efeitos farmacolÓgicos e morfolÓgicos do...

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MÁRIO OSHIMA EFEITOS FARMACOLÓGICOS E MORFOLÓGICOS DO POLIETILENOGLICOL (PEG 400) EM PREPARAÇÕES NEUROMUSCULARES CAMPINAS Unicamp 2008 i

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MÁRIO OSHIMA

EFEITOS FARMACOLÓGICOS E MORFOLÓGICOS

DO POLIETILENOGLICOL (PEG 400) EM PREPARAÇÕES

NEUROMUSCULARES

CAMPINAS

Unicamp

2008

i

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MÁRIO OSHIMA

EFEITOS FARMACOLÓGICOS E MORFOLÓGICOS

DO POLIETILENOGLICOL (PEG 400) EM PREPARAÇÕES

NEUROMUSCULARES

Dissertação de Mestrado apresentada à Pós-Graduação

da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade

Estadual de Campinas para a obtenção do título de

Mestre em Farmacologia

ORIENTAÇÃO: PROFA. DRA. LÉA RODRIGUES SIMIONI

CO-ORIENTAÇÃO: PROFA. DRA. YOKO OSHIMA FRANCO

CAMPINAS

Unicamp

2008

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA UNICAMP

Bibliotecário: Sandra Lúcia Pereira – CRB-8ª / 6044

Oshima, Mário Os26e Efeito farmacológicos e morfológicos do polietilenoglicol (PEG400) em preparações neuromusculares / Mário Oshima. Campinas, SP : [s.n.], 2009.

Orientador : Léa Rodrigues Simioni, Yoko Oshima Franco

Dissertação( Mestrado ) Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas.

1. Polietileno glicol. 2. Solventes. 3. Junção neuromuscular.

I. Simioni, Léa Rodrigues. II. Franco, Yoko Oshima. III. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. IV. Título.

Título em inglês : The influence of polyethylene glycol 400 (PEG) on the neuromuscular junction Keywords: • Polyethylene glycol • Solvent • Neuromuscular junction Titulação: Mestre em Farmacologia Banca examinadora: Profa. Dra. Léa Rodrigues Simioni Profa. Dra. Angélica de Fátima de Assunção Braga Prof. Dr. Cháriston Dal Belo Data da defesa: 30-01-2009

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DEDICO...

Aos meus irmãos Akiyoshi Oshima e Yoko Oshima Franco,

que me fizeram acreditar na possibilidade de que não era tarde demais.... e a

Yoko, que me ofereceu um caminho e se tornou minha co-orientadora.

à Dra. Lea Rodrigues Simioni, que abriu as portas da Unicamp.

A Deus que colocou todas as pessoas certas neste caminho...

A todas estas pessoas certas que estiveram ao meu lado

torcendo, ajudando e motivando...

Me ajudaram, assim, a construir parte muito importante

da minha história...

Obrigado ao meu universo de mundo, família e amigos que

ajudam para que minha vida seja linda e maravilhosa para ser

vivida e é através desse amor que tento buscar um pouco mais de

conhecimento e evolução.

iv

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AGRADECIMENTOS

A Deus...com seu amor infinito, cuida de todos nós e me possibilita evoluir..

aos meus Pais...referência e luz para minha felicidade...

aos meus irmãos...que me protegem.. verdadeiros amigos....

à minha família tão grande...em quantidade e qualidade...

à Caroline e Marcela...filhas que não educo...namoro...quanto amor...

à Maria Claudia Garavati Oshima....meu anjo, mulher da minha vida....

aos meus funcionários...sempre me apoiando e elevando minha imagem...

aos meus pacientes...que tiveram paciência e compreensão....

ao Luiz Massa Shimura....compreensão, apoio, amizade e companheirismo...

aos meus amigos do futebol e do surf ....que me afastei, mas volto....”é nóis”...

à USP (Graduação) e à Unicamp (Mestrado)...geradores de oportunidades...

à Profa. Dra. Lea Rodrigues Simioni...bela visão da ciência, sabedoria e

liderança...

à Profa. Dra. Yoko Oshima Franco...que energia, dedicação e amor...

ao Prof. Dr. Oswaldo Vital Brasil (in memorian)....orgulhoso por te conhecer...

aos Professores da banca de qualificação...Prof. Dr. Edson Antunes, Professora

Dra.Angélica de Fátima Assunção Braga e Professora Dra. Albetiza L. Araujo

à Professora Maria Alice da Cruz Höfling...acesso ao IB e atenção carinhosa...

ao Prof. Stephen Hyslop...belo conhecimento...

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ao Prof. Dr. Alexandre Corrado...sempre querendo ensinar algo a mais...

à Profa. Julia Prado Franceschi...sua aula é uma história gostosa de assistir...

ao Prof. Dr. Nadin F. Heluany...em meia hora me ajudou com alegria...

ao Chariston André Dal Belo...quantos requisitos aprimorados...

à Saraguaci Hernandes Oliveira Silva...astral e carinho pra todos...

ao Valdemir de Abreu...tudo de professor e que simpatia...

à Priscila Randazzo...alguém que realmente gosta de estudar....que valor....

à Lilian Gobbo de Freitas Bueno...me recebeu com muita delicadeza...

à Caroline Ribeiro de Borja...que meiguice de pessoa...

à Georgina Sucasaca Monzon....uma pessoa doce e bondosa...

à Charlene Galbiatti...seu sorriso fala mais alto e diz muito...

à Delkia Moraes...que “chegou chegando”parecendo uma amiga antiga...

à Mariana Cintra Francischinelli....produtividade de quem sabe o que quer....

ao Aracélio Viana Colares...que bons momentos na sua companhia....

à Lourdes, Thomaz, Mariana, Adriana, Delano, Luiz...convivência alegre e

descontraída...

à Thalita, Catarina, Karina....como me receberam bem na Histologia...

à Marta Leonardo...ensina, ajuda e confia nos alunos de outros departamentos...

à Elaine , Fran e Wanderlei....simpatia, competência e sempre dizendo sim...

ao Miguel, Marcos, Toninho, Zé Ilton, Agnaldo, Adilson...sempre prestativos...

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à Cleide do serviço de Estatística...quanta paciência comigo...

à Mercedes do apoio didático...que capricho e amor com os alunos...

aos animais....à cada experimento melhorando minha ética...

ao Thiago Magalhães Camargo...chegou para ser companheiro e cativar

amizade...

ao Dimas dos Santos Rocha Jr...verdadeiro e que facilidade se divertir ao seu

lado...

ao Sandro Rostelato...amigo, companheiro....inesquecível...e que potencial....

ao Gildo Bernardo Leite...simplesmente fundamental....e que ser humano....

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As duas maiores forças... o AMOR e DEUS...

Se não for humilde pela essência, que seja pela postura...

Fidelidade e lealdade também é postural...

Desta vida levamos os sentimentos, a moral e o conhecimento...

Conhecimento é sinônimo de responsabilidade...

Única opção pra se viver é ser feliz... e é opção....

Todos temos os mesmos sentimentos e mesmos problemas... portanto, somos iguais...

Poucas chances pra quem se envolve com vícios e crimes...

Difícil lidar com as três maiores cobiças: sexo, poder e dinheiro...

Reflito o egoísmo... talvez o pior sentimento humano e destruidor de tudo...

É mais fácil viver acreditando em eternidade...

Tudo que passamos....ou merecemos ou precisamos...e o motivo é evolução...

Diante do difícil... use a inteligência e a bondade...

A dúvida é científica... e na dúvida não decida...e quem tem dúvidas decide melhor....

Pais... entidade sagrada....

Evoluir como ser humano, cidadão, profissional... para isso serve o estudo...

Perseverar é o caminho da certeza....e da realização....

Pratique com emoção e prazer os cinco sentidos...

Lembre-se várias vezes ao dia as dez melhores coisas da sua vida....

Desenvolva sempre...des-envolva...e olhe com outra visão...

O maior patrimônio material... o nosso corpo físico...e o maior valor...a saúde.

(autor desconhecido).

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RESUMO

O polietilenoglicol (PEG) tem sido amplamente utilizado em diversos setores, entre eles, o

cosmético, odontológico, farmacêutico (até como carreador de fármacos a órgãos-alvo), em

virtude de suas fantásticas propriedades químicas. Por tal razão, é denominada uma

molécula bioativa e teve o seu consumo interno aprovado pelo Food and Drug

Administration (FDA).

O objetivo deste trabalho foi pesquisar os efeitos farmacológicos do PEG 400 sobre a

junção neuromuscular; a partir de observações experimentais em preparações de

camundongo e pintainho.

Concentrações de 3 µM, 20 µM e 100 µM de PEG 400, d-Tc (6 µM), neostigmina (12 µM)

e dantrolene (30 µM) auxiliaram na busca do entendimento do mecanismo do PEG sobre a

junção neuromuscular. Foram utilizadas em técnicas miográfica, eletrofisiológica e análise

morfológica, nas preparações nervo frênico-diafragma (NFD) de camundongos e biventer

cervicis (BC) de pintainhos. Especificamente, foi investigada a ação do PEG 400 sobre o

terminal nervoso, fenda sináptica, receptores nicotínicos ou fibra muscular.

Os resultados obtidos através da técnica eltrofisiológica mostraram que o PEG 400 não

exibe ação pré-sináptica, pois não interfere no valor do CQ e nem mesmo apresenta ação

anticolinesterásica quando comparado à neostigmina como controle positivo; também não

mostrou qualquer efeito em receptores nicotínicos, mas alterou a polaridade do sarcolema

causando despolarização das fibras musculares (-80 mV para -16 ± 1,7 mV) para o

PEG 400 (100 µM). Além disso, o PEG 400 (20 µM ) em BC, exibiu antagonismo

ao dantrolene (inibidor de receptor de rianodina) e impediu seu efeito sobre a contração

muscular através do Cálcio. Finalmente, o PEG 400 não causa mionecrose (3 µM e 20 µM),

nem mesmo em concentrações maiores (100 µM), nas quais causa bloqueio total das

respostas do músculo BC.

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ABSTRACT

Polyethyleneglycol has been widely used in several areas such as cosmetic, odontology and

pharmaceutical (even as drugs carrier) due to its chemical properties. Thus, it is considered

a bioactive molecule being its internal consumption approved by the Food and Drug

Administration (FDA). The aim of this study was to analyze the pharmacological effects of

PEG 400 over the neuromuscular junction through experimental observations in mice

preparations due to the increase of the contractile response amplitude (facilitating effect).

Conventional myographic techniques, morphological and electrophysiological analysis

were used in mice, phrenic nerve diaphragm preparations (PND) and chick, biventer

cervicis preparations (BC). Concentrations of 3 µM, 20 µM and 100 µM of PEG 400, d-Tc

6 µM, neostigmine 12 µM and dantrolene 30 µM helped in the search for the understanding

of PEG mechanism. Specifically, the action of PEG 400 was investigated over the nervous

terminal, the synaptic cleft, nicotinic receptors or muscle fiber.

The results obtained through the electrophysiological technique showed that PEG 400 did

not exhibit pre-synaptic action and did not act as an anticholinesterasic, as well as

neostigmine. It has not presented action over nicotinic receptors but it presented post-

synaptic action, interfering on the sarcolemma polarity and reverting the action of the

Calcium antagonist, dantrolene, suggesting an interference of the contraction mechanism

through Calcium and the ryanodine receptor. Finally, PEG 400 did not cause mionecrosis

(3 µM and 20 µM) even in concentrations high enough to cause total muscle blockade

(100 µM).

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LISTA DE ABREVIATURAS

µg Micrograma (s)

µL Microlitro (s)

ACh Acetilcolina

ANOVA Análise de variância

BC biventer cervicis

CaCl2 Cloreto de cálcio

CO2 Gás carbônico

CQ Conteúdo quântico

d-Tc d-Tubocurarina

FDA Food and Drug Administration

Hz Hertz

KCl Cloreto de potássio

MgCl2 Cloreto de magnésio

MgSO4 Sulfato de magnésio

mL Mililitro (s)

mM milimolar

µM micromolar

ms Milisegundo (s)

NaCl Cloreto de sódio

NaH2PO4 Fosfato de sódio

NaHCO3 Bicarbonato de sódio

NFD Nervo Frênico Diafragma

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O2 Oxigênio

PE Potencial de equilíbrio

PEG Polietilenoglicol

PEO Polioxidoetileno

PM Potencial de membrana

PPT Potencial de placa terminal

PPT’ Potencial de placa terminal corrigido

V Volts

w Lavagem

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LISTA DE FIGURAS

PÁG.

Figura 1- Gráfico representativo da curva concentração-resposta do PEG

400 em preparações neuromusculares de ave e de mamífero........

30

Figura 2- Conteúdo Quântico (CQ) em preparação NFD de camundongo,

técnica do músculo cortado............................................................

32

Figura 3- Experimentos em preparações curarizadas (6 µM) músculo

biventer cervicis de pintainhos, estímulo indireto..........................

33

Figura 4- Respostas contraturantes à adição exógena de ACh e KCl em

preparações BC tratadas com PEG 400.........................................

34

Figura 5- Registro miográfico representativo da preparação BC de

pintainho sob estimulação elétrica direta.......................................

36

Figura 6- Medidas do potencial de membrana no músculo diafragma de

camundongo (NFD)........................................................................

38

Figura 7- Preparações biventer cervicis tratadas com dantrolene, seguidas

da adição de PEG 400....................................................................

39

Figura 8- Figuras representativas de miografias na preparação BC de

pintainho, sob estimulação elétrica direta (20 V, 2ms)..................

40

Figura 9- Registro miográfico representativo de protocolos experimentais

em preparações NFD......................................................................

41

Figura 10- Figura representativa de cortes do músculo biventer cervicis de

pintainho exposto à solução Krebs.................................................

42

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SUMÁRIO

PÁG.

RESUMO............................................................................................................ ix

ABSTRACT........................................................................................................ x

1- INTRODUÇÃO............................................................................................. 16

2- OBJETIVOS.................................................................................................. 19

2.1- Objetivo geral......................................................................................... 20

2.2- Objetivos específicos.............................................................................. 20

3- MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................... 21

3.1- Animais................................................................................................... 22

3.2- Materiais................................................................................................. 22

3.3- Soluções nutritivas................................................................................. 22

3.4- Ensaios biológicos................................................................................... 23

3.4.1- Preparação nervo frênico diafragma (NFD) de camundongo........ 23

3.4.2- Preparação biventer cervicis de pintainho..................................... 23

3.5- Técnica histológica (microscopia óptica).............................................. 24

3.6- Técnica eletrofisiológica......................................................................... 25

3.7- Registro do potencial de membrana (PM)........................................... 26

3.8- Análise do conteúdo quântico (CQ)...................................................... 26

3.9- Análise estatística................................................................................... 27

4- RESULTADOS.............................................................................................. 28

4.1- Curva concentração-resposta do PEG 400........................................... 29

4.2- Atividade do PEG 400 avaliada através da técnica eletrofisiológica.. 31

4.3- Protocolo para avaliação de ação anticolinesterásica do PEG 400.... 33

xiv

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4.4- Resposta à adição exógena de ACh e KCl............................................ 34

4.5- Preparação biventer cervicis de pintainho (estimulo direto)............. 35

4.6- Potencial de membrana em repouso..................................................... 37

4.7- Protocolo com dantrolene...................................................................... 39

4.8- PEG 400 a 100 µM em preparação BC................................................ 40

4.9- PEG 400 a 100 µM em preparação NFD.............................................. 41

4.10- Análise morfológica do músculo biventer cervicis de pintainho...... 42

5- DISCUSSÃO.................................................................................................. 43

5.1- Técnica miográfica................................................................................. 44

5.2- Técnica eletrofisiológica (análise do Conteúdo quântico)................... 45

5.3- Estudo do PEG 400 comparado com os efeitos da Neostigmina........ 46

5.4- Estudo pós-sináptico............................................................................... 46

5.4.1- Resposta contraturante à adição exógena de ACh e KCl.............. 46

5.5- Estímulo direto em pintainhos (músculo biventer cervicis)................ 47

5.6- Registro do potencial de membrana...................................................... 47

5.7- Protocolo experimental com dantrolene................................................ 48

5.8- Bloqueio total (pintainhos e camundongos sob estímulo elétrico

direto).......................................................................................................

48

5.9- Análise morfológica................................................................................. 49

6- CONCLUSÃO................................................................................................ 50

7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................ 52

8- ANEXOS......................................................................................................... 57

Anexo 1- Comissão de Ética na experimentação animal................................ 58

Anexo 2- Comprovante de envio de paper a Muscle & Nerve....................... 59

Anexo 3- Artigo encaminhado à Revista Muscle & Nerve............................ 60

xv

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1- INTRODUÇÃO

16

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O polietilenoglicol é um composto de grande importância para as áreas

biomédicas e de biomateriais (Li, 2001). É produzido mundialmente em grandes

quantidades e com massas molares variando de poucas centenas a milhares de dáltons. A

designação PEG (Polietilenoglicol) é usada para compostos de baixa massa molar (abaixo

20.000 g/mol) e a designação PEO, poli (óxido de etileno), é restrita a compostos de altas

massas molares (maiores que 20.000 g/mol) (Ribeiro, 2001).

Os PEGs com massas molares menores que 1.000 g/mol são fornecidos na

forma de soluções incolores estáveis ou pastas. Os de massas molares elevadas, acima de

1.000 g/mol, são encontrados na forma de pó ou flocos brancos. Podem ser estocados à

temperatura ambiente, embora a 4ºC a ocorrência de oxidação em soluções seja retardada

(Ribeiro, 2001).

A utilização de PEG é de grande interesse na biotecnologia principalmente por

excluir, em ambiente aquoso, outros polímeros de sua vizinhança, não se solubilizando com

esses agentes. Por serem compostos biodegradáveis e atóxicos, a descarga de PEG não é

problemática para o meio ambiente. O PEG possui uma variedade de propriedades

pertinentes para aplicações biomédicas, sendo elas: insolubilidade em água a elevadas

temperaturas, formação de complexos com cátions metálicos, alta mobilidade com grande

poder de volume excluído em água, agente precipitante de proteínas e ácidos nucléicos.

Tais propriedades conferem ampla utilização (agente emulsificante, umectante, lubrificante,

plastificante e detergente) em diversos setores (alimentício, farmacêutico, médico,

odontológico, cosmético, têxtil, industrial, entre outros). Vale ressaltar que o PEG foi

aprovado para consumo interno pelo FDA (Food and Drug Administration) (Li, 2001).

Os estudos com PEG sobre a junção neuromuscular seguiram os passos do

dimetil sulfóxido (DMSO), com a pesquisa de Evans e Jaggard (1973), que referiu a este

(DMSO) uma propriedade fusogênica, posteriormente estudado sobre a transmissão

neuromuscular (McLarnon et al., 1986).

A propriedade fusogênica do PEG em outros tipos celulares tem sido relatada

há várias décadas. Maggio et al. (1976) observaram que o PEG, glicerol e DMSO

diminuíam notavelmente os potenciais da superfície de monocamadas de fosfatidilcolina e

fosfatidiletanolamina, além dos seus envolvimentos na fusão celular.

Introdução

17

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Os efeitos destas substâncias continuaram a ser investigados sobre o aspecto da

fusão celular em membranas isoladas também de retículos sarcoplasmáticos

(Stromer et al., 1976); células somáticas (Norwood et al., 1976); células CHO (linhagem

celular de mamífero, Chinese Hamster Origin) (Lau et al., 1977); pesquisou-se a influência

da água e íons cálcio na fusão celular induzida pelo PEG (Blow et al., 1978); em eritrócitos

de galinhas (Smith et al., 1982); em pequenas vesículas unilamelares de fosfatidilcolina de

ovo (Boni et al., 1984); em eritrócitos de peru e humanos (Huang e Hui, 1986; 1990); em

vesículas unilamelares expulsas (Massenburg e Lentz, 1993).

Geron e Meiri (1985) estudaram a fusão de vesículas sinápticas com a

superfície da membrana do terminal nervoso, que é um passo na transmissão sináptica e

que normalmente requer o influxo de íons cálcio no terminal. Os autores verificaram que a

fusão (e a subseqüente liberação do neurotransmissor) pode também ser induzida pelas

substâncias fusogênicas DMSO e PEG. Concluíram que íons cálcio e DMSO exibiam um

efeito sinérgico na fusão de vesículas sinápticas com o axolema, de forma semelhante ao

fenômeno da fusão com lipossomos.

O fenômeno da fusão passou, então, a ser estudado em lipossomos

(Mishra et al., 1988; Holland et al., 1996; Basanez et al., 1997); em seus aspectos

morfológicos nos axônios mielinizados (Krause e Bittner, 1990); com substâncias

inibidoras da fusão (Baldwin et al., 1992); nos aspectos bioquímicos (Haque et al., 2001a,b;

Haque e Lentz, 2002); e nos aspectos genéticos (Kishi et al., 2003).

O PEG 400 que foi utilizado neste estudo possui massa molecular entre

380 a 420 g/mol e para efeitos de cálculos de concentração foi fixado o peso molecular em

400 g/mol. Sua fórmula química H(OCH2CH2)nOH, onde n determina o peso molecular, é

solúvel em água, higroscópico e estável em condições ordinárias. O PEG é uma substância

com muitos sinônimos: Macrogol, Polyoxiethylene, Aquaffin, Nycoline,

alpha-hidro-omega-hidroxipoly (oxy-1,2-ethanedyl), polyethylene glycol, Poly Ethylene

Oxide, Polyoxyethylene, Poly (ethylene glycol).

Nota-se, portanto, que o PEG, embora extensivamente estudado em vários tipos

celulares tem apresentado poucos estudos no âmbito da junção neuromuscular, é utilizado

na formulação de vários medicamentos, presente em vários setores de atividade, fatores

estes, que determinaram a exploração desse agente no presente estudo.

Introdução

18

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2- OBJETIVOS

19

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2.1- Objetivo geral

O principal objetivo deste trabalho foi pesquisar os efeitos farmacológicos do

PEG 400 sobre a junção neuromuscular, utilizando diferentes preparações neuromusculares

(camundongo e ave).

2.2- Objetivos específicos

1) Estudo do PEG 400 sob análise do Conteúdo quântico (CQ).

2) Estudo do PEG 400 comparado com os efeitos da Neostigmina.

3) Estudo do PEG 400 comparado com efeitos do Dantrolene.

4) Estudo dos efeitos bloqueadores do PEG 400.

5) Estudo do PEG 400 sob análise morfológica.

Objetivos 20

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3- MATERIAL E MÉTODOS

21

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3.1- Animais

Foram utilizados camundongos machos da linhagem Swiss, pesando entre 25 e

30 g, fornecidos pela Central de Bioterismo (Unicamp) e pintainhos da linhagem HY LINE

W36, com peso entre 40 e 50 g (4 a 8 dias), fornecidos pela Granja Globo Aves. Os animais

foram mantidos no biotério do Departamento de Farmacologia (Unicamp) em gaiolas

abastecidas com água e ração ad libitum, em ambiente com temperatura constante e

iluminação controlada (12 horas com luz e 12 horas sem luz).

O projeto foi submetido e aprovado sob o protocolo no 973-1 (Anexo 1) pela

Comissão de Ética em Experimentação Animal da Unicamp (CEEA-IB-Unicamp) em

reunião realizada em 22 de março de 2006.

3.2- Materiais

Polietilenoglicol 400 (PEG 400) foi obtido do laboratório Labsynth Produtos

para Laboratórios Ltda (Diadema-SP). Drogas como d-Tubocurarina (d-Tc) da Abbott

Laboratories (São Paulo, Brasil), acetilcolina (ACh), Cloreto de potássio (KCl),

neostigmina (laboratório Roche, São Paulo, Brasil) e dantrolene da Sigma- Aldrich Co

(St. Louis, MO, USA), foram utilizadas como ferramentas farmacológicas.

3.3- Soluções nutritivas

Para camundongos - Solução de Tyrode (mM): NaCl 137; KCl 2,7; CaCl2 1,8;

MgCl2 0,49; NaH2PO4 0,42; NaHCO3 11,9 e glicose 11,1.

Para pintainhos - Solução de Krebs (mM): NaCl 118,1, KCl 4,8, CaCl2 2,5,

MgSO4 1,2, NaHCO3 25 e glicose 11,1.

Material e Métodos 22

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3.4- Ensaios biológicos

3.4.1- Preparação nervo frênico-diafragma (NFD) de camundongo

Camundongos foram sacrificados pela secção e sangria dos vasos cervicais,

após anestesia com halotano (via inalatória). A preparação foi retirada, segundo técnica

descrita por Bülbring (1946), colocada em cuba contendo solução de Tyrode presa aos

músculos intercostais por ganchos existentes na base da cuba. A temperatura foi mantida a

37ºC e a preparação aerada com carbogênio (mistura de 95% O2 e 5% CO2). O registro da

força de contração muscular foi obtido por meio de transdutor isométrico Load Cell BG-10

GM, acoplado a um fisiógrafo Gould Universal Amplifier Model RS 3400. O músculo foi

submetido à tensão constante de 5 g/cm e à estimulação indireta (nervo frênico) gerado por

estimulador S48F (Grass Instruments), 3 V, 0,2 ms de duração e 0,1 Hz de freqüência. Para

a estimulação direta, a voltagem foi de 50 V e 2 ms de duração. As contrações musculares

foram registradas em um fisiógrafo (Gould RS 3400), por meio de um transdutor isométrico

(Load Cell BG-10 GM). O PEG 400 em diferentes concentrações foi aplicado à preparação

para obtenção da curva dose-resposta (3 µM, 20 µM e 100 µM) e observadas durante

60 min. A ação muscular direta foi ensaiada tratando a preparação com d-Tubocurarina

(6 µM), seguida de estimulação direta.

3.4.2- Preparação biventer cervicis de pintainho

A preparação foi isolada e montada de acordo com o método de Ginsborg e

Warriner (1960). Os pintainhos foram anestesiados com halotano (via inalatória), após o

isolamento, o músculo foi suspenso em uma cuba de 5 mL, contendo solução nutritiva de

Krebs. A solução foi areada de modo constante com carbogênio (mistura 95% O2 e 5%

CO2) e mantida a 37°C. A preparação foi submetida à tensão constante de 1 g/cm e

estimulada por meio de eletrodos bipolares (estimulação de campo).

Foram aplicados pulsos supramaximais de 5 V, 0,1 Hz de freqüência e 0,2 ms

de duração (estimulador Grass S48) para estimulação indireta e 20 V, 2 ms de duração,

0,1 Hz, para estimulação direta. As contrações musculares resultantes de estímulos elétricos

Material e Métodos 23

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maximais e as contraturas em resposta às adições exógenas de KCl (13,4 mM) e ACh

(110 μM) foram registradas em fisiógrafo Gould RS 3400, por meio de transdutores

isométricos Load Cell BG-10 GM. O registro das contraturas para o potássio e para a

acetilcolina foram realizados com ausência de estimulação elétrica, no início (antes da

adição da droga) e no final do experimento (após 60 minutos de incubação com o PEG 400

ou após bloqueio total). Para o registro das respostas à estimulação direta (20 V), foi

utilizada d-Tubocurarina na concentração de 6 µM (para total curarização). PEG 400 em

diferentes concentrações foram aplicados para se obter a curva dose-resposta (3 µM, 20 µM

e 100 µM). Nesta preparação, fármacos clássicos em junção neuromuscular foram

utilizados como ferramentas farmacológicas, tais como, neostigmina (12 µM) e dantrolene

(30 µM).

Utilizou-se preparações BC de pintainho, por meio da técnica miográfica, sob

estimulação elétrica indireta, baseado no conhecimento dos efeitos das drogas neostigmina

(ação anticolinesterásica) e d-Tubocurarina (bloqueador neuromuscular competitivo), na

concentração 20 µM de PEG 400 e comparou-se com os controles Krebs e neostigmina

12 µM.

Utilizou-se preparação BC de pintainho, dantrolene (30 µM), seguido de PEG

400 (20 µM), cuja resposta contrátil apresenta facilitação mantida na técnica miográfica.

3.5- Técnica histológica (microscopia óptica)

Os músculos provenientes da técnica miográfica com preparações BC foram, ao

seu final, fixados em Solução de Bouin por 24 h, lavados com solução de amônia e

preservadas em álcool 70%, para posterior análise histológica, seguindo os procedimentos

usuais de histologia: desidratação, inclusão em historesina (Leika NuBloch/Heidelberg,

Alemanha), confecção de blocos, microtomia (micrótomo Leika RM 2035) em secções de 2

µm de espessura, preparação de lâminas e coloração com azul de toluidina 0.5%

(Vetec, São Paulo) e Bórax 5% (Quimesp, São Paulo).

Material e Métodos 24

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Um software para a captura de imagens (image Pro Plus 6.0, Mídia Cybernetics

Inc.) foi utilizado acoplado a um microcomputador e assim fotografadas em

fotomicroscópio Zeiss Axiophot.

As lâminas foram observadas em microscópio óptico (Olimpus BX51) e

analisadas por três examinadores. As alterações morfológicas foram quantificadas pela

contagem do número de células lesadas e expresso em porcentagem do número total de

células em três áreas não superpostas, não adjacentes de cada músculo. Esse procedimento

foi usado em todos os experimentos controle e tratado (n=3, cada).

3.6- Técnica eletrofisiológica

A técnica do músculo cortado, proposta primeiramente por Barstad (1962)

modificada para camundongos por Banker et al. (1983) foi utilizada para impedir a

propagação do potencial de ação muscular, evitar o processo contrátil e permitir a captação

do potencial de placa terminal. Fixou-se o conjunto (músculo cortado e nervo)

horizontalmente por meio de alfinetes, em cuba revestida de resina e silicone

(Dow Corning-Sylgard) e preenchido com solução nutritiva de Tyrode. Manteve-se em

temperatura ambiente, e aerou-se a preparação com carbogênio. Observaram-se as

preparações antes e após a adição de PEG a 1 µM e 10 µM (To, T15, T45, T60 min),

concentrações eleitas após ensaios-piloto com PEG 400 a 20 µM, que dificultaram a

resposta basal por 60 minutos, utilizando lupa (Wild m 7 S-Switzerland) de capacidade para

aumento de 40 vezes. Utilizou-se a técnica Fatt e Katz (1951) com introdução de

microeletrodos de vidro intracelularmente sobre as fibras musculares superficiais, com o

auxílio de micromanipulador Leitz, para a obtenção do potencial de placa terminal (PPT),

em resposta à estimulação elétrica indireta (10 V, 0,2 ms, 1 Hz), por meio de eletrodo de

platina posicionado de modo a sugar o coto distal do nervo frênico, sendo utilizado o

software AqDados 4 (Lynx) para registro e armazenamento dos dados em computador para

posterior análise.

Material e Métodos 25

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3.7- Registro do potencial de membrana (PM)

Para a medida do potencial de membrana das fibras musculares, os

microeletrodos foram inseridos intracelularmente sobre as fibras musculares superficiais,

com o auxílio do microscópio, fazendo a medida do deslocamento vertical sofrido pelo

feixe no osciloscópio, no momento da inserção. Além disso, o potencial de membrana foi

monitorado digitalmente por intermédio do software já descrito. O mesmo procedimento foi

repetido em cinco fibras distintas em um período de 1 minuto como padrão. O estudo dos

efeitos induzidos pelo PEG 400 (20 µM e 100 µM, esta tratada anteriormente com d-Tc, 6

µM) sobre o potencial de repouso da fibra muscular foi feito nos tempos zero (controle),

t15, t30, t45 e t60 min.

3.8- Análise do conteúdo quântico (CQ)

O conteúdo quântico do Potencial de placa terminal (PPT) corresponde ao

número de “unidades quânticas”, cujo somatório deu origem a esse PPT. Os cálculos

relativos ao conteúdo quântico dos potenciais de placa terminal foram realizados após a

correção dos PsPT para a somatória não-linear de quanta (quantidade de vesículas de

acetilcolina liberadas na fenda sináptica), de acordo com a seguinte fórmula

(Elmqvist e Quastel, 1965), nos tempos zero ( controle), T15, T30, T45 e T60 min.

PPT’ = [(PPT x (PM-PE)] / (PM-PE-PPT)

Onde:

PPT’ = PPT corrigido

PPT = PPT observado

PE = potencial de equilíbrio, que foi considerado -5 mV (Miyamoto, 1975)

PM = potencial de membrana

Material e Métodos 26

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3.9- Análise estatística

Os resultados foram expressos como média + erro padrão. Para a significância

das diferenças observadas foram utilizados a Análise de Variância para medidas repetidas

ANOVA (Repeated Measures), com valor p < 0,05 considerado significativo, comparando

os tratamentos e as medidas ao longo do tempo.

Material e Métodos 27

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4- RESULTADOS

28

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4.1- Curva concentração-resposta do PEG 400 em preparações neuromusculares

isoladas de camundongo e de pintainho

A Figura 1 ilustra a curva concentração-resposta do PEG 400 em preparações

nervo frênico-diafragma de camundongo (Fig. 1A) e biventer cervicis de pintainho

(Fig. 1B). Diferentes concentrações de PEG 400 (3, 20 e 100 µM) dissolvidos em solução

nutritiva (Tyrode ou Krebs), produzem quase que imediatamente um aumento da resposta

contrátil, mesmo com concentrações baixas quanto às de 3 µM (p < 0,05 em relação ao

controle Krebs, principalmente nos tempos de 20 a 60 minutos de incubação). A facilitação

inicial observada pode causar diferentes efeitos sobre a resposta contrátil e é dependente da

concentração. Aquelas de 3 e 20 µM retornam ao nível basal (camundongos) ou mantêm a

resposta facilitatória (pintainhos), durante 60min, enquanto que a concentração de 100 µM

induz um bloqueio neuromuscular completo ligeiramente mais rápido (10min) em

camundongos do que em pintainhos (30min). Nessa concentração, um efeito contraturante

foi observado em todos os experimentos realizados em preparações de ave (n=6). Esses

resultados tomados em conjunto revelam uma maior sensibilidade da preparação NFD à

ação do PEG, quando comparada a de aves. A lavagem (w) sucessiva das preparações com

novas soluções nutritivas de Tyrode ou de Krebs é suficiente para a completa remoção do

PEG 400 e para a reversão das respostas musculares à condição controle.

Resultados 29

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0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 8 00

3 0

6 0

9 0

1 2 0

1 5 0

1 8 0

***

*

*****

******

w

B

A

p i n t a i n h o ( m ú s c u l o B C ) P E G 3 μ M ( n = 8 ) P E G 2 0 μ M ( n = 6 ) P E G 1 0 0 μ M ( n = 6 ) C o n t r o l e K r e b s ( n = 7 )

Res

post

a co

ntrá

til (%

)

T e m p o ( m i n )

0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 8 00

3 0

6 0

9 0

1 2 0

1 5 0

1 8 0

******

*

*

w

c a m u n d o n g o ( N F D ) P E G 3 μ M ( n = 6 ) P E G 2 0 μ M ( n = 1 4 ) P E G 1 0 0 μ M ( n = 8 ) C o n t r o l e T y r o d e ( n = 8 )

Res

post

a co

ntrá

til (%

)

T e m p o ( m i n )

Figura 1- Gráfico representativo da curva concentração-resposta do PEG 400 em

preparações neuromusculares de ave e de mamífero, sob estímulo elétrico

indireto. (A) Preparação nervo frênico-diafragma de camundongos. (B)

Preparação biventer cervicis de pintainhos. Efeito facilitatório inicial é

observado rapidamente quando adicionado o PEG 400 dissolvido em solução

nutritiva, para respostas mantidas (pintainhos) ou não (camundongos) com 3 e

20 µM ou bloqueio neuromuscular com 100 µM. Cada ponto representa a

média ± erro-padrão. O número de experimentos é mostrado na legenda das

figuras. (w, lavagem; PEG, polietilenoglicol; *, p < 0,05).

Resultados 30

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4.2- Atividade do PEG 400 avaliada através de técnica eletrofisiológica

O Polietilenoglicol (PEG 400) foi investigado através de técnica

eletrofisiológica, para capturar biopotenciais, tais como Potencial de membrana (mostrados

à pág. 40) e Potencial de Placa Terminal (PPT), necessário para a obtenção do Conteúdo

Quântico (CQ), conforme ilustrado na Figura 2.

A Figura 2A ilustra os efeitos do PEG 400 na concentração de 1 µM sobre o

CQ, que apresentou um aumento da amplitude dos PPT evocados nos 30 minutos iniciais,

não significativo e retornou ao nível basal ao longo do experimento, e a concentração de 10

µM não ocasionou aumento das respostas evocadas ao longo de 60 minutos de observação,

Figura 2B. Ambas as concentrações utilizadas não apresentaram diferença significativa em

relação ao controle Tyrode (p > 0,05).

Resultados 31

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Resultados 32

Figura 2- Conteúdo Quântico (CQ) em preparação NFD de camundongo, técnica do

músculo cortado, com adição do PEG 400 após o controle Tyrode, nos tempos

15, 30, 45 e 60 minutos. (A) 1 µM e (B) 10 µM de PEG 400 (n=4, p > 0,05).

1 2 3 4 50

2

4

6

8

10

12

14

16

18

PEG 400 60 min

PEG 400 45 min

PEG 400 30 min

PEG 400 15 min

controle tyrode

Con

teúd

o Q

uant

ico

(CQ

)

camundongo (NFD)(1 μM)eletrofisiologiaPEG 400n=4

1 2 3 4 50

10

20

30

40

50

60

PEG 400 60 min

PEG 400 45 min

PEG 400 30 min

PEG 400 15 min

controle tyrode

Con

teúd

o Q

uant

ico

(CQ

)

camundongo (NFD)(10 μM)eletrofisiologiaPEG 400n=4

A

B

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4.3- Protocolo para avaliação de ação anticolinesterásica do PEG 400

A Figura 3 mostra os registros miográficos representativos das preparações que

foram tratadas com d-Tc (Fig. 3A, 6 µM) (n=6), d-Tc seguido de neostigmina (Fig. 3B,

12 µM) (n=4) e d-Tc seguido de PEG 400 (Fig. 3C) (n=6). Os resultados para o PEG 400

(20 µM) mostraram efeito contrário aos do anticolinesterásico utilizado. Enquanto a

neostigmina reverteu o efeito do curare, o PEG 400 manteve o bloqueio neuromuscular

semelhante ao da d-Tc sozinha.

d-Tc

Figura 3- Experimentos em preparações curarizadas (d-Tc, 6 µM) músculo biventer

cervicis de pintainhos, estímulo indireto (técnica miográfica). (A) Controle

Krebs (n=6), (B) neostigmina (12 µM) (n=4) e (C) PEG 400 (20 µM) (n=6).

Observa-se que o PEG 400 não tem a mesma ação anticolinesterásica da

neostigmina. ∆ KCl, □ ACh, tempo zero= momento da adição da nestostigmina

ou PEG 400. Tensão = 1g.

neostigmina

d-Tc

d-Tc PEG 400

Resultados 33

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4.4- Resposta à adição exógena de ACh e KCl

A preparação de ave forneceu dados adicionais quanto à resposta contraturante

à adição exógena de ACh e KCl, em função do tipo de inervação, que é múltipla, ao

contrário da preparação de camundongos. As concentrações de 3 µM (n=8) e 20 µM (n=6)

não alteraram a resposta contraturante à adição de ACh, porém alteraram a resposta

contraturante frente à adição de KCl, 3 µM (80 ± 4,3%) e 20 µM (123 ± 12 %), (p < 0,05)

(Fig. 4), enquanto as preparações tratadas com PEG 400 em elevadas concentrações

(100 µM, n=6) causaram bloqueio total tanto às respostas contraturantes de ACh quanto às

do KCl. Estes resultados indicam que a facilitação possa ocorrer em função do PEG

melhorar a excitabilidade da membrana por ação direta e não por uma ação pós-sináptica

sobre receptores nicotínicos.

Figura 4- Respostas contraturantes à adição exógena de ACh e KCl em preparações BC

tratadas com PEG 400 em diferentes concentrações (3, 20 e 100 µM).

* p < 0,05 em relação à condição controle (100%, antes do tratamento). Δ,

bloqueio total. PEG, Polietilenoglicol.

0

20

40

60

80

100

120

140

**

*

*

^^ 10020310020Concentração (μM)3

Res

post

a co

ntra

tura

nte

(%)

ACh KCl

Resultados 34

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4.5- Preparação biventer cervicis de pintainho (estímulo direto)

Protocolos usando estimulação elétrica direta foram realizados com a finalidade

de elucidar os fenômenos de facilitação e bloqueio neuromuscular induzidos pelo

tratamento com PEG 400 (20 µM, n=4 e 100 µM, n=8). A Figura 5 ilustra registros

miográficos representativos da média do número de experimentos realizados. Preparações

tratadas com 20 µM apresentaram o mesmo perfil daquele obtido sob estímulo indireto

(facilitação inicial, com retorno da resposta contrátil aos níveis basais após a lavagem da

preparação). A diferença observada quando ensaiou-se o PEG 400 em concentração elevada

(100 µM) foi o aparecimento de contratura concomitante à facilitação inicial, seguida de

bloqueio neuromuscular. O tempo para causar um bloqueio neuromuscular de 50% (T50)

foi de 23 ± 4,3 min, sem diferença significativa com o mesmo protocolo realizado sob

estímulo elétrico indireto, cujo T50 foi de 15 ± 1,4 min (n=6).

Resultados 35

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Resultados 36

Figura 5- Registro miográfico representativo da preparação BC de pintainho sob

estimulação elétrica direta. Figura 5A representa o Controle Tyrode, Figuras

5B e 5C, representam as preparações expostas às concentrações de PEG 400

20 µM e 100 µM, respectivamente. O tempo zero representa o momento da

adição do PEG 400 em B e C. Note o nível de recobro da resposta contrátil

após a lavagem, nos diferentes tratamentos. Tensão = 1 g, 20 V e 2 ms.

(n=6 para A, B e C); w, lavagem.

A

B

C PEG 400

PEG 400 w

w

w

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4.6- Potencial de membrana em repouso

As preparações controle mantiveram os valores dos potenciais de membrana

em - 83 ± 1,5 mV ao longo do experimento, no entanto, a adição do PEG 400 na

concentração de 20 µM (Fig. A) induziu a um efeito despolarizante da preparação NFD

após 30 min, em -70 ± 1,6 mV, enquanto a preparação que foi pré tratada com d-Tc (6 µM),

para a obtenção do bloqueio total e possibilitar a avaliação dos valores do potencial de

membrana em repouso da fibra muscular, na concentração de 100 µM (Fig. B), induziu

uma diminuição do potencial de repouso, portanto um efeito despolarizante da ordem de -

16 ± 1,7 mV, que foi observado logo após 15 minutos de incubação com o polietilenoglicol

e que se manteve durante os 60 min de observação.

Os resultados mostraram alterações significativas do potencial de membrana

após 30 min e 15 min de incubação com 20 µM e 100 µM, respectivamente.

Resultados 37

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Resultados 38

Figura 6- Medidas do potencial de membrana no músculo diafragma de camundongo

(NFD). Na Figura A, adição de PEG 400 na concentração de 20 µM (n=4) após

o registro inicial controle Tyrode pelos tempos de 15, 30, 45 e 60 minutos. A

figura B representa o experimento utilizando o pré-tratamento com

d-Tubocurarina (6 µM) e adição de PEG 400 na concentração de 100 µM (n=4).

*, p < 0,05.

A

B

controle 15 30 45 600

10

20

30

40

50

60

70

80

90

***

PEG 400 20 μM controle

camundongo (NFD)eletrofisiologian = 4Po

tenc

ial d

e m

embr

ana

(-mV)

Tempo (min)

contole 15 30 45 600

10

20

30

40

50

60

70

80

90

****

PEG 400 100 μM controle

camundongo (NFD)eletrofisiologiad-Tcn = 4

Pote

ncia

l de

mem

bran

a (-m

V)

Tempo (min)

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4.7- Protocolo com dantrolene

Com a adição de dantrolene (30 µM), foi observado um bloqueio

neuromuscular de 47 ± 4,7%, após 30 minutos (Fig. 7). Após a adição do PEG 400

(20 µM), observa-se uma reversão das respostas contrácteis em resposta à adição do

dantrolene, ocorrendo portanto, um efeito de reversão sobre a resposta de contração

muscular da ordem de 35 ± 10,1% (p < 0,05).

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 11050

60

70

80

90

100

110

DANTROLENE

Biventer cervicis E.I.PEG 400 20μMn=4

Res

post

a C

ontra

til (%

)

Tempo (min)

A

PEG 400

B 0

Figura 7- Preparações biventer cervicis tratadas com dantrolene, seguidas da adição de

PEG 400 (30min), sob estimulação elétrica indireta. (A) dantrolene na

concentração 30 µM causou bloqueio parcial próximo de 47% e aos 30 minutos

adicionou-se PEG 400 a 20 µM. (B) registro miográfico representativo da

condição acima. Note que o PEG 400 antagonizou o efeito do dantrolene à

resposta contrátil (p < 0,05). Tensão 1g.

w Tempo (min) PEG 400

Resultados 39

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4.8- PEG 400 a 100 µM em preparação BC

Este protocolo experimental foi realizado com intuito de pesquisar o bloqueio

total causado pela concentração de 100 µM de PEG 400 na preparação BC, concentração

que também causa bloqueio total na preparação NFD de camundongo. Foi utilizada, a d-Tc

(6 µM) e em seguida, a preparação foi estimulada diretamente (20 V, 2ms). Após a

estabilização foi adicionado o PEG 400 (100 µM) por um período de 60 minutos.

A Figura 8 mostra o traçado do registro miográfico com o tratamento de PEG

400 (100 µM) sob estimulação elétrica direta. Observou-se um bloqueio da resposta

muscular, acompanhado de uma importante contratura ao longo do experimento, que não

retornou à linha de base mesmo após sucessivas lavagens e adição exógena de ACh e KCl.

A

B

ACh KCl d-Tc Ed PEG 400 ACh KCl Ei

Figura 8- Figuras representativas de miografias na preparação BC de pintainho, sob

estimulação elétrica direta (20 V, 2ms). (A) Controle Krebs e (B) adição de

PEG 400 (100 µM) observado por 60 minutos. Note que a preparação tratada

com PEG 400 não retornou à linha de base, mesmo após lavagens com solução

nutritiva. Ei, estimulo indireto, Ed, estimulo direto. Barra (Tensão=1g).

Resultados 40

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Resultados 41

4.9- PEG 400 a 20 µM e 100 µM em preparação NFD

Este protocolo experimental foi realizado para estudo do bloqueio total na

preparação NFD em camundongos, sob estimulação elétrica direta, nas concentrações de

20 µM (Fig. A) e 100 µM (Fig. B) de PEG 400, objetivando complementar o estudo

anterior em preparações BC de pintainho. O uso da d-Tc também foi utilizado para ocupar

os receptores nicotinicos e visualizar os efeitos do PEG sobre as contrações musculares em

resposta ao estímulo elétrico direto na fibra muscular.

A Figura 9 mostra o registro miográfico da preparação NFD, incubada com o

PEG 400 20 µM (Fig. 9A), sem apresentar bloqueio da resposta muscular. Em 100 µM

(Fig. 9B) houve bloqueio da contração muscular e uma pequena contratura ao longo do

experimento. Após a lavagem com solução nutritiva obteve-se um retorno dessa resposta

diferentemente da resposta à preparação BC, que não houve retorno da resposta muscular,

após a lavagem.

Figura 9- Registro miográfico representativo de protocolos experimentais em preparações

NFD, sob estimulação elétrica direta. O PEG 400 foi adicionado (Tempo zero)

nas concentrações de (A) 20 µM e (B) 100 µM. Note que o bloqueio total

ocorreu em 100 µM com um breve efeito contraturante e pequeno retorno da

resposta muscular pós lavagem (n = 6). W, lavagem, Ei, estimulo indireto, Ed,

estimulo direto, Barra= 5g

A

B

Ei d-Tc Ed w Ed Ei

Ei d-Tc Ed w Ed Ei

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Resultados 42

4.10- Aná

A Figura 10 ilustra secções transversais de preparações músculo biventer

nutritiva de Krebs

(controle) observaram-se 3,6 ± 0,5% de fibras alteradas. Quando os músculos foram

tratados com PEG 400 nas c

lise morfológica do músculo biventer cervicis de pintainho

cervicis de pintainho. Nos músculos que foram incubados com solução

oncentrações de 3 µM, 20 µM e 100 µM, apresentaram

2 ± 0,6 %, 5,2 ± 0,6% e 4,3 ± 0,9% de alterações, respectivamente. Não houve diferença

significativa entre os protocolos controle e tratado (p > 0,05).

µµMM

µµMM µµMM

Figura 10- Figura representativa de cortes do músculo biventer cervicis de pintainho

exposto à solução Krebs (controle Krebs), 3 µM, 20 µM e 100 µM de PEG

400. Note que não foram observadas alterações morfológicas nos tratamentos

(p > 0,05). Barra= 20 µm.

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5- DISCUSSÃO

43

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5.1- Técnica miográfica

O PEG 400, quando adicionado em preparações neuromusculares para o

regsitro miográfico, é capaz de produzir efeitos concentração dependente, e ocorrem

diferenças importantes entre as preparações nervo frênico diafragma (NFD) de

camundongos e músculo biventer cervicis (BC) de pintainhos. A concentração de 3 µM,

mostrou-se sem efeito aparente sobre a preparação NFD e foi a utilizada por Cintra

Francischinelli et al. (2008) para a solubilizar o extrato hidroalcoolico das folhas da planta

Casearia sylvestris, popularmente conhecida como guaçatonga. Na preparação BC, a

concentração de 3 µM já apresentou um efeito evidente facilitador da neurotransmissão, e

na concentração de 20 µM causou efeito facilitador em ambas as preparações. Assim, em

preparações de camundongo houve retorno da resposta contrátil ao nível basal, ao passo

que na preparação de ave a facilitação foi mantida até o final do experimento. Esta

diferença pode ser interpretada como sendo em virtude do tipo de preparação utilizada,

pois diferem quanto ao tipo de inervação que exibem. Harvey et al. (1994) consideram a

preparação BC vantajosa no estudo de venenos e toxinas, quando comparada à preparação

NFD de camundongo, especialmente quando tal estudo se destina a diferenciar os seus

mecanismos de ação pré e/ou pós-juncionais. A importância da diferença de inervação

destas preparações é que poderá resultar nas diferentes respostas farmacológicas, quando

expostas às concentrações de substâncias semelhantes (Rodrigues et al., 2004). Diferença

de resposta na sensibilidade das preparações também foram evidenciadas na concentração

de 100 µM, sendo que a preparação diafragma de camundongo exibiu um bloqueio

neuromuscular completo ocorrido 15 min antes que o na preparação de ave.

Os experimentos foram observados por 60 minutos, e assim padronizadas tanto

para experimentos sob a técnica miográfica quanto os sob a técnica eletrofisiológica, pois

neste período foi possível a observação dos eventos nas preparações neuromusculares

utilizadas.

Quando as preparações BC e NFD foram lavadas, após 60 minutos de registro,

foram lavadas com solução nutritiva de Krebs ou de Tyrode respectivamente, verificou-se

um retorno da atividade contrátil (exceto na concentração de 100 µM), e esses eventos

comprovam que o PEG 400 não exibe qualquer ação lesiva às preparações

Discussão 44

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neuromusculares. Este resultado corrobora àquele obtido através do estudo histológico que

mostrou ausência de alteração morfológica.

Vale lembrar, também, que foram realizados outros protocolos experimentais

em diferentes concentrações, usando-se a técnica miográfica, mas com resultados similares

à concentração de 20 µM, o que levou à escolha das concentrações de 3, 20 e 100 µM para

o prosseguimento do estudo do PEG.

Os diferentes efeitos farmacológicos alcançados do PEG 400 na técnica

miográfica, das preparações neuromusculares de pintainhos (3 µM, 20 µM e 100 µM),

foram também avaliados morfologicamente.

5.2- Técnica eletrofisiológica

A técnica eletrofisiológica pode fornecer informações que indicam o sítio de

ação de substâncias ou toxinas na junção neuromuscular. A preparação nervo frênico

diafragma de camundongo exibe fibras de pequeno diâmetro, o que determina a

manutenção somente por um curto de período de tempo de empalamento; diferente das

fibras de rã, que são grandes (Rodrigues-Simioni et al., 1983), e uma vez empaladas

(inserção do microeletrodo na fibra muscular) mantém-se dessa forma até o final do

experimento.

A utilização da eletrofisiologia nos estudos do PEG 400 foi para observar a

influência da concentração, uma vez que Geron e Meiri (1985) encontraram atividade pré

sináptica utilizando PEG 8000 na concentração de 12,5 mM.

A concentração de 10 µM de polietilenoglicol foi condizente com os efeitos

facilitatórios observados na técnica miográfica em preparações NFD, mas neste tipo de

preparação ocorre o retorno da resposta contrátil para o nível basal ao longo do

experimento. Nas concentrações de 15 µM e 20 µM não foi possível a captação dos

biopotenciais pela dificuldade de empalamento.

Discussão 45

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Nas concentrações de 1 µM e 10 µM não se observou diferenças significativas

quando os tempos de 15, 30, 45 e 60 minutos após a adição do PEG 400 foram comparados

com o controle Tyrode (p > 0,05). Portanto, os achados do presente estudo não

corroboraram a atribuição de atividade pré-sináptica do PEG 400 por meio de estudos

eletrofisiológicos, no que diz respeito ao estudo da variação do PPT (potencial de placa

terminal), para a medida do conteúdo quântico (CQ), que é a quantidade de liberação de

vesículas de neurotransmissor (Acetilcolina) na fenda sináptica.

5.3- Estudo da atividade anticolinesterásica

As drogas anticolinesterásicas, por inibirem a enzima que hidrolisa a

acetilcolina, propiciam maior concentração dessa substância nas placas terminais após cada

impulso nervoso e permanece por muito mais tempo nos receptores na membrana

subsináptica (Eccles e MacFarlane, 1949). Quando esta enzima, acetilcolinesterase, é

inibida, ocorre um aumento significativo da amplitude da resposta contrátil.

Foi utilizada a d-Tubocurarina (6 µM), para bloqueio total em preparações de

BC para comparação com o anticolinesterásico neostigmina (12 µM) e com a ação do PEG

400 (20 µM). Não foi observado o mesmo efeito de reversão da resposta contrátil quando

foi utilizado o polietilenoglicol 400; já com a adição da neostigmina foi observada a

reversão do bloqueio neuromuscular, pelo fato que as drogas anticolinesterásicas

possibilitam o aumento da concentração de acetilcolina na fenda sináptica, que por sua vez

desloca a d-Tubocurarina dos receptores nicotínicos por mecanismo competitivo.

Por intermédio desse protocolo experimental foi evidenciado que o PEG 400

(20 µM) não apresenta ação anticolinesterásica.

5.4- Estudo da atividade pós sináptica

5.4.1- Resposta contraturante à adição exógena de ACh e KCl

Após a observação da ausência dos eventos pré-sinápticos, foram analisadas as

curvas de acetilcolina (ACh) e de Cloreto de potássio (KCl) para avaliar, respectivamente,

eventos sub-sinápticos e pós-sinápticos, em preparações neuromusculares de pintainhos,

Discussão 46

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por possuir inervação multifocal e apresentar vários receptores ao longo da sua fibra. Esta

preparação exibe respostas contraturantes à adição exógena de ACh (permite avaliar a

integridade do receptor nicotínico) e KCl (permite avaliar a integridade do sarcolema), não

observadas usando-se outras preparações como a de mamífero (Harvey et al., 1994).

As respostas contraturantes à ACh e KCl foram analisadas após a adição do

PEG 400 (3 µM, 20 µM e 100 µM). Para as respostas à ACh não houve diferença

significativa (p > 0,05) em relação às contraturas controle. Desse modo, não houve efeito

do PEG 400 sobre receptores nicotínicos, mas sobre as fibras musculares, pois apresentou

diferença estatística entre as contraturas em resposta à adição de KCl quando comparadas

aos controles (p < 0,05). Na concentração PEG 400 (100 µM), contudo, houve bloqueio

das respostas contraturantes tanto à ACh quanto ao KCl.

5.5- Estímulo direto em pintainhos (músculo biventer cervicis)

Este estudo foi realizado em razão dos indicativos de uma ação do PEG 400

sobre a fibra muscular através de observações usando-se a técnica miográfica, sob estímulo

elétrico direto. Com o uso da d-Tc (6 µM), exclui-se a participação do receptor nicotínico e

os efeitos sobre a fibra muscular podem ser avaliados isoladamente.

Com a adição do PEG 400, os resultados obtidos foram similares aos

experimentos sob estimulação indireta, evidenciando sua ação direta sobre a fibra muscular.

5.6- Registro do potencial de membrana

O potencial de membrana é uma técnica utilizada para evidenciar as

despolarizações que ocorrem no sarcolema. Com a adição do PEG 400 (20 µM) e PEG 400

(100 µM pré tratada com d-Tc), foram evidenciadas diferenças significativas (p < 0,05),

quando comparadas ao potencial de membrana em repouso (controle). O PEG 400 (20 µM)

induziu um efeito despolarizante, de forma significativa. Quando usado o PEG 400

(100 µM), despolarização ocorreu a partir dos 15 minutos, mesmo na presença da d-Tc. Ou

Discussão 47

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seja, o polietilenoglicol 400 apresenta um efeito despolarizante do sarcolema, mesmo

quando os receptores nicotínicos estão ocupados pelo curare, evidenciando uma ação na

fibra muscular.

5.7- Protocolo experimental com dantrolene

O dantrolene age diretamente sobre o músculo esquelético por interferir com a

liberação do Ca2+ do retículo sarcoplasmático; previne ou reduz o aumento da concentração

do Ca2+ citosólico que ativa o processo catabólico agudo associado com hipertermia

maligna (Britt et al., 1984; Langeron et al., 1999).

Em estudos anteriores utilizando a preparação NFD, o uso de dantrolene em

10 µM causou bloqueio neuromuscular de 70% (Oshima-Franco ET al.,2005). No presente

estudo, sob estimulação indireta, as preparações BC foram previamente tratadas com

dantrolene 30 µM, e observado um bloqueio de 50% em aproximadamente 30 minutos,

após esse período foi analisado o efeito da resposta contrátil com a adição do PEG 400

(20 µM). Curiosamente, foi observado o fenômeno de reversão do bloqueio neuromuscular

induzido pelo dantrolene.

Com estes achados, pode-se sugerir um mecanismo de ação pós-sináptico para a

ação do PEG 400 na junção neuromuscular, tendo uma possível relação com a ação do

cálcio sobre o mecanismo contrátil da fibra muscular.

5.8- Estudo da atividade bloqueadora (BC e NFD sob estímulo elétrico direto)

A ação do PEG 400 em preparações neuromusculares de camundongos e

pintainhos é concentração dependente como mostrado neste trabalho, e o PEG 400 (100

µM) causa bloqueio total em ambas as preparações. Estas respostas ou resultados obtidos

não foram suficientes para explicar exatamente os fenômenos de bloqueio neuromuscular

dessas preparações, mas sugerem uma possível saturação das soluções nutritivas e/ou uma

ação despolarizante persistente na presença do polietilenoglicol 400 (100 µM).

Discussão 48

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5.9- Análise morfológica

A análise morfológica das preparações BC não apresentou alterações em suas

fibras musculares, quando tratadas com PEG 400 (3 µM, 20 µM e 100 µM) e comparadas

com o controle Krebs (p > 0,05). Ressalta-se que mesmo na concentração de (100 µM), que

apresentou bloqueio neuromuscular e ausência das respostas contraturantes à adição

exógena de ACh e KCl, não foram observadas alterações morfológicas.

Murakami et al. (2007) demonstraram, por meio de experimentos in vivo, que o

polietilenoglicol inibiu mais de 90% dos efeitos miotóxicos da bothropstoxina-I, que é a

principal miotoxina encontrada no veneno de Bothrops jararacussu. Esses dados

corroboram com a ausência dos danos morfológicos causados pelo PEG 400, uma vez que

foi usado para avaliar atividade antimiotóxica.

Discussão 49

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6- CONCLUSÃO

50

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• A ação pré-sináptica relatada na literatura (para PEG 8000) não foi

estatisticamente confirmada neste estudo, sugerindo que o tamanho

molecular do PEG 400 torne-o solúvel em membranas, mascarando

possíveis alterações na liberação quântica do neurotransmissor.

• O efeito facilitatório demonstrado pelo PEG 400 deve-se à liberação de íons

cálcio do retículo sarcoplasmático, mas não de inibição da enzima

acetilcolinesterase.

• Elevadas concentrações de PEG 400 causam despolarização persistente,

contratura e bloqueio neuromuscular completo, mas não mionecrose.

Conclusão

51

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7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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8- ANEXOS

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30‐Nov‐2008  Dear Prof. Oshima‐Franco,  Your manuscript entitled "The influence of polyethylene glycol 400 (PEG) on the neuromuscular junction" has been successfully submitted online and is presently being given full consideration for publication in Muscle and Nerve.  Your manuscript number is MUS‐08‐0645.  Please mention this number in all future correspondence regarding this submission.  You can view the status of your manuscript at any time by checking your Author Center after logging into http://mc.manuscriptcentral.com/mus .  If you have difficulty using this site, please click the 'Get Help Now' link at the top right corner of the site.  Thank you for submitting your manuscript to Muscle and Nerve.  Yours sincerely,   Muscle and Nerve Editorial Office  No virus found in this incoming message. Checked by AVG ‐ http://www.avg.com  Version: 8.0.176 / Virus Database: 270.9.11/1820 ‐ Release Date: 11/29/2008 6:52 PM  

 

Anexo 2

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Correção ortográfica e Edição

-2009-

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