluentes à saída do pré-tratamento existente na Refinaria;

� o impacto pouco significativo que a descarga do efluente tratado tem no meio,

não se considera necessária a apresentação de um plano contendo avaliação e calendarização de medidas propostas adoptar com vista à redução da carga poluente proveniente da instalação e afluente à ETAR da Ribeira dos Moinhos. Toda a informação referente à ETAR da AdSA constante neste ponto foi extraída de uma apresentação cedida por esta entidade, que pode ser consultada na íntegra no Anexo 13.

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3. Relativamente à parte B3 do Formulário PCIP (Emissões para a Atmosfera):

a) Para as novas fontes pontuais a construir associadas às novas unidades de Hydrocracker (HC) e de produção de Hidrogénio (HR), deverá ser apresentada demonstração clara em como o parâmetro Dióxido de Enxofre, se encontra dentro da gama de valores estabelecidos no BREF Reference Documento on Best Available Techniques for Mineral Oil and Gas Refineries (REF), nomeadamente dentro da gama estabelecida no capítulo 10, referente ao Sistema de Energia, aplicado a caldeiras, fornalhas e turbinas a gás (5-20 mg/Nm3). Sobre este aspecto e caso haja dificuldades em atingir estes valores deverá ser adicionalmente apresentado estudo evidenciando as acções de optimização de exploração das técnicas/tecnologias já implementadas, bem como as eventuais dificuldades, técnicas, de operação, de natureza económica (custo eficácia), ou outras, que limitem o desempenho das técnicas já implementadas ou a implementar. Atendendo à actual fase de implementação do regime PCIP, com o período de adaptação previsto para as instalações existentes já ultrapassado, aproveita-se uma vez mais para salientar a importância de para os casos com enquadramento nesta alínea o operador apresentar a devida fundamentação que justifique a situação específica em causa, apresentando simultaneamente calendarização das acções de melhoria contínua previstas realizar com vista ao alcance de valores de desempenho da instalação em consonância com o previsto no âmbito do regime PCIP. Por outro lado, no que se refere às instalações novas e alterações significativas de instalações existentes, salienta-se que a adopção das MTD é aspecto que se espera seja tomado em consideração desde o início da concepção desses projectos, permitindo o alcance dos valores de emissões e consumos preconizados nos BREF como associados ao uso de MTD (VEA ou BAT AEL) desde o arranque do seu funcionamento. À semelhança do que já foi exposto em comunicações anteriores, é considerado no sector e por diferentes Estados Membros (por exemplo Reino Unido, Espanha e Alemanha), que as MTD’s mais eficazes, no sentido da redução das emissões de SO2 nas refinarias, e correspondentes ao ponto de equilíbrio óptimo custo-benefício, são a implementação de medidas primárias e a gestão adequada do teor de enxofre nas matérias primas utilizadas. Uma das medidas mais eficazes na redução das emissões de SO2, pela ausência de efeitos multi-meios negativos (cross-media effects), é a adopção de medidas de gestão dos blendings de combustíveis utilizados, através do mix de componentes com teores de enxofre muito variados. Razão pela qual é prevista a introdução de gás natural no mix de combustível utilizado na Refinaria, nomeadamente, na alimentação da nova fornalha. Na maioria das refinarias europeias é aplicado o conceito de Bolha (bubble concept), em detrimento da aplicação de VLE’s por fonte. Este conceito é referenciado nas BREF’s como uma das opções possíveis, e vem ao encontro do definido na Directiva n.º 1999/32/CE, de 26 de Abril, transposta para o Direito Português pelo Decreto Lei n.º 281/2000, de 10 de Novembro.

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Este conceito permite uma gestão integrada do mix de combustíveis existente, simultaneamente com um perfil de produção optimizado. Este aspecto é particularmente importante, quando as exigências de qualidade dos produtos colocados no mercado são cada vez maiores, e a produção de combustíveis com baixo teor de enxofre obriga a mais tratamento das fracções do Petróleo Bruto, aumentando os consumos internos de componentes com maior teor de enxofre, que não podem ser comercializados, pois exigiriam níveis de conversão profunda, com investimentos economicamente inviáveis. Por outro lado, a potência térmica das fornalhas processuais torna-se factor chave na decisão de implementação de medidas secundárias, face ao contributo reduzido destes equipamentos no cômputo geral das emissões de SO2 da Refinaria. Por fim, considerando os intervalos de VEA’s mencionados (5 – 20 mg/Nm3), é importante destacar o seguinte:

• O intervalo apresentado é referenciado no Capítulo 5 da BREF - Mineral Oil and Gas Refineries - como valores atingíveis com implementação de medidas secundárias (“hydrodesulphurising” e “flue gas desulphurisation”);

• A indústria considera que o limite a estabelecer deverá ter em conta as condições

de disponibilidade de combustíveis e a exequibilidade da implementação de tratamentos secundários dos combustíveis;

• A Comissão, face às divergências verificadas, reconhece:

“In many cases, achieving the lower end of this range would incur costs and cause other environmental effects which outweigh the environmental

benefit of the lower sulphur dioxide emission (reference in Section 4.10.2.3). A driver towards the lower end could be the national emission ceiling for sulphur dioxide as fixed in Directive 2001/81/EC on national emission ceilings for certain atmospheric pollutants or if the installation is located in a sulphur sensitive area.” (BREF Mineral Oil and Gas Refineries, pag. 409).

Desta forma e considerando que no projecto em causa é necessário ter em conta a integração de novas unidades no complexo existente, nomeadamente, no que respeita:

• à qualidade do fuel gás existente, o qual terá que ser sempre consumido, e • a inviabilidade de implementação de sistemas de “flue gas desulphurisation”.

As novas fornalhas associadas à unidade de Hydrocracker e a fornalha da unidade de Hidrogénio, bem como os respectivos valores de emissão atingíveis (50 mg/Nm3 de SO2) foram dimensionados e preconizados de acordo com as restrições existentes, bem como as medidas referidas nas Melhores Tecnologias Disponíveis (MTD 4.10.3.1). Face à qualidade de fuel gás existente na Refinaria, em termos de teor de enxofre, e a proporção possível de consumo de gás natural que varia em função do fuel gás produzido, sendo possível assegurar garantidamente valores da ordem de 50 mg/Nm3. Apesar do acima exposto, após entrada em funcionamento das novas unidades e estabilização das mesmas, será avaliada a possibilidade do cumprimento de emissões com valores inferiores a 50 mg/Nm3, sendo possível efectuar futuramente uma reavaliação das condições de funcionamento.

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b) No que se refere à nova fonte pontual associada à nova Unidade de Recuperação de Enxofre (SRU III), deverá ser apresentada demonstração clara do cumprimento dos valores de Emissão Associados (VEA) preconizados no BREF REF à saída desta fonte pontual em particular para o poluente SO2. De facto, verifica-se que as emissões de SO2 se encontram fora da gama indicada neste Documento e atendendo a que a nova unidade de enxofre irá utilizar um sistema de tratamento SCOT com uma capacidade de recuperação de enxofre de 99,5%, solicita-se clarificação sobre os aspectos que levam ao não cumprimento do VEA associado ao poluente SO2. Assim, deverá ser apresentada uma fundamentação clara de como prevê/poderá atingir os valores preconizados no BREF REF A nova Unidade de Recuperação de Enxofre (SRU III) e o sistema de tratamento de Tail Gas correspondem a medidas que visam a adaptação da Refinaria ao preconizado na BREF do sector de Refinação, introduzindo consequentemente as seguintes medidas de melhoria:

• A configuração da unidade terá capacidade suficiente para processar o gás ácido. Saliente-se ainda que as três unidades da Refinaria terão capacidade total suficiente para cobrir todos os cenários de operação, incluindo o processamento de crudes sour (com elevado teor de enxofre);

• A unidade terá um sistema de tratamento (“tail gas” – SCOTT) de gás efluente que permitirá atingir uma capacidade de recuperação de enxofre de 99,5%.

Por outro lado, salienta-se que o parâmetro SO2 não deverá ser utilizado na avaliação do desempenho das Unidades de Recuperação de Enxofre e respectivo tratamento de “Tail Gas”, mas sim a eficiência de recuperação de enxofre global e o valor de emissão de H2S em cada fonte fixa de emissão. O sistema de Tratamento de “Tail Gas” a implementar corresponde à melhor tecnologia disponível e actualmente conhecida para este tipo de unidades de recuperação de enxofre, podendo atingir um nível de eficiência entre 99,5 e 99,9%. No caso deste projecto e para efeitos de avaliação de impactes, foi considerado o limite inferior desta gama de eficiência, optando assim pelo cenário mais conservativo. Acresce-se que, o nível de eficiência garantido pelo licenciador é maior ou igual a 99,5%. A nova Unidade de Recuperação de Enxofre (SRU III) terá uma capacidade de produção de enxofre de 135 t/dia, pelo que emitirá para a atmosfera aproximadamente 0,675 t/dia de enxofre, que equivale a 1,35 t/dia de SO2 para a atmosfera, considerando uma eficiência de 99,5%. Estas emissões correspondem a uma concentração de a 2424 mg/Nm3 no gás de combustão enviado para chaminé da unidade.

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c) Da análise do Relatório Ambiental Anual referente a 2007 e solicitado no âmbito da Licença Ambiental n.º 48/2007, atendendo a que os valores observados para as monitorizações das fontes FF6 e FF7 a FF11 (códigos da LA n.º 48/2007) dos parâmetros SO2 e partículas se encontram abaixo do limite inferior do BREF Reference Document on Best Available Techniques for Mineral Oil and Gas Refineries BREF Refinaria de Petróleo e Gás- BREF REF, Comissão Europeia (JOC 40, de 19 Fevereiro de 2003), solicita-se V/ avaliação sobre a possibilidade de considerar os limites inferiores do BREF REF como Valores Limite de Emissão ou a indicação de um valor intermédio na gama de valores apresentada È de referir que as fontes FF9 e FF10 não podem ser tidas em consideração para a análise acima solicitada, uma vez que queimam um combustível diferente das restantes – gasóleo, em vez de FG. Deste modo, assumimos que se mantêm os VLE’s anteriormente estipuladas para ambas as fontes, por queimarem combustível líquido. Sublinhamos ainda que, por serem unidades recentes, não existe ainda um histórico consistente de valores que permita uma análise fiável na perspectiva de diminuição do actual VLE. Relativamente aos VLE propostos (neste ponto e seguinte), não se considera plausível aplicar VLE distintos ao conjunto das fontes FF6, FF7, FF8 e FF11 e ao conjunto das fontes FF2 a FF4, uma vez que as fornalhas associadas a estas unidades queimam o mesmo combustível (fuel gás) e possuem características semelhantes ao nível da queima. Face ao histórico existente para as fontes FF6, FF7, FF8 e FF11, considera-se coerente a aplicação progressiva de VLE intermédios a fim de aproximar os mesmos ao limite superior da gama de VEA referenciados na BREF REF. No entanto, realçamos uma vez mais que estes VEA dizem respeito a valores médios diários, pelo que não deverão ser equiparados a valores de emissão em contínuo. Por outro lado, os VEA referenciados no capítulo V da BREF correspondem a valores atingíveis com combinações de diferentes MTD, sendo em muitos casos incompatíveis com a instalação existente. Tendo em consideração estes dois aspectos, a própria revisão da BREF tem na sua agenda a redefinição dos pressupostos subjacentes à definição de VEA. Tendo em conta as alterações que serão introduzidas pelo Projecto de Conversão, nomeadamente ao nível da composição e disponibilidade do FG da Refinaria, propõem-se os seguintes VLE para o cumprimento até à fase de arranque e estabilização das novas unidades, altura em que será possível efectuar uma reavaliação dos mesmos:

� VLE para SO2 – 850 mg/Nm3;

� VLE para Partículas – 50 mg/Nm3.

Relativamente às emissões de NOx, as fornalhas associadas a estas fontes possuem queimadores de baixo NOx, estando assim alinhadas com as MTD. No entanto, pelo facto de se tratar de equipamentos existentes, a eficácia da implementação deste tipo de queimadores (Low NOx), faz com que os níveis atingíveis sejam diferentes dos referenciados para novas instalações. Realça-se que, apenas é possível atingir valores da ordem das 150 mg/Nm3 em novas fornalhas processuais a gás, projectadas de raiz, com design óptimo.

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Face ao exposto, e tendo em consideração as tecnologias implementadas, as restrições técnicas associadas e as características dos combustíveis disponíveis, os valores de emissão passíveis de cumprimento para o poluente de NOx correspondem a 250 mg/Nm3. Apesar do acima exposto, só após alteração da composição do combustível, resultante do projecto de conversão da refinaria, e obtenção de um novo histórico robusto destas fontes, poderá ser avaliada a possibilidade de cumprimento de emissões com valores inferiores aos acima propostos.

d) Relativamente às fontes FF2 e FF4 solicita-se avaliação por parte do operador, face ao histórico da instalação, da possibilidade da instalação cumprir os seguintes valores de emissão: 20 mg/Nm3 para partículas, 850 mg/Nm3 para SO2 e 150 mg/Nm3 para NOx Face ao exposto na alínea anterior, considera-se que a justificação acima apresentada é totalmente extensível às fontes FF2 a FF4, bem como os VLE acima propostos para os poluentes de SO2, NOx e Partículas. Resumindo, consideram-se coerentes os seguintes VLE para as fontes em questão (FF6, FF7, FF8 e FF11 e FF2 a FF4):

Poluente VLE (mg/Nm3)

SO2 850

NOx 250

Partículas 50

e) E no que se refere à altura das fonte pontuais da dessulfuração de gasóleo HG-H1, Alquilação AL-H1 e purificação de hidrogénio HI-H1, deverá o operador esclarecer se foram efectuadas as intervenções solicitadas no âmbito da Licença Ambiental n.º 48/2007, já que os valores indicados no Quadro IV.18 do Capítulo IV, do estudo de EIA indicam alturas que não se encontram de acordo o estipulado no ponto 3.1.5.2 da referida LA Apesar dos esforços levados a cabo pela Refinaria relativamente a este assunto, não foram efectuadas quaisquer alterações ao nível das fontes pontuais mencionadas. Conforme referido no RAA 2007, a Refinaria de Sines efectuou um concurso externo para o estudo das alterações das alturas das chaminés identificadas na LA. Contudo, todas as empresas consultadas declinaram o trabalho em consulta. Esta situação deveu-se, sobretudo, ao facto de as alterações necessárias ao aumento da altura das chaminés passarem por alterações estruturais no equipamento. É importante referir que estas alterações poderão não ser compatíveis com o correcto funcionamento das unidades, requerendo estudos de pormenor muito exaustivos (engenharias de detalhe), e cujas soluções poderão não ser viáveis e/ou tecnicamente exequíveis.

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No que respeita à chaminé da unidade de Alquilação (FF5), e conforme comunicado aos vossos serviços via e-mail, foi corrigida a altura teórica da mesma, face ao obstáculo AL-V16. Os cálculos anteriores tinham sido realizados para uma situação mais desfavorável, considerando toda a coluna com o mesmo diâmetro, o que não representa a realidade. Assim, a altura teórica foi reavaliada tomando em consideração os diversos diâmetros da coluna, chegando-se à conclusão que a partir do diâmetro de cerca de 1.9 m, deixa de ser obstáculo. Em anexo (Anexo 14) enviamos os cálculos efectuados, para vossa análise e aprovação (relatório elaborado pela área de Tecnologia da RS). Posto isto, foi solicitado à APA que revisse a necessidade de alterar as alturas das referidas chaminés, conforme disposto na LA n.º48/2007, uma vez que se prevê que os benefícios ambientais resultantes destas alterações não serão expressivos face ao custo e complexidade técnica associados a um projecto desta dimensão.

f) No que se refere ao posto de redução de pressão e medição de gás natural, solicitam-se esclarecimentos sobre se as características deste posto se mantêm, face ao apresentado a esta Agência para validação (V/ carta ref.ª DRS-09/2008, de 2008.04.07. Caso se trate do mesmo posto e de forma a ser possível uma completa avaliação da questão por parte desta Agência solicita resposta ao n/ ofício ref.ª 1262/08/DALA-CIP/128-1.2, sobre esta matéria Em resposta ao vosso ofício ref.ª 1262/08/DALA-CIP/128-1.2, seguem no Anexo 15 as informações obtidas por parte da empresa fornecedora do posto de redução da pressão, onde consta não só a justificação técnica para o uso de um “chapéu” no topo da chaminé, como também da altura da mesma, tendo por base as emissões consideradas típicas para a instalação (que poderá ser variável consoante a composição do gás utilizado).

4. Relativamente à qualidade da água subterrânea solicita-se indicação sobre a

eventual colocação de piezómetros nos locais onde irão ocorrer intervenções. Sobre este aspecto solicita-se descrição desta rede de monitorização com indicação das características dos equipamentos instalados, localização (apresentação de planta a escala adequada) e quantidade de equipamentos instalados No que respeita à protecção de solos e águas subterrâneas, a Refinaria de Sines manterá a mesma filosofia de controlo e minimização de impactes das suas actividades nos referidos descritores. Deste modo, a Refinaria prevê a extensão da actual rede de monitorização, no entanto, à data ainda não se encontra definido o número exacto de pontos de controlo que serão implementados, nem a sua localização. Efectivamente, o número de piezómetros a instalar, bem como a sua localização (que abrangerá sempre as áreas próximas às zonas de implantação das novas unidades processuais e tanques de armazenagem) será estabelecida aquando da execução do projecto.

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O operador garante que a implementação de novos pontos de controlo permitirá um controlo periódico (semestral) e directo da qualidade das águas subterrâneas. No que respeita às características dos equipamentos a instalar, e tendo em consideração o que já foi preconizado na Refinaria de Sines, prevê-se que: - os novos furos sejam executados até ao bedrock ou até a uma profundidade

abaixo do nível freático entre 3 a 15 metros consoante a forma de intersecção do aquífero que venha a ser projectada no âmbito do estudo hidrogeológico;

- a zona superior dos piezómetros será constituída por tubo cego envolto em argamassa bentonítica para evitar a entrada de águas de escorrência das chuvas ou outras superficiais na câmara piezométrica;

- o espaço anelar será preenchido com areão de 2 a 4 mm de granolumetria;

- os piezómetros terão um diâmetro entre 2” a 4”, sendo selados com tampa roscada.

Após a instalação dos novos piezómetros, será enviada à APA a planta actualizada da rede de piezómetros da Refinaria.

5. Apresentação de novo Resumo Não Técnico (RNT), dado o apresentado

constituir o documento elaborado para dar resposta ao solicitado no âmbito do Estudo de Impacte Ambiental. O documento a apresentar no âmbito do pedido de Licença Ambiental deverá facilitar a consulta do processo pelo público interessado, devendo dar resposta aos itens incluídos no ponto B8.1 do Formulário PCIP, salientando-se a necessidade de apresentação de diagrama de processo para o projecto de alterações com a identificação das emissões para os vários meios (ar, água, resíduos e ruído), assim como a identificação e memória descritiva sucinta dos sistemas de redução de emissões previstos e respectivos efeitos. O Resumo Não Técnico, integrando as reformulações solicitadas, é apresentado num volume individual, entregue juntamente com os presentes esclarecimentos.

Page 23: Elementos Adicionais LA Ref sines - ccdr-a.gov.pt · alteração substancial da instalação (Projectos de Conversão e Loteamento da Refinaria de Sines), a Agência Portuguesa do

PROJECTOS DE CONVERSÃO E LOTEAMENTO DA REFINARIA DE SINES

LICENÇA AMBIENTAL

ELEMENTOS ADICIONAIS

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6. Através do envio de relatório de inspecção n.º 86/2008 a esta Agência, pela Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território, identificou-se a existência de instalações de armazenagem subterrâneas de GPL e respectivos equipamentos de superfície, da responsabilidade da Sigás - Armazenagem de Gás, ACE. Sobre este aspecto solicita-se esclarecimento sobre se esta actividade possui alguma relação técnica com a Refinaria de Sines, nomeadamente ao nível de utilidades ou serviços comuns, tais como abastecimento de água, gestão de águas residuais e de resíduos de forma a averiguar da necessidade de ser esta armazenagem integrada na licença da Refinaria de Sines A Petrogal, Petróleos de Portugal tem uma participação em 60% da Sigás - Armazenagem de Gás, ACE, no entanto, esclarece-se que esta última possui procedimentos de gestão de segurança e ambiente autónomos, sem que haja interdependência com a Refinaria de Sines. Em nosso entender, esta questão deverá ser abordada tendo por base o mesmo principio que a APA exigiu que fosse aplicado no âmbito do Decreto-Lei n.º 254/2007 de 12 de Julho, onde reconhece que a Sigás constitui uma instalação industrial independente da Refinaria de Sines.