educador professor ou mestre?
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EDUCADOR: PROFESSOR OU MESTRE?
Educator: Teacher or Master? EDUCADOR: profesor o maestro?
Resumo: Portanto, conclui-se que o profissionalismo define o professor como técnico na educação e a sabedoria (sabedoria prática, ou a habilidade para agir de maneira acertadamente ética-moral, político e compromissada), define o ser mestre consciente de seus próprios limites, a verdadeira grandeza dos mestres esta em ser humano, viver a contraposição entre a razão e a fé e ter sensibilidade para não esquecer que o homem é um ser em constante evolução e tem necessidade de pertencer a um determinado grupo social, seja a família, a escola ou outros grupos.
Elicio Gomes Lima Summary: Therefore, we conclude that the teacher sets the professionalism and technical education and wisdom (practical wisdom or the ability to act rightly ethical-moral, political and committed), defines being conscious master of his own limits, the true greatness of the masters in this human being, living the opposition between reason and faith, and be sensitive to not forget that the man is a constantly evolving and need to belong to a particular social group, whether family, school or other groups. Resumen: Por lo tanto, llegamos a la conclusión de que el profesor establece la educación profesional y técnica y la sabiduría (sabiduría práctica o la capacidad de actuar con razón ético-moral, político y comprometido), marcan el maestro consciente de sus propios límites, el verdadero la grandeza de los maestros de este ser humano que vive la oposición entre razón y fe, y ser sensibles a que no hay que olvidar que el hombre es una constante evolución y la necesidad de pertenecer a un determinado grupo social, ya sea familiar, escolar o de otro tipo grupos. * Mestre em Educação pela UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas/SP. Professor convidado do UNASP-EC – Centro Universitário Adventista de São Paulo e docente efetivo da rede pública Estadual e Municipal de São Paulo. Contato: [email protected].
EDUCADOR: PROFESSOR OU MESTRE?
Educator: Teacher or Master? EDUCADOR: profesor o maestro?
Ser professor é ensinar conhecimentos sistematicamente organizados, e
ministrar aulas metodicamente elaboradas, ou seja, trabalhar as técnicas e os
métodos de forma eficiente como faz os bons profissionais. Ser mestre é ir além
do padrão estabelecido, perpassar métodos e sistemas já previamente elaborados,
é assumir um compromisso com a educação humana e trabalhar no sentido de
desenvolver nos educandos o conceito e o sentido de cidadania.
Ser mestre é acima de tudo compartilhar saberes, dividir experiências,
somar voz a outras vozes que enriqueçam as experiências de homens e mulheres,
é multiplicar a compreensão e a consciência da realidade que insere homens e
mulheres a uma dimensão que envolve o afetivo, reconhecendo o outro como
sujeito no processo ensino-aprendizagem, como ser histórico e situado.
Dessa forma o mestre despertará inquietações nos indivíduos envolvidos
no processo ensino-aprendizagem, espíritos “revolucionários”, não conformados
com as injustiças sociais, com a opressão e as desigualdades culturais que
permeiam nossa sociedade.
O espírito revolucionário conduzirá, moverá nossas ações que servirão de
subsídios para a elaboração de práticas sociais mais justas e humanas.
O mestre não está somente envolvido com a formação e o
desenvolvimento do educando, mais que isso, ele compromete-se profundamente
na interação com o indivíduo para a humanização através do processo ensino
aprendizagem e das relações humanas.
Ser mestre é desprender-se de preconceitos, é ver em cada indivíduo
(educando) possibilidades, é acreditar na capacidade de superação.
Ser mestre é entregar-se totalmente, e receber dentro de um processo
mútuo de troca, é acima de tudo perceber que “o progresso na verdadeira
educação não se harmoniza com o egoísmo”.
Ser mestre é ser consciente de seu papel social, político e cultural, é
despertar consciências para transformações sociais em benefício de todos.
Ser mestre é ter percepção que suas práticas metodológicas não são o
limite, mas são e estão sujeitas a novos pensares, modificações, renovações,
criações e recriações, atualização e correção de postura que são inapropriadas ao
exercício docente (o verdadeiro mestre não se considera infalível esta sempre
aberta a novas práticas e outros conhecimentos).
Ser mestre é valorizar as potencialidades individuais do educando como
sujeito capaz de produzir conhecimento a partir dos contextos em que estão
inseridos e transformas conhecimentos do censo comum e conhecimentos
escolares e científicos, ou seja, partir das experiências que os alunos trazem.
Ser mestre é estar cônscio que não se possui isoladamente todo um
arcabouço de conhecimento, mas, sim, que o saber é a somatória de fragmentos
compartilhados num tempo e num espaço por indivíduos dentro de um processo
histórico social, nas trocas com seus pares e os demais agentes ao inseridos na
sua realidade contextual – trocas, compartilhamento, cooperação...
Desta maneira, o professor pode viver intensamente por algum tempo suas
próprias experiências em sala de aula, mas o educador compromissado se perpetua
nas experiências compartilhadas em consonância com outras vozes dotadas
também de autonomia (no processo de troca) que passam nesta relação a
incorporar muito de suas práticas pedagógicas, de suas palavras e até mesmo seu
jeito de ser. Portanto, conclui-se que o profissionalismo define o professor como
técnico na educação e a sabedoria (sabedoria prática, ou a habilidade para agir de
maneira acertadamente ética-moral, político e compromissada), define o ser
mestre consciente de seus próprios limites, a verdadeira grandeza dos mestres esta
em ser humano, viver a contraposição entre a razão e a fé e ter sensibilidade para
não esquecer que o homem é um ser em constante evolução e tem necessidade de
pertencer a um determinado grupo social, seja a família, a escola ou outros
grupos.
É nessa perspectiva quando desenvolvemos a sabedoria prática é que
somos mestres e ao mesmo tempo professores. A Sabedoria Prática é o que
Aristóteles denominou de a vontade moral de fazer a coisa certa.