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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR IV – BIGUAÇU CURSO DE ADMINISTRAÇÃO COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO GUILHERME GOULART ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA UMA EMPRESA DISTRIBUIDORA DE ÁGUA MINERAL BIGUAÇU 2012

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR IV – BIGUAÇU

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

GUILHERME GOULART

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA UMA EMPRESA DISTRIBUIDORA DE ÁGUA MINERAL

BIGUAÇU 2012

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GUILHERME GOULART

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA UMA EMPRESA DISTRIBUIDORA DE ÁGUA MINERAL

Trabalho de Conclusão Estágio apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração, da Universidade do Vale do Itajaí. Profo Orientador de Conteúdo, Dr. Cláudio Reis Gonçalo.

BIGUAÇU 2012

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GUILHERME GOULART

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA UMA EMPRESA DISTRIBUIDORA DE ÁGUA MINERAL

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final

pela Coordenação do Curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí, em 30 de

novembro de 2012.

______________________________________________ Prof. Dr. Valério Cristofolini UNIVALI – Campus Biguaçu

Coordenador do Curso

Banca Examinadora:

________________________________________________ Prof. Dr. Claudio Reis Gonçalo UNIVALI – Campus Biguaçu

Professor Orientador _________________________________________________

Prof. Dr. Rosalbo Ferreira UNIVALI – Campus Biguaçu

Membro __________________________________________________

Prof. (a). Esp. Josiane da Luz UNIVALI – Campus Biguaçu

Membro

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RESUMO

O tema deste trabalho é o desenvolvimento de um Plano de Negócio para uma empresa distribuidora de água mineral utilizando os conceitos da administração. O objetivo é elaborar um plano de negócio para a abertura de uma empresa distribuidora de água mineral na cidade de São José, pretende-se com a utilização desta ferramenta, minimizar o risco e estabelecer uma estratégia para o sucesso do empreendimento. A metodologia utilizada para a pesquisa é qualitativa exploratória, reunindo e analisando os dados fornecidos por um case de uma empresa e informações prestadas por empreendedores do segmento, informações sobre o mercado, entre outros, auxiliaram na elaboração do Plano de Negócio, possibilitando ao acadêmico a possibilidade de traçar estratégias, estimativas e projeção de faturamento e vendas para uma análise financeira da viabilidade do negócio proposto. Após a análise de todos os dados foi comprovada a viabilidade da implantação do empreendimento através dos resultados positivos obtidos pelas confrontações dos dados dos indicadores econômico-financeiros. Palavras-chave: Plano de Negócio, Estratégia, Viabilidade.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1: Relação entre a escolha das metas versus utilização dos recursos . .......................5

Ilustração 2: O processo administrativo . ....................................................................................6

Ilustração 3: Processo administrativo e suas principais características.................................... .. 8

Ilustração 4: Caracteristicas do empreendedor .........................................................................12

Ilustração 5: Classificação das empresas ..................................................................................14

Ilustração 6: Motivos que contribuem para o fracasso das organizações.................................15

Ilustração 7: Estratégia Competitiva.........................................................................................19

Ilustração 8: Critérios de avaliação de qualidade de serviços...................................................20

Ilustração 9: Metodologia de Bernardi......................................................................................23

Ilustração 10: Esquema para elaboração de um plano de Baron e Shane .................................24

Ilustração 11: Etapas de um plano de negócios segundo Longenecker, Moore e Petty............26

Ilustração 12: Estrutura do plano de negócio............................................................................27

Ilustração 13: Localização da Goulart Distribuidora................................................................38

Ilustração 14: Estrutura organizacional.....................................................................................39

Ilustração 15: Principais estados produtores.............................................................................44

Ilustração 16: Evolução do consumo da água envasada no mundo..........................................45

Ilustração 17: Projeção de vendas /mês....................................................................................50

Ilustração 18: Layout Goulart Distribuidora.............................................................................51

Ilustração 19: Foto fachada do galpão......................................................................................52

Ilustração 20: Foto interior do galpão.......................................................................................52

Ilustração 21: Investimentos Goulart Distribuidora..................................................................54

Ilustração 22: Projeção de receitas e despesas..........................................................................56

Ilustração 23: D.R.E..................................................................................................................57

Ilustração 24: Indicadores econômico-financeiros...................................................................58

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SUMÁRIO Resumo....................................................................................................................................................................iv

Lista de ilustrações..................................................................................................................................................v

1 INTRODUÇÃO . ....................................................................................................................1

1.1 Tema e Problema de Pesquisa ............... ............................................................................2

1.2 Objetivos ...... ......................................................................................................................2

1.2.1 Objetivo Geral ...........................................................................................................2

1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................................3

1.3 Justificativa ....... ................................................................................................................3

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................................4

2.1 Adminstração ............. .......................................................................................................4

2.1.2 A administração e suas funções ...... ...........................................................................6

2.1.3 Habilidades do Administrador ..... ..............................................................................8

2.2 Empreendedorismo................ ..........................................................................................10

2.3 Micro e pequenas empresas .................... ........................................................................13

2.4 Varejo .............................................................................................................................16

2.5 Estratégia competitiva....................................................................................................17

2.6 Plano de negócios ................. .........................................................................................21

2.6.1 Metodologias de Plano de Negócios.......... ...........................................................23

2.6.2 O modelo de plano de negócios proposto..............................................................28

2.6.2.1 Plano Estratégico .... ..............................................................................................28

2.6.2.2 Plano de Marketing ... ............................................................................................31

2.6.2.3 Plano financeiro ... .................................................................................................32

2.7 Ação empreendedora no ramo de água mineral.............................................................33

2.8 Metodologia de pesquisa................................................................................................35

3. PLANO DE NEGÓCIOS PROPOSTO PARA A DISTRIBUIDORA......................35

3.1 Capa..................................................................................................................................35

3.2 Sumário Executivo ...........................................................................................................36

3.2.1 Descrição do Projeto ..............................................................................................36

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3.2.2 Histórico da idéia/empreendimento........................................................................36

3.2.3 Produtos e Serviços.................................................................................................36

3.2.4 Localização.............................................................................................................37

3.2.5 Estrutura Organizacional e Estrutura Funcional.....................................................39

3.3 Plano Estratégico.............................................................................................................41

3.3.1 O Negócio.............................................................................................................41

3.3.2 Missão, Visão, Valores.........................................................................................41

3.3.3 Objetivos e metas..................................................................................................41

3.3.4 Análise Swot.........................................................................................................41

3.3.4.1 Ambiente interno................................................................................................42

3.3.4.2 Ambiente externo...............................................................................................42

3.4 Plano de marketing..........................................................................................................43

3.4.1 Análise mercadológica........................................................................................43

3.4.1.1 Análise do setor..................................................................................................43

3.4.1.2 Posicionamento..................................................................................................45

3.4.2 Análise do Ambiente.........................................................................................45

3.4.2.1 Análise da Clientela ( Segmentação).................................................................45

3.4.2.2 Análise dos Concorrentes..................................................................................46

3.4.2.3 Análise dos Fornecedores..................................................................................46

3.4.2.4 Estratégia Competitiva.......................................................................................47

3.5 Estratégia de Marketing...................................................................................................48

4 PLANO OPERACIONAL............................................................................................49

4.1 Infraestrutura...................................................................................................................51

5 PLANO FINANCEIRO................................................................................................53

5.1 Investimentos...............................................................................................................53

5.2 Despesas e Receitas.....................................................................................................55

5.3 D.R.E – Demonstrativo do Resultado do Exercício....................................................57

5.4 Indicadores Econômico-Financeiros............................................................................58

5.5 Análise dos resultados coletados.................................................................................58

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................59

REFERÊNCIAS ......................................................................................................................60

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1. INTRODUÇÃO

A independência financeira é o sonho de qualquer pessoa. Com a grande

competitividade e a instabilidade dos postos de trabalho é cada vez maior o número de

pessoas abrindo seu próprio negócio. Certamente a maioria das tentativas ocorre pela

necessidade dos empreendedores em criar uma fonte de renda.

O empreendedorismo não se trata apenas de necessidade ou mesmo sobrevivência,

mas em muitos casos o idealizador busca satisfação pessoal. De acordo com Dornelas (2005)

o empreendedorismo é o envolvimento de pessoas em processos que transformam ideias em

oportunidades. Está baseado em indivíduos que, misturam a inovação com as melhores

práticas de comercialização de novos produtos e serviços.

De acordo com o Anuário Mineral Brasileiro (AMB) o consumo de água mineral

vem crescendo a cada ano. O consumo brasileiro que era de 10 756 970 litros em 2003 passou

para 14 288 375 em 2008, segundo a Agência Beverage Marketing Corporation (2008). O

estado de Santa Catarina ainda está em expansão tanto em sua produção quanto o consumo.

Com o desejo de empreender vislumbrado e uma oportunidade identificada é

necessário planejar a execução do negócio. No planejamento da abertura de um negócio é

necessário observar o cenário ao qual será inserida, levando em consideração fatores como

conjuntura econômica, desenvolvimento do local, atuação estratégica dos concorrentes, entre

outros. É a “forma de pensar no futuro, integrada no processo decisório, com base em

procedimentos formalizados e articulados de resultados e em uma programação”.

(OLIVEIRA, 2001).

Para que o planejamento de fato aconteça existem diversas ferramentas disponíveis

para o empreendedor. Uma dessas ferramentas utilizadas é o plano de negócios, que de acordo

com Salim et al (2005, p. 3) “é um documento que contém a caracterização do negócio, sua

forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar uma fatiado mercado e as

projeções de despesas, receitas e resultados financeiros.”

O plano de negócios é uma ferramenta que auxilia os empreendedores a especificar

detalhadamente seu empreendimento já iniciado ou que ainda iniciará. Com isto ele poderá

verificar a viabilidade ou não do seu negócio, fazendo que sua empresa não faça parte das

estatísticas de mortalidade das micro e pequenas empresas antes do primeiro ano de vida.

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1.1 Tema e Problema de Pesquisa

O plano de negócios é uma ferramenta que permite ao empreendedor visualizar de

forma sistêmica o empreendimento, verificando dessa forma a viabilidade ou não do negócio.

Têm como objetivo orientar o empreendedor a analisar os riscos e de uma forma correta

corrigir os erros. Visualizar seu negócio de forma ampla possibilita que o empreendedor possa

identificar seus pontos fortes e melhorar seus pontos fracos.

Outra grande dificuldade encontrada pelos empreendedores é a disponibilidade de

recursos financeiros. Um plano de negócios bem elaborado trás consigo informações

imprescindíveis para que um investidor em potencial tenha conhecimento do empreendimento

proposto.

Independente de qual seja a fonte de recursos financeiros para a viabilização do

projeto a análise de um plano de faz necessário. Atualmente tornou-se um documento

indispensável para a concessão de crédito nas instituições financeiras.

Vale ressaltar que a forma mais comum de iniciar um empreendimento é através de

recursos dos próprios fundadores. Entretanto, mesmo dessa forma é indispensável o estudo e

análise de uma ideia de negócio a ser implantada, pois através dessa ferramenta consegue-se

elaborar taxas de retorno através de diversas simulações com cenários diferenciados.

Diante desse contexto, a pergunta norteadora desse estudo é: Existe viabilidade de

implantação de uma distribuidora de água mineral no município de São José/SC?

1.2 Objetivos

Baseado no problema de pesquisa apresentado segue o objetivo geral e os objetivos

específicos deste estudo.

1.2.1 Objetivo Geral

Elaborar um plano de negócio para a abertura de uma empresa distribuidora de água

mineral na cidade de São José.

1.2.2 Objetivos Específicos

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Visando atender ao objetivo geral, os objetivos específicos são:

a) Elaborar uma revisão de literatura dos temas pertinentes com base nos autores

da área;

b) Identificar as diferentes etapas de um plano de negócios;

c) Analisar a viabilidade de abertura de uma empresa distribuidora de água

mineral.

1.3 Justificativa

Este trabalho de conclusão de curso proposto pelo acadêmico visa a discussão do

empreendedorismo e as melhores metodologias para o planejamento de um negócio. Através

das pesquisas realizadas durante o estudo foi possível analisar os dados referentes ao contexto

econômico do setor de comércio de água mineral e ao final disponibiliza-lo para o

empresariado do segmento

Para o acadêmico, a elaboração desse trabalho primeiramente justifica-se pelo

cumprimento de uma exigência para a conclusão de graduação. Entretanto, ao elaborar um

plano de negócios será permitido a revisão e aplicação dos conceitos e técnicas adquiridos em

sala.

Para a academia, o principal beneficio é a disponibilização desse material em seu

acervo como fonte de pesquisas para novos estudos que possam surgir e assim gerar

conhecimento cientifico. O conhecimento é fonte de inovação e vantagem competitiva.

Para o empreendedor, além de visualizar o seu negócio de forma ampla e detalhada,

permite verificar a viabilidade do seu empreendimento e dessa forma optar ou não pelo

investimento no negócio. Além disso, poderá analisar as oportunidades e os riscos que seu

negócio enfrentará por determinado período.

Para a sociedade o presente estudo se justifica pela possibilidade de que um novo

empreendimento seja concebido, de forma planejada, gerando oportunidade e renda para as

pessoas participantes do processo ou que ainda façam parte do contexto ao qual a organização

será inserida.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo tem como objetivo apresentar uma síntese da história da administração,

suas funções, bem como os conceitos referentes à área. Em seguida, abordam-se os conceitos

de empreendedorismo, plano de negócios e suas metodologias.

Por último, ressalta-se que a fundamentação teórica será realizada com base em

autores renomados da área e justifica-se pela necessidade de elaboração de arcabouço teórico

que dê embasamento para o estudo a ser realizado.

2.1 Administração

O conceito de administração é salutar para a compreensão das atividades da

sociedade moderna e os impactos que são gerados na vida das pessoas. Qualquer organização

que desejar ser competitiva no mercado atendendo as demandas de sua atividade fim

necessariamente deverá estar preparada para enfrentar e sobreviver as adversidades do

mercado.

Para que isso seja possível, o conhecimento da ciência da administração faz uma

diferença significativa. Para Maximiano (2010, p. 6) “administração é o processo de tomar

decisão sobre objetivos e a utilização de recursos.”

Stoner e Freeman (1994, p.4) definem organização como “duas ou mais pessoas

trabalhando juntas e de modo estruturado para alcançar um objetivo específico ou um

conjunto de objetivos”. Enfatizam ainda que:

A administração é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da organização para alcançar objetivos estabelecidos.

Segundo Amboni e Andrade (2007) administrar é a arte de liderar pessoas e utilizar

os recursos escassos e valiosos da organização (tecnológicos, econômicos, financeiros, dentre

outros), de maneira eficiente e eficaz visando atingir os objetivos através de metas pré-

estabelecidas. Os mesmo autores definem administração como “uma ciência, pois lida com

fenômenos complexos, sobre os quais o administrador tem pouco conhecimento”.

Do ponto de vista de Silva (2001, p. 37) existem inúmeros conceitos sobre

administração e obras literárias sobre o assunto. Todavia, a grande maioria defende a ideia

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básica de que “administrar está relacionada com a mobilização de outras pessoas para o

alcance de objetivos organizacionais”.

Na história da administração, algumas pessoas foram responsáveis por torna-la uma

ciência. Segundo Maximiano (2010, p. 31), “os dois nomes que exerceram maior impacto

dentre os pioneiros estudiosos da Administração foram, sem dúvida, Frederick Winslow

Taylor e Henri Fayol”.

Para assegurar o melhor desempenho de uma organização, é necessário que suas

ações estejam pautadas nos conceitos de eficácia e eficiência. A relação entre o uso dos

recursos e o alcance das metas determina os níveis de eficiência e eficácia, como mostrado na

figura a seguir.

Fonte: Adaptado de Silva (2005, p. 57)

A primeira caracteriza-se pela capacidade que a organização e seu corpo diretivo têm

em explorar seus recursos visando a correção dos meios para atingir o alcance dos seus

objetivos. A segunda relaciona-se com a racionalidade econômica, ou seja, a razão

custo/beneficio que a organização pode atingir para prestar ou produzir determinados bens e

serviços (MAXIMIANO, 2010).

Baixa Eficiência/Alta Eficácia O administrador escolhe metas certas para alcançar, mas faz mau uso dos recursos para alcançar as metas. Resultado: um produto que o consumidor quer, mas muito caro para que ele compre.

Alta Eficiência/ Alta Eficácia O administrador escolhe metas certas para alcançar e faz bom uso dos recursos para alcançar as metas. Resultado: um produto que o consumidor quer, a uma qualidade e preço que ele pode pagar.

Baixa Eficiência/Baixa Eficácia O administrador escolhe metas erradas para alcançar e faz mau uso dos recursos. Resultado: baixa qualidade de produtos, que o consumidor não quer.

Alta Eficiência/Baixa Eficácia O administrador escolhe metas inadequadas, mas faz bom uso dos recursos no alcance das metas. Resultado: um produto de alta qualidade que o consumidor não quer.

BAIXA ALTA

EFICIÊNCIA

BA

I

ALT

A

EFICÁCIA

Ilustração 1: Relação entre a escolha das metas versus utilização dos recursos

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2.1.2 A administração e suas funções

Para que a organização consiga atingir seus objetivos, é necessário que seu gestor

decida qual a forma mais adequada de utilização dos recursos disponíveis. Esse processo de

tomada de decisão corresponde ao processo administrativo.

De acordo com Chiavenato (2001, p. 193), “dá-se o nome de processo a uma

sequência de atividades que formam um todo integrado ou um conjunto de operações

contínuas e recorrentes necessárias para realizar uma ação integrada”.

Na teoria clássica desenvolvida por Fayol, o processo administrativo era composto

por cinco funções a saber: planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. Entretanto,

tal processo sofreu uma readequação e as funções de comandar e coordenar foram substituídas

pela função dirigir. Sendo assim, o processo administrativo é composto atualmente por:

planejar, organizar, dirigir e controlar, conforme demonstrado na ilustração a seguir.

Ilustração 2: O processo administrativo

CEUT

O Processo Administrativo

RECURSOSn Humanosn Financeirosn Materiaisn Informaçãon Tecnologia

RESULTADOSn Alcance de

metas;n Melhoria de

desempenhon Aumento de

capacidades e recursos para metas futuras

Planejamento

Direção

OrganizaçãoControle

Fonte: Adaptado de Silva (2005, p. 10)

Para Stoner e Freeman (1994, p.5), “planejar significa que os administradores

pensam antecipadamente em seus objetivos e ações, e que seus atos são baseados em algum

método, plano ou lógica, e não em palpites”.

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As organizações não podem atuar de forma improvisada, mas determinar

antecipadamente quais os seus objetivos e como fazer para alcançá-los. Planejar não é

adivinhação, e sim o reconhecimento de que as ações presentes refletem antecipações e

presunções sobre o futuro. O planejamento requer a habilidade de trabalhar com incertezas e

com as mudanças, determinando em uma situação extrema a possibilidade de adiar ou abortar

uma decisão a ser tomada. (CHIAVENATO, 2001).

A função de organizar, de acordo com Amboni e Andrade (2007), compreende a

distribuição do poder, das tarefas, das responsabilidades e da prestação de contas. A

organização também expressa a distribuição otimizada dos recursos em uma empresa, a

divisão do trabalho racionalmente, a departamentalização das atividades, designar coordenar

os esforços.

Na mesma linha, para Stoner e Freeman (1994, p.6), organizar “é o processo de

arrumar e alocar o trabalho, a autoridade e os recursos entre os membros de uma organização,

de modo que eles possam alcançar eficientemente os objetivos da mesma”.

Para Chiavenato (2001), a direção é a função administrativa que se refere as relações

interpessoais dos administradores em todos os níveis. Dirigir significa interpretar os planos e

orientar as pessoas na execução para atingir os objetivos organizacionais.

De acordo com Silva (2005, p. 10), direção é “a influência para que outras pessoas

realizem suas tarefas de modo a alcançar os objetivos estabelecidos, envolvendo energização,

ativação e persuasão daquelas pessoas”.

Maximiano (2010) e Silva (2005) concordam que direção está intimamente ligada à

liderança das pessoas.

Liderar é conduzir um grupo alcançar os objetivos e metas de interesse comum do

grupo e também da organização, influenciando seu comportamento de acordo com uma visão

do futuro baseada num conjunto coerente de idéias e princípios (LACOMBE; HEILBORN,

2003, p. 49).

E por último a função de controle, de acordo com Stoner e Freeman (1994, p.7) “ é

quando o administrador deve se certificar de que os atos dos membros da organização levam-

na de fato em direção aos objetivos estabelecidos”.

O controle é a compatibilidade entre os objetivos organizacionais esperados com os

resultados alcançados. A função controle institui mecanismos para controlar todos os aspectos

da organização com o objetivo de monitorar a execução das tarefas anteriormente planejadas,

organizadas e distribuídas entre as pessoas para que não destoem dos resultados esperados

(MAXIMIANO, 2010).

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Na ilustração a seguir podemos perceber as funções administrativas e suas principais

características. Ilustração 3: Processo administrativo e suas principais características

1. PLANEJAMENTO 2. DIREÇÃO

- Estabelecer objetivos e missão

- Examinar as alternativas

- Determinar as necessidades de recursos

- Criar estratégias para o alcance dos

objetivos

- Conduzir e motivar os empregados na

realização das metas organizacionais

- Estabelecer comunicação com os

trabalhadores

Apresentar solução dos conflitos

- Gerenciar mutações

3. ORGANIZAÇÃO 4. CONTROLE

- Desenhar cargos e tarefas específicas

- Criar estrutura organizacional

- Definir posições de staff

- Coordenar as atividades de trabalho

- Estabelecer políticas e procedimentos

- Definir a alocação de recursos

- Medir desempenho

- Estabelecer comparação do desempenho

com os padrões

- Tomar as ações necessárias para melhoria

do desempenho

Fonte: Adaptado de Chiavenato (2001)

Ao exercer essas funções o administrador deve possuir características em comum

com a atividade que está sendo realizada pela organização. Essas características podem ser

definidas como habilidades e que dependendo da função são inevitáveis.

2.1.3 Habilidades do Administrador

Os administradores diferem-se pelo perfil de cada um e pela postura com realizam

seu trabalho. Alguns com comportamento mais sereno em sua forma de negociar e outros um

pouco mais agressivos nesse processo. Entretanto, para que exerça suas atividades gerenciais

é necessário que possuam habilidades técnica, humana e conceitual.

De acordo com Lacombe e Heilborn (2003, p.10), a habilidade técnica “é a

compreensão e domínio de determinado tipo de atividade. Envolve conhecimento

especializado, habilidade analítica dentro da especialidade e facilidade no uso das técnicas e

do instrumental da disciplina específica”.

Amboni e Andrade (2007, p.11), definem a habilidade técnica da seguinte forma:

Pode-se dizer que uma pessoa possui habilidade técnica quando compreende e tem domínio da atividade que realiza. Exige conhecimento especializado, habilidade

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analítica dentro da especialidade e facilidade no uso das técnicas e do instrumental voltados especificamente para as atividades que desenvolve.

Na habilidade conceitual, podemos entender como a visão sistêmica de visualizar a

empresa como um conjunto integrado, mas é necessário posicionar-se a partir do ponto de

vista da organização, dessa forma pode-se perceber como as várias funções são independentes

e como a falta de uma delas afeta as demais (ANDRADE; AMBONI, 2007).

Já para Lacombe e Heilborn (2003, p.10), “é a habilidade para visualizar a

organização (instituição, empresa ou grupo de empresas) como um conjunto integrado”.

De acordo com Stoner e Freeman (1994), a habilidade humana é a aptidão de

trabalhar com outras pessoas, indivíduos membros do grupo, entendendo e motivando-as.

Lacombe e Heilborn (2003) vão além e definem a habilidade humana como sendo a

capacidade de trabalhar com eficácia como membro de um grupo e de conseguir esforços

cooperativos nesse grupo na direção dos objetivos estabelecidos.

Corroborando com estes autores, Andrade e Ambone (2007) conceituam tal

habilidade como sendo a capacidade que os membros de uma equipe têm de trabalharem com

eficácia no sentido de conseguirem esforços cooperativos em prol do alcance dos objetivos

comuns pré estabelecidos, de certa forma é a habilidade de trabalhar com pessoas, com boa

comunicação, com o intuito de compreender as necessidades e aque motivam os membros da

equipe.

Um empreendedor para obter sucesso necessariamente deve possuir esse conjunto de

habilidades bem desenvolvidas, pois precisa possuir habilidade técnica, devido à natureza do

seu empreendimento, habilidade humana, devido à necessidade de um trabalho em equipe em

prol do objetivo, e a habilidade conceitual para visualizar seu empreendimento de forma

sistêmica.

O próximo capitulo trata da conceituação do empreendedorismo e como ocorre esse

processo.

2.2 Empreendedorismo

A palavra empreendedorismo está presente na história da humanidade e é utilizada

para caracterizar a idealização e concretização de um projeto, seja em qual area ela for

concebido.

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Diversos fatos podem ser elencados no decorrer da história para exemplificar o

processo de empreendedorismo. De acordo com Dornelas (2008), o primeiro exemplo de

empreendedorismo foi quando Marco Polo estabeleceu rotas para o Oriente, assumindo riscos

físicos e emocionais. Já Idade Média, o termo empreendedor foi utilizado para quem

gerenciava grandes projetos de produção, sem muitos riscos. No século XVII, os primeiros

indícios da relação entre assumir riscos e empreendedorismo foram quando o governo

estabelecia um acordo contratual com o empreendedor para realizar algum serviço ou fornecer

produtos, podendo gerar lucro ou prejuízo.

Já no século XVIII, o empreendedor e capitalista foram diferenciados,

provavelmente devido à industrialização. No final do século XIX e início do século XX, os

empreendedores foram frequentemente confundidos com administradores devido às

similaridades das atividades, mas cabe ressaltar que todo o empreendedor deve ser um bom

administrador, mas nem todo administrador é um empreendedor (DORNELAS, 2008, p.14-

15).

De acordo com Dolabela (2008, p.59), “empreendedorismo é um neologismo

derivado da livre tradução da palavra entrepreneurship e utilizado para designar os estudos

relativos ao empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de atividades, seu universo de

atuação”

Por outro lado, Dornelas (2008, p.22) define empreendedorismo como “o

envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam a transformação de ideias em

oportunidades”.

Chiavenato (2008, p.7) caracteriza o empreendedor como:

[...] o empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade de identificar oportunidades. Com esse arsenal, transforma ideias em realidade, para benefício próprio e para benefício da comunidade. Por ter criatividade e um alto nível de energia, o empreendedor demonstra imaginação e perseverança, aspecto que, combinados adequadamente, o habilitam a transformar uma ideia simples e mal estruturada em algo concreto e bem-sucedido no mercado.

O significado da palavra empreendedor mudou de acordo com o país e a época. Hoje,

é a atividade de toda pessoa que está na base da empresa, desde um dono de uma oficina até

aquele que criou e desenvolveu uma multinacional (DOLABELA, 2008, p.59).

Dolabela (2008, p.61) reforça que o empreendedor “é alguém capaz de desenvolver

uma visão, mas não só. Deve saber persuadir terceiros, sócios, colaboradores, investidores,

convencê-los de que sua visão poderá levar todos a uma situação confortável no futuro”.

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11

O Empreendedor é a pessoa que, para realizar um sonho pautado numa idéia ou

projeto pessoal, assume todos os riscos e responsabilidades que poderão ser enfrentados

quando esse projeto for extraído do papel e transformado em realidade, com consciência das

dificuldades advindas dessa ação: “[...] aproveitando as oportunidades fortuitas, antes que outros aventureiros o façam”. (CHIAVENATO, 2008, p.3). “Da mesma forma que o ser humano precisa dormir para produzir sonhos, o empresário precisa saber criar seu espaço de relaxamento e reflexão para deixar fluírem os sonhos profissionais. Um empresário que não sonha morre”. (KUAZAQUI, 2006, p.107).

Administrar esse novo empreendimento e transformá-la numa empresa que gere

lucros e cresça de maneira sustentável é o principal desafio desse empreendedor. No entanto: [...] nenhuma empresa pode crescer sem funcionários talentosos e motivados, [...] então se tornam cruciais as questões sobre como atrair tais pessoas, motivá-las e evitar que deixem a empresa”. (BARON, 2007, p.14).

Além disso, o empreendedor pode promover barreiras contra imitações,

racionalização e controle de matéria-prima utilizados na exploração de determinados ramos,

estabelecendo uma reputação ilibada da organização perante seus clientes e buscar a inovação

de seus produtos constantemente. Todas essas medidas podem e devem ser adotadas de

maneira racional para garantir a competitividade de maneira justa e coerente com resultados

que propicie um desenvolvimento sustentável da organização e do mercado como um todo.

(BARON, 2007)

O empreendedorismo busca diminuir a distância que ainda separa os principais

fundamentos econômicos: de um lado as unidades geradoras de conhecimento com seus

valores e cultura e de outro lado a comunidade com suas empresas, governos, terceiro setor,

que teriam a responsabilidade de transformar o conhecimento em ativos para melhorar as

condições de vida da sociedade. Tanto as unidades de geração de conhecimento como a

comunidade empresarial devem ter o mesmo objetivo comum: gerar desenvolvimento

econômico tendo beneficiário o ser humano, a vida e a natureza (DOLABELA, 2008, p.60).

Dornelas (2008, p.6), ao relatar a revolução do empreendedorismo enfatiza que:

[...] o momento atual pode ser chamado de era do empreendedorismo, pois são os empreendedores que são os empreendedores que estão eliminando barreiras comercias e culturais, encurtando distâncias, globalizando e renovando os conceitos econômicos, criando novas relações de trabalho e novos empregos, quebrando paradigmas e gerando riquezas para a sociedade.

Os empreendedores são indivíduos que diferem demais e possuem algumas

características que Dornelas (2008, p.17) destaca a seguir:

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Ilustração 4: Características do empreendedor

São Visionários Eles têm a capacidade de visualizar o futuro do seu negócio e têm a

habilidade de implantar as suas ideias.

Sabem tomar decisões Não são inseguros, sabem tomar as decisões na hora certa,

principalmente em momentos em dificuldade.

São indivíduos que

fazem a diferença

Possuem a habilidade de transformar algo novo em uma boa

oportunidade de negócio, transformando o abstrato em realidade.

Sabem exploram ao

máximo as oportunidades

São aqueles que conseguem ver as ideias que todos veem mas não

conseguem transformar aquilo em uma oportunidade.

São determinados e

dinâmicos

São inconformados com a rotina, programam todas as ações com

total comprometimento, ultrapassando todas as adversidades.

São dedicados Dedicam-se 24horas por dia ao seu negócio. Comprometem o

relacionamento com amigos e familiares. São trabalhadores exemplares,

incansáveis e loucos pelo trabalho.

São otimistas e

apaixonados pelo que fazem

O principal combustível que os matem animados e

autodeterminados é o amor por aquilo que fazem. Devido a esse otimismo

sempre enxergam o sucesso.

São independentes e

constroem o próprio destino

Querem ser donos do próprio destino, serem patrões e não

empregados, querem determinar os seus próprios passos.

Ficam ricos Eles acreditam que o dinheiro é a consequência do sucesso.

São liderem e

formadores de equipes

Destacam-se por seu perfil de liderança incomum, sendo

respeitados e agraciados por seus empregados. Querem a melhor equipe, os

funcionários mais competentes.

São bem relacionados Sabem construir uma rede de relacionamento forte que auxiliam o

desenvolvimento da empresa.

São organizados Sabem alocar os recursos disponíveis no empreendimento.

Planejam Estão sempre planejando cada passo do seu negócio.

Possuem conhecimento Querem saber e aprender frequentemente, pois quanto mais sabem

do seu ramo de negócio, maior será a possibilidade de sucesso do

empreendimento.

Assumem riscos

calculados

A característica mais conhecida e a mais forte. Quanto maior o

desafio mais estimulante será a jornada empreendedora.

Criam valor para a

sociedade

Geram empregos, geram dinamismo para a economia e inovem,

sempre usando sua criatividade em busca de soluções para melhorar a vida

das pessoas.

Fonte: Adaptado de Dornelas (2008, p.17-18).

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É um tema complexo, mas o espírito empreendedor é composto por três

características básicas: necessidade de realização, disposição para assumir riscos e a

autoconfiança (CHIAVENATO, 2008, p.8-9).

Percebe-se algumas semelhanças entre o papel e as funções do administrador e as

características do empreendedor, mas as diferenças se acentuam em relação ao processo

visionário, onde o empreendedor possui mais evidente este quesito. O empreendedor é muito

mais preocupado com aspectos estratégicos do seu negócio e principalmente, são muito mais

comprometidos. Há exceções a toda regra e não é preciso possuir todas as características para

possuir sucesso como empreendedor.

2.3 Micro e pequenas empresas

As micro e pequenas empresas, mesmo possuindo algumas características

diferenciadas perante as grandes corporações, são de grande importância para a economia,

gerando empregos, exportando e participando cada vez mais do crescimento do Produto

Interno Bruto. As micro e pequenas empresas contribuem com inovações tecnológicas, pois

normalmente preenchem espaços não ocupados pelas grandes corporações.

Para Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 34), “como parte da comunidade

empresarial, as pequenas empresas contribuem inquestionavelmente para o bem estar

econômico da nação. Elas produzem uma parte substancial do total de bens e serviços”.

O Serviço brasileiro de apoio as micro e pequenas empresas (2011) ao analisar seus

dados estatísticos para o Brasil, mostra que:

[...] Em conjunto, as micro e pequenas empresas responderam, em 2002, por 99,2% do número total de empresas formais, por 57,2% dos empregos totais e por 26,0% da massa salarial. Em função do aumento expressivo do número de empregos gerados entre os dois anos nos dois segmentos, a massa salarial apresentou incremento real de 57,3% nas microempresas e 37,9% nas pequenas.

Quanto ao conceito de micro e pequenas empresas, definir qualquer padrão para

determinar tamanho de empresas é algo completamente arbitrário, pois as pessoas podem

adotar qualquer padrão de acordo com sua necessidade (LONGENECKER; MOORE;

PETTY, 1997, p. 34).

Corroborando, Bernardi (2010, p.88) reforça que, “não há um conceito

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universalmente aceito sobre o que seja uma pequena e média empresa, e sim uma profusão e

variedade de critérios, que conforme o enfoque apresenta valores relativos”.

Já Serviço brasileiro de apoio as micro e pequenas empresas (2011), classifica as

empresas de acordo com o setor econômico que ela está inserida e o número de pessoas

ocupadas, conforme ilustração abaixo:

Ilustração 5: Classificação das empresas

Microempresa na indústria, até 19 pessoas ocupadas; no comércio

e serviços, até 09 pessoas ocupadas

Pequena empresa na indústria, de 20 a 99 pessoas ocupadas; no

comércio e serviços, de 10 a 49 pessoas ocupadas

Média empresa na indústria, de 100 a 499 pessoas ocupadas; no

comércio e serviços, de 50 a 99 pessoas ocupadas

Grande empresa na indústria, acima de 500 pessoas ocupadas; no

comércio e serviços, acima de 100 pessoas ocupadas

Fonte: Sebrae Nacional (2010)

Alguns critérios usados para medir o tamanho são: número de empregados, volume

de vendas, valor dos ativos, seguro da força de trabalho, volume de depósitos. Embora, o

número de empregados seja o parâmetro mais usado, o melhor critério depende do propósito

do usuário (LONGENECKER; MOORE; PETTY, 1997, p.28).

Deve-se considerar também o lado negativo das micro e pequenas empresas, o

registro de fracasso nos negócios, ou seja, a sua taxa de mortalidade. Segundo Longenecker,

Moore e Petty, (1997, p. 41), “os custos do fracasso nos negócios envolvem mais do que os

custos financeiros ao dono do negócio e aos credores. Os custos incluem os de natureza

psicológica, social e econômica também”.

Com base em informações de uma pesquisa recente feita pelo Serviço Brasileiro de

Apoio as Micro e Pequenas Empresas (2007), a taxa de mortalidade das micro e pequenas

empresas em Santa Catarina é de 24,1%. Essa alta taxa de mortalidade está atrelada as micro e

pequenas empresas emergentes.

Conforme Machado (2005), alguns motivos contribuem para o fracasso das

empresas, e na ilustração a seguir destaca-se os principais:

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Ilustração 6: Motivos que contribuem para o fracasso das organizações

Carga fiscal

os impostos que incidem sobre as empresas vem

aumentando e ressalta que quanto maiores as aliquotas, maior é a

sonegação fiscal fazendo com que muitas empresas atuem na

informalidade

Falta de experiência

administrativa

a maior dificuldade que os empresários encontram é no que

diz respeito aos controles financeiros

Caixa da empresa versus

caixa do prorietário

a não diferenciação do caixa pessoal e da empresa

Altas taxas de juros e

dificuldade de financiamento

com as taxas de juros elevadas, os empresários não tem

acesso aos financiamentos, muitas vezes por não possuir garantias

exigidas pelas instituições financeiras

Fonte: Adaptado de Machado (2005)

Independente de levar em consideração fatores externos que influenciam no

processo, que de certa forma o empreendedor deve estar preparado, os fatos que tem um

impacto mais acentuados nos anos iniciais são internos, o que leva a crer a alta taxa de

mortalidade nos primeiros anos de existência da organização (BERNARDI, 2010, p. 90).

Conforme Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 689) “outro tipo de peso

governamental é o dos impostos. Os impostos tem um impacto direto sobre o fluxo de capital

das pequenas empresas e, portanto, representam uma custosa drenagem de sua renda

financeira”.

Em relação à legislação da microempresa, está a criação da lei 7.256, de 27 de

novembro de 1984, que institui o Estatuto da Microempresa. Em virtude de seu pequeno

porte, tem a vantagem de precisar de poucos papéis e documentos relativos aos negócios

realizados (CHIAVENATO, 2008, p.48).

De acordo com o sistema brasileiro de apoio as micro e pequenas empresas, o Brasil

se prepara para a elaboração da Lei Geral da Pequena Empresa, desta forma os

empreendedores de pequenos negócios estarão fortalecendo suas atividades e contribuindo

para ajudar a resolver diversos aspectos cruciais no Brasil.

O município de Palhoça dá a sua contribuição com as leis n. 2174/92 e 2274/92, onde

concede isenção do pagamento da taxa do alvará de licença para a construção em lotes na área

industrial do município de palhoça e do pagamento de alvará aos proprietários de

empreendimentos turísticos.

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Segundo Dolabela (2008, p.49) “é importante constatar o papel decisivo de algmas

instituições no apoio a programas de empreendedorismo, como SEBRAE, IEL, CNPq,

BNDES, Finep, algumas fundações estaduais de amparo à pesquisa, institutos estaduais de

amparo à pesquisa, institutos estaduais de tecnologia, prefeituras”.

Neste trabalho será abordado o setor de varejo que cresce e favorece

consideravelmente a economia em função da sua facilidade de implantação. Ele é o elo de

ligação entre o consumidor final e o produtor.

2.4 Varejo

Ao fabricar um produto deve-se levar em consideração diversos fatores, como

qualidade, preço, inovação, mas caso a empresa não tenha um contato positivo com o

cosumidor, seus benefícios deixam de ser valorizados.

Podemos perceber a importância do varejo quando Urdan (2006, p.148) explana que:

Mesmo a empresa com bom produto, promoção adequada, preço certo e distribuição correta depende muito do que acontece quando o consumidor está diante de algum varejista para resolver suas necessidades [...] Como o gerente que realizou uma pesquisa exploratória procurando necessidades do mercado mal atendidas e agora, depois do trabalho de desenvolvimento de um novo produto, chega ao consumidor por meio do varejo.

O varejo é a intermediação entre o produtor e o consumidor final, com o propósito de

lucro. Devido a esta aproximação deve estar atendo aos princípios básicos de atendimento e as

técnicas mercadológicas apropriadas (BERNARDI, 2010, p.194).

Para Kotler (2009, p.493), “o varejo inclui todas as atividades envolvidas na venda

de bens e serviços diretamente aos consumidores finais para uso pessoal. Um varejo ou loja

de varejo é qualquer empresa cujo volume de vendas decorre, principalmente, do

fornecimento por unidade ou pequenos lotes”.

Segundo Chiavenato, (2008, p.45) as empresas varejistas “são aquelas que vendem

mercadorias ou produtos acabados diretamente ao consumidor”.

As organizações varejistas são variadas e novas formas continuam surgindo, mas três

tipos destacam-se: as lojas de varejo, onde os consumidores podem encontrar os bens e

serviços disponíveis em ampla variedade de lojas como supermercado, loja de conveniênia,

varejos de liquidação, entre outros; varejo sem loja, encontramos os produtos na televisão, por

computador, via internet e correio; e organizações de varejo, essas organizações obtêm

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economia de escala em função do maior poder de compra, onde detacam-se rede corporativa,

cooperativas de varejistas, franquias,entre outras (KOTLER, 2009, p.497).

Hoje os varejistas procuram novas estratégias para manter e atrair novos

consumidores. Não basta apenas oferecer boa localização ou até cartões de crédito da loja,

hoje o varejista deve-se preocupar constantemente com o cliente.

De acordo com Bernardi (2010, p.96-97), “dentre as várias condições de sucesso do

comércio varejista destacam-se: imagem positiva, atendimento excelente, serviços na venda e

na pós-venda, entrega, orientação, atenção ao consumidor, aspectos objetivos e subjetivos de

imagem, controle de estoques e compras, preços competitivos”.

2.5 Estratégia competitiva

Para um bom desempenho da empresa, se faz necessário o planejamento com uso de

estratégias competitivas com o intuito de focar na qualidade do serviço prestado ao

connsumidor, e otimizar os lucros.

De acorco com Porter (1980), no livro “Estratégia Competitiva”, ele descreve a

estratégia competitiva como ações ofensivas e defencivas de uma empresa para criar uma

posição sustentável dentro da indústria, ações que são uma resposta às cinco forças

competitivas ( Poder de Barganha dos Fornecedores, Ameaça de Novos Entrantes, Rivalidade

entre Concorrentes, Ameaça de Produtos Substitutos e Poder de Barganha dos Clientes) que o

autor indica como determinantes da natureza e grau de competição que cerca uma empresa.

Porter identificou três estratégias genéricas que podem ser usadas individualmente ou

em conjunto para criar uma posição sustentável a longo prazo.

A primeira é a estratégia competitiva de custo, na qual a empresa centra seus

esforços na busca de eficiência produtiva, na ampliação do volume de produção e

minimização de gastos com propaganda, assitência tecnica, distribuição, pesquisa e

desenvolvimento, e tem no preço um dos principais atrativos para o consumidor.

A opção da estratégia competitiva da diferênciação faz com que a empresa invista

mais pesado em imagem, tecnologia, assistência tecnica, distribuição, pesquisa e

desenvolvimento, recursos humanos, pesquisa de mercado e qualidade, com a finalidade de

criar diferênciais para o consumidor.

A estratégia competitiva de foco significa escolher um alvo restrito, em que a firma

atende necessidades específicas de um determinado grupo, dessa forma, a empresa pode

oferecer algo considerado único pelos seus clientes.

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A adoção de qualquer estratégia competitiva tem seus riscos e suas armadilhas. Na

estratégia de custos, as principais são: a excessiva importância que se dá à fabricação; a

possibilidade de acabar com qualquer chance de diferenciação; a dificuldade de se estabelecer

um critério de controle de custos; e que apareça um novo concorrente com nova tecnologia,

novo processo e abocanhe parcela significativa de mercado ou o mercado passe a valorizar o

produto por critérios diferentes. Na estratégia de diferenciação, as principais armadilhas são

representadas pela diferenciação excessiva, pelo preço muito elevado, por um enfoque

exagerado no produto e pela possibilidade de ignorar os critérios de sinalização. Na estratégia

de foco o risco é de o segmento escolhido não propiciar massa crítica que permita à empresa

operar.

Embora não seja impossível, a adoção simultânea das estratégias de menor custo e de

diferenciação é difícil, pois obter um desempenho, qualidade ou serviço excelentes são mais

onerosos, na maioria dos casos, do que pretender ser apenas comparável aos concorrentes, em

tais atributos (PORTER, 1990). Uma empresa que fica no meio termo estará em uma situação

estratégica extremamente pobre, sendo quase garantido que obterá uma baixa rentabilidade.

Por um lado perderá os clientes de grandes volumes que exigem baixos preços, ou renunciará

a seus lucros para competir com as empresas de baixo custo. Por outro lado, perderá negócios

com altas margens para empresas que atingiram um padrão de diferenciação global. Além

disso a empresa no meio-termo sofre de uma cultura organizacional indefinida e de um

conjunto conflitante de arranjos organizacionais e sistemas de motivação. Dadas as

inconsistências potenciais envolvidas na busca simultânea das estratégias genéricas de menor

custo e diferenciação, essa abordagem é quase sempre fadada ao fracasso (PORTER, 1989).

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Ilustração 7: Estratégia Competitiva

Fonte: Adaptado Porter (1980)

Já em estratégias competitivas relacionadas ao serviço, de acordo com Gianesi e

Corrêa ( 1994, p.42), “ a parcela que realiza operações de alto contato com o cliente é

normamlemnte chamada de front office ou linha de frente, enquanto que aquela que realiza

operações de baixo contato denomina-se back room ou retaguarda”.

As atividades de linha de frente são as de contato, são as que mais fornecem uma

percepção de qualidade do serviço ao cliente, assim os funcionários devem ter uma maior

flexibilidade ao atender as necessidades dos clientes. As atividades de retaguarda servem para

apoiar o processo de prestação do serviço.

As operações de serviços devem ter recursos e gestão diferentes, as atividades de

linha de frente são difíceis de controlar, padronizar, enquanto as de retaguarda ou suporte, que

dão apoio a prestação do serviço são mais fáceis de padronizar e controlar, sendo facilmente

flexibilzadas de acordo com a demanda.

De acordo com Gianesi e Corrêa (2008, p. 17), “alguns fatores propiciam o aumento

por demanda de serviços”, são eles:

• Desejo de melhor qualidade de vida; • Mais tempo de lazer; • A urbanização, tornando necessári alguns serviços (como segurança, por exemplo); • Mudanças demográficas que aumentam a quantidade de crianças e/ou idosos, os quais consomem maior variedade de serviços;

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• Mudanças socioeconômicas como o aumento da participação da mulher no trabalho remunerado e pressões sobre o tempo pessoal; • Aumento da sofisticação dos consumidores, levando as necessidades mais amplas de serviços; • Mudanças tecnológicas (como o avanço dos computadores e das telecomunicações) que têm aumentado a qualidade dos serviços, ou ainda criadas serviços completamente novos.

Também segundo GIANESI e CORREA (1994), se tem os seguintes critérios para avaliação

da qualidade de serviços, que podem ser considerados como fatores de competitividade veja na

ilustração a seguir:

Ilustração 8: Critérios de avaliação de qualidade de serviços

Fonte: GIANESI E CORREA, 1994

• Elementos tangíveis – Evidência física do serviço (instalações físicas, equipamentos,

ferramentas, pessoal e materiais de comunicação).

• Confiabilidade – Consistência de desempenho. O serviço é realizado de forma

confiável, precisa e cuidadosa. Quando um cliente é atendido por um fornecedor de serviço e

a experiência é satisfatória, isto levará o cliente a repetir a compra do serviço.

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• Capacidade de Resposta – Disposição ou rapidez em prestar o serviço (velocidade

de atendimento). Deve ser considerado o tempo que o cliente é colocado a esperar nas

diversas fases da prestação do serviço.

• Competência – Posse das habilidades e conhecimentos necessários para prestar o

serviço. Acompetência é normalmente um critério importante para os serviços profissionais,

onde o cliente procura uma capacitação da qual não dispõe. O critério competência sempre

estará presente quando o cliente necessitar de um diagnóstico para identificar suas reais

necessidades.

• Atendimento atmosfera – Educação, respeito, consideração pela propriedade,

aparência limpa e asseada. Este é o critério que avalia o nível de prazer que o cliente tem em

participar ou estar presente no processo de prestação de serviço.

• Custo – Este critério leva em conta quanto o cliente irá pagar por determinado

serviço. Inclui também o tempo gasto e os esforços.

• Acesso – Facilidade que o cliente tem em entrar em contato com o prestador do

serviço.

• Flexibilidade – Capacidade de se adaptar rapidamente a operação, devido a

mudanças nas necessidades dos clientes, no processo ou no suprimento de recursos.

• Credibilidade/Segurança – Este critério se refere à formação de uma baixa

percepção de risco no cliente e a habilidade de se transmitir confiança.

Logo após será abordado temas referentes ao principal objetivo desse trabalho, o

plano de negócios de um empreendimento.

2.6 Plano de negócios

Um novo empreendimento, mesmo possuindo um empreendedor a sua frente que

possua todas as características ideais de sucesso, está vulnerável a muitas dificuldades e por

esse fato toda a cautela é indispensável. Para ser bem sucedido, o empreendedor precisa

planejar o seu negócio. A falta de preparo, de estrutura, de análise, pode impactar no fracasso

do novo empreendimento. Um plano de negócios não garante, mas aumenta as chances de

sucesso do empreendimento.

Bernardi (2010, p.109) define plano de negócios como “um projeto específico,

desenvolvido para produzir um determinado resultado”. Para Baron e Shane (2007 p.184), o

plano de negócios é constituído por:

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[...] tal plano constitui-se de uma expressão escrita e formal da visão do empreendedor para a conversão de ideias em negócio próspero e rentável e, na maioria dos casos, é a porta de entrada para que capitalistas de risco, bancos e outras fontes de fundos considerem seriamente uma proposta.

Um plano de negócios é um documento que contempla as ideias básicas de um novo

negócio, além de todas as considerações operacionais, financeiras, gerenciais e

mercadológicas. O plano deve orientar onde você está, para onde quer ir e como propõe

chegar lá. O plano de negócios é a primeira criação, algo mental que depois se concretizará.

Mas também pode ser feito para empresas em funcionamento, que necessitam expandir seu

negócio. (LONGENECKER; MOORE; PETTY, 1997, p.162).

Corroborando com os autores acima, Chiavenato (2008 p.132) comenta que um

“plano de negócios – business plan – descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta

os aspectos mercadológicos, operacionais e financeiros dos negócios próprios, geralmente,

para os próximos três ou cinco anos”.

A condição do mercado atual não permite amadorismos na gestão, nas ideias e na

avaliação da consistência, isto é suprido por um plano de negócios bem fundamentado,

elaborado, estruturado, factível e viável. Desta forma, seja um negócio novo, de crescimento,

de expansão, de abertura do seu capital, de fusões ou aquisições, pode avaliar seus conceitos e

divulgar aos potencias investidores (BERNARDI, 2010, p.110).

Para Longenecker, Moore, Petty, (1997, p.162), “o plano escrito é essencial para

assegurar o tratamento sistêmico de todos os aspectos importantes da nova empresa. O plano

se torna o “modelo” daquilo que queremos que aconteça”. Corroborando, Baron e Shane

(2007, p.186), “[...] um plano de negócios bem preparado explicará o que o novo

empreendimento está tentando realizar e como alcançará as metas propostas”.

De acordo com Dornelas (2008, p.84), um plano de negócios busca atender a alguns

objetivos básicos relacionados ao mercado:

- Testar a viabilidade de um conceito de negócio;

- Orientar o desenvolvimento das operações e estratégia;

- Atrair recursos financeiros;

- Transmitir credibilidade;

- Desenvolver a equipe;

Bernardi (2010, p.110) comenta que, para “desenvolver um plano de negócios são

envolvidas cinco etapas distintas: ideia e concepção do negócio; coleta, preparação de dados;

análise dos dados; montagem do plano; avaliação do plano”.

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Não existe um tipo de plano de negócios específico, pois depende da situação. Em

algumas situações é necessário um plano longo e detalhado, por exemplo, para alavancar

recursos financeiros. Talvez um plano de negócios menor e menos detalhado será suficiente,

desde que forneça orientações que possibilite que o negócio comece e logo seja alterado

durante o funcionamento (BARON; SHANE, 2007, p.187).

Muitos empreendedores de sucesso fazem seu plano com as informações que tem e

não com suposições, então iniciam o negócio com essas informações e logo após

incrementam que outros dados conforme a necessidade. Cabe ressaltar que o plano de

negócios é um documento flexível e está aberto a mudanças.

2.6.1 Metodologias de Plano de Negócios

Os modelos apresentados darão suporte à criação de um plano de negócios de acordo

com o tema proposto pelo trabalho. A seguir serão apresentados os procedimentos

metodológicos fundamentais para a elaboração desse trabalho.

De acordo com Bernardi (2010), a estrutura de um plano de negócios deverá conter

as seguintes partes:

Ilustração 9: Metodologia de Bernardi

Capa é a parte mais visível, a embalagem,

devendo conter o logo, o nome, o endereço, telefone,

entre outras informações

Termo de Confiabilidade trata-se de um documento usual e de praxe

no mercado, visando assegurar os dados confidencias

do empreendimento

Conceito do negócio essa parte do plano é a síntese introdutória

do projeto, com o objetivo de fornecer aos

interessados uma visão geral e preliminar da natureza

do negócio, sem maior detalhamento

Organização e estrutura nessa parte, serão descritas a estrutura legal

prevista para o negócio e as razões, o organograma e

os fatores críticos da organização

Marketing uma das mais importantes e críticas, será

analisado o ramo de atividade no qual o projeto estará

inserido, tanto aspectos estratégicos como táticos

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24

Produtos e serviços nessa parte, definem-se os requisitos

técnicos dos produtos ou serviços propostos

Operações delineiam-se os fatores de operação

necessários à produção de determinado bem ou

serviço

Recursos necessários nessa parte, estão identificadas todas as

necessidades de investimento, como capital de giro,

custos, despesas, entre outras

Planejamento econômico-financeiro são demonstradas as avaliações financeiras

do plano de negócio que se pretende implantar

Proposta de implantação nessa parte, o foco dirige-se ao modo como

o negócio será controlado e gerido, bem como a um

cronograma de implantação

Sistemas de controle e monitoramento São definidos os indicadores vitais do plano

de negócios que serão monitorados no futuro, como

qualidade dos produtos e serviços, clientes e mercado,

entre outras medidas críticas de desempenho definidas

Sumário descrevem-se e reafirmam-se as razões

pelas quais o negócio é viável e tem chances de

sucesso

Anexo nos anexos, incluem-se os currículos dos

executivos, contrato social, estatutos, entre outros

documentos

Fonte: Adaptado de Bernardi (2010)

Para Baron e Shane (2007), apesar de as seções de um plano de negócios não

obedecer a uma regra preestabelecida e sim pela natureza da ideia. Dessa forma descrevem

um esquema de elaboração de um plano semelhante ao de Bernardi, porém com algumas

diferenças demonstradas na ilustração a seguir:

Ilustração 10: Esquema para elaboração de um plano de Baron e Shane

Resumo executivo é a parte do plano de negócios que tem de

ser breve e ir direto ao ponto, contendo uma visão

geral concisa, clara e persuasiva sobre o novo

empreendimento

Histórico e finalidade descreve sua ideia e a situação atual de seu

negócio

Concorrência informações sobre a concorrência e sobre

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25

como pode ser vencida, preços que são praticados e

questões que são relacionadas

Desenvolvimento, produção e localização informações sobre o ponto em que seu

produto ou serviço está em termos de

desenvolvimento como você pretende chegar à

produção real e informações sobre a localização do

seu negócio

Marketing seção que descreve o mercado de seu

produto ou serviço

Administração seção que descreve a experiência, as

habilidades e o conhecimento da equipe de

administração do novo empreendimento

Seção financeira avisa sobre o atual estado financeiro da

empresa e oferece projeções para necessidades

futuras, receitas e outras medidas financeiras

Fatores de risco descreve os futuros riscos do novo

empreendimento e com proteger deles

Colheita ou saída os investidores querem saber como

colherão o investimento se a empresa for bem

sucedida

Programação das etapas e marcos deve-se fornecer a programação de cada

fase do novo empreendimento

Sistemas de controle e monitoramento São definidos os indicadores vitais do plano

de negócios que serão monitorados no futuro, como

qualidade dos produtos e serviços, clientes e mercado,

entre outras medidas críticas de desempenho definidas

Anexo é a parte em que devem ser apresentados

informações financeiras e resumos detalhados dos

membros da cúpula administrativa

Fonte: Adaptado de Baron e Shane (2007)

Longenecker, Moore e Petty (1997), apresentam uma metodologia semelhante as

anteriores, entretanto com algumas inovações em seu processo a serem consideradas,

conforme demonstrado na ilustração a seguir:

Ilustração 11: Etapas de um plano de negócios segundo Longenecker, Moore e Petty

Resumo executivo uma visão geral do plano total de negócios

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26

Descrição geral da empresa descreve o tipo de empresa e fornece sua

história, se ela já existir

Plano de Serviços e Produtos descreve o produto e/ou serviço e aponta

quaisquer aspectos singulares

Plano de Marketing mostra quem serão os seus clientes e que

tipo de competição você enfrentará

Plano Gerencial identifica os principais participantes, os

investidores ativos, a equipe gerencial e os diretores

Plano Operacional explica o tipo de manufatura ou sistema

operacional que você enfrentará

Plano Jurídico mostra o tipo proposto de constituição

jurídica da empresa

Apêndice fornece materiais suplementares ao plano

Fonte: Adaptado de Longenecker, Moore e Petty (1997)

Percebe-se que os autores acima trazem diversos elementos do plano de negócios

comuns uns com outros, e alguns com formatação diferenciada. Independente da formatação

que tenha o plano de negócios, verifica-se que o objetivo é realizar um levantamento de dados

que permita ao empreendedor tomar decisões de forma mais sustentavel. A formulação de

estratégias eficazes para um negócio depende da fidelidade dos dados e de que forma ocorre

sua interpretação.

No momento em que empreendedor decide elaborar seu plano de negócios não deve

se prender a um modelo de plano pronto e sim considerar as caracteristicas de seu

empreendimento. Dessa forma, ressalta-se que cada negócio demanda uma sequencia

diferente de etapas a serem realizadas em seu plano de negócios.

Após análise dos modelos apresentados e levando em consideração as características

do negócio proposto por este estudo, defini-se a seguinte estrutura de plano de negócios:

Ilustração 12: Estrutura do plano de negócios

Capa

1. Sumário Executivo

2. Descrição do Projeto

2.1 História da ideia/empreendimento

2.1.1 Produtos e Serviços

2.1.2 Localização

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27

3. Plano Estratégico

3.1 O Negócio

3.2 Missão, Visão, Valores

3.3 Objetivos, Metas

3.4 Analise de SWOT: Pontos Fortes, Pontos Fracos, Oportunidades, Ameaças,

4. Plano de Marketing

4.1 – Análise Mercadológica

4.1.1 – Análise do Setor

4.1.2 – Posicionamento

4.2 – Analise do Ambiente

4.2.1 – Analise da Clientela (Segmentação)

4.1.2 – Analise dos Concorrentes

4.1.3 – Analise dos Fornecedores

4.2 – Estratégia de Marketing

4.2.1 - Produto

4.2.2 – Preço

4.2.3 – Praça (Canais de Distribuição)

4.2.4 – Propaganda e Promoção

5. Plano Operacional

5.1 – Infraestrutura

5.2 – Fluxograma de Funcionamento

6. Plano Financeiro

6.1.1 - Investimentos

6.1.2 – Despesas e receitas

6.1.3 – D.R.E – Demonstrativo do Resultado do Exercício

6.1.4- Indicadores Econômico-Financeiros

Fonte: Dados desta pesquisa

O modelo de plano de negócios proposto para este estudo foi construido visando o

objetivo de satisfazer as necessidades do empreendedor. Através desse modelo acredita-se que

será possivel visualizar todas as areas e etapas essenciais para a realização do

empreendimento.

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28

2.6.2 O modelo de plano de negócios proposto

A capa é a apresentação do plano e deve receber um cuidado especial em sua

elaboração pois é o cartão de visitas do negócio. Através da capa o investidor pode ou não

criar-se uma boa impressão. “É a parte mais visível, a embalagem, devendo conter o logo e o

nome da empresa, endereço, telefone, nome do principal executivo e chamativo aos

interessados” (BERNARDI, 2007, p. 172).

2.6.2.1 Plano Estratégico

De acordo com Oliveira (2001, p. 33), “o planejamento estratégico (...) corresponde

ao estabelecimento de um conjunto de providências a serem tomadas pelo executivo para a

situação em que o futuro tende a ser diferente do passado”.

Para Maximiano (2010) O processo de planejamento estratégico compreende a

tomada de decisões sobre qual o padrão de comportamento que a organização pretende seguir,

produtos e serviços que pretende oferecer, e mercados e clientes que pretende atingir.

Para Oliveira (2007, p. 5), “toda atividade de planejamento nas empresas, por sua

natureza, deverá resultar de decisões presentes, tomadas a partir do exame do impacto das

mesmas no futuro, que lhe proporciona uma dimensão temporal de alto significado”. Para ele,

planejamento é o desenvolvimento de técnicas e processos que propiciam a criação de “[...]

uma situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função dos

objetivos empresariais, que facilitaram a tomada de decisão no futuro”.

Para Bethlem (2004, p.116)

Planejamento envolve tomar decisões tomadas essencialmente pelo reconhecimento de que existe um problema identificando formas de resolvê-lo analisando as consequências de cada alternativa e comparando essas consequências para decidir qual é a melhor.

Os benefícios do planejamento às organizações, segundo Kotler e Armstrong (1993),

são:

a) melhor definição de seus objetivos e políticas;

b) obter e aplicar recursos necessários ao alcance de seus objetivos;

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c) realização de atividades congruentes aos objetivos e procedimentos escolhidos,

por seus membros;

d) padrões de desempenho mais fáceis de controlar;

e) ações corretivas caso o resultado de sua ação não seja satisfatório.

Segundo Westwood (1996), Objetivo é “aquilo que queremos conseguir

[...]”.Segundo Kotler (2009), os objetivos devem ser organizados hierarquicamente

estabelecendo uma ordem de acordo com as prioridades da organização.. Na opinião de

Fischmann e Almeida (1991, p. 23), “a meta é a quantificação do objetivo que é aquilo que a

empresa deseja alcançar”.

Diante do que foi exposto, percebe-se que a função planejamento é muito útil e

oferece vantagens às organizações. Dessa forma, essa ferramenta é utilizada para atingir os

objetivos organizacionais e para tanto deve ser disseminada desde os níveis mais altos da

organização.

Os objetivos são os resultados esperados pela organização aplicando-se determinados

recursos disponíveis ou possíveis e deve ser uma palavra importante no vocabulário do

administrador, pois sem estes não há administração. Caracterizam a maneira de pensar da

organização e orientam o desempenho organizacional e as partes envolvidas (MAXIMIANO,

2010).

De acordo com Certo e Peter (2005, p. 53) “um objetivo organizacional é uma meta

para qual a organização direciona seus esforços”. Ao estabelecer os objetivos a organização

está fundamentando e orientando suas funções administrativas. Entretanto, alerta para a

distinção feita por alguns teóricos entre os objetivos e as metas.

Quanto ao objetivo, Oliveira (2001) coloca que é o alvo a ser atingido e as metas

correspondem às ações e às etapas quantificadas e com prazos para alcançar esses objetivos.

Segundo Chiavenato (2001), as metas são a quantificação dos objetivos, sua

associação aos indicadores de desempenho específicos a serem atingidas em curto prazo.

Uma organização que deseja manter-se competitiva no mercado necessita ter seus

objetivos e metas alinhados e ainda deixá-los claros e fazer com que todos que a compõem

tenham conhecimento desses indicadores (SOUZA, 2004).

A importância de se estabelecer os objetivos organizacionais segundo Certo e Peter

(2005) está relacionada a sua utilização para a tomada de decisão, ou ainda como um guia

para aumentar a eficiência organizacional e avaliar seu desempenho. Tais objetivos podem ser

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de curto prazo, os quais se tentam atingir em até dois anos, e os de longo prazo quando se

busca realizá-los em um período de três a cinco anos.

De acordo com Andrade e Amboni (2007), existem quatro fatores que afetam os

objetivos da organização: a situação de concorrência seja por clientes, recursos financeiros,

parceiros, entre outros; a negociação dos recursos entre duas ou mais organizações; a

cooptação, ou seja, a absorção de novos elementos ameaçadores à existência da organização;

a coalizão, ou interdependência de outras organizações que visam objetivos comuns.

O processo consiste em analisar o ambiente externo (ameaças e oportunidades) e

também o ambiente interno (pontos fortes e pontos fracos) através de um diagnóstico

estratégico. Com estas análises feitas, o planejador poderá definir o negócio, a missão, os

valores, os objetivos estratégicos, as estratégias e os planos de ações (AMBONI, 2002).

A análise do ambiente externo é a identificação das ameaças e oportunidades. As

ameaças são situações presentes ou futuras que afetam a organização negativamente. As

oportunidades são fatores que influenciam a empresa positivamente e podem melhor

aproveitadas através de indicadores (AMBONI, 2002). De acordo com Giglio e Ryngelblum

(2010, p. 88), “os vários atores do ambiente externo as empresas que dão origem às

influências sobre elas, são chamadas de stakeholders”.

Na análise do ambiente interno, verificam-se os pontos fortes e fracos da

organização. Os “pontos fortes são as características da organização, tangíveis ou não, que

podem ser potencializadas para otimizar seu desempenho”. Já os pontos fracos são

características que devem ser minimizadas para evitar influências negativas na organização

(AMBONI, 2002).

2.5.2.2 Plano de Marketing

Segundo Kotler (2006, p.30) o plano de marketing é um documento que reuni

informações referentes ao mercado onde a organização está inserida. Comenta ainda que

“marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos obtêm aquilo de que

necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de

valor com os outros”.

Através do plano de marketing a organização estabelece quais estratégias serão

adotadas para fazer a comunicação com o cliente. Para que a elaboração seja possível é

necessário realizar uma análise completa do mercado, avaliando o setor, a concorrência e os

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clientes, além da estratégia de marketing que envolve os 4 “pês “do mix de marketing, quais

sejam: Produto, Preço, Praça e Promoção.

O primeiro P refere-se ao produto que a organização oferece ao cliente, e segundo

Kotler (2006, p. 366), “um produto é tudo que pode ser oferecido a um mercado para

satisfazer uma necessidade ou um desejo”.

Os produtos podem ser classificados de acordo com sua natureza em três categorias,

definidas por Kotler (2006).

a) bens não duráveis: são tangíveis, consumidos rapidamente e comprados com

frequência, como por exemplo, cervejas e chocolates;

b) bens duráveis: são tangíveis e usados durante um determinado período, como

ferramentas, geladeiras e vestuário;

c) serviços: são produtos intangíveis, variáveis e perecíveis. Normalmente exigem

mais controle de qualidade, credibilidade do fornecedor e adaptabilidade. São exemplos de

serviços as refeições em restaurantes e fast-foods.

Todo produto possui um ciclo de vida, ou seja, um período para ser introduzido no

mercado, outro momento para seu crescimento até atingir a maturidade e em seguida o

declínio. Uma ferramenta muito utilizada para mensurar o ciclo de vida de um produto

denomina-se Análise de Ciclo de Vida e de acordo com Las Casas (2009) é a analise do

faturamento de um produto em determinado período.

O segundo P está relacionado ao preço que o único entre eles que produz receita.

Para a formulação do preço as empresas seguem um roteiro de seis etapas. Primeiro

estabelece seu objetivo de preço levando em consideração a sobrevivência, crescimento,

receita, lucro da organização. Em seguida estabelece a curva da demanda, ou seja, a

quantidade de produtos vendidos para cada preço estabelecido. A terceira etapa é a verificar a

variação dos custos para cada experiência de preço. Após esse momento é necessário observar

o comportamento do concorrente. A quinta etapa é estabelecer um método de preço ( preço de

mark-up, retorno-alvo, preço percebido, preço de valor, preço de mercado e preço de

licitação. Por último, determina-se o preço final (KOTLER, 2006).

De acordo com Kotler (2006) o terceiro P refere-se a promoção de venda e trata-se

de uma forma de incentivar o consumo do produto de forma mais rápida e em maior

quantidade. O veiculo escolhido para a comunicação depende do público a ser atingindo e

pode levar em consideração horários, dias da semana ou mesmo épocas do ano.

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32

A propaganda de acordo com Kotler (2006, p. 566), “é qualquer forma de

apresentação não pessoal e promocional de idéias, bens e serviços por um patrocinador

identificado”.

A praça segundo Dornelas (2005, p.191), “envolve todas as atividades relacionadas à

transferência do produto do fabricante para o consumidor”. Ao estabelecer a praça para a

troca do produtos é importante observar o transporte, armazenamento, localização, etc.

De acordo com Tuleski (2009) a forma de distribuição pode ser direta, que é a

entrega do produto diretamente ao consumidor final ou indireta, que utiliza a participação de

um intermediário no processo.

2.5.2.3 Plano Financeiro

O planejamento financeiro é um documento que reuni informações financeiras do

projeto. Através desse plano pode-se mensurar os investimentos necessários, despesas e

custos prováveis e análise de rentabilidade do negócio.

Um dos grandes desafios dos empreendedores é a obtenção de recursos para a

viabilidade do empreendimento, principalmente quando trata-se de um negócio em que seu

investimento seja maior que o capital do empreendedor e nesse momento é possível captar

recursos com amigos, angels, incubadoras de empresas e linhas de crédito do governo

(DORNELAS, 2006)

Para Dornelas (2006), ao iniciar o negócio é necessário dispor de dinheiro para as

despesas pré-operacionais, custos fixos e capital de giro. Através do balanço patrimonial

pode-se conhecer esses valores existentes no negócio. O balanço está organizado em duas

colunas distintas. Uma delas reúne informações do passivo da empresa, ou seja, suas

obrigações e a outra estão os valores do ativo, ou seus direitos e bens

Outro documento importante é a Demonstração de resultado no exercício (DRE) que

permite conhecer a receita liquida, lucro bruto e liquido a partir da subtração de valores

pertinentes as operações do negócio.

No plano financeiro, uma ferramenta muito utilizada é o ponto de equilíbrio, onde se

calcula a quantidade de produtos vendidos necessária para que a organização atinja um lucro

operacional igual a zero.

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O payback é outra técnica utilizada no plano e calcula o tempo necessário para que o

empreendedor recupere o capital investido determinando sua atratividade. Essa informação é

de suma importância para um investidor na hora de decidir onde investir seu capital.

O Valor presente líquido (VPL) de um projeto é a soma dos valores presentes de

cada um dos fluxos de caixa, tanto negativos quanto positivos, que ocorrem nos anos

de vida do projeto Damodaran (2002). Um projeto ou investimento será rentável e

deverá ser aceito se o VPL for positivo, e rejeitado se for negativo. Para o desconto

dos fluxos de caixas, deve-se utilizar uma taxa denominada taxa de corte. Esta taxa indica

o custo de oportunidade do capital investido no empreendimento, que deve refletir o valor

do dinheiro no tempo e o risco do projeto.

Normalmente é usada uma taxa que indique a rentabilidade que se estaria ganhando

se o montante do investimento inicial tivesse sido aplicado em outro tipo de investimento

acrescida do risco envolvido no projeto.

A taxa interna de retorno (TIR) e baseada nos fluxos de caixa descontados. A TIR é a

taxa de desconto que torna o VPL igual a zero. Uma das vantagens da TIR é que ela pode ser

utilizada quando a taxa de desconto é de desconhecida. Se a TIR do projeto for maior que a

taxa de corte o projeto deve ser aceito, caso contrário não (Damodaran, 2002).

2.7 Ação Empreendedora no Ramo de Água Mineral

A Água Mineral Imperatriz tem sede na cidade de Santo Amaro da Imperatriz, no

bairro Caldas da Imperatriz, próximo às fontes Caldas I e Caldas II, de onde extrai sua

matéria-prima. Tem uma área de aproximadamente 802m². Conta com uma infraestrutura de 2

linhas de produção de 20 e 10 litros com capacidade de 2.800 garrafões litros/hora, uma linha

de produção de garrafas descartáveis de 350ml, 500ml e 1.500ml com capacidade de

produção de até 12.000 garrafas/hora. Além dessas, possui ainda uma outra linha de produção

para descartáveis de 05 litros com capacidade de até 4.000 garrafas/hora, apresentando uma

capacidade produtiva de 10 milhões de litros/mês

Apresentada a empresa e seus produtos, mostrarei a ação empreendedora dos irmãos

Baracuhy, proprietários da JAN DISTRIBUIDORA, que começaram as suas atividades em

1992, trabalhando com a distribuição de bebidas em geral. Em 1997 passaram a distribuir

exclusivamente a água mineral imperatriz, depois de verificarem a possibilidade de obter a

concesão do envase da água mineral imperatriz, devido a Imperatriz Empreendimentos e

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Participações ter sido vendida para o grupo VOMPAR, que por sua vez parou as atividades da

fábrica por 6 meses, até prejudicando a marca Imperatriz no mercado na época.

A partir daí, os irmãos Baracuhy passaram a investir na marca, na fábrica, para que a

água mineral imperatriz voltasse ao mercado com força. Mesmo com a forte crise enfrentada

nesses anos de reinício de atividades, os empreendedores continuaram investindo no produto

conseguindo assim em 2005 o certificado do instituto Falcão Bauer de Qualidade, um orgão

certificado pelo INMETRO, sendo assim a única água mineral do país a possuir este

certificado.

Em 2008, a empresa conquistou um certificado internacional do American National

Standart Institute (ANSI), uma espécie de INMETRO americano, abrindo as portas para uma

futura exportação dos produtos, e ainda nesse ano recebeu o selo ISO 22000/2006 que é o

Sistema de Gestão de Segurança Alimentar, sendo a primeira água brasileira a conquistar tal

título.

Já no ano de 2010, a empresa recebeu o prêmio Top One da ADVB/SC, prêmio que

foi conferido às empresas Água Mineral Imperatriz e Mercado Propaganda e Marketing pelo

case: “Mate a sede bonito: estratégias para tornar a água Mineral Imperatriz a mais lembrada e

consumida de Santa Catarina”. De acordo com o empreendedor, o prêmio foi um reflexo do

trabalho de marketing elaborado pela agência, que propôs a reformulação da marca e a criação

de novas embalagens, além da ampliação de produtos, fazendo com que superassem duas

grandes crises nos anos de 2005 e 2008. O resultado das ações foi super positivo, no período

de outubro de 2005 a março de 2006 a água mineral imperatriz obteve um incremento de 45%

nas vendas, além de um aumento de 100% na margem de fidelização dos clientes, mantendo

nos dias de hoje um crescimento nas vendas na ordem de 25% ao ano, o que já fez o

empreendedor prever a necessidade de aumento na produção, adquirindo então, em 2009, uma

nova área para a implantação de outra unidade de produção, o processo que está em trâmite

nos órgãos competentes, mas o estudo dá água encontrada no local já indica a viabilidade.

No que se refere à distribuição, o empreendedor comenta dificuldade pela falta de

capacidade logística dos distribuidores, pela falta de uma gestão de qualidade a fim de

otimizar o sistema de entregas, organizar rotas, e ter um controle total dos processos até a

entrega do pedido para o cliente. A empresa vem investindo constantemente em treinamento e

capacitação dos seus funcionários, novas formas de contato com os cliente, através da

internet, por exemplo, mas ainda há muito a ser explorado e melhorado neste quesito.

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2.8 Metodologia de pesquisa

Este trabalho tem como objetivo a elaboração de um plano de negócio para uma

empresa distribuidora de água mineral, sendo importante para a tomada de decisão do

empreendedor.

Para acalçar os objetivos deste, foram utilizados procedimentos metodológicos que

são fundamentais para uma pesquisa científica seja desenvolvida coerentemente.

A presente pesquisa é classificada como qualitativa exploratória, onde o autor obteve

maiores informações sobre o negócio a partir de dados obtidos através de informaçoes sobre o

setor e qualitativa no sentido de produzir dados a partir de observações extraídas diretamente

dos empreendedores do ramo, estabelecendo uma interação direta para a conclusão do plano

de negócio.

Para Gil (1999), a pesquisa exploratória tem como principal finalidade desenvolver,

esclarecer e modificar conceitos e idéias para que sejam formulados problemas mais precisos

ou hipóteses pesquisáveis para posteriores estudos.

Para Richardson (1999) os estudos que empregam metodologia qualitativa podem

descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis,

compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sejam de indivíduos ou de

organizações, ressaltando também que pode contribuir no processo de mudança de

determinados grupos, possibilitando o maior nível de profundidade e entendimento das

particularidades do comportamento.

3. PLANO DE NEGÓCIOS PROPOSTO PARA A DISTRIBUIDORA

3.1 Capa

Goulart Distribuidora Rua Joaquim Manoel Sarmento, Ld 215, Kobrasol

88102-400 – São José – SC

Tel: (48) 3337-4488

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Cel: (48) 8411-4488

Guilherme Goulart

Sócio Proprietário

Rua Das palmeiras, 352 ap 102 – Kobrasol

88102-445 – São José – SC

Este Plano de Negócios foi elaborado em Setembro de 2012 por Guilherme Goulart

3.2 Sumário Executivo

A Goulart Distribuidora será uma micro empresa, distribuidora de água mineral

exclusiva da marca Imperatriz, que será instalada na cidade de São José, no bairro Kobrasol,

na grande Florianópolis, que tem como meta a distribução de água mineral em galões de 20

litros em toda região da grande Florianópolis, tendo como clientes pessoas físicas e jurídicas

que utilizam esse produto no seu dia a dia. A venda do produto será feita por varejo, sendo

que a empresa terá serviço de tele entrega, ou por atacado, onde outros pequenos

distribuidores possam buscar o produto diretamente na sede da empresa, ou recebe-lo depois

de fazer o pedido pelo telefone da empresa ou pelo pedido feito online pelo site na internet..

3.2.1 Descrição do Projeto

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Esse capítulo abordará a descrição do projeto, apresentando a história do

empreendimento, os produtos e serviços, a localização, a equipe empreendedora, a estrutura

organizacional, estrutura funcional, estrutura legal, a manutenção de registros e a legislação

específica para a empresa.

3.2.2 História da Ideia/Empreendimento

A ideia nasceu a partir da vontade do acadêmico em abrir seu próprio negócio após

ter observado a possibilidade de entrar no mercado de distribuição de água mineral devido a

demanda existente e a falta de um distribuidor na região postulada, que seria no bairro

kobrasol. O acadêmico sugere a elaboração de um plano de negócios para verificar a

viabilidade do negócio e assim prevenir erros ocorridos em negócios anteriores.

A idéia veio, por que a família do acadêmico já possuir um imóvel (Galpão)

localizado na Rua Joaquim Manoel Sarmento, bem próximo da região central do bairro

kobrasol e da BR 101, que está desocupado, então tendo uma posição estratégica para

implementação de uma distribuidora, então o acadêmico se propôs a fazer o plano de negócio.

3.2.3 Produtos e Serviços

A empresa atuará no setor de serviços comercializando e distribuindo água mineral

em garrafões de 20 litros, na modalidade de atacado e varejo, atendendo organizações,

residências e pequenos distribuidores.

3.2.4 Localização

A distribuidora será localizada próximo ao centro do bairro Kobrasol, na cidade de

São José, na Rua Joaquim Manoel Sarmento.

Page 45: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Guilherme Goulart.pdf · v LISTA DE ILUSTRAÇÕES Ilustração 1: Relação entre a escolha das metas versus

38

Ilustração13: Localização da Goulart Distribuidora.

Fonte: Google Earth, 2012.

O município de São José, localizado na Grande Florianópolis, é o quarto mais antigo

de Santa Catarina e foi colonizado em 26 de outubro de 1750 por 182 casais açorianos, foi o

primeiro núcleo de colonização alemã do Estado. São José possui uma extensão territorial de

113,6km² e segundo dados da prefeitura possui uma população de 209.804 habitantes, o que

destaca como o quarto mais populoso de Santa Catarina.

A base de sustentação da economia josefense está fundamentada no comércio,

indústria e atividade de prestação de serviços, mantendo ainda a pesca artesanal, maricultura,

produção de cerâmica utilitária e agropecuária como atividades geradoras de renda. Possui

mais de 1.200 indústrias, cerca de 6.300 estabelecimentos comerciais, 4.800 empresas

prestadoras de serviços e 5.300 autônomos. São José apresenta ainda um enorme potencial

turístico, histórico, cultural e arquitetônico, tendo como destaque o complexo histórico-

arquitetônico do Centro Histórico com casarios de origem luso-brasileira dos séculos XVIII,

XIX e XX e de construções isoladas associadas a inúmeras belezas naturais-paisagísticas e

aos centros gastronômicos.

O bairro do Kobrasol embora de ocupação recente, tornou-se um dos mais

importantes da região da Grande Florianópolis, sendo considerado, por muitos, como o

coração do município de São José. Possui um comércio muito ativo e uma área residencial em

grande expansão devida, principalmente, à proximidade ao centro da Capital catarinense,

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Florianópolis, o que fez com que não só o bairro, como também todo o município de São José

fosse considerado por muito tempo como "dormitório" da Capital, apesar de, atualmente, o

município ser muito mais independente, fruto do crescimento acelerado dos últimos anos.

A Avenida Lédio João Martins, conhecida popularmente como Avenida Central do

Kobrasol é a principal via do bairro e também a de maior movimento. Concentra uma centena

de lojas, bares e restaurantes e recentemente começou a ser explorada recentemente também

por empreendimentos ligados a vida noturna.

A proximidade da empresa desses principais pólos e gargalos (BR 101) faz com que

facilite a logística da distribuição do produto.

3.2.5 Estrutura Organizacional e Estrutura Funcional

O gerenciamento da distribuidora será realizado da seguinte forma:

Por ser uma micro empresa, a distribuidora, terá uma administração enxuta, com

poucos profissionais, mas que possibilitará a divisão de tarefas, visando a qualidade nos

processos. O empreendedor ficará responsável pela direção e por todas as gerências e será

auxiliado por mais cinco pessoas, uma responsável pelo atendimento e duas pessoas para

realizar as entregas, dois vendedores externos que eventualmente poderão fazer entregas, além

de contar com os serviços terceirizados de uma assessoria contábil.

Direção

Gerência Marketing

Gerência Financeira

Gerência Operacional

Gerência de RH

Entregadores Atendimento

Assessoria Contábil

Ilustração 14: Estrutura organizacional

Fonte: o autor

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Sendo assim, segue as atribuições da direção, de cada gerencia, das pessoas

responsáveis pelo atendimento e pela entrega.

a. direção geral: será responsável pelas decisões estratégicas da empresa. Terá

contato com todas as gerências e irá planejar, desenvolver e liderar as principais ações

visando o alcance dos objetivos e a manutenção e integração das gerências.

b. gerência de marketing: será responsável em promover a divulgação da

empresa, atrair os consumidores para esse tipo de mercado, estabelecer parcerias para a

empresa, identificar novas oportunidades de mercado, gerenciar as vendas e estabelecer as

metas.

c. gerência financeira: será responsável pelo caixa da empresa, fazendo o

fechamento deste todos os dias, realizar fluxo de caixa, acompanhar contas a pagar e receber,

fazer os serviços bancários, negociar melhores preços de produtos com os fornecedores,

realizar relatórios financeiros mensais. Dará o suporte à contabilidade.

d. gerência de recursos humanos: promoverá cursos de aperfeiçoamento

profissional, principalmente nas áreas ligadas diretamente ao atendimento aos clientes.

Promoverá pesquisa de clima, visando deixar sempre seus colaboradores motivados. Prestará

atenção nos colaboradores para identificar as necessidades de promover cursos. Além disso,

quando necessário, será responsável em promover recrutamento e seleção e administração de

pessoal.

e. gerência operacional: Será responsável direto pelo atendimento aos clientes,

supervisionando a forma que estes estão sendo tratados, buscando fornecedores de qualidade,

cuidando para manter sempre o estoque de produtos, realizando possíveis trocas de

mercadorias, e cobrando o pagamento no caixa.

f. atendente: Será responsável pelo atendimento aos clientes, passando as

informações sobre os produtos de forma clara, com competência e responsabilidade. Deverá

receber os telefonemas e anotar pedidos, encaminhando-os para o setor de distribuição.

g. distribuidores: Serão responsáveis por toda a logística da organização. Deverão

indicar quais os locais adequados para armazenagem dos produtos e estabelecer o sistema

para a entrada e saída dos produtos, cuidando do prazo de validade.

h. assessoria contábil: é feita por profissionais terceirizados, que darão suporte a

empresa, nas questões de departamento pessoal, como registro de funcionários, folhas de

pagamento e férias e questões legais e tributárias.

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3.3 - Plano Estratégico

O plano estratégico é uma ferramenta fundamental para o projeto, pois através dele é

possível formular estratégias que orientem as ações da organização a fim de atingir seus

objetivos.

Neste capítulo serão definidos, o negócio, a missão, visão, valores, fatores chaves de

sucesso, os objetivos, as metas, ainda será feito a análise Swot.

3.3.1 O Negócio

A distribuidora está inserida no setor privado, no segmento de comércio de atacado e

varejo. Será uma microempresa, especializada na distribuição de água mineral na cidade de

São José.

Através de sua estrutura poderá oferecer um serviço de qualidade e com agilidade na

entrega dos produtos.

3.3.2 Missão, Visão, Valores.

Como missão, a Goulart Distribuidora pretende: “Fornecer produtos com qualidade,

com foco no atendimento e satisfação dos clientes”.

Como visão, a empresa tem: “Ser reconhecida como a melhor opção em distribuição

de água mineral na região de São José”.

Como Valores a empresa vai presar pela pontualidade, agilidade, honestidade e pró-

atividade.

3.3.3 Objetivos e Metas

Como objetivos a Goulart Distribuidora pretende ser referência na venda, entrega e

distribuição de água mineral na região através da especialização e foco no produto, no caso a

água em galões de 20 litros, visando sempre o aumento gradativo do faturamento e dos lucros.

Como metas a Goulart Distribuidora pretende:

• Aumentar em 25 % ao ano o volume de vendas nos próximos 2 anos;

• Reduzir o tempo de entrega para 4 horas no primeiro ano;

• Aumentar a participação da marca na região em 15% nos próximos 2 anos.

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3.3.4 Analise de SWOT

A análise do ambiente para a empresa é de suma importância, pois a partir dela será

elencado as informações relevantes sobre a empresa e o seu mercado de atuação, auxiliando o

alcance do sucesso empresarial. No ambiente interno a análise é relacionada aos os pontos

fortes e fracos da empresa, no ambiente externo as oportunidades e ameaças do mercado.

3.3.4.1 Ambiente Interno

Pontos fortes:

• Estrutura funcional enxuta: em razão de ser uma micro e pequena empresa a

estrutura funcional será pequena, o que garante uma folha de pagamentos reduzida, facilita a

comunicação e permite um controle maior no processo garantindo a qualidade.

• Local estratégico: a distribuidora ficará localizada no bairro Kobrasol, que é

considerado o coração do município e está concentrado um número expressivo de

estabelecimentos comerciais, grandes empresas, e diversos outros pequenos distribuidores, e

da BR 101, gargalo de saída pra todos os bairros e municípios vizinhos.

• Parcerias para a viabilidade do negócio o empreendedor possui contato com a

maior envasadora de água mineral da Grande Florianópolis.

Pontos fracos:

• Falta de experiência: os empreendedores nunca trabalharam no ramo de

distribuição de bebidas.

• Investimento para divulgação: por tratar-se de uma organização nascente será

necessário realizar investimentos para divulgar a empresa e seus serviços para o público alvo;

• Concorrência forte na região.

3.3.4.2 Ambiente Externo

Oportunidades:

• A falta de qualidade da água distribuída pela rede pública está cada vez mais

prejudicada apesar do intenso investimento das estatais;

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• A constante preocupação da população com o bem estar e a saúde;

• O crescimento gradual do poder aquisitivo da população, que a faz utilizar

mais produtos como esse;

• Comodidade de receber o produto em casa.

Ameaças:

• O crescente surgimento de novos distribuidores;

• A sazonalidade, que faz com que os clientes consumam menos o produto em

certos períodos do ano;

• A crescente criação de novos produtos relacionados com o setor.

3.4 - Plano de Marketing

Neste momento, torna-se fundamental o conhecimento do mercado em que a

distribuidora irá atuar e a elaboração das estratégias dos 4 Ps (produto, preço, praça,

promoção e propaganda) , com a intenção de dimensionar e conhecer as características do

mercado.

3.4.1 Análise Mercadológica

A análise de mercadológica permite desenvolver e aumentar o conhecimento sobre o

mercado em que a empresa irá atuar sendo este um fator importante para que a empresa se

desenvolva de maneira correta, diminuindo as chances de erros e minimizando os riscos do

empreendimento.

3.4.1.1 – Análise do Setor

O mercado de água envasada no Brasil vem se mantendo estável e com leve

crescimento na produção e consumo e segundo relatório do Departamento Nacional de

Produção Mineral (DNPM) acompanha a tendência mundial.

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Segundo Anuário Mineral Brasileiro (AMB 2001-2008), a produção brasileira de

água mineral e potável de mesa envasada passou de 3,73 bilhões de litros em 2001 para 4,37

bilhões de litros em 2008.

Os principais estados produtores de água mineral no Brasil no período 2004 a 2008

foram São Paulo, com 22% da produção nacional, seguido de Minas Gerais e Pernambuco

com 8%, Bahia e Rio de Janeiro com 7%, Rio Grande do Sul com 6%, Paraná com 5% e

Santa Catarina com apenas 3% conforme demonstrado na ilustração a seguir. Ilustração15:Principaisestadosprodutores.

Fonte: Adaptado de Anuário Mineral Brasileiro (2008)

Os valores ilustrados dessa produção são relativos a quantidade de lavras concedidas

nos estados. O estado de São Paulo possui atualmente 258 concessões de lavras enquanto que

no estado de Santa Catarina são apenas 45 concessões.

De acordo com o relatório da Beverage Marketing Corporation, o Brasil aumentou

seu consumo de 10.756.970 para 14.288.375 de litros o que representa um aumento de 5,8%

de crescimento, conforme ilustração a seguir.

SP22%

MG 8%

PE8%

BA7%RJ

7%RS6%

PR5%

PA4%

Outros 14%

CE4%

MT3%

ES3%

AL3%

SC3%

RN3%

Principais estados produtores 2004-2008

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Ilustração 16: Evolução do consumo da água envasada no mundo

Evolução do consumo de água envasada no mundo (em litros)

Países/Produção

Estados Unidos

México

China

Brasil

Itália

Indonésia

Alemanha

França

Tailândia

Espanha

2003

23.728.165

16.491.245

9.549.555

10.756.970

10.348.190

6.941.690

9.946.980

8.902.320

4.931.855

5.094.610

2008

32.979.025

24.606.285

19.708.495

14.288.375

11.884.900

10.972.715

10.836.455

8.395.130

6.453.425

4.886.435 Fonte: Beverage Marketing Corporation (2008)

O consumo per capita ainda é muito baixo quando comparado a outros países, cerca

de 24 litros (considerando-se uma população estimada em 2008 de 189 milhões de habitantes,

segundo o IBGE), enquanto que nos Estados Unidos, por exemplo, é de cerca de 110 litros

(Beverage Marketing Corporation, 2008).

Outro fator que impulsiona o consumo de água mineral no Brasil e no mundo,

segundo Zenith International, empresa de consultoria especializada no ramo, é a maior

consciência em questões relativas à saúde, especialmente entre as classes de maior renda.

A produção de água mineral de Santa Catarina é consumida cerca de 95% pelo

próprio estado. Assim como em outras regiões do país, o consumo de água engarrafada em

Santa Catarina torna-se artigo de primeira necessidade, impulsionado pela qualidade não

satisfatória da água de abastecimento público.

3.4.1.2 – Posicionamento

A Goulart Distribuidora pretende atender com qualidade de serviços, cumprindo

prazos de entrega, tendo produtos e serviços de qualidade com preços competitivos para que

se torne referência na distribuição do produto na região.

A empresa tem como clientes outros pequenos distribuidores e consumidores finais,

e o diferencial será a entrega personalizada através da gestão da qualidade dos serviços

prestados.

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3.4.2 - Analise do Ambiente

A análise do ambiente visa proporcionar maior conhecimento da empresa e do perfil

dos seus sócios, para que as decisões da empresa possam ser tomadas com segurança, levando

em consideração o perfil dos clientes, a análise da concorrência e a análise dos fornecedores.

3.4.2.1 - Análise do Cliente (Segmentação)

A distribuidora atuará no mercado de atacado e varejo de garrafões de 20 litros, dessa

forma, atenderá clientes empresariais e residenciais.

Em razão da falta de qualidade da água oferecida pelas empresas de água encanada é

cada vez maior o número de residências que se utilizam de água mineral, especialmente no

bairro do Kobrasol, onde o padrão de vida das pessoas é mais elevado.

O local escolhido para a instalação da organização possui grande número de

empresas e estabelecimentos comerciais. O cliente que visita esses estabelecimentos

comerciais além de procurar um produto ou serviço de qualidade também exige conforto e

comodidade e não aceitaria a ideia de consumir uma água de má qualidade. Da mesma forma

os empresários se preocupam com é a satisfação de seus colaboradores e a oferta de água

mineral para beber é um zelo que merece destaque.

Entretanto, para que seja possível conhecer as reais necessidades dos potenciais

clientes é necessário realizar uma pesquisa de mercado para o setor.

3.4.2.2 - Análise dos Concorrentes

Analisando o mercado de água mineral na região da grande Florianópolis, verifica-se

a presença de dezenas de distribuidores de diversos portes, desde pequenos “Disk água e gás”,

até empresas com boas infraestruturas, com sistemas de tele entregas, entregas programadas,

porém tendo contato com a fábrica, segundo informações coletadas, ainda existe uma grande

lacuna a ser preenchida na distribuição do produto na grande Florianópolis.

A JAN bebidas e a Distribuidora Água Pura, hoje, são as principais concorrentes

nesse segmento, por que também são distribuidoras exclusivas da Água Mineral Imperatriz,

porém cada uma tem uma rota específica, que segundo a fábrica, não tem dado conta de suprir

as necessidades dos clientes em algumas regiões, principalmente em épocas da sazonalidade,

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onde a deficiência de atendimento acaba deixando outras marcas entrarem no mercado devido

a impossibilidade de atendimento, então a Goulart distribuidora entraria no mercado para

auxiliar a suprir essa deficiência.

Pontos Fortes dos concorrentes:

• Grande experiência no mercado de água mineral conquistada com anos no

mercado;

• A lista grande de clientes e rotas já conquistadas nesses anos de mercado;

Pontos Fracos dos concorrentes;

• Por venderem a água mineral não só em garrafões de 20 litros, mas em

embalagens descartáveis e outras embalagens, as empresas não podem se especializar na

venda de um único produto.

• Posição desprivilegiada em relação a Goulart Distribuidora no que diz respeito

a localização;

• O custo operacional é maior devido a efetuar a venda de diversos tipos de

embalagens.

3.4.2.3 - Analise dos Fornecedores

A Goulart Distribuidora terá apenas um fornecedor.

• Água mineral, que será fornecida pela empresa Água Mineral Imperatriz Ltda.,

fornecerá a água pelo preço de R$ 2,50 20 litros, isso só o líquido, o preço é um dos melhores

praticados no mercado, e só é possível sendo distribuidor exclusivo da marca.

• Os Galões também serão fornecidos pela própria envasadora pelo custo de R$

8,50 o galão, a empresa terá que investir um capital maior inicialmente, para possuir um

estoque mínimo de galões, e posteriormente poderá aumentar esse estoque de acordo com a

evolução das vendas.

3.4.2.4 – Estratégia Competitiva

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A Goulart Distribuidora terá como estratégia competitiva a diferenciação de serviços,

que serão oferecidos de forma eficiente fazendo com que o cliente lembre-se da empresa na

hora que tiver necessidade da compra do produto.

Isso será feito através de entregas personalizadas e programadas que serão realizadas

de forma diferenciada, com qualidade, focando nos clientes e sempre inovando e buscando

novas ideias para superar as expectativas dos clientes de modo a fidelizá-los.

As entregas também serão agilizadas por conta da localização da empresa, local

estratégico, que auxiliará na qualidade e na rapidez do serviço de entrega.

Como a empresa será uma distribuidora exclusiva da marca, ela terá sempre estoque

para atender seus clientes, o que pode não ocorrer com outros distribuidores que não tem

exclusividade. A empresa sempre terá estoques à pronta entrega.

Também como estratégia, a empresa oferecerá vários canais de comunicação com o

cliente, através da Web, com o site que pode ser utilizado para realizar pedidos, através do

telefone, pelos vendedores ou ainda diretamente na empresa.

Os fatores competitivos da Goulart Distribuidora serão:

• Serviços de qualidade;

• Entregas personalizadas;

• Localização privilegiada;

• Estoques a pronta entrega;

• Canais de comunicação cliente/empresa.

3.5 - Estratégias de Marketing

Produto

O produto que será comercializado pela Goulart Distribuidora será a água mineral

Imperatriz em garrafões de 20 litros, que já é um produto reconhecido no mercado e será

distribuída por um serviço rápido e eficiente, agregando valor ao produto.

Preço

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O preço que vai ser praticado pela Goulart Distribuidora, vai ser de acordo com o

praticado no mercado, o que, de acordo com o pesquisado é cobrado uma média de R$ 6,50

(Seis reais e cinquenta centavos) pela água, e R$ 13,00 (Treze reais) pelo galão no varejo, já

no atacado, em quantidades maiores que 20 (vinte) unidades terão o preço de R$ 4,60 (Quatro

reais e sessenta centavos) pela água, e R$ 11,00 (onze reais) pelo galão.

Praça

O público alvo da Goulart distribuidora serão empresas e pessoas físicas, no caso de

empresas elas poderão retirar o produto diretamente no depósito da empresa, o que é

facilitado pela localização, fazer o pedido pelo televendas, que terá um serviço eficiente e

seguro com um prazo estipulado para entrega ou para um dos vendedores externos, os quais

vão agendar visitas periódicas e agendadas para agilizar e otimizar o serviço das entregas.

Propaganda e Promoção

Como ações para promover a Goulart Distribuidora, serão feitos folders que serão

distribuídos em condomínios, nos sinais, propagandas nas rádios locais, além da visita

frequente e regular dos vendedores aos pequenos distribuidores para fazer os pedidos, fazendo

com que a marca seja fixada.

Também será criado um web site, com o objetivo de se fazer pedidos on-line, e

também será possível ter informações sobre a empresa e o produto.

Como propaganda e promoção a empresa distribuirá junto as entregas imã de

geladeira com o telefone da tele entrega e também cartão de fidelidade, com o intuito de

fidelizar os clientes.

Projeção de vendas

Levando em conta a capacidade de vendas, e também a meta estipulada de aumento

de 25% ao ano nas vendas, nos dois anos seguintes a fundação da empresa, a ilustração abaixo

mostra a projeção desejada, onde A/A= Vendas de água (somente líquido) no Atacado, A/V=

vendas de água (somente o líquido) no Varejo, G/V venda de Galões (Líquido + Galão) no

Varejo, e G/A venda de Galões (Líquido + Galão) no Atacado.

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Ilustração 17: Projeção de vendas/mês

Vendas/Mês 2013 Vendas/Mês 2014 Vendas /Mês 2015

A/A 4.000 x 4,60 R$ 18.400,00 A/A 5.000 x 4,76 R$ 23.800,00 A/A 6.250 x 4,93R$

30.791,25

A/V 1.000 x 6,50 R$ 6.500,00 A/V 1.250 x 6,73 R$ 8.409,38 A/V 1.562 x 6,97R$

10.880,19

G/V 600 x 19,50 R$ 11.700,00 G/V 750 x 20,18R$ 15.135,00 G/V 937 x 20,18R$

18.908,25

G/A 400 x 15,60 R$ 6.240,00 G/A 500 x 16.15 R$ 8.075,00 G/A 625x 16.72 R$

10.447,03

Total R$

42.840,00

Total R$ 55.419,38 Total R$ 71.026,73

Fonte: Dados da Pesquisa

4 Plano Operacional

As operações básicas da empresa se darão através de ligações telefônicas feitas por

clientes para empresa, por pedidos solicitados por vendedores externos, pelas vendas feitas na

própria empresa quando os próprios clientes forem retirar a mercadoria, ou ainda pelos

pedidos feitos através do site na web.

Em todos os casos, no momento da venda é feito um pedido, o qual irá gerar a nota

fiscal, para ser carregado no caminhão, nas motos, ou no veículo do cliente. No caso de

entregas feitas pela empresa, irá se fazer um relatório a parte para a contagem dos garrafões

vazios que voltaram das entregas.

A empresa irá utilizar-se de um programa que auxiliará na gestão de todo o processo

gerencial tais como;

• Caixa;

• Contas a Pagar;

• Contas a Receber;

• Informações de compra e venda;

• Relatórios de clientes

• Pedidos;

• Notas Fiscais.

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Através da análise de todos os itens acima, será feito o controle através de

indicadores de produtividade (tempo de entrega, numero de entregas por dia, número de

garrafões por entrega) e controle da qualidade ( reclamações, trocas) e dados financeiros,

auxiliando na gestão da qualidade dos serviços.

4.1 Infraestrutura

A Goulart Distribuidora contará na sua infraestrutura com um galpão de 450 m²

onde será utilizada uma parte para a recepção, escritório, sala de reuniões, depósito e garagem

dos veículos.

Nas ilustrações a seguir será apresentado o Layout da empresa e fotos do galpão que

será utilizado para a instalação da mesma. Ilustração18: LAYOUT Goulart Distribuidora

Fonte: O autor, 2012.

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Ilustração19: Foto fachada do galpão.

Fonte: O autor, 2012.

Ilustração 20: Interior galpão

Fonte: O autor, 2012.

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A empresa contará também com uma frota de um caminhão para transporte de até

3000 kg, duas caminhonetes de pequeno porte para transporte de até 1800 kg, e ainda duas

motos de 125cc para entregas rápidas.

5 PLANO FINANCEIRO

5.1 – Investimentos

Os investimentos que serão feitos na Goulart Distribuidora serão advindos de

recursos levantados com familiares do empreendedor que farão o investimento inicial, e vão

ser utilizados no sentido de adquirir todos os equipamentos, móveis, utensílios, caixa, o

primeiro estoque e os veículos que farão parte da frota da empresa.

Na ilustração abaixo, está relacionado o que será adquirido e também o custo das

despesas pré-operacionais.

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Ilustração 21: Investimentos Goulart Distribuidora

INVESTIMENTOS INICIAIS GOULART DISTRIBUIDORA

DESPESAS PRÉ- OPERACIONAIS

Máquinas e Equipamentos

Item Quant. R$ Unit. R$ Total

Computadores 2 R$ 1500,00 R$ 3.000,00

Impressora/Scanner 2 R$ 250,00 R$ 500,00

Telefone sem Fio / Fax 1 R$ 450,00 R$ 450,00

R$ 3.950,00

Móveis e Utensílios

Item Quant. R$ Unit. R$ Total

Balcão de atendimento 1 R$ 1.350,00 R$ 1.350,00

Mesas de escritório 3 R$ 300,00 R$ 900,00

Cadeira Executiva 2 R$ 80,00 R$ 160,00

Armário 2 R$ 300,00 R$ 600,00

Mesas/ cadeiras 1 R$ 820,00 R$ 820,00

Divisórias 1 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00

Refrigerador 1 R$ 700,00 R$ 700,00

Cafeteira 1 R$ 50,00 R$ 50,00

R$ 5.580,00

CAPITAL DE GIRO

Item Quant. R$ Unit. R$ Total

Caixa R$ 11.000,00

Estoque ( 7.000 Galões) R$ 77.000,00

Água, Luz e Telefone R$ 500,00

Marketing & Publicidade R$ 1000,00

Material de Escritório R$ 150,00

Contador R$ 250,00

Salário de Colaboradores 4 R$ 1.100 R$ 4.400,00

Pró-labore 1 R$ 2.500 R$ 2.500,00

Frota (Caminhão, Caminhonetes e Motos) R$ 156.100,00

Outras Despesas ( Combustíveis e outros) R$ 1.666,67

R$ 254.466,67

Total dos Investimentos Iniciais R$ 263.996,67 Fonte: Dados da Pesquisa

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5.2 Despesas e Receitas

Nesse item, serão inumeradas as projeções de faturamento dos 3 primeiros anos de

atividade da empresa, levando em conta o aumento anual das vendas em 25%, o custo com

compras de galões ( com um reajuste anual de 3,5% que acontece no setor), os custos fixos e

as devidas variações estimadas levando em conta os índices atuais de IGP-M (ano de 2011

5,1%), os reajustes salariais de 4% a.a., os encargos sociais que ficam com uma estimativa de

30% do total dos salários pagos, e os impostos calculados através da forma tributação da

empresa (Simples) o qual tributa 5,25% das receitas até o valor de R$ 600.000,00 por ano, e

6,75% das receitas acima desse valor.

Marketing e Publicidade também estão sendo estimados, e seus custos levarão em

conta o aumento de investimentos nessa área de 25% a.a.

Despesas como água, luz, telefone, combustíveis entre outras despesas também tem

uma estimativa de reajuste anual que constam na ilustração a seguir:

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Ilustração 22: Projeção de receitas e despesas.

2013 2014 2015

RECEBIMENTOS

Receitas (Vendas 6.000 GALÕES/MÊS,

aumento 25% a.a.)

Faturamento

PAGAMENTOS

Compras à vista (GALÕES/MÊS,

reajuste 3,5% a.a.)

Impostos ( 5,25% faturamento até R$

600.000,00 e 6,75% acima de R$

600.000,00)

CUSTOS FIXOS

Salários (Reajuste 4% a.a.)

Encargos sociais (30% dos salários)

Água/Luz/Telefone (Reajuste 3,5% a.a.)

Contador ( Reajuste 4% a.a)

Marketing e Publicidade ( Aumento de

investimento em 25% a.a.)

Pró Labore ( Reajuste 7% a.a.)

Outras Despesas( Combustíveis e

outros) Reajuste 2,5% a.a.

R$ 514.080,00

R$ 514.080,00

6.000 G/M R$ (282.000,00) R$ (26.989,20) R$ (52.800,00) R$ (15.840,00) R$ (6.000,00) R$ (3.000,00) R$ (12.000,00) R$ (30.000,00) R$ (20.000,00)

R$ 665.032,56 R$ 665.032,56 7.500 G/M R$(333.787,56) R$ (44.889,70) R$ (54.912,00) R$ (16.473,60) R$ (6.180,00) R$ (3.120,00) R$ (15.000,00) R$ (32.100,00) R$ (20.500,00)

R$ 852.320,76 R$ 852.320.76 9.374 G/M R$(399.614,04) R$ (57.531,65) R$ (57.108,48) R$ (17.132,54) R$ (6.396,30) R$ (3.244,80) R$ (18.750,00) R$ (34.347,00) R$ (21.012,50)

Custo Total R$ (448.629,20) R$(510.495,26) R$ (558.029,44)

Fonte: Dados da Pesquisa

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5.3 - D.R.E – Demonstrativo do Resultado do Exercício

O Demonstrativo do Resultado de Exercício da Goulart Distribuidora levando em

conta o ano da abertura e os 2 anos subsequentes está relatado na ilustração a seguir: Ilustração 23: D.R.E

DEMONSTRATIVO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Discriminação Ano 2013 Ano 2014 Ano 2015

TOTAL RECEITA BRUTA R$ 514.080,00 R$ 665.032,56 R$ 852.320,76

Impostos (Simples) R$ (26.989,20) R$ (44.889,70) R$ (57.531,65)

Produtos (Galões) R$ (282.000,00) R$(333.787,56) R$(399.614,04)

Salários R$ (52.800,00) R$ (54.912,00) R$ (57.108,48)

Encargos Sociais R$ (15.840,00) R$ (16.473,60) R$ (17.132,54)

Água/Luz/Telefone R$ (6.000,00) R$ (6.180,00) R$ (6.396,30)

Contador R$ (3.000,00) R$ (3.120,00) R$ (3.244,80)

Marketing e Publicidade R$ (12.000,00) R$ (15.000,00) R$ (18.750,00)

Pró-Labore R$ (30.000,00) R$ (32.100,00) R$ (34.347,00)

Outras Despesas ( Combustíveis e

outros)

R$ (20.000,00) R$ (20.500,00) R$ (21.012,50)

TOTAL DOS CUSTOS FIXOS E

VARIÁVEIS

R$ (448.629,20) R$(510.495,26) R$(558.029,44)

RESULTADO OPERACIONAL R$ 65.450,80 R$ 154.537,30 R$ 294.291,32

RESULTADO LÍQUIDO R$ 65.450,80 R$ 154.537,30 R$ 294.291,32

Fonte: Dados da Pesquisa

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5.4 Indicadores Econômico-Financeiros

Utilizando os dados conseguidos através das projeções realizadas, irá se fazer o

cálculo dos indicadores econômicos que revelarão a viabilidade da implantação do plano de

negócios proposto, mostrado na ilustração a seguir:

Ilustração 24: Indicadores econômico-financeiros

INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA O PERÍODO DE 3 ANOS

2013 2014 2015

INVESTIMENTO (252.996,67)

CAPITAL DE GIRO (11.000,00)

LUCRO LÍQUIDO 65.450,80 154.537,30 294.291,32

FC. DESC. ACUMULADO (263.996,67) (198.545,87) (44.008,57) 250.282,75

PAYBACK DESCONTADO 2,7 ANOS

PONTO DE EQUILÍBRIO 232.346,09 260.424,30 294.595,60

LUCRO LÍQUIDO 12,73% 23,23% 34,53%

RENT. S/INVESTIMENTO 24,79% 58,54% 111,47%

VPL* R$ 242,820,12

TIR 17%

*Para calculo do VPL a taxa de poupança de 0,6% a.m. Fonte: Dados da Pesquisa

5.5 Análise dos Resultados Coletados

Analisando os resultados coletados, através das projeções realizadas, se nota que o

referido plano é viável uma vez que o Payback se dá no prazo de 2,7 anos, o que é um prazo

relativamente curto, tendo em vista o valor do investimento inicial de aproximadamente R$

264.000,00. A TIR (Taxa Interna de Retorno) também reforça a viabilidade mostrando um

resultado bem maior que o custo do capital, e finalmente o VPL indica um valor positivo, o

que indica que o valor presente dos fluxos é maior que o investimento inicial.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a execução deste trabalho, mostrou a grande utilidade da ferramenta plano de

negócio para os futuros empresários, fazer o estudo dos dados do setor, realizar projeções e

analisar possíveis resultados ajudará o empreendedor na tomada de suas decisões em relação à

implementação do negócio pretendido.

A revisão da literatura permitiu ao autor a absorção da teoria de vários autores

considerados essenciais para a elaboração de um plano de negócio, teorias sobre

administração, empreendedorismo, sobre micro e pequenas empresas, varejo, estratégia

competitiva, o próprio caso de uma ação empreendedora no ramo de água mineral auxiliaram

na elaboração do plano de negócio.

O mercado e água mineral têm muito a crescer, o que vai obrigar novos

empreendedores a procurar sempre soluções inovadoras para oferecer o produto e os serviços,

com qualidade e preços competitivos.

A elaboração deste Plano de Negócio foi muito importante para o autor se situar no

mercado onde pretende atuar, com visitas a empresa que irá fornecer o produto, contato com

empreendedor do ramo e pesquisas sobre o mercado forneceram ao autor informações para a

implantação do plano.

Todas as projeções financeiras, os estudos sobre qualidade, fatores competitivos,

deram ao autor indispensáveis informações, diminuindo os riscos para a viabilização do

projeto, confirmando que existe a possibilidade de implantação de uma distribuidora de água

mineral na cidade de São José, que poderá ser implantado já no ano de 2013.

A realização desse trabalho contribuiu muito para a formação acadêmica do autor,

fazendo com que fizesse a aplicação na prática dos conhecimentos e técnicas desenvolvidas

ao longo do curso de Administração de Empresas e servindo como um instrumento para

conclusão do curso.

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