ehd703 – técnicas de irrigação Água no solo prof. benedito cláudio da silva

52
EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Upload: vitoria-farinha-campelo

Post on 07-Apr-2016

235 views

Category:

Documents


16 download

TRANSCRIPT

Page 1: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

EHD703 – Técnicas de Irrigação

Água no Solo

Prof. Benedito Cláudio da Silva

Page 2: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Camada impermeável

Zona saturada

Zona não saturada

Poros ocupados por ar e água(água do solo)

Poros ocupados por água(água subterrânea)

Infiltração

Percolação

Água do solo x água subterrânea

Page 3: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Águ

a do

sol

o x

águ

a su

bter

râne

a

Page 4: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

• O solo é uma mistura de materiais sólidos, líquidos e gasosos.

• Na mistura também encontram-se muitos organismos vivos (bactérias, fungos, raízes, insetos, vermes)

Água no solo

Page 5: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Composição do solo

Page 6: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

• Normalmente analisada do ponto de vista do diâmetro das partículas que compõe o solo:

Diâmetro (mm) Classe

0,0002 a 0,002 Argila

0,002 a 0,02 Silte

0,02 a 0,2 Areia fina

0,2 a 2,0 Areia grossa

Parte sólida do solo

Page 7: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Textura do solo

Page 8: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Textura do soloTextura (português) Textura (inglês)

Arenosa Sandareia franca Loamy sand        

franco arenosa Sandy loam          

franco siltosa Silt loamfranca Loam            

franco argilo arenosa Sandy clay loam  

franco argilo siltosa Silty clay loam

franco argilosa Clay loam        

argilo arenosa Sandy clay        

argilo siltosa Silty clay            

argila Clay                

Siltosa Silt

Page 9: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva
Page 10: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva
Page 11: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva
Page 12: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

dp também é chamada de densidade das partículas sólidas do solo

Page 13: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

dg também é chamada de densidade aparente do solo

Page 14: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva
Page 15: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Razão de Saturação do Solo – Relação entre o volume de água e o volume de poros.

𝑆=𝑉 𝑤

𝑉 𝑎= 𝜃𝑃

Solo seco: S = 0Solo saturado: S = 1

Page 16: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva
Page 17: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Exercícios

ds = dp

Page 18: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva
Page 19: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva
Page 20: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Método da Estufa

Consiste em retirar amostras do solo, na área e profundidade que se deseja saber a umidade, colocá-las em um recipiente fechado, geralmente de alumínio, e trazê-las para o laboratório.Pesa-se o recipiente com a amostra de solo úmido (M1) e coloca-se o recipiente, aberto, em uma estufa a 105-110oC.Após 24 horas, no mínimo, retira-se o recipiente com o solo já seco da estufa e pesa-se novamente (M2).Sendo M3 o peso do recipiente, a umidade em peso será dada por:

A umidade em volume por ser estimada por:

𝑈=𝑀 1−𝑀 2𝑀 2−𝑀 3

𝜃=𝑀 1−𝑀 2𝑀 2−𝑀 3 .𝑑𝑔.100

Page 21: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Métodos derivados do método da estufa

• Método do Forno de Microondas• Método do álcool• Método da frigideira

Page 22: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Método das pesagens

Page 23: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva
Page 24: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva
Page 25: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva
Page 26: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva
Page 27: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

• O método TDR (Time Domain Reflectometry ou reflectometria no domínio do tempo) está baseado na relação entre a umidade do solo e a sua constante dielétrica.

• Duas placas metálicas são inseridas no solo e é medido o tempo de transmissão de um pulso eletromagnético através do solo, entre o par de placas.

• A vantagem deste método é que não é necessário destruir a amostra de solo para medir a sua umidade, e o monitoramento pode ser contínuo.

• A desvantagem é que o método é indireto, e é preciso calibrar uma relação entre a resposta do aparelho de medição e a umidade do solo.

Medição de umidade do solo

Page 28: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

• Moderação de neutrons• O método da moderação de nêutrons está baseado na emissão de

nêutrons por uma fonte radioativa inserida no solo através de tubos de acesso.

• Os nêutrons sofrem espalhamento pelos átomos de hidrogênio da água presente no solo, e alguns deles podem ser detectados por um detector também inserido no solo por um tubo de acesso.

• Quanto maior a contagem de nêutrons no detector, maior é o conteúdo de água na proximidade do equipamento (Libardi, 2012).

Medição da umidade do solo

Page 29: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Usando sonda de neutrons

Page 30: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Disponibilidade de água no solo para as plantas

Page 31: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Quanto menor a umidade, maior o potencial mátrico

Page 32: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva
Page 33: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva
Page 34: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva
Page 35: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva
Page 36: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

DISPONIBILIDADE REAL DE ÁGUA NO SOLO

É a fração da disponibilidade total de água no solo que a cultura poderá utilizar sem afetar significativamente sua produtividade

𝐷𝑅𝐴=𝐷𝑇𝐴 . 𝑓DTA é a disponibilidade real de água no solo (mm de água/cm de solo)f é o fator de disponibilidade de água no solo (0,2 – 0,8)

Valores típicos de f:

0,4 para verduras e legumes0,5 para frutas e forrageiras0,6 para grãos e algodão

Os valores de f também podem ser definidos com base n evapotranspiração de referencia – Eto (tabela a seguir)

Page 37: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva
Page 38: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

CAPACIDADE TOTAL DE ÁGUA NO SOLO (CTA)

É a quantidade de água disponível no solo até a profundidade efetiva do sistema radicular da planta a ser irrigada (Z).

𝐶𝑇𝐴=𝐷𝑇𝐴 .𝑍

CAPACIDADE REAL DE ÁGUA NO SOLO (CRA)

É a quantidade de água disponível no solo considerando a profundidade efetiva do sistema e a sensibilidade da planta a ser irrigada.

𝐶𝑅𝐴=𝐶𝑇𝐴 . 𝑓𝐶𝑅𝐴=𝐷𝑅𝐴 .𝑍𝐶𝑅𝐴=𝐷𝑇𝐴 . 𝑓 .𝑍

CTA em mmZ em cm

CRA em mmou

ou

Page 39: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Profundidades efetivas das raízes

Page 40: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

IRRIGAÇÃO REAL NECESSÁRIA (IRN)

É a quantidade real de água necessária à aplicação por irrigação. Podem ocorrem dois casos:

a) Com irrigação total Quando a água da cultura for suprida somente pela irrigação

𝐼𝑅𝑁 ≤𝐶𝑅𝐴 ou

𝐼𝑅𝑁 ≤ (𝑈 𝑐𝑐−𝑈𝑝𝑚𝑝) .𝑑𝑔 .𝑍 . 𝑓10

(𝑚𝑚)

b) Com irrigação suplementar Quando parte a água da cultura for suprida pela irrigação e o restante pela precipitação efetiva (Pe)

𝐼𝑅𝑁 ≤𝐶𝑅𝐴−𝑃𝑒

𝐼𝑅𝑁 ≤ (𝑈𝑐𝑐−𝑈𝑝𝑚𝑝) .𝑑𝑔 .𝑍 . 𝑓10

−𝑃𝑒 (𝑚𝑚)

Page 41: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

IRRIGAÇÃO TOTAL NECESSÁRIA (ITN)

É a quantidade total de água necessária à aplicação por irrigação. Podem ocorrem dois casos:

𝐼𝑇𝑁=𝐼𝑅𝑁𝐸𝑎

Ea é a eficiência de aplicação da irrigação

Page 42: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Exercício

a) Calcular a Disponibilidade Total de Água (ITN) para a seguinte condição: - Local: Muqui- irrigação: total- Evapotranspiração de referencia: 7 mm/dia- Solo: Umidade na capacidade de campo = 32%, Umidade no

ponto de murcha permanente = 18%, densidade aparente do solo = 1,2 g/cm3

- Cultura: milho, profundidade efetiva das raizes = 50 cm

b) Calcular o ITN para a condições do item a, assumindo uma precipitação efetiva de 14mm no período

Page 43: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Infiltração de água no solo

Page 44: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Equação de Kostiakov

Page 45: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Classificação dos solos quanto a VIBO valor de VIB é utilizado para se indicar quais os métodos de irrigação possíveis de serem usados em determinado solo, bem como a intensidade de máxima aplicada na irrigação por aspersão

Page 46: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Infiltrômetro de anel

Medição da Infiltração

Page 47: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Medição da Infiltração

Infiltrômetro de anel

Page 48: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Infiltrômetro de Anel

• Consiste de dois anel concêntrico, o de menor com 25 cm de diâmetro e o maior com diâmetro de 50 cm. Ambos com 30cm de altura.

Os anéis devem ser instalados no solo com o auxilio de uma marreta.

Geralmente a lâmina de água no cilindro interno é maior externo, devido a função do cilindro externo que é apenas a orientação das linhas de corrente.

Coloca-se água, ao mesmo tempo nos dois anéis.

Page 49: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Infiltrômetro de Anel

hVIt

• A capacidade de infiltração instantânea é calculada por:

Onde:VI é a velocidade de Infiltração (mm/h) ;∆h é a variação da lâmina d’água (mm);∆t é o intervalo de tempo (h);

E com uma régua graduada acompanha-se a infiltração vertical no cilindro interno para vários intervalos de tempo.

Page 50: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Infiltrômetro de Anel

Capacidade de Infiltração

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

t (h)

I (m

m/h

)• Resultado gráfico: velocidade (ou capacidade) de infiltração

pelo tempo

Onde:I é a velocidade de Infiltração (mm/h) ;t é o tempo (h);

VIB

Page 51: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva
Page 52: EHD703 – Técnicas de Irrigação Água no Solo Prof. Benedito Cláudio da Silva

Equação obtida