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El entenado de Juan José Saer. Libro de literatura.

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EL ENTENADO DE JUAN JOS SAER E A PROBLEMATIZAO DO ROMANCE HISTRICO

Marco Carvajal[footnoteRef:1] [1: Mestrando da UFPR.]

RESUMO: Em El entenado do argentino Juan Jos Saer se discutem vrios temas em relao ao romance histrico no ps-modernismo como a carncia de referentes histricos e a representao a partir da percepo a travs de um narrador-testemunha para questionar a artificialidade convencional da conscincia histrica. Atravs da anlise da obra junto com a discusso da teoria literria se evidencia, por uma parte, a problematizao da subjetividade da memria na fico histrica e, por outra parte, como a reflexo sobre a construo/desconstruo do passado leva a um possvel novo jeito de ver a Argentina. Saer debate os processos de construo da histria em relao verdade desde os valores estabelecidos para deixar a historiografia numa posio de indeterminao. Este trabalho analisa a possibilidade de uma escrita que questiona, mas que ao mesmo tempo oferece novas exegeses e caminhos para o romance histrico.PALAVRAS-CHAVE: Saer; histria; fico histrica; ps-modernidade; teoria literria; metafico histrica.

ABSTRACT: The literary work El entenado of the Argentinian Juan Jos Saer discusses various topics regarding to the historical romance in postmodernism such as the lack of historical references and representation through a narrator-witness in order to question the conventional artificiality of the historical consciousness. Through the analysis of the work along with the literary theory, on the one hand, the subjectivity of memory in historical fiction will be addressed, while, on the other hand, a reflection about the construction/deconstruction will be useful to understand a new possible way to see Argentina. Saer debates the processes of historical construction in relation to the truth from the established values in order to leave the historiography in an undetermined position. This essay will analyze the possibility of a writing that examines, but, at the same time offers new exegesis and procedures of the historic romance.

A literatura hispano-americana nasce a partir de arqutipos europeus que ditavam os modelos de escrita; no entanto, no final do sculo XX, a novela histrica do continente questiona, desde os mesmos princpios estabelecidos, as definies e relaes entre narrao, fico e histria. Os escritores se preocupam por abordar uma conscincia histrica diferente s convenes e por questionar os limites que esta pode ter na fico e na representao da realidade. O escritor argentino Juan Jos Saer (1937-2005) se caracteriza no s por uma escrita onde a reconstruo do passado se define atravs de noes da representao mais do que pelo discurso da verdade, mas tambm pela rebelio artificialidade convencional da novela histrica evidenciando as mquinas da imaginao que esto presentes em toda construo espao-temporal. Por meio da anlise do romance El entenado (1983) deste escritor se observar essa mudana importante nas letras hispnicas discutindo a teoria do romance histrico para chegar ao que Seymour Menton chama de Nova novela histrica ou novela histrica ps-moderna e passar a abordar a teoria de Linda Hutcheon. O romance histrico joga com dois elementos: o referente e o referido. O primeiro, como imagem autnoma, retomado desde o discurso j estabelecido enquanto o segundo construdo atravs da narrao (JITRIK, 1995, p. 53). El entenado parte de um referente pouco abordado na literatura argentina, o contato com os povos pr-hispnicos em um pas que se caracteriza por ser principal y problemticamente una literatura neo-europea si la comparamos con otras literaturas latinoamericanas [...] (DE GRANDIS, 1994, p. 417). No obstante, Saer entra em uma tradio da literatura argentina que se preocupa por abordar a conquista na regio do Ro de la plata como o escritor de Mendoza Antonio di Benedetto[footnoteRef:2]. Evidentemente, desde Sarmiento, o criollo na Argentina exerceu hierarquia sobre o indgena, mas ao construir a narrao, o referido deste romance procura encontrar novas interpretaes que vo alm da representao e ficam na percepo. Este trabalho discutir os temas que fazem deste romance uma crtica ao modelo imposto da histria na literatura por meio do narrador-testemunha, a aprendizagem da lngua da tribo colastin, a antropofagia e o teatro para assim entender o propsito da novela histrica ps-moderna por questionar a referencialidade. Os pases hispanos, sobre tudo desde o Boom latino-americano, questionavam fortemente as convenes do romance histrico imposto, mas isto serviria para afirmar o que realmente procurava a literatura de cada pas: uma nova definio de identidade. [2: Considera-se que Antonio di Benedetto o precursor de uma literatura argentina que deixa atrs os modelos europeus e que desarticula os modelos da novela histrica. Contemporneo a Juan Rulfo, este escritor pertence ao denominado Boom latino-americano e reconhecido por Saer como o precursor de uma reformulao da literatura argentina. ]

Os referentes histricos de El entenado so escassos. No existem datas, nem nomes de personagens histricos da conquista. Alude-se por intuio ao descobrimento da regio do Ro de la Plata, a morte do explorador Juan Daz de Sols, sobrevivncia de Francisco del Puerto e o posterior resgate dele por uma nova expedio dez anos depois (PONS, 2011, p. 96). O referente histrico neste caso desprovido de relatos e registros, mas um acontecimento altamente ficcionalizado na Argentina como construtor de um passado remoto. Exatamente, essa carncia de averbaes no romance serve para instaurar uma nova conscincia histrica moderna e o pretexto para gerar o relato. Trata-se de uma literatura que reage contra toda teoria do romance histrico que debate os mtodos e processos para chegar a uma suposta posio favorvel verdade. El entenado uma autobiografia contada por um narrador-testemunha em primeira pessoa sobre o primeiro contato colonial no Ro de la plata com a tribo colastin. A tripulao foi morta pela tribo, ficando ele como nico sobrevivente e vivendo nela durante dez anos at uma nova tripulao chegar e assim voltar para a Espanha. Passados 60 anos, depois de aprender a ler e escrever, o narrador decide contar a sua experincia com a tribo e compartilhar com o leitor a interpretao de uma identidade alheia causa do tempo, o inevitvel processo de aculturao, e a subjetividade da memria. Isto serve para esquadrinhar o passado, o referente histrico e problematizar a representao da realidade para vislumbrar a complexidade existente entre histria e fico. Evidentemente, Saer enfrenta a funo documental do romance em relao ficcionalidade que este possui a partir da voz de um narrador que observa.O narrador-testemunha do romance conta a sua experincia em cativeiro, mas importante lembrar que a referencialidade outra quando a narrao se encontra em primeira pessoa j que a credibilidade inerente ao personagem que enuncia diretamente (PERKOWSKA, 2006, p. 21). Em outras palavras, a memria do personagem e a sua inteno de (re)construir o passado est numa conscincia narradora assediada pela subjetividade da lembrana. Por meio de reminiscncias, o narrador chega reflexo e percepo dos acontecimentos, mas sem contaminar a cena. O problema que Saer planteia com isso a representao em sentido oposto e em relao percepo. O encontro com o real se desestabiliza frente assimilao de fatos sem exercer juzos. O texto joga com a intertextualidade e o melhor exemplo se encontra na antropofagia relacionada com a crnica de ndias. A diferena de Hans Standen[footnoteRef:3] (1525-1579), que faz observaes e julgamentos prprios sobre a cultura dos ndios, o cativo do romance se torna um testemunha que observa e contempla sem condenar as aes dos outros (DE GRANDIS, 1993, p. 34). Mais uma vez se entende que neste caso, e graas voz do narrador-testemunha, a representao se realiza por intermdio da memria e da percepo. Numa cena, o personagem expe o significado do canibalismo por meio do discurso indireto seguido de uma observao afastada de ser uma crtica: [3: Hans Standen foi um alemo que passou como refm dos indgenas tupinambs nas regies costeiras do Brasil. De volta Alemanha escreveu o livro Histria verdadeira e descrio de uma terra de selvagens (1557). ]

[...] Para los miembros de otras tribus, ser comido por sus enemigos poda significar un honor excepcional, segn me lo explic un da, con desprecio indescriptible, uno de los indios [] Que comer carne humana no pareca ser tampoco una costumbre de la que se sintiesen muy orgullosos, lo prueba el hecho de que nunca hablaban y de que incluso parecan olvidarlo todo el ao, hasta que, ms o menos para la misma poca, volvan a empezar [] (SAER, 1982, p. 95). O narrador-testemunha, neste caso, se afasta de conhecimentos a-priori sobre o que significaria a antropofagia segundo o mundo ocidental da poca. Ele se afasta de juzos e tenta interpretar mesmo valendo-se da tradio ocidental para faz-lo o que para os ndios exprime o canibalismo como ritual. Problematiza-se assim a percepo do selvagem j que a construo do passado no romance se fixa no texto, deixando de lado os detalhes historiogrficos e dando importncia ao questionamento dos regimes textuais para atingir a reconstruo da histria. O texto, ao se basear no registro da observao, expe os limites do autobiogrfico que o levam inexoravelmente fico. Consequentemente, a viso introspetiva da enunciao do narrador questiona a confiabilidade da percepo e da realidade porque evidente que as possibilidades do sujeito para perceber a realidade so diversas e no necessariamente legtimas a causa da incompreenso como, por exemplo, a lngua dos colastin. Entende-se que El entenado vai contra a conscincia do desenvolvimento histrico hegeliano que serviu a Lukcs para elaborar uma teoria onde il y a toujours une intention dtre pique, et labsence dintention accuse le caractre trivial de luvre (1989, p. 50).Para Saer, essa trivialidade a fonte de criao da obra. O escritor argentino refuta a conveno e questiona a referencialidade sem deixar em dvida que a fico pode ser tambm parte da realidade como uma rebelio terica anunciada pela ps-modernidade. Para entender melhor, deve-se compreender o pensamento kantiano onde a relao entre sujeito-objeto se d a partir da existncia que o primeiro outorga para o segundo (BLANCO, 2007, p. 17). No caso do romance, o personagem afronta a dificuldade da lngua dos colastin. O idioma se presta como objeto, mas este no mais que uma interpretao do narrador ao no entend-lo no comeo para, depois, compreender que os signos lingusticos do idioma indgena no correspondem aos mesmos significados do espanhol. Isto denota que o narrador est constantemente construindo o referido. O primeiro encontro com a lngua dos colastin e o significado da palavra demonstram como a construo comea por uma observao que se afirma pela interpretao:Cuando crea haber entendido el significado de una palabra, un poco ms tarde me daba cuenta de que esa misma palabra significaba tambin lo contrario, y despus de haber sabido esos significados, otros nuevos se me hacan evidentes, sin que yo comprendiese muy bien por qu razn el mismo vocablo designaba al mismo tiempo cosas tan dispares. En-gui, por ejemplo, significaba los hombre, la gente, nosotros, yo, comer, aqu [] (SAER, 1982, p. 90).A questo elaborada por Saer se estabelece na incapacidade de entender a lngua no comeo, mas que, conforme passa o tempo, a compreende, bem como os seus diversos significados. Segundo o empirismo e positivismo, o conhecimento chega por meio dos sentidos, mas ao no poder process-los neste caso, demonstra que a confiabilidade da percepo indefinida j que os sentidos so enganveis. A existncia de dois idiomas so moldes para clasificar el mundo (BLANCO, 2007, p. 18) onde se observa que a realidade do relato se encontra no narrador, longe de um referente histrico que se bane. Como leitor, por uma parte entende-se a incapacidade de comunicar-se e a incompreenso do outro; e, por outra parte, impossvel no acreditar no que o narrador diz j que pertencemos a uma mesma bagagem cultural. Como pode uma palavra significar uma coisa e o contrrio? Saer questiona o sistema implantado e faz entender que o conhecimento uma artimanha trabalhada. Posteriormente, o narrador escreve: [] En ese idioma, no hay ninguna palabra que equivalga a ser o estar. La ms cercana significa parecer. Como no tienen artculos, si quieren decir que hay un rbol, o que un rbol es un rbol dicen parece un rbol [] (p. 90). Repare-se que o verbo parecer, ser e estar so verbos de ligao e como tais cumprem a funo de associar o sujeito com o predicado sem contribuir a um significado semntico na orao. Possivelmente, aqui nos encontramos com a impossibilidade de afirmar ao carecer dos verbos ser e estar, mas tambm com a crtica de uma filosofia ocidental que debate desde o comeo a intangibilidade do ser. Enfrentamos uma viso do passado que respeita os perdedores, mas sustenta a necessidade histrica dos vencedores (Anderson, 2007). A assimilao do outro se concebe como um ponto importante de Saer, assim como tantos outros pensadores da poca como Tzvetan Todorov que questionava a suposta descoberta e hermenutica da alteridade. Visivelmente, o argentino est se movendo junto com as teorias questionadoras do ps-modernismo frente histria. Ainda mais, o fato do narrador ter que aprender de novo a sua prpria lngua, depois do resgate, significa a inverso de valores e a dependncia do pensamento ocidental para debater contra ele. Retomando o romance, o personagem, dez anos depois de permanecer na tribo, deixado por membros dela em um lugar prximo a homens de fisionomia parecida dele. Quando ele se encontra com os espanhis escuta a sua lngua materna, mas cai em conta que a esqueceu, e mesmo quando entendia o que eles lhe diziam, no podia se expressar mais apenas pela lngua dos colastin. O padre Quesada, j de volta na Espanha, cuida dele e o leva para o convento onde retomar de novo o castelhano e aprender a ler e escrever. Enquanto para o padre a linguagem a maneira para poder explicar o canibal, para o narrador o encontro com uma nova realidade j que ao reaprender o espanhol, ele retoma o sistema que lhe serve para organizar o universo e entende-lo. O processo de aculturao foi inevitvel, mas ao regressar ao prprio, este j no o mesmo e consegue expressar a possibilidade de considerar a alteridade cultural. Ironicamente, o narrador necesita paradjicamente de la cultura occidental la filosofa (contempornea) y la escritura para interpretar y narrar esa otra cultura que a la vez lo constituye, que lo ha provisto de su primera verdadera identidad [...] (COPERTARI, 1998, p. 232). Com isto, entende-se que uma vez instaurada a hegemonia da tradio do romance histrico, para partir de uma nova interpretao necessrio o domnio das convenes para question-lo e reformul-lo.Uma vez reaprendido o espanhol, o narrador se aventura por deixar a vida no convento e aproveitar a sua fama como o cativo que escreveu sobre a sua experincia com uma tribo indgena no novo mundo. De tal modo que a coloca em cena teatralmente junto com trovadores itinerantes que se ganhavam a vida atuando. O roteiro da pea teatral muda constantemente para satisfazer a audincia. Mais uma vez o referido consegue se tornar num referente fixo pela transformao e a repetio, mas que no corresponde nem a verossimilhana da voz de enunciao do narrador, nem a realidade da histria, seno a um trabalho de negao que cria a iluso de referencial.At aqui se analisaram os temas principais que Saer aborda para questionar os modelos e convenes do romance histrico, mas indispensvel analisar os conceitos que a crtica ps-moderna compreende para poder abordar a obra de Saer, mas no para cataloga-la dentro da Nueva Novela Histrica (NNH) de Seymour Menton ou a metafico histrica de Linda Hutcheon. Embora Menton faa uma diviso pontual entre os romances histricos tradicionais produzidos no sculo XIX que estreitaram as relaes entre verossimilhana histrica e relato, e os novos que se agrupavam em seis rasgos, vale a pena lembrar que existe um apotegma em relao contemporaneidade do autor frente ao acontecimento que se refere a um passado no experimentado e que questionvel (Weinhardt, 2011, p.46). Apesar de Saer se livrar da problematizao da contemporaneidade ao escrever sobre um acontecimento (reiterando novamente que carece de referentes histricos) da poca da conquista de Amrica, ele se enfrenta necessidade da ficcionalizao de personagens histricos (MENTON, 1992, p. 43). O referente histrico para o narrador Francisco del Puerto, mas no emblemtico e, alm disso, no pode se atribuir completamente o personagem a ele porque no texto no figura o nome dele, o que faz que seja um personagem autnomo e ficcional ao mesmo tempo que contm uma referencialidade. Trata-se de um referente ambguo. A distoro consciente da histria em El entenado clara. A histria de outrora no tem um valor objetivo para Saer mais do que a percepo sobre a representao. A escritura autobiogrfica uma batalha contra o esquecimento e isso faz com que o referente histrico do romance se torne invisvel. O que se pode inferir deste debate a eterna necessidade de depender de um modelo para configur-lo desde o mago dele. A novela histrica tem uma crise de representao e o que El entenado denota a busca de um novo jeito de proferir e vincular a literatura com a realidade.A obra se encaixa nas concepes do ps-modernismo que ignoram as implicaes do passado no presente e a metafico historiogrfica propostos por Linda Hutcheon onde se refuta os mtodos naturais para distinguir entre fato histrico e fico; em outras palavras, refutar a ideia que a histria tem o poder da verdade e afirmar que tanto a histria quanto a fico so discursos construdos pelo ser humano (1988, p. 94). El entenado contm uma carga imaginria que abandona o pacto com a historiografia para confront-la contra si mesma. Poderia se afirmar que o narrador do romance, anacrnico para o leitor, representa o indivduo ps-moderno, desconstrudo pela instabilidade da identidade emancipada da dependncia cultural. Conhecido que a literatura do sculo XX est marcada pela desconfiana de uma realidade passada j que a ps-guerra deixou resduos de uma histria criada a partir de convenincias. Amrica latina, como herdeira de uma tradio imposta a partir da colonizao, toma os cnones da literatura ocidental para dar uma nova interpretao da latinoamericanidade. O que Saer atinge um novo entender da Argentina com uma histria mutilada que pode ser reconstruda, mas com escassez de referentes que deve recorrer fico. Trata-se de entrar e sair de um processo de hibridao em palavras de causado pela desigualdade entre culturas com uma fuso de conflitos em prticas incompatveis e inconciliveis (GARCA, 2014, p. 55). Continua-se assim procurando uma identidade para a Amrica latina atravs de uma nova interpretao da histria. Normalmente, pensa-se que a literatura argentina a que mais seguia os modelos que chegavam da Europa, mas se mostra que existia um interesse por voltar a um passado pr-hispnico como outros pases sobre tudo os andinos e da Amrica Central para construir a identidade. Portanto, se o romance histrico o resultado de um nacionalismo romntico, a literatura de Saer procura se afastar de um nacionalismo imposto pelos modelos eurocntricos para encontrar um prprio. As convenes do romance histrico no se aplicavam a um continente colonizado que contem uma histria diferente e devia chegar a um passado destrudo pela conquista e que dificilmente podia ser recuperado. O passado na regio do Rio de la Plata difcil de capturar, de modo que o tema da herana indgena na Argentina escorregadio. O romance histrico, como Jameson (2007) afirma, sempre se multiplicar em novas formas de gnero que abriro seu caminho (p. 202-203) e a literatura tem o dever de continuar modificando e de se (re)inventar.

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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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