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EFEITO DO NÚMERO DE CÉLULAS NA BANDEJA DE ISOPOR NA PRODUÇÃO DE RÚCULA ........ 297 EFEITO DO NÚMERO DE CÉLULAS NA BANDEJA DE ISOPOR NA PRODUÇÃO DE SALSA ............ 301 EFEITO DO TRATAMENTO TÉRMICO NA BROTAÇÃO DAS GEMAS DE CANA-DE-AÇÚCAR (SACCHARUM SPP). ......................................................................................................................................... 305 LIXIVIAÇÃO DE N, P, K, CA, MG E S COM A UTILIZAÇÃO DE POLÍMERO HIDROABSORVENTE EM SOLO CULTIVADO COM CANA-DE-AÇÚCAR ........................................................................................... 313 NÍVEIS DE POLÍMERO SUPERABSORVENTE NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE CAFÉ........................ 319 PRODUÇÃO DE FLAVONÓIDES EM CALÊNDULA (CALENDULA OFFICINALIS L.) SOB COM DIFERENTES LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO .................................................................................................... 322

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Page 1: EFEITO DO NÚMERO DE CÉLULAS NA BANDEJA DE ISOPOR NA ... · Quanto maior o volume disponível da célula, melhor foi a qualidade da plântula produzida, refletida nas características

EFEITO DO NÚMERO DE CÉLULAS NA BANDEJA DE ISOPOR NA PRODUÇÃO DE RÚCULA ........ 297

EFEITO DO NÚMERO DE CÉLULAS NA BANDEJA DE ISOPOR NA PRODUÇÃO DE SALSA ............ 301

EFEITO DO TRATAMENTO TÉRMICO NA BROTAÇÃO DAS GEMAS DE CANA-DE-AÇÚCAR

(SACCHARUM SPP). ......................................................................................................................................... 305

LIXIVIAÇÃO DE N, P, K, CA, MG E S COM A UTILIZAÇÃO DE POLÍMERO HIDROABSORVENTE EM

SOLO CULTIVADO COM CANA-DE-AÇÚCAR ........................................................................................... 313

NÍVEIS DE POLÍMERO SUPERABSORVENTE NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE CAFÉ........................ 319

PRODUÇÃO DE FLAVONÓIDES EM CALÊNDULA (CALENDULA OFFICINALIS L.) SOB COM

DIFERENTES LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO .................................................................................................... 322

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EFEITO DO NÚMERO DE CÉLULAS NA BANDEJA DE ISOPOR NA PRODUÇÃO DE RÚCULA

Ricardo Bezerra de Oliveira1; Luiz Felipe Ewerling1; Pedro Veridiano Baldotto2;

Patricia Angélica Alves Marques3*

¹Aluno do curso de graduação de Agronomia/UNOESTE, Presidente Prudente/SP. E-mail: [email protected]; 2Prof. do Curso de Agronomia/UNOESTE. E-mail: [email protected]; 3Profa. Dra. Graduação e Pós-graduação da Agronomia/UNOESTE; E-mail: [email protected]. *orientadora.

Palavras-Chave: Rúcula, bandeja, tamanho de células.

INTRODUÇÃO

A rúcula (Eruca sativa) pertence à família das Brassicácea, originária do Mediterrâneo

e da Ásia Ocidental, suas folhas são muito apreciadas, na forma de saladas. No Brasil seu

consumo é devido à influência dos imigrantes italianos. Possui propriedade estimulante do

apetite, é nutricionalmente rica em proteínas, vitaminas A e C, e sais minerais, principalmente

cálcio e ferro, além de conter ômega 3 e ser pobre em calorias (FILGUEIRA, 1982).

A produção de mudas de hortaliças constitui-se numa das etapas mais importantes do

sistema produtivo (MINAMI, 1995; SILVA JÚNIOR et al., 1995). Comparando o método

tradicional da semeadura em canteiro com a semeadura em bandejas, há algumas vantagens

na utilização das bandejas como, por exemplo: são reutilizáveis, a área utilizada da sementeira

é menor, reduz o custo da mão-de-obra para semeadura, utiliza menor quantidade de

sementes, custo menor de sementes, produz mudas mais fortes e sadias, o pegamento das

mudas ao serem transplantadas é maior (as plantas apresentam maior quantidade de raízes no

torrão de substrato), a muda não sente o transplante (devido as raízes não serem arrebentadas

e logo começaram a absorver água e nutrientes), adianta o desenvolvimento das plantas na

lavoura , pode-se até certo ponto controlar o crescimento das mudas (reduzindo-se a água da

irrigação caso não seja possível preparar a terra e possuindo mudas prontas para o

transplante), pode-se fazer um tratamento fitossanitário adequado da planta e da terra além de

realizar uma adubação equilibrada e evitar o enovelamento das raízes da muda, pois há a

emissão de inúmeras raízes secundárias (BORNE, 1999).

No mercado há diversos modelos de bandejas com diferentes números de células

individuais; profundidades e volumes diversos; também com formatos variáveis, podendo ser

redondas, piramidais ou cilíndricas (MODOLO & TESSARIOLI NETO, 1999). Dessa

297

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maneira o objetivo deste trabalho foi avaliar a diferença das plantas adultas a campo

transplantadas de mudas de bandejas de diferentes tamanhos.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi realizado no viveiro da horta da UNOESTE.. As características das

bandejas estão descritas na Tabela 1. Utilizou-se o substrato bioplant. Para a condução à

campo realizou-se adubação dos canteiros com 3 kg m-2 de esterco de galinha e 200 g m-2 de

adubo 4-14-8. Realizou-se a adubação de cobertura com 15 g m-2 de uréia em duas

aplicações. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado sendo 3 tratamentos

(T1 - 288, T2 - 200 e T3 - 128 células.e 7 repetições, com três plantas por repetição.

Tabela 1. Caracterização das bandejas utilizadas.

Trat Número de células

Volume das células (cm3)

Substrato por célula (g)

Capacidade de retenção de água por célula (mL)

T1 288 9,93 4,67 2,81 T2 200 16,23 7,23 4,30 T3 128 36,28 12,73 6,64

A semeadura foi realizada no dia 18/04/08. As bandejas permaneceram em viveiro de

mudas até o dia 02/05/2008, sendo neste período realizada a irrigação diária. Aos 14 DAS

realizou-se o transplante para o canteiro definitivo com o espaçamento de 0,10 cm entre

plantas e 0,20 cm entre linhas. No dia 06/06/2008 (35 dias após o transplante DAT) foi

realizada a avaliação do desenvolvimento da produção à campo, de cada parcela experimental

para a estimativa dos seguintes parâmetros: peso fresco da parte aérea e da parte radicular (g);

comprimento da parte aérea e de raiz (cm) e a peso seco da parte aérea e da raiz (g) da planta.

As plantas foram levadas ao laboratório e lavadas em água corrente para a retirada do

substrato aderente. O comprimento foi obtido com o auxílio de uma régua graduada em

milímetros. Em seguida as plantas foram pesadas em balança digital para obtenção do peso

fresco e posteriormente, as plantas foram colocadas em sacos de papel etiquetados e

submetidas à secagem em estufa com circulação de ar, à 65oC. Quando o peso constante foi

atingido efetuou-se a pesagem, em balança eletrônica digital. Para análise dos dados utilizou-

se o programa computacional Sisvar. As médias foram comparadas pelo Scott-Knott ao nível

de 5% de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nos parâmetros avaliados na planta adulta (Figura 1) as plantas transplantadas das

298

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bandejas T3 (128 células com 36,28 cm3), foram as que estatisticamente proporcionaram as

melhores plantas. Estes resultados concordam com Oliveira et al. (1993), que observaram que

o melhor desenvolvimento em mudas de maracujazeiro ocorreu quando foram utilizadas

bandejas com menor número de células, independente do substrato utilizado. O que se deve

provavelmente ao maior volume de substrato que está envolvendo o sistema radicular,

propiciando condições mais satisfatórias para o desenvolvimento das mudas, como comentado

por Menezes Júnior et al. (2000).

020406080

100120140

0 10

Volume

Pes

o fre

sco

méd

io d

a pa

rte a

érea

(g)

14

da

)

0

10

20

30

40

50

0 10

Volume

Com

prim

ento

da

parte

áe

rea

(cm

)

0

24

6

810

12

0 10

Volume

Pes

o se

co m

édio

da

parte

aér

ea (g

)

Figura 1. Peso fresco d

(C) e radicular (D) da

da rúcula na época da c

Quanto maior

produzida, refletida na

raiz, massa fresca e s

A

y = 2,2824x + 33,588R2 = 0,9106**

20 30

de substrato (cm3)

4002468

1012

0 10

Volume

Pes

o fre

sco

méd

io

parte

radi

cula

r (g

y = 0,522x + 23,815R2 = 0,9997**

20 30

de substrato (cm3)

400

5

10

15

20

25

0 5 10 15

Volume de

Co

mp

rim

en

to d

a r

aiz

(cm

)

y = 0,1596x + 3,8594R2 = 0,9306**

20 30

de substrato (cm3)

400

1

23

4

5

6

0 10

Volume d

Pes

o se

co m

édio

da

parte

radi

cula

r (g)

a parte aérea (A) e da parte radicular (B); com

rúcula; peso seco da parte aérea (E) e peso sec

olheita (35 DAT).

o volume disponível da célula, melhor foi a

s características superiores de altura da parte

eca da parte aérea e da raiz, observadas na b

299

B

y = 0,2213x + 4,6191R2 = 0,9533**

20 30

de substrato (cm3)

40

C

D

y = 0,1753x + 13,067R2 = 0,9299**

20 25 30 35 40

substrato (cm3)

E

e

p

o

F

y = 0,0677x + 3,0339R2 = 0,7655**

20 30 4

substrato (cm3)

0

rimento da parte aérea

da parte radicular (F)

qualidade da plântula

aérea, comprimento da

andeja de 128 células.

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Comparando os tipos de bandejas, evidenciou-se que, o maior volume da célula propiciou

rapidez no desenvolvimento tanto da parte aérea como da raiz, produzindo em menor tempo,

uma plântula com alta qualidade. De acordo com Pereira & Martinez (1999), plântulas

produzidas em volumes maiores de células são mais vigorosas, apresentando uma relação

parte aérea/raiz mais equilibrada e proporcionando um melhor desenvolvimento das plantas

após o transplante. Mudas provenientes da bandeja de 288 células têm sistema radicular

restringido e quando transplantadas para o campo, freqüentemente são incapazes de

compensar a evapotranspiração, mesmo se bem irrigadas após o transplante.

CONCLUSÃO

Os resultados para as bandejas de 200 e 288 células foram estatisticamente inferiores

ao da bandeja com 128 células.

A utilização da bandeja de 128 células é a mais indicada para a produção das mudas e

produção à campo de rúcula.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BORNE, H. R. Produção de Mudas de Hortaliças. Guaíba: Ed. Agropecuária, 1999, p.26, 49, 66. FILGUEIRA, F. A. R. Manual de Olericultura – Cultura e Comercialização de Hortaliças. Volume II. São Paulo: Ed. Agronômica Ceres, 1982, p. 69. MENEZES JÚNIOR, F.O.G.; FERNANDES, H.S.; MAUCH, C.R.; SILVA, J.B. Caracterização de diferentes substratos e seu desempenho na produção de mudas de alface em ambiente protegido. Horticultura Brasileira, v.18, n.3, p.164-170, nov. 2000. MINAMI, K. Produção de mudas de alta qualidade em horticultura. São Paulo: T.A. Queiroz, 1995. 135p. MODOLO, V.A.; TESSARIOLI NETO, J. Desenvolvimento de mudas de quiabeiro [Abelmoschus esculentus (L.). Moench] em diferentes tipos de bandeja e substrato. Scientia Agrícola, v. 56, n. 2, p. 377-381, 1999. OLIVEIRA, R.P., SCIVITTARO, W.B.; VASCONCELLOS, L.A.B.C. Avaliação de mudas de maracujazeiro em função do substrato e do tipo de bandeja. Scientia Agricola, v.50, n.2, p.261-266, jun./set. 1993. PEREIRA, P.R.G.; MARTINEZ, H.E.P. Produção de mudas para o cultivo de hortaliças em solo e hidroponia. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.20, n.200/201, p. 24-31, 1999. SILVA JÚNIOR, A.A.; MACEDO, S.G.; SLUKER, H. Utilização de esterco de peru na produção de mudas de tomateiro. Florianópolis: EPAGRI, 1995. 28p. (Boletim Técnico, 73).

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EFEITO DO NÚMERO DE CÉLULAS NA BANDEJA DE ISOPOR NA PRODUÇÃO DE SALSA

Bruno Henrique Marega Rigolin1; José Eduardo M. Rossi Junior1; Pedro Veridiano

Baldotto2; Patricia Angélica Alves Marques3(orientadora)

¹Aluno graduação de Agronomia/UNOESTE, Presidente Prudente/SP. E-mail: [email protected]; 2Prof. do Curso de Agronomia/UNOESTE. E-mail: [email protected]; 3Profa. Dra. Graduação e Pós-graduação da Agronomia/UNOESTE; E-mail: [email protected].

Palavras-Chave: salsinha, bandeja, volume de substrato.

INTRODUÇÃO

A salsa (Petroselinum crispum) é natural da Europa, a salsa foi trazida para o Brasil no

início da colonização. É uma das espécies de hortaliças que atinge sua importância pela

utilização comercial como condimento (MURAYAMA, 1999). A produção de mudas, em

canteiros e campo aberto, é um sistema pouco eficiente quanto ao aspecto fitossanitário. As

sementes ficam em condições desuniformes (solo, chuvas, temperaturas externas), e

conseqüentemente, a germinação, emergência e crescimento das plântulas também são

irregulares, levando à obtenção de estandes falhos e desuniformes (MINAMI, 1995). A

semeadura indireta para a produção de mudas e posterior transplante para a lavoura definitiva

é o método de propagação mais empregado para a maioria das espécies de hortaliças

(FILGUEIRA, 2000). No mercado há diversos modelos de bandejas com diferentes números

de células individuais; profundidades e volumes diversos; também com formatos variáveis,

podendo ser redondas, piramidais ou cilíndricas (MODOLO & TESSARIOLI NETO, 1999).

O problema agronômico original de produção de mudas em recipientes é o de assegurar o

crescimento e produção de biomassa aérea com volume limitado de solo (SANCHO, 1988).

Assim, quanto menor for o espaço disponível às raízes, mais difícil será o suprimento de

fatores de produção que garantam o crescimento otimizado e desenvolvimento normal da

muda (MENEZES JÚNIOR et al., 2000). Dessa maneira o objetivo deste trabalho foi avaliar a

o efeito do volume das células das bandejas nas mudas e nas plantas adultas a campo.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi realizado no viveiro da horta da UNOESTE – Universidade do Oeste

Paulista, localizado no Campus II na cidade de Presidente Prudente. As características das

301

Page 7: EFEITO DO NÚMERO DE CÉLULAS NA BANDEJA DE ISOPOR NA ... · Quanto maior o volume disponível da célula, melhor foi a qualidade da plântula produzida, refletida nas características

bandejas estão descritas na Tabela 1. Utilizou o substrato bioplant nas bandejas. Para a

condução a campo realizou-se adubação dos canteiros com 3 kg m-2 de esterco de galinha e

200 g m-2 de adubo 4-14-8 e adubação de cobertura com 15 g m-2 de uréia em duas aplicações

aos 30 e 40 dias após a semeadura (DAS). O delineamento experimental foi inteiramente

casualizado sendo três tratamentos com sete repetições, sendo T1 - 288, T2 - 200 e T3 - 128

células, com três plantas por repetição. A semeadura foi realizada no dia 27/03/2008, sendo

semeadas quatro sementes por célula da cultivar de salsinha lisa comum. Estas bandejas

permaneceram em viveiro de mudas até o dia 17/04/2008, sendo neste período realizada a

irrigação diária manualmente. Aos 21 DAS avaliou-se o comprimento da parte aérea (cm) e as

massas da matéria fresca da parte aérea e da raiz (g).

Tabela 1. Caracterização das bandejas utilizadas.

Trat. Número de células

Volume das células (cm3)

Substrato por célula (g)

Capacidade de retenção de água por célula (mL)

T1 288 9,93 4,67 2,81 T2 200 16,23 7,23 4,30 T3 128 36,28 12,73 6,64

Aos 21 DAS realizou-se o transplante para o canteiro definitivo com o espaçamento de

10 cm entre plantas e 20 cm entre linhas. No dia 11/06/08 (55 dias após o transplante DAT)

foi realizada a avaliação do desenvolvimento da produção à campo, de cada parcela

experimental para a estimativa dos seguintes parâmetros: massas das matérias frescas da parte

aérea e do sistema radicular (g). Para a avaliação da massa da matéria fresca as mudas e

plantas adultas foram levadas ao laboratório e lavadas em água corrente para a retirada do

substrato aderido. O comprimento foi obtido com o auxílio de uma régua graduada em

milímetros. Em seguida as plantas foram pesadas em balança digital para obtenção da massa.

Posteriormente, as plantas adultas foram colocadas em sacos de papel etiquetados e

submetidas à secagem em estufa com circulação de ar, à 65oC. Quando a massa constante foi

atingido, efetuou-se a pesagem em balança digital. As médias foram comparadas pelo Scott-

Knott ao nível de 5% de probabilidade. Onde houve diferenças estatísticas entre as médias

realizou-se a análise de regressão pelo programa computacional Sisvar.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Pelos resultados apresentados na Figura 1 verificou-se ajuste quadrático em relação ao

volume das bandejas com os maiores resultados indicando o uso da bandeja com 200 células.

Para parte aérea e raiz da planta adulta (Figuras 2 e 3) a bandeja de 288 células foi a que

302

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apresentou os melhores resultados com ajuste linear com decréscimo da massa em função do

decréscimo do volume de substrato para a parte aérea. O uso desta bandeja de 288 células

implica em economia de substrato e espaço na produção de mudas.

A B

y = -0,000209x2 + 0,008643x + 0,260879R2 = 0,99**

0,25

0,30

0,35

0,40

0 20Volume de substrato (cm3)

Mas

sa d

a m

atér

ia fr

esca

da

par

te a

érea

(g)

40

y = -0,000158x2 + 0,007167x + 0,250176

R2 = 0,99**

0,25

0,30

0,35

0 20Volume de substrato (cm3)

Mas

sa d

a m

atér

ia fr

esca

da

parte

radi

cula

r (g)

40

C

y = -0,0101x2 + 0,442817x + 3,945055R2 = 0,99*

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

0 10 20 30 4

Volume de substrato (cm3)

Com

prim

ento

da

parte

rea

(cm

)

0

Figura 1. Massa da matéria fresca (A); massa da matéria seca (B) e comprimento da parte aérea das mudas de salsa aos 21 DAS em função do volume de célula da bandeja de isopor. A B

y = -0,839x + 46,75R2 = 0,7476**

0

10

20

30

40

50

0 20

Volume de substrato (cm3)

Mas

sa d

a m

atér

ia fr

esca

da

parte

aér

ea (g

)

40

y = -0,0783x + 10,565R2 = 0,8987**

0

2

4

6

8

10

12

0 20Volume de substrato (cm3)

Mas

sa d

a m

atér

ia s

eca

da

parte

aér

ea (g

)

40

Figura 2. Massa da matéria fresca (A) e massa da matéria seca (B) da parte aérea das plantas adultas de salsa aos 55 DAT em função do volume de célula da bandeja de isopor.

303

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A B

y = -0,008854x2 + 0,388x + 5,5518

R2 = 0,99**

0

2

4

6

8

10

12

0 20

Volume de substrato (cm3)

Mas

sa d

a m

atér

ia fr

esca

da

parte

radi

cula

r (g)

40

y = -0,002050x2 + 0,097119x + 6,178132

R2 = 0,99**6,0

6,5

7,0

7,5

8,0

0 20

Volume de substrato (cm3)

Mas

sa d

a m

atér

ia s

eca

da

parte

radi

cula

r (g)

40

Figura 2. Massa da matéria fresca (A) e massa da matéria seca (B) da parte radicular das plantas adultas de salsa aos 55 DAT em função do volume de célula da bandeja de isopor.

CONCLUSÃO

Para a produção de salsinha recomenda-se o uso da bandeja de 288 células.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FILGUEIRA, F.A.R. Novo Manual de Olericultura. Viçosa: UFV, 2000. 402p. MENEZES JÚNIOR, F.O.G.; FERNANDES, H.S.; MAUCH, C.R.; SILVA, J.B. Caracterização de diferentes substratos e seu desempenho na produção de mudas de alface em ambiente protegido. Horticultura Brasileira, v. 18, n. 3, p. 164-170, 2000. MINAMI, K. Produção de mudas de alta qualidade em horticultura. São Paulo: T.A. Queiroz, 1995. 135p. MODOLO, V.A.; TESSARIOLI NETO, J. Desenvolvimento de mudas de quiabeiro [Abelmoschus esculentus (L.). Moench] em diferentes tipos de bandeja e substrato. Scientia Agrícola, v. 56, n. 2, p. 377-381, 1999. MURAYAMA, S. Horticultura. 2º ed. Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1999, p 326. SANCHO, J.F.A. The present status of the substrate as an ecosystem component and its function and importance in crop productivity. Acta Horticulturae, v. 221, p. 53-74, 1988.

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EFEITO DO TRATAMENTO TÉRMICO NA BROTAÇÃO DAS GEMAS DE CANA-DE-AÇÚCAR (SACCHARUM SPP).

ADEMIR DE GODOI 1

TADEU ALCIDES MARQUES 2

1 Discente do Curso de Agronomia – UNOESTE 2 Docente - UNOESTE

Resumo

Atualmente, fontes alternativas de energia aos derivados de petróleo e a

conservação do ambiente estão assumindo importâncias muito significativas para a sociedade

humana, neste aspecto a cultura da cana-de-açúcar (Saccharum spp) assume posição de

destaque, pois proporciona a produção do etanol combustível que tem menor efeito poluidor

que a gasolina, visto que os gases oriundos da queima do etanol são menos poluentes que os

gases originados da queima da gasolina, o etanol é um combustível ambientalmente correto já

que o balanço de CO2 na cultura da cana-de-açúcar é positivo e ainda tem-se que o ambiente

de produção canavieira é extremamente cuidado, seja nos aspectos de preparo físico e

químico como nos aspectos ambientais. A enorme mão-de-obra empregada no campo e na

industrialização, da cana-de-açúcar, gera uma enorme responsabilidade social deste setor.

Para que a safra da cana-de-açúcar não seja comprometida deve-se montar corretamente o

esquema de exploração comercial, o qual depende da quantidade inicial de mudas disponíveis,

sempre levando em consideração a área necessária de viveiros. Deve-se preferir terrenos com

boa fertilidade, para a montagem dos viveiros primários, podendo estar próximo ao viveiro

secundário, com a finalidade de facilitar o transporte das mudas. Para a formação dos

viveiros, são necessárias mudas sadias e de alta produtividade, com alta resistência a doenças.

Dentre as principais doenças da cultura canavieira, tem-se o raquitismo da soqueira, que é

bacteriana e de fácil propagação por mudas doentes. Para o efetivo controle desta doença

realiza-se, nos viveiros de cana-de-açúcar, o procedimento denominado de tratamento térmico

das mudas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a brotação das gemas dos colmos de cana-de-

açúcar em diferentes tratamentos térmicos.

305

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1 Introdução

A cana de açúcar (Saccharum spp) assume posição de destaque no Brasil, por se tratar

de uma cultura que, além de um alto suporte econômico, possibilita fontes alternativas de

energia, sendo ainda de grande importância social pela mão-de-obra empregada tanto no

plantio quanto na colheita. O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo,

atingindo no ano de 2004, uma área total cultivada que ultrapassou 5,4 milhões de hectares,

onde foram colhidos 397.245.315 Mg. Neste mesmo ano em São Paulo, a área colhida foi de

2,8 milhões de hectares e a produção foi de 237.311.808 Mg de cana de açúcar (FNP, 2005).

A região de Presidente Prudente, no Estado de São Paulo, apresenta a cultura de cana-

de-açúcar como um dos mais destacados produtos de importância econômica do setor

agropecuário. O objetivo desta exploração canavieira é a produção de Álcool, Álcool

Hidratado, Álcool Anidro, Álcool Neutro, Álcool Extrafino, Açúcar Cristal Standard, Açúcar

Cristal Extra, Açúcar Bruto (Very High Polarization – VHP), Melaço ou Mel Final, Levedura

Seca e Bagaço, bem como a co-geração de energia elétrica.

A multiplicação da cana-de-açúcar é feita por meio de propagação vegetativa. Para

fazer o plantio devem ser utilizadas mudas selecionadas, com alto padrão de sanidade,

elevado índice de germinação e vigor. Devido ao fato de que não há variedade de cana-de-

açúcar perfeita e resistente a todas as doenças, existe necessidade de controlar muitas doenças

através da produção de mudas sadias (MASUDA, et al.,1980). Para se obter mudas sadias é necessário fazer tratamento térmico no viveiro

primário, enquanto que o viveiro secundário será o resultado da multiplicação das

mudas obtidas no viveiro primário. As mudas do viveiro secundário serão plantadas

no viveiro terciário e posteriormente, destes para a área comercial, sendo a área

comercial completamente dependente da qualidade das mudas plantadas nos

viveiros que a antecedem (MARQUES et al., 2002).

O objetivo do presente experimento é foi avaliar possíveis injúrias provocadas nas

gemas dos colmos de cana-de-açúcar, quando estas são submetidas ao tratamento térmico, em

diferentes tempos e temperaturas, visando o controle do agente causal do raquitismo da

soqueira.

2 Revisão

O esquema de exploração comercial depende da quantidade inicial de mudas

disponíveis, sempre observando área compatível de viveiros. Deve-se ainda preferir terrenos

com boa fertilidade, para a montagem dos viveiros iniciais, podendo estar perto do local de

306

Page 12: EFEITO DO NÚMERO DE CÉLULAS NA BANDEJA DE ISOPOR NA ... · Quanto maior o volume disponível da célula, melhor foi a qualidade da plântula produzida, refletida nas características

plantio do viveiro secundário, facilitando o transporte. Para a formação dos viveiros, são

necessárias mudas sadias e de alta produtividade, com alta resistência a doenças que ocorrem

no meio (MASUDA et al., 1980).

Segundo Carvalho et al. (1980), viveiros de cana-de-açúcar são formados para evitar

que doenças comprometam a produção e para aumentar a longevidade dos canaviais (maior

números de cortes). Formação de viveiros subentende o uso de tratamento térmico,

procedimento de “Roguing” para a redução inicial de doenças como carvão, escaldadura,

mosaico e diagnóstico de raquitismo da soqueira.

De acordo com Castro (2000), durante aproximadamente os primeiros 30 dias de

brotação das gemas a planta vive das reservas de nutrientes contidas no tolete e, parcialmente,

do suprimento de água e nutrientes proporcionados pelas raízes de fixação, na medida que

outras raízes vão se desenvolvendo as raízes iniciais perdem sua função, isso cerca de 90 dias

após o plantio

Segundo Masuda et al. (1980) na produção de mudas deve-se preocupar

basicamente em controlar a) Raquitismo da soqueira; b) Mosaico; c) Carvão; d) Escaldadura-

das-folhas e e) Mistura varietal.

Segundo Smith (1999), a doença raquitismo da soqueira é causada pela bactéria

(leifsonia xyli subsp. Xyli), antes chamada de (Clavibacter xyli subsp. xyli). Muitos

pesquisadores consideram o raquitismo da soqueira a mais importante doença afetando a

cana-de-açúcar, em todo o mundo. Pode causar prejuízo de 5 a 30% da produtividade, mesmo

que o produtor desconheça que seu campo esteja infectado. A importância econômica varia

em função de fatores ambientais, principalmente estresse hídrico.

De acordo com (TOKESHI, 1997; CARDOSO, 1986) a doença manifesta-se de

modo mais claro nas soqueiras de variedades mais suscetíveis, onde podemos observar

internamente, nas partes mais velhas dos colmos maduros, vasos com a coloração modificada

variando de alaranjado-claro a vermelho-escuro. De acordo com a posição dos vasos e

sentidos dos cortes, pode-se observar “vírgulas” e traços ou pontos localizados,

preferencialmente, nas partes mais profundas do colmo. Externamente observa-se colmos

mais finos e internódios curtos causando a redução da produtividade agrícola. As touceiras

doentes, em período mais secos, mostram sintomas de falta de água e enrolamento das folhas.

3 Material e métodos

Para a realização do experimento utilizou-se de toletes da cultivar RB 72-454,

307

Page 13: EFEITO DO NÚMERO DE CÉLULAS NA BANDEJA DE ISOPOR NA ... · Quanto maior o volume disponível da célula, melhor foi a qualidade da plântula produzida, refletida nas características

sendo que as parcelas serão compostas de três linhas espaçadas de 1,1 metros, com quatro

metros de comprimento, totalizando ao redor de 24 colmos por parcela. Foram quatro

tratamentos, a saber: Testemunha (sem tratamento térmico); Tratamento térmico convencional

(50,5oC por 120 minutos); Tratamento térmico rápido (52,5oC por 20 minutos) e Tratamento

térmico ultra-rápido (55oC por 3,5 minutos). Utilizou-se 5 blocos (repetições) para cada

tratamento. Os tratamentos foram levados a efeito em caixa d´água sendo que a fonte de

vapor será borbotagem direta de vapor.

Para a avaliação do tratamento térmico foram utilizadas as seguintes variáveis: Data

do aparecimento da primeira brotação; Data de 50% da brotação, Número de perfilhos aos 60

dias, Número de perfilhos com 120 dias, Produtividade pós 12 meses, Pol % cana, Brix %

cana, Pu % cana, AR % cana. O arranjo experimental foi em blocos inteiramente ao acaso, sendo quatro os

tratamentos e cinco os blocos, com uma repetição para cada bloco. Foram realizados

o Teste F para médias das variáveis estudadas, segundo Gomes, (1990) e

comparações entre médias pelo teste de Scott-Knott (Scott & Knott, 1974).

4 Resultados e discussões

Data do tratamento térmico 06/09/2007

Tratamento 1: Tratamento térmico convencional (50,5oC por 120 minutos).

Tratamento 2: Tratamento térmico rápido (52,5oC por 20 minutos).

Tratamento 3: Tratamento térmico ultra-rápido (55oC por 3,5 minutos).

Tratamento 4: Testemunha, (não recebeu nenhum tratamento).

Data de plantio: 06/09/2007

Avaliação da brotação: 50%

T1 Saquinho Nº1 (10) dias

Nº 5 (10)dias

Nº 6 (8)dias

Nº 7 (11)dias

Nº 9 (11)dias

T2 Saquinho Nº1 (10) dias

Nº4 (12)dias

Nº5 (10)dias

Nº6 (09)dias

308

Page 14: EFEITO DO NÚMERO DE CÉLULAS NA BANDEJA DE ISOPOR NA ... · Quanto maior o volume disponível da célula, melhor foi a qualidade da plântula produzida, refletida nas características

Nº7 (10)dias

T3 Saquinho Nº4 (11) dias

Nº5 (11)dias

Nº7 (11)dias

Nº10 (10)dias

Nº10 (12)dias

T4 Saquinho Nº1 (11) dias

Nº4 (10)dias

Nº6 (08)dias

Nº7 (11)dias

Nº9 (09)dias

Com relação à brotação pode-se observar que os tratamentos não

proporcionaram alterações significativas, resultados interessantes, pois temperaturas maiores

não comprometeram as brotações. Este primeiro ensaio indica que o binômio tempo e

temperatura, na faixa em que foi testado, não interferiu negativamente na brotação inicial dos

toletes de cana e portanto pode ser utilizado sem restrições para o tratamento de toletes em

plantios dos viveiros.

Com relação aos dados biométricos, pode-se observar que não ocorreram

grandes variações durante os 60 e 120 dias. Indicando, inicialmente que estes parâmetros

provavelmente também não foram afetados negativamente pelos diferentes tratamentos.

T 1 Diâmetro caule(cm) Altura (cm) Nº folhas +1 Nº folhas -1

01 1,3 33,0 5 -2 02 0,6 16,0 4 -1 03 0,9 24,0 5 -1 04 ---- ---- ---- ---- 05 1,2 30 5 -1 06 1,5 39 4 -2 07 1,3 28 5 -1 08 ---- ---- ---- ---- 09 1,2 27 5 -2 10 ---- ---- ---- ----

309

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Tratamento 2: T2: Diâmetro caule(cm) Altura (cm) Nº folhas +1 Nº folhas -1

01 1,2 30 5 -1 02 ---- ---- ---- ---- 03 0,9 25 5 -1 04 1,2 26,5 4 -2 05 1,2 30 4 -2 06 1,3 30,5 5 -1 07 1,3 30 5 -1 08 ---- ---- ---- --- 09 1,1 30 5 -2 10 ---- ---- ---- ----

Tratamento 3: T3: Diâmetro caule(cm) Altura (cm) Nº folhas +1 Nº folhas -1

01 1,6 36,5 4 -2 02 1,2 28,5 5 -1 03 1,2 29,0 5 -2 04 1,3 33,0 5 -1 05 1,2 32,5 5 -1 06 1,4 29,5 4 -2 07 1,2 32,0 4 -1 08 ---- ---- ---- ---- 09 1,0 28,0 5 -2 10 1,0 30,0 5 -1

Tratamento 4: T4: Diâmetro caule(cm) Altura (cm) Nº folhas +1 Nº folhas -1

01 1,5 30,5 5 -2 02 1,3 27, 3 -2 03 ---- ---- ---- ---- 04 1,2 31,0 5 -1 05 1,1 29,5 4 -1 06 1,3 38,5 5 -2 07 1,0 30,5 4 -1 08 1,1 38,5 4 -2 09 1,0 31, 4 -1 10 ---- ---- ---- ----

310

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Segunda amostragem aos 120 dias 06/11/2007 Tratamento 1: T 1 Diâmetro caule(cm) Altura (cm) Nº folhas +1 Nº folhas -1

01 2,0 80 6 -3 02 1,2 27 4 -2 03 1,1 45 4 -2 04 ---- ---- ---- ---- 05 1,5 60 4 -3 06 1,5 99 6 -3 07 1,5 63 5 -2 08 ---- ---- ---- ---- 09 1,8 70 5 -2 10 ---- ---- ---- ----

Tratamento 2: T2: Diâmetro caule(cm) Altura (cm) Nº folhas +1 Nº folhas -1

01 1,7 75 5 -3 02 ---- ---- ---- ---- 03 1,0 56 3 -2 04 1,3 55 4 -2 05 1,4 46 5 -2 06 1,4 82 5 -3 07 1,5 68 5 -2 08 ---- ---- ---- --- 09 1,3 62 4 -2 10 ---- ---- ---- ----

Tratamento 3: T3: Diâmetro caule(cm) Altura (cm) Nº folhas +1 Nº folhas -1

01 1,8 102 6 -3 02 1,4 59 5 -2 03 1,4 53 4 -2 04 1,5 78 5 -2 05 1,3 64 4 -2 06 1,5 78 6 -2 07 1,4 60 4 -2 08 ---- ---- ---- ---- 09 1,5 58 3 -2 10 1,6 43 3 -2

Tratamento 4: T4: Diâmetro caule(cm) Altura (cm) Nº folhas +1 Nº folhas -1

01 1,6 59 5 -2 02 1,6 59 4 -2 03 ---- ---- ---- ----

311

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04 1,4 50 4 -2 05 1,4 39 3 -1 06 1,5 76 5 -2 07 1,6 69 6 -1 08 1,2 74 4 -2 09 1,4 40 3 -2 10 ---- ---- ---- ----

Segunda amostragem aos 120 dias

CONCLUSÕES

Os diferentes binômios de tempo e temperatura testados, até o momento, não

afetaram a brotação nem mesmo os parâmetros biométricos de crescimento da cana-de-açúcar

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CARDOSO, C. O. N. Isolamentos da bactéria do raquitismo (Clavibacter xyli subsp. xyli) no Brasil. Bol. Téc Copersucar, v. 34, p. 48-52, 1986. CARVALHO, L.C.C.; Lavorente, N. A. ; Dal Piccolo, C.R. Proalcool e mudas de cana, propostas e considerações. Piracicaba, IAA/ Planalsucar, 1.980 20p. CASTRO, P.R.C.; Simpósio internacional de Fisiologia da Cana-de-açúcar, STAB, Piracicaba SP, 14 A 20 DE OUTUBRO DE 2000. P. 7-9. FNP CONSULTORIA & COMÉRCIO. Agrianual 2005: Anuário estatístico da agricultura brasileira. São Paulo, FNP/ M&S, 2005. 521P. MARQUES, MARCOS OMIR; Tecnologia do açúcar. Produção e industrialização da cana-de-açúcar. Jaboticabal: Funep 2001. p. 43-44 MASUDA, Y; Gheller. A.C.A..; Dal Piccolo C.R. e Sordi R.A. Produção de Mudas Sadias. In Matsuoka. S. Melhoramento da cana-de-açúcar- Araras, I.A.A. Planalsucar, 1.980. SCOTT, A.J.; KNOTT, M. A cluster analysis method for grouping means in the analysis of variance. Biometrics, v. 3, n. 30, p. 507-512, 1974. SMITH, D. T. Crop profile for sugarcane in texas-Diseases. 1999. Disponível em: < http://www.pestdada.ncsu.edu/cropprofiles/docs/txsugarcane.html>. Acesso em: 2 set. 2003.

312

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LIXIVIAÇÃO DE N, P, K, CA, MG E S COM A UTILIZAÇÃO DE POLÍMERO HIDROABSORVENTE EM SOLO CULTIVADO COM CANA-DE-AÇÚCAR

Lívia Pimentel do Prado Silva², Patricia Angélica Alves Marques¹*, Tadeu Alcides Marques¹, Carlos Sérgio Tiritan¹

¹Prof Dr de Graduação e Pós-Graduação em Agronomia – UNOESTE; ²Aluna de Graduação em Agronomia; Presidente Prudente, SP. Apoio FAPESP. * orientadora

Palavras-chave: Hidroplan, retenção de água no solo, lixiviação

INTRODUÇÃO

A produtividade dos solos arenosos é limitada na maioria das vezes pela baixa

capacidade de retenção de água e excessivas perdas por percolação profunda, o que resulta

em baixa eficiência do uso da água e dos fertilizantes por parte das culturas (SIVAPALAN,

2006). Os polímeros hidrorretentores podem atuar como uma alternativa para a baixa

disponibilidade de água no solo, estresse hídrico e períodos longos de estiagem, que seja

ocasiões nas quais a baixa umidade no solo pode afetar de forma negativa o crescimento e o

desenvolvimento das plantas (DUSI, 2005). Desse modo, os polímeros hidroretentores

passaram a ser pesquisados como forma de minimizar os problemas associados à baixa

produtividade, geralmente provocada pela disponibilidade irregular ou deficitária de água e

má estruturação do solo (PREVEDELLO & LOYOLA, 2007).

De acordo com Aguiar et al. (2006) as perdas de nutrientes são amplamente estudadas

pela pesquisa científica, em particular quando se refere à lixiviação de N, K, Ca e Mg e a

alguns metais pesados, porém poucos são os trabalhos em que, além das análises de solo, se

tenha realizado as quantificações de nutrientes na água de drenagem. O objetivo da pesquisa

foi avaliar o efeito do uso do Hidroplan sobre a lixiviação de N, P, K, Ca, Mg e S em solo da

região de Presidente Prudente cultivado com de cana-de-açúcar.

MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa foi realizada na Universidade do Oeste Paulista, localizada 51º26’00’W e

22º07’30’’S, com 430 metros de altitude no município de Presidente Prudente. No

313

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experimento utilizou-se um argissolo vermelho distrófico. Todos os vasos dos tratamentos

submeteram a uma adubação química utilizando a formulação comercial 08-28-16, baseada na

análise química de solo. O ensaio foi instalado utilizando o delineamento inteiramente

casualizado, com 5 tratamentos baseados em dose do polímero hidroabsorvente Hidroplan-

EB®, sendo: T1 - 0,0; T2 - 0,5; T3 – 1,0; T4 - 1,5 e T5 - 2,0 g kg-1; solo com 4 repetições. As

doses de polímero foram adicionadas aos vasos individualmente após pesagem da terra

utilizada. As mudas foram submetidas a um tratamento térmico (termoterapia) para evitar o

raquitismo da soqueira (TOKESHI, 1997).

O experimento foi realizado em vasos de 20 litros onde se plantou uma muda de 70

dias da variedade RB 86-7515. A retenção de água no solo foi obtida pela aplicação de

volume conhecido e coleta do volume drenado naturalmente 24 horas após aplicação a cada

14 dias, sendo a própria água percolada, o extrato utilizado nas determinações.

A avaliação da lixiviação de nutrientes (N, P, K, Ca, Mg e S) foi realizada por meio da

análise da água obtida após drenagem natural. Todos os dados obtidos foram submetidos à

análise de variância ANOVA e pelo teste de Tukey (p<0,05). Para as variáveis obtidas no

final do ensaio que apresentaram diferenças significativas entre as médias realizou-se a

análise de regressão linear dos dados pelo programa estatístico SISVAR.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante o período de avaliação (desde 14 DAT - dias após transplantio até os 196

DAT) foram aplicados 90 litros de água em cada vaso, equivalentes a 991,74 mm separados

em 14 aplicações quinzenais. Estes valores foram calculados para reposição de 110% da

evapotranspiração ocorrida no período permitindo a drenagem do excedente. Observa-se para

os resultados da fração de água retida (Figura 1) que houve tendência linear positivo

significativo a 1%. Demonstrando que o uso do hidrogel permitiu a retenção de maior volume

de água. Resultados semelhantes foram encontrados por Baasiri et al. (1996) que avaliando o

efeito do uso de condicionadores na cultura do pepino observaram que houve aumento da

água disponível do solo e diminuição da permeabilidade em solos arenosos.

314

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y = 3,993x + 80,344R2 = 0,9396**

0

20

40

60

80

100

120

0 0,5 1 1,5 2

Dose de hidroplan (g por kg de solo)

Fraç

ão d

e ag

ua re

tida

no s

olon

o pe

ríodo

(%)

Figura 1. Fração de água retida no solo média (%) para todo o período.

Para os nutrientes lixiviados (Figura 2) observaram-se nas análises periódicas (cada 14

dias) os menores valores de lixiviação nos tratamentos com 1,5 g e 2,0 g por kg de solo. As

maiores lixiviações foram encontradas no tratamento sem o uso do polímero hidroabsorvente

Hidroplan-EB. Estes resultados evidenciam a eficiência do polímero para diminuir a

percolação profunda mantendo os nutrientes na solução do solo.

0

5

10

15

20

0 50 100 150 200

Dias após transplantio (DAT)

N li

xivi

ado

acum

ulad

o (g

por

vas

o)

0

0,5

1

1,5

2

0 50 100 150 200Dias após transplantio (DAT)

P lix

iviad

o ac

umul

ado

(g p

or v

aso)

00,5

11,5

22,5

3

0 50 100 150 200Dias após transplantio (DAT)

K li

xivi

ado

acum

ulad

o (g

por

vas

o)

315

Page 21: EFEITO DO NÚMERO DE CÉLULAS NA BANDEJA DE ISOPOR NA ... · Quanto maior o volume disponível da célula, melhor foi a qualidade da plântula produzida, refletida nas características

00,5

11,5

22,5

3

0 50 100 150 200Dias após transplantio (DAT)

Ca li

xivi

ado

acum

ulad

o (g

por

vas

o)

0

0,5

1

1,5

2

0 50 100 150 200Dias após transplantio (DAT)

Mg

lixiv

iado

acum

ulad

o (g

por

vas

o)

0

0,5

1

1,5

2

0 50 100 150 200Dias após transplantio (DAT)

S lix

iviad

o ac

umul

ado

(g p

or v

aso)

0

2 0

0 5 0 10 0 15 0 2 0 0

Dias apó s t r an splan t io ( DAT)1 – 0,0 g 2 – 0,5 g 3 – 1,0 g 4 – 1,5 g 5 – 2,0 g

Figura 2. Lixiviação de N, P, K, Ca, Mg e S acumulada (g por vaso) medidas a cada 14 dias para as diferentes doses do polímero hidroabsorvente Hidroplan-EB® em solo de Presidente Prudente cultivado com cana-de-açúcar.

Na lixiviação acumulada dos nutrientes em função das doses do polímero (Figura 3)

obteve-se uma resposta linear negativa significativa a 1%. Os resultados indicaram para os

nutrientes N, P, K, Ca, Mg e S uma menor lixiviação total com o incremento do uso do

Hidroplan-EB, isto é explicado pelo fabricante (HIDROPLAN-EB, 2006), pois quando se

adiciona água em quantidade suficiente, este polímero se incorpora aos grãos e estes se

expandem formando um gel insolúvel. Com isto, os agroquímicos quando diluídos em água,

tendem a permanecer, por mais tempo, onde foram aplicados. Estes resultados indicam o uso

do Hidroplan-EB como uma ferramenta de controle da lixiviação dos principais nutrientes no

manejo da cana-de-açúcar na região de Presidente Prudente.

316

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y = -4,2841x + 20,581R2 = 0,9173**

0

5

10

15

20

0 0,5 1 1,5 2

Dose de hidroplan (g por vaso)

Nitr

ogên

io li

xivi

ado

acum

ulad

o (g

pr v

aso)

y = -0,3838x + 1,8546R2 = 0,9118**

0

0,5

1

1,5

2

0 0,5 1 1,5 2

Dose de hidroplan (g por vaso)

Fósf

oro

lixiv

iado

acu

mul

ado

(g p

r vas

o)

y = -0,5931x + 2,8599R2 = 0,9327**

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

0 0,5 1 1,5 2

Dose de hidroplan (g por vaso)

Pot

ássi

o lix

ivia

doac

umul

ado

(g p

r vas

o)

y = -0,6064x + 2,9867R2 = 0,9434**

0

1

2

3

4

5

0 0,5 1 1,5 2

Dose de hidroplan (g por vaso)

Cál

cio

lixi

viad

o (

g pr

vas

o)

y = -0,3979x + 1,9173R2 = 0,9588**

0

1

2

0 0,5 1 1,5 2

Dose de hidroplan (g por vaso)

Mag

nési

o li

xivi

ado

(g p

r vas

o)

y = -0,3618x + 1,82R2 = 0,9441**

0

1

2

0 0,5 1 1,5 2

Dose de hidroplan (g por vaso)

Enx

ofre

lix

ivia

do(g

pr v

aso)

Figura 3. Lixiviação acumulado de N, P, K, Mg e S em função da dose do polímero

hidroabsorvente Hidroplan ao final do período analisado em solo de Presidente Prudente cultivado com cana-de-açúcar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUIAR, M.I.de et al. Nutrient losses by leaching in an Ultisol with melon. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.10, n.4, p.811-819, 2006. BAASIRI, M. et al. Soil applications of a hydrophilic conditioner in relation to moisture, irrigation frequency and crop growth. Soil Science and Plant Analysis, v.17, n.6, p.573-589, June 1986. DUSI, D.M. efeito da adição do polímero hidrorretentor na eficiência da adubação nitrogenada no crescimento de brachiaria decumbens cv. basilisk, em dois diferentes substratos. Dissertação (Mestrado do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Paraná). Curitiba, 2005. 83p.. HIDROPLAN-EB. Informações do fabricante. Disponível em: http://www.ebase.com.br. Acesso em 05 maio 2006. PREVEDELLO, C.L.; LOYOLA, J.M.T. Efeito de polímeros hidroretentores na infiltração da água no solo. Scientia Agraria, v.8, n.3, p.313-317, 2007. SIVAPALAN, S Benefits of treating a sandy soil with a crosslinked-type polyacrylamide. Australian Journal of Experimental Agriculture, v.46, p.579–584, 2006. TOKESHI, H. Doenças da cana-de-açúcar (híbridos de Saccharum spp.). In: Kimati, H.;

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NÍVEIS DE POLÍMERO SUPERABSORVENTE NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE CAFÉ

Marcos Antonio de Melo Cripa1; Eduardo Henrique Martinez1; Patricia Angélica Alves

Marques2*

¹Aluna de Graduação em Agronomia; Presidente Prudente, SP; ²Prof Dr de Graduação e Pós-Graduação em Agronomia – UNOESTE; * orientadora

Palavras-chave: Hidroplan, retenção de água no solo, lixiviação

INTRODUÇÃO

Entre as espécies produtoras de café, a de maior significação econômica para as

Américas é Coffea arabica L., por produzir o café mais apreciado por todos os países

consumidores. Trata-se de um arbusto polimorfo, havendo numerosas variedades e cultivares

nos países produtores. Foi introduzido no Brasil em 1727 e aos poucos seu cultivo se

implantou, abrindo cidades e criando riquezas (MIRANDA et al., 1999).

A produtividade dos solos arenosos é limitada na maioria das vezes pela baixa capacidade de retenç

água e excessivas perdas por percolação profunda, o que resulta em baixa eficiência do uso da água

fertilizantes por parte das culturas (SIVAPALAN, 2006). Os polímeros hidrorretentores podem atuar como

alternativa para a baixa disponibilidade de água no solo, estresse hídrico e períodos longos de estiagem, qu

ocasiões nas quais a baixa umidade no solo pode afetar de forma negativa o crescimento e o desenvolvimen

plantas (DUSI, 2005). Desse modo, os polímeros hidroretentores passaram a ser pesquisados como form

minimizar os problemas associados a disponibilidade irregular ou deficitária de água e má estruturação do

(PREVEDELLO & LOYOLA, 2007). Dessa maneira o objetivo do trabalho será avaliar o crescimento de m

de café por meio de medidas mensais durante o processo de crescimento.

MATERIAL E MÉTODOS

Esta pesquisa está sendo conduzida na área agrícola do Campus II da UNOESTE,

em Presidente Prudente, – SP, latitude 22o07’04” S e longitude 51o22’05” W de Grw, altitude

de 435,5 m. O solo é classificado como argissolo vermelho-amarelo, eutróficos de textura

arenosa/média. O clima é pela classificação de Köppen Aw mesotérmico com verões quentes

e invernos secos. Neste trabalho, está sendo utilizado polímero à base de poliacrilamida

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Hidroplan. Utilizou-se o café (Coffea arabica L.) da variedade Iapar 59. As sementes foram

plantadas no germinador do dia 12/02/08, aos 50 dias após a semeadura (DAS) as mudas em

estágio de ''orelha de onça'' foram transplantadas para saquinhos de polietileno de 22 cm de

altura, 11cm de largura e 0,006 cm de espessura.

O substrato utilizado para o plantio das mudas, foi: 700 L de terra de subsolo

peneirada, 300 L de esterco de curral curtido e peneirado, 5 kg de superfosfato simples e 0,5

Kg de cloreto de potássio. Resultando em 1 m3 de substrato, volume suficiente para a

produção de 1200 - 1300 mudas. O ensaio foi instalado utilizando o delineamento

inteiramente casualizado, com 5 tratamentos baseados em dose do polímero hidroabsorvente

Hidroplan-EB®, sendo: T1 – 0,0; T2 – 1,0; T3 – 2,0; T4 - 3,0 g por saquinho e T5 sem uso do

polímero e irrigado diariamente com 4 repetições, resultando em 20 parcelas. Foram

preparados 160 saquinhos para análises mensal de um lote total (20 parcelas), totalizando oito

leituras mensais. Até o momento foram realizadas três leituras aos 90, 120 e 150 DAS.

Foram avaliados o comprimento da parte área e do sistema radicular com o auxílio

de uma régua graduada em milímetros. O número de folhas. Para a avaliação da massa da

matéria seca da parte aérea e das raízes das mudas as partes foram levadas ao laboratório e

lavadas em água corrente para a retirada do substrato aderido. Posteriormente foram

colocadas em sacos de papel etiquetados e submetidas à secagem em estufa com circulação de

ar, à 65oC. Quando o peso constante foi atingido, efetuou-se a pesagem em balança eletrônica

digital. Para análise dos dados utilizou-se o programa computacional Sisvar. As médias

foram comparadas pelo Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade.

RESULTADOS

Todos os parâmetros avaliados apresentam diferenças estatísticas. Para as variáveis

comprimento da parte aérea (CPA) e número de folhas (NF) observa-se que o tratamento

utilizando 1 g de polímero por saquinho está conseguindo os melhores valores (Figuras 1A e

1B), provavelmente devido a melhor condição de aeração e disponibilidade de água no

substrato proporcionados pelo uso do polímero. Os tratamentos com 2 e 3 g promovem maior

retenção de água, porém prejudicam a aeração pela formação de grumos de gel. Nota-se

também que o tratamento com 1g é o que mais se aproxima dos valores do tratamento

irrigado. Bearce & Mccollum (1993) explicam que a evapotranspiração aumenta, tanto pela

maior disponibilidade de água no solo, como pelo aumento das folhas das plantas cultivadas

em solos que contenham polímero superabsorvente

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02468

1012

90 120 150

Dias após a semeadura

Com

prim

ento

da

par

te á

erea

(cm

)

irrigado 0g 1g 2g 3g

02468

1012

90 120 150

Dias após a semeadura

Núm

ero

de fo

lhas

a

irrigado 0g 1g 2g 3g

A B

Figura 1. Desenvolvimento das mudas durante o processo de crescimento.

CONCLUSÃO

Pelos resultados preliminares obtidos, o uso do polímero na formação de mudas de

café apresenta-se com resultados positivos. Ao final do ensaio será necessária uma análise

econômica da viabilidade da substituição da irrigação pelo polímero.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BEARCE, B. C.; MCCOLLUM, R. W. A comparison of peat-lite and noncomposted hardwood-bark mixes for use in pot and bedding-plant production and the effects of a new hydrogel soil amendment on their performance. Disponível em: http://www.hydrosource.com. DUSI, D.M. efeito da adição do polímero hidrorretentor na eficiência da adubação nitrogenada no crescimento de brachiaria decumbens cv. basilisk, em dois diferentes substratos. Dissertação (Mestrado do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Paraná). Curitiba, 2005. 83p.. MIRANDA, E.M.; PEREIRA, R.C; BERGO, E.L. Comportamento de seis linhagens de café (Coffea arabica L.) em condições de sombreamento e a pleno sol no estado do acre, Brasil. Ciênc. e Agrotec., Lavras, v.23, n.1, p.62-69, jan./mar., 1999 PREVEDELLO, C.L.; LOYOLA, J.M.T. Efeito de polímeros hidroretentores na infiltração da água no solo. Scientia Agraria, v.8, n.3, p.313-317, 2007. SIVAPALAN, S Benefits of treating a sandy soil with a crosslinked-type polyacrylamide. Australian JournExperimental Agriculture, v.46, p.579–584, 2006.

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PRODUÇÃO DE FLAVONÓIDES EM CALÊNDULA (CALENDULA OFFICINALIS L.) SOB COM DIFERENTES LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO1

Daniela Perez Guerrero Bortolo2; Patricia Angélica Alves Marques3*; Ana Cláudia Pacheco3

1Parte da Dissertação de Mestrado do primeiro autor; 2Aluna do Mestrado em Agronomia, UNOESTE. Presidente Prudente, SP, E-mail: [email protected]; 3 Profa. Dra. do Curso de Agronomia da UNOESTE. E-mail: [email protected]; [email protected]. *orientadora.

Palavras-chave: Calendula officinalis L., manejo da irrigação, Tanque Classe A.

INTRODUÇÃO

A Calendula officinalis L., pertencente à família Asteraceae, é uma espécie originária

do Mediterrâneo, domesticada e adaptada ao Brasil. Sua inflorescência é a parte mais usada

com fins terapêuticos, com ação cicatrizante, antiinflamatória e antisséptica

(HAMBURGUER et al, 2003). Os flavonóides têm papel importante na atividade

farmacológica das flores de calêndula representados na grande maioria pelos compostos

quercetina e rutina (RODRIGUES et al., 2004).

Em práticas agrícolas de campo, a deficiência hídrica pode ser compensada com a

irrigação. Porém, por ser um método caro, a irrigação deve ser feita de maneira correta para se

evitar o desperdício e não prejudicar o desenvolvimento da planta, já que o excesso de água

no solo causa redução imediata na troca de gases entre a planta e o ambiente (ARMSTRONG

et al., 1994). A resposta das plantas à tensão de água no solo tem sido estudada como forma

de controle da irrigação. A pesquisa proposta teve por objetivo estudar os efeitos de diferentes

lâminas de irrigação, sobre a produção de flavonóides em plantas de calêndula (Calendula

officinalis L.) cultivadas a campo na região de Presidente Prudente.

MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa foi conduzida na área experimental de Plantas Medicinais da UNOESTE,

no período de abril a setembro de 2007, em Presidente Prudente – SP. As mudas de calêndula

(Calendula officinalis L.), cv. Dobrada Sortida, foram obtidas por semeadura no dia

12/04/2007, com 2 sementes por célula. Aos 20 DAS (dias após semeadura) as mudas

passaram pelo processo de desbaste deixando-se uma planta por célula. O solo da área foi

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preparado por gradagem, os canteiros foram erguidos manualmente, resultando em 20

parcelas de 2,25 m2. Nos canteiros foram aplicados 150 kg de húmus distribuindo-se 3 kg m-².

O transplantio foi realizado em covas de com espaçamento de 0,30 x 0,50 m aos 40 DAS. O

experimento foi instalado em um delineamento inteiramente casualizado, com de quatro

tratamentos de lâminas de irrigação baseadas na evaporação do tanque classe A (ECA),

sendo: T1 – 0, T2 – 50, T3 – 100 e T4 –150% ECA, com cinco repetições. As lâminas de

irrigação foram estimadas com base nas leituras realizadas diariamente. A colheita foi iniciada

após 60 dias do transplantio (DAT), com o surgimento das primeiras flores, sendo realizadas

duas vezes por semana até a senescência das plantas. As flores foram secas em estufa com

circulação de ar à temperatura de 40 graus até a obtenção de peso constante, para a

determinação da massa seca de flores as quais permaneceram armazenadas até o momento da

análise fitoquímica. Ao final do período de colheita (120 DAT), os valores de todas as

colheitas foram somados, obtendo-se a massa seca de flores (MSF). Para as variáveis onde

houve diferenças estatísticas pelo teste de Scott-Knott com 5% de probabilidade e a regressão

foi possível, as curvas foram ajustadas pelo software Sisvar. A dosagem de flavonóides foi

realizada de acordo com Verlag (1978) modificado e teor de prolina nas folhas foi realizada

de acordo com Bates et al. (1973).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

No período estudado ocorreu uma precipitação efetiva de 200 mm, distribuídos no

período de 16 a 22 de julho de 2008. No restante do período não se observou precipitação

efetiva. A lâmina total de irrigação aplicada para cada tratamento foi de 0 mm; 59,5 mm;

119,00 mm e 178,5 mm para 0%ECA; 50% ECA; 100% ECA e 150% ECA respectivamente.

O maior teor de prolina (Figura 1) foi encontrado com o estresse ambiental de excesso

hídrico (150% ECA, equivalente a 178,5 mm). Isto provavelmente ocorreu devido ao excesso

diário de água no solo ter causado redução imediata na troca de gases entre a planta e o

ambiente, reduzindo o suprimento de oxigênio as raízes, o que em troca limita a respiração, a

absorção de nutrientes e outras funções das raízes (HOPKINS, 1995). Esperava-se que o

tratamento sem irrigação (T1) também apresentasse alto teor de prolina como resposta ao

ajustamento osmótico. Porém observou-se o menor teor de prolina neste tratamento, o que

pode ser explicado devido a um provável desvio da rota metabólica ocorrido no período do

pré-florescimento, desencadeado pela ocorrência da precipitação efetiva de 200 mm, a qual

promoveu reposição hídrica no solo para todos os tratamentos.

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No decorrer do ciclo, o Tratamento 1 (sem irrigação - 0% ECA) esteve sob deficiência

hídrica total, o que sinalizou para a planta a possível morte por falta de água. Com a

ocorrência da precipitação em julho, no período de pré-florescimento, a planta respondeu

imediatamente com um florescimento abundante tanto em massa como em número de flores

(Figura 1), buscando a preservação da espécie. Dessa maneira, para o tratamento sem

irrigação, a prolina que estava estocada nas plantas pode ter sido utilizada como fonte de N e

C para o florescimento. Resultados semelhantes foram obtidos por El-Din (2003) em anis

(Pimpinella anisum), onde o déficit hídrico proporcionou a maior produção de frutos.

A

y = 0,014064 x + 1,302355R2 = 0,9588**

00,5

11,5

22,5

33,5

44,5

0 50 100 150 200

Lâminas de irrigação (mm)

Prol

ina

em m

assa

fres

ca d

e fo

lhas

(mg

g-1)

B C

y = -0,054286 x + 13,004R2 = 0,7221**

02468

1012141618

0 50 100 150 200

Lâminas de irrigação (mm)

Mas

sa s

eca

de fl

ores

por

plan

ta (g

)

y = -0,06708 x + 19,673R2 = 0,9547*

0

5

10

15

20

25

0 50 100 150 200

Lâminas de irrigação (mm)

Núm

ero

de fl

ores

méd

io p

or

plan

ta

Figura 1. Efeito das lâminas de irrigação sobre o teor de prolina (A) nas folhas de calêndula (Calendulaofficinalis L.); massa seca de flores(B) e no número de flores (C) ao final do ciclo..

Para o teor de flavonóides (Figura 2A), as lâminas de irrigação não interferiram nos

valores obtidos, ou seja, a variação da disponibilidade hídrica causada pelos tratamentos não

interferiu no metabolismo secundário da planta. Esses resultados são semelhantes aos obtidos

por Pacheco (2007), onde não houve diferença significativa entre diferentes intensidades de

deficiência hídrica testadas com relação ao teor de flavonóides totais em inflorescências de

calêndula. Também Singh (2004), estudando alecrim (Rosmarinus officinalis L.), observou

que a fração de reposição de água não interferiu no teor de óleo essencial. Como os

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tratamentos influenciaram significativamente a MSF, o rendimento de flavonóides (Figura

2B) também apresentou resposta linear positiva, sendo o maior valor (0,072 g planta-1) obtido

para o tratamento sem irrigação e o menor (0,0019 g planta-1) para o tratamento com excesso

hídrico (150%ECA equivalente a 178,5 mm).

A B

y = 0,064054 n.s.

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

0 50 100 150 200

Lâminas de irrigação (mm)

Teor

de

flavo

nóid

es n

a m

assa

se

ca d

e flo

res

(%) y = -0,000285 x + 0,064054

R2 = 0,8427**

00,010,020,030,040,050,060,070,08

0 50 100 150 200

Lâminas de irrigação (mm)R

endi

men

to d

e fla

vonó

ide

por p

lant

a (g

)

Figura 2. Teor (A) e rendimento (B) de flavonóides para a calêndula sob diferentes lâminas de irrigação.

CONCLUSÕES

- O teor de flavonóides não foi alterado em função das lâminas de irrigação. Já a

produção de flores respondeu linearmente às laminas de irrigação.

- Para a as condições climáticas da região de Presidente Prudente o uso da irrigação

para o plantio em maio não é necessário. Caso não ocorra a precipitação esperada, ou seja,

reposição hídrica do solo no período de pré-florescimento, é necessário o uso de lâmina de

irrigação complementar para induzir ao máximo florescimento e conseqüente máximo

rendimento de flavonóides.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARMSTRONG, W. et al. Mechanisms of flood tolerance in plants. Acta Botanica Neerlandica. v. 43, p. 307-358, 1994. BATES, L. E. et al. Rapid determination of free proline for water-stress studies. Plant and Soil, v. 39, p. 205-207, 1973. EL-DIN, A.A.E. Growth, yield and essential oil of anise in relation to water supply. Annals of Agricultural Science, v. 48, n. 2, p. 777-785, 2003. HAMBURGUER, M. et al. Preparative purification of the major anti-inflamatory triterpenoid ester from Marigold (Calendula officinalis). Fitoterapia, v. 74, p. 328-338, 2003. HOPKINS, W.G. Introduction to Plant Physiology. New York: John Wiley, 1995. 464p. PACHECO, A.C. Deficiência hídrica e aplicação de ABA sobre as trocas gasosas e o acúmulo de flavonóides em calêndula (Calendula officinalis L.). 2007. 61p. Tese (Doutorado em Fisiologia e Bioquímica de Plantas) – Universidade de São Paulo, Piracicaba. RODRIGUES, P.O. et al. Influência de diferentes sistemas de solventes no processo de

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extração de Calendula officinalis L. (Asteraceae). Acta Farmaceutica Bonaerense, v.23, n.1, p.27-31, 2004. SINGH, M. Effects of plant spacing, fertilizer, modified urea material and irrigation regime on herbage, oil yield and oil quality of rosemary in semi-arid tropical conditions. The Journal of Horticultural Science and Biotechnology, v.79, n.3, p.411-415, 2004. VERLAG, D.A. Deustsches Arzeibuch. Gogi-Verlag GmBH: Stuttgart, 1978. 680p.