eficiência energética na reabilitação do centro histórico do porto sustentabilidade das...

30
Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega do Porto Dezembro 2010 Eduardo de Oliveira Fernandes Presidente do Conselho de Administração

Upload: ana-luiza-schmidt-castro

Post on 07-Apr-2016

221 views

Category:

Documents


7 download

TRANSCRIPT

Page 1: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto

Sustentabilidade das Operações de Reabilitação UrbanaCentro de Congressos da Alfândega do Porto Dezembro 2010

Eduardo de Oliveira FernandesPresidente do Conselho de Administração

Page 2: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

1. Energia e Sustentabilidade2. As Cidades e a Sustentabilidade:

– Pacto das Autarcas 2009 (EU)3. O Desafio da Reabilitação4. A Energia como parte da receita e não como

ingrediente – RCCTE5. GTR para quê?6. Conclusões

ÍNDICE

Page 3: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

• O ciclo aberto da energia

• A não transparência da atmosfera

• O CO2 como pigmento de transparência

• O aquecimento global

1. Energia e Sustentabilidade

Page 4: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

ENERGIA E SUSTENTABILIDADE

«A capacidade de satisfazer as necessidades das gerações actuais sem comprometer as possibilidades das gerações futuras»

(Relatório Brundtland, 1987)

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

ECONÓMICA

AMBIENTAL

SOCIAL

Page 5: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

AMBIENTE GLOBALUMA QUESTÃO DE CICLOS

Page 6: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

AQUECIMENTO GLOBALEVIDÊNCIA FÍSICA

Page 7: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

• Cidades• Proposta da CE a valorizar, i. é, a reconhecer o

papel das cidades para a sustentabilidade• O Porto subscreveu o Pacto (+ de 500 cidades)• Plano de Acção Energia da AdEPorto

2. As Cidades e a Sustentabilidade: Pacto dos Autarcas 2009 (EU)

"Most of the energy produced in Europe is consumed in urban areas. The battleagainst climate change will have to be fought and won in the cities“

Andris Piebalgs, former Energy Commissioner

Page 8: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

PACTO DOS AUTARCAS

O Porto assinou, conjuntamente com mais de 400 cidades europeias representando cerca de 60 milhões de cidadãos, o

Pacto dos Autarcas em Bruxelas a 10 de Fevereiro de 2009

Page 9: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

COMPROMISSOS

• Elaborar um inventário de referência das emissões;• Definir um Plano de acção em matéria de energia

sustentável;• Adaptar as estruturas municipais com meios

adequados à persecução do objectivo;• Mobilizar a sociedade civil para participar no

desenvolvimento do plano de acção;• Informar e sensibilizar os cidadãos;

Page 10: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

PLANO DE ACÇÃO DE ENERGIAMATRIZ - DIAGNÓSTICO

Page 11: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

PLANO DE ACÇÃO DE ENERGIAMATRIZ ENERGÉTICA DO PORTO

*) 1 376 300 tCO2 - Valor incluindo as emissões da Lipor em 2004

Inventário de Emissões CO2

Matriz 2004

Electricidade 650 900 tCO2

Gás natural 62 400 tCO2

Gasóleo 276 500 tCO2

Gasolinas 180 500 tCO2

Outros 134 000 tCO2

Total *) 1 304 300 tCO2

2004

Page 12: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

PLANO DE ACÇÃO DE ENERGIAINTERVENSÕES

Oferta na Cidade •‘Shift’ Vector energético

• Gás Natural vs Electricidade• Solar térmico vs electricidade ou GN• Cogeração e Trigeração

• Solar Térmico•Água Quente Solar & Conforto Ambiente •Na Reabilitações e Novos Edifícios

• Produção Local Electricidade• Solar Fotovoltaico• Valorização Resíduos Urbanos

Oferta Nacional•Mix eléctrico mais ‘verde’•Incorporação de Biocombustíveis

Procura na Cidade • Parque Edificado

• Reabilitações• Novos Edifícios• Electrodomésticos mais Eficientes

• Mobilidade e Transportes•Transporte Colectivo• Transporte Individual e Comercial• Veiculo Eléctrico• Ciclovias • Percursos Pedonais

Page 13: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

PLANO DE ACÇÃO DA AdEPORTO

→ Penetração da energia solar

5.000 m2 para AQS na habitação social*

2008 – 500 m2

2009 – 2.000 m2

2010 – 2.500 m2

*c/ a colaboração da Domus Social e do GOP e o apoio do QREN

→ Observatório de Sustentabilidade Energético-Ambiental (ObSErvA)*

-Desempenho energético dos edifícios-Mais valia energética (SIM Porto)-Verificação das condições tecnológicas-Monitorização, reporting, documentação-Formação, informação

→ Penetração do gás natural*

-Conversão electricidade → gás natural no doméstico existente-Associação GN/AQS nos novos edifícios-Associação GN/AQS nos bairros sociais-RUTE – Rede Urbana de Energia Térmica da Cidade do Porto

*c/ a colaboração da Domus Social, GOP e EDP Gás

→ Eficiência energética

Auditorias e planos de racionalização e medidas de

eficiência em:*

-Edifícios e sistemas em edifícios-Habitação social-Instalações desportivas-Piscinas-Infra-estruturas e serviços urbanos*c/ a colaboração dos associados

Oferta Procura

*c/ a colaboração da CMP e Porto Vivo. Apoio da FGT, IC, INEGI, INESC e ADENE

Page 14: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

Porto na mira das 3,5

ton CO2/capita.ano

Eficiência energéticaAQS e PVGás natural e electricidade para fins de calor

PLANO DE ACÇÃO DE ENERGIAFRONTEIRAS

Visão Meta

AdEPorto, líder nos processos de transição para sistemas energéticos mais eficientes e sustentáveis visa criar um

Porto de Energia Eficiente

em linha com a ambição de fazer do

Porto, uma Cidade Sustentável*

* CE, Pacto dos Autarcas

Page 15: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

PLANO DE ACÇÃO DE ENERGIAREDUÇÃO DE CO2

Page 16: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

PLANO DE ACÇÃO DE ENERGIAREDUÇÃO DE CO2

2020 -625 340 tCO2

Page 17: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

3. O Desafio da Reabilitação (1)

• 2/3 do edificado da Cidade do Porto carece de reabilitação;

• Mas, que reabilitação? de fachada? “business as usual”?

“pladuriana”?• Reabilitar é dar nova vida, é reconstruir para

mais umas décadas com os olhos no futuro, i.é, também num novo paradigma energético.

Page 18: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

• A reabilitação urbana é uma tarefa eminentemente de sustentabilidade: integradora e holística.

• A reabilitação urbana na perspectiva da energia não tem nada que ver com a ‘reabilitação’ que também ocorre nos edifícios novos de má arquitectura / construção pela adição de equipamentos.

3. O Desafio da Reabilitação (2)

Page 19: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

3. O Desafio da Reabilitação (3)

• Claro, claro, há a economia! Mas o sistema financeiro ainda não se afinou para isso.

• Curioso é, no entanto, que o não uso da energia prejudica, porque não há ‘payback’ para consumos que ainda não existem!!

• E no entanto…

Page 20: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

A cost curve for greenhouse gas reductionP. Enkvist, T.Nauclér, and J. Rosander The McKinsey Quarterly June 2007

Page 21: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

PAES-PCURVA DE ABATIMENTO DE CUSTO MARGINAL

Page 22: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

REABILITAÇÃO NO PORTOENQUADRAMENTO

Estratégia para a Sustentabilidade

•Observatório para a Sustentabilidade Energético-Ambiental dos Edifícios

•Guia de Termos de Referência para a Reabilitação da Zona de Intervenção Prioritária

•SIM-Porto – Sistema de Informação Multicritério (Edital 863/2007)22

Page 23: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

EDIFÍCIOS SUSTENTÁVEIS

Edifício

ambientalmente relevante

Edifício

energeticamente eficiente

Edifício saudável,

confortável, produtivo…

Construção estável, durável…

Edifício

sustentável• EPBD (2002/91/EC) Energy Performance of

Buildings Directive

• CPD (89/106/EEC) Construction Products

Directive

• SCE (DL 78/2006 de 4 de Abril)

Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios

• BREEAM - UK• CASBEE - Japão• LEED - USA• LCA - …

Legislação

Esquemas voluntários

Page 24: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega
Page 25: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

SRU e ZONA HISTÓRICA DA CIDADEUM CASO DE ESTUDO

FA 1 FA 2 FA 3 FA 4

Reabilitação ‘business as usual’ NÃO CUMPRE

NÃO CUMPRE

NÃO CUMPRE B

Substituição de gesso cartonado por alvenaria de tijolo + uso de níveis superiores de isolamento (3 a 8 cm) B B B B

c/ AQ Solar A A A A

Norte Oeste Sul

Chaves para o cumprimento:

-Gás natural

-Evitar o uso generalizado de

gesso cartonado

-Uso de 3 a 8 cm de isolamento

Apesar de a reabilitação ‘business as usual’

cumprir o Ntc/Nt, não cumpre os requisitos

mínimos nem o Nic/Ni

Ntc/Nt

Page 26: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

4. A Energia como parte da receita e não como ingrediente - RCCTE

• A energia não deve ser vista como um “add-on”;• Portugal tem um RCCTE que trata o edifício como um

sistema energético ele próprio;• Se assim é, faz todo o sentido o entendimento

AdEPorto – SRU – DG Cultura e que …… A AdEPorto acabe de subscrever um protocolo com a Ordem dos Arquitectos.

Page 27: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

5. GTR para quê?• Abordagem/sugestão no dealbar da ‘era do

desempenho’ energético-ambiental;• E agora? Agora o problema não está no GTR, mas sim

na sua interpretação e na sua implementação;• O GTR é uma achega para…reabilitar melhor;• Políticos e responsáveis da Administração; promotores,

públicos e privados; e profissionais, de arquitectura e engenharia e demais, deverão ver na simplicidade deste Guião um desafio, que não uma cartilha, para poderem fazer melhor o que são supostos fazer!

Page 28: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

6. Conclusões• A energia e ambiente (também o global!) passam

muito pelo que fizermos do edificado (procura de energia);

• A regulamentação não é nunca uma lei de máximos mas sim de mínimos para uma dado estado de desenvolvimento económico-social;

• A reabilitação necessária não pode ficar diminuída por falsos critérios economicistas de curto prazo;

• O GTR é um sinal de futuro no respeito dos valores do passado.

Page 29: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

À CMP, pelas decisões quanto à sustentabilidade urbana e subsequente acolhimento destas medidas ao longo dos três anos de vida da AdEPorto

À Porto Vivo SRU pela confiança e abertura à nossa colaboração no âmbito do CHP

Ao Professor Vasco Freitas pelo seu apoio técnico de especialista e da sua equipa

e, last but not the least,

À Direcção Regional da Cultura do Norte pela adesão a este projecto duma

forma muito aberta e cooperante, atitude que aqui se sublinha como penhor do

respeito que deve sempre merecer por parte de todos os actores

especificamente no que é aqui objecto.

Agradecimentos

Page 30: Eficiência Energética na Reabilitação do Centro Histórico do Porto Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana Centro de Congressos da Alfândega

www.adeporto.eu [email protected]

OBRIGADO !