elasticidade preco da oferta e demanda

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2 Índice Introdução ....................................................................................................................................... 2 1.Elasticidade .................................................................................................................................. 4 1.1.Fórmula da elasticidade ............................................................................................................ 4 1.2.Breve resumo ............................................................................................................................ 5 2.Elasticidade cruzada ..................................................................................................................... 6 3.Elasticidade - preço da demanda .................................................................................................. 6 3.1.Exercício ................................................................................................................................... 8 3.2.Exercido 2 ................................................................................................................................. 9 3.3.Os determinantes da elasticidade da demanda .......................................................................... 9 4.Elasticidade cruzada da demanda .............................................................................................. 11 4.1.Exercício preço de demanda ................................................................................................... 11 5.Interpretação dos Valores Numéricos das Elasticidades ............................................................ 13 6.Elasticidade-preço da oferta ....................................................................................................... 14 6.1.Os determinantes da elasticidade da oferta ............................................................................. 15 6.2.Elasticidade Preço e Variações na Despesa Total................................................................... 15 Conclusão ...................................................................................................................................... 17 Bibliografia ................................................................................................................................... 18

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Economy & Finance


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by Helldriver Rapper aka Sergio Alfredo Macore.

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Índice

Introdução ....................................................................................................................................... 2

1.Elasticidade .................................................................................................................................. 4

1.1.Fórmula da elasticidade ............................................................................................................ 4

1.2.Breve resumo ............................................................................................................................ 5

2.Elasticidade cruzada..................................................................................................................... 6

3.Elasticidade - preço da demanda.................................................................................................. 6

3.1.Exercício ................................................................................................................................... 8

3.2.Exercido 2 ................................................................................................................................. 9

3.3.Os determinantes da elasticidade da demanda .......................................................................... 9

4.Elasticidade cruzada da demanda .............................................................................................. 11

4.1.Exercício preço de demanda ................................................................................................... 11

5.Interpretação dos Valores Numéricos das Elasticidades............................................................ 13

6.Elasticidade-preço da oferta....................................................................................................... 14

6.1.Os determinantes da elasticidade da oferta ............................................................................. 15

6.2.Elasticidade Preço e Variações na Despesa Total................................................................... 15

Conclusão...................................................................................................................................... 17

Bibliografia ................................................................................................................................... 18

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Introdução

O presente trabalho tem como o tema ‘’ Elasticidade de Oferta e Demanda vs Procura’’. Na

verdade, quando se fala de elasticidade em economia é o tamanho do impacto que a alteração em

uma variável (preço) exerce sobre outra variável (demanda). "Em sentido genérico, é a alteração

percentual de uma variável, dada a alteração percentual em outra, Assim, elasticidade é

sinónimo de sensibilidade, resposta, reacção de uma variável, em face de mudanças em outras

variáveis". Uma variável "elástica" responde bastante a pequenas mudanças de outras variáveis.

Do mesmo modo, uma variável "inelástica" não responde a mudanças em outras variáveis.

Contudo as leis da procura e da oferta indicam a direcção das variações do preço e da quantidade

em resposta às várias alterações da procura e da oferta. Mas, de um modo geral, não é muito

elucidativo saber apenas que o preço e a quantidade aumentam ou diminuem. O conhecimento da

grandeza relativa de cada uma das variações constitui também um ponto importante da análise

microeconómica.

Neste caso é essencial medir e descrever a magnitude relativa das variações das quantidades de

um produto face às alterações dos preços e de outras variáveis explicativas. A medida desta

magnitude é apreendida pelo conceito de elasticidade. Nas secções que se seguem, explica-se o

significado deste conceito.

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1.Elasticidade

Foi visto como os deslocamentos da demanda ou oferta afectam os preços. A pergunta que se

coloca é. Se as quantidades demandadas de um produto qualquer aumentaram em 10% qual o

efeito dessa mudança no preço?

Essa pergunta leva-nos a um exame da natureza da oferta e demanda, por meio do conceito de

elasticidade, ou mais precisamente de elasticidade preço. As elasticidades descrevem os formatos

das curvas de oferta e demanda. Enfim, elasticidades são factores que influem na explicação dos

movimentos dos preços, pois o termo elasticidade refere-se a sensibilidade de resposta às

variações de preço.

Uma demanda (ou oferta) elástica significa que as variações de preços afectam fortemente a

disposição ou capacidade de comprar ou vender dos compradores ou vendedores. Quando as

curvas são inelásticas, o efeito do preço é pequeno. Em outros termos: Demanda (ou oferta)

elástica é aquela na qual uma dada variação percentual dos preços provoca uma variação

percentual maior da quantidade demandada (ofertada). Uma curva inelástica é aquela em que as

resposta nas quantidades que estamos disposta e capacitados a comprar ou vender é

proporcionalmente menor do que a variação do preço.

1.1.Fórmula da elasticidade

Q / Q

_______

P / P

Onde: Q é a variação da quantidade demandada ou ofertada

Q é a quantidade demanda ou ofertada inicial

P é a variação do preço

P é o preço inicial

Variação percentual da quantidade é maior do que a variação do preço a demanda é elástica.

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Q P elástica coeficiente será maior do que 1

Neste caso a receita total tem sentido contrário do preço. Se um aumenta o outro diminui.

P RT OU

P RT

Variação do percentual da quantidade é menor do que a variação percentual do preço a demanda

é Inelástica.

Q P inelástica coeficiente será menor do que 1

Nesta caso a receita total tem o mesmo sentido do preço. Se um aumenta o outro também

aumenta.

P RT OU

P RT

1.2.Breve resumo

Quando a:

Variação percentual da quantidade é maior do que a variação do preço a demanda é

elástica. Neste caso a receita total tem sentido contrário do preço. Se um aumenta o

outro diminui.

Variação do percentual da quantidade é menor do que a variação percentual do preço a

demanda é inelástica. Nesta caso a receita total tem o mesmo sentido do preço, se um

aumenta o outro também aumenta.

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2.Elasticidade cruzada

Trata-se de uma comparação duas mercadorias. Comparamos qual o impacto de um aumento ou

diminuição do preço de uma mercadoria na quantidade de outra mercadoria.

Px DEMANDA Q y + bem substituto

Px DEMANDA Qy - bem complementar

3.Elasticidade - preço da demanda

A lei da demanda, que está expressa no declive da curva de demanda, é muito importante para o

perfeito conhecimento da economia, pois reflecte o comportamento do consumidor no mercado.

Entretanto, a lei de demanda não seria de grande valia se não pudesse ser operacionalizada, se

não pudesse apresentar uma utilização prática. De fato, sabemos que se o preço de um bem

aumenta, a procura por esse bem diminui. Entretanto, não dissemos nada a respeito da dimensão

do aumento do preço do bem, isto é, de quanto foi o aumento, nem sobre a dimensão da

diminuição da quantidade procurada.

Para resolver esse problema, nós temos o conceito de elasticidade, que diz qual foi a reacção dos

consumidores em relação a um aumento no preço de um bem. Formalmente, a elasticidade-preço

da demanda de um bem é a razão entre a variação percentual verificada na quantidade

demandada de um bem e a variação percentual no preço desse bem. Algebricamente, a

elasticidade-preço da demanda pode ser representada por:

onde:

ep = elasticidade-preço da demanda; ;

AQ = variação na quantidade demandada;

Q = quantidade demandada;

7

AP = variação no preço do bem;

P = preço do bem.

É interessante observar que o numerador ou o denominador dessa expressão representam apenas

uma percentagem e que, portanto, a elasticidade é uma divisão, ou uma razão, entre

percentagens, em outras palavras, é a variação percentual na quantidade dividida pela variação

percentual no preço.

Na verdade, a elasticidade é uma medida que da resposta de compradores ou de vendedores a

mudanças nas condições do mercado. A elasticidade-preço da demanda, por sua vez, mensura a

sensibilidade da quantidade demandada de um bem a variações em seu preço. É calculada da

seguinte forma:

|ε| = |variação percentual da quantidade demandada| = |(Δq/q0)|/|(Δp/p0)|,

|variação percentual no preço|

Em que q0 e p0 são a quantidade demandada e o preço iniciais.

(Observação: essas variações apresentam, em geral, sinais opostos: a um aumento (redução) de

preço corresponde uma redução (aumento) na quantidade demandada – a elasticidade-preço é

negativa. Para simplificar, ela é definida como o valor absoluto do quociente).

a) Demanda perfeitamente inelástica.

|ε| = 0: a demanda é dada e não reage a preços.

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b) Demanda inelástica.

|ε| < 1: uma variação nos preços provoca uma variação menos que proporcional na

quantidade demandada do bem.

c) Demanda de elasticidade unitária.

|ε| = 1: uma variação nos preços provoca uma variação de mesma proporção na

quantidade demandada do bem.

d) Demanda elástica.

|ε| > 1: uma variação nos preços provoca uma variação mais que proporcional na

quantidade demandada do bem.

e) Demanda perfeitamente elástica.

|ε| = ∞: ao preço dado pelo cruzamento da curva com o eixo vertical, os consumidores

irão demandar toda a quantidade ofertada do bem; a um preço ligeiramente superior, a demanda

cai a zero.

3.1.Exercício

Suponha que os produtos A e B tenham ambos um aumento de preço de 10,00. Em

conseqüência, a quantidade demandada de A cai 10%, e a quantidade demandada de B cai

apenas 5%. Nesse caso:

a) A demanda por A é mais elástica em relação ao preço do que a demanda por B.

b) A demanda por B é mais elástica em relação ao preço do que a demanda por A.

c) A e B têm a mesma elasticidade-preço da demanda.

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d) Nada se pode dizer em relação à elasticidade-preço da demanda dos dois produtos.

Alternativa (d). A elasticidade-preço da demanda é uma variação percentual da quantidade

demandada em relação a uma variação percentual no preço. Não sabemos, no caso, o que

representa o aumento de preço de 10,00 como uma percentagem dos preços iniciais de A e de B

(não se sabe se ocorreu um aumento proporcionalmente grande ou pequeno) – pois não os

conhecemos.

3.2.Exercido 2

(Analista de Planeamento e Orçamento do Ministério do Planeamento, Orçamento e Gestão /

2003) Considere uma curva de demanda por um determinado bem. Pode-se afirmar que:

a) Independente do formato da curva de demanda, a elasticidade-preço da demanda é

constante ao longo da curva de demanda, qualquer que sejam os preços e as quantidades.

b) Na versão linear da curva de demanda, a elasticidade-preço da demanda é 1 quando q = 0.

c) Na versão linear da curva de demanda, a elasticidade-preço da demanda é 0 quando p = 0.

d) Não é possível calcular o valor da elasticidade-preço da demanda ao longo de uma curva

de demanda linear.

3.3.Os determinantes da elasticidade da demanda

1. Bens Supérfluos versus bens necessários: Os bens supérfluos tendem a ter uma demanda

elástica, os bens necessários tendem a ter uma demanda inelástica. Supérfluos tais como chapéus

possuem uma demanda elástica porque os compradores podem retrair-se no mercado e parar de

comprá-los se os seus preços subirem. Mas bens necessários, tais como sal ou energia eléctrica,

possuem uma demanda inelástica porque os compradores não podem evitar adquiri-los, ou

somente podem fazê-lo com substanciais sacrifícios.

2. Percentagem de renda. Itens que têm uma importância muito grande no orçamento tendem a

ter uma demanda mais elástica do que itens com importância pequena. Para citar um exemplo

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extremo, a demanda por casas é mais elástica do que a demanda por palitos. Os consumidores

podem gastar uma semana inteira tentando negociar a baixa de 1% no preço de uma nova casa.

Mas eles sequer notarão um aumento de 50% no preço dos palitos. Para itens pequenos, tais

como palitos, os consumidores tornam-se bastante insensíveis ao preço.

3. Substituibilidade. Itens que tenham bons substitutos tendem a ter uma demanda mais elástica

do que aqueles que não possuem. Para ilustrar, considere açúcar e sal, itens que são semelhantes

em muitos aspectos. Ambos são bens necessários, e ambos são itens pequenos em qualquer

orçamento. Ainda assim, o açúcar tem uma demanda mais elástica do que o sal porque tem

substitutos (tais como o mel), enquanto o sal não o tem. (Então, o sal tem uma baixa elasticidade

por todas as três razões)

4. Tempo. A passagem do tempo pode ter um importante influência na elasticidade. Quanto

maior o período de tempo, maior torna-se a elasticidade para maioria dos bens. O problema é que

pode levar tempo para que uma redução de preço se torne conhecida e para que os compradores

se ajustem. Por exemplo, se o preço do equipamento de esqui for reduzido em 20%, alguns

compradores em potencial podem não ficar sabendo desta queda no preço por três meses, e

portanto não farão novas compras até a próxima temporada. Mesmo aqueles que souberam do

novo preço podem não aproveitá-lo imediatamente por já terem feito outros planos e estarem,

portanto, impedidos de ir a uma estação de esqui. Em resumo, qualquer defasagem no tempo

entre uma redução de preço e a compra correspondente significa que a demanda torna-se mais

elástica à medida que o tempo passa. (Em comércio internacional., seguidamente existem

defasagem de tempo muito maiores devido às grandes distâncias. Assim,.a demanda externa

pelos nossos produtos responde, em geral mais vagarosamente a uma mudança no preço do que a

demanda doméstica.)

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4.Elasticidade cruzada da demanda

O coeficiente da elasticidade cruzada da demanda da mercadoria X com relação a mercadoria Y

(Ey), mede a variação percentual da quantidade de X, resultante da variação percentual no preço

de Y.

Qx

------------------------

Qx

Exy=------------------------------------------

Py

-----------------------------

Py

Teremos três situações:

a) Se X e Y forem substitutos, Exy será positiva;

b) Se X e Y forem complementares, Exy será negativa.

c) Se X e Y não se relacionam, Exy será igual a zero.

4.1.Exercício preço de demanda

Para cálculo de elasticidade, precisamos primeiramente de uma série histórica de dados. São

necessários ao menos 2 períodos, mas quanto maior o número de dados, mais apurado poderá ser

o cálculo, principalmente se utilizar técnicas econométricas.

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Abaixo demonstraremos um cálculo de elasticidade para um produto qualquer, com apenas 2

períodos e aplicando-se a fórmula padrão de cálculo:

PERÍODO PREÇO QUANTIDADE

JAN/20X1 10,00 500

FEV/20X1 10,50 480

Aplicando-se a fórmula:

Entendendo o resultado: para cada variação percentual de 1% no preço do produto, a quantidade

variará em 0,8%. O sinal negativo da elasticidade indica que a variação na quantidade será em

sentido contrário da variação de preço. Se o preço aumentar em 1% a quantidade demandada

cairá em 0,8%. No nosso exemplo o preço aumentou em 5% (passou de 10,00 para 10,50)

enquanto nossa quantidade caiu em 4% (passando de 500 para 480). Para verificar a quantidade

demandada para as diferentes variações de preço basta multiplicar a variação de preço pela

elasticidade. Se variasse-mos o preço em 15%, a variação na quantidade seria de 12%

(15%*0,8).

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5.Interpretação dos Valores Numéricos das Elasticidades

A inclinação da curva de procura é negativa e, por isso, a elasticidade preço da procura assume

um valor negativo. Contudo, para facilitar a interpretação do valor numérico, é usual ignorar-se o

sinal negativo e admitir-se que a grandeza desta elasticidade é positiva. Deste modo, quanto

maior é a sensibilidade da quantidade procurada em relação às variações do preço, maior é a

medida da elasticidade preço da procura.

O valor numérico da elasticidade preço da procura pode variar de zero a infinito. A elasticidade é

igual a zero quando a quantidade procurada não reage à variação do preço. Diz-se então que a

procura é perfeitamente inelástica. A elasticidade é menor que a unidade quando a variação

percentual da quantidade procurada é menor que a variação percentual do preço. A procura é

assim inelástica. A elasticidade é unitária (igual a 1) quando as duas variações percentuais são

iguais.

A elasticidade é maior que a unidade quando a variação percentual da quantidade procurada é

maior que a variação percentual do preço. É o caso da procura elástica. A elasticidade é igual a

infinito quando os compradores se dispõem a comprar qualquer quantidade do bem em causa a

um dado preço e se dispõem a comprar nada a um preço maior. A procura é deste modo

perfeitamente ou infinitamente elástica.

De um modo geral, ao longo de uma curva de procura, o valor numérico da elasticidade não é

constante. A Figura 4.4 [Lipsey e Chrystal (2004) – 63] exibe uma curva de procura linear. Ao

longo desta curva, a elasticidade varia de zero a infinito. Assume o valor zero no ponto em que a

curva intercepta o eixo horizontal e assume o valor infinito no ponto em que a curva intercepta o

eixo vertical. Existem, no entanto, alguns casos de curvas de procura lineares em que as

elasticidades são constantes. Isto sucede quando as curvas lineares são rectas horizontais ou

verticais.

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6.Elasticidade-preço da oferta

A elasticidade é uma medida da resposta de compradores ou de vendedores a mudanças nas

condições do mercado. A elasticidade-preço da oferta, por sua vez, mensura a sensibilidade da

quantidade ofertada de um bem a variações em seu preço. É calculada da seguinte forma:

η = Elasticidade-preço da oferta = variação percentual da quantidade ofertada =

(Δq/q0)/(Δp/p0),

Variação percentual no preço em que q0 e p0 são a quantidade ofertada e o preço iniciais.

(Observação: essas variações apresentam, em geral, sinais iguais: a um aumento (redução) de

preço corresponde um aumento (redução) na quantidade demandada – a elasticidade-preço é

positiva).

a) Oferta perfeitamente inelástica.

η = 0: a oferta do bem é fixa e não responde a mudanças nos preços.

b) Oferta inelástica.

η < 1: uma variação nos preços provoca uma variação menos que proporcional na

quantidade ofertada do bem.

c) Oferta de elasticidade unitária.

η = 1: uma variação nos preços provoca uma variação de mesma proporção na quantidade

ofertada do bem.

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d) Oferta elástica.

η > 1: uma variação nos preços provoca uma variação mais que proporcional na

quantidade demandada do bem.

e) Oferta perfeitamente elástica.

η = ∞: a um dado nível de preços, os produtores irão atender a toda e qualquer demanda

do mercado.

6.1.Os determinantes da elasticidade da oferta

A elasticidade da oferta depende da capacidade dos produtores de se retraírem no mercado se o

preço baixa, bem como na sua capacidade e disposição de expandir as vendas se o preço sobe.

1. Custo e a possibilidade de estocar: Bens cujo CUSTO de estocagem é elevado

possuem baixa elasticidade de oferta. Os bens de rápida deterioração serão jogados no mercado

independentemente do preço; e sua elasticidade de oferta será muito baixa.

2. Característica do processo de produção. Será que um item possui substituto próximo

na produção? (Isto é, pode o trabalho, a terra e o equipamento utilizados para produzi-lo serem

rapidamente deslocados para a produção de outro bem?) Se for assim, a oferta será elástica. Por

exemplo, compare a elasticidade de oferta para o trigo e para todos os cereais tomados em

conjunto. Em face de uma queda do preço do trigo, o produtor pode ser capaz de responder com

relativa facilidade deslocando a produção para um cereal substituto, por exemplo, o milho; então

a oferta do trigo é razoavelmente elástica.

6.2.Elasticidade Preço e Variações na Despesa Total

Sabe-se que a quantidade procurada de um produto diminui sucessivamente à medida que o seu

preço aumenta sucessivamente. Mas, o que acontece com a despesa total resultante da aquisição

desse produto? Veremos em seguida que a resposta depende da elasticidade preço da procura.

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Observemos primeiro que a despesa total é igual ao produto do preço pela quantidade procurada,

ou seja, despesa total = preço × quantidade procurada. Sabendo-se que, ao longo de uma curva

de procura, o preço e a quantidade procurada movimentam-se em direcções opostas, o

comportamento da variação da despesa total pode parecer ambíguo. Contudo, demonstra-se

facilmente que a direcção da variação da despesa total depende da variação percentual do preço e

da quantidade procurada.

Se a variação percentual do preço excede a variação percentual da quantidade, a variação da

despesa total segue a mesma direcção da variação do preço. Isto sucede quando a elasticidade é

menor que a unidade. Mas, se a variação percentual do preço é menor que a variação percentual

da quantidade, a variação da despesa total segue a mesma direcção da variação da quantidade. É

o caso da elasticidade maior que a unidade. Existe ainda uma terceira situação. Se as duas

variações percentuais forem iguais, a despesa total não se altera. É o caso da elasticidade

unitária.

A relação geral entre a elasticidade da procura, a variação do preço e a variação da despesa total

pode ser sintetizada de modo seguinte: (1) se a procura é elástica, a relação entre o preço e a

despesa total é negativa; (2) se a procura é inelástica, a relação entre o preço e a despesa total é

positiva; (3) se a elasticidade da procura é unitária, não existe qualquer relação entre o preço e a

despesa total, ou seja, a variação do preço não produz qualquer alteração no valor da despesa

total (a despesa total é constante).

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Conclusão

Ao chegar o fim deste trabalho, pude perceber que a elasticidade da procura preço mede a

sensibilidade da procura de determinado bem face a variações no seu preço.

Quando a quantidade procurada do bem diminui muito na sequência de um aumento pequeno

do seu preço, tal representa uma elevada sensibilidade da procura relativamente ao seu preço,

ou seja uma elevada elasticidade da procura preço - neste caso diz-se que o bem tem procura

elástica em relação ao preço. Pelo contrário, quando a quantidade procurada do bem diminui

pouco mesmo que o aumento do preço seja elevado, tal representa uma baixa sensibilidade da

procura relativamente ao seu preço, ou seja, representa uma baixa elasticidade da procura

preço - neste caso diz-se que o bem tem uma procura rígida em relação ao preço.

Matematicamente, a elasticidade da procura preço é calculada através da divisão da variação

percentual na quantidade procurada pela variação percentual no preço.

Dado que as variações dos preços e das quantidades são, geralmente, contrárias devido à

inclinação negativa da curva da procura, a elasticidade procura preço apresenta, nestes casos,

valores negativos. Por este motivo, ambas as variações são transformadas em valores positivos

para que a elasticidade apresente também valores positivos. No caso da elasticidade da

procura preço ser superior a 1, significa que a variação percentual na quantidade procurada é

superior à variação percentual do preço, o que significa que estamos perante um bem de

procura elástica em relação ao preço. Se, pelo contrário, a elasticidade estiver entre 0 e 1, tal

significa que a variação percentual na quantidade procurada é inferior à variação percentual do

preço, ou seja, que estamos perante um bem de procura rígida em relação ao preço. Quando a

elasticidade é 1, diz-se que estamos perante um bem de elasticidade unitária.

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Bibliografia

HEILBRONER, R.L. & Thurow, Lester C. Introdução à microeconomia. -Rio de Janeiro: Ed.

Guanabara, 1988.

MOCHON, M. Francisco. Introdução à economia. - São Paulo: Makron Books, 1994

WONNACOTT, Paul, Economia - 2. ed. - São Paulo: Makron Books, 1994