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Elekeiroz S.A. Demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com o IFRS em 31 de dezembro de 2011

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Elekeiroz S.A. Demonstrações contábeis

de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com o IFRS em

31 de dezembro de 2011

ELEKEIROZ S.A. CNPJ 13.788.120/0001-47 Companhia Aberta NIRE 35300323971

ATA SUMÁRIA DA REUNIÃO DA DIRETORIA

REALIZADA EM 14 DE FEVEREIRO DE 2012

DATA, HORA E LOCAL: Em 14 de fevereiro de 2012, às 14:00 horas, na Av. Paulista, 1938 – 5º andar –

Sala DIR-1, em São Paulo (SP).

PRESIDENTE: Reinaldo Rubbi.

QUORUM: A totalidade dos membros eleitos.

DELIBERAÇÃO TOMADA POR UNANIMIDADE: Após exame das demonstrações financeiras referentes ao

exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011, bem como do relatório sem ressalvas da

PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, a Diretoria deliberou, por unanimidade e em

observância às disposições dos Incisos V e VI do Artigo 25 da Instrução nº 480/09, da Comissão de

Valores Mobiliários, declarar que:

a) reviu, discutiu e concorda com as opiniões expressas no relatório emitido pela

PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes; e

b) reviu, discutiu e concorda com as demonstrações financeiras relativas ao exercício social

encerrado em 31 de dezembro de 2011.

ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar e ninguém desejando manifestar-se, encerraram-se os

trabalhos, lavrando-se esta ata que, lida e aprovada, foi por todos assinada. São Paulo (SP), 14 de

fevereiro de 2012. (aa) Reinaldo Rubbi – Diretor Presidente; Carlos Calvo Sanz e Ricardo José Baraldi –

Diretores.

REINALDO RUBBI Diretor de Relações com Investidores

RELATÓRIO DOS ADMINISTRADORES

EXERCÍCIO DE 2011

CENÁRIO SETORIAL

Segundo a ABIQUIM (Associação Brasileira da Indústria Química), o consumo aparente brasileiro de

químicos de uso industrial cresceu 9,7% em 2011, porém, o crescimento desse consumo foi,

preponderantemente, atendido por importações. A participação das importações no atendimento a esse

consumo alcançou 34,1% em 2011, contra 29,8% em 2010.

A menor demanda nos mercados dos países desenvolvidos, a interrupção no fornecimento de energia

elétrica ocorrida em fevereiro no Polo Petroquímico de Camaçari/BA, a valorização do real, e os

incentivos fiscais às importações dados por alguns Estados, tornaram o Brasil um destino preferencial

para a venda dos excedentes da produção mundial.

Em consequência, o déficit da balança comercial do setor químico cresceu impressionantes 28,3% em

relação a 2010, atingindo US$ 26,5 bilhões, um novo recorde histórico.

Em 2011, o segmento dos produtos químicos de uso industrial, no qual a empresa está inserida,

apresentou redução de 4% nas vendas internas e de 3,8% na produção.

Em função do aumento dos preços dos insumos, o aumento médio de 14,6% nos preços internos

manteve as margens pressionadas ao longo de 2011.

OPERAÇÕES DA EMPRESA

O ano de 2011 para a empresa ficou marcado por eventos extraordinários que prejudicaram a produção

e, consequentemente, as expedições, sendo eles: a inesperada interrupção do fornecimento de energia

elétrica ocorrida no início de fevereiro em Camaçari/BA e o subsequente abastecimento irregular de

matérias-primas para todo o Polo; as paradas programadas de manutenção das plantas de anidrido

maleico, formol e sulfúrico em Várzea Paulista/SP e de alcoóis e anidrido ftálico em Camaçari; e,

finalmente, problemas financeiros com uma das empresas contratadas para serviços de manutenção das

unidades de alcoóis em Camaçari, que atrasaram a volta da produção regular.

A expedição total da empresa, prejudicada pelas atípicas ocorrências, foi de 442,8 mil t, com redução de

7% em relação a 2010. Os produtos orgânicos recuaram 11,7% e os produtos inorgânicos ficaram

praticamente estáveis, com decréscimo de 0,7%.

No total dos produtos orgânicos e inorgânicos, as expedições para o mercado interno foram priorizadas,

apresentando queda de 1 % contra a redução nas exportações, de 46%.

Expedição (mil t) 2011 A.V. 2010 A.V. 11 / 10

Total Empresa 442,8 100% 473,8 100% -7%

Mercado Interno 411,2 93% 415,6 88% -1%

Orgânicos 190,2 43% 192,9 41% -1%

Inorgânicos e Revenda 221,0 50% 222,7 47% -1%

Mercado Externo 31,6 7% 58,2 12% -46%

Orgânicos 31,6 7% 58,2 12% -46%

DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

O desempenho econômico financeiro foi afetado pelos eventos extraordinários reportados. A Receita

Líquida de 2011 totalizou R$ 776,7 milhões, com queda de 8,7% em relação ao ano anterior (queda de

1,0% no mercado interno e de 41,3% nas exportações). A relação entre o total exportado e a receita

líquida, que em 2010 alcançara 19%, foi reduzida para 12% em 2011.

Em 2011, o Lucro Líquido foi de R$ 14,8 milhões, o EBITDA de R$ 29,9 milhões (*) e a Margem EBITDA de

3,9%. Em 2010, o Lucro Líquido fora de R$ 45,2 milhões, o EBITDA de R$ 87,7 milhões e a Margem

EBITDA de 10,3%.

O endividamento junto às instituições financeiras continuou reduzido, sendo de R$ 65,8 milhões, em 31

de dezembro de 2011, equivalentes a 14% do Patrimônio Líquido.

(*) EBITDA: Calculado pelo lucro (prejuízo) operacional antes do resultado financeiro e da equivalência patrimonial, acrescido da distribuição de

lucros (participação de funcionários e administradores), das depreciações/amortizações e do valor residual dos ativos baixados.

GESTÃO ESTRATÉGICA E SUSTENTABILIDADE

Investimentos

No ano foram investidos R$ 63,5 milhões, com destaques para o projeto de ampliação de 70% na

capacidade de produção de ácido 2-etil hexanoico, que partiu ao final de dezembro, para a ampliação de

20% da unidade de gás oxo, tornando a empresa autossuficiente na produção desta importante matéria-

prima para os alcoóis, para as paradas programadas de manutenção das unidades anteriormente citadas,

além dos programas de aumento de produtividade, segurança e preservação do meio ambiente.

Cabe ressaltar também os investimentos realizados no desenvolvimento de um novo plastificante, o

Plastek 81, lançado em novembro na 12ª ABRAFATI (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas),

plastificante esse que emprega em sua formulação matéria-prima de fonte renovável, possuindo

excelente desempenho para aplicação em calçados, brinquedos, laminados, e outras.

Responsabilidade Socioambiental

O sistema de coleta e recuperação de gás carbônico para venda a terceiros, que entrou em operação no

3º trimestre de 2010 no site de Camaçari, foi o responsável pela redução da emissão de 4.924 t de CO2

para a atmosfera durante todo o exercício.

Em comemoração ao Ano Internacional da Química, a ABIQUIM e as empresas a ela associadas

realizaram várias ações nas áreas de educação e pesquisa com o objetivo de enfatizar a importância da

química para a sociedade. Uma das ações patrocinadas pela empresa foi a exposição “Química para um

mundo melhor” na estação Ciência da USP. A empresa patrocinou a visita de funcionários e familiares e,

também, de 144 aprendizes da Associação de Educação do Homem de Amanhã de Várzea Paulista a essa

exposição. Patrocinou ainda a distribuição de 5000 Cartilhas “Onde está a Química” para os funcionários

e escolas das comunidades de Várzea Paulista e Camaçari.

A empresa tem todas as suas linhas de produção e produtos certificados pela ISO 9001 e pratica o

Programa de Atuação Responsável do International Council of Chemical Associations administrado no

Brasil pela ABIQUIM.

Prêmios e Reconhecimentos

Winner JEC 2011 – A empresa MVC Soluções em Plásticos, cliente de resinas da Elekeiroz, ganhou essa

premiação durante a Jornada Europeia de Compósitos (JEC), realizada anualmente em Paris, e que é

referência mundial no mercado de compósitos. Foi premiado o projeto de painéis de revestimentos

feitos para o novo aeroporto de Carrasco, no Uruguai, que utilizou a nova linha de resinas Biopoli,

produzida com fontes renováveis. A Elekeiroz foi citada durante a premiação como um dos parceiros da

MVC que contribuíram para esse reconhecimento. Vale ressaltar que as resinas da família BIOPOLI,

lançadas ao final de 2010, já representam cerca de 30% do volume vendido deste produto.

Recursos Humanos

Ao final de dezembro de 2011 a empresa contava com 796 funcionários. O total desembolsado durante o

ano foi de R$ 75,5 milhões em salários, encargos sociais, alimentação no trabalho, cestas básicas,

transporte, assistência médica, seguros, plano de aposentadoria complementar e em 63.012 horas de

treinamento.

GOVERNANÇA CORPORATIVA

Em continuidade ao processo de aprimoramento da sua governança corporativa, em 2011, foram

aprovadas as políticas de Seleção dos Membros do Conselho de Administração, que define as

competências, qualificações e conhecimentos necessários para a seleção dos seus membros, e a Política

de Remuneração Variável dos Membros do Conselho de Administração e Diretoria, que vincula a

remuneração variável estatutária destes órgãos ao cumprimento não só de metas relativas ao

desempenho econômico-financeiro, mas também ao de metas sociais e ambientais da Companhia.

Os três Comitês de Assessoramento do Conselho - Pessoas, Estratégia e o de Governança e Riscos,

coordenados por conselheiros independentes, realizaram todas as reuniões programadas ao longo de

2011 para tratar dos assuntos a eles pertinentes, contribuindo na elaboração de análises e propostas

que auxiliaram o Conselho em suas deliberações.

DIVIDENDOS

Em fato relevante publicado em 27 de junho de 2011, o Conselho de Administração deliberou, ad

referendum da Assembleia Geral dos Acionistas, antecipar a distribuição de dividendos por conta dos

resultados de 2011, sob forma de juros sobre o capital próprio (JCP), no valor bruto de R$ 0,12 por ação,

ou R$ 0,102, descontado o IRF. Em reunião de 14 de fevereiro de 2012, o Conselho deliberou, em adição

e ad referendum da AGO, a distribuição aos acionistas de dividendos de R$ 0,01079 por ação.

INSTRUÇÃO CVM 381

A PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes prestou somente serviços de auditoria para a

empresa em 2011.

AGRADECIMENTOS

Os Administradores agradecem a confiança depositada pelos acionistas na sua gestão, e ao apoio dos

funcionários, clientes, fornecedores, prestadores de serviços, instituições financeiras e comunidades que

interagimos na obtenção dos resultados alcançados.

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações contábeis

Aos Administradores e Acionistas Elekeiroz S.A. Examinamos as demonstrações contábeis individuais da Elekeiroz S.A. (a "Companhia" ou

"Controladora") que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2011 e as respectivas

demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos

de caixa para o exercício findo nessa data, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as

demais notas explicativas.

Examinamos também as demonstrações contábeis consolidadas da Elekeiroz S.A. e sua controlada

("Consolidado") que compreendem as demonstrações consolidadas do resultado, do resultado

abrangente e dos fluxos de caixa para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011, assim como o

resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas.

Responsabilidade da administração sobre as demonstrações contábeis

A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas

demonstrações contábeis individuais de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e dessas

demonstrações contábeis consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro

(IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as práticas contábeis adotadas no

Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a

elaboração dessas demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se

causada por fraude ou por erro.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base

em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas

normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelo auditor e que a auditoria seja planejada e

executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres

de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a

respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos

selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção

relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou por erro.

Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e

adequada apresentação das demonstrações contábeis da Companhia para planejar os procedimentos de

auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia

desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das

políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem

como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa

opinião.

Opinião sobre as demonstrações contábeis individuais

Em nossa opinião, as demonstrações contábeis individuais acima referidas apresentam adequadamente,

em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Elekeiroz S.A. em 31 de dezembro

de 2011, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de

acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Opinião sobre as demonstrações contábeis consolidadas

Em nossa opinião, as demonstrações contábeis consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados da Elekeiroz S.A. e sua controlada em 31 de dezembro de 2011 de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International

Accounting Standards Board (IASB) e as práticas contábeis adotadas no Brasil. Ênfase

Conforme descrito na Nota 2.1(b), as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. No caso da Elekeiroz S.A., essas práticas diferem das IFRS, aplicável às demonstrações financeiras separadas, somente no que se refere à avaliação do investimento em controlada pelo método de equivalência patrimonial, uma vez que para fins de IFRS seria custo ou valor justo. Nossa opinião não está ressalvada em função desse assunto.

Outros assuntos Informação suplementar - demonstrações do valor adicionado

Examinamos também as demonstrações individuais e consolidadas do valor adicionado (DVA), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011, preparadas sob a responsabilidade da administração da Companhia, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, e como informação suplementar pelas IFRS que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Auditoria dos valores correspondentes ao exercício anterior O exame das demonstrações contábeis individuais e consolidadas do exercício findo em 31 de dezembro de 2010, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram relatório de auditoria, com data de 22 de fevereiro de 2011, sem ressalvas. Campinas, 14 de fevereiro de 2012 PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 Francisco José Pinto Fagundes Contador CRC 1MG054755/O-4 “S” SP

Balanços patrimoniais

Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

Controladora Consolidado Controladora Consolidado

Ativo Nota 31 de dezembro

de 2011 31 de dezembro

de 2010 31 de dezembro

de 2010 Passivo e patrimônio líquido Nota 31 de dezembro

de 2011 31 de dezembro

de 2010

31 de dezembro de

2010

A Circulante Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 6 35.549 88.326 88.327 Fornecedores 14 44.778 33.322 33.322 Investimentos mantidos até o vencimento 6 1.190 Empréstimos e financiamentos 15 29.120 32.968 32.968 Ativos financeiros disponíveis para venda 6 1.603 Obrigações com pessoal 14 8.950 6.297 6.297 Contas a receber de clientes 7 154.240 142.417 142.417 Outras contas a pagar 14 4.541 4.314 3.642 Estoques 8 100.023 79.638 79.638 Impostos e contribuições a pagar 3.272 5.624 5.624

Outras contas a receber 11 1.792 11.100 11.100 Dividendos e participações a empregados e administradores 16 2.310 11.753 11.753

Tributos a recuperar 9 25.269 24.962 24.962 Despesas antecipadas 404 671 671 Total do circulante 92.971 94.278 93.606

A Total do circulante 320.070 347.114 347.115 Não circulante

A Empréstimos e financiamentos 15 36.712 11.234 11.234 Não circulante Impostos e contribuições a pagar 17 22.226 22.390 22.390 A Provisão para contingências 18 19.658 35.748 35.748

Realizável a Longo Prazo: Mútuo com controlada 399 Contas a receber de clientes 7 1.864 Outras contas a pagar 14 417 Outras contas a receber 11 12.683 11.445 11.445 Tributos diferidos 10 4.849 3.250 3.250

Tributos a recuperar 9 21.003 20.159 20.159 Tributos diferidos 10 43.004 36.757 36.757 Total do não circulante 83.862 73.021 72.622

A 78.554 68.361 68.361 Total do passivo 176.833 167.299 166.228

Investimentos 12 8.639 8.416 7.344 Imobilizado 13 245.800 208.647 208.647 Patrimônio líquido Intangível 474 678 678 Capital social 19 320.000 220.000 220.000

A Reservas de capital 19 8.327 37.084 37.084 Total do não circulante 333.467 286.102 285.030 Outros resultados abrangentes 19 179 101 101 A Reservas de lucros 19 148.198 208.732 208.732

A A Total do patrimônio líquido 476.704 465.917 465.917

a Total do ativo 653.537 633.216 632.145 Total do passivo e patrimônio líquido 653.537 633.216 632.145

Demonstrações do resultado e do resultado abrangente

Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

Controladora Consolidado

Demonstrações do resultado Nota 2011 2010 2011 2010

a Receita operacional líquida 20 776.693 850.533 776.693 850.533 Custos dos produtos vendidos 21 (687.123 ) (703.648 ) (687.123 ) (703.648 )

A Lucro bruto 89.570 146.885 89.570 146.885

Despesas com vendas 21 (37.762 ) (39.759 ) (37.762 ) (39.759 ) Despesas gerais e administrativas 21 (44.158 ) (40.485 ) (44.163 ) (40.490 ) Outras despesas, líquidas 22 (6.428 ) (14.750 ) (6.428 ) (14.750 ) Participação nos resultados de controlada (5 ) (5 )

A Lucro operacional 1.217 51.886 1.217 51.886

A Receitas financeiras 23 28.212 31.043 28.212 31.043 Despesas financeiras 23 (19.709 ) (24.257 ) (19.709 ) (24.257 )

A Receitas financeiras, líquidas 8.503 6.786 8.503 6.786

A Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 9.720 58.672 9.720 58.672

A Imposto de renda e contribuição social 25 5.107 (13.471 ) 5.107 (13.471 )

A Lucro líquido do exercício 14.827 45.201 14.827 45.201

a Lucro básico e diluído por ação 27 0,47 1,44 0,47 1,44

Demonstrações do resultado abrangente

Lucro líquido do exercício 14.827 45.201 14.827 45.201

Outros componente do resultado abrangente Ajuste a valor de mercado de instrumentos financeiros 12 (296 ) 12 (296 )

Variação cambial de investida localizada no exterior 191 (48 ) 191 (48 ) Baixa de variação cambial de investida localizada no exterior pelo encerramento de suas atividades (125 ) (125 )

Outros componentes do resultado abrangente do exercício 78 (344 ) 78 (344 )

Total do resultado abrangente do exercício 14.905 44.857 14.905 44.857

Demonstrações das mutações no patrimônio líquido

Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

Reservas de capital Reservas de lucros

a

Capital

Especial

Incentivos

Ajuste de avaliação

Incentivo

Lucros

Total do patrimônio

social de ágio fiscais patrimonial Legal fiscal Especial acumulados líquido

A Em 1º de janeiro de 2010

220.000

28.757

8.327

445

13.959

6.771

154.293

432.552

A Ajuste a valor de mercado instrumentos financeiros

(296 )

(296 ) Variação cambial de investida localizada no exterior (48 ) (48 ) Lucro líquido do exercício 45.201 45.201

A Total do resultado abrangente do exercício

(344 )

45.201

44.857 A

Destinação do lucro líquido do exercício Reserva legal 2.260 (2.260 ) Incentivo fiscal

4.140

(4.140 )

Dividendos e juros sobre capital próprio

(11.492 ) (11.492 ) Reserva especial

27.309

(27.309 )

A Total da destinação do lucro líquido do exercício 2.260 4.140 27.309 (45.201 ) (11.492 )

A Em 31 de dezembro de 2010

220.000

28.757

8.327

101

16.219

10.911

181.602

465.917 A

Demonstrações das mutações no patrimônio líquido

Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

Reservas

A

de capital

Reservas de lucros A

Capital Especial Incentivos

Ajuste de avaliação Incentivo Lucros

Total do patrimônio

social de ágio fiscais patrimonial Legal fiscal Especial acumulados líquido

A Em 1º de janeiro de 2011

220.000

28.757

8.327

101

16.219

10.911

181.602

465.917 A

Ajuste a valor de mercado instrumentos financeiros 12 12 Variação cambial de investida localizada no exterior 191 66 Baixa de variação cambial de investida localizada no exterior pelo encerramento de suas atividades

(125 )

Lucro líquido do exercício

14.827

14.827 A

Total do resultado abrangente do exercício 78 14.827 14.905

A Total de contribuições dos acionistas e distribuição aos

acionistas Aumento de capital social 100.000 (28.757 ) (71.243 )

A Destinação do lucro líquido do exercício Reserva legal

748

(748 )

Incentivo fiscal

(125 )

125 Dividendos e juros sobre capital próprio

(4.118 ) (4.118 )

Reserva especial 10.086 (10.086 )

A Total da destinação do lucro líquido do exercício

100.000

(28.757 )

748

(125 ) (61.157 ) (14.827 ) (4.118 )

A Em 31 de dezembro de 2011

320.000

8.327

179

16.967

10.786

120.445

476.704 a

Demonstrações dos fluxos de caixa

Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

Controladora Consolidado

a

2011

2010

2011 2010

Fluxos de caixa das atividades operacionais

a

Lucro Líquido antes do imposto de renda e da contribuição social

9.720

58.672

9.720 58.672

Ajustes de

Depreciação e amortização 25.577 28.963 25.577 28.963

Resultado de controlada reconhecido por equivalência patrimonial

5

5

Perda na alienação de imobilizado e investimentos

297

595

297 595

Provisão (reversão) para contas a receber de clientes, nos estoques, contingências e ajuste a valor presente 2.658 5.068 2.658 5.068

Despesas de juros

1.466

1.466

Outras despesas, líquidas (1.319 ) 511 (1.319 ) 511

a

Variações nos ativos e passivos

Contas a receber de clientes (12.092 ) (45.059 ) (12.092 ) (45.058 )

Operações de descontos cambiais e vendor

(8.043 )

(8.043 )

Estoques

(24.725 ) 6.387

(24.725 ) 6.387

Depósitos judiciais

(391 ) 364

(391 ) 364

Demais contas a receber

7.677

9.652

7.677 9.652

Impostos a recuperar não circulante

(843 ) 13.062

(843 ) 13.062

Valores a receber não circulante (2.710 ) 5.109 (2.710 ) 5.109

Fornecedores

11.454

(13.866 ) 11.454 (13.866 )

Impostos e obrigações trabalhistas

(267 ) 3.570

(267 ) 3.570

Provisão para contingências pagas

(14.303 )

(14.303 )

Demais contas a pagar

(1.945 ) 8.160

(1.940 ) 8.195

A

Caixa gerado nas operações

(7.784 ) 81.193

(7.784 ) 81.224

A

Imposto de renda e contribuição social pagos

458

(6.183 ) 458 (6.183 )

Juros sobre financiamentos pagos

(1.568 )

(1.568 )

A

Caixa líquido (aplicado nas) gerado pelas atividades operacionais

(8.894 ) 75.010

(8.894 ) 75.041 A

Fluxos de caixa das atividades de investimentos

Participações societárias

(1.317 )

(1.317 ) (48 )

Aquisição de imobilizado (63.425 ) (16.153 ) (63.425 ) (16.153 )

Aquisição de intangível

(55 ) (123 ) (55 ) (123 )

Instrumentos financeiros

(296 ) (296 )

Receita de venda de ativos

285

82

285 82

A

Caixa líquido aplicado nas atividades de investimentos

(64.512 ) (16.490 ) (64.512 ) (16.538 )

Demonstrações dos fluxos de caixa

Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

Controladora Consolidado

a

2011

2010

2011 (*) 2010

Fluxos de caixa das atividades de financiamentos

Empréstimos e financiamentos

33.920

(277 ) 33.920 (259 )

Financiamentos pagos

(4.145 )

(4.146 )

Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos

(9.146 ) (11.492 ) (9.146 ) (11.492 )

A

Caixa líquido (aplicado nas) gerado pelas atividades de financiamentos 20.629 (11.769 ) 20.628 (11.751 )

a

Aumento (redução) de caixa e equivalentes de caixa, líquidos

(52.777 ) 46.751

(52.778 ) 46.752

a

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício (Nota 7)

88.326

41.575

88.327 41.575

A

Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício (Nota 7) 35.549 88.326 35.549 88.327

a

Demonstrações do valor adicionado

Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

Controladora Consolidado (*)

2011

2010 2011 2010

a

Receitas

Vendas de produtos 976.481 1.049.348 976.481 1.049.348

Provisão para devedores duvidosos (269 ) (328 ) (269 ) (328 )

A

976.212 1.049.020 976.212 1.049.020

A

Insumos adquiridos de terceiros

Custos dos produtos vendidos 819.040 826.350 819.040 826.350

Materiais, energia, serviços de terceiros e despesas 71.890 80.059 71.895 80.064

A

A 890.930 906.409 890.935 906.414

A

Valor adicionado bruto 85.282 142.611 85.277 142.606

Depreciação e amortização (25.577 ) (28.963 ) (25.577 ) (28.963 )

A

Valor adicionado líquido produzido pela entidade 59.705 113.648 59.700 113.643

A

Valor adicionado recebido em transferência Resultado de controlada reconhecido por equivalência patrimonial (5 ) (5 )

Receitas financeiras 28.212 31.043 28.212 31.043

A

Valor adicionado total a distribuir 87.912

144.686

87.912 144.686

A

Demonstrações do valor adicionado

Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

Controladora Consolidado (*)

2011

2010 2011 2010

a

Distribuição do valor adicionado

Pessoal

Remuneração Direta 49.777

46.049

49.777 46.049

Benefícios 8.149 7.222 8.149 7.222

Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS 3.503 2.896 3.503 2.896

Impostos, taxas e contribuições

Federais 11.733 30.999 11.733 30.999

Estaduais (7.168 ) 3.621 (7.168 ) 3.621

Municipais 850

871

850 871

Remuneração de capital de terceiros

Juros 6.241 7.827 6.241 7.827

Remuneração de capital próprio

Juros sobre capital próprio 3.778 11.492 3.778 11.492

Dividendos 340 340

Lucros retidos do exercício 10.709

33.709

10.709 33.709

Valor adicionado distribuído 87.912

144.686

87.912 144.686

(*) A demonstração consolidada do valor adicionado não é requerida pelas IFRS.

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

1 Informações gerais

A Elekeiroz S.A. (“Elekeiroz” ou “Companhia”) é uma sociedade anônima de capital aberto com ações negociadas na BM&F BOVESPA - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, controlada pela Itaúsa - Investimentos Itaú S.A. e conta com duas unidades industriais: Camaçari – BA e Várzea Paulista – SP, onde está sua sede. A Companhia tem por objetivo a industrialização e comercialização de produtos químicos e petroquímicos em geral, inclusive a revenda de tais produtos adquiridos de terceiros, importação e exportação, bem como a participação em outras sociedades.

Os produtos fabricados pela Elekeiroz são destinados fundamentalmente para o setor industrial, especialmente construção civil, vestuário, automotivo e alimentício.

A emissão destas demonstrações contábeis foi autorizada em reunião do Conselho de Administração da Companhia realizada em 14 de fevereiro de 2012.

2 Resumo das principais políticas contábeis

As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações contábeis estão definidas abaixo. Essas políticas vêm sendo aplicadas de modo consistente em todos os exercícios apresentados, salvo disposição em contrário.

2.1 Base de preparação

As demonstrações contábeis foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor e ajustadas para refletir o valor justo de ativos e passivos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado.

A preparação de demonstrações contábeis requer o uso de certas estimativas críticas e também o exercício de julgamento por parte da administração no processo de aplicação das políticas contábeis da Companhia. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações contábeis individuais, estão divulgadas na Nota 3.

(a) Demonstrações contábeis consolidadas As demonstrações contábeis consolidadas foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs) e conforme as normas internacionais de relatório financeiro (International Financial Reporting

Standards (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), conforme divulgado na Nota 2.23.

Até 31 de dezembro de 2010, a Companhia publicava demonstrações consolidadas que incluíam sua subsidiária integral Castletown Trading S.A. (denominada “Controlada”), localizada no Uruguai, a qual teve o encerramento das suas atividades aprovado pelo Conselho de administração da Elekeiroz em 2 de agosto de 2011. Em 5 de outubro de 2011, em Assembleia Geral Extraordinária foi aprovada a dissolução da sociedade, transferindo ao acionista (Elekeiroz S.A.) a totalidade dos direitos e obrigações.

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

Consequentemente, as demonstrações contábeis consolidadas da Elekeiroz S.A.e sua controlada (“Consolidado”) que compreendem as demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente e dos fluxos de caixa para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011 foram consolidadas até a data de 5 de outubro de 2011. As operações de 5 de outubro de 2011 até 31 de dezembro de 2011 se referem somente as da Companhia. A Companhia não está apresentando o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2011, visto que no encerramento do exercício de 2011 não há investimentos sujeitos a Consolidação.

(b) Demonstrações contábeis individuais As demonstrações contábeis individuais da Companhia foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (“CPCs”) e são divulgadas em conjunto com as demonstrações contábeis consolidadas. Nas demonstrações contábeis individuais a controlada é contabilizada pelo método de equivalência patrimonial. Os mesmos ajustes são feitos tanto nas demonstrações contábeis individuais quanto nas demonstrações contábeis consolidadas para chegar ao mesmo resultado e patrimônio líquido atribuível aos acionistas da controladora. No caso da Elekeiroz S.A. as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicadas nas demonstrações contábeis individuais diferem do IFRS aplicável às demonstrações contábeis separadas, apenas pela avaliação dos investimentos em controladas e coligadas pelo método de equivalência patrimonial, enquanto conforme o IFRS seria a custo ou valor justo. As notas explicativas se referem às demonstrações contábeis individuais e, quando indicado, também as demonstrações contábeis consolidadas.

(c) Mudanças nas políticas contábeis e divulgações Não há novos pronunciamentos ou interpretações de CPC/IFRS vigendo a partir de 2011 que poderiam ter um impacto significativo nas demonstrações contábeis da Companhia.

2.2 Consolidação As seguintes políticas contábeis são aplicadas na elaboração das demonstrações contábeis consolidadas.

(i) Controlada Controlada é a entidade na qual a Companhia tem o poder de determinar as políticas financeiras e operacionais, geralmente acompanhada de uma participação de mais do que metade dos direitos a voto (capital votante). A controlada é totalmente consolidada a partir da data em que o controle é transferido para a Companhia. A consolidação foi interrompida a partir de 5 de outubro de 2011, conforme detalhado na Nota 2.1 (a).

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

Até a data da dissolução da empresa controlada, as transações entre empresas, saldos e ganhos não realizados em transações entre empresas foram eliminados. Os prejuízos não realizados também foram eliminados. As políticas contábeis da controlada foram alteradas, quando necessário, para assegurar a consistência com as políticas adotadas pela Companhia.

2.3 Apresentação de informação por segmentos As informações por segmentos operacionais são apresentadas de modo consistente com o relatório interno fornecido para o principal tomador de decisões operacionais. O principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos, pela avaliação de desempenho dos segmentos operacionais e que responde pela tomada de decisões estratégicas da Companhia, é a Administração da Companhia, que é composta pelo Conselho de Administração e Diretoria.

2.4 Conversão de moeda estrangeira

(a) Moeda funcional e moeda de apresentação

Os itens incluídos nas demonstrações contábeis da Companhia são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico, no qual a empresa atua ("a moeda funcional"). Estas demonstrações contábeis estão apresentadas em Reais (R$), que é a moeda funcional da Companhia e, também, a sua moeda de apresentação.

(b) Transações e saldos As operações com moedas estrangeiras são convertidas para a moeda funcional, utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação, na qual os itens são remensurados. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas de câmbio do final do exercício, referentes a ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são reconhecidos na demonstração do resultado do exercício. Os ganhos e as perdas cambiais relacionados com empréstimos, contas a receber de clientes e fornecedores são apresentados na demonstração do resultado como receita ou despesa financeira. Todos os outros ganhos e perdas cambiais são apresentados na demonstração do resultado como "Outras despesas líquidas".

(c) Empresas do Grupo com moeda funcional diferente

Até 5 de outubro de 2011, data de dissolução da controlada, os resultados e a posição financeira da controlada

da Companhia (a qual não tem moeda de economia hiperinflacionária), cuja moeda funcional é diferente da

moeda de apresentação, são convertidos na moeda de apresentação, como segue:

(i) Os ativos e passivos apresentado são convertidos pela taxa de fechamento da data do balanço.

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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

(ii) As receitas e despesas da demonstração do resultado são convertidas pelas taxas de câmbio médias (a menos

que essa média não seja uma aproximação razoável do efeito cumulativo das taxas vigentes nas datas das

operações, e, nesse caso, as receitas e despesas são convertidas pela taxa das datas das operações).

(iii) Todas as diferenças de câmbio resultantes são reconhecidas como um componente separado no patrimônio

líquido, na conta “Ajustes de avaliação patrimonial”.

Na consolidação, as diferenças de câmbio decorrentes da conversão do investimento líquido são reconhecidas no

patrimônio líquido. Quando uma operação no exterior é parcialmente alienada ou vendida, as diferenças de

câmbio que foram registradas no patrimônio são reconhecidas na demonstração do resultado como parte de

ganho ou perda da venda.

2.5 Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa incluem o dinheiro em caixa, os depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, com vencimentos originais de até três meses, e com risco insignificante de mudança de valor, bem como contas garantidas, se aplicável. As contas garantidas são demonstradas no balanço patrimonial como “Empréstimos”, no passivo circulante.

2.6 Ativos financeiros

2.6.1 Classificação

A Companhia classifica seus ativos financeiros, no reconhecimento inicial, sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo por meio do resultado, empréstimos e recebíveis, mantidos até o vencimento e disponíveis para venda. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos.

(a) Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado

Os ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos para negociação. Um ativo financeiro é classificado nessa categoria se foi adquirido, principalmente, para fins de venda no curto prazo. Os ativos dessa categoria são classificados como ativos circulantes.

(b) Empréstimos e recebíveis

Os empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo. São apresentados como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem as caixa e equivalentes de caixa, contas a receber de clientes, demais contas a receber, e títulos e valores mobiliários (Notas 2.5, 2.7, 2.9 e 6).

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

(c) Ativos financeiros disponíveis para venda

Os ativos financeiros disponíveis para venda são não derivativos, que são designados nessa categoria ou que não são classificados em nenhuma das categorias anteriores. Estão apresentados em ativos não circulantes, a menos que a administração pretenda alienar o investimento em até 12 meses após a data do balanço. Na data destas demonstrações são compostos basicamente por ações da Eletrobrás e estão classificados no ativo circulante.

(d) Investimentos mantidos até o vencimento Investimentos mantidos até o vencimento são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis com vencimentos definidos para os quais a entidade tem a intenção positiva e a capacidade de manter até o vencimento. Na data destas demonstrações são compostos basicamente por aplicações financeiras mantidas até o vencimento, para as quais a Companhia não tem opção de liquidar antecipadamente.

2.6.2 Reconhecimento e mensuração As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação, data na qual a Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo. Os investimentos são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos da transação para todos os ativos financeiros não classificados como ao valor justo por meio do resultado. Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa dos investimentos tenham sido realizados ou tenham sido transferidos; neste último caso, desde que a Companhia tenha transferido, significativamente, todos os riscos e os benefícios da propriedade. Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são, subsequentemente, contabilizados pelo valor justo. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa efetiva de juros. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são apresentados na demonstração do resultado em “Outras despesas líquidas” no período em que ocorrem. Os valores justos dos ativos e passivos com cotação pública são baseados nos preços atuais de compra. Se o mercado de um ativo financeiro (e de títulos não listados em Bolsa) não estiver ativo, a Companhia estabelece o valor justo por meio de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem o uso de operações recentes contratadas com terceiros, referência a outros instrumentos que são substancialmente similares, análise de fluxos de caixa descontados e modelos de precificação de opções que fazem o maior uso possível de informações geradas pelo mercado e contam o mínimo possível com informações geradas pela Administração da própria Companhia. As variações no valor justo de títulos monetários e não monetários, classificados como disponíveis para venda, são reconhecidas no patrimônio.

2.6.3 Impairment de ativos financeiros

(a) Ativos mensurados ao custo amortizado

A Companhia avalia no final de cada período do relatório se há evidência objetiva de que o ativo financeiro ou o grupo de ativos financeiros está registrado por um valor superior ao seu valor recuperável. Um ativo ou grupo de ativos financeiros está deteriorado e as perdas são reconhecidas somente se há evidência objetiva de impairment

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos (um "evento de perda") e aquele evento (ou eventos) de perda tem um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de maneira confiável. Os critérios que a Companhia usa para determinar se há evidência objetiva de uma perda por impairment

incluem: (i) dificuldade financeira relevante do emissor ou devedor; (ii) uma quebra de contrato, como inadimplência ou mora no pagamento dos juros ou principal; (iii) o desaparecimento de um mercado ativo para aquele ativo financeiro devido às dificuldades financeiras;

ou (iv) dados observáveis indicando que há uma redução mensurável nos futuros fluxos de caixa estimados a

partir de uma carteira de ativos financeiros desde o reconhecimento inicial daqueles ativos, embora a diminuição não possa ainda ser identificada com os ativos financeiros individuais na carteira, incluindo:

. Mudanças adversas na situação do pagamento dos tomadores de empréstimo na carteira; . Condições econômicas nacionais ou locais que se correlacionam com as inadimplências sobre os ativos na carteira. O montante da perda por impairment é mensurada como a diferença entre o valor contábil dos ativos e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo os prejuízos de crédito futuro que não foram incorridos) descontados à taxa de juros em vigor original dos ativos financeiros. O valor contábil do ativo é reduzido e o valor do prejuízo é reconhecido na demonstração do resultado. Se, num período subsequente, o valor da perda por impairment diminuir e a diminuição puder ser relacionada objetivamente com um evento que ocorreu após o impairment ser reconhecido (como uma melhoria na classificação de crédito do devedor), a reversão da perda por impairment reconhecida anteriormente será reconhecida na demonstração do resultado.

(b) Ativos classificados como disponíveis para venda A Companhia avalia no final de cada período de apresentação de relatórios se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está deteriorado. Para os títulos da dívida, a Companhia usa os critérios mencionados em (a) acima. No caso de investimentos de capital classificados como disponíveis para venda, uma queda relevante ou prolongada no valor justo do título abaixo de seu custo também é uma evidência de que os ativos estão deteriorados. Se qualquer evidência desse tipo existir para ativos financeiros disponíveis para venda, o prejuízo cumulativo - medido como a diferença entre o custo de aquisição e o valor justo atual, menos qualquer perda por impairment sobre o ativo financeiro reconhecido anteriormente no resultado - será retirado do patrimônio e reconhecido na demonstração do resultado. No caso de instrumento de dívida, se, em um período subsequente, o valor justo de um instrumento da dívida classificado como disponível para venda aumentar, e o aumento puder ser objetivamente relacionado a um evento que ocorreu após a perda por

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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

impairment ter sido reconhecido no resultado, a perda por impairment é revertida por meio de demonstração do resultado. O impairment das contas a receber de clientes está descrito na nota 2.7. (c) Investimentos mantidos até o vencimento Caso exista qualquer evidência que os investimentos mantidos até o vencimento estejam avaliados acima de seus valores de realização, tais investimentos são apresentados líquidos de qualquer provisão para perda por impairment.

2.7 Contas a receber de clientes

As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pela venda de produtos e são

registradas e mantidas pelo valor nominal dos títulos decorrentes das vendas de produtos, acrescidos de

variações cambiais, quando aplicável. Se o prazo de recebimento é equivalente a um ano ou menos, as contas a

receber são classificadas no ativo circulante. Caso contrário, estão apresentadas no ativo não circulante.

As contas a receber de clientes são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente,

mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método da taxa efetiva de juros menos a provisão para créditos

de liquidação duvidosa ("PDD" ou "impairment"). Na prática são normalmente reconhecidas ao valor faturado,

ajustado pela provisão para impairment, quando aplicável.

A provisão para impairment é constituída com base na análise dos riscos de realização dos créditos em montante considerado suficiente pela administração para cobrir eventuais perdas na realização desses ativos. Em 31 de dezembro de 2011, o contas a receber de longo prazo está mensurado pelo custo amortizado com o uso do método da taxa efetiva de juros (AVP), sendo a taxa de desconto de 0,92% ao mês.

2.8 Estoques Os estoques são demonstrados ao custo ou ao valor líquido de realização, dos dois o menor. O custo é determinado pelo método do custo médio ponderado móvel. No caso dos produtos acabados compreendem os custos de matérias-primas, mão de obra direta, outros custos diretos e indiretos relacionados com a produção (com base na capacidade operacional normal), excluindo os custos de empréstimos. O valor líquido de realização é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios, menos os custos estimados de conclusão e os custos estimados necessários para efetuar a venda. As importações em andamento são demonstradas ao custo acumulado de cada importação.

2.9 Outras contas a receber circulante e não circulante São apresentadas pelo valor de custo ou realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos, variações monetárias e cambiais auferidos, ajustados a valor presente quando pertinente. Ativos contingentes são reconhecidos somente quando é praticamente certa sua realização ou com base em decisões judiciais favoráveis transitadas em julgado.

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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

Depósitos judiciais referem-se a quantias depositadas e mantidas em juízo até a resolução das questões legais relacionadas e estão mensurados pelo custo amortizado. Nos casos em que há provisão para contingências as mesmas são apresentadas deduzidas dos respectivos depósitos judiciais.

2.10 Ativos intangíveis Inclui o direito de uso de softwares, capitalizados com base no custo incorrido e amortizados de acordo com sua vida útil estimada em 5 anos. Os custos associados à manutenção de softwares são reconhecidos como despesa, conforme incorridos.

2.11 Propriedades para investimentos

A Companhia é proprietária de um imóvel em Arujá-SP. O imóvel não é ocupado pela Companhia. A

administração da Companhia optou avaliar a propriedade ao custo, sendo que o saldo está demonstrado ao

custo histórico de aquisição menos o valor da depreciação, quando aplicável. A depreciação é calculada usando o

método linear para alocar seus custos aos seus valores residuais durante a vida útil estimada, a uma taxa média

de 4% ao ano. Na data destas demonstrações o valor contábil deste ativo não excede ao seu valor recuperável

estimado com base em laudo de avaliação a valor de mercado. O saldo da propriedade para investimento está

apresentado na rubrica de Investimentos (Nota 12).

2.12 Imobilizado

Terrenos e edificações compreendem, principalmente, fábricas e escritórios. O imobilizado é mensurado pelo seu custo histórico, menos depreciação acumulada. O custo histórico inclui os gastos diretamente atribuíveis à aquisição dos itens e os custos de financiamento relacionados com a aquisição de ativos qualificáveis. Os custos subsequentes, como reformas e inspeções periódicas necessárias à operação, são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados ao item e que o custo do item possa ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens ou peças substituídos é baixado. Todos os outros reparos e manutenções são lançados em contrapartida ao resultado do exercício, quando incorridos. Os terrenos não são depreciados. A depreciação é calculada pelo método linear a taxas compatíveis com o prazo de vida útil dos bens. Para os equipamentos e instalações utilizados diretamente no processo produtivo é utilizado o método das unidades produzidas levando em consideração a vida útil econômica dos bens. A vida útil estimada dos bens é revisada anualmente e, se necessário, ajustada. As médias estimadas dos itens do imobilizado por categoria estão demonstradas abaixo:

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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

Anos

Construções 25 Equipamentos e instalações 5 a 20 (em média 13) (*) Equipamentos de processamento de dados 5 Móveis e utensílios 10 Veículos 5

(*)A depreciação dos equipamentos e instalações industriais é variável em função dos volumes de produção, com as taxas médias entre 5% a 20% ao ano. Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, ao final de cada exercício. O valor residual dos itens do imobilizado é baixado imediatamente ao seu valor recuperável quando o saldo residual exceder o valor recuperável (Nota 2.13). Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação dos resultados com o seu valor contábil e são reconhecidos em "Outras despesas líquidas" na demonstração do resultado. Na data destas demonstrações contábeis a Companhia não possui operações de arrendamento mercantil financeiro.

2.13 Impairment de ativos não financeiros

Os ativos que estão sujeitos à amortização são revisados para a verificação de impairment sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida pelo valor ao qual o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável. Este último é o valor mais alto entre o valor justo de um ativo menos os custos de venda e o seu valor em uso. Para fins de avaliação do impairment, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os quais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente (Unidades Geradoras de Caixa (UGC)). Os ativos não financeiros, exceto o ágio, que tenham sofrido impairment, são revisados subsequentemente para a análise de uma possível reversão do impairment na data de apresentação do relatório.

2.14 Contas a pagar aos fornecedores

As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o pagamento for devido no período de até um ano. Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante. Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método de taxa efetiva de juros. Na prática, são normalmente reconhecidas ao valor da fatura correspondente.

2.15 Empréstimos

Os empréstimos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos incorridos na transação e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferença entre os valores captados

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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

(líquidos dos custos da transação) e o valor de liquidação é reconhecida na demonstração do resultado durante o período em que os empréstimos estejam em aberto, utilizando o método da taxa efetiva de juros.

Os empréstimos são classificados como passivo circulante, a menos que a Companhia tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço.

2.16 Provisões

As provisões são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação presente legal ou não formalizada (constructive obligation) como resultado de eventos passados; é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação; e o valor puder ser estimado com segurança. As provisões não incluem as perdas operacionais futuras.

2.17 Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido

As despesas de imposto de renda e contribuição social do período compreendem os impostos correntes e diferidos. Os impostos sobre a renda são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto na proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido ou no resultado abrangente. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no patrimônio líquido ou no resultado abrangente. O encargo de imposto de renda e contribuição social corrente é calculado com bases nas leis tributárias promulgadas, ou substancialmente promulgadas, na data do balanço. A administração avalia, periodicamente, as posições assumidas pela Companhia nas apurações de impostos de renda com relação às situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá margem a interpretações. Estabelece provisões, quando apropriado, com base nos valores estimados de pagamento às autoridades fiscais. O imposto de renda e contribuição social corrente são apresentados líquidos, por entidade contribuinte, no passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo quando os montantes antecipadamente pagos excedem o total devido na data do relatório. O imposto de renda está calculado à alíquota de 15% sobre o lucro tributável, acrescida do adicional de 10% e estão sendo compensados os prejuízos fiscais existentes. A contribuição social sobre o lucro está calculada à alíquota de 9% sobre o lucro contábil ajustado, também considerando a compensação de bases negativas. A Companhia é beneficiária de redução parcial do imposto de renda sobre os resultados operacionais da sua base produtiva de Camaçari – BA no percentual de 75% até 31 de dezembro de 2015. A provisão para imposto de renda é constituída líquida da parcela relativa a incentivos fiscais, não havendo condições a serem cumpridas que pudessem afetar o reconhecimento deste crédito. O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos sobre as diferenças temporárias entre as bases fiscais dos ativos e passivos e seus valores contábeis nas demonstrações contábeis. Na prática as inclusões ao lucro contábil de despesas, ou as exclusões das receitas, ambas temporariamente não tributáveis, geram o registro de créditos ou débitos tributários diferidos. Impostos diferidos ativos são reconhecidos na proporção em que seja provável que a Companhia terá lucro futuro tributável futuro que permita a compensação destas diferenças temporárias e/ou prejuízos fiscais. As projeções de lucros tributáveis são elaboradas com premissas internas e cenários econômicos futuros, portanto

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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

estão sujeitas a alterações. Os lucros projetados são ajustados a valor presente utilizando-se o custo médio ponderado de capital da Companhia. Os impostos de renda diferidos ativos e passivos são apresentados em separado no ativo e no passivo.

2.18 Benefícios a empregados

(a) Plano de previdência privada

A Companhia oferece a todos os seus empregados um plano de previdência do tipo contribuição definida e como tal, são pagas contribuições fixas a uma Entidade separada (fundo de pensão), não tendo a Companhia nenhuma obrigação legal ou construtiva de pagar contribuições adicionais se o fundo não possuir ativos suficientes para pagar todos os benefícios devidos. As contribuições são reconhecidas como despesa no período em que são incorridas e cessam após o término do vínculo empregatício do funcionário com a Companhia. As contribuições feitas antecipadamente são reconhecidas como um ativo na proporção em que um reembolso em dinheiro ou uma redução dos pagamentos futuros estiver disponível.

(b) Participação nos lucros

A Companhia reconhece um passivo e uma despesa de participação nos resultados com base em uma fórmula que leva em conta o lucro atribuível aos acionistas da Companhia após certos ajustes, vinculadas também ao alcance de metas operacionais e objetivos específicos estabelecidos e aprovados no início do exercício. A Companhia reconhece uma provisão quando está contratualmente obrigada ou quando há uma prática passada que criou uma obrigação não formalizada (constructive obligation).

(c) Remuneração com base em ações A Companhia possui um plano de remuneração com base em ações (Stock Options) aprovado. Até a data destas demonstrações não foram outorgadas opções aos executivos.

(d) Outros benefícios

Existe ainda, a concessão de outros benefícios que envolvem seguro de vida e assistência médica, os quais respeitam o regime de competência em sua contabilização, sendo cessados após término do vínculo empregatício com a Companhia.

2.19 Capital social O capital da Companhia é representado por ações ordinárias e preferenciais, sem valor nominal. As ações ordinárias e as preferenciais são classificadas no patrimônio líquido. Os custos incrementais diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou opções são demonstrados no patrimônio líquido como uma dedução do valor captado, líquida de impostos.

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2.20 Reconhecimento da receita A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de produtos e serviços no curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos. A Companhia reconhece a receita quando o valor pode ser mensurado com segurança e é provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade. Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa quanto à sua realização.

(a) Venda de produtos A receita de venda de produtos é reconhecida no resultado quando todos os riscos e benefícios inerentes ao produto são transferidos para o comprador, ou seja, para casos de vendas FOB, a receita é reconhecida no momento em que o comprador retira a mercadoria nas unidades da Companhia; para casos de venda CIF, a receita é reconhecida somente após entrega da mercadoria no local estabelecido pelo cliente.

(b) Receita financeira

A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa efetiva de juros. Quando uma perda (impairment) é identificada em relação a um contas a receber, a Companhia reduz o valor contábil para seu valor recuperável, que corresponde ao fluxo de caixa futuro estimado, descontado à taxa efetiva de juros original do instrumento.

(c) Receita com dividendos A receita de dividendos é reconhecida quando o direito de receber o pagamento é estabelecido.

(d) Demais receitas e despesas As demais receitas e despesas são apropriadas ao resultado de acordo com o regime contábil de competência de exercícios.

2.21 Arrendamentos

Os arrendamentos nos quais uma parcela significativa dos riscos e benefícios da propriedade é retida pelo arrendador são classificados como arrendamentos operacionais. Os pagamentos efetuados para arrendamentos operacionais (líquidos de quaisquer incentivos recebidos do arrendador) são reconhecidos no resultado do exercício pelo método linear, durante o período do arrendamento.

2.22 Distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio A distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio para os acionistas da Companhia é reconhecida como um passivo ao final do exercício, ou em períodos menores conforme deliberado pelo Conselho de Administração, com base no estatuto social da Companhia. O benefício fiscal dos juros sobre capital próprio é reconhecido na demonstração de resultado.

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2.23 Normas novas, alterações e interpretações de normas que ainda não estão em vigor

As seguintes novas normas, alterações e interpretações de normas foram emitidas pelo IASB, mas não estão em

vigor para o exercício de 2011. A adoção antecipada dessas normas, embora encorajada pelo IASB, não foi

adotada, no Brasil, pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).

O IFRS 9 - "Instrumentos Financeiros", aborda a classificação, mensuração e reconhecimento de ativos e passivos

financeiros. O IFRS 9 foi emitido em novembro de 2009 e outubro de 2010 e substitui os trechos do IAS 39

relacionados à classificação e mensuração de instrumentos financeiros. O IFRS 9 requer a classificação dos ativos

financeiros em duas categorias: mensurados ao valor justo e mensurados ao custo amortizado. A determinação é

feita no reconhecimento inicial. A base de classificação depende do modelo de negócios da entidade e das

características contratuais do fluxo de caixa dos instrumentos financeiros. Com relação ao passivo financeiro, a

norma mantém a maioria das exigências estabelecidas pelo IAS 39. A Companhia está avaliando o impacto total

do IFRS 9. A norma é aplicável a partir de 1o de janeiro de 2013.

O IFRS 13 - "Mensuração de valor justo", emitido em maio de 2011. O objetivo do IFRS 13 é aprimorar a consistência e reduzir a complexidade da mensuração ao valor justo, fornecendo uma definição mais precisa e uma única fonte de mensuração do valor justo e suas exigências de divulgação para uso em IFRS. As exigências,

que estão bastante alinhadas entre IFRS e US GAAP, não ampliam o uso da contabilização ao valor justo, mas fornecem orientações sobre como aplicá-lo quando seu uso já é requerido ou permitido por outras normas IFRS ou US GAAP. A Companhia está avaliando o impacto do IFRS 13. A norma é aplicável a partir de 1

o de janeiro de

2013.

A outras normas emitidas na avaliação inicial da Administração não se aplicam às operações atuais da Companhia.

Não há outras normas IFRS ou interpretações IFRIC que ainda não entraram em vigor que poderiam ter impacto significativo sobre estas demonstrações contábeis.

3 Estimativas e julgamentos contábeis críticos As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para as circunstâncias.

3.1 Estimativas e premissas contábeis críticas

Com base em premissas, a Companhia faz estimativas com relação ao futuro. Por definição, as estimativas contábeis resultantes raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e premissas que

apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um ajuste relevante nos valores contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício social, estão contempladas a seguir.

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(a) Imposto de renda, contribuição social e outros impostos A Companhia registra ativos de imposto de renda e contribuição social diferidos sobre prejuízos fiscais e bases negativas da contribuição social. O reconhecimento desses ativos leva em consideração a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros. As estimativas dos resultados futuros que permitirão à compensação desses ativos são baseadas no Orçamento da Companhia, que é revisado e aprovado pelo Conselho de Administração, levando em consideração cenários econômicos, taxas de desconto, e outras variáveis que podem não se realizar.

(b) Créditos de ICMS

A Companhia possui ativos relativos a créditos de ICMS acumulados na sua operação no estado da Bahia. O valor destes créditos está reduzido ao valor esperado do seu efetivo aproveitamento com base em projeções. Alterações na legislação fiscal, ou mesmo nas condições de mercado que fundamentam as projeções podem resultar em variação no valor justo destes créditos. Com base nas projeções atuais os créditos acumulados apresentam um impairment de R$ 6.372.

3.2 Julgamentos críticos na aplicação das políticas contábeis da entidade

Os valores de realização estimados de ativos e passivos financeiros da Companhia foram determinados por meio de informações disponíveis no mercado e metodologias apropriadas de avaliações. Julgamentos foram requeridos na interpretação dos dados de mercado para produzir as estimativas dos valores de realização mais adequada. Como consequência, as estimativas podem sofrer variações em relação aos montantes que serão realizados. Os itens onde a prática de julgamento pode ser considerada mais relevante referem-se à determinação das vidas úteis do ativo imobilizado e provisões para passivos trabalhistas e tributários.

4 Gestão de risco financeiro

4.1 Fatores de risco As atividades da Companhia a expõem a diversos riscos financeiros: risco de mercado (incluindo risco de moeda, risco de taxa de juros e risco de preço), risco de crédito e risco de liquidez. A gestão de risco é realizada pela Diretoria Administrativa, segundo as políticas aprovadas pelo Conselho de Administração. A Diretoria Administrativa da Companhia identifica, avalia e protege a Companhia contra eventuais riscos financeiros em cooperação com as unidades operacionais. O Comitê de Governança e Riscos que assessora o Conselho de Administração é responsável pelas políticas de exposição e tolerância ao risco, bem como pela avaliação de situações particulares, processos de controle interno e estrutura de gerenciamento dos riscos da Companhia. A gestão de risco dos instrumentos financeiros é conduzida pela Administração e é efetuada por meio de estratégias operacionais, visando liquidez, rentabilidade e segurança. A política de controle consiste em acompanhamento permanente das taxas contratadas versus as vigentes no mercado. A Companhia não efetua aplicações de caráter especulativo em derivativos ou quaisquer outros ativos de risco.

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(a) Risco de mercado

(i) Risco cambial A Companhia atua internacionalmente e está exposta ao risco cambial decorrente de exposições de algumas moedas, basicamente com relação ao dólar dos Estados Unidos. O risco da taxa de câmbio corresponde à redução dos valores dos ativos ou aumento de seus passivos em função de uma alteração da taxa de câmbio. Parte expressiva das receitas é oriunda de exportações, e em consequência supre suas necessidades de capital de giro através de linhas de financiamento atreladas às exportações, dado que essas apresentam taxas e condições mais atraentes que as alternativas de financiamento de capital de giro em moeda local. A análise de sensibilidade exigida está apresentada na Nota 4.1 (e).

(ii) Operações com derivativos No período coberto por estas demonstrações não foram realizadas operações com a utilização de instrumentos derivativos.

(iii) Risco de fluxo de caixa ou valor justo associado com taxa de juros

O risco de taxas de juros é o risco da Companhia sofrer perdas econômicas devido a alterações adversas nessas taxas. Esse risco é monitorado continuamente com o objetivo de se avaliar eventual necessidade de contratação de operações de derivativos para se proteger contra a volatilidade das mesmas. A análise de sensibilidade exigida está apresentada na Nota 4.1 (e).

(b) Risco de crédito

O risco de crédito é administrado por um Comitê Operacional de Crédito, composto pelas Diretorias Administrativa e Comercial e Gerência Executiva Financeira. O risco de crédito decorre de caixa e equivalentes de caixa, depósitos em bancos e instituições financeiras, bem como de exposições de crédito a clientes nacionais e estrangeiros, incluindo as contas a receber em aberto. As vendas da Companhia apresentam baixa concentração,

não havendo clientes representando mais de 10% do faturamento líquido. A Companhia possui uma política de crédito que estabelece limites e prazos, dentro dos padrões de liquidez, que são determinados por diversos instrumentos de rating. Além da diversificação no mercado interno, uma parcela representativa de produtos é

destinada ao mercado externo, seguindo o mesmo procedimento de avaliação de risco. No que diz respeito às aplicações financeiras e aos demais investimentos, a Companhia tem como política trabalhar com instituições de primeira linha e não ter investimentos concentrados em um único grupo econômico. Não foi ultrapassado nenhum limite de crédito durante o exercício, e a administração não espera perdas significativas decorrente de inadimplência dessas contrapartes. A qualidade do crédito dos ativos financeiros que não estão vencidos ou impaired pode ser avaliada mediante referência às classificações externas de crédito (se houver) ou às informações históricas sobre os índices de inadimplência de contrapartes:

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31 de dezembro

de 2011 31 de dezembro

de 2010 Contas a receber de clientes Contrapartes sem classificação externa de crédito Grupo 1 55.517 116.220 Grupo 2 86.025 12.912 Grupo 3 14.562 13.285

Total de contas a receber de clientes 156.104 142.417

Conta-corrente e depósitos bancários de curto prazo

(*)

Baixo risco para curto prazo 35.535 88.303 191.639 230.720

. Grupo 1 – clientes sem inadimplência no passado; . Grupo 2 - clientes existentes com algumas inadimplências no passado. Todas as inadimplências foram

totalmente recuperadas;

. Grupo 3 – clientes com algumas inadimplências, porém, que apresentam garantias reais para os títulos e estão cumprindo os acordos realizados.

Nenhum dos ativos financeiros totalmente adimplentes foi renegociado no último exercício.

Baixo risco para curto prazo – classificação como risco A (baixo risco de liquidez) para as instituições financeiras feita pela Moodys, agência especializada nesse tipo de análise. (*)

O saldo residual do item "Caixa e equivalentes de caixa" do balanço patrimonial é dinheiro em caixa. (c) Risco de liquidez

A previsão de fluxo de caixa é realizada pelo Departamento financeiro. Este departamento monitora as previsões contínuas das exigências de liquidez da Companhia para assegurar que ele tenha caixa suficiente para atender às necessidades operacionais. A Companhia apresenta baixo nível de endividamento. O controle da posição de liquidez ocorre diariamente por meio do monitoramento dos fluxos de caixa. O excesso de caixa mantido é monitorado pelo Departamento financeiro. A Companhia investe o excesso de caixa em aplicações financeiras e títulos e valores mobiliários, com vencimentos apropriados ou liquidez suficiente para fornecer margem suficiente conforme determinado pelas previsões acima mencionadas. Na data do relatório, a Companhia possui aplicações financeiras em Certificados de Depósitos Bancários – CDB de R$ 35.182 (2010 - R$ 87.974) e em títulos e valores mobiliários de R$ 1.190 (2010 - zero) que se espera gerem prontamente entradas de caixa para administrar o risco de liquidez. O quadro abaixo demonstra o vencimento dos passivos financeiros e as obrigações com fornecedores contratadas pela Companhia na data de encerramento destas demonstrações:

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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

Menos de um

ano Entre um e

três anos Entre quatro e

cinco anos Acima de 5

anos Total

Fornecedores 44.778 44.778

Financiamentos 29.120 20.191 14.821 1.700 65.832

Outras contas a pagar 4.541 417 4.958

Total 78.439 20.608 14.821 1.700 115.568

As projeções contidas no orçamento aprovado pelo Conselho de Administração para o próximo triênio demonstram a capacidade de geração de caixa e cumprimento das obrigações, caso sejam concretizadas.

(d) Risco de preço dos produtos e insumos O setor químico brasileiro está altamente inserido no mercado globalizado, sendo os preços em geral fortemente influenciados pelas condições internacionais de oferta e demanda, com isso tanto os preços de venda como os de compra de matérias-primas, apresentam ciclos de altas e baixas praticamente simultâneos, preservando uma margem média que possibilita a sustentação do negócio.

(e) Análises de sensibilidades – risco cambial e taxa de juros Com base nos saldos de ativos e passivos expostos ao câmbio em 31 de dezembro de 2011, a Companhia realizou duas simulações com aumentos nas taxas de câmbio (R$/US$) de 25% e 50%, o cenário provável considera projeções da Companhia para as taxas de câmbio no vencimento das operações. Conforme demonstrado no quadro a seguir, considerada a baixa exposição líquida, variações cambiais dentro dos limites simulados não trariam impactos significativos aos resultados da Companhia.

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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

RISCO DE VARIAÇÃO CAMBIALSaldo Efeitos no Resultado até o Vencimento

Operação 31/12/2011 Provável Possível Remoto(+/- 25%) (+/- 50%)

ATIVOS FINANCEIROS

Exportações a Receber 39.680 96 Queda US$ (9.939) (19.879)

Aumento US$ 9.939 19.879

Outros Valores a Receber 1.557 17 Queda US$ (394) (787)

Aumento US$ 394 787

Total de ativos financeiros 41.237

PASSIVOS FINANCEIROS

BNDES - Crédito Rotativo 6.804 (1.638) Queda US$ 2.110 4.221

Aumento US$ (2.110) (4.221)

ACC - Desconto Cambial 18.474 (41) Queda US$ 4.629 9.258

Aumento US$ (4.629) (9.258)

Fornecedores Exterior 9.513 (26) Queda US$ 2.385 4.769

Aumento US$ (2.385) (4.769)

Total de passivos financeiros 34.791

Queda US$ (1.209) (2.418) Aumento US$ 1.209 2.418

EXPOSIÇÃO LÍQUIDA 6.446 (1.592)

A Companhia realizou duas simulações nas taxas de juros dos financiamentos e na remuneração pelo CDI das aplicações financeiras de com aumento e reduções de 25% e 50% cujos resultados estão apresentados no quadro a seguir.

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

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SENSIBILIDADE DA TAXA DE JUROSPossível Remoto

Operação (+/- 25%) (+/- 50%)

Aplicações financeiras Queda (1.175) (2.049)

Aumento 1.066 2.246

Financiamentos Queda 1.280 2.578

Aumento (1.265) (2.515)

EXPOSIÇÃO LÍQUIDA (94) 260

(f) Dependência de insumos básicos Como é comum na cadeia produtiva da indústria química, um único insumo-base pode influenciar de modo significativo a composição de custos da Companhia devido à volatilidade nos preços nos mercados internacionais. No caso da Elekeiroz, esse insumo é o propeno, adquirido da Braskem e utilizado na fabricação dos oxo-alcoóis, que são vendidos ao mercado ou utilizados pela Companhia na fabricação de plastificantes. Na eventual impossibilidade de repassar aos preços de vendas, o resultado da Companhia pode ser impactado negativamente.

4.2 Gestão de capital A Companhia realiza a gestão de capital de forma a garantir a continuidade de suas operações, bem como oferecer retorno aos seus acionistas e controle do nível de endividamento pelo monitoramento do índice de alavancagem financeira. Esse índice correspondente à dívida líquida dividida pelo capital total. Para manter ou ajustar a estrutura do capital, a Companhia pode rever a política de pagamento de dividendos,

devolver capital aos acionistas ou, ainda, emitir novas ações ou vender ativos para reduzir, por exemplo, o nível de endividamento.

A Companhia monitora o capital com base no índice de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à dívida

líquida dividida pelo capital total. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos (incluindo empréstimos de curto e longo prazos, conforme demonstrado no balanço patrimonial consolidado), subtraído do

montante de caixa e equivalentes de caixa. O capital total é apurado através da soma do patrimônio líquido,

conforme demonstrado no balanço patrimonial, com a dívida líquida.

Em 2011, a Companhia manteve seu baixo nível de endividamento. Os índices de alavancagem financeira em 31 de dezembro de 2011 e 2010 podem ser assim sumariados:

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31 de dezembro

de 2011 31 de dezembro

de 2011

A - Total dos empréstimos (nota 15) 65.832 44.202 B - (-) Caixa e equivalentes de caixa (nota 6) (35.549) (88.326) C = (A – B) - Dívida líquida 30.283 (44.124) D - Total do patrimônio líquido 476.704 465.917 E = (C + D) – Capital total 506.987 421.793 C /E = Índice de alavancagem financeira 6% -10%

4.3 Estimativa do valor justo

Pressupõe-se que os saldos das contas a receber de clientes e contas a pagar aos fornecedores pelo valor contábil menos a perda (impairment) estejam próximos de seus valores justos. O valor justo dos passivos financeiros, para fins de divulgação, é estimado mediante o desconto dos fluxos de caixa contratuais futuros pela taxa de juros vigente no mercado, que está disponível para a Companhia para instrumentos financeiros similares.

A Companhia aplica CPC 40/IFRS 7 para instrumentos financeiros mensurados no balanço patrimonial pelo valor justo, o que requer divulgação das mensurações do valor justo pelo nível da seguinte hierarquia de mensuração pelo valor justo: . Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos (nível 1).

. Informações, além dos preços cotados, incluídas no nível 1 que são adotadas pelo mercado para o ativo ou

passivo, seja diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, derivados dos preços) (nível 2).

. Inserções para os ativos ou passivos que não são baseadas nos dados adotados pelo mercado (ou seja,

inserções não observáveis) (nível 3).

A tabela abaixo apresenta os ativos e passivos da Companhia mensurados pelo valor justo em 31 de dezembro

de 2011 e 2010:

Nível 2

31 de dezembro de

2011

31 de dezembro de

2010

Ativos Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado Ativos financeiros disponíveis para venda 1.603 Aplicações financeiras mantidas para negociação 35.182 87.974

Total do ativo 36.785 87.974

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

5 Instrumentos financeiros por categoria

31 de dezembro de 2011

Ativos financeiros disponíveis para venda

Ativos mensurados ao

valor justo através do resultado

Empréstimos e recebíveis

Total

A

Ativos, conforme o balanço patrimonial

Contas a receber de clientes e outras contas a receber, excluindo pagamentos antecipados

170.579

170.579

Caixa e equivalentes de caixa

35.535

35.535 Investimentos mantidos até o vencimento

1.190

1.190

Ativos financeiros mantidos para negociação

1.603

1.603

1.603 1.190

206.114

208.907

31 de dezembro de 2011

Passivos mensurados ao

custo amortizado

Outros passivos financeiros

Total

A Passivo, conforme balanço patrimonial

Empréstimos e financiamentos 65.832 65.832 Outras contas a pagar 4.958 4.958 Fornecedores 44.778 44.778

65.832

49.736

115.568

31 de dezembro de 2010

Empréstimos e recebíveis

Total

A Ativos, conforme o balanço patrimonial

Contas a receber de clientes e outras contas a receber, excluindo pagamentos antecipados 164.962 164.962 Caixa e equivalentes de caixa 88.303 88.303

253.265

253.265

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

31 de dezembro de 2010

Passivos mensurados ao

custo amortizado

Outros passivos financeiros

Total

A Passivo, conforme balanço patrimonial

Empréstimos e financiamentos 44.202 44.202 Outras contas a pagar e mútuo a pagar 4.713 4.713 Fornecedores

33.322

33.322

44.202

38.035

82.237

6 Caixa e equivalentes de caixa, títulos e valores mobiliários e ativos financeiros disponíveis para venda

(a) Caixa e equivalentes de caixa As aplicações de curto prazo foram classificadas como mantidas para negociação e são representadas basicamente por Certificado de Depósito Bancários – CDB pós-fixados, junto a instituições financeiras de primeira linha, com rendimento atrelado à taxa CDI. A taxa média das aplicações em 31 de dezembro de 2011 é de 101,56% do CDI (em 31 de dezembro de 2010 – 101,26% do CDI) A Companhia efetua aplicações financeiras dos seus recursos de caixa visando preservar seu capital em instituições selecionadas e com baixo risco de liquidez.

(b) Investimentos mantidos até o vencimento

Em 31 de dezembro de 2011, a Companhia possui saldo de R$ 1.190 (em 31 de dezembro de 2010 – zero) referente a aplicações financeiras para as quais a entidade tem a intenção de manter até o vencimento. Essas aplicações financeiras são remuneradas a 100% da variação do CDI.

(c) Ativos financeiros disponíveis para venda Em 31 de dezembro de 2011, a Companhia possui saldo de R$ 1.603 (em 31 de dezembro de 2010 – zero) referente a 59.705 ações da Eletrobrás atualizadas ao seu valor justo pela cotação de 29 de dezembro de 2011.

31 de dezembro

de 20111131 de dezembro

de 2010

Recursos em bancos e em caixa 367 352 Aplicações de Curto Prazo 35.182 87.974

Total 35.549 88.326

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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

7 Contas a receber de clientes

31 de dezembro

de 2011

31 de dezembro

de 2010

Clientes no país 117.644 106.881 Partes relacionadas 565 566 Clientes no exterior 39.680 38.494 Impairment nas contas a receber de clientes (3.649) (3.524)

Total circulante 154.240 142.417

Clientes no país 2.678

Ajuste a valor presente (AVP) nas contas a receber de clientes de longo prazo (814)

Total não circulante 1.864

Total contas a receber 156.104 142.417

Referem-se a valores a receber de clientes e estão reduzidas, mediante provisão, aos seus valores prováveis de realização. A provisão para impairment de contas a receber é constituída em montante considerado suficiente pela administração para fazer face a eventuais perdas na realização das contas a receber. A parcela de longo prazo refere-se às recebíveis de cliente em recuperação judicial. Estes recebíveis foram ajustados ao seu valor justo através do valor presente do fluxo de caixa esperado. Até a data destas demonstrações o cliente está cumprindo suas obrigações no plano de recuperação. Os valores justos das contas a receber se aproximam dos seus valores contábeis em 31 de dezembro de 2011 e 2010. Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, nenhum dos clientes da Companhia representava mais do que 10% das receitas totais. A Companhia possui uma Política de Crédito que tem por objetivo estabelecer procedimentos na concessão de crédito em operações comerciais, compatível com o nível de qualidade, agilidade e segurança exigidos. A determinação do limite ocorre por meio da análise de crédito, considerando: informações cadastrais; Informações econômico-financeiras; histórico de compras e pagamentos (status histórico e status instantâneo); informações restritivas no mercado; consulta ao sistema de informações; garantias apresentadas; visita de crédito (conforme relevância da operação). Em 31 de dezembro de 2011, as contas a receber de clientes no valor de R$ 33.462 (em 31 de dezembro de 2010 - R$ 12.978) encontram-se vencidas, mas sem perdas. Essas contas referem-se a uma série de clientes independentes que não têm histórico de inadimplência recente ou para os quais a Companhia possui garantias reais. A análise de vencimentos dessas contas a receber está apresentada abaixo:

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

31 de dezembro de

2011

31 de dezembro de

2010

Até três meses 22.720 9.774 De três a seis meses 2.134 396 Mais de seis meses 8.608 2.808

33.462 12.978

Os títulos vencidos até três meses no valor de R$ 22.720, são prorrogações, atrasos normais e exportações pagas com o fechamento de câmbio não efetuado pela Companhia. Os títulos vencidos há mais de três meses no valor de R$ 10.742 e sem perda referem-se a exportações cobertas por seguro de crédito, cliente em recuperação judicial que estão cumprindo as condições estabelecidas no plano de recuperação ou com garantias como: hipotecas, contratos de confissão de dívida e avais. O montante de títulos a receber com garantias é de R$ 10.422 e o valor das garantias destes recebíveis é de R$ 10.700. Em 31 de dezembro de 2011, contas a receber de clientes num total de R$ 3.649 (em 31 de dezembro de 2010 - R$ 3.524) estavam vencidas e integralmente provisionadas. A análise de vencimentos dessas contas a receber está apresentada abaixo:

31 de dezembro de

2011

31 de dezembro de

2010

Até três meses 8 De três a seis meses 37 Mais de seis meses 3.604 3.524

3.649 3.524

As movimentações na provisão para perdas das contas a receber de clientes da Companhia são as seguintes:

31 de dezembro de

2011

31 de dezembro de

2010

Saldo Inicial 3.524 3.197 (+) Constituição provisão 909 466 (-) Realização provisão (784) (139)

Saldo Final 3.649 3.524

A constituição e a baixa da provisão para perdas das contas a receber foram registradas no resultado do exercício como "Despesas com vendas".

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

As contas a receber de clientes da Companhia são mantidas nas seguintes moedas:

31 de dezembro

de 2011 31 de dezembro

de 2010

Reais 120.073 107.447 Dólares Americanos 39.680 38.494

159.753 145.941

8 Estoques

31 de dezembro de 2011

31 de dezembro de 2010

Produtos acabados 39.919 34.712 Matérias primas, auxiliares e embalagens 51.997 34.946 Almoxarifado geral 11.912 10.046 Provisão para perdas nos estoques (i) (3.805) (66)

Total 100.023 79.638

(i) A provisão para perdas nos estoques é constituída para aqueles produtos que se encontram obsoletos na data das

demonstrações contábeis e para aqueles produtos que é esperado prejuízo em sua realização.

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, os estoques estão avaliados e demonstrados ao custo médio das compras, os

quais são inferiores ao custo de reposição ou aos valores de realização.

O custo dos estoques reconhecidos como despesas e incluídos em "Custo dos produtos vendidos" totalizou R$

605.498 em 2011 (R$ 628.255 em 2010).

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

9 Tributos a recuperar

31 de dezembro

de 2011

31 de dezembro

de 2010

Impostos a recuperar / compensar Contribuição social sobre lucro 1.275 252 Imposto de renda 2.625 568 PIS e COFINS 834 ICMS a compensar sobre aquisições de ativos 1.639 1.769 (-) Impairment sobre Créditos ICMS aquisições de ativos (209) (222) ICMS saldo Credor – BA 45.546 49.258 (-) Impairment sobre créditos acumulados ICMS – BA (6.372) (7.460) Créditos acumulados de PIS e COFINS aquisição de imobilizado 233 576 Crédito fiscal relativo ao programa Reintegra 135 Outros 566 380

Total 46.272 45.121

Demonstrado como: Circulante 25.269 24.962 Não circulante 21.003 20.159

A Companhia acumulou créditos de ICMS em sua unidade de produção na Bahia em função: (i) das exportações que por lá realiza, (ii) de vendas ao mercado local para empresas beneficiadas com diferimento desse tributo naquele Estado, e (iii) de vendas para fora daquele Estado com alíquotas interestaduais menores do que as internas que são pagas nas compras de insumos. Em maio de 2008, o Governo do Estado da Bahia reduziu a alíquota nas vendas internas de alguns produtos químicos, entre eles as principais matérias primas utilizadas pela Companhia, permitindo a utilização de parte dos créditos acumulados. Em dezembro de 2008, a Companhia firmou um termo de acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, com um cronograma de liberação dos créditos acumulados de ICMS que foram ao longo de 2009, 2010 e 2011 parcialmente transferidos a terceiros. O quadro a seguir demonstra a redução gradativa destes créditos acumulados:

Em 31 de dezembro de

2008 2009 2010 2011 Créditos Acumulados ICMS 82.986 64.102 49.258 45.546

A Companhia calcula o impairment destes créditos com base nos fluxos de caixa projetados para as compensações futuras descontados pelo custo médio ponderado de capital (WACC).

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

10 Tributos diferidos O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre os prejuízos fiscais do imposto de renda e base negativa de contribuição social, diferenças temporárias entre as bases de cálculo do imposto sobre ativos e passivos e os valores contábeis das demonstrações contábeis. As alíquotas desses impostos, definidas atualmente para determinação dos tributos diferidos, são de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social. Impostos diferidos ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o lucro futuro tributável esteja disponível, para ser utilizado na compensação das diferenças temporárias, com base em projeções de resultados futuros elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em cenários econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações. Os valores de compensação são os seguintes:

31 dedezembro

de 2011

31 dedezembro

de 2010

Ativo de imposto diferido Ativo de imposto diferido a ser recuperado em até 12 meses 4.715 7.750 Ativo de imposto diferido a ser recuperado depois de mais de 12 meses 38.289 29.007

43.004 36.757

Passivo de imposto diferido Passivo de imposto diferido a ser liquidado depois de mais de 12 meses (4.849) (3.250)

(4.849) (3.250)

Ativo de imposto diferido (líquido) 38.155 33.507

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

A movimentação líquida da conta de imposto de renda diferido é a seguinte:

Em 31 de dezembro de 2011 Saldo inicial Constituição Reversão Saldo final

Ativos de impostos diferidos Prejuízos fiscais e bases negativas 20.076 3.596 23.672 Provisão para devedores duvidosos 1.198 601 (282) 1.517 Provisão para contingências trabalhistas 3.693 1.930 (1.122) 4.501 Provisão para contingências fiscais 2.205 3.454 (1.722) 3.937 Provisões diversas 1.849 2.832 (204) 4.477

Ajustes RTT: Ajuste a valor presente 2.844 (501) 2.343 Ágio amortizado 2.819 (1.977) 842 Baixas de diferido 1.842 (469) 1.373 Pesquisas e projetos 231 111 342

Total de ativos de impostos diferidos 36.757 12.524 (6.277) 43.004

Passivos de impostos diferidos Ganho de capital 1.143 (1.143) Provisões diversas 2.095 2.095 Ajustes RTT: Superávit contribuições plano de previdência 2.107 647 2.754

Total de passivos de impostos diferidos 3.250 2.742 (1.143) 4.849

Em 31 de dezembro de 2010

Saldo inicial Constituição Reversão Saldo final

Ativos de impostos diferidos Prejuízos fiscais e bases negativas 25.024 (4.948) 20.076 Provisão para devedores duvidosos 1.087 158 (47) 1.198 Provisão para contingências trabalhistas 2.813 2.194 (1.314) 3.693 Provisão para contingências fiscais 2.031 174 2.205 Provisões diversas 2.528 (679) 1.849

Ajustes RTT: Ajuste a valor presente 3.723 (879) 2.844 Ágio amortizado 4.796 (1.977) 2.819 Baixas de diferido 2.750 (908) 1.842 Pesquisas e projetos 231 231

Total de ativos de impostos diferidos 44.752 2.757 (10.752) 36.757

Passivos de impostos diferidos Ganho de capital 2.064 (921) 1.143 Ajustes RTT: Superávit contribuições plano de previdência 1.893 214 2.107

Total de passivos de impostos diferidos 3.957 214 (921) 3.250

Considerando o histórico e rentabilidade da Companhia e com base nas projeções de resultados para os próximos exercícios, a expectativa de realização dos créditos tributários sobre prejuízo fiscal do IRPJ e base negativa da CSLL está demonstrada abaixo:

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

31 de dezembro de 2011

2012 9.843 2013 7.050 2014 10.605 2015 8.520 2016 6.986

Total 43.004

11 Outras contas a receber

31 de

dezembrode 2011

31 de dezembro

de 2010Títulos a receber – venda de ativos 7.200Outros recebíveis de operação no exterior 1.557 2.748(-) Ajuste a valor presente – outros recebíveis de operação no exterior (311) (678)Depósitos judiciais e vinculados 3.639 3.247Participação no fundo previdencial – Plano CD 8.100 6.198Outros valores a receber 1.490 3.830

Total 14.475 22.545

Demonstrado como: Circulante 1.792 11.100 Não circulante 12.683 11.445

12 Investimentos

Participação 31 de dezembro

de 2011 31 de dezembro

de 2010

Castletown Trading S.A. (i) 100% Em 1º de janeiro 1.072 1.125 (+) Variação cambial 191 (48) (-) Resultado de equivalência patrimonial (5) (5) (-) Baixa do investimento – encerramento (1.383) (+) Variação cambial lançada no resultado 125 Em 31 de dezembro

Total participação em controlada 1.072

Cetrel S.A. 3% Valor do investimento a custo 5.464 5.464 TCI Trading S.A. 9% Valor do investimento a custo 1.649 332 Propriedades para investimento (ii) Valor do terreno e das instalações, líquido depreciação 1.524 1.546 Outros investimentos 2 2

Total outros investimentos 8.639 7.344

Total investimentos 8.639 8.416

(i) A Controlada integral teve o encerramento das suas atividades em 5 de outubro de 2011, conforme detalhado na

Nota 2.1 (a).

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

(ii) O valor justo das propriedades para investimento em 31 de dezembro de 2011 é de R$ 10.484.

Os demais investimentos não representam controladas e/ou coligadas e seus saldos contábeis são mantidos a custo de aquisição, e deduzidos de impairment quando aplicável.

13 Imobilizado

a. Composição do imobilizado:

Terrenos Construções

Equipamentos

e instalações

Móveis e

utensílios Veículos

Equipamentos de

processamento de

dados e outros

Imobilizado

em curso Total

Saldo em 1º de janeiro de 2010

Custo 11.088 55.240 372.764 6.340 2.247 3.224 20.332 471.235

Depreciação acumulada (31.814) (208.468) (5.034) (1.206) (2.438) (248.960)

Saldo contábil líquido 11.088 23.426 164.296 1.306 1.041 786 20.332 222.275

Em 31 de dezembro de 2010

Saldo inicial 11.088 23.426 164.296 1.306 1.041 786 20.332 222.275

Aquisições 135 1.056 153 475 154 14.180 16.153

Baixas (25) (579) (61) (4) (3) (672)

Depreciações (1.744) (26.255) (262) (403) (299) (28.963)

Transferências 250 15.835 149 368 289 (17.037) (146)

Saldo contábil líquido 11.088 22.042 154.353 1.285 1.477 927 17.475 208.647

Em 31 de dezembro de 2010 -

Custo 11.088 55.581 386.187 6.495 2.881 3.493 17.475 483.200

Depreciação acumulada (33.539) (231.834) (5.210) (1.404) (2.566) (274.553)

Saldo contábil líquido 11.088 22.042 154.353 1.285 1.477 927 17.475 208.647

Em 31 de dezembro de 2011

Saldo inicial 11.088 22.042 154.353 1.285 1.477 927 17.475 208.647

Aquisições 24 770 378 517 513 61.223 63.425

Baixas (16) (919) (7) (216) (5) (1.163)

Depreciações (1.756) (22.725) (282) (471) (343) (25.577)

Transferências 64 45.990 58 1 (46.171) (58)

Reversão de provisão perdas imobilizado 526 526

Saldo contábil líquido 11.088 20.358 177.995 1.432 1.307 1.093 32.527 245.800

Em 31 de dezembro de 2011

Custo 11.088 55.606 426.295 5.153 2.837 3.429 32.527 536.935

Depreciação acumulada - (35.248) (248.300) (3.721) (1.530) (2.336) - (291.135)

Saldo contábil líquido 11.088 20.358 177.995 1.432 1.307 1.093 32.527 245.800 A depreciação dos equipamentos e instalações industriais é variável em função dos volumes de produção, com as taxas médias entre 5% a 20% ao ano. O saldo de imobilizado em andamento refere-se principalmente a investimentos em ampliação, modernização e adequação das unidades industriais. Quando da conclusão dos projetos e início da operação destes ativos, os mesmos são transferidos para as respectivas contas do imobilizado em operação, sendo reconhecida a partir deste momento a depreciação dos bens. O montante de R$ 25.577 (2010 - R$ 28.963) referente à despesa de depreciação foi reconhecido no resultado em "Custo dos produtos vendidos", R$ 24.163 (2010 - R$ 27.651) e R$ 1.414 (2010 - R$ 1.312) em "Despesas gerais e administrativas".

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

A Companhia realiza a capitalização dos custos de empréstimos diretamente atribuíveis à construção de ativos qualificáveis conforme demonstrado a seguir:

31 de dezembro de 2011

31 de dezembro de 2010

Equipamentos e instalações industriais 8.444 2.257 (+) Custo de empréstimos capitalizados 265 102

Em 31 de dezembro de 2011, a Companhia possuía bens do imobilizado, basicamente terrenos, dados como garantia em defesa de processos judiciais no montante de R$ 4.096.

14 Fornecedores, obrigações com pessoal e outras contas a pagar

31 de dezembro

de 201131 de dezembro

de 2010

Contas a pagar aos fornecedores 44.778 33.322 Obrigações com pessoal 8.950 6.297 Outras contas a pagar 4.958 4.314

58.686 43.933

Circulante 58.269 43.933 Não circulante 417

15 Empréstimos e financiamentos Os financiamentos, referentes a investimentos em ampliação e modernização das instalações e capital de giro, têm as seguintes características:

31 de dezembro

de 201131 de dezembro

de 2010

Modalidade Encargos - % Garantias Amortização Término CirculanteNão Circulante CirculanteNão Circulante

BNDES TJLP + 1,72 a 4,32 aa.

Aval - Itaúsa Mensal e Trimestral

15/04/2017 8.016 31.300 2.970 9.584

MODERMAQ –FINAME

7,00 aa. Alienação fiduciária

Mensal 15/09/2011 - - 143 -

VENDOR 27/02/2012 1.238 - 1.049 -

TOTAL MOEDA NACIONAL 9.254 31.300 4.162 9.584

BNDES VARIAÇÃO CAMBIAL + 1,65 a 2,12 aa.

Aval - Itaúsa Mensal e Trimestral

15/04/2017 1.392 5.412 516 1.650

ACC – DESCONTO CAMBIAL

2,20 aa 26/06/2012 18.474 - 28.290 -

TOTAL MOEDA ESTRANGEIRA 19.866 5.412 28.806 1.650

TOTAL 29.120 36.712 32.968 11.234

Os avais garantidores dos financiamentos da Companhia foram concedidos pela acionista Itaúsa S.A. no montante de R$ 46.120 em 31 de dezembro de 2011 (R$ 14.720 em 31 de dezembro de 2010).

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

Os financiamentos classificados no não circulante têm a seguinte composição por ano de vencimento:

31 de dezembro de 2011

31 de dezembrode 2010

2012 3.762 2013 10.718 3.763 2014 9.473 2.542 2015 7.731 833 2016 7.090 332 2017 em diante 1.700 2

Total 36.712 11.234

Para financiar a continuidade futura dos programas de modernização, racionalização e automação para o aumento da produtividade e redução dos custos operacionais, foi obtida junto ao BNDES linha de crédito de longo prazo de R$ 116.681. Já foram liberados até 31 de dezembro de 2011 R$ 47.653. Os valores dos financiamentos estão registrados pelos seus custos amortizados, os quais se aproximam dos seus valores justos. Acordo e restrições contratuais (“Covenants”)

A Companhia no curso normal de seus negócios obtém empréstimos com instituições financeiras e firma acordos comerciais com demais entidades os quais são formalizados contratualmente com suas respectivas definições de cláusulas de atendimento, restrições e/ou garantias (“covenants”). De forma geral, as restrições as quais a Companhia está sujeita tratam, sobretudo, quanto ao contrato de financiamentos e empréstimos junto ao BNDES, da adequada destinação dos recursos provenientes do banco a serem aplicados em: i) ampliação da capacidade de produção; ii)modernização de unidades; iii) meio ambiente; iv) aquisição de máquinas e equipamentos nacionais e; v) instalações de linhas de produção. A Companhia tem atendido de forma completa as restrições contratuais a que está sujeita.

16 Dividendos e participações a empregados e administradores

31 de dezembro de 2011

31 de dezembrode 2010

Dividendos e juros sobre capital próprio 2.154 7.749Participações administradores 156 1.853Participações de empregados 2.151

Total 2.310 11.753

A participação dos administradores está limitada a 10% do lucro líquido após o imposto de renda e ao montante de suas retiradas conforme descrito no Estatuto Social da Companhia. A participação dos colaboradores está vinculada aos resultados conforme acordo firmado com os trabalhadores através de comissão eleita para esse fim.

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

17 Impostos e contribuições a pagar A Companhia mantém no passivo não circulante, como impostos a pagar, 100% do valor dos tributos não recolhidos em função de medidas judiciais, devidamente atualizados monetariamente e seus respectivos depósitos judiciais, conforme apresentado a seguir:

31 de dezembro de 2011

31 de dezembrode 2010

PIS e COFINS - (i) 22.226 22.047COFINS e salário educação - (ii) 9.361 16.097Outros 55 398

Total antes da compensação dos depósitos judiciais 31.642 38.542

Depósitos judiciais (9.416) (16.152)

Total após a compensação dos depósitos judiciais 22.226 22.390

Os impostos e contribuições não recolhidos envolvem, principalmente, discussões judiciais sobre as compensações de PIS e COFINS Decreto 07/70 e majoração de alíquota de 1% da Cofins.

(i) PIS e COFINS A Companhia compensou créditos decorrentes de ação judicial questionando a constitucionalidade dos Decretos-lei 2445 e 2449 de 1988 que alteraram a forma de apuração do PIS, mantendo essas compensações provisionadas e devidamente atualizadas no Passivo Não Circulante, no montante de R$ 22.226.

(ii) COFINS e salário educação Em decorrência de medidas judiciais questionando a legalidade da cobrança do diferencial de alíquota de 1% da COFINS e do salário educação, a Companhia depositou judicialmente até o exercício findo em 31 de dezembro de 2011 o montante de R$ 9.361 (em 31 de dezembro de 2010 – R$ 16.097) relativo à majoração da alíquota da COFINS. Em 17 de fevereiro de 2011, a Companhia obteve decisão desfavorável com o processo relacionado ao salário educação, com a reversão do depósito judicial em favor da União e a baixa contábil do mesmo contra a respectiva provisão. Em 31 de dezembro de 2011, o montante de R$ 9.361 do diferencial de alíquota de 1% da COFINS está integralmente provisionado no passivo não circulante (em 31 de dezembro de 2010 – R$ 16.097).

18 Provisão para contingências A Companhia é parte em processos judiciais e administrativos de natureza trabalhista, cível e tributária, decorrentes do curso normal de seus negócios.

(a) Provisão para contingências tributárias, trabalhistas e cíveis As provisões para contingências trabalhistas, fiscais e cíveis são suficientes para cobrir eventuais perdas classificadas em um primeiro momento como prováveis. A Administração acredita baseada na opinião de seus consultores jurídicos, que as provisões são suficientes para cobrir as perdas prováveis decorrentes de decisões

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

desfavoráveis, bem como que as decisões definitivas não terão impactos significativos na posição econômico-financeira da Companhia em 31 de dezembro de 2011, conforme apresentado a seguir:

Tributárias Trabalhistas Cíveis Total

Em 1º de janeiro de 2011 20.324 10.862 4.562 35.748

Atualização monetária 340 568 424 1.332

Constituição 1.805 5.108 137 7.050

Reversão (6.033) (2.728) (1.408) (10.169)

Pagamentos (13.453) (572) (278) (14.303)

Em 31 de dezembro de 2011 2.983 13.238 3.437 19.658

(i) Tributárias As ações com perda provável referem-se basicamente a processos relativos à responsabilidade solidária em relação à contribuição previdenciária (INSS) de prestadores de serviços no montante de R$ 1.827 e auto de infração de ICMS sobre importações no montante de R$ 914. Em junho de 2011, a Companhia liquidou o montante de R$ 13.453 referente à auto de infração relativo à ICMS no Estado de São Paulo. A administração da Companhia contratou assessor jurídico externo, por entender indevido tal pagamento, para avaliar a melhor estratégia jurídica com o objetivo de discutir judicialmente a legalidade do referido auto de infração.

(ii) Trabalhistas e cíveis A Companhia é parte em processos trabalhistas e cíveis em andamento na esfera judicial. As provisões relativas a estes processos são constituídas quando a probabilidade de perda é provável segundo as opiniões dos advogados responsáveis pelos processos. Os processos trabalhistas referem-se principalmente a questões relativas a pedidos de responsabilidade subsidiária, doença ocupacional, equiparação salarial e horas extras. Na data destas demonstrações 82 processos, no valor total de R$ 13.238 estão classificados como perda provável, sendo que individualmente seus valores não representam risco expressivo para as operações da Companhia. Os processos cíveis referem-se principalmente a processos decorrentes de acidentes do trabalho e questões ambientais, e estão integralmente provisionados quando a perda é julgada provável pelos advogados responsáveis pelos processos.

(b) Passivos contingentes A Companhia está envolvida em outros processos de natureza tributário, trabalhista e cível, cujo valor totaliza R$ 57.529 que por apresentarem probabilidade de perda possível, na opinião de seus assessores jurídicos, não tem provisão constituída, conforme quadro abaixo:

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

Tributários Trabalhistas Cíveis Total

Em 31 de dezembro de 2011 37.456 16.983 3.090 57.529

i) Tributárias

Os passivos contingentes são constituídos por autos de infração principalmente relacionados aos seguintes temas: (i) contribuições previdenciárias no montante de R$ 14.855; PIS e COFINS sobre receitas financeiras no montante de R$ 5.450; (iii) créditos de ICMS sobre aquisições de matérias primas originadas na Zona Franca de Manaus no montante de R$ 3.548; e (iv) demais processos no montante de R$ 13.603.

(ii) Trabalhistas e cíveis Os passivos trabalhistas referem-se a 101 processos no valor de R$ 16.983, sendo os principais objetos: danos morais, horas extras e subsidiariedade em relação a terceiros. Os processos cíveis referem-se principalmente a ações por danos morais e materiais.

(c) Ativos contingentes A Companhia está discutindo judicialmente o ressarcimento de tributos e contribuições bem como é parte em processos cíveis, nos quais possui direitos ou expectativas de direitos a receber. Estes processos são classificados, de acordo com a avaliação dos assessores jurídicos, segundo suas possibilidades de ganho como provável, possível ou remoto. Como se trata de ativos contingentes, os valores a seguir não estão registrados nas demonstrações contábeis. O quadro a seguir apresenta os principais processos ativos da Companhia considerados como sendo de expectativa de ganho provável:

31 de dezembro de 2011

31 de dezembro de 2010

Tributário ICMS – correção monetária sobre saldo credor 13.163 IPI – créditos sobre mercadorias adquiridas com alíquota zero 10.392 Outros tributários de valor inferior a R$ 10 milhões 7.233 11.888 Total tributário 17.625 25.051 Cível Cobrança/execução de títulos extrajudicial 8.739 12.364 Outros cíveis de valor inferior a R$ 10 milhões 3.877 3.887 Total cível 12.616 16.251

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

19 Patrimônio líquido

(a) Capital social Em 31 de dezembro de 2011, o capital subscrito e integralizado é de R$ 320.000 (2010 – R$ 220.000), dividido em 31.485.170 ações escriturais, sem valor nominal, sendo 14.518.150 ordinárias e 16.967.020 preferenciais sem direito a voto (em 31 de dezembro de 2010 - . 31.485.170 ações escriturais, sem valor nominal, sendo 14.518.150 ordinárias e 16.967.020 preferenciais sem direito a voto). Conforme Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária realizada em 28 de abril de 2011, o capital social passou de R$ 220.000 para R$ 320.000, sem emissão de novas ações, mediante capitalização de R$ 100.000 das reservas de: capital especial de ágio, lucro especial.

(b) Características das ações As ações preferenciais, sem direito a voto, tem as seguintes características: (i) Prioridade, em relação às ações ordinárias, no recebimento do dividendo obrigatório; (ii) Dividendo, por ação preferencial, nunca inferior ao que for atribuído a cada ação ordinária; (iii) Participação nos aumentos de capital decorrentes de capitalização de reservas e lucros; (iv) Prioridade, em relação às ações ordinárias, no reembolso do capital, sem prêmio, no caso de liquidação

da Companhia; (v) Direito de, em eventual alienação de controle, serem incluídas em oferta pública de aquisição de ações,

de modo a que lhes assegure preço unitário igual a 80% do valor pago por ação com direito a voto, integrante do bloco de controle;

(vi) Dividendo prioritário mínimo, anual e não cumulativo, de R$ 2,00 por mil ações, que será ajustado em caso de desdobramento ou grupamento.

(c) Reserva legal

A reserva legal é constituída anualmente como destinação de 5% do lucro líquido do exercício e não poderá exceder a 20% do capital social. A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízo e aumentar o capital. Em 31 de dezembro de 2011, é de R$ 16.967 (em 31 de dezembro de 2010 – R$ 16.219).

(d) Reserva especial

Constituída com o saldo remanescente do lucro líquido após as destinações para constituição da reserva legal e distribuição de dividendos e tem as seguintes finalidades: a) exercício do direito preferencial de subscrição em aumentos de capital das empresas participadas; b) futuras incorporações desses recursos ao capital social; c) pagamento de dividendos intermediários distribuíveis por deliberação do Conselho de Administração, “ad referendum” da Assembleia Geral. Em 31 de dezembro de 2011, é de R$ 120.445 (em 31 de dezembro de 2010 – R$ 181.602).

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

(e) Reserva incentivo fiscal Constituída com os créditos decorrentes do incentivo fiscal de redução do imposto de renda contabilizados no resultado do exercício que posteriormente são transferidos para a reserva de incentivo fiscal e excluídos da apuração da base de cálculo do dividendo, pois na forma da legislação fiscal vigente não podem ser distribuídos aos acionistas. Em 31 de dezembro de 2011, é de R$ 10.786 (em 31 de dezembro de 2010 – R$ 10.911).

(f) Dividendos propostos

A proposta de dividendos consignada nas demonstrações contábeis da Companhia, sujeita à aprovação dos acionistas na Assembleia Geral, calculada nos termos da referida lei, em especial no que tange ao disposto nos artigos 196 e 197 da Lei das Sociedades por Ações, está demonstrada na Nota 28.

20 Receita

A reconciliação das vendas brutas para a receita líquida é como segue:

31 de dezembro

de 2011

31 de dezembro

de 2010

Receita bruta de vendas 976.481 1.049.348 Mercado interno 881.079 886.590 Mercado externo 95.402 162.758 Impostos sobre vendas e devoluções (IPI, ICMS, PIS, COFINS) (199.788) (198.815)

Receita líquida de vendas 776.693 850.533

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

21 Despesas por natureza

31 de dezembro

de 2011

31 de dezembro

de 2010

Matérias-primas e materiais de consumo 605.498 628.255 Remuneração, encargos e benefícios a

empregados 71.287 59.917

Despesas com fretes sobre vendas 29.003 26.722

Depreciação 25.577 28.963

Despesas com manutenção 10.528 9.047

Serviços prestados por terceiros 9.529 9.578

Outras despesas 17.621 21.410

Total 769.043 783.892

Custo dos produtos vendidos 687.123 703.648

Despesas com vendas 37.762 39.759

Despesas gerais e administrativas 44.158 40.485

Total 769.043 783.892

22 Outras despesas líquidas

31 de dezembro

de 2011

31 de dezembro

de 2010

Provisões tributárias líquidas 2.497 (1.551) Provisões trabalhistas líquidas (3.304) (3.945) Provisões cíveis e ambientais líquidas 847 (889) Provisões para perdas nos estoques (4.340) (679) Participações nos resultados empregados e administradores (2.880) (7.048) Projetos e pesquisas (1.014) (575) Variação fundo previdencial da Fundação Itaúsa Industrial 1.902 630 Reversão de provisão perdas imobilizado 620 541 Homologação de créditos tributários 1.041 44 Outras despesas (1.797) (1.278)

Outras despesas líquidas (6.428) (14.750)

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

23 Receitas e despesas financeiras

O resultado financeiro é constituído das seguintes despesas e receitas financeiras:

31 de dezembro

de 2011

31 de dezembro

de 2010

Receitas financeiras Rendimento de aplicações financeiras 6.097 4.740 Variação cambial ativa 17.450 20.327 Juros e descontos obtidos 2.442 3.022 Reversão do ajuste a valor presente 1.455 2.538 Outras 768 416

Total receitas financeiras 28.212 31.043

Despesas financeiras Encargos sobre financiamentos (1.894) (1.713) Variação cambial passiva (16.176) (20.497) Outras (1.639) (2.047)

Total despesas financeiras (19.709) (24.257)

Total do Resultado financeiro líquido 8.503 6.786

24 Ganhos (perdas) cambiais líquidos

As diferenças cambiais (debitadas) creditadas à demonstração do resultado são as seguintes:

31 de dezembro de 2011 31 de dezembro de 2010

Ganho com variação cambial 17.450 20.327 Perda com variação cambial (16.176) (20.497)

1.274 (170)

Os montantes acima estão demonstrados na rubrica de receitas (despesas) financeiras na demonstração do resultado do exercício.

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

25 Imposto de renda e contribuição social Reconciliação da despesa do imposto de renda e da contribuição social.

Composição da despesa de IRPJ e CSLL

31 de dezembro de

2011

31 de dezembro de

2010

Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 9.720 58.672 (-) Compensação de prejuízo fiscal e base negativa (2.916) (17.601) Imposto de renda e contribuição social alíquota de 34% (2.313) (13.964) Adições e exclusões permanentes (924) (1.254) Adições e exclusões temporárias 6.285 (731) Juros sobre capital próprio 1.285 3.907 Incentivos fiscais 567 4.555 Impostos diferidos sobre prejuízos fiscais e bases negativas 207 (5.984)

Total 5.107 (13.471)

Imposto de renda e contribuição social correntes (6.183) Imposto de renda e contribuição social diferidos 5.107 (7.288)

26 Informações por segmento de negócios A Administração, adotando os princípios apresentados pelo pronunciamento que trata das Informações por Segmento, definiu os segmentos operacionais reportáveis da Companhia com base nos relatórios utilizados para tomada de decisões estratégicas, analisados pela Administração, a qual é responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho por segmento operacional e pela tomada de decisões estratégicas. Assim, estes foram segmentados em dois grandes grupos de produtos: Orgânicos e Inorgânicos, que apresentam características distintas em relação aos seus mercados. Produtos orgânicos – incluem os Oxo-alcoóis, Anidridos Ftálico e Maleico, Plastificantes, Resinas de Poliéster Insaturado, Formol, Concentrado Uréia-formol e Ácido Fumárico. Produtos inorgânicos - incluem o Ácido Sulfúrico e algumas atividades de revenda.

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

Em 31 de dezembro de 2011

Produtos orgânicos

Produtos inorgânicos Corporação

Total Companhia

Receita líquida 690.949 85.744 776.693 (-) CPV (634.270) (52.853) (687.123) (-) Despesas com vendas (32.298) (5.464) (37.762) Margem bruta 24.381 27.427 51.808 Despesas administrativas/outras (50.591) (50.591) Resultado financeiro 8.503 8.503 Impostos sobre o Lucro 5.107 5.107

Lucro líquido (36.981) 14.827

Imobilizado líquido 186.604 15.694 43.502 245.800

Em 31 de dezembro de 2010

Produtos orgânicos

Produtos inorgânicos Corporação

Total Companhia

Receita líquida 745.107 105.426 850.533 (-) CPV (620.643) (83.005) (703.648) (-) Despesas com vendas (35.012) (4.747) (39.759) Margem bruta 89.452 17.674 107.126 Despesas administrativas/outras (55.240) (55.240) Resultado financeiro 6.786 6.786 Impostos sobre o Lucro (13.471) (13.471)

Lucro líquido (61.925) 45.201

Imobilizado líquido 150.941 11.787 45.919 208.647

A Companhia optou por não apresentar o lucro, ativos e passivos separadamente para cada um dos segmentos operacionais em que atua, visto que os mesmos compartilham a estrutura de custos indiretos, despesas administrativas e de vendas. A margem bruta resulta da receita de vendas, deduzida de impostos, custo dos produtos vendidos e despesas variáveis de vendas, como fretes e comissões.

27 Lucro por ação

31 de dezembro de

2011

31 de dezembro de

2010

Lucro líquido atribuível aos acionistas 14.827 45.201 Média ponderada de ações em circulação (milhares) 31.485 31.485

Lucro líquido por ação em (R$) – básico e diluído 0,47 1,44

Nos exercícios apresentados não havia instrumentos conversíveis ou outras obrigações com potencial de diluição da quantidade de ações em circulação.

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

28 Dividendos e juros sobre o capital próprio Os acionistas têm direito de receber, como dividendo obrigatório, importância equivalente a 25% do lucro líquido apurado no mesmo exercício, ajustado pela diminuição ou acréscimo dos valores especificados nas letras “a” e “b” do inciso I do artigo 202 da Lei nº 6.404/76 e observados os incisos II e III do mesmo dispositivo legal. A Administração da Companhia aprovou, em reunião do Conselho de Administração ad referendum da Assembleia Geral, realizada em 27 de junho de 2011, a distribuição de dividendos em forma de juros sobre o capital próprio a seus acionistas no valor de R$ 0,12 por ação. Os dividendos foram calculados conforme segue:

31 de dezembro de 2011

31 de dezembro 2010

Lucro líquido do exercício 14.827 45.201 (-) Incentivo fiscal de redução de IRPJ reconhecido no resultado 125 (4.140) (-) Reserva legal (5%) (748) (2.260)

(=) Base de cálculo 14.204 38.801

Dividendo mínimo obrigatório (25%) 3.551 9.700 Juros sobre capital próprio declarados no exercício 3.778 11.492 (-) IRRF (567) (1.724) Dividendo a declarar 340

(=) Remuneração líquida 3.551 9.768

Conforme facultado pela legislação e previsto no Estatuto Social da Companhia, o valor referente aos juros sobre o capital próprio, líquido do imposto de renda, está sendo imputado ao valor do dividendo mínimo obrigatório.

29 Saldos e transações com partes relacionadas

(a) Vendas e compras de produtos e serviços, dividendos e aplicações financeiras

As transações com empresas pertencentes à controladora Itaúsa referem-se a compras e vendas de produtos e serviços e aluguel imobiliário, sendo realizadas a preços, prazos e condições usuais de mercado.

Dez/2011 Dez/2010

Empresa Ref Natureza Ativo Passivo Resultado Ativo Passivo Resultadoda Operação

Itaú Seguros a Prestação de serviço - - (956) - - (871)

Itaú Banco b Aplicação financeira 12.890 - 1.976 34.290 - 1.564

Itaú Corretora de Valores

c Prestação de serviço - - (74) - - (81)

Itaúsa Empreendimentos

dPrestação serviço e

dividendos/JCP8 (281)

-8 (317)

Itautec eAquisição de

Hardw are/Softw are- - (657) - - (306)

Duratex f Venda de Produtos 565 - 7.788 566 - 8.049

Itaúsa g Dividendos/JCP - 1.877 (61) - 7.295 -

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

As aplicações financeiras no Banco Itaú S.A. são efetuadas nas condições normais do mercado financeiro dentro dos limites estabelecidos pela Administração da Companhia. Os rendimentos das aplicações financeiras estão reconhecidos no resultado. a) Itaú Seguros – contratação de apólices de seguros. b) Itaú Banco – caixa e equivalentes de caixa. c) Itaú Corretora de Valores – prestação de serviços de custódia de ações. d) Itaúsa Empreendimentos – prestação de serviços de análise econômica e financeira; pagamento de

dividendos. e) Itautec – aquisição de hardware, software e serviços. f) Duratex – aluguel imobiliário e compra de produtos acabados. g) Itaúsa – pagamento de dividendos e aluguel imobiliário] Os avais garantidores dos financiamentos da Companhia foram concedidos pela acionista Itaúsa S.A. no montante de R$ 46.120 em 31 de dezembro de 2011 (R$ 14.720 em 31 de dezembro de 2010), conforme mencionado na Nota 14.

(b) Remuneração dos administradores O pessoal-chave da administração inclui os conselheiros eleitos em Assembleia Geral Ordinária e os diretores estatutários. A remuneração dos Administradores é composta por honorários fixos, participações nos resultados e benefícios. Os montantes incorridos estão integralmente registrados no resultado do exercício nos montantes abaixo detalhados:

31 de dezembro

de 2011

31 de dezembro

de 2010

Diretoria 3.303 5.903

- Honorários 1.781 1.920

- Participações nos lucros 593 2.911

- Encargos sociais (INSS e FGTS) 538 384

- Benefícios de curto prazo 112 250

- Benefícios pós-emprego 279 438

Conselho de Administração 1.671 1.428

- Honorários 1.320 1.130

- Encargos sociais (INSS) 264 226

- Benefícios pós-emprego 87 72

Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

30 Benefícios a empregados

(a) Plano de outorga de opções Com o objetivo de integrar os administradores e funcionários no processo de desenvolvimento da Companhia a médio e longo prazo, a AGE realizada em 31 de julho de 2003 deliberou instituir um plano de outorga de opções de ações, facultando aos mesmos participarem das valorizações que seu trabalho e dedicação trouxerem para as ações representativas do capital da Companhia. Até o encerramento dessas demonstrações contábeis o referido plano ainda não havia produzido quaisquer efeitos a serem reconhecidos nas referidas demonstrações contábeis da Companhia.

(b) Plano de contribuição definida - previdência privada A Elekeiroz S.A. oferece a todos os seus colaboradores a participação em um plano de previdência do tipo contribuição definida (Plano PAI-CD). O plano é administrado pela Fundação Itaúsa Industrial, entidade fechada de previdência privada sem fins lucrativos da qual a Companhia é uma das patrocinadoras. Pela natureza do plano, não há risco atuarial e o risco dos investimentos é dos participantes do mesmo. O regulamento vigente prevê a participação dos funcionários do percentual entre 1% a 10% do salário, sendo que a patrocinadora contribui com 100% do montante aportado pelos funcionários, tendo resultado em contribuições de R$ 2.657 até 31 de dezembro de 2011 (R$ 1.859 em 31 de dezembro de 2010). O Plano PAI-CD apresenta um fundo previdencial, constituído pelas contribuições das patrocinadoras que permaneceram no plano em decorrência dos participantes terem optado pelo resgate ou pela aposentadoria antecipada. Segundo o regulamento do plano, este fundo vem sendo utilizado para compensar as contribuições das patrocinadoras, desta forma a Companhia reconheceu no seu balanço um ativo relativo a estes créditos (despesa antecipada – fundo previdencial) considerando a redução de pagamentos futuros que ocorrerá em função das compensações com este fundo. Tal ativo foi mensurado através do cálculo do valor presente das contribuições futuras a serem realizadas pela Companhia considerando os funcionários inscritos no plano na data de encerramento destas demonstrações, no montante de R$ 8.100 (R$ 6.198 em 2010).

31 Cobertura de seguros (não auditado)

A Companhia possui um programa de gerenciamento de riscos com o objetivo de delimitar os riscos, buscando no mercado cobertura compatível com seu porte e operação. As coberturas foram contratadas por montantes considerados suficientes pela Administração para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza da sua atividade, os riscos envolvidos em suas operações e a orientação de seus consultores de seguros. Em 31 de dezembro de 2011, a cobertura de seguros e riscos diversos para os bens do imobilizado e estoques é de R$ 261.870 (R$ 261.869 em 31 de dezembro de 2010).

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente Rodolfo Villela Marino

Vice-presidente

Olavo Egydio Setubal Júnior

Conselheiros Fernando Marques Oliveira

José Eduardo Senise

Reinaldo Rubbi Rogério Almeida Manso da Costa Reis

Ricardo Egydio Setubal

Suplentes

Ricardo Villela Marino Paulo Setubal Neto

DIRETORIA

Diretor Presidente Reinaldo Rubbi

Diretor de Relações com Investidores

Reinaldo Rubbi

Diretores Carlos Calvo Sanz

Ricardo José Baraldi

CONTADOR Ricardo Garcia de Souza

CRC 1SP 185363/O-5