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R. bras. Ci. e Mov. 2005; 13(1): 17-28 Efeitos do treinamento concomitante hipertrofia e endurance no músculo esquelético Effects of concurrent training hypertrophy and endurance on skeletal muscle BUCCI, M.; VINAGRE, E.C.; CAMPOS, G.E.R.; CURI, R.; PITHON-CURI, T.C. Efeitos do treinamento concomitante hipertrofia e endurance no músculo esquelético. R. bras. Ci e R. bras. Ci e R. bras. Ci e R. bras. Ci e R. bras. Ci e Mov Mov Mov Mov Mov. . . . . 2005; 13(1): 17-28. RESUMO ESUMO ESUMO ESUMO ESUMO – O objetivo deste estudo foi o de verificar os aspectos fisiológicos envolvidos na interação entre o treinamento de endurance e hipertrofia muscular e se estas modalidades devem ou não ser realizadas na mesma sessão de treinamento. O treinamento de hipertrofia e endurance realizado na mesma sessão parece inibir o desenvolvimento muscular comparado ao treinamento de hipertrofia realizado isoladamente. Algumas hipóteses foram propostas para explicar tal fenômeno, tais como a incapacidade do músculo esquelético de se adaptar metabólica e morfologicamente às duas modalidades de treinamento realizadas numa única sessão, alteração do padrão de recrutamento de unidades motoras pela depleção de glicogênio e cálcio, e ativação do sistema proteolítico cálcio-dependente de calpaínas. Concluímos que as modalidades de treinamento de hipertrofia e endurance apresentam diferentes aspectos de adaptação muscular. Assim, a hipertrofia muscular é mais pronunciada quando a sessão de treino é restrita a apenas uma modalidade de treinamento. PALA ALA ALA ALA ALAVRAS VRAS VRAS VRAS VRAS- CHA CHA CHA CHA CHAVE VE VE VE VE – Hipertrofia, Treinamento de Endurance, Proteólise, Tipos de Fibras. BUCCI, M.; VINAGRE, E.C.; CAMPOS, G.E.R.; CURI, R.; PITHON-CURI, T.C. Effects of concurrent training hypertrophy and endurance on skeletal muscle. R. bras. Ci e Mov R. bras. Ci e Mov R. bras. Ci e Mov R. bras. Ci e Mov R. bras. Ci e Mov. 2005; 13(1): 17-28. ABSTRACT BSTRACT BSTRACT BSTRACT BSTRACT – The purpose of this study was to verify the physiological aspects involved in the interaction between endurance training and muscular hypertrophy and if those modalities should or should not be performed in the same training session. The hypertrophy and endurance training performed in the same training session seems to inhibit the muscular development compared with hypertrophy training alone. Some hypotheses have been proposed to explain such phenomenon, such as the incapacity of skeletal muscle to adapt metabolically and morphologically to both training modalities, alteration in the motor unit recruitment pattern due to glycogen and calcium depletion, and activation of the proteolytic calcium-dependent calpain system. In conclusion, the training modalities of hypertrophy and endurance presents different muscular adaptation. Thus, muscular hypertrophy is more pronounced when the training session is restricted to a single modality of training. KEYWORDS EYWORDS EYWORDS EYWORDS EYWORDS – Hypertrophy, Endurance Training, Proteolysis, Fiber Type Marco Bucci 1 Eduardo Carandina Vinagre 1 Gerson Eduardo Rocha Campos 2 Rui Curi 3 Tania Cristina Pithon-Curi 4 Recebimento: 20/11/2004 Aceite: 04/01/2005 ciência movimento REVISTA BRASILEIRA DE ISSN 0103-1716 & 1 Faculdade de Ciências da Saúde - UNIMEP 2 Departamento de Anatomia, Instituto de Biologia, UNICAMP 3 Departamento de Fisiologia Humana, Instituto de Ciências Biomédicas - USP 4 Faculdade de Ciências da Saúde – UNIMEP e UNICASTELO Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP Endereço para correspondência: Marco Bucci Av. Duque de Caxias, 221 - 13416-270 Piracicaba – S.P. E-mail: [email protected]

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R. bras. Ci. e Mov. 2005; 13(1): 17-28

Efeitos do treinamento concomitante hipertrofiae endurance no músculo esqueléticoEffects of concurrent training hypertrophy and endurance on skeletal muscle

BUCCI, M.; VINAGRE, E.C.; CAMPOS, G.E.R.; CURI, R.; PITHON-CURI, T.C. Efeitos dotreinamento concomitante hipertrofia e endurance no músculo esquelético. R. bras. Ci eR. bras. Ci eR. bras. Ci eR. bras. Ci eR. bras. Ci eMovMovMovMovMov. . . . . 2005; 13(1): 17-28.

RRRRRESUMOESUMOESUMOESUMOESUMO – O objetivo deste estudo foi o de verificar os aspectos fisiológicos envolvidos nainteração entre o treinamento de endurance e hipertrofia muscular e se estasmodalidades devem ou não ser realizadas na mesma sessão de treinamento. Otreinamento de hipertrofia e endurance realizado na mesma sessão parece inibir odesenvolvimento muscular comparado ao treinamento de hipertrofia realizadoisoladamente. Algumas hipóteses foram propostas para explicar tal fenômeno, tais comoa incapacidade do músculo esquelético de se adaptar metabólica e morfologicamente àsduas modalidades de treinamento realizadas numa única sessão, alteração do padrão derecrutamento de unidades motoras pela depleção de glicogênio e cálcio, e ativação dosistema proteolítico cálcio-dependente de calpaínas. Concluímos que as modalidades detreinamento de hipertrofia e endurance apresentam diferentes aspectos de adaptaçãomuscular. Assim, a hipertrofia muscular é mais pronunciada quando a sessão de treino érestrita a apenas uma modalidade de treinamento.

PPPPPALAALAALAALAALAVRASVRASVRASVRASVRAS-----CHACHACHACHACHAVEVEVEVEVE – Hipertrofia, Treinamento de Endurance, Proteólise, Tipos de Fibras.

BUCCI, M.; VINAGRE, E.C.; CAMPOS, G.E.R.; CURI, R.; PITHON-CURI, T.C. Effects ofconcurrent training hypertrophy and endurance on skeletal muscle. R. bras. Ci e MovR. bras. Ci e MovR. bras. Ci e MovR. bras. Ci e MovR. bras. Ci e Mov.....2005; 13(1): 17-28.

AAAAABSTRACTBSTRACTBSTRACTBSTRACTBSTRACT – The purpose of this study was to verify the physiological aspects involved inthe interaction between endurance training and muscular hypertrophy and if thosemodalities should or should not be performed in the same training session. Thehypertrophy and endurance training performed in the same training session seems toinhibit the muscular development compared with hypertrophy training alone. Somehypotheses have been proposed to explain such phenomenon, such as the incapacity ofskeletal muscle to adapt metabolically and morphologically to both training modalities,alteration in the motor unit recruitment pattern due to glycogen and calcium depletion,and activation of the proteolytic calcium-dependent calpain system. In conclusion, thetraining modalities of hypertrophy and endurance presents different muscular adaptation.Thus, muscular hypertrophy is more pronounced when the training session is restrictedto a single modality of training.

KKKKKEYWORDSEYWORDSEYWORDSEYWORDSEYWORDS – Hypertrophy, Endurance Training, Proteolysis, Fiber Type

Marco Bucci1

Eduardo Carandina Vinagre1

Gerson Eduardo Rocha Campos2

Rui Curi3

Tania Cristina Pithon-Curi4

Recebimento: 20/11/2004Aceite: 04/01/2005

ciênciamovimento

REVISTA BRASILEIRA DE

ISSN 0103-1716

&

1Faculdade de Ciências da Saúde - UNIMEP

2Departamento de Anatomia, Instituto deBiologia, UNICAMP

3Departamento de Fisiologia Humana, Institutode Ciências Biomédicas - USP

4Faculdade de Ciências da Saúde – UNIMEPe UNICASTELO

Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEPEndereço para correspondência:Marco BucciAv. Duque de Caxias, 221 - 13416-270Piracicaba – S.P.E-mail: [email protected]

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Efeitos do treinamento concomitante hipertrofia e endurance no músculo esquelético

Introdução

Com o avanço tecnológico das últimasdécadas, o ser humano passou a desempenhartarefas, anteriormente realizadas com a forçamuscular, através de máquinas ecomputadores. Desta maneira, a habilidadede gerar força deixou de ser um fatorimportante para a sobrevivência. Entretanto,a comunidade científica reconhece anecessidade da manutenção, e até mesmoaprimoramento, da força e massa muscularcom a finalidade de preservar a funcionalidademotora e melhorar a saúde das pessoas.

Nesta busca por uma melhor qualidade devida, podemos destacar duas modalidades detreinamento: o treinamento de força e deendurance

30.

O treinamento de força é uma modalidadede exercícios resistidos onde o indivíduorealiza movimentos musculares contra umaforça de oposição, como por exemplo, osexercícios com pesos

1, 3. Já o treinamento de

endurance ou aeróbio consiste na realizaçãode exercícios que predominantementenecessitam do oxigênio para a produção deenergia, tais como corrida, ciclismo e remo.Estes exercícios são fundamentais paraaprimorar as capacidades pulmonar ecardiovascular

49.

Ainda não está claro quanto à interaçãoou não destas duas atividades de naturezasdistintas, ou seja, se o treinamento aeróbio ede força, visando a hipertrofia muscular,devem ou não ser realizados na mesma sessãode treinamento.

Sistemas energéticos

Tanto o treinamento aeróbio como o deforça, visando a hipertrofia, utilizam oglicogênio muscular como fonte de energia.Os sistemas energéticos ATP-CP, oxidativo eglicolítico atuam simultaneamente, havendoassim predomínio de um ou outro dependendoda duração e intensidade do treino

49.

Apesar dos três sistemas estaremenvolvidos na produção de ATP parafornecimento de energia, durante otreinamento de hipertrofia há predomínio dossistemas ATP-CP e glicolítico, sendo que aatuação do sistema oxidativo se dá durante

os períodos de recuperação entre as séries. Notreinamento de endurance, haveria umpredomínio do sistema glicolítico na faseinicial e, com a manutenção da intensidade eduração do exercício realizado, o sistemaoxidativo passaria a predominar comosistema energético

49. Assim, em ambas as

modalidades de treinamento, aeróbio ou deforça, o glicogênio é utilizado como fonte deenergia para o fornecimento de ATP.

Com isso, durante um treinamentoconcomitante, pode haver depleção daconcentração de glicogênio muscular devidoà intensidade do treinamento característicodessa atividade

30. Nesse caso,,,,, a

gliconeogênese hepática pode se fazerpresente. Haveria então estimulação daproteólise que levaria a degradação dasproteínas contráteis musculares

49.

Músculo esquelético e hipertrofia

O tecido muscular é o mais abundante docorpo humano. A sarcopenia, perda de massamuscular, está associada à osteoporose, resistênciaà insulina, obesidade e artrite, além de causarcomplicações com o avanço da idade

10.

A perda de massa muscular resulta emdecréscimo da força com o avanço da idade38

. Tal fato pode estar relacionado ao númerode lesões causadas por quedas em indivíduosidosos. Dessa maneira, fica clara a necessidadede aumentar ou preservar a massa muscularatravés dos exercícios físicos, principalmenteos exercícios resistidos que podem diminuireste processo de sarcopenia

50.

Como as fibras musculares não proliferam,a única maneira de aumentar o tecidomuscular é elevando a espessura das mesmas,isso ocorre com o surgimento de novasmiofibrilas. De modo geral, o estressemecânico causado pelo exercício intenso ativaa expressão do RNA mensageiro (RNAm) econseqüentemente a síntese protéicamuscular. As proteínas, estruturas contráteisdo músculo, principalmente actina e miosina,são necessárias para que as fibras muscularesproduzam mais miofibrilas

2.

A célula muscular é multinucleada masesses núcleos não proliferam, fazendo-senecessária a fusão de núcleos provenientes deoutras células com a fibra muscular. As célulasresponsáveis por esta fusão são as células

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satélites 2. As células satélites localizam-se

entre a lâmina basal e o sarcolema das fibrasmusculares e possuem o mesmo tamanho deum núcleo da célula muscular. Estas célulassão células-tronco e desempenham um papelimportante na regeneração do músculo

33.

As células satélites possuem um núcleoque pode proliferar em resposta às microlesõescausadas pelo exercício intenso no músculoesquelético. Estas microlesões atraem ascélulas satélites que se fundem e dividem oseu núcleo com a fibra muscular, dando osuporte necessário para a síntese de novasproteínas contráteis. Como o número denúcleos novos é maior do que o necessáriopara preencher o espaço deixado pelasmicrolesões, a fibra muscular produz umnúmero maior de miofibrilas, resultando nahipertrofia muscular

2.

Existem basicamente dois tipos dehipertrofia, a aguda e a crônica. A hipertrofiaaguda, sarcoplasmática e transitória, pode serconsiderada como um aumento do volumemuscular durante uma sessão de treinamento,devido principalmente ao acúmulo de líquidonos espaços intersticial e intracelular domúsculo. Outra teoria seria a do aumento novolume de líquido e conteúdo do glicogêniomuscular no sarcoplasma. Já a hipertrofiacrônica pode ocorrer durante longo períodode treinamento de força, está diretamenterelacionada com as modificações na área

transversa muscular. Considera-se também oaumento de miofibrilas, número de filamentosde actina-miosina, conteúdo sarcoplasmático,tecido conjuntivo ou combinação de todosestes fatores

17.

Fibras musculares e adaptaçõesneuromusculares em resposta aotreinamento

O músculo esquelético é formadobasicamente por tecido conjuntivo e por trêstipos de fibras musculares: do tipo I (lentas),IIa (intermediárias) e IIb (rápidas). Quandoobservadas individualmente, as fibrasmusculares possuem diferenças na velocidadede contração, oxidação, capilarização,resistência à fadiga, número e tamanho demitocôndrias (Figura 1, microfotografiasgentilmente cedidas pelo Prof. Dr. GersonEduardo Rocha Campos). Entretanto, quandoo músculo é observado como um todo, nãoapresenta a mesma proporção de diferençasna sua capacidade oxidativa

9.

Durante um período contínuo e prolongadode treinamento aeróbio, ocorrem modificaçõesquanto ao tipo e características das fibrasmusculares. As fibras de contração lenta (tipo I)tornam-se 7% a 22% maiores que as decontração rápida (tipo IIb). A proporção de fibrasmusculares do tipo I aumenta com o

Figura 1. Figura 1. Figura 1. Figura 1. Figura 1. Microfotografias de fibras musculares tipo I (A) e tipo II (B) de humanos. As setasindicam mitocôndrias, maiores e mais numerosas nas fibras tipo I. O círculo indica umamicrolesão de sarcômero. Microfotografias gentilmente cedidas pelo Prof. Dr. Gerson EduardoRocha Campos. Aumento de 25.900x em A e 25.700x em B.

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Efeitos do treinamento concomitante hipertrofia e endurance no músculo esquelético

treinamento de endurance crônico. Maratonistasde elite, por exemplo, podem ter 95% de fibrasmusculares tipo lentas

2.

Em contrapartida, o ganho adicional deforça verificado com o início de um programade treinamento de força deve-se à ativaçãoneural, em fibras do tipo IIa, IIb, e até mesmonas fibras do tipo I

43. No treinamento de

força, a proporção de fibras musculares tipoII aumenta significativamente. Há umdecréscimo de fibras musculares tipo I, bemcomo da isoforma da miosina de cadeia pesadaIIb e das isoformas híbridas, a favor doaumento da proporção de fibras IIa

48.

Campos et al 6 (2002) observaram, após

um treinamento de força intenso, aumentode 12,5%, 19,5% e 26% na área transversados três tipos principais de fibras musculares;As fibras tipo I, IIa e IIb, respectivamente.McCarthy et al

36 (2002), demonstraram

hipertrofia significativa das fibras do tipo Idecorrente do treinamento de força.

As fibras intermediárias podem adquirircaracterísticas que as tornampredominantemente oxidativas ou glicolíticas,semelhantes às tipo I ou IIb, respectivamente.Entretanto, a interação das atividades notreinamento concomitante poderiacomprometer essa adaptação. As fibrasintermediárias solicitadas num trabalho dehipertrofia e, posteriormente, no exercícioaeróbio, não seriam capazes de se adaptar àsduas modalidades, pois as adaptações dessestipos de treinamento são metabolicamente eneurologicamente opostas

30.

O treinamento concomitante aumentariaa proporção de fibras musculares tipo I

7. Tal

adaptação é antagônica à observada nostreinamentos de força isolados, visando ahipertrofia muscular, onde é verificadoaumento na proporção de fibras muscularesdo tipo II

20. Esses aspectos somados à hipótese

de overtraining explicam a inibição no ganhode força e de impulsão vertical observado noestudo de Dudley e Fleck

14 (1987).

Adaptações metabólicas

Os efeitos exibidos na hipertrofia muscular,substratos endógenos, atividade de enzimas,estruturação de proteínas contráteis ecapilarização, proporcionados pelotreinamento de força e hipertrofia são

diferentes às adaptações provocadas pelotreinamento de endurance. A atividade dasenzimas oxidativas pode estar diminuída como treinamento de força

30, dificultando a

otimização das adaptações das duasmodalidades na mesma sessão de treinamento.

O treinamento de força intenso aumentaa síntese protéica, resultando em aumento deproteínas contráteis e hipertrofia muscular. Jáo estresse oxidativo, promovido pelotreinamento de endurance, causa um estímuloadverso ao treinamento de força, degradandoas proteínas miofibrilares

27. Esse tipo de

treinamento resulta em aumento da atividadedas enzimas oxidativas musculares, elevaçãono número, tamanho, tipo de mitocôndrias,vascularização e VO2 máx

24.

O condicionamento aeróbio eleva tantoo número de capilares por fibra quanto onúmero de capilares de determinada áreatransversa do músculo, conseqüentemente,eleva as trocas gasosas e a utilização desubstratos pelo tecido muscular

34. Há

aumento da mioglobina com o treinamentoaeróbio (75% a 80%), do número e tamanhode mitocôndrias (15%), bem como daatividade de enzimas oxidativas

17.

Já no treinamento de hipertrofia,anaeróbio, há grande produção de lactato

22,

aumento da atividade das enzimas glicolíticas,que são estimuladas entre trinta segundos eum minuto de treino, elevação das proteínascontráteis e produção de força máxima

17. Há

também estímulo na síntese de testosterona,importante hormônio anabólico, além deestimular o hormônio do crescimento (GH),principalmente em situações onde a produçãode lactato estiver elevada

15, 26.

Dolezal & Potteiger12

(1998)demonstraram a influência positiva dotreinamento concomitante para a redução dotecido adiposo e aumento do metabolismobasal. Ao mesmo tempo em que o protocolopor eles utilizado foi eficiente para reduzir otecido adiposo, houve redução da massamagra com o treinamento de endurance.Nesse estudo, no treinamento concomitante,os exercícios resistidos foram realizadosprimeiro, seguidos por treinamento deendurance, com aumento crescente deduração e intensidade. A concentração denitrogênio na uréia do grupo que treinouendurance foi bem maior em relação aosgrupos do treinamento concomitante e força.

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O nitrogênio na uréia é um marcador daproteólise, sendo que, para cada grama denitrogênio encontrado na uréia,aproximadamente 6,25 gramas de proteínassão catabolizadas.

Acredita-se que este catabolismo protéicoé o fator responsável pela queda na taxametabólica basal, observada no grupo deendurance, comparado ao grupo que treinouapenas força. Foi observado menor ganho nataxa metabólica basal do grupo concomitante,comparado ao grupo de força isolado. Ogrupo que treinou força e hipertrofiaapresentou acréscimo aproximado de 500 Kj/dia, enquanto que o grupo que realizou otreinamento concomitante esse foi de 350 Kj/dia. Já o grupo que treinou enduranceisoladamente teve um decréscimo de 200 Kj/dia no metabolismo basal dos indivíduossubmetidos a esse treinamento, indicando ainfluencia negativa da atividade namanutenção e aumento da massa magra.

Modificações fisiológicasneuromusculares

A hipertrofia muscular e as mudanças norecrutamento de unidades motoras sãoimportantes fatores relacionados aodesenvolvimento de força

36.

A demanda do sistema neuromusculardurante o treinamento de força e de endurancerequer diferentes padrões de ativação dasunidades motoras.

É sugerido que o treinamentoconcomitante, aeróbio e força, altera o padrãode recrutamento de unidades motorasrelacionadas à contração máxima voluntária.É possível que esta interferência prejudique odesenvolvimento da força, afetando acapacidade do sistema neuromuscular de seadaptar na organização dos padrões derecrutamento das unidades motoras, associadasao treinamento de força isoladamente

30.

O menor ganho de força em exercícios desupino e agachamento no treinamentoconcomitante (19 e 12%, respectivamente),comparado ao treinamento de forçaisoladamente (24 e 23%, respectivamente),foi verificado por Dolezal e Potteiger

12

(1998). Além disso, foi observada hipertrofiatanto nas fibras de contração rápida quantonas lentas no protocolo de treinamento de

força e hipertrofia. Em outro estudo 27

, ogrupo que treinou força isoladamenteaumentou significativamente a hipertrofia nasfibras tipo I e II, comparado com o grupo querealizou o treinamento concomitante. Nestemesmo estudo foi observado um decréscimona área transversa de todos os tipos de fibrasmusculares no grupo que realizou otreinamento de endurance isoladamente.

Relação anabolismo-catabolismo

Os exercícios de força aumentam aconcentração de testosterona, o mesmo nãoocorre com o cortisol

47. É importante

lembrar também que o horário detreinamento pode influenciar o anabolismomuscular. Nindl et al

40 (2001) observaram

uma menor concentração de testosterona emindivíduos que realizaram o treinamento deforça no período final da tarde. Tal fato foiacompanhado por uma maior concentraçãode cortisol, confirmando a secreção pulsátil evariável destes hormônios durante o dia.

O treinamento concomitante pode alteraro balanço hormonal de anabólico paracatabólico, reduzindo a hipertrofia musculare conseqüentemente os ganhos de força

30.

O cortisol é um hormônio catabólico, seusefeitos negativos para a massa muscular seriamuma combinação dos efeitos da degradação deproteínas e uma inibição da síntese protéica

11.

O treinamento de força modifica a relaçãotestosterona-cortisol em favor do anabolismo

44.

O treinamento de força aumentaria asconcentrações plasmáticas de testosteronadurante o treinamento concomitante.Entretanto, o treinamento de enduranceelevaria as concentrações de cortisol, inibindoa hipertrofia muscular.

Se considerarmos o fato de que o aumentoda degradação protéica pode deteriorar asproteínas contráteis musculares, a sínteseelevada do cortisol estaria acompanhada deaumento da atrofia muscular e diminuição daforça, prejudicando tanto o rendimentoesportivo e até uma simples hipertrofiamuscular estética. O aumento na concentraçãode cortisol, bem como o menor ganho de forçaapresentado em indivíduos que realizaram otreinamento concomitante, quandocomparado com o treinamento de forçaisolado, foi verificado por Bell et al

5 (1997).

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Efeitos do treinamento concomitante hipertrofia e endurance no músculo esquelético

Durante o exercício físico intenso e delonga duração, a concentração plasmática decortisol aumenta, diminuindo a produção detestosterona. Concluindo-se que quanto maiora duração do exercício, maior o risco dedegradação de proteínas. Isso pode ocorrernos exercícios de força, onde uma única sessãocom alto volume de treinamento pode elevara concentração de cortisol

40.

Uma sessão de treinamento concomitantepode antecipar a produção sérica do cortisol,segundo Kraemer et al

27 (1995), levando

assim à maior proporção deste hormônio emrelação à testosterona, causando prejuízostanto no treinamento de força como no deendurance. Esse aumento e antecipação daprodução de cortisol foi considerado comosendo uma resposta ao exercício de endurancecom intensidade progressiva. Essa respostaseria aguda podendo chegar a crônica emresposta ao treinamento concomitante.

Em um estudo realizado por Kraemer etal

25 (1999), foram observadas concentrações

menores dos principais hormônios anabólicosem indivíduos com idade média de 62 anos,comparados com indivíduos de 30 anos deidade, quando realizaram exercícios de força.

A testosterona é considerada o principalhormônio anabolizante nos homens e suaconcentração é menor nas mulheres.Entretanto, os valores de hormônio docrescimento (GH) encontrados nas mulheressão maiores do que em homens, assim comoos efeitos induzidos pelo exercício resistido.Dessa forma, é sugerido que o GH é o maispotente hormônio anabólico nas mulheres

11.

Hakkinen et al 21

(2001) observaramaumento significante na concentração de GHem mulheres com idade média de 64 anos.Esse grupo apresentou ganhos de forçaacompanhados de aumento considerável naárea transversa das fibras tipo I, IIa e IIb.

A hipertrofia observada nas mulheres estárelacionada às somatomedinas, que são potenteshormônios anabólicos e sua secreção éestimulada pela alta concentração de GH.Entretanto, este ambiente anabólico para asmulheres estaria condicionado às concentraçõespulsáteis diárias, bem como às variações do ciclomenstrual, sugerindo a necessidade de estudosmais detalhados

26, 39, 44.

Outro fator importante é o fato de que amaioria dos protocolos de treinamento são

idênticos para os homens e mulheres, nãorespeitando assim, as alterações hormonaisdas mulheres durante o ciclo menstrual

18.

Acreditamos que a elaboração de umprotocolo de treinamento adequado, querespeite as alterações hormonais durante ociclo menstrual, poderia minimizar aproteólise, bem como favorecer a hipertrofiamuscular nas mulheres.

Mecanismos de fadiga

Overtraining

O overtraining pode ser definido comoum fator fisiológico e/ou psicológico quecausaria estagnação, ou até mesmodecréscimo na performance de umadeterminada atividade

14.

Um volume maior de treinamento, comoé o caso do treinamento concomitante, poderesultar em overtraining comparado com asduas modalidades praticadas separadamente.É sugerido que este excesso de treinamentodiminui os ganhos de força muscular

30.

Em um estudo realizado durante 10semanas, Dudley e Fleck

14 (1987) observaram

os ganhos de força muscular no exercício deagachamento, comparando o treinamentoconcomitante ao treinamento de força. Foiobservado menor aumento no ganho de forçado grupo concomitante a partir da 4ª semanade treinamento e uma queda significante apartir da 7ª semana. Os autores atribuem aoovertraining esta queda na performance, vistoque o volume de treinamento do grupoconcomitante era maior do que naquele quetreinou força isoladamente.

No treinamento de força isolado,recomenda-se aumento de apenas 2,5 a 5%na progressão da carga prescrita. Aumentossuperiores a este percentual podem resultarem overtraining

17.

McCarthy et al 36

(2002) argumentaramque um possível mecanismo para ocorrênciade overtraining seria uma depleção crônicade glicogênio, tornando menor o ganho deforça com o treinamento concomitante.

A fadiga neuromuscular pode ser definidacomo qualquer redução na capacidade deexercer a força máxima voluntária, induzidapor qualquer tipo de exercício

29.

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R.N. Benda e t a l .

A fadiga acumulada, resultante docomponente de endurance no treinamentoconcomitante, comprometeria a habilidadedo músculo em exercer tensão adequadadurante o treinamento de força. Tal fadigaseria responsável pela alteração na propagaçãode um potencial de ação adequado ao longodo nervo motor e fibras musculares

8.

Aparentemente, o acúmulo de potássio eamônia, resultado da fadiga, alteraria osgradientes de concentração na bomba de sódioe potássio, causando prejuízos naexcitabilidade das fibras musculares

29.

A interferência nos ganhos de forçaobservada durante o treinamentoconcomitante realizado em dias alternadossugere que a fadiga residual atrapalharia arecuperação muscular, tornando-a incompletamesmo após 25 horas. Outra possível causadessa fadiga seria o acúmulo de metabólitos(fosfato inorgânico, lactato e amônia) e adepleção de ATP, creatina fosfato e glicogêniomuscular. É sugerido que a queda no pHmuscular é a principal causa de fadiga emexercícios de curta duração

30.

Depleção de Glicogênio e Cálcio

O glicogênio muscular é uma fonteenergética importante durante os exercíciosde endurance. Exercícios de enduranceprolongados depletam o glicogênio muscular,prejudicando dessa maneira a performance dotreinamento de força

30.

Outro fator importante relacionado àfadiga muscular é a depleção de cálcio doretículo sarcoplasmático. Este é uma estruturaque regula a concentração de cálcio livre dentroda célula muscular

16. Existe uma relação entre

a depleção de glicogênio e a depleção de cálciodo retículo sarcoplasmático

28.

O cálcio tem um papel importante naliberação do sítio ativo das pontes cruzadasactina-miosina durante a contração muscular.Os íons cálcio são transportados de volta aolíquido endoplasmático após a contraçãomuscular, entretanto, o exercício aeróbiocausaria depleção do conteúdo de cálcio doretículo sarcoplasmático. Dessa forma, nãohaveria cálcio suficiente para recrutar umnúmero maior de unidades motoras,prejudicando o treinamento de força e ahipertrofia muscular

29, 46.

Os efeitos crônicos do treinamento nãodemonstram prevenção, tampouco melhoriana depleção de cálcio do retículosarcoplasmático causada pela fadiga

32.

Sistema de calpaínas

Em ratos, a depleção de glicogêniopoderia resultar na incapacidade dereabsorção do cálcio pelo retículosarcoplasmático

28. Tal fato estaria

relacionado à incapacidade das bombas decálcio funcionarem corretamente, devido aoesgotamento das reservas locais de ATP

28.

Este cálcio não reabsorvido permanecerialivre na célula, ativando o sistema proteolíticode calpaínas. O sistema de calpaínas écomposto por três moléculas. Duas delas, a m-calpaína e a µ-calpaína, são proteases cálcio-dependentes. Uma terceira molécula, acalpastatina, é responsável por inibir o sistemaproteolítico. No músculo esquelético, a calpaínasitua-se principalmente nas linhas Z e I dossarcômeros. Estima-se que todas as linhas Z eI dos sarcômeros de uma fibra muscularestariam destruídas em menos de cinco minutosse toda a calpaína estivesse ativa

19.

A ação da calpaína nas linhas Z e I dossarcômeros se dá pelo fato desse sistemaproteolítico preferir as proteínas miofibrilaresassociadas nestas linhas como fonte de energia.Apesar deste sistema proteolítico não serdiretamente responsável pela degradação dasmiofibrilas actina e miosina, acredita-se queo processo de degradação protéica tenha comoinício, a ação da calpaína na desestruturaçãoda linha Z dos sarcômeros

45.

Modalidades de treinamento

As modalidades de treinamento de enduranceparecem interferir de maneiras diferentes notreinamento concomitante (Tabela 1).

Hipertrofia e Endurance

Os estudos que incorporaram a corridacomo modalidade de endurance notreinamento concomitante, demonstraramuma inibição no desenvolvimento da força emassa muscular

30.

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Efeitos do treinamento concomitante hipertrofia e endurance no músculo esquelético

Na revisão de literatura realizada porLeveritt et al

30 (1999), foram observados

aumentos similares na força e na hipertrofiano treinamento isolado de força e noconcomitante. Porém, nesse protocolo detreinamento, foi realizada apenas uma sessãoconcomitante por semana, sendo que nesteestudo houve aumento das fibras do tipo I eII no treinamento de força isolado, enquantoque o grupo do treinamento concomitanteapresentou aumento significativo apenas nasfibras tipo II.

Hunter et al 24

(1987) observaram ainfluência negativa do treinamento deendurance nos exercícios de supino,agachamento, impulsão vertical e no VO2máx, utilizando a corrida como modalidadede endurance. A única variável que resultouem aumento significativo com a corrida foi oVO2 máx. A inibição nos ganhos de forçamuscular foi observada por outrospesquisadores

12, 23, 27.

Em um estudo realizado com atletas deendurance, Paavolainen et al

41 (1999)

observaram uma melhora na performance emprovas de 5 km após adicionarem, aotreinamento de endurance, sessões detreinamentos de potência (força, sprint e

pliometria). Os autores acreditam que estamelhora se deve ao fato de que os treinos depotência resultam em adaptaçõesneuromusculares mais significativas do queas do treino de endurance isolado. Houvemelhor solicitação e recrutamento das fibrasmusculares, bem como aumento nos impulsosexcitatórios em relação aos inibitórios,promovendo assim aumento na performancedurante a corrida, sem que fosse apresentadaqualquer adaptação em relação à hipertrofia,limitando esse aumento às adaptações neurais.

Millet et al 37

(2002) observarameconomia do esforço da corrida quando foiadicionado, ao treinamento dos triatletasanalisados, um protocolo de treinamento deforça. VO2máx, força máxima e hopping power(saltos verticais sucessivos) melhoraram comesta última metodologia. Neste estudo, foipossível verificar que os atletas que incluíramo treinamento de força em sua rotinaconseguiam reduzir o gasto de energia, tinhammaior enrijecimento da massa muscular dosmembros inferiores, além de maximizar oprocesso de contração da musculaturadiretamente solicitada durante a corrida,melhorando assim a performance.

TTTTTabela 1abela 1abela 1abela 1abela 1 - Interferência no processo de hipertrofia

Autor Treinamento de Força Treinamento Aeróbio Resultados

Hunter et al. (24) 6 exercícios Corrida P3 x 7 - 10 RM 20 - 40 minutos4 x semana 75% FC máx

Sale et al. (42) Leg Press Cicloergômetro SP6 x 15 - 20 RM 5 x 3 minutos3 x semana 90 - 100% VO2 máx

McCarthy et al. (35) 8 exercícios Cicloergômetro SP4 x 5 - 7 RM 50 minutos3 x semana 70% FC máx

Kraemer et al. (27) 12 exercícios Corrida P2 - 3 x 10 RM 40 minutos2 x semana 80 - 85% VO2 máx

Dolezal & Potteiger (12) 14 exercícios Corrida PPIR 12 - 10 - 8 RM 25 - 40 minutos3 x semana 65 - 85% FC máx

McCarthy et al. (36) 8 exercícios Cicloergômetro SP1+3 x 5 - 7 RM 50 minutos3 x semana 70% FC máx

RM = repetições máximas; VO2 máx = consumo máximo de oxigênio; PIR = pirâmide;FC máx = frequência cardíaca máxima; P = prejuízo ; SP = sem prejuízo.

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Donelly et al 13

(1993) demonstraram queum programa de treinamento para perda depeso que utilizava o treinamento aeróbioaliado à restrição calórica severa reduziu maiso percentual de massa magra que a restriçãocalórica sozinha, comprovando o efeitonegativo da atividade aeróbia na manutençãoe até mesmo no ganho de massa muscular.

O treinamento concomitante podeprejudicar a hipertrofia muscular. Entretanto,a interação força-endurance parece nãoprejudicar, e sim melhorar, a performance deindivíduos em atividades aeróbias

31, 37, 41.

Balabinis et al 4 (2003) demonstraram que

um programa de treinamento concomitantepode resultar em aumentos no VO2 máx deatletas, quando comparado ao treinamentode endurance isolado (12,9 e 6,8%,respectivamente).

Hipertrofia e Endurance Contra-resistência

Não há interferência no desenvolvimentomuscular e na força quando o remo e ocicloergômetro são inseridos no treinamentoconcomitante, comparado com otreinamento de força isolado

30.

McCarthy et al 36

(2002) realizaram umestudo onde o programa de treinamento foirealizado três vezes por semana, tendo sempreum intervalo de um dia entre as sessões.Hipertrofia considerável nas fibras do tipo IIfoi observada tanto no treinamento de forçaquanto no concomitante, quando foi utilizadoo cicloergômetro como modalidade aeróbia.

Tal realidade pode ter como princípio parauma possível interação o fato de que asmodalidades de endurance contra-resistênciaprecisam vencer a resistência proporcionadapelos recursos utilizados, como é o caso dociclismo e o remo. A prática destasmodalidades poderia resultar em adaptaçãodas fibras IIa similar à do treinamento de força.Resultados similares foram obtidos em estudosanteriores

35, 42.

Conclusão

Todos os processos metabólicos,energéticos, neuromusculares explanados eabordados anteriormente demonstram quetreinar as duas modalidades na mesma sessãode treinamento resulta em estados de fadiga eovertraining principalmente pelo excesso devolume, depleção de fontes energéticasinerentes aos dois treinamentos, incapacidadede adaptação das fibras intermediarias.

Concluímos que tanto o treinamentoaeróbio quanto o treinamento de hipertrofiasão importantes para a melhoria na qualidadede vida, da estética corporal, na capacidadefuncional do organismo, entre outrosbenefícios.

Contudo, há a necessidade de se elaborarprogramas de treinamento onde as duasmodalidades sejam realizadas em dias ouperíodos diferentes, para que possamosotimizar os objetivos, sejam eles quais forem.

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