efeito de cobertura e perÍodos de manejo de...

103
UFSM Dissertação de Mestrado EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE Pinus elliottii, Pinus taeda E Pinus elliottii var. elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis EM VÁRZEAS Edison Bisognin Cantareli PPGEF Santa Maria, RS – BRASIL 2002

Upload: others

Post on 02-Mar-2021

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

UFSM

Dissertação de Mestrado

EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE

PLANTAS DANINHAS NO DESENVOLVIMENTO INICIAL

DE Pinus elliottii, Pinus taeda E Pinus elliottii var. elliottii x

Pinus caribaea var. hondurensis EM VÁRZEAS

Edison Bisognin Cantareli

PPGEF

Santa Maria, RS – BRASIL

2002

Page 2: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE

PLANTAS DANINHAS NO DESENVOLVIMENTO INI-

CIAL DE Pinus elliottii, Pinus taeda E Pinus elliottii var. el-

liottii x Pinus caribaea var. hondurensis EM VÁRZEAS

por

Edison Bisognin Cantareli

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado do Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal – Área de concen-tração em Silvicultura, da Universidade Federal de Santa Ma-

ria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Florestal.

PPGEF

Santa Maria, RS – Brasil

2002

Page 3: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

AGRADECIMENTOS

Desejo expressar minha gratidão a todas as pessoas que estive-

ram ao meu lado durante a execução deste trabalho e principalmente:

- a minha família, que me proporcionou a oportunidade de estudar e

foi a principal idealizadora do meu conhecimento;

- aos amigos do Ferro Carril, que deram força e estímulo ao trabalho;

- aos colegas que participaram e contribuíram para a tomada de deci-

sões no decorrer da jornada;

- a minha namorada Patrícia Marasca Fucks, pela compreensão e

companheirismo;

- a todos funcionários da empresa Bosques del Plata S.A., em especial,

aos engenheiros Francisco J. Rodríguez Aspillaga e Raul V. Pezzutti,

que acreditaram na Universidade Federal de Santa Maria e em mim

para desenvolver uma pesquisa de grande importância para a empresa;

- ao Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal da UFSM e

ao CNPq, pela oportunidade e suporte financeiro, possibilitando a rea-

lização deste estudo;

- aos mestres, que deram sua contribuição e seu apoio ao trabalho;

- ao meu orientador Ervandil Corrêa Costa que se dispôs a batalhar

pela conclusão deste estudo;

- ao co-orientador associado professor Sérgio de Oliveira Machado,

grande responsável pelo meu aprendizado e execução dos trabalhos.

Registro aqui meus mais sinceros agradecimentos a estes dois profes-

sores que acreditaram no meu trabalho e assumiram o desafio.

Obrigado!

Page 4: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

LISTA DE SIGLAS, ABREVIATURAS OU SÍMBOLOS

Km2 quilômetro quadrado

ha hectare

m3 metro cúbico

m2 metro quadrado

m metro

cm³ centímetro cúbico

cm centímetro

mm milímetro

DAC diâmetro altura do colo

DAP diâmetro altura do peito

h altura

var. variedade

°C graus centígrados

RS Rio Grande do Sul

SC Santa Catarina

Mercosul Mercado Comum do Sul

v/v volume de produto por volume de calda

ha-1 por hectare

cmol L-1 centi mol por litro

ppm parte por milhão

FAO Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a

Alimentação

Page 5: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Rurais

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova a Dissertação de Mestrado

EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE Pinus elliottii, Pinus taeda E Pinus elliottii

var. elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis EM VÁRZEAS

elaborada por EDISON BISOGNIN CANTARELI

como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Florestal

COMISSÃO EXAMINADORA:

____________________________________ Ervandil Corrêa Costa (Presidente/orientador)

_____________________________________ Marcelo Diniz Vitorino

_____________________________________ Mauro Valdir Schumacher

Santa Maria, 28 de Fevereiro de 2002

Page 6: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

SUMÁRIO

RESUMO_____________________________________________ VI

ABSTRACT___________________________________________ VIII

LISTA DE TABELAS___________________________________ X

LISTA DE FIGURAS___________________________________ XII

LISTA DE QUADROS__________________________________ XIII

1 INTRODUÇÃO _____________________________________ 1

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA_________________________ 6

2.1 Caracterização das espécies de Pinus spp.__________________ 6

2.2 Efeito de tratos silviculturais nas propriedades da madeira de

Pinus spp. _____________________________________________

11

2.3 Plantas daninhas _____________________________________ 13

2.3.1 Interferência de plantas daninhas em áreas de reflorestamento 13

2.3.2 Manejo de plantas daninhas em áreas de reflorestamento____ 17

3 MATERIAL E MÉTODOS ____________________________ 20

3.1 Localização da área experimental________________________ 20

3.2. Classificação do clima da região ________________________ 20

3.3. Instalação e condução do experimento ___________________ 23

3.4 Mudas de Pinus spp. __________________________________ 24

3.5 Delineamento experimental ____________________________ 25

3.6 Determinações ______________________________________ 28

3.7 Análise estatística____________________________________ 34

Page 7: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

v

3.8 Descrição dos herbicidas utilizados no experimento_________ 34

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ________________________ 37

4.1 Análise da sobrevivência das plantas de Pinus spp. __________ 37

4.2 Análise do desenvolvimento inicial das espécies de Pinus spp. 39

4.3 Análise do desenvolvimento inicial das espécies de Pinus spp.

para a variável fator de produtividade – DAC2x h/1000 (cm3)_____

47

4.4 Análise da Correlação entre biomassa das plantas daninhas e

Volume do Pinus spp.____________________________________

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES_________________

55

58

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ___________________ 61

ANEXOS______________________________________________ 76

Page 8: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

RESUMO

EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE

PLANTAS DANINHAS NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE

Pinus elliottii, Pinus taeda e Pinus elliottii var. elliottii x Pinus

caribaea var. hondurensis EM VÁRZEAS.

Autor : Edison Bisognin Cantareli

Orientador: Ervandil Corrêa Costa

Realizou-se um estudo do efeito de cobertura e períodos de

manejo de plantas daninhas em plantio de Pinus taeda, Pinus elliottii e

Pinus elliottii var. elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis,

localizado próximo da cidade de Santo Tomé, província de Corrientes,

Argentina. Em razão das características da área, várzeas, foram

construídos camalhões de 1,80 m de largura por 0,60 m de altura e, a

seguir, instaladas parcelas com três fileiras de 12 plantas cada no

espaçamento 1,75 metros, onde foram medidas somente as dez plantas

do camalhão central com o objetivo de avaliar o efeito de diferentes

modalidades e intensidades de manejo de plantas daninhas na

sobrevivência (%) e no desenvolvimento inicial em altura (cm),

diâmetro altura do colo (mm) e o fator de produtividade (cm³) das

mudas de Pinus spp. estabelecidas em áreas baixas. Foram avaliadas

modalidades de controle: controle químico na linha do plantio e

Page 9: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

vii

controle químico em área total; por dois períodos: um ano e dois anos

de controle tendo, ainda, uma testemunha sem nenhum controle para

cada espécie do gênero Pinus estudada. O delineamento estatístico do

experimento foi blocos ao acaso com três repetições. Diferenças

significativas foram obtidas entre os tratamentos com controle

químico em relação ao sem controle. Os resultados levaram a concluir

que é benéfico o controle por dois períodos, e que não houve diferença

quanto às modalidades de controle (camalhão e total). A sobrevivência

das espécies do gênero Pinus foi submetida ao teste de Tukey e não

apresentou diferença significativa a 5% de probabilidade de erro para

as médias. A biomassa das plantas daninhas, em cada tratamento, foi

correlacionada com o volume das plantas de Pinus spp. e demostrou

correlação negativa entre esses dois fatores.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA

FLORESTAL

Autor: Edison Bisognin Cantareli

Título: Efeito de cobertura e períodos de manejo de plantas daninhas

no desenvolvimento inicial de Pinus elliottii, Pinus taeda e

Pinus elliottii var. elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis

em várzeas.

Dissertação de Mestrado em Engenharia Florestal.

Santa Maria, 28 de fevereiro de 2002.

Page 10: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – Resultados da análise química e física do solo da

área experimental____________________________

23

TABELA 2 – Estabelecimento dos tratamentos a serem executados 29

TABELA 3 – Resultados da análise dos valores de sobrevivência

(%)_______________________________________

37

TABELA 4 – Resultados da análise de variância na sobrevivência

(%)_______________________________________

38

TABELA 5 – Teste de Tukey das médias do fator A (espécies de

Pinus), para as variáveis altura (cm), Diâmetro altura

do colo (mm) e Fator de produtividade (cm³)______

40

TABELA 6 – Teste de Tukey das médias do fator B (modalidades

de controle) para as variáveis altura (cm), Diâmetro

altura do colo (mm) e Fator de produtividade (cm³)_

41

TABELA 7 – Teste de Tukey das médias do fator C (intensidade

de controle), para as variáveis altura (cm), Diâmetro

altura do colo (mm) e Fator de Produtividade (cm³)_

43

TABELA 8 – Teste de Tukey para as médias das testemunhas, nas

variáveis altura (cm), Diâmetro altura do colo (mm)

e Fator de produtividade (cm³)__________________

46

TABELA 9 – Percentual (%) de desenvolvimento dos tratamentos

aplicados nas três espécies em relação a testemunha

sem controle________________________________

49

TABELA10 – Resultados de biomassa (Kg ha-1 de camalhão) nos

dois períodos de avaliação, 06/10/2000 e

1/12/2001__________________________________

55

Page 11: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

xi

TABELA 11 Coeficientes de correlação de Pearson (r) entre as

variáveis (V1) Volume em cm³ das plantas de Pinus

spp. no ano um; (V2) Volume em cm³ das plantas de

Pinus spp. no ano dois; (MS1) biomassa das plantas

daninhas em Kg ha-1 de camalhão no ano um e

(MS2) biomassa das plantas daninhas em Kg ha-1 de

camalhão no ano dois, dentro de cada espécie do

gênero Pinus entre anos_______________________

56

Page 12: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Localização geográfica onde foi instalado o

experimento________________________________

21

FIGURA 2 – Dados de temperatura e de precipitação do ano de

1999, da Estação Meteorológica de Santo Tomé,

distante cerca de 50 Km do experimento__________

22

FIGURA 3 – Foto do tratamento com controle no camalhão, 1º

período de manejo ___________________________

27

FIGURA 4 – Foto do tratamento aplicado com controle total, 1º

período de manejo ___________________________

27

FIGURA 5 – Foto da testemunha, onde não foi realizada nenhuma

intervenção de manejo de plantas daninhas________

28

FIGURA 6 – Demonstração da coleta de matéria seca no

camalhão entre as mudas de Pinus spp.___________

33

FIGURA 7 – Valores observados para as três espécies analisadas

no experimento para a variável altura (cm)________

42

FIGURA 8 – Desenvolvimento inicial das plantas de Pinus spp.

das três espécies, para a variável Diâmetro altura do

colo (mm), frente aos tratamentos aplicados_______

45

FIGURA 9 – Valores observados para as três espécies analisadas

no experimento para a variável fator de

produtividade (cm³) __________________________

48

FIGURA 10 – Percentual de desenvolvimento inicial dos

tratamentos em relação a testemunha para cada

espécie do gênero Pinus, para a variável altura (cm)

e diâmetro altura do colo (mm) _________________

50

Page 13: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

xiii

FIGURA 11 – Percentual de desenvolvimento inicial dos

tratamentos em relação a testemunha para cada

espécie do gênero Pinus, para a variável fator de

produtividade (cm³) __________________________

51

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – Análise visual do experimento nos dois períodos de

avaliação __________________________________

31

QUADRO 2 – Resumo da análise de variância, para as variáveis

Altura (cm), Diâmetro altura do colo – DAC (mm) e

Fator de produtividade (cm³)___________________

39

Page 14: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

1 INTRODUÇÃO

O homem utiliza as florestas como fornecedoras de matéria-

prima desde os tempos remotos, pois esta desempenha, nas mais di-

versas épocas, importante papel no desenvolvimento econômico e so-

cial dos povos. Assim, a organização humana esteve e está associada

ao aproveitamento dos recursos florestais e, por isso, a sua manuten-

ção, mediante políticas e ações que garantem o uso racional, é indis-

pensável para o desenvolvimento socioeconômico dos povos (Finger,

2000).

O setor florestal, com as múltiplas funções das florestas, traz

inúmeros benefícios para o homem, como o desenvolvimento social e

econômico, a redução da pobreza, a geração de empregos, a energia

rural, o abastecimento de produtos florestais essenciais, a conservação

do solo e da água, a recuperação de áreas degradadas entre outros. Re-

centemente, estudos da Organização das Nações Unidas para a Agri-

cultura e a Alimentação (FAO) estimam que, no ano 2010 haverá um

déficit mundial de cerca de 700 milhões de m³ de madeira roliça

(Sagpya Forestal, 1997).

No Brasil, o reflorestamento alcançou grande impulso a partir

da década de sessenta, em função dos incentivos fiscais oferecidos

pelo governo. A demanda por madeiras, tanto como fonte de energia

quanto para a construção civil, produção de celulose e papel tem cres-

cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com

madeiras oriundas de espécies silvícolas de rápido crescimento, redu-

zindo, desta forma, o desmatamento e a derrubada de árvores nativas.

Page 15: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

2

No Sul e Sudeste do País, a quase exaustão dos recursos florestais de-

correntes da exploração não-planejada obrigou a uma rápida ação de

reposição florestal para suprir a demanda futura de madeira para as

indústrias de celulose e de transformação mecânica. De maneira geral,

o reflorestamento tem-se concentrado em espécies do gêneros Eu-

calyptus e Pinus de rápido crescimento em nossas condições.

Na Argentina, como na maioria dos países, também há o fenô-

meno de desmatamento. Em 1914, a superfície total de bosques flores-

tais era de 106 milhões de hectares; na mesma superfície, em 1956, a

área não ultrapassava os 60 milhões de hectares; com um desmata-

mento de 1.110.676 hectares. Trinta anos depois, com desmatamento

de 508 mil hectares por ano, a superfície florestal continha apenas 44

milhões de hectares. Tomando como base esses dados, a Argentina

devastou, no último século, cerca de dois terços de seu patrimônio flo-

restal original. (La Agroforesteria en Argentina, 1997).

O setor florestal argentino teve o seu maior crescimento nos úl-

timos anos da década de noventa, tendo como epicentro o nordeste

mesopotâmico. Diversos mecanismos foram aplicados desde a sanção

da Lei 13.273 com o objetivo de incentivar e manter a massa florestal

(Tarnowski, 2000). Esta modalidade, vigente desde 1992, estimulou a

retomada de florestamento na Argentina, alcançando, naquele ano,

cerca de 22.183 hectares. Para o ano de 2000, segundo o mesmo autor

projetava-se a incorporação de novas áreas que estavam fora do pro-

cesso produtivo argentino, totalizando o equivalente a 150.000 hecta-

res.

Page 16: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

3

A capacidade científica e tecnológica do Mercosul frente à

América Latina representa 75% da inversão regional e 70% das pesso-

as dedicadas a elas (Albornoz, 2000). Assim, a cooperação em ciência

e tecnologia é um fenômeno que tem se desenvolvido rapidamente na

última década, e esta integração entre instituições de pesquisas e pres-

tadoras de serviços dos países do Mercosul é fundamental para a troca

de experiências e tecnologias, visando oferecer novas alternativas aos

problemas comuns aos países.

A empresa Bosques del Plata S.A., localizada nas províncias de

Corrientes e Misiones (Argentina), trabalha com um custo de

U$645.00 por hectare na implantação de suas florestas de Pinus spp..

Deste valor, 27% são custos orçados para o controle de plantas dani-

nhas na implantação da floresta. A empresa começará a operar, em

2007, uma fábrica de celulose e papel e, para obter uma sustentabili-

dade, tem como meta a implantação de seis mil hectares por ano, tota-

lizando um custo de U$1.044.900,00 apenas para o manejo de plantas

daninhas.

Em solos de terras altas do Nordeste da Argentina, o manejo de

plantas daninhas em povoamentos florestais é realizado em duas mo-

dalidades: em faixas sobre a fileira de plantio e em área total. Por ou-

tro lado, os solos de várzeas, que normalmente seriam utilizados com

pecuária ou para o cultivo de arroz irrigado, estão sendo utilizados pa-

ra o reflorestamento, uma vez que possuem menor preço e ocupam

grandes extensões. Nessas áreas, face ao menor custo unitário do hec-

tare, instalaram-se inúmeras empresas do setor florestal. Para ilustrar

tal situação, a empresa Bosques del Plata S.A., em 1999, reflorestou

Page 17: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

4

com Pinus spp. cerca de mil hectares em solos de terras altas e cinco

mil hectares em solos de várzeas com plantios sob camalhão, ou seja,

83,3% da área.

Nessas áreas aptas à silvicultura, o controle de plantas daninhas

é um componente muito importante na fase inicial de estabelecimento,

tanto pelo custo quanto pela necessidade de recursos humanos. Além

disso, as plantas daninhas são hospedeiras de pragas e doenças; po-

dem eliminar no ambiente inúmeros compostos orgânicos “aleloquí-

micos” que afetam o desenvolvimento inicial das mudas e também

prejudicam as operações silviculturais de manejo aumentando o risco

de incêndios florestais (Wiecheteck, 1988 citado por Kogan e Figue-

roa, 1998).

Na literatura mundial existem revisões e trabalhos científicos

versando sobre o manejo de plantas daninhas em espécies florestais

(Brito, 1995; Carvalho e Antiqueira, 1993; Christofoletti et al., 1995;

Maclaren, 1993; Schoenholtz e Burger, 1983; Schultz, 1997; Swindel

et al., 1988) entretanto, nos países que formam o Mercosul, notada-

mente a província de Corrientes (Argentina), as informações disponí-

veis são escassas, mas necessárias.

Predominantemente, o manejo de plantas daninhas em áreas de

reflorestamento tem sido realizado por meios manuais e mecânicos,

passando-se a adotar, nos últimos anos, de forma crescente o manejo

químico. Devido as características dos solos de várzeas, pela dificul-

dade do uso de métodos mecânicos para se fazer o manejo cultural de

plantas daninhas, o manejo químico torna-se o método mais econômi-

co.

Page 18: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

5

Dessa forma, é importante avaliar o desenvolvimento inicial de

algumas espécies do gênero Pinus bem como sua sobrevivência sob

influência de uma flora daninha típica deste ambiente.

Neste contexto, os aspectos anteriormente apresentados moti-

varam a busca de respostas de plantios de Pinus elliottii, Pinus taeda e

Pinus elliottii var. elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis frente a

um manejo de plantas daninhas tendo como objetivos:

a) Definir a melhor modalidade e intensidade de manejo de

plantas daninhas em reflorestamentos de Pinus spp. em solos

de várzeas;

b) Avaliar a resposta das plantas de Pinus taeda, Pinus elliottii

e Pinus elliottii var. elliottii x Pinus caribaea var.

hondurensis frente às diferentes modalidades e intensidade

de manejo de plantas daninhas;

c) Correlacionar a biomassa das plantas daninhas e o volume de

Pinus spp., nos dois períodos avaliados.

Page 19: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

6

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Caracterização das espécies de Pinus

O gênero Pinus tem sido utilizado pelo homem desde os tempos

mais remotos. Theophrastus (370-285 a.c.), em seu inventário sobre

plantas, já fazia uma descrição inicial da morfologia deste gênero e da

utilidade para o homem (Mirov, 1967).

Na introdução de espécies exóticas é necessário escolher espé-

cies ou híbridos que melhor se adaptem à nova situação (região), co-

mo também às melhores procedências, pois, em geral, tem-se obser-

vado resultados significativamente diferentes no desenvolvimento ini-

cial das mudas.

2.1.1 Pinus elliottii

É uma planta originária dos Estados Unidos, ocorrendo desde o

sul da Carolina do Sul até a Flórida, estendendo-se também para oeste

até quase o rio Mississipi. A planta necessita de invernos frios com

temperaturas mínimas de 0°C e não suporta períodos secos com déficit

de umidade. Botanicamente, esta espécie é denominada Pinus elliottii

var. elliottii. (Suassuna, 1977).

O Pinus elliottii é uma planta heliófila, de rápido crescimento e

alta capacidade competitiva com gramíneas e arbustos lenhosos, com

estatura variando de 20 a 40 m; e diâmetro altura do peito (Dap) entre

0,60 a 0,90 m. O sistema radicular atinge profundidades maiores que

cinco metros (Lamprecht, 1990).

Page 20: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

7

Schultz, citado por Pait et al. (1991), menciona que solos pla-

nos mal-drenados, margens de rios e lagoas, áreas ocasionalmente

alagadas como baías e pântanos formam o habitat natural desta espé-

cie; porém, pode rapidamente colonizar locais mais secos. Para Lam-

precht (1990), o Pinus elliottii var. elliottii tem preferência natural por

solos um pouco mais ácidos e arenosos, localizados, sobretudo, em

solos de várzeas e junto a cursos de água.

Na região de origem da espécie, a temperatura média anual os-

cila entre 15 e 24°C, e os índices de precipitação pluvial variam de

650 a 2.500 mm, com um período seco de, no máximo, quatro meses.

É uma espécie bastante resistente às geadas e amplamente tolerante a

ventos com elevados teores de sal (Lamprecht, 1990).

Estudos conduzidos por Fisher, citado por Pait et al. (1991),

descrevem os parâmetros de solo freqüentemente associados com o

bom crescimento em altura para o Pinus elliottii, indicando que áreas

planas mal-drenadas, lagoas rasas ou pântanos são geralmente os me-

lhores locais.

No Sul do Brasil, a precipitação e a distribuição das chuvas no

ano têm importância marcante na qualidade da madeira de Pinus

elliottii. Em regiões mais úmidas, com melhor distribuição das chuvas,

o crescimento volumétrico é maior, porém, ocorre maior formação de

madeira juvenil, ou seja, há maior teor de lenho inicial em relação ao

tardio, e a densidade da madeira é menor (Slooten et al., 1976).

Page 21: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

8

2.1.2 Pinus taeda

Oriundo das planícies adjacentes ao Golfo do México e costa

atlântica do Sudeste dos Estados Unidos, cresce em geral até altitudes

de 800 m. Embora coincidente com a área original do Pinus elliottii,

apresenta uma distribuição mais ampla, alcançando o Texas, Arkan-

sas, Tennessee e Virginia. Também conhecido por loblolly pine, tra-

ta-se da espécie madeireira mais importante dos Estados Unidos na

atualidade. As árvores alcançam cerca de 20 m de altura e 100 cm de

Dap. As fibras são longas e adequadas à fabricação de papel. (Marchi-

ori, 1996).

No Nordeste da Argentina, Rocha e Niella (2000) mencionaram

que a demanda de mudas de Pinus spp. é de aproximadamente 30 mi-

lhões, das quais cerca de 25 milhões correspondem a Pinus taeda, re-

presentando, aproximadamente, 83% das mudas produzidas na região.

Por outro lado, Sagpya, citado por Pezzutti (2000), relatou que, nos

últimos anos, verificou-se um incremento no plantio de Pinus e Eu-

calyptus no noroeste da província de Corrientes, passando de 3.800

hectares, em 1992, para 17.000 hectares em 1997. Destes, 97% cor-

respondem a reflorestamento com Pinus spp..

No Brasil, Pinus taeda é usado no reflorestamento na Região

Sul, em altitudes geralmente superiores a 1.200 m. Nessa região, o

crescimento da planta é rápido, inclusive superior ao Pinus elliottii;

contrastando com os plantios em outras regiões do País, em que há

pouca conveniência de se utilizar esta espécie nos repovoamentos flo-

restais (Suassuna, 1977).

Page 22: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

9

2.1.3 Pinus elliottii var. elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis

A espécie Pinus caribaea compreende três variedades: a) Pinus

caribaea caribaea, procedente do litoral atlântico da América Central

(Cuba); b) Pinus caribaea bahamensis das Ilhas Bahamas; e c) Pinus

caribaea hondurensis da região continental centro-americana. De

acordo com Suassuna (1977), dentre as três espécies, Pinus caribaea

hondurensis é o maior produtor de madeira, fato que deverá ser levado

em consideração quando o plantio tem como objetivo principal a pro-

dução de matéria-prima para celulose.

Quanto à topografia e drenagem do solo, a variedade

hondurensis tolera parcialmente solos de várzeas. Trabalhos conduzi-

dos por Mendoza (1998), enfatizam que, no México, a distribuição

natural desta variedade ocorre em selva baixa e savanas, onde os so-

los apresentam drenagem deficiente e baixa diversidade florística.

Para Greaves (1979), a maioria das populações naturais de

Pinus caribaea ocorre em solos erodidos e de baixa fertilidade bem

como em solos de várzeas, condições estas consideradas impróprias

para a espécie em diversos países.

Quanto ao Pinus caribaea var. hondurensis, a ocorrência limita-

se a uma faixa de largura variável, ao longo das terras baixas e úmidas

da Costa Atlântica, principalmente nas planícies costeiras de Belize,

Nordeste de Honduras e Nicarágua. Existe grande descontinuidade na

sua distribuição, particularmente ao longo da costa norte de Honduras,

onde as altas cadeias de montanhas aproximam-se do mar (Greaves,

1979).

Page 23: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

10

Para Golfari et al. (1978), o maior problema nos plantios de Pi-

nus caribaea var. hondurensis é a sua grande heterogeneidade de for-

ma, ocorrendo desde indivíduos com ótimo porte e ramificação regu-

lar a exemplares sem ramificação, tipo de crescimento denominado

“rabo-de-raposa” (foxtail). A quantidade de plantas defeituosas varia

com a procedência das sementes e local de plantio. Plantas com essa

característica apresentam considerável quantidade de madeira de com-

pressão e baixa qualidade, tanto para serraria como para celulose,

além de ser bastante susceptível à quebra pela ação do vento. Quanto à

produção de celulose, Colodette (1982) não encontrou diferenças entre

as madeiras provenientes de plantas normais e aquelas com rabo-de-

raposa.

Na Argentina, os povoamentos do híbrido Pinus elliottii var. el-

liottii x Pinus caribaea var. hondurensis iniciaram-se há pouco mais

de 10 anos no norte da província de Corrientes, com um índice anual

de plantio ao redor de 100 hectares ao ano; porém, nos últimos anos,

vem incorporando áreas de 600 a 800 hectares anualmente (Niella &

Rocha, 2000).

Em geral, os híbridos interespecíficos, particularmente o Pinus

elliottii var. elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis, apresentam

uma boa adaptação tanto na Argentina como em outros países como a

Austrália, Brasil, China, África do Sul e Estados Unidos. As gerações

F1 e F2 e o retrocruzamento delas tem mostrado melhores taxas de

crescimento quando comparados com o Pinus elliottii, e também mai-

or densidade de madeira e resistência ao vento se comparados com

Pinus caribaea (Powell e Nikles, 1996). Quanto à sensibilidade às ge-

Page 24: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

11

adas, o interesse por esta espécie é grande pelo fato de apresentar

crescimento inicial rápido e boa qualidade de madeira. Por outro lado,

para os retrocruzamentos com Pinus elliottii, espera-se que os indiví-

duos sejam mais apropriados a solos mal-drenados ou locais sujeitos a

geadas (Dieters e Nikles, citados por Niella e Rocha, 2000).

2.2 Efeito de tratos silviculturais nas propriedades da madeira de

Pinus spp.

O ambiente e os tratos silviculturais podem afetar as caracterís-

ticas da madeira e, conseqüentemente, sua qualidade. Em ambiente

exótico, as propriedades da madeira podem, muitas vezes, ser signifi-

cativamente diferentes daquelas árvores que ocorrem em ambiente

natural. Em alguns casos, uma pequena região do lenho juvenil pode

ser formado, quando a diferença entre a densidade do lenho juvenil e

adulto torna-se inexistente, podendo assim afetar essencialmente sua

utilização em diversos produtos. Um exemplo clássico de madeira de

qualidade inferior tem sido verificado na África do Sul com Pinus

caribaea mesmo naquelas árvores com bom crescimento e forma ade-

quada. Em geral, o peso específico destas árvores é menor bem como

a produção de polpa e a qualidade do papel produzido. De forma simi-

lar, porém menos drástica, é a redução do peso específico de plantas

de Pinus taeda levadas dos Estados Unidos para outros países como

Brasil, África do Sul e Austrália (Kellison, 1981).

Inúmeras pesquisas têm procurado identificar quais fatores afe-

tam as propriedades da madeira. Kellison (1981) mencionou que a

Page 25: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

12

procedência da semente pode também influenciar nas propriedades da

madeira. Em regiões tropicais, é comum encontrar, em algumas espé-

cies de Pinus, o fenômeno conhecido como rabo-de-raposa, foxtail

(Golfari, 1978; Colodette, 1982). Os mesmos autores enfatizam, ainda

que, nestas plantas, as propriedades da madeira são adversamente afe-

tadas pelas acículas oclusas que reduzem o peso específico da madei-

ra, inutilizando-a para produtos que utilizam a madeira maciça, além

de afetar negativamente a produção de polpa e papel.

A maioria dos problemas que reduzem a qualidade da madeira

devem-se às alterações de características do lenho juvenil, como a

baixa densidade, resistência e a propensão de uma contração mais

acentuada da madeira. Na indústria de polpa e de papel, a presença do

lenho juvenil causa problemas na manufatura, quando se misturam os

cavacos oriundos de árvores jovens de rápido crescimento com aque-

les cavacos de árvores de idade mais avançada. A desigualdade exis-

tente entre o alto conteúdo de lignina e o baixo teor de celulose do le-

nho juvenil e adulto resulta no processo de deslignificação inadequa-

do, produzindo porções de madeira com cozimento excessivo e outras

com baixo cozimento (Senft, 1986).

Page 26: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

13

2.3 Plantas daninhas

2.3.1 Interferência de plantas daninhas em áreas de reflorestamento

O Pinus spp., como toda espécie florestal, está sujeito a uma sé-

rie de fatores do ambiente que, direta ou indiretamente, influem na

produtividade, qualidade do produto e custo de produção. Dentre esses

fatores, as plantas daninhas assumem lugar de destaque, principalmen-

te no primeiro ano após o transplante das mudas, face aos efeitos ne-

gativos observados na sobrevivência das mudas e no desenvolvimento

das plantas (Montoya, 1961).

A competição entre o Pinus spp. e as plantas daninhas apenas se

estabelece quando a intensidade de uso dos recursos do ambiente ul-

trapassa a capacidade do ecossistema em disponibilizá-los. Geralmen-

te, as plantas utilizam os nutrientes minerais e o CO2 na formação da

biomassa, enquanto a água e a luz são mais usadas para o crescimento

e outros processos fisiológicos da planta (Berkowitz, 1988).

A intensidade da competição varia com a espécie silvícola usa-

da e com a idade. Plantas de Eucalyptus spp. são mais sensíveis no

primeiro ano após o transplante das mudas que Pinus spp., e dentro do

gênero Pinus, a espécie caribaea, especificamente Pinus caribaea var.

hondurensis é mais sensível à competição de plantas daninhas que o

Pinus elliottii e Pinus taeda, principalmente nos dois e três primeiros

anos após o transplante, respectivamente (CIEF, 1993).

A falta ou controle deficiente de plantas daninhas diminui o

crescimento e a sobrevivência das mudas de Pinus spp.. No caso de

Pinus taeda, se no primeiro ano as plantas daninhas sobrepuserem-se

Page 27: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

14

às plantas de Pinus spp., a mortalidade atingirá mais de 30% das mu-

das (Cozzo,1976).

Voeller et al. (1974) afirmaram que a umidade é o fator mais

importante entre as plantas daninhas gramíneas e Pinus poderosa,

porque as raízes das gramíneas desenvolvem-se mais rapidamente ex-

plorando melhor a umidade do solo, principalmente em períodos de

estiagens.

Estudos realizados em Oregon (USA) demonstraram que áreas

com alta infestação de plantas daninhas gramíneas podem remover

toda a umidade do solo disponível nos primeiros 0,30 m antes do iní-

cio do verão (Kogan citado por Izquierdo, 1995).

A experiência e os estudos realizados demonstram que o cres-

cimento inicial de povoamentos de Pinus spp. aumenta quando o solo

se mantém isento ou com poucas plantas daninhas até ocorrer o som-

breamento pela copa das plantas. A vegetação herbácea nativa com-

pete fortemente com o Pinus spp., não somente pela grande ocupação

do terreno, mas também pela absorção da água do solo, principalmen-

te durante períodos de estiagens (Cozzo,1976).

Harrington & Chan (1993) descreveram que, quando o potencial

hídrico é menor que a –1,0 Mpa, a disponibilidade de água no solo

limita a fotossíntese e o crescimento da maioria das coníferas. A pre-

sença de plantas daninhas em forma considerável influi na extração de

água do solo, provocando menores oportunidades aos cultivos para

abastecer suas demandas de seus processos fisiológicos em parte da

aérea. A redução de área foliar transpiratória e de crescimento de raí-

Page 28: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

15

zes de espécies competidoras são ações que favorecem a disponibili-

dade de água no solo.

Também para Tung et al. (1986) o efeito mais importante que

influi sobre a sobrevivência e desenvolvimento de mudas em cultivos

florestais é a disponibilidade de umidade no solo. Em relação a este

fator, os estudos realizados até agora mostram que a vegetação compe-

tidora pode reduzir a umidade do solo, provocando um estresse fisio-

lógico das plantas de cultivo e uma redução em seu índice de cresci-

mento. Segundo, (Carter et al., 1984; Petersen et al., 1988) o estresse

hídrico dos plantios vê-se aumentado pela proliferação de plantas da-

ninhas e arbustos que competem seriamente por absorção de água no

solo, ocasionando o fechamento de estômatos e, portanto, uma dimi-

nuição da condução dos estômatos e da taxa de fotossíntese e menor

crescimento e rendimento do volume de madeira.

Além da competição por água, as mudas das espécies florestais

que crescem sob interferência de plantas daninhas também podem

apresentar deficiência em nutrientes, como conseqüência da maior ha-

bilidade dessas espécies em extraí-los do solo (Davies, 1990).

A competição por nutrientes raramente afeta a sobrevivência

das mudas, porém pode afetar drasticamente o seu crescimento (Bal-

neaves e Clinton citados por Izquierdo, 1995).

A competição por luz ocorre sempre que as plantas daninhas, ao

crescerem, provocam sombreamento no Pinus diminuindo a intensi-

dade e qualidade da luz recebida. Em geral, as plantas daninhas mais

altas apresentam maior facilidade em competir, principalmente, devi-

do à quantidade de luz interceptada.

Page 29: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

16

Os estudos realizados por Angeles et al. (1997) descreveram

que a radiação solar recebida ao nível do solo em parcelas sem contro-

le de plantas daninhas foi cinco vezes menor que a recebida nas parce-

las em que se eliminou as plantas daninhas. A quantidade de luz que

chega até as plantas de Pinus patula diminui ao aumentar a cobertura

foliar da vegetação competidora, por isso os tratamentos que a redu-

zem favorecem a disponibilidade de luz para os cultivos. Sobre a umi-

dade do solo, os autores demostraram que nas parcelas que receberam

o controle de plantas daninhas durante várias datas de amostras, o con-

teúdo de umidade do solo foi maior a uma profundidade de 0 a 15 cm

do que na de 15 a 30 cm.

O sistema de cultivo do Pinus spp. propicia um habitat especial

para a infestação de plantas daninhas. Durante meses da estação

quente do ano, além da temperatura e luminosidade adequadas ao

crescimento vegetal, somam-se os efeitos da umidade do solo e da

adição de nutrientes. Em níveis satisfatórios dos recursos do ambiente,

o estabelecimento e o crescimento de plantas daninhas é favorecido.

Isto torna as plantas daninhas responsáveis pelos maiores problemas

na implantação de florestas de Pinus spp. Outro aspecto importante é

que a infestação de plantas daninhas varia de um local para outro e

também com as modalidades de implantação da floresta. Desta forma,

é necessário que se faça um levantamento de plantas daninhas existen-

tes antes de se implantar o reflorestamento e, conseqüentemente, o

manejo de plantas daninhas a ser empregado, visto que em áreas não

controladas, a redução da produtividade do Pinus spp. pode ser total.

Page 30: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

17

2.3.2 Manejo de plantas daninhas em áreas de reflorestamento

Em áreas de reflorestamento, o manejo de plantas daninhas tem

como principal dificuldade a baixa eficiência dos métodos mecânicos

de controle, bem como as reinfestações da área após o transplante das

mudas. O manejo pode ser feito em linhas, acompanhando o plantio

ou apenas nas covas, com o uso de enxadas, caso haja mão-de-obra

disponível. O preparo das fileiras pode ser feito mecanicamente, mas,

após o plantio das mudas, há limitação para se fazer o cultivo mecani-

zado. O uso de roçadeiras pode ser bastante eficaz se a área entreli-

nhas estiver sem tocos ou pedras. Com isto, pode-se manter uma faixa

vegetada, como flora local, evitando-se atingir o florescimento (Deu-

ber, 1997).

Nos trópicos, plantas florestais como Pinus spp. têm sido utili-

zada no reflorestamento em extensas áreas. Contudo, são raros os tra-

balhos mostrando a utilização de herbicidas na implantação de flores-

tas de Pinus spp., ao contrário do Eucalyptus spp. (Brasil et al., 1976;

Foloni, 1993; Rodrigues et al., 1990; Silva et al., 1993; Toledo et al.,

1995). Poucos também são os herbicidas seletivos disponíveis para o

controle de plantas daninhas na cultura do Pinus durante a fase de im-

plantação da floresta (Christoffoleti et al., 1995).

Para o plantio no local definitivo, deve-se fazer o manejo pre-

ventivo o mais adequado possível, principalmente nas áreas corres-

pondentes às covas das árvores. O preparo do solo pode ser feito em

linhas, acompanhando a direção das fileiras de plantio. Pode-se fazer a

aplicação de herbicidas de pré-plantio, composto da mistura de herbi-

cidas dessecantes com pré-emergentes que apresente efeito residual

Page 31: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

18

para os primeiros meses. Deuber (1997) enfatizou que as plantas dani-

nhas presentes nas entrelinhas não devem frutificar para evitar que as

sementes sejam lançadas nas áreas das covas. Alguns autores (Brito,

1995; Carvalho e Antiqueira, 1993; Deuber, 1997) preconizam fazer

o manejo mecanizado ou químico destas áreas. Na fase de implanta-

ção, é necessário fazer cultivos nas covas ou ao longo das fileiras, que

pode ser realizado manualmente ou com enxadas, ou com herbicidas

aplicados com pulverizadores costais ou tratorizados providos de bar-

ras contendo até duas pontas.

Uma vez que o povoamento florestal esteja formado, pode ha-

ver necessidade de algum tipo de manejo complementar, dependendo

da formação da sombra na superfície do solo e de possíveis efeitos de

aleloquímicos eliminados pelas folhas e/ou raízes das plantas (Souza,

1994). Deuber (1997) mencionou que com Eucalyptus spp. ocorre

reinfestações dentro da área florestada ao passo que com Pinus prati-

camente não ocorre, exceto nos aceiros, que são áreas em torno da

área plantada e entre os talhões.

Zagonel et al. (2000) estudaram o controle de losna-do-campo

(Ambrósia elatior), carurú-rasteiro (Amaranthus lividus), maria-mole

(Senecio brasiliensis) e mamoneiro (Ricinus communis) em Pinus

taeda com os herbicidas: imazapyr (0,50, 0,75 e 1,0 kg ha-1), aplicado

42 dias antes do transplante, no dia do transplante das mudas, aos 17 e

aos 39 dias após o transplante; e também com o herbicida glyphosate

(1,92 kg ha-1), porém com as mudas de Pinus taeda protegidas. Os

resultados mostraram que imazapyr manteve o controle destas plantas

daninhas até cerca de 212 dias após a aplicação dos herbicidas. Dentre

Page 32: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

19

as épocas de aplicação, apenas aquela realizada aos 42 dias não pro-

vocou fitotoxicidade no Pinus taeda. Em um outro estudo, Silva et al.

(1997) estudaram a tolerância de espécies de Pinus (Pinus caribaea

“bahanensis”, Pinus caribaea “hondurensis”, Pinus occarpa, Pinus

patula “tecunumani” e Pinus taeda) aos herbicidas flazasulfuron (40,

80 e 120 g ha-1), oxadiagyl (600, 800 e 1000 g ha-1), metribuzin (800,

1000 e 1200 g ha-1), oxyfluorfen (480; 720 e 960 g ha-1) e imazethapyr

(0,375, 0,50 e 0,625 g ha-1), aplicados com as mudas apresentando

cerca de 0,15 m de estatura, e verificaram que os herbicidas testados

são seletivos aos Pinus spp. e não afetam a produção de matéria seca.

Page 33: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Localização da área experimental

O experimento foi conduzido em solo de várzea dentro da Uni-

dade Cartográfica n.38, que apresenta a seguinte associação:

- Kandihumultes típicos: Argiloso Vermelho-amarelo Distrófico;

- Kandiudalfes sódicos: Argiloso Vermelho Eutrófico Sódico;

- Distrocreptes líticos: Neossolo Litólico Distrófico.

(Montenegro, 1999) descreve que o solo se enquadra melhor

dentro da série Sosa Cué, ou seja, Neossolo Litólico Distrófico, que

apresenta características de relevo normal, posição média loma e mé-

dia loma baja. A topografia do local é suave com ondulações mais ou

menos elevadas, declividade de 1 a 2%, guardando entre si pouca di-

ferença de altitude relativa.

O local de realização da pesquisa situa-se na área denominada

Campo San Miguel, da Empresa Bosques del Plata S.A., localizada

próximo ao município de Santo Tomé (Figura 1), na Rota Nacional

40, na província de Corrientes, Argentina.

3.2 Classificação do clima da região

O clima da região, segundo a Classificação Climática de Köp-

pen, pertence ao tipo Cfa, ou seja, clima subtropical úmido. A tempe-

ratura média anual é de 19,1°C, com temperatura média do mês mais

frio (julho) de 12,3°C e a média do mês mais quente (janeiro) de

25,3°C. Essas temperaturas próprias de verão e inverno, relativamente

elevadas, e sua pequena variação anual, definem este clima como

Page 34: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

21

FIGURA 1– Localização geográfica onde foi instalado o experimento.

Page 35: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

22

sendo mesotérmico. A precipitação da região é do tipo isohidro (pre-

cipitação igualmente distribuída nos doze meses do ano), com valor

médio anual de 1.680 mm, destacando-se como mais chuvosos dois

períodos, período de outono (abril e maio) e na primavera (setembro e

outubro). Em 1999, os valores médios de chuva se mantiveram entre

um mínimo normal de 28 mm, em janeiro, e um máximo de 301 mm,

em maio (Figura 2).

25507510012515012,3 14,9 17,3 18,1 20,7 25,2 25,3 24,3 24,6 17,9 14,6 12,8

MES JUL AGO SEP OCT NOV DIC ENE FEB MAR ABR MAY JUNTEMPERATURA MEDIA 24,6 29,8 34,5 36,2 41,5 50,4 50,7 48,5 49,3 35,8 29,3 25,7mm / MES 76 21 197 137 79 100 28 164 50 214 301 95

ESTAÇÃO SANTO TOMEDIAGRAMA OMBROTERMICO

0

50

100

150

200

250

300

350

JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUNMES

TEMPERATURA MEDIA mm / MES

TEMPERATURA ( ºC )PRECIPITAÇÃO ( mm )

0

25

50

75

100

125

150

175

FIGURA 2 – Dados de temperatura e de precipitação pluviométrica do

ano de 1999, da Estação Meteorológica de Santo Tomé,

distante cerca de 50 Km do experimento.

Page 36: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

23

3.3 Instalação e condução do experimento

A amostragem do solo para a análise química foi realizada em

1º de setembro de 2000 e processada no Laboratório de Ecologia Flo-

restal do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Fede-

ral de Santa Maria, seguindo a metodologia adotada por TEDESCO et

al. (1995).

TABELA 1 – Resultados da análise química e física da área experi-mental em 2000. Santa Maria, RS. 20021.

Determinações

Análise

Química2

Análise Física ----------------------------------------------

Distribuição do tamanho das partículas %

pH (H2O 1 : 1) 4,8 Argila ( < que 0,002mm) 27,0 pH (SMP) 5,9

P* (ppm) mg Kg-1 3,2 K* (ppm) mg Kg-1 25,0

---------------------------------------------- Al (cmol L-1) 0,9 Classe Textural 3 - 3 Ca (cmol L-1) 5,5 Franco-arenoso Mg (cmol L-1) 1,4

M.O. (%) 2,61

* Extrato Melich I. 1 Laboratório de Ecologia Florestal do Departamento de Ciências Florestais da

Universidade Federal de Santa Maria. 2TEDESCO et al. (1995). 3VETTORI (1969).

Page 37: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

24

O experimento foi instalado entre 25 e 28 de agosto de 1999.

Ao redor da área experimental foram construídos canais de drenagem

com a finalidade de remover o excesso de água da área.

Em pré-transplante das mudas (abril de 1999), a área experi-

mental foi dessecada por meio de aplicação aérea da mistura de

glyphosate (Roundup) a 1,44 kg ha-1 (3,0 L ha-1) com atrazine (Agar

Cross Atrazine) a 1,50 kg ha-1 (3,0 L ha-1), acrescidos do adjuvante

(Dowfax) na concentração de 0,5% v/v.

Após a dessecação das plantas daninhas, foram construídos ca-

malhões de 1,80 m (largura) x 0,60 m (altura) onde foram transplanta-

das as mudas de Pinus spp.. Para a confecção dos camalhões, espaça-

dos 4,0 m um do outro, foi utilizado um entaipador marca “Rastra Sa-

vana” tracionada por trator com potência de 300 HP. Na oportunida-

de, o solo foi adubado com 200 kg ha-1 de superfosfato triplo, ou seja,

14 gramas por cova.

Após a abertura das covas no camalhão, o transplante das mu-

das foi realizado manualmente numa distância de 1,75 m uma da ou-

tra.

3.4 Mudas de Pinus spp.

As mudas foram produzidas no viveiro de El Pindó, de proprie-

dade da empresa. O sistema de produção foi em tubetes dispostos em

bandejas com 40 cavidades cada uma delas. Para Pinus elliottii e

Pinus taeda, as mudas foram transplantadas quando apresentavam 3,0

mm de diâmetro do colo, enquanto para o Pinus híbrido, o transplante

foi realizado com as mudas apresentando 4,0 mm de diâmetro do colo,

Page 38: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

25

todas mudas com altura média de 30 cm. O total de plantas por espé-

cie utilizadas no experimento foi de 540 mudas de Pinus spp..

Para a aspersão dos herbicidas, foi utilizado pulverizador costal

pressurizado com ar comprimido, pontas Lechler AD 120-015, ope-

rando a 2 bares de pressão e com vazão correspondente a 200 L ha-1

de calda.

3.5 Delineamento experimental

O delineamento experimental foi de fatorial (3x2x2+3) dispos-

tos em blocos ao acaso com três repetições (Tabela 3). O fator A foi

representado pelas espécies: Pinus taeda, Pinus elliottii e Pinus

elliottii var. elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis; o fator B, pela

modalidade de controle (aplicação dos herbicidas sobre o camalhão e

em área total) e o fator C, pela intensidade de manejo (por um ano,

1999, ou por dois anos, 1999 e 2000). Os tratamentos adicionais foram

representados pelas testemunhas de cada espécie de Pinus spp.. As

parcelas (252 m2 = 21 m x 12 m) eram formadas por três fileiras de

Pinus contendo 12 plantas cada. Foi determinado como área útil da

parcela o camalhão central entre as dez plantas centrais da parcela, ou

seja, uma área de 1,80 m x 1,75 m x 10 = 31,5 m²/parcela.

O experimento foi instalado com as fileiras orientadas no senti-

do norte-sul. De acordo com Silva (1998), a orientação norte-sul pare-

ce ser mais adequada para o Rio Grande do Sul e nordeste da Argenti-

na em função da inclinação solar.

O manejo de plantas daninhas, após o plantio das mudas, foi re-

alizado em duas etapas: na primeira (1º ano), quatro semanas após o

plantio (set/1999), aplicou-se a mistura de haloxyfop-R-methyl (Mira-

Page 39: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

26

ge) na dose de 0,36 kg ha-1 (1,50 L ha-1) com atrazine (Agar Cross

Atrazina) a 1,50 kg ha-1 (3,0 L ha-1), acrescida de Dowfax (adjuvante)

na concentração de 0,5% v/v. A segunda aplicação realizou-se aos 90

dias após o plantio (nov/1999), utilizando-se a mistura de glyphosate

(Roundup) a 1,44 kg ha-1 (3,0 L ha-1) com atrazine (Agar Cross Atra-

zine) a 2,0 kg ha-1 (4,0 L ha-1), acrescida de Dowfax (adjuvante) na

concentração de 0,5% v/v e com as mudas de Pinus spp. protegidas.

O segundo período de aplicação dos herbicidas (aplicação de

segundo ano) realizou-se em março e setembro de 2000. Para tal, foi

aplicado a mistura de glyphosate (Roundup) a 1,44 kg ha-1 (3,0 L ha-1)

com atrazine (Agar Cross Atrazine) a 1,50 kg ha-1 (3,0 L ha-1), acres-

cida de Dowfax (adjuvante) na concentração de 0,5% v/v.

Para a análise da sobrevivência foi utilizado o pacote estatístico

Estat 2.0 – UNESP – FCAV, e para a análise da Correlação de Pear-

son, foi utilizado o SOC–NTIA.

Page 40: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

27

FIGURA 3 – Tratamento com controle no camalhão, 1º período de manejo. (Can-

tareli, 2000).

FIGURA 4 – Tratamento aplicado com controle total, 1º período de manejo. (Can-

tareli, 2000).

Page 41: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

28

FIGURA 5 – Testemunha, onde não foi realizado nenhuma intervenção de manejo

de plantas daninhas. (Cantareli, 2000).

3.6 Determinações

3.6.1 Pinus spp. Foram realizadas avaliações quanto a: sobrevivência (%), altura

(cm) da planta, diâmetro altura do colo (mm) da planta e o fator pro-

dutividade ou volume (cm³) aos 12 e 24 meses após o transplante das

mudas.

Page 42: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

29

TABELA 2 – Estabelecimento dos tratamentos a serem executados na experimentação. Santo Tomé, Corrientes.1999

Espécies Modalidade Intensidade de manejo de manejo 1º ano 2º ano

Pinus taeda Controle no camalhão xxx ---

Pinus taeda Controle em área total xxx ---

Pinus taeda Controle no camalhão xxx xxx

Pinus taeda Controle em área total xxx xxx

Pinus taeda Testemunha --- ---

Pinus elliottii Controle no camalhão xxx ---

Pinus elliottii Controle em área total xxx ---

Pinus elliottii Controle no camalhão xxx xxx

Pinus elliottii Controle em área total xxx xxx

Pinus elliottii Testemunha --- ---

Pinus híbrido Controle no camalhão xxx ---

Pinus híbrido Controle em área total xxx ---

Pinus híbrido Controle no camalhão xxx xxx

Pinus híbrido Controle em área total xxx xxx

Pinus híbrido Testemunha --- ---

A sobrevivência das plantas de Pinus spp. foi determinada pela

percentagem de plantas vivas. A altura (cm) e o diâmetro a altura do

colo (mm) das plantas foram determinados por meio da amostragem

das dez plantas centrais da parcela, minimizando assim, o efeito de

deriva. Para a altura, as plantas foram medidas desde a base da planta

Page 43: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

30

no solo até a gema apical. O fator de produtividade foi determinado

pela fórmula:

Fator produtividade = DAC2. h/1000

em que:

– DAC: Diâmetro na altura do colo

– h: altura da planta

3.6.2 Plantas daninhas

As principais plantas daninhas que ocorreram na área foram

Axonopus compressus (Poaceae), Paspalum sp.(Poaceae), Andropo-

gon lateralis (Poaceae), Cyperus sp. (Cyperaceae), Conyza bonarien-

sis (Asteraceae), Gnaphallium purpureum (Asteraceae), Oxalis

sp.(Oxalidaceae), Schizachirium microstachyum (Poaceae), Elyono-

rus muticuns (Poaceae), Vernonia chamaedrys (Asteraceae), Eryn-

gium eberneum (Apiaceae), Wedelia padulosa (Asteraceae) e outras

espécies que não foram identificadas. De acordo com Montenegro

(1999), a percentagem de espécies encontradas no campo San Miguel

é de 63% de gramíneas, 30% dicotiledôneas e 7% de ciperáceas.

Os efeitos dos herbicidas nas plantas daninhas foi determinado

pelo método qualitativo caracterizado por avaliações visuais, baseado

em escalas arbitrárias, estabelecidas nos dois períodos de avaliação,

6/10/2000 e 1/11/2001. Empregaram-se valores percentuais para a

avaliação de controle. Essas plantas foram agrupadas em monocotile-

dôneas e dicotiledôneas, atingindo um percentual de 100% (Quadro1).

Page 44: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

31

QUADRO 1 – Análise visual do experimento nos dois períodos de

avaliação. Santa Maria, RS. 2002

TRATAMENTOS COM REPETIÇÕES

% Monocotiledôneas

% Dicotiledôneas

1º ano 2º ano 1º ano 2º ano testemunha

Pinus taeda

T 1 R 1 97 97 3 3 T 1 R 2 97 97 3 3 T 1 R 3 75 85 25 15

Camalhão 1 ano

Pinus taeda

T 2 R 1 65 90 35 10 T 2 R 2 55 90 45 10 T 2 R 3 50 95 50 5

Camalhão 2 anos

Pinus taeda

T 3 R 1 45 50 55 50 T 3 R 2 50 55 50 45 T 3 R 3 55 55 45 45

total 1 ano

Pinus taeda

T 4 R1 65 80 35 20 T 4 R2 40 40 60 60 T 4 R3 55 70 45 30

total 2 anos

Pinus taeda

T 5 R1 40 60 60 40 T 5 R2 80 10 20 90 T 5 R3 55 20 45 80

testemunha

Pinus elliottii

T 6 R1 92 92 8 8 T 6 R2 91 95 9 5 T 6 R3 98 98 2 2

Camalhão 1 ano

Pinus elliottii

T 7 R1 50 50 50 50 T 7 R2 70 90 30 10 T 7 R3 55 90 45 10

camalhão 2 anos

Pinus elliottii

T 8 R1 80 80 20 20 T 8 R2 30 30 70 70 T 8 R3 65 65 35 35

total 1 ano

Pinus elliottii

T 9 R1 55 70 45 25 T 9 R2 70 70 30 30 T 9 R3 85 80 15 20

total 2 anos

Pinus elliottii

T 10 R1 75 10 25 90 T 10 R2 65 10 35 90 T 10 R3 65 10 35 90

Page 45: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

32

Continuação...

testemunha

Pinus híbrido

T 11 R1 95 95 5 5 T 11 R2 90 95 10 5 T 11 R3 80 80 20 20

Camalhão 1 ano

Pinus híbrido

T 12 R1 35 90 60 10 T 12 R2 50 90 50 10 T 12 R3 40 40 60 60

Camalhão 2 anos

Pinus híbrido

T 13 R1 65 90 35 10 T 13 R2 40 90 60 10 T 13 R3 30 90 70 10

total 1 ano

Pinus híbrido

T 14 R1 60 55 40 45 T 14 R2 70 70 30 30 T 14 R3 30 85 70 15

total 2 anos

Pinus híbrido

T 15 R1 65 20 35 80 T 15 R2 50 20 50 80 T 15 R3 65 5 35 95

As gramíneas tropicais possuem potencialmente um índice de

crescimento mais elevado que as leguminosas tropicais devido a um

maior índice fotossintético (Ludlow & Wilson, 1970). A capacidade

fotossintética das gramíneas se eleva com o aumento de radiação até a

luz plena, enquanto as leguminosas se saturam de luz com aproxima-

damente 50% de intensidade. Por outro lado, o desempenho fotossin-

tético das gramíneas tropicais é mais sensível à competição por luz do

que as leguminosas. Entretanto, um fator adicional que limita a capa-

cidade de crescimento das leguminosas sob competição por luz em

condições de campo é a possibilidade de redução do índice de fixação

de nitrogênio (Lie, 1974).

Page 46: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

33

Para determinar o acúmulo de biomassa das plantas daninhas,

foram amostradas duas áreas de 0,25 m2 (0,5 m x 0,5 m), respectiva-

mente, entre a 3ª/4ª e 9ª/10ª mudas de Pinus spp. no camalhão central

de cada parcela, no primeiro ano. Já no segundo ano, as plantas dani-

nhas foram coletadas entre a 4ª/5ª e 8ª/9ª muda. Após o corte rente ao

solo, as plantas foram separadas em mono e dicotiledôneas; a seguir,

colocadas em sacos de papel e secas em estufa durante 72 horas à

temperatura de 65oC. O material obtido foi pesado e os resultados

convertidos em kg ha-1 no camalhão.

2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª FIGURA 6 – Esquema da coleta de matéria seca no camalhão entre as

mudas de Pinus spp..

Coleta no 1º ano Coleta no 2º ano

Devido a problemas fitossanitários na Argentina, no ano de

2001, a pesquisa foi prejudicada não sendo possível analisar no Brasil

o material coletado na Argentina, no segundo período, por determina-

ção da Secretaria de Agricultura do Brasil. Dessa forma, no segundo

período foi determinado apenas a biomassa das plantas daninhas na

própria empresa, sem a identificação de espécies e divisão entre mo-

nocotiledôneas e dicotiledôneas. Esse fato também prejudicou a iden-

tificação das espécies reinfestantes nas parcelas com controle químico.

Page 47: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

34

3.7 Análise estatística

Os resultados foram analisados estatisticamente pela análise da

variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de

probabilidade. Os resultados, em percentagem (sobrevivência), antes

de serem analisados foram transformados em arco seno % / 100 para

fins de normalização de sua distribuição.

A correlação foi determinada através de Pearson (r) entre as va-

riáveis (V1) volume em cm³ das plantas de Pinus spp. no ano um;

(V2) volume em cm³ das plantas de Pinus spp. no ano dois; (MS1)

biomassa das plantas daninhas em Kg ha-1 de camalhão no ano um e

(MS2) biomassa das plantas daninhas em Kg ha-1 de camalhão no ano

dois, dentro de cada espécie de Pinus spp. entre os períodos estudados.

3.8 Descrição dos herbicidas utilizados no experimento

Dentre os herbicidas utilizados em áreas de reflorestamento de

Pinus spp., destacam-se principalmente dois: Glyphosate e Atrazine,

sendo que este último vem sendo empregado em grande escala, em

razão de ser aplicado em pré-emergência, atuando na redução do ban-

co de sementes e controlando as plântulas em desenvolvimento inicial

das espécies daninhas. A utilização da mistura destes herbicidas resul-

ta na formação de cobertura vegetal sobre o solo. Alguns pesquisado-

res e reflorestadores questionam a possibilidade dessa cobertura cau-

sar e/ou acentuar a interferência alelopática de algumas plantas dani-

nhas sobre as plantas de Eucalyptus spp. e Pinus spp. (Dinardo et al.,

1998).

Page 48: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

35

ATRAZINE

Nome comum: atrazina, atrazine ( BSI, WSSA)

Nomes comerciais e formulações: AGAR CROSS ATRAZINA 50

FW (LFE 50%) ATRANOL 50 AS (LS 50%), ATRAZINA 50 FQ

(LFE 50%), ATRAZINA ARSA (L 50%), GESAPRIM 50 FW (LFE

50%), GESAPRIM 90 (GD 90%).

Nomenclatura química: 2-cloro-4-(etilamino)-6-(isopropilano)-s-

triazina.

Fórmula molecular: C14H2ONO2Cl

Ação: Sistêmica residual, a duração de sua ação é de 2-6 meses.

Ação nas plantas: É absorvido principalmente pelas raízes e também

em menor escala pelas folhas, se transloca pelo interior das plantas,

acumulando-se nos meristemas e nas folhas.

Comportamento no solo: A permanência de resíduos no solo, em

doses normais de aplicação deste herbicida, estende-se até um ano.

Em condições de baixa temperatura e áreas secas, a residualidade pode

estender-se por mais tempo.

GLYPHOSATE

Nome comum: Glifosato, Glyphosate (WSSA)

Nomes comerciais e formulações: ROUNDUP, GLICEP, GLIFO-

GAN, GLIFOSATO, TRITUMOL, GLIFOCOP, GLIFOS BAYER,

LUROL, POLADO, SULFOSATO ICI (todos com formulações L

48%).

Nomenclatura química: N-fosfonometil glicina.

Fórmula molecular: C3H8NO5P

Page 49: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

36

Ação nas plantas: Absorvido pelas folhas e partes verdes das plantas

se transloca até os órgãos subterrâneos, onde afeta o crescimento e

provoca a morte dos tecidos. Os efeitos iniciais se observam depois de

três dias nas plantas daninhas anuais e dez dias nas plantas perenes.

As espécies lenhosas podem requerer de uma a duas semanas, e, se

tratadas no final do outono, podem não apresentar sintomas até a pri-

mavera seguinte. Tem grande poder de translocação.

Comportamento no solo: Se adsorve no solo e se mobiliza pouco por

lixiviação. A ação microbiana é um importante fator de degradação.

Sua persistência é muito breve e, como tem ação emergente, pode-se

semear ou plantar nos solos imediatamente depois de aplicá-lo.

HALOXIFOP-R- METIL

Nome comum: Haloxyfop – R – metil éster.

Nomes comerciais e formulações: Mirage (Argentina), Verdict R

(Brasil)

Nomenclatura química: R-(+) metil -2- (4-((3- cloro-5- trifluorome-

til) –2- piridimil ) oxi) fenoxi) propanoato.

Concentrado emulsionante : 10,4 % laboratório Dowelanco.

Ação nas plantas: É um herbicida recomendado para o controle de

plantas daninhas de folhas estreitas em aplicação em pós-emergência.

O grau de controle das plantas daninhas e a sua duração dependerá da

dose aplicada, textura do solo, chuvas, grau de infestação das plantas

daninhas.

Page 50: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Análise da sobrevivência das plantas de Pinus spp.

Os valores percentuais da sobrevivência foram transformados

em arco seno % / 100 para fins de normalização de sua distribuição.

Para isso, foi usado o pacote estatístico ESTAT 2.0 UNESP – FCAV –

Jaboticabal. A análise dos dados de sobrevivência (%) não obtiveram

diferenças significativas (Teste F) entre os tratamentos aplicados, con-

forme pode-se visualizar na Tabela 3.

TABELA 3 – Resultados da análise dos valores de sobrevivência (%).

Santa Maria, RS. 2002

Tratamentos

Sobrevivência (%)

Pinus taeda Pinus elliottii Pinus híbrido

Testemunha

Controle linha 1 ano

Controle linha 2 anos

Controle total 1 ano

Controle total 2 anos

90,0 a*

96,7 a

100,0 a

100,0 a

93,3 a

100,0 a

100,0 a

96,7 a

93,3 a

100,0 a

100,0 a

90,0 a

100,0 a

93,3 a

90,0 a

Média 82,3 85,7 81,7

C V % 11,2 7,05 11,5

*Médias de tratamentos não seguidas por mesma letra, dentro de cada espécie,

diferem pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade de erro.

Page 51: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

38

A sobrevivência não foi influenciada pelos tratamentos aplica-

dos, não havendo diferença significativa (P<0,05), como se pode veri-

ficar na Tabela 4. Com uma média geral de sobrevivência das três es-

pécies de 96,2%, é considerada satisfatória. Isso pode ser explicado

pela proteção das mudas durante a aplicação química, na testemunha

onde a infestação poderia influenciar na sobrevivência o efeito da

construção dos camalhões reduziu a quantidade de plantas daninhas

próximas as mudas de Pinus spp., logo após o plantio.

Maclaren (1993), em plantios de Pinus radiata, descreveu que

um bom controle de plantas daninhas é essencial para garantir uma

alta sobrevivência inicial e um desenvolvimento uniforme das mudas

de Pinus spp..

TABELA 4 – Resumo da análise de variância na sobrevivência (%).

Santa Maria, RS. 2001

Q.M.

F V G.L. Pinus taeda Pinus elliottii Pinus híbrido

Blocos 2 34,8 NS 62,6 NS 216,9 NS

Tratamentos 4 132,2 NS 83,5 NS 158,9 NS

Resíduo 8 87,1 36,5 88,5

TOTAL 14 Onde: FV: Fonte de Variação; G.L.: Graus de Liberdade; Q.M.: Quadrado Médio;

NS: Não significativo.

Page 52: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

39

4.2 Análise do desenvolvimento inicial das espécies de Pinus spp.

QUADRO 2 – Resumo da análise de variância, para as variáveis Altu-

ra (cm), Diâmetro altura do colo – DAC (mm) e Fator

de produtividade (cm³). Santa Maria, RS. 2002

F.V.

G.L.

Quadrado Médio

Altura (cm) DAC (mm) F.P. (cm³)

Fator A 2 23256,47** 381,46** 3741676,00**

Fator B 1 6,00 NS 43,78 NS 89934,02 NS

Fator C 1 1184,25 NS 913,07** 2043312,00**

Interação A x B 2 576,94 NS 28,66 NS 153021,00 NS

Interação A x C 2 46,12 NS 14,77 NS 31884,38 NS

Interação B x C 1 138,38 NS 53,03 NS 133350,00 NS

A x B x C 2 437,06 NS 6,99 NS 23013,00 NS

--------------- ------ --------------- --------------- ---------------

(Tratamento) 11 4541,98** 170,33** 924162,20**

Trat vs Test 1 38799,5** 6067,97** 9676776,00**

Entre testemunha 2 1510,31** 177,05** 158163,90 NS

Blocos 2 3841,88** 77,11** 263376,00**

Resíduo 28 331,73 23,25 55552,07

Média Geral ----- 218,32 67,86 1420,45

C.V. (%) ----- 8,343 7,11 16,59 Sendo: FV: Fonte de variação; GL: Graus de liberdade; QM: Quadrado médio; F:

F calculado; Fator A: espécie; Fator B: Modalidade de controle; Fator C: Intensi-

dade de manejo; NS: Não significativo; **: Diferença significativa (1%).

Page 53: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

40

Verifica-se, na Tabela 5, que houve diferença significativa para

o fator A, quando comparadas as três espécies de Pinus frente aos tra-

tamentos aplicados, na variável altura. Porém, para as outras duas va-

riáveis analisadas, a diferença foi somente em relação a espécie Pi-

nus híbrido, não diferindo Pinus elliottii e Pinus taeda.

TABELA 5 – Teste de Tukey das médias do fator A (espécies de

Pinus), para as variáveis altura (cm), diâmetro altura do

colo (mm) e fator de produtividade (cm³). Santa Maria,

RS. 2002

Médias

Tratamento Altura DAC Fator produtividade

3 (Pinus híbrido) 278,45 a* 80,03 a 2294,88 a

1 (Pinus taeda) 229,98 b 69,28 b 1377,17 b

2 (Pinus elliottii) 190,56 c 71,68 b 1284,86 b

D.M.S. (5%) 18,41 4,87 238,23

Média 218,31 67,86 1420,45

C.V.% 8,34 7,10 16,59 *Médias de tratamentos não seguidas por mesma letra na coluna, diferem entre si pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade de erro.

Kogan & Figueroa (1999), realizando estudos experimentais no

Chile, ao controlar plantas daninhas descreveram que a intensidade de

controle, durante os dois primeiros anos, em Pinus radiata, limitou-se

à linha do plantio, não sendo necessário o controle em superfície total.

Page 54: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

41

Na Tabela 6, pode-se notar que não houve diferença significati-

va para o fator B em nenhuma das variáveis analisadas, quando com-

paradas às modalidades de controle no camalhão e controle total.

TABELA 6 – Teste de Tukey das médias do fator B (modalidade de

controle) para as variáveis altura (cm), diâmetro altura

do colo (mm) e fator de produtividade (cm³). Santa

Maria, RS. 2002

Médias

Tratamento Altura DAC Fator Produtividade

2 (controle total) 232,58 a* 74,77 a 1702,29 a

1 (controle camalhão) 233,42 a 72,56 a 1602,32 a

D.M.S. (5%) 12,44 3,29 161,03

Média 218,31 67,86 1420,45

C.V.% 8,34 7,10 16,59 *Médias de tratamentos não seguidas por mesma letra na coluna, diferem pelo

teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade de erro.

Apesar das diferenças entre o controle no camalhão e o contro-

le total não serem significativas, analisando-se a Figura 7, observa-se

que, para Pinus taeda e Pinus elliottii, o melhor tratamento nas três

variáveis avaliadas foi o controle no camalhão por dois anos, o que

levaria a concluir que não há necessidade de fazer o controle em área

total. Porém, para a espécie de Pinus híbrido, que apresentou um de-

senvolvimento inicial significativamente superior (Tabela 5) em rela-

ção às outras duas, o melhor tratamento foi o controle total por dois

anos, isso demonstra que as raízes desta espécie devem estar compe-

Page 55: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

42

tindo com as plantas daninhas do entre camalhão. O experimento se-

gue sendo avaliado no 3º período, assim poderá comprovar se o me-

lhor tratamento para Pinus taeda e Pinus elliottii continua sendo con-

trole no camalhão por dois anos, e se há confirmação de diferença não

significativas entre controle no camalhão e controle total.

FIGURA 7 – Valores observados para as três espécies analisadas no

experimento para a variável altura (cm).

Desenvolvimento inicial Pinus taeda

050

100150200250300

Plantio 1° ano 2º ano

Alt

ura

(cm

)

Desenvolvimento inicial Pinus elliottii

0

50

100

150

200

250

Plantio 1° ano 2º ano

Alt

ura

(cm

)

Desenvolvimento inicialPinus híbrido

050

100150200250300350

Plantio 1° ano 2º ano

Altu

ra (c

m)

Testemunha

Controle linha 1ano

Cont.linha 2anos

Cont. total 1 ano

Cont. total 2 anos

Page 56: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

43

Também se verifica na Tabela 7, que não houve diferença signi-

ficativa para o fator C, quando comparada a intensidade de manejo

(um ano ou dois anos) na variável altura; porém, houve diferença sig-

nificativa para a variável diâmetro altura do colo e fator de produtivi-

dade.

TABELA 7 – Teste de Tukey para as médias do fator C (intensidade

de manejo), nas variáveis altura (cm), diâmetro altura

do colo (mm) e fator de produtividade (cm³). Santa

Maria, RS. 2002

Médias

Tratamentos Altura DAC Fator Produtividade

2 (períodos) 238,73 a* 78,70 a 1890,55 a

1 (período) 227,26 a 68,63 b 1414,07 b

D.M.S. (5%) 12,44 3,29 161,03

Média 218,31 67,86 1420,45

C.V.% 8,34 7,10 16,59 *Médias de tratamentos não seguidas por mesma letra na coluna, diferem pelo

teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade de erro.

Analisando a intensidade de manejo, um ano ou dois anos, pô-

de-se verificar que é benéfico o controle por dois períodos. Em relação

à diferença do desenvolvimento em diâmetro e fator de produtividade,

o desenvolvimento em altura foi menos sensível pela eliminação da

vegetação competidora, o que, provavelmente, associe-se com a alta

quantidade de fotossintetizados que se requer para a produção de ge-

mas e com a fenologia de meristemas apicais e laterais.

Page 57: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

44

O crescimento do câmbio é muito mais sensível que o desen-

volvimento em altura em condições de alta competição e pode ser um

bom indicador desta (Kozlowski et al., 1991). Perry et al. (1993) tam-

bém descreveram que a competição herbácea e arbustiva reduz o cres-

cimento em diâmetro mais que o crescimento em altura.

Tung et al. (1996), citado por Angeles et al. (1997), tão pouco

encontraram diferenças significativas em altura de Psedotsuga merzie-

sii, quando submetidas a um exaustivo controle da vegetação compe-

tidora, no qual atribuiu que a disponibilidade de água no solo não li-

mitou o alargamento do brote. Tal situação pode estar relacionada

com o presente estudo.

Apesar das menores diferenças estatísticas detectadas no desen-

volvimento em altura, os resultados deste trabalho são consistentes

uma vez comparados com os resultados de um grande número de ou-

tros estudos, nos quais foi possível estabelecer o efeito altamente posi-

tivo que apresenta o controle da vegetação competidora sobre o de-

senvolvimento em dito parâmetro (Angeles et al. 1997; Horsley, 1993;

Kogan & Figueroa,1999; Yeiser,1999).

Kogan & Figueroa (1999) concluíram que ao não controlar

plantas daninhas no segundo período de crescimento em Pinus radia-

ta, perdeu-se 65% de incremento em biomassa (D²H).

Por outro lado, Pezzutti (2000), pesquisando o efeito do contro-

le de plantas daninhas no desenvolvimento inicial de plantios de Pinus

taeda, no noroeste de Corrientes, em solos altos, concluiu que as dife-

renças obtidas em volume, dos tratamentos com um, dois e três perío-

do de controle não foram significativas, os ganhos obtidos compara-

Page 58: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

45

dos a testemunha, ao controlar por um, dois e três períodos foram de

68,1; 64,6 e 82,7% respectivamente.

Na Figura 8 é apresentado o desenvolvimento inicial das espé-

cies quanto a variável diâmetro do colo (mm) .

FIGURA 8 – Desenvolvimento inicial das plantas de Pinus spp. das

três espécies, para a variável diâmetro altura do colo

(mm), frente aos tratamentos aplicados.

Desenvolvimento inicial Pinus híbrido

0

20

40

60

80

100

Plantio 1° ano 2º ano

Diâ

met

ro a

ltura

col

o (m

m)

TestemunhaCamalhão 1anoCamalhão 2anosCont. total 1anoCont. total 2 anos

Desenvolvimento inicial Pinus taeda

0

20

40

60

80

100

Plantio 1° ano 2º ano

Diâ

met

ro a

ltur

a co

lo (

mm

)

Desenvolvimento inicial Pinus elliottii

0

20

40

60

80

100

Plantio 1° ano 2º ano

Diâ

met

ro a

ltura

col

o (m

m)

Page 59: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

46

Quando se comparam as testemunhas das três espécies, nota-se

também que não houve diferença significativa entre as espécies frente

aos tratamentos aplicados para a variável altura; porém, diferiram para

a variável diâmetro como pode-se verificar na Tabela 8.

TABELA 8 – Teste de Tukey para as médias das testemunhas, nas

variáveis altura (cm), diâmetro altura do colo (mm) e

fator de produtividade (cm³). Santa Maria, RS. 2002

Médias

Espécies Altura DAC Fator Produtividade

3 (Pinus híbrido) 184,33 a* 52,97 a 757,67 a

1 (Pinus elliottii) 140,57 a 43,10 a b 374,27 a

2 (Pinus taeda ) 153,87 a 37,83 b 347,07 a

D.M.S. (5%) 55,12 14,59 713,25

Média 218,31 67,86 1420,45

C.V.% 8,34 7,10 16,59 *Médias de tratamentos seguidas por mesma letra na coluna, não diferem entre si

pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade de erro.

Apesar de não ocorrerem diferenças significativas entre as mé-

dias das três espécies para a variável fator de produtividade (cm³), no-

tou-se uma diferença bastante superior do Pinus híbrido em relação as

outras duas espécies. A diferença não foi significativa em razão da

variância muito alta. Essa variância, verificada visualmente no expe-

rimento com plantas muito heterogêneas dentro da mesma parcela,

demostra, mais uma vez, o problema causado pela competição e que

algumas plantas respondem mais a este fenômeno que outras. Esse

Page 60: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

47

desenvolvimento heterogêneo acarreta um custo maior na colheita

mecanizada da madeira no final da rotação, sem falar da perda de vo-

lume.

4.3 Análise do desenvolvimento inicial das espécies do gênero

Pinus para a variável fator de produtividade – DAC2x h/1000

(cm3)

Para expressar melhor as diferenças ocorridas em cada trata-

mento aplicado, trabalhou-se com o fator de produtividade e os resul-

tados são apresentados na Figura 9.

Muitos pesquisadores, quando analisam o desenvolvimento ini-

cial de espécies florestais, têm encontrado resultados interessantes ao

trabalharem com o fator de produtividade, ou seja, o volume (cm³)

resultado do diâmetro do colo das mudas ao quadrado, multiplicado

pela altura e dividido por 1.000. Yeiser (1999), por exemplo, em estu-

dos realizados em Arkansas, USA, para testar a combinação de con-

trole de plantas daninhas e fertilização, apresentou o volume como

variável resposta dos diferentes tratamentos aplicados.

Adams & Dutkowski (1995), em resultados de um experimento

realizado ao Sul da Austrália, estudaram a resposta do desenvolvimen-

to de Pinus radiata a diferentes modelos de controle de plantas dani-

nhas, explicando que o desenvolvimento inicial dos plantios é maxi-

mizado aplicando-se um controle total de plantas daninhas durante os

primeiros períodos de desenvolvimento. Isto expressou, como resulta-

do, respostas de volume até 35 vezes superiores aos quatro anos de

Page 61: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

48

comparação com aqueles tratamentos nos quais não foram realizados

controles. Os autores ainda destacaram que os gastos extras de aplicar

controle total de plantas daninhas durante os dois primeiros anos estão

mais que compensados pelo retorno em ingressos produzidos pelo

aumento de volume.

FIGURA 9 – Valores observados para as três espécies analisadas no

experimento para a variável fator de produtividade (cm³).

Desenvolvimento inicial Pinus taeda

0

500

1000

1500

2000

Plantio 1° ano 2º ano

Fato

r de

pro

dutiv

idad

e (c

m³)

Desenvolvimento inicial Pinus elliottii

0

500

1000

1500

2000

Plantio 1° ano 2º ano

Fat

or d

e pr

odut

ivid

ade

(cm

³)

Desenvolvimento inicial Pinus híbrido

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

Plantio 1° ano 2º ano

Fato

r de

pro

dutiv

idad

e (c

m³)

Testemunha

Camalhão 1ano

Camalhão 2 anos

Cont. total 1ano

Cont. total 2 anos

Page 62: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

49

Foram comparados todos tratamentos em relação a testemunha

sendo apresentados na Tabela 9, que pode ser melhor visualizados nas

Figuras 10 e 11.

TABELA 9 – Percentual (%) de desenvolvimento dos tratamentos

aplicados nas três espécies em relação a testemunha

sem controle. Santa Maria, RS. 2002

Altura (cm)

Pinus taeda Pinus elliottii Pinus híbrido

Camalhão 1 ano 48,2 % 28,4 % 45,7 %

Camalhão 2 anos 58,7 % 46,0 % 48,6 %

Total 1 ano 45,9 % 34,1 % 48,3 %

Total 2 anos 44,9 % 33,6 % 61,8 %

Diâmetro Altura do colo (mm) Pinus taeda Pinus elliottii Pinus híbrido

Camalhão 1 ano 66,7 % 47,1 % 36,8 %

Camalhão 2 anos 103,4 % 77,3 % 57,0 %

Total 1 ano 66,4 % 65,0 % 48,7 %

Total 2 anos 96,6 % 75,9 % 61,5 %

Fator de Produtividade (cm³) Pinus taeda Pinus elliottii Pinus híbrido

Camalhão 1 ano 221,5 % 158,4 % 141,1 %

Camalhão 2 anos 403,3 % 309,8 % 219,8 %

Total 1 ano 229,4 % 230,5 % 189,6 %

Total 2 anos 332,8 % 274,4 % 261,0 %

Page 63: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

50

FIGURA 10 – Percentual de desenvolvimento inicial dos tratamentos

em relação a testemunha para cada espécie do gênero

Pinus, para a variável altura (cm) e diâmetro altura do

colo (mm).

Page 64: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

51

FIGURA 11– Percentual de desenvolvimento inicial dos tratamentos

em relação a testemunha para cada espécie do gênero

Pinus, para a variável fator de produtividade (cm³).

O controle de plantas daninhas com herbicidas é realizado em

plantios de coníferas em vários países do mundo, favorecendo seu de-

senvolvimento. Dentre esses países, muitos trabalhos vem sendo de-

senvolvidos e analisados no Sul dos Estados Unidos, comparando o

desenvolvimento do Pinus spp. e a competição nativa. Estudos reali-

zados por Colbert et al. (1990) sobre produtividade e desenvolvimento

de plantações de Pinus taeda, no centro norte da Flórida, mostraram

que, depois de quatro estações de crescimento, a fertilização anual e o

controle total de plantas daninhas produziram similares níveis de res-

postas, aumentando a biomassa aérea em 700%. A combinação dos

tratamentos melhoraram a produção de massa seca total em 1.600%.

Page 65: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

52

Diferenças em diâmetro de 247,0 e de 126,3% em altura foram encon-

tradas entre os tratamentos com controle de plantas daninhas e as tes-

temunhas sem controle.

Respostas em silvicultura intensiva têm sido apresentadas por

autores como Jokela et al. (2000), que, estudando o crescimento de

Pinus taeda e Pinus elliottii em 21 experimentos com tratamentos de

fertilização e controle de plantas daninhas durante a primeira estação

de crescimento, concluíram que o efeito principal destes fatores sobre

as variáveis de crescimento foi altamente significativo para ambas as

espécies. A resposta do volume em relação a testemunha foi significa-

tiva, apresentando ganhos de 48% para o tratamento de fertilização, de

43% para o controle de plantas daninhas e de 81% para a fertilização e

controle de plantas daninhas. Segundo os autores, para manter os be-

nefícios dos ganhos iniciais em crescimento, serão necessárias aplica-

ções de fertilizante de mediana rotação dado que a resposta inicial de

crescimento declinou entre os cinco e oito anos.

Pelos resultados de volume apresentados na Tabela 9 verifica-se

um incremento bastante superior de 403,3% para Pinus taeda, e

309,8% para Pinus elliottii comparando o melhor tratamento (controle

no camalhão por dois anos) em relação a testemunha.

Por outro lado, quando avaliados os resultados por um período

maior na rotação, Maclaren (1993), em plantios de Pinus radiata,

descrevem que aos 11 anos de idade apresentou uma diferença de 50%

de crescimento em volume entre árvores que cresceram com controle

de plantas daninhas e as que cresceram sem controle.

Page 66: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

53

Estudos avaliados no decorrer de 13 anos em plantios de Pinus

taeda e Pinus echinata, aplicando controle de vegetação herbácea e

arbustiva por cinco anos, comprovaram que a diferença no desenvol-

vimento inicial segue pela rotação, aumentando no decorrer dos anos,

chegando, no final dos 13 anos, o tratamento com controle total, a um

volume de 285 m³ha-1 enquanto a testemunha apresentou um volume

de 165 m³ha-1 (Cain, 1999). O mesmo autor concluiu ainda que o re-

sultado de ganho em volume (m³ha-1) do melhor tratamento, equivale

a três anos de crescimento da testemunha.

No presente estudo, quanto ao desenvolvimento inicial em altu-

ra e diâmetro do colo, o melhor tratamento em relação a testemunha

apresentou um incremento de 58,7 e 103,4% para o Pinus taeda; 46,0

e 77,3% para o Pinus elliottii; 61,8 e 61,5% para o Pinus híbrido, res-

pectivamente.

Resultados apresentados por Yeiser (1999) para um experimen-

to de herbicidas pré-emergentes aplicados, em 1997, sobre plantas de

Pinus taeda, estabelecidas no ano de 1996, mostraram que aos dois

anos, desde a aplicação, os resultados entre o melhor tratamento e a

testemunha sem controle apresentaram uma diferença de 26,9; 65,2 e

213,5% para as variáveis altura, diâmetro do colo e fator de produtivi-

dade.

Fox (2000), avaliando o efeito da competição de herbáceas e ar-

bustos em plantios de Pinus taeda, nos Estados Unidos, analisados

após oito anos, descreveu que não houve diferença significativa de um

ou dois períodos de controle, com um volume de 40 m³ha-1 e

38 m³ha-1, respectivamente. Porém, quando comparada com a teste-

Page 67: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

54

munha sem controle, a diferença foi bastante significativa, que apre-

sentou um volume de 14 m³ha-1.

Cañelas et al. (1999), estudando o comportamento de Pinus pi-

nea, fertilização e aplicação de herbicidas em Mayorga, Espanha, con-

cluíram que o emprego de herbicidas incrementa o crescimento longi-

tudinal das plantas de Pinus spp., mais que com os fertilizantes.

Na Região Nordeste da Argentina, algumas pesquisas vem sen-

do desenvolvidas. Montenegro (1998), em trabalhos realizados com

plantios de Pinus taeda em solos altos e, portanto, com vegetação di-

ferenciada, descreveu que é altamente benéfico o controle de plantas

daninhas durante o primeiro período de desenvolvimento dos plantios,

sendo recomendado o controle na linha de três metros e total. Destaca

que, do ponto de vista econômico o sistema de controle total, requer

uma redução na rotação de seis meses para justificar o gasto inicial

incluído o controle de plantas daninhas. Sugere ainda que deveriam

continuar com pesquisas depois do primeiro ano de plantio para obter

respostas mais seguras.

Os resultados do presente trabalho mostram claramente que a

resposta ao controle de plantas daninhas coincide com os resultados de

outros trabalhos já citados, porém, com condições climáticas de cada

ano em particular, assim como associações vegetais presentes em cada

local e sua sucessão. Dessa forma, no estudo avaliado, as respostas do

desenvolvimento das florestas ao controle de plantas daninhas devem

apresentar-se de modo variável no decorrer da rotação.

Page 68: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

55

4.4 Análise da Correlação entre biomassa das plantas daninhas e

volume de Pinus spp.

A fim de verificar a correlação existente entre as plantas dani-

nhas e o desenvolvimento das mudas de Pinus spp., foi levantado, nas

parcelas dos tratamentos já descritos, a biomassa do camalhão, con-

forme Tabela 10.

TABELA 10: Resultados de biomassa (Kg ha-1 de camalhão) nos dois

períodos de avaliação, 06/10/2000 e 1/12/2001. Santa

Maria, RS. 2002

Pinus taeda Pinus elliottii Pinus híbrido 1º ano 2º ano 1º ano 2° ano 1º ano 2° ano

Test. 2180,3 5409,0 2385,9 5823,0 1741,5 6513,0

Cam. 1 612,6 2739,0 807,0 2682,0 837,9 3027,0

Cam. 2 532,8 483,0 579,0 498,0 606,6 759,0

Total 1 648,3 2352,0 909,6 2157,0 736,5 2097,0

Total 2 560,4 600,0 272,1 1050,0 546,0 1002,0 onde: (Test.): testemunha; (Cam. 1): controle no camalhão por 1 ano; (Cam. 2):

controle camalhão por 2 anos; (total 1): Total por 1 ano; (total 2):Total por 2 anos.

Os dados foram submetidos à análise de Correlação de Person

(r) entre as variáveis, analisadas no pacote estatístico SOC-NTIA.

A Tabela 11 descreve os resultados da correlação entre a bio-

massa (Kgha-1 de camalhão) nos dois períodos de avaliação e o volu-

me (cm³) das espécies de Pinus spp., já apresentados na Tabela 5.

A correlação entre a biomassa (Kgha-1 de camalhão) das plan-

Page 69: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

56

Page 70: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

57

tas daninhas e o volume (cm³) das plantas de Pinus spp., apresentadas

na Tabela 11, mostra que para as três espécies de Pinus spp.

foi significativa a correlação quando comparadas biomassa e volume

no primeiro ano, sendo ainda uma correlação negativa, ou seja, quanto

maior um valor, menor o outro. Isso também ocorre quando compara-

das a biomassa e o volume no segundo ano. Quando correlacionados

os resultados, dentro da mesma variável em anos diferentes, a correla-

ção foi positiva para algumas espécies, ou seja, quanto maior um valor

maior o outro.

Estudos anteriores têm apresentado esse efeito da biomassa de

plantas daninhas no desenvolvimento incial de Pinus taeda (Bacon &

Zedaker, 1987; Morris et al. 1989; Perry et al. 1993).

Por outro lado, Gavazzi et al. (2000) retrataram que a biomassa

das plantas daninhas afetou a biomassa do Pinus taeda, mas somente

uma pequena variabilidade foi encontrada no crescimento desta espé-

cie (r² = 0,10).

Britt et al. (1990); Alen et al. (1991); Colbert et al. (1990); Dal-

la-Tea & Jokela (1991) relataram que nas idades de quatro e cinco

anos houve um aumento substancial no incremento do volume de Pi-

nus spp. em função do controle da vegetação competidora. Já Zutter et

al. (1999) descreveram que na idade de seis anos houve uma diminui-

ção positiva da área foliar do Pinus spp. em resposta de controle de

vegetação. Nusser & Wentworth (1987), citado por Zutter et al.

(1999), descreveram que a amônia e nitrato no solo tem uma correla-

ção negativa com o volume da vegetação competidora em plantios de

Pinus taeda na Carolina do Norte, USA.

Page 71: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

58

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1 Conclusões

De acordo com o estabelecimento, condução e avaliação desta

pesquisa os resultados permitem concluir que:

a) A sobrevivência das mudas de Pinus spp. não foi afetada pela

modalidade e intensidade de manejo;

b) O Pinus híbrido apresentou um desenvolvimento inicial su-

perior em relação a Pinus taeda e Pinus elliottii para as três

variáveis avaliadas;

c) Quanto à modalidade de controle, ou seja, controle total ou

controle no camalhão, não houve diferenças para as espécies

de Pinus spp. estudadas;

d) Para a intensidade de manejo, um ano ou dois anos, o melhor

tratamento foi o manejo por dois períodos;

e) Verificou-se correlação negativa entre a biomassa das plantas

daninhas e o volume das plantas de Pinus spp.; e correlação

positiva, quando comparadas dentro da mesma variável nos

diferentes períodos.

Page 72: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

59

5.2 Recomendações:

a) Deve-se realizar o controle de plantas daninhas somente no

camalhão;

b) A intensidade de manejo que responde a um maior desen-

volvimento inicial das espécies de Pinus é por dois períodos;

c) Estudos devem ser realizados para 1,5 períodos e comparados

com resultados de um e dois períodos;

d) Deve-se avaliar ainda, o experimento no terceiro período e,

assim, comprovar se a melhor modalidade de controle conti-

nua sendo somente no camalhão para Pinus taeda e Pinus el-

liottii ou se há necessidade de se fazer o controle total;

e) Recomenda-se verificar, ainda no terceiro período, se há di-

ferenças de um, dois e três períodos de manejo, e comprovar

se os resultados apresentados neste estudo prosseguem;

f) Devido as características do desenvolvimento inicial do gê-

nero Pinus, sugere-se um estudo da possibilidade de se rea-

lizar o controle somente no segundo e terceiro período, ou

seja, na fase onde a espécie florestal apresenta um maior in-

cremento em seu desenvolvimento;

Page 73: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

60

g) Analisar o efeito da competição por recursos hídricos e nu-

trientes das plantas daninhas em relação ao desenvolvimento

das mudas do gênero Pinus;

h) Avaliar o desenvolvimento do sistema radicular das mudas

do gênero Pinus, frente a forma de plantio (camalhão), as

modalidades e intensidades de manejo de plantas daninhas

apresentadas neste estudo;

i) Recomenda-se ainda pesquisar o efeito, do controle de plan-

tas daninhas juntamente com dosagens de adubação em dife-

rentes modalidades e intensidades, no desenvolvimento ini-

cial das mudas do gênero Pinus.

Page 74: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ADAMS, P.R. & DUTKOWSKI. Radiata pine growth response to

pattern of weed control in South Australia. Second International

Conference on forest vegetation Management, Rotorua, 1995.

ALLEN H.L.; MORRIS, L.A.: WENTWORT T.R. Productivity

comparisons between successive lobloly pine rotations in the North

Carolina Piedmont. In Long-term field trials to assess environmental

impacts of harvesting, proceedings of IEA/BET6/A6 workshop.

Forest Research Institute Bull. n. 161. p.125-136. 1991

ALBORNOZ, M. El proceso de intergracion regional avances y

limitaciones del Mercosul – Balance y perpectivas. In: Seminário

Internacional, 2000 : Rosario. Anais... Rosario, 2000. p. 277-285.

ANGELES, G., VELAZQUEZ A., VARGAS, J.J., RAMIREZ, H.,

MUSALEM, M.A.. Efecto del manejo de la vegetacion en algunas

variables de crecimiento de la repoblacion natural en un rodal de

Pinus patula en el estado de Hidalgo (México). Revista Investigacion

Agraria: Recursos Forestales. v.6, n.1/2, p. 120-131, 1997.

BACON, C.G. & ZEDAKER, S.M. Third-year response of loblolly

pine to eigth levels of competition control. South. J. Apll. For., n.11,

p. 91-95. 1987.

Page 75: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

62

BRASIL, U.M.; MACHADO, P.R.; PEREIRA, F.M. Uso de

herbicidas na cultura do eucalipto. In: CONGRESSO BRASILEIRO

DE HERBICIDAS E ERVAS DANINHAS, 11., Londrina, 1976.

Resumos ... Londrina: SBHED. 1976. p. 108-9.

BRITT, J.R.; ZUTTER, B.R.; MITCHELL, R.J., et al. Influence of

herbaceous interference on growth and biomass partitioning in planted

lobloly pine. Weed Science. n.38, p. 797-503. 1990.

BERKOWITZ, A.R. Competition for resources in weed-crop

mixtures. In: Altieri, M.A.; Liebman, M. (Eds). Weed management

in agroecosystems: ecological approaches. Florida: CRC Press,

1988. p. 89-120.

BRITO, M.A.R. Manejo de plantas daninhas em área de

reflorestamento. In: CONGRESSO BRASILEIRO DA CIÊNCIA

DAS PLANTAS DANINHAS, 20., Florianópolis, 1995. Palestras...

Florianópolis: SBCPD, 1995. p. 92-95.

CAIN, M. D. Woody and herbaceous competition effects on stand

dynamics and growth of 13-year-old natural, precommercially thinned

loblolly and shortleaf pines. Canadian Journal Forest Research

v.29, p. 947-959, 1999.

Page 76: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

63

CAÑELLAS, I.; FINAT L.; BACHILLER, A.; et al. Comportamento

de plantas de Pinus pinea em viveros e campo: ensaios de tecnicas de

cultivo de planta, fertilização e aplicação de herbicidas. Revista

Investigacíon Agrária. v.8, n.2, p.336-359, 1999.

CARTER, G.A.; MILLER, J.M.; DAVIES, D.E.; et al. Effect of

competition on the moisture and nutrient status of lobloly pine.

Canadian Journal Forest Research, n. 14, p. 1-9. 1984.

CARVALHO, F.T. & ANTIQUEIRA, L.R. Interferência de plantas

daninhas em áreas de reflorestamento e comparação entre dois

métodos de controle. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE

HERBICIDAS E PLANTAS DANINHAS, 19., Londrina, 1993.

Resumos... Londrina: SBHPD. 1993. p. 252-53.

CHRISTOFFOLETI, P.J.; BRANCO, E.F.; BRITVA, M.; et al.

Controle químico de plantas daninhas na cultura do Pinus taeda em

condições de pré e pós-plantio da cultura. In: CONGRESSO

BRASILEIRO DA CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS, 20.,

Florianópolis-SC, 1995. Resumos... Florianópolis: SBCPD, 1995. p.

274-276.

CIEF, Jornada – Taller sobre silvicultura de Pinos y Eucaliptus en

Misiones y Corrientes. Gobernador Virasoro, 1993. p. 10-11.

Page 77: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

64

COLBERT, S.R.; JOKELA, E.J.; NEARY D.G. Effects of anual

fertilization and sustained weed control on dry matter partitioning, leaf

area, and growth efficiency of juvenile Loblolly and slash Pine.

Forest Science. v. 36, n. 4, p. 995-1014, 1990.

COLODETTE, J. L. Produção de celulose Kraft da madeira de Pinus

caribaea Mor. var. hondurensis Barr. e Golf. com rabo de raposa.

Silvicultura, v. 23, n. 56, 1982. (Edição especial: 4° Congresso

Florestal Brasileiro).

COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO – RS/SC.

Recomendações de adubação e de calagem para os estados do Rio

Grande do Sul e Santa Catarina. 3. ed., Passo Fundo, SVCS-Núcleo

Regional Sul, 1994. 224p.

COZZO, D. Tecnologia de la forestación en Argentina y América

Latina. Buenos Aires: Editorial Hemisferio Sur. 1976. p. 290-298.

DALLA-TEA, F. & JOKELA, E.J. Needlefall, canopy light

interception, and productivity of young intensively managed slash and

lobloly pine stands. Forest Science. n. 37, p. 1298-1313. 1991

DAVIES, R.J. Arboles y malezas. Edimburgo: Asociation Latino

Americana de Malezas, 1990. s.p.

Page 78: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

65

DEUBER, R. Áreas de reflorestamento. In: Ciência das plantas

infestantes: manejo.Campinas, 1997. p. 244-48.

DINARDO, W.; TOLEDO, R.E.B. de; ALVES, P.L. de L.A.; et al.

Interferência da palhada de capim-branquiária sobre o crescimento de

eucalipto. Planta Daninha. v.16, n.1, p.13-23, 1998.

FINGER, C.A.G. Considerações para o manejo de florestas de Pinus

elliottii. In: SIMPÓSIO LATINOAMERICANO SOBRE MANEJO

FLORESTAL, 1., 2000, Santa Maria, RS. Anais... Santa Maria: CCR-

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal. 2000. p.111-

142.

FOLONI, L.L. Avaliação do uso de amônio-glufosinato na

manutenção de eucalipto. IN: CONGRESSO BRASILEIRO DE

HERBICIDAS E PLANTAS DANINHAS, 19., Londrina, 1993.

Resumos... Londrina, 1993. p. 247.

FOX, R. T. Desarrollo de regímenes silviculturales, sitios específicos

para Pinus taeda en la planicie costera atlántica de los Estados

Unidos. In: SILVOARGENTINA, 1., 2000, Gobernador Virassoro.

Anais... Gobernador Vinassoro, 2000.

Page 79: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

66

GAVAZZI, M.; SEILER, J.; AUST, W.; ZEDAKER, S. The influence

of elevated carbon dioxide and water availability on herbaceous weed

development and growth of transplanted loblolly pine (Pinus taeda).

Environmental and Experimental Botany. v. 44, p. 185-194. 2000.

GOLFARI, L.; CASER, R. L.; MOURA, V. P. G. Zoneamento

ecológico esquemático para reflorestamento no Brasil. Belo

Horizonte: Centro de Pesquisa Florestal da Região do Cerrado, 1978.

66p. (Série Técnica, 11).

GREAVES, A. Description of seed sources and collections for

provenances of Pinus oocarpa. Abingdan: Commonwealth Forestry

Institute, 1979. 44p. (Tropical Forestry, Papers, 13).

HARRINGTON T.B.; CHAN, S.S. Changes in physiology and

morphology of conifer seedlings following forest vegetation

management. In: Proceedings of workshop: Forest vegetation

Management Widsout Herbicides. Oregon State University. Forest

Research Laboratory Corv. p. 10-15. 1993.

HORSLEY, S.B., Mechanisms of interference betwen hay-scented

fern and black cherry. Canadian Journal Forest Research. v. 23, p.

2059-2069, 1993.

IZQUIERDO, H. I., Control de malezas herbáceas durante el primer

año de establecimiento de Pinus radiata D. Don en tres sitios de la IX

Page 80: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

67

Región. 1995. Tesis Ing. Forestal, Fac. de Ciencias Forestales,

Universidad Austral de Chile, Valdivia, Chile., 1995. p.9

JOKELA, E.J.; WILSON, D.S. & ALLEN, J.E., Early growth

responses of slash and loblolly pine following fertilization and

herbaceous weed control treatments at establishment. South Journal

Application Forrest. v. 24, n. 1, p.23-30, 2000.

KELLISON, R.C. Characterístics affecting quality of timber fron

plantations, their determination and scope for modification. In:

IUFRO Word Congress, 17., 1981, Japão. Anais... p.77-87, 1981.

KOGAN, M.,FIGUEROA, R. Interferências produzidas por plantas

daninhas durante os primeiros anos de estabelecimento de pinus

(Pinus radiata D. Don.). In: IUFRO CONFERENCE SILVOTECNA,

10., 1998, Concepcíon. Anais... Concepcíon: 1998. (Melhoramento

de produtividade de sítios)

________ . Interferencia producida por las malezas durante los dos

primeros años en Pinus radiata D. Don. Revista Bosque, v.20. n.1, p.

57-64. 1999. acesso em 17/12/2001. Disponível em:

http.//www.uach.cl/extens/revbosque/v20n1/bq-20-1-057-064.htm.

LA AGROFORESTERIA EN LA ARGENTINA, Red

Latinoamericana de Cooperação em sistemas agroforestales.

Santiago, 1997.

Page 81: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

68

KOZLOWSKI T.T., KRAMER P.J., PALLARDY S.G., The

physiological ecology of woody plants. San Diego: Academic Press.

1991. 657 p.

LAMPRECHT, H. Silvicultura nos trópicos: Ecossistemas florestais

e respectivas espécies arbóreas – possibilidades e métodos de

aproveitamento sustentado. Rossdorf: TZ-Verl.–Ges, 1990. 343p.

LIE, T.A. Environmental effects on modulation and symbiotic

nitrogen fixation. In: QUISPEL, A. (Ed.) The biology of nitrogen

fixation. Amsterdan, 1974. p.555-582.

LUDLOW, M.M., WILSON, G.L., HESLEHURST, M.R. Studies on

the productivy of tropical pasture plants. II. Growth analysis,

photosynthesis and respiration of 20 species of grass and legumes in a

controlled environment. Australian Journal of Agricultural

Research. v.21, n. 2, p. 183-194. 1970.

MACLAREN, P. Radiata pine grower’s manual. Chemical weed

control. New Zealand, 1993. p.34-39. (FRI N.184)

MARCHIORI, J.N.C. Dendrologia das Gimnospermas. Santa

Maria: Ed. da UFSM. 1996. 158 p.

MENDOZA, P.A.M.; PECH, S.A.T.; CANO, E.F.C.; Estructura y

composición de una comunidad com Pinus caribaea var. hondurensis

(Senecl.) Barr. y Golf., en Estado de Quintana Roo, México.

Page 82: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

69

Caribbean Journal of Science, v.34, n. 1-2, p. 50-57, 1998.

MIROV, N.T. The Genus Pinus. New York: Ronald Press Company,

1967. 602p.

MONTENEGRO, P. A. Efecto del periodo y cobertura del control

de malezas en el desarrollo de plantaciones de Pinus taeda L. 1998.

110p. Monografia (trabalho de conclusão da graduação) Universidad

del Salvador, Argentina. 1998.

___________. Determinacion de la asociacion vegetal antes de la

aplicación del herbicidas en el campo San Miguel: La Papelera del

Plata S.A., 1999. 06 p.

MONTOYA, L.A. Las malas hierbas y su control. In: HARDY, F.ed.

Manual de Cacao. Turrialba: Instituto interamericano de Ciências

Agrícolas. 1961. p. 193-205.

MORRIS, L.A.; MOSS, S.A. & GARBETT, W.S. Effects of six weed

conditions on loblolly pine growth. South. Weed Science Soc. Proc..

v. 42, p. 217-221. 1989.

NIELLA, F. & ROCHA, P. Optimizacion de un protocolo de

macropropagacion para el Pinus elliottii var. elliottii x Pinus caribaea

var. hondurensis en Misiones Argentina. In: SILVOARGENTINA, 1.,

Page 83: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

70

2000, Gobernador Virassoro Anais... Gobernador Vinassoro, 2000.

p.1-12.

PAIT, J. A.; FLINCHUM, D.M.; LANTZ, C.W. Species variation,

allocation, and tree improvement. In: Forest Regenation Manual.

London: Kluwer Academic Publishers. 1991. p. 207-231.

PERRY, M.A.; MICHELL, R.J.; ZUTTER, B.R.; et al. Competitive

responses of loblolly pine, sweetgum and broomsedge densities.

Canadian Journal Forrest Research, v. 23, p. 2049-2058, 1993.

PETERSEN, T.D.; NEWTON, M.; ZEDAKER S.M. Influence of

Ceanociuns velutinus and associated forbs on the water strees and

stemwood production of Douglas-fir. Forest Science, v.2, n.34, p.

333-343. 1988

PEZZUTTI, R. Efecto del control de malezas en el crecimiento inicial

de plantaciones de Pinus taeda L. del NE de Corrientes, Argentina. In:

SILVOARGENTINA, 1., 2000, Gobernador Virassoro. Anais...

Gobernador Vinassoro, 2000.

POWELL, M.B. & NIKLES, D.G. Performance of Pinus elliottii var.

elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis, and their F1, F2 and

backcross hybrids across a range of sites in Queensland. In: Tree

improvement for sustainable tropical forestry. Proc. QFRI-IUFRO

Conf., Australia. p. 382-383, 1996.

Page 84: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

71

ROCHA, P. & NIELLA, F., 2000. Investigacion y desarrolo de

sistemas de propagacion vegetativa para Pinus taeda en Misiones

Argentina. In: SILVOARGENTINA, 1., 2000, Gobernador Virassoro.

Anais... Gobernador Vinassoro, 2000.

RODRIGUES, J.J.V.; PITELLI, R.A.; NISHIMURA, J.; et al. Efeitos

de doses crescentes de oxyfluorfen no controle de plantas daninhas e

no crescimento de plantas de eucalipto. In: CONGRESO DE LA

ASOCIACIÓN LATINOAMERICANA DE MALEZAS, 10., Havana,

1990. Resumenes... Cuba: ALAM. 1990. p. 109.

SAGPyA FORESTAL. Publicação da Secretária de Agricultura,

Pecuária, Pesca e Alimentação da Argentina. Buenos Aires, n. 2, 99

p. 1997.

SCHOENHOLTZ, S.H. & BURGER, J.A. First year survival growth

of containerized pine (Pinus spp.) seedling on strip mined lands as

affected by cultural treatments and edaphic factors. General Thecnical

Report, Southeastern Forest Experiment Station, USDA Forest

Service. 1983. Três CD’s: Resumo.

SCHULTZ, R. Loblolly pine: The Ecology and Culture of Loblolly

Pine (Pinus taeda L.) Site preparation 4-3, 4-24; Stand Management

8-3, 8-36. USDA. U.S. Departament of Agriculture Forest Service,

Washington, D.C. Agricultural Handbook , 1997. 713p.

Page 85: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

72

SENFT, J.F. Pratical significance of juvenile wood for the user. 18º

IUFRO Word Congress. Iugoslávia, p.261-271, 1986.

SILVA, W.; SILVA, J.F. da; CARDOSO, A.A.; et al. Utilização de

trifluralin e de oxyfluorfen na cultura de Eucalyptus grandis. In:

CONGRESSO BRASILEIRO DE HERBICIDAS E PLANTAS

DANINHAS, 19., Londrina, 1993. Resumos... Londrina: SBHPD.

1993. 248-49.

SILVA, W.; FERREIRA, F.A.; ARCHANGELO, E.R.; et al.

Tolerância de Pinus spp. a diferentes herbicidas. In: CONGRESSO

BRASILEIRO DA CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS, 21.,

Caxambu, 1997. Resumos... Viçosa: SBCPD. 1997. p. 295.

SILVA, J. L. S. da. Produtividade de componentes de um sistema

silvipastoril constituído por eucalipto (Eucalyptus saligna Smith.) e

pastagens cultivada e nativa no Rio Grande do Sul. 1998. 179p.

Tese (Doutorando em Zootecnia)- Universidade Federal de Viçosa,

1998.

SLOOTEN, V. H. J.; FISEICK, R.W.; RICHETER, H.G.; et al.

Levantamento da densidade da madeira de Pinus elliottii var.

elliottii em plantio no sul do Brasil. PNUD/FAO/IBDF/BRA-45,

1976. p. 47. (Série Técnica nº5)

Page 86: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

73

SOUTH, D.B.; ZWOLONSKI, J.B.; DONALD, D.G.M. Interactions

among seedling diameter grade, weed control, and soil cultivation for

Pinus radiata in South Africa. Canadian Journal Forest Research,

v. 23, p. 2078-2082, 1993.

SOUZA, L.S. Avaliação de possíveis efeitos alelopáticos de

diversas espécies de plantas daninhas sobre o crescimento de

eucalipto (Eucaliptus grandis Hill & Maiden). 1994, 120p.

(Dissertação de Mestrado) – Curso de Pós-Graduação em Agronomia.

UNESP, 1994.

SUASSUNA, J. 1977. A cultura do Pinus: uma perspectiva e uma

preocupação. Revista Brasil Florestal, n° 29 – Janeiro/Março de

1977. Disponível em: http://www.furdaj.gov.br/docs/tropico/desat/pinus.html.

Acesso em: 12 dez. 2001.

SWINDEL, B.F. et al., Fertilization and competition control

accelerate early southern pine growth on flatwoods, USDA Forest

Sevice, Gainsville, FL. Southern Journal of Applied Forestry, v.12,

n.2, 116-121. 1988. Três CD: Resumo.

TARNOWSKI, B.C. Política de incentivos forestales en la Argentina.

In: SIMPÓSIO LATINO-AMERICANO SOBRE MANEJO

FLORESTAL, 1., 2000, Santa Maria. Anais... Santa Maria: CCR-

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, 2000. p.45-57.

Page 87: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

74

TEDESCO, M.J.; GIANELLO, C.; BISSANI, C.A.; et al. Análises de

solo, plantas e outros materiais. 2. ed. Porto Alegre: UFRGS,

Faculdade de Agronomia, Departamento de Solos, 1995. 174p.

(Boletim Técnico de solos, 5).

TOLEDO, R.E.B.; ALVES, P.L.C.A.; PITELLI, R.A.; et al. Estudo

econômico de diferentes métodos de manejo de Brachiaria decumbens

em área reflorestada com Eucalyptus grandis. In: CONGRESSO

BRASILEIRO DA CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS, 20.,

Florianópolis, 1995. Resumos... Florianópolis: SBCPD, 1995. p. 270-

71.

TUNG, C.H.; BATTORFF, J.; DEYOE, D.R. Survival and growth of

Douglas-fir seedlings with spot-spraying, mulching and root-dipping.

West Journal Appl. Forest, v. 1, p. 108-111. 1986.

ZAGONEL, J.; VENÂNCIO, W.S.; MILLÉO, M.V.R. Eficiência e

seletividade do imazapyr no controle de plantas daninhas na cultura do

pinus. In: CONGRESSO BRASILEIRO DA CIÊNCIA DAS

PLANTAS DANINHAS, 22., Foz do Iguaçu, 2000. Resumos... Foz

do Iguaçu: SBCPD, 2000. p. 365.

ZUTTER, B.R.; MILLER, J.H.; ALLEN, H.L.; et al. Fascicle nutrient

and biomass responses of young loblolly pine to control of woody and

herbaceous competitors. Canadian Journal Research, n. 29, p. 917-

925. 1999.

Page 88: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

75

VETTORI, L. Métodos de análises do solo. Rio de Janeiro: MA/EPFS, 1969. 642p. (Boletim n. 7).

VOELLER, J.E.; YOUNG, J.F.; HOLT, H.A. Seedling pine response

to first-year vegetation control. Proc. Southern weed Science Soc.

v.27, p.59-63, 1974.

YEISER, J.L. Herbicide and Fertilizer Combinations for Newly

Planted Loblolly Pine Seedlings on a Flatwoods Site in

Southeastern. Arkansas: Year Three Results. Tree Biennial Southern

Silvicultural Reserch Conference. Shreveport, LA. 1999. p. 451 – 453.

Page 89: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

Ficha Catalográfica elaborada por Luiz Marchiotti Fernandes CRB 10-1160

Biblioteca Setorial do CCR - UFSM 2002 Todos os direitos autorais reservados à Edison Bisognin Cantareli. A reprodução parcial ou total deste trabalho só poderá ser feita com autorização por escrito do autor. Endereço: Av. Rodolfo Behr, 1617, Bairro Camobi, Santa Maria, RS. CEP: 97105-440 Fone(0xx) 55 9994 2329 E-mail: [email protected]

C229e Cantareli, Edison Bisognin Efeito de cobertura e períodos de manejo de plantas daninhas no

desenvolvimento inicial de Pinus elliottii, Pinus taeda e Pinus elliottii var. elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis em várzeas / por Edison Bisognin Cantareli . – Santa Maria, 2002.

xiv, 89 f. : il., tabs. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Santa Maria –

Curso de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Santa Maria, RS, 2002, Ervandil Corrêa Costa, orientador.

1. Engenharia Florestal 2. Pinus 3. Plantas daninhas 4. Silvicultura

5. Herbicidas 7. Argentina I. Costa, Ervandil Corrêa, orient. II. Título CDU: T630.2

Page 90: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

77

ANEXOS Anexo 1: Temperaturas

VALORES MÉDIOS MENSAIS 1999ESTAÇÃO METEOROLÓGICA SANTO TOMÉ

MÊS TEMP. EM CASA H.RELAT. PRECIP. PRECIP.MIN MAX MED 14 Hrs.

(%)(mm) (acum.)

JAN 18,5 32,2 25,3 65,6 28,0 28,0FEV 18,2 30,4 24,3 77,1 164,0 192,0MAR 18,6 30,7 24,6 73,7 50,0 242,0ABR 13,1 22,7 17,9 76,9 214,0 456,0MAI 9,9 19,4 14,6 74,4 301,0 757,0JUN 8,6 17,2 12,8 79,9 95,0 852,0JUL 7,8 16,8 12,3 79,5 76,0 928,0AGO 9,2 20,8 14,9 68,8 21,0 949,0SET 11,6 22,9 17,3 72,1 197,0 1146,0OUT 12,5 23,7 18,1 75,5 137,0 1283,0NOV 14,0 27,5 20,7 61,1 79,0 1362,0DEZ 18,03 32,355 25,2 59,2 100,0 1462,0MIN 7,8 16,8 12,3 59,2 21,0 (mm)MAX 18,6 32,4 25,3 79,9 301,0MED 13,2 24,6 18,8 69,5 161,0

Page 91: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

78

TEMPERATURA MÉDIA MENSAL E ANUAL 1999

25,324,3 24,6

17,9

14,6

12,8 12,3

14,9

17,318,1

20,7

25,2

19.1

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ PROM

TEM

PER

ATU

RA

(ºC

)

Page 92: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

79

VALORES TEMP. MÉDIAS MENSAIS 1999

ESTAÇÃO METEOROLÓGICA SANTO TOMÉ

MÊS TEMP. NA CASA08:00 14:00 18:00 Tº MÍN Tº MÁX Tº MÉD

JAN 22,4 31,0 29,6 18,5 32,2 25,3FEV 21,5 29,3 28,3 18,2 30,4 24,3MAR 22,1 30,4 27,3 18,6 30,7 24,6ABR 15,7 21,7 20,5 13,1 22,7 17,9MAI 11,8 18,8 16,8 9,9 19,4 14,6JUN 10,7 16,6 14,7 8,6 17,2 12,9JUL 10,2 15,9 14,4 7,8 16,8 12,3AGO 11,2 20,3 18,4 9,2 20,8 15,0SET 15,0 22,2 20,8 11,6 22,9 17,3OUT 16,4 22,8 21,8 12,5 23,7 18,1NOV 18,8 26,3 31,2 13,967 27,5 20,7DEZ 22,5 31,1 28,5 18,0 32,4 25,2MÍN 10,226 15,903 14,4 7,8 16,8 12,3MÁX 22,516 31,097 31,2 18,6 32,4 25,3MÉD 16,4 23,5 22,8 13,2 24,6 18,8

Page 93: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

80

TEMPERATURAS MÍN. ABS. MENSAIS 1999

ESTAÇÃO METEOROLÓGICA SANTO TOMÉ

MÊS TEMP. NA CASA08:00 14:00 18:00 Tº MÍN Tº MÁX Tº MÉD

JAN 19 24 21 15 23 19FEV 17 22 20 15 24 19,5MAR 14 24 18 12 21 16,5ABR 8 13 12 6 19 12,5MAI 5 12 11 4 18 11JUN 3 11 9 1 20 10,5JUL 4 8 8 1 15 8AGO 0,5 7 8 -1 20 9,5SEP 10 16 15 7 20 13,5OUT 6 13 12 2 17 9,5NOV 13 16 15 8 19 13,5DEZ 16 24 20 13 22 17,5MÍN 1 7 8 -1 15 8,0MÁX 19 24 21 15 24 20MÉD 9,8 16 15 7 19,5 13,8

Page 94: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

81

TEMPERATURAS MÁX. ABS. MENSAIS 1999

ESTAÇÃO METEOROLÓGICA SANTO TOMÉ

MÊS TEMP. NA CASA08:00 14:00 18:00 Tº MÍN Tº MÁX Tº MÉD

JAN 29 36 34 25 37 31,0FEV 28 34 33 22 35 29MAR 26 39 32 25 35 30ABR 21 28 26 13 28 20,5MAI 19 27 23 15 27 21,0JUN 22 23 23 12 25 18,5JUL 17 24 23 10 25 17,5AGO 23 30 27 8 30 19,0SET 24 30 28 17 30 23,5OUT 22 32 30 14 33 23,5NOV 22 36 236 16 36 26,0DEZ 28 38 34 25 40 32,5MÍN 17 23 23,0 8 25 17,5MÁX 29 39 236 25,0 40 32,5MÉD 23 31 129,5 16,5 32,5 25,0

Page 95: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

82

PARÂMETROS 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 Promédio

TEMP. EN CASILLA

Temperatura Média 08 hrs 15,7 16,4 15,8 14,2 18,8 16,9 16,4 16,3Temperatura Média 14 hrs 20,7 23,1 22,8 21,7 24,7 22,9 23,5 22,8Temperatura Média 18 hrs 21,3 22,6 22,2 21,1 23,3 21,4 22,8 22,1Temperatura Máxima Media 24,2 25,1 25,1 24,6 25,4 23,8 24,6 24,7Temperatura Máxima Absoluta 36 38,5 40 39 36,0 37 40 40,0Temperatura Mínima Media 15,3 16,2 15,3 14,1 16,2 14,2 13,2 14,9Temperatura Mínima Absoluta 1 2 0 -1 -1 0 -1 -1,0Temperatura Média 19,7 20,7 20,2 19,6 20,8 19,1 18,8 19,8

UMIDADE RELATIVA

U.R. Média 08 hrs. 84,7 85,8 82,5 84,3U.R. Média 14 hrs. 71,5 78,1 75,4 76,7 75 77,1 72,0 75,1U.R. Média 18 hrs. 70,2 75,2 71,4 72,3

PRECIPITAÇÃO 2277 1511 883 1606 1867 2154 1462 1680,0

RESUMO GERAL DOS DIFERENTES PARÂMETROSCLIMATOLÓGICOS EM SANTO TOMÉ

REGISTRO HISTÓRICO

Page 96: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

83

Anexo 2: Precipitações

REGIME DE PRECIPITAÇÕES 1999 ESTAÇÃO METEOROLÓGICA SANTO TOMÉ

MÊS Quantidade de Promédio Precip. Mensal

Dias/mês (mm/dia) (mm)

JAN 4 7,0 28

FEV 3 54,7 164 MAR 5 10 50 ABR 11 19 214 MAI 5 60,2 301 JUN 6 15,8 95 JUL 10 7,6 76 AGO 2 10,5 21 SET 8 24,6 197 OUT 10 13,7 137 NOV 4 19,8 79 DEZ 8 12,5 100

TOTAL 76 19,2 1462

Page 97: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

84

PRECIPITAÇÃO MENSAL 1999

28

164

50

214

301

95

76

21

197

137

79

100

0

50

100

150

200

250

300

350

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

PREC

IPIT

ÃO

(mm

)

REGIME DE PRECIPITAÇÕES MENSAIS

7,0

54,7

10,0

19,5

60,2

15,8

7,610,5

24,6

13,7

19,8

12,5

4 35

11

5 6

10

2

810

4

8

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

MESES

MM

/DIA

MM/DÍA DÍAS POR MÊS

Page 98: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

ESTAÇÃO METEOROLÓGICA SANTO TOMÉ(Dados históricos)

1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 PROM0 2277 1511 883 1606 1867 2154 1462 1680 CAMBIA

PRECIPITAÇÕESANUAIS

2277

1511

883

1606

1867

2154

1462

1680

0

500

1000

1500

2000

2500

1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 PROM

ANO

PREC

IPIT

ÃO

( m

m )

REGISTRO DE GEADAS EM 1999

MÊS TEMPERATURA NA CASAESTAÇÃO VIRASORO ESTACIÓN SANTO TOMÉ

Nº GEADAS Tº > GEADA Nº GEADAS Tº > GEADAJANFEVMARABRMAIJUNJULAGO 1 -1 2 -1SETOUTNOVDEZ

Page 99: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

86

FIGURA 12 – Coleta da amostra de biomassa de plantas daninhas

(0,25 m²) entre as mudas de Pinus spp. do camalhão

central, no segundo período de avaliação. (Cantareli,

2001)

Page 100: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

87

FIGURA 13 – Foto mostra três tratamentos aplicados. Em primeiro

plano, controle somente no camalhão por dois

períodos; a seguir, parcela com controle total e mais

ao fundo uma testemunha sem controle. (Cantareli,

2001)

Page 101: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

88

FIGURA 14 – Em primeiro plano, a parcela sem controle; após, uma

parcela de controle total por um ano e mais ao fundo

um controle somente no camalhão por um ano.

(Cantareli, 2001)

Page 102: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

89

FIGURA 15 – Parcela da testemunha sem controle. Nota-se uma

heterogeneidade no desenvolvimento entre as mudas

de Pinus elliottii da parcela em razão a alta

competição com gramíneas. (Cantareli, 2001)

Page 103: EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE ...coral.ufsm.br/ppgef/images/Diss2002/DM_Edison_Bisognin...cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com madeiras

TABELA 11 – Coeficientes de correlação de Pearson (r) entre as variáveis (V1) Volume em cm³ das plantas de Pinus spp.

no ano um; (V2) Volume em cm³ das plantas de Pinus spp. no ano dois; (MS1) biomassa das plantas

daninhas em Kg ha-1 de camalhão no ano um e (MS2) biomassa das plantas daninhas em Kg ha-1 de

camalhão no ano dois, dentro de cada espécie do gênero Pinus entre anos

Variáveis V1 V2 MS1

Pt Pe Ph Pt Pe Ph Pt Pe Ph

V1 - - - - - - - - -

V2 0,836 0,931* 0,842 - - - - - -

MS1 -0,956* -0,903* -0,954* -0,801 -0,935* -0,948* - - -

MS2 -0,873 -0,927* -0,915* -0,909* -0,950* -0,920* 0,890* 0,956* 0,983*

* Significativo em nível de 5% de probabilidade de erro. Sendo: (Pt) Pinus taeda; (Pe) Pinus elliottii; (Ph) Pinus híbrido.