(efeito hipoglicemico de farinha de casca de maracuja _pass

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i FACULDADE ASSIS GURGACZ - FAG CRISTIANI ROCKENBACH EFEITO HIPOGLICÊMICO DE FARINHA DE CASCA DE MARACUJA (Passiflora edulis flavicarpa) EM RATOS. CASCAVEL 2007

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Page 1: (Efeito Hipoglicemico de Farinha de Casca de Maracuja _pass

i

FACULDADE ASSIS GURGACZ - FAG

CRISTIANI ROCKENBACH

EFEITO HIPOGLICÊMICO DE FARINHA DE CASCA DE MARACUJA (Passiflora edulis flavicarpa) EM RATOS.

CASCAVEL 2007

Page 2: (Efeito Hipoglicemico de Farinha de Casca de Maracuja _pass

ii

CRISTIANI ROCKENBACH

EFEITO HIPOGLICÊMICO DE FARINHA DE CASCA DE MARACUJA (Passiflora edulis flavicarpa) EM RATOS.

Trabalho apresentado ao Curso de Nutrição, da Faculdade Assis Gurgacz – FAG, como requisito de Conclusão da Graduação. Orientadora: Prof. Janesca Alban Roman

CASCAVEL 2007

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iii

CRISTIANI ROCKENBACH

EFEITO HIPOGLICÊMICO DE FARINHA DE CASCA DE MARACUJÁ (Passiflora edulis flavicarpa) EM RATOS INDUZIDOS A DIABETES.

Trabalho apresentado a Banca Avaliadora como requisito de Conclusão da Graduação

em Nutrição da Faculdade Assis Gurgacz- FAG.

_____________________________________________

Prof. Janesca Alban Roman

Orientadora - UTFPR

_____________________________________________

Prof. Thais C. Mariotto César

Membro - FAG

_____________________________________________

Prof. Fernanda Zanchet Saraiva

Membro – FAG

Page 4: (Efeito Hipoglicemico de Farinha de Casca de Maracuja _pass

iv

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais,

Mário e Loni pelo amor, incentivo e

paciência inesgotável.

Page 5: (Efeito Hipoglicemico de Farinha de Casca de Maracuja _pass

v

AGRADECIMENTOS

A Deus sempre presente, me dando forças para vencer esta jornada,

confortando nas horas difíceis, mostrando os melhores caminhos a serem

seguidos nos obstáculos que a vida me apresentou e principalmente pelo dom da

vida e a oportunidade deste momento,

Aos meus pais Mário e Loni pelo incentivo, o companheirismo, confiança que

com amor ajudou-me à vencer este desafio;

Aos meus irmãos Márcio e Marcos e minha cunhada Marlice, pelo apoio e

incentivo que me deram motivação em todos os momentos desta caminhada;

Ao meu “anjo da guarda”, amiga e orientadora Prof. Janesca Alban Roman,

pelo braço amigo de todas as etapas deste trabalho que não mediu esforços,

pelo tempo de dedicação, apoio, paciência e amizade, indispensáveis para a

realização deste e por ter acreditado desde o início na conclusão deste trabalho;

Aos professores colaboradores Prof. Fernanda Zanchet Saraiva e Prof. José

Ricardo Painter Torres pelo apoio e contribuição para o desenvolvimento e

conclusão deste trabalho.

Para todas as pessoas principalmente as Técnicas de Laboratório de Nutrição

Experimental da Faculdade Assis Gurgacz – FAG, “Rosenilda Paz da Silva” e

“Simone Cristina Kusano”, que dê uma forma ou outra contribuíram para o

desenvolvimento deste trabalho.

Para as verdadeiras amizades que consegui construir pela longa caminhada

do curso, meu afeto e gratidão.

Page 6: (Efeito Hipoglicemico de Farinha de Casca de Maracuja _pass

vi

EPÍGRAFE

“Quando um guerreiro erra, em vez de reclamar do alvo Deve procurar o erro em si mesmo e

melhorar sua pontaria para poder evoluir.... Somos o que repentinamente fazemos.

A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito”. (Aristóteles)

Page 7: (Efeito Hipoglicemico de Farinha de Casca de Maracuja _pass

vii

SUMÁRIO

ARTIGO ......................................................................................................................1

INTRODUÇÃO ............................................................................................................2

MATERIAIS E MÉTODOS ..........................................................................................3

RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................................8

CONCLUSÃO ...........................................................................................................15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................15

ANEXOS ...................................................................................................................17

Anexo I – Parecer de Aprovação do Comitê de Bioética da UNIPAR ...............18

APÊNDICE ...............................................................................................................19

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viii

ARTIGO

EFEITO HIPOGLICÊMICO DE FARINHA DE CASCA DE MARACUJA (Passiflora edulis flavicarpa) EM RATOS INDUZIDOS A DIABETES.

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1

EFEITO HIPOGLICÊMICO DE FARINHA DE CASCA DE MARACUJÁ (Passiflora edulis flavicarpa) EM RATOS INDUZIDOS A DIABETES.

ROCKENBACH, Cristiani 1 ROMAN, Janesca Alban 2

RESUMO

A diabete pode ser uma doença crônica degenerativa leva muitos indivíduos

portadores a buscarem caminhos alternativos para seu controle. O objetivo deste trabalho consentiu em obter farinha utilizando a casca do maracujá, verificar as alterações fisiológicas e morfológicas em teste com animais, além de seu efeito hipoglicêmico. O ensaio biológico foi realizado com 40 ratos adultos Wistar, machos com 60 dias. Após 24 horas de jejum, foi induzido a diabetes com estreptozootocina na quantidade de 50 mg/kg de peso corporal. Foram considerados diabéticos os ratos que após o 8º dia da indução com o teste de determinação da glicemia em jejum obtiveram níveis iguais ou acima de 120mg/dl (CALDERON, 1988). Os animais foram divididos em três grupos: grupo controle, sem indução de diabetes (GCR), grupo diabético (GDR) e grupo diabético que recebeu além da ração, 25% de farinha de casca de maracujá (GDRM). Diferenças quanto ao ganho de peso, consumo de ração e água foram perceptíveis entre os grupos. O peso médio dos animais variou de 208,0g a 361,5g. No início do experimento o peso foi estatisticamente igual entre os grupos analisados e não variou estatisticamente para os animais induzidos a diabetes (GDR e GDRM) até o 28° dia de experimento. Os ratos do grupo (GDRM) tiveram um consumo de ração de aproximadamente 40g/rato/dia, superior aos demais tratamentos, enquanto que o consumo de água foi 30% menor que o grupo diabético tratado apenas com ração (GDR), indicando diferenças entre os tratamentos. Nos animais que receberam a dieta contendo 25% de farinha de casca de maracujá (GDRM), houve uma redução da glicemia ou seja, a glicemia média de 221,2 mg/dl, reduziu para 90mg/dl, indicando redução de 145% dos valores iniciais. Com este experimento, verificou-se a ação eficaz de substâncias presentes na casca do maracujá, para o tratamento/controle da diabete em animais de laboratório, pois esta apresentou acentuado efeito hipoglicêmico.

PALAVRAS-CHAVE: Diabetes, casca de maracujá, ratos, efeito hipoglicêmico.

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2

1. INTRODUÇÃO

A importância econômica do maracujá está na produção do suco

concentrado. Esta atividade vem crescendo muito aliada ao número de resíduos,

provenientes da casca (cerca de 50% do fruto) (HOLANDA, 1991; REITER, HEIDEN,

1998; OLIVEIRA et al, 2002).

A casca de maracujá, normalmente desperdiçada, pode e deve ser

aproveitada na industrialização de novos alimentos, pois sua maior utilização fez

surgir novas fontes de riqueza econômica e tornou-se praticável a existência no

mercado de subprodutos mais variados com um menor preço já que estas cascas

são totalmente desperdiçadas ou utilizadas para fabricação de ração animal ou

adubo (RAMOS, 2004).

As cascas do maracujá contêm vários nutrientes dentre eles, carboidratos,

proteínas, vitaminas e minerais que geralmente não são aproveitados além de conter

fibra solúvel (pectina) que tem um forte poder laxativo se consumida em grandes

quantidades, por isso pode ser indicado para crianças, adultos e idosos, pois

aumenta a motilidade intestinal (GONZALES, 1996; MARTINS, 2003; GOMES, 2006;

SZEGOT, 2006).

A ingestão de fibras auxilia indivíduos diabéticos com excesso de peso, pois

podem alterar o trânsito e a morfologia intestinal, reduzindo a absorção da glicose, e

em conseqüência, melhorando o quadro da diabetes (AREAS, REYES, 1996;

MAHAN, 2002; DERIVI et al, 2002).

A diabetes pode ser uma doença crônica, sem cura, leva muitos indivíduos

portadores a buscarem caminhos alternativos para seu controle, por isto vê se a

importância de realizar testes laboratoriais, para que quando comprovados os efeitos

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3

benéficos, possam de alguma forma ser uma opção de baixo custo com uma certa

segurança em seu consumo (BOUTS, PORTELLA, SOARES, 1998; FIETZ,

SALGADO, 1999; WAITZBERG, 2000; RAMOS, 2004; PIMENTEL, FRANCKI,

GOLLUCKE, 2005).

O objetivo deste trabalho consentiu em obter farinha utilizando a casca do

maracujá, verificar as alterações fisiológicas e morfológicas em teste com animais,

além de seu efeito hipoglicêmico.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 Elaboração da farinha de casca de maracujá

Foram utilizados maracujás da família Passifloraceae, gênero Passiflora e

espécie Passiflora edulis flavicarpa, adquiridos no mercado local. O procedimento

para o desenvolvimento da farinha de casca de maracujá foi de forma artesanal

(Gráfico 1). Inicialmente as frutas permaneceram 30 minutos imersos em solução de

2,5% de hipoclorito de sódio, em seguida efetuou-se a lavagem com água potável.

As cascas foram picadas em pequenos pedaços e colocadas em uma fôrma,

onde foram expostas ao sol durante 2 dias, com a finalidade de retirar quantidade

considerável de umidade. Em seguida, as cascas foram aquecidas em forno à

temperatura de 200ºC, durante 15 minutos e resfriadas à temperatura ambiente e

trituradas em pequenas porções, em aparelho de liquidificador (marca mondial super

power), durante 30 minutos, obtendo-se a farinha a partir do aproveitamento da

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4

casca do maracujá que foi caracterizada quanto ao teor de umidade, resíduo

mineral, proteínas, lipídeos, carboidratos e fibras.

GRÁFICO 1: Fluxograma de elaboração da farinha de casca de maracujá.

Higienização com hipoclorito

Retirada polpa Reservar casca

Divisão do maracujá ao meio

Cortar casca em pedaços pequenos

Secagem natural durante 2 dias

Secagem em forno 200ºC/15 min

Homogeneização constante

Resfriamento

Trituração das cascas

Maracujá

FARINHA DE CASCA DE MARACUJÁ

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5

2.2 Composição centesimal

A caracterização físico-química da farinha de casca de maracujá foi realizada

no Laboratório de Bromatologia da Faculdade Assis Gurgacz –FAG, Cascavel -PR.

As análises de umidade, sólidos totais, resíduo mineral, lipídeos, proteína e fibras

foram determinadas de acordo com a metodologia descrita nas análises do Instituto

Adolfo Lutz (1995) (ROMAN,SGARBIERI,2002).

•••• Umidade e sólidos totais: Fundamenta-se na evaporação da água presente no

alimento e pesagem do resíduo sólido até que adquira peso constante.

•••• Resíduo mineral (cinzas): baseia-se na determinação de resíduo inorgânico que

sobra depois de calcinar a matéria orgânica de uma amostra.

•••• Lipídios totais: baseia-se na extração dos lipídeos, empregando-se éter etílico.

•••• Nitrogênio total (proteína): a proteína bruta foi obtida multiplicando-se o

nitrogênio pelo fator x 5,75.

•••• Carboidratos: Foram determinadas por diferença, subtraída de 100% as somas

dos valores obtidos para as determinações anteriores.

•••• Fibras: Foram determinadas utilizando amostras desengorduradas da farinha,

em seguida utilizando-se um aparelho extrator de fibras.

Por efeito de comparação, entre as duas amostras quanto ao teor de nutrientes,

foram observadas as informações descritas na embalagem de uma farinha de trigo

especial, escolhida de forma aleatória, sem verificar fabricante ou marca.

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6

2.3 Ensaio biológico

O ensaio biológico foi realizado no Laboratório de Nutrição Experimental da

Faculdade Assis Gurgacz (FAG), Cascavel – PR, após ter sido aprovado pelo

Comitê de Bioética da Universidade Paranaense (UNIPAR) da cidade de Umuarama

– PR, cujo número de protocolo é 11617/2007, emitiu parecer favorável (ANEXO A).

Os animais de experimentação foram alojados em lugar com boas condições

ambientais, com disponibilidade adequada de temperatura, luminosidade, condições

higiênicas, dieta e água, evitando-se a superpopulação nas gaiolas. Os

procedimentos adotados foram estabelecidos de acordo com o decreto n º. 24.645

de 10 de julho de 1934 que asseguram os direitos dos animais, estabelecendo

medidas de proteção aos mesmos, e conforme a lei n º. 6.638 de 8 de maio de 1979,

que normatiza as práticas didático científicas da vivisseção de animais (BRASIL,

1934; BRASIL, 1979).

Foram utilizados para o experimento 40 ratos machos adultos com 60 dias da

linhagem Wistar, provenientes do biotério da Faculdade Assis Gurgacz - FAG. As

condições ambientais do biotério foram controladas a fim de manter a temperatura

em 22 ± 2ºC, e períodos alternados de claro e escuro de 12 horas. O experimento

teve a duração de 28 dias. A dieta foi calculada baseando-se no consumo de 30g

por animal por dia. O controle de ingesta da ração e água foi realizado diariamente.

Indução da diabetes experimental: O diabetes experimental foi induzido pela

administração de solução de estreptozootocina injetado por via intraperitonial na

dose única de 50 mg/kg de peso corporal, após um período de 24 horas de jejum em

30 ratos, dos 40 disponíveis, pois 10 ratos foram separados para realizar o grupo

controle.

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7

Foram considerados diabéticos, os ratos que apresentaram níveis de glicemia

em jejum igual ou superior a 120 mg/dl (CALDERON, 1988), e o restante cerca de

10 ratos que não atingiram os níveis ou não suportaram a dosagem e morreram

foram desprezados (GONZALEZ, 2000; FERNANDEZ, 2002; LERCO, 2003; SILVA,

2006).

Os ratos foram divididos em três grupos, sendo um grupo controle tratados

com ração (GCR), um grupo com ratos diabéticos e tratados com ração (GDR) e um

grupo de ratos diabéticos tratados com ração e com acréscimo de 25% de farinha de

casca de maracujá (GDRM).

Anterior ao processo de indução da diabetes experimental os animais foram

pesados. O controle de peso foi realizado durante todo o experimento 7, 14, 21 e 28

dias (APENDICE B). Os animais foram separados em três grupos e mantidos em 6

gaiolas coletivas cada qual com 5 animais. O peso médio dos animais em cada

grupo foi de 250g. O grupo mantido em dieta experimental foi selecionado conforme

gravidade da diabetes até completar o grupo com total de 10 animais.

Determinação do teor de glicose: A glicose sanguínea dos animais foi

determinada utilizando fitas glicotestes (tiras reagentes Glucotide), e a leitura da

hexoquinase foi avaliada no aparelho Glicometer. Este procedimento foi realizado de

acordo com o procedimento padrão pré-estabelecido no laboratório experimental. A

dosagem foi verificada no tempo 0, 5, 14 e 28 dias, com os animais deixados em

jejum por um período de 24 horas.

Eutanásia: Ao final dos 28 dias de experimento os animais foram submetidos à

eutanásia sob anestesia inalatória em campânula com alotan.

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8

2.4 Análise estatística

A análise estatística foi determinada pelo teste de variância (ANOVA) e a

diferença entre as médias pelo teste de Tukey 5% de probabilidade, utilizando-se o

programa “Statística: Basic Statistics and Tables” (STATSOFT INC., 1995).

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 Composição centesimal

Os dados da Tabela 1 mostram os resultados obtidos das análises físico

química da farinha elaborada a partir da casca de maracujá, realizada em

laboratório; em comparação com a obtida na embalagem de farinha de trigo

especial.

TABELA 1: Composição centesimal da farinha de casca de maracujá em comparação a farinha de trigo. Análises

Farinha de casca de

maracujá Farinha de trigo

especial Desvio Padrão

Carboidrato 64,7% 76% 0,0799*

Proteína 0,8% 10%

0,0650*

Lipídeos 0,9% 1,0%

0,0000

Fibras 16,3% 2%

0,1011*

Cinzas + Umidade 17,3% 11%

0,0445 *Nível de significância (p < 0,05) ANVISA, (2005).

Os teores de lipídeos, cinzas e umidade das amostras de farinha de casca de

maracujá e farinha de trigo não diferiram estatisticamente, ao nível de 5% de

significância. Os teores de carboidratos e proteínas foram significativamente

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9

superiores na farinha de trigo, no entanto o teor de fibras foi 8 vezes menor que o

determinado na farinha de casca de maracujá.

De acordo com Areas, Reyes (1996), Mahan (2002); Derivi et al (2002), a

ingestão de fibras auxilia indivíduos diabéticos com excesso de peso, pois podem

alterar o trânsito e a morfologia intestinal, reduzindo a absorção da glicose, e em

conseqüência, melhorando o quadro da diabete .

A farinha de casca de maracujá é um ingrediente de excelente qualidade

nutricional, devido seu elevado teor de fibras sendo obtida do aproveitamento da

casca, após extração da polpa de maracujá, portanto matéria-prima de baixo custo

em que poderá agregar valor em produtos de panificação modificando o valor

nutricional de produtos alimentícios, podendo ser destinados à alimentação para fins

especiais.

3.2 Ensaio biológico

A maioria dos estudos de longo prazo sobre os efeitos das diversas formas de

tratamento da diabetes é realizada em cobaias. Este tipo de pesquisa tem vantagens

sobre os protocolos aplicados em humanos, pela possibilidade de se estudar

amostras iguais, ou realizar estudos controlados, sem o risco de ocorrer problemas

éticos. Dificilmente seria possível acompanhar uma doença tão grave, como a

diabetes, em seres humanos, sem fornecer alguma forma de tratamento da doença.

Porém isto é possível em animais; com o benefício de possibilitar um período de

observação sobre as conseqüências fisiológicas da doença, jamais alcançada em

humanos (FERNANDEZ, 2002; LERCO, 2003; SPADELLA, 2005; SILVA, 2006).

Page 18: (Efeito Hipoglicemico de Farinha de Casca de Maracuja _pass

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A ingestão da ração diária foi obtida por meio do cálculo da diferença de

quantidade de ração oferecida aos animais e a ração remanescente, seguindo-se o

mesmo procedimento para o cálculo da quantidade de água consumida. Os dados

estão mostrados no gráfico 2.

GRÁFICO 2: Consumo médio diário de água e ração por animal durante o ensaio experimental no

grupo controle (GCR), grupo diabético tratado com ração (GDR) e grupo diabético tratado com

ração adicionada de 25% de farinha de casca de maracujá (GDRM).

24,1

52,17

31,4

109,07

43,07

74,03

Ração(g) Água(mL)

Consumo médio diário/animal

GCRGDRGDRM

Esta ingestão foi diferenciada nos 3 grupos, se comparados com o grupo

controle (GCR) os grupos (GDR) e (GDRM) consumiram quantidades mais elevadas

de ração, sendo estas compostas com 25% de farinha de casca de maracujá.

Em relação à quantidade de água consumida pelos animais durante os 28

dias de experimento, observou-se que o grupo diabético não tratado com farinha de

casca de maracujá (GDR), apresentou o maior consumo de água sendo este 30%

Page 19: (Efeito Hipoglicemico de Farinha de Casca de Maracuja _pass

11

superior ao grupo diabético contendo na dieta farinha de casca de maracujá

(GDRM). Isto significa que a dieta tratada para o grupo (GDRM) foi eficaz para o

controle do consumo de água em ratos diabéticos. O consumo de água aumentado

é devido ao sintoma de polidipsia natural de pacientes com diabetes. Como os ratos

não estavam sendo tratados, logo apresentavam-se com os sintomas

característicos: polidipsia e polifagia (muita fome), por isso beberam mais água e

comeram mais ração.

A estreptozootocina administrada por via intraperitoneal nos ratos produz

diabetes, caracterizada por alterações clínicas e laboratoriais graves. Essas

alterações podem ser melhoradas com os tratamentos convencionais utilizando

insulina, porém, os níveis glicêmicos podem ser melhorados com o uso da farinha de

casca como demonstrado no Gráfico 1, possivelmente reduzindo os efeitos da

doença.

O peso dos animais foi monitorado 5 vezes durante o experimento (0, 7, 14,

21 e 28º dia) a fim de verificar se os ratos induzidos a diabetes apresentassem perda

de peso em relação ao grupo controle ou alteração de peso durante o experimento.

Esses dados estão apresentados no gráfico 3.

O peso médio dos animais variou de 208,0g a 361,5g. No início do

experimento o peso foi estatisticamente igual entre os grupos analisados e não

variou estatisticamente para os animais induzidos a diabetes (GDR e GDRM) até o

28° dia de experimento (linha). Já para os ratos do grupo controle (GCR), o ganho

de peso foi significativo no sétimo e vigésimo oitavo dia de avaliação, diferindo

significativamente dos demais tratamentos no final do experimento.

As dietas administradas ao grupo com diabete elevada (GDRM),

apresentaram elevado teor de fibras, assim as variações encontradas do peso dos

Page 20: (Efeito Hipoglicemico de Farinha de Casca de Maracuja _pass

12

animais devem ser atribuídas a esta alteração, conforme citado por Fernandez et al

(2002).

GRÁFICO 3: Controle de peso dos animais durante os 28 dias de experimento. Grupo controle

(GCR), grupo diabético tratado com ração (GDR) e grupo diabético tratado com ração adicionada

de 25% de farinha de casca de maracujá (GDRM). Letras minúsculas (coluna) ou maiúsculas

(linha) iguais indicam que não houve diferença significativa em nível de 5% de confiança entre as

amostras pelo teste de Tukey.

AaABaABaBa

Ca

Aa

AbAb Ab Aab

AbAbAb

Ac

0

100

200

300

400

0 7 14 21 28

Tempo (dias)

Pes

o (g

)

GCR GDR GDRM

Aa

Os dados desse trabalho estão de acordo com os descritos por Lerco (2003),

que efetuou estudos com ratos diabéticos, descreveu sintomas como: queda do

estado geral; ganho significativamente menor em peso em relação ao rato normal,

com declínio progressivo da curva ponderal próximo ao óbito.

É importante salientar que o grupos ficaram ao final do experimento com 10

ratos no grupo GCR, 9 ratos no grupo GDR e 8 ratos no grupo GDRM, pois a cada

Page 21: (Efeito Hipoglicemico de Farinha de Casca de Maracuja _pass

13

intervalo de dias em que os ratos eram submetidos ao jejum de 24 horas, para

medição da glicose sanguínea, havia uma queda no estado geral dos ratos dos

grupos diabéticos levando à morte de 1 rato do grupo GDR (diabetes menos grave)

e 2 ratos do grupo GDRM (diabetes grave).

A glicemia dos grupos foi acompanhada durante o experimento para verificar

possíveis alterações no grupo diabético tratado com ração adicionada de 25% de

farinha de casca de maracujá (GDRM). Os resultados da glicemia dos animais

durante o experimento estão mostrados no Gráfico 4.

GRÁFICO 4: Controle da glicose nos ratos durante 28 dias de experimento. Grupo controle (GCR),

grupo diabético tratado com ração (GDR) e grupo diabético tratado com ração adicionada de 25% de

farinha de casca de maracujá (GDRM). Letras maiúsculas (coluna) ou minúsculas (linha) iguais

indicam que não houve diferença significativa em nível de 5% de confiança entre as amostras pelo

teste de Tukey.

BaBbBa

AaAaBa

Bb

Ba

Aa

0

50

100

150

200

250

0 14 28

Tempo (dias)

Glic

ose

(mL/

Kg)

GCRGDRGDRM

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A glicemia nos animais não induzidos a diabetes (GCR) e do grupo diabético

tratado apenas com ração (GDR) não apresentou diferenças estatísticas na glicose

durante o tratamento (linha) como era esperado. Nesses grupos esta variou de 85 a

121 mL/kg.

Após verificar a glicemia inicial, os ratos considerados com diabetes mais

elevada foram agrupados no grupo que receberia tratamento com ração adicionada

de 25% de farinha de casca de maracujá (GDRM), por essa ração esse grupo

apresentou diferenças significativas na glicose, no tempo “zero”. Nesse grupo, o

nível de glicose sanguínea (GDRM), reduziu consideravelmente no 14º dia,

passando de 221 para 90 mL/kg; ou seja, ocorreu uma redução de 145% na glicose.

Portanto, os ratos do grupo com diabetes mais severa após intervenção de 14

dias com dieta, contento 25% de farinha de casca de maracujá, reduziu a diabetes

para níveis considerados normais, mantendo essa propriedade até o final do

experimento. Esses resultados mostram que uma dieta contendo 25% de farinha de

casca de maracujá, apresenta possível ação efetiva na redução da glicemia em ratos

diabéticos.

Estudos realizados por Derivi et al, (2002), avaliou o efeito hipoglicêmico com

ratos Wistar machos adultos, normais e diabéticos, que receberam rações à base de

caseína, berinjela com casca e sem casca, e de casca de berinjela por um período

de 42 dias. Os resultados mostraram que as rações à base de farinha de berinjela

com casca e de casca de berinjela mesmo que em presença de baixos teores de

pectina solúvel, apresentaram redução nos níveis de glicose.

Estudos descritos por Lerco (2003), relacionados com ratos diabéticos,

descreveu que os sintomas como apatia, odor forte da urina, anorexia, além de

comprometimento acentuado e progressivo do estado geral, polidipsia, polifagia e

Page 23: (Efeito Hipoglicemico de Farinha de Casca de Maracuja _pass

15

altos volumes de débito urinário apresentados em ratos, foram muito semelhantes

aos resultados obtidos em humanos, evidenciando a importância dos resultados

obtidos nesse trabalho em relação à redução da glicemia no grupo diabético tratado

com farinha de casca de maracujá.

Estudos com diferentes concentrações de farinha de casca de maracujá e

ministradas por um período maior de tempo em ratos diabéticos são sugeridos a

partir dos dados obtidos no presente trabalho.

É importante discutir que, apesar de não haver reduzido a glicemia (indicador

usado para controle do diabetes) na forma em que foi medida, o grupo GDRM

comeu menor quantidade de ração e ingeriu menos água comparado ao grupo GDR,

como essas respostas fisiológicas são conseqüência da hiperglicemia, pode-se

concluir que apesar de não haver diferença estatística entre o valor da glicemia

isolada medida, pode-se concluir que o grupo GDRM teve melhor controle glicêmico

em função de ter ingerido menos ração e menos água, mostrando possivelmente

que ele teve melhor controle glicêmico ao longo do experimento.

4. CONCLUSÃO

Com este experimento, verificou-se a ação eficaz de substâncias presentes

na casca do maracujá, para o tratamento/controle da diabete em animais de

laboratório, pois esta apresentou acentuado efeito hipoglicêmico.

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16

5. AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem aos colaboradores que auxiliaram na execução deste

projeto e em especial à Faculdade Assis Gurgacz - FAG, pela infra-estrutura

disponível para a realização dos testes laboratoriais.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANVISA. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Ministério da Saúde, Gerência Geral de alimentos. Rotulagem Nutricional Obrigatória – Manual de Orientação as Indústrias de Alimentos. 2ª versão. Brasília 2005.

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ANEXO I

PARECER DE APROVAÇÃO DO COMITÊ DE BIOÉTICA DA UNIPAR

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APÊNDICE

TABELA DE DADOS EXPERIMENTAIS

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Apêndice B: Tabela dados experimentais – Controle de peso e glicose dos animais

Grupo controle (GCR)

Rato Peso

Inicial Glicose Inicial

Peso 7 dias

Peso 14 dias

Glicose 14 dias

Peso 21 dias

Peso 28

dias Glicose 28 dias

1 266 90 333 342 84 345 355 85 2 287 85 349 360 84 350 360 90 3 280 90 350 360 89 362 360 74 4 269 91 309 328 80 325 330 74 5 256 86 303 316 90 315 355 77 6 283 85 317 327 85 335 365 86 7 262 80 325 354 80 360 370 94 8 250 83 344 317 90 335 350 92 9 270 90 362 360 85 365 380 88

10 270 84 343 356 88 350 390 95 Média 269 86 333 341 85 344 361 85

Grupo diabético tratado com ração (GDR)

Rato Peso

Inicial Glicose Inicial

Peso 7 dias

Peso 14 dias

Glicose 14 dias

Peso 21 dias

Peso 28

dias Glicose 28 dias

1 240 112 243 310 99 250 305 114 2 * * * * * * * * 3 251 117 290 260 99 260 250 102 4 215 123 296 183 120 180 185 121 5 256 119 350 341 110 480 500 117 6 228 120 259 274 98 250 255 113 7 330 132 313 302 115 300 275 104 8 285 130 325 326 100 335 333 111 9 170 121 204 262 112 260 255 169 10 223 116 260 210 99 205 180 130

Média 244 121 282 274 105 280 282 120 Grupo diabético tratado com ração e 25% de farinha de casca de maracujá

(GDRM)

Rato Peso

Inicial Glicose Inicial

Peso 7 dias

Peso 14 dias

Glicose 14 dias

Peso 21 dias

Peso 28

dias Glicose 28 dias

1 * * * * * * * * 2 194 193 216 215 115 245 245 107 3 337 324 182 251 58 265 260 87 4 * * * * * * * * 5 269 140 252 221 66 225 235 88 6 230 143 183 170 94 205 215 103 7 238 142 150 239 67 240 240 103 8 211 360 268 286 99 300 280 112 9 217 312 196 292 108 355 355 87 10 218 156 220,6 200,6 89 210 170 63

Média 239 221 208 234 87 255 250 93 * Animais que morreram durante o experimento.