educaÇÃo intercultural e fronteira peif - 2013. “o que mata um jardim não é mesmo alguma...

11
EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E FRONTEIRA PEIF - 2013

Upload: internet

Post on 22-Apr-2015

107 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E FRONTEIRA PEIF - 2013. “O que mata um jardim não é mesmo alguma ausência, nem o abandono... O que mata um jardim é esse olhar

EDUCAÇÃO INTERCULTURAL

E FRONTEIRA

PEIF - 2013

Page 2: EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E FRONTEIRA PEIF - 2013. “O que mata um jardim não é mesmo alguma ausência, nem o abandono... O que mata um jardim é esse olhar

““O que mata um jardim não é mesmoO que mata um jardim não é mesmo

alguma ausência, nem o abandono...alguma ausência, nem o abandono...

O que mata um jardim é esse O que mata um jardim é esse olhar olhar vaziovazio

De quem por eles passa indiferente” . De quem por eles passa indiferente” . (Mário Quintana, 1906-1994)(Mário Quintana, 1906-1994)

A cor do invisívelA cor do invisível, publicado pela Editora Globo., publicado pela Editora Globo.

Mario Quintana

Page 3: EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E FRONTEIRA PEIF - 2013. “O que mata um jardim não é mesmo alguma ausência, nem o abandono... O que mata um jardim é esse olhar

O Curso PEIF (versão 2013) terá alcançado O Curso PEIF (versão 2013) terá alcançado êxito se for capaz de provocar um tipo de êxito se for capaz de provocar um tipo de “estranhamento”, ou seja, um tipo de “estranhamento”, ou seja, um tipo de perplexidade provocada pelo encontro das perplexidade provocada pelo encontro das culturas, e cujo encontro levará a uma culturas, e cujo encontro levará a uma modificação do modificação do olhar olhar que se tinha sobre si que se tinha sobre si mesmo. mesmo.

De fato, presos a uma única cultura, somos De fato, presos a uma única cultura, somos não apenas cegos à dos outros, mas não apenas cegos à dos outros, mas míopes quando se trata da nossa.míopes quando se trata da nossa.

A abordagem intercultural provoca, uma A abordagem intercultural provoca, uma verdadeira revolução epistemológica, que verdadeira revolução epistemológica, que começa por uma revolução do começa por uma revolução do olhar.olhar.

Page 4: EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E FRONTEIRA PEIF - 2013. “O que mata um jardim não é mesmo alguma ausência, nem o abandono... O que mata um jardim é esse olhar

Uma educação para as escolas de Uma educação para as escolas de fronteira, nesse contexto, implica no fronteira, nesse contexto, implica no conhecimento e na valorização das conhecimento e na valorização das culturas envolvidas, tendo por base, culturas envolvidas, tendo por base, práticas de práticas de interculturalidadeinterculturalidade. Como . Como efeito da interação e do diálogo entre efeito da interação e do diálogo entre os grupos envolvidos, têm-se, então, os grupos envolvidos, têm-se, então, relações entre as culturas, o relações entre as culturas, o reconhecimento das características reconhecimento das características próprias, o respeito mútuo e a próprias, o respeito mútuo e a valorização do diferente como valorização do diferente como diferente diferente (e não como ‘melhor’ ou ‘pior’).(e não como ‘melhor’ ou ‘pior’).

Page 5: EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E FRONTEIRA PEIF - 2013. “O que mata um jardim não é mesmo alguma ausência, nem o abandono... O que mata um jardim é esse olhar

• Logo, é preciso pensar como desconstruir as fronteiras das diferenças, a fim de construir práticas interculturais no “contexto da fronteira” sul-mato-grossense.

•Algumas pistas: problematizar o preconceito em relação ao local, isto é, em relação ao território.

• Desconstruir a aDesconstruir a aversão à fronteira constituída na representação das pessoas, quando tudo que está do outro lado representa risco, é o desconhecido é o “outro”.

Page 6: EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E FRONTEIRA PEIF - 2013. “O que mata um jardim não é mesmo alguma ausência, nem o abandono... O que mata um jardim é esse olhar

• Problematizar a estigmatização, preconceito e discriminação (internet). Há interpretações malvistas e enviesadas das fronteiras no planeta, que confundem essas áreas como espaços exclusivos de contravenção, narcotráfico, contrabandos e ilegalidades.

• As fronteiras das diferenças se erguem por motivos que podem ser tanto fúteis e sem fundamentos quanto parte de esquemas ideológicos para a dominação de um povo, um território. Ressaltamos mais o que nos diferencia e não o que nos assemelha.

Page 7: EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E FRONTEIRA PEIF - 2013. “O que mata um jardim não é mesmo alguma ausência, nem o abandono... O que mata um jardim é esse olhar

• A fonte do preconceito é uma personalidade autoritária ou intolerante.

• Pessoas autoritárias tendem a ser rigidamente convencionais. Partidárias do seguimento às normas e do respeito à tradição, elas são hostis com aqueles que desafiam as regras sociais. (ADORNO, 1950).

Page 8: EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E FRONTEIRA PEIF - 2013. “O que mata um jardim não é mesmo alguma ausência, nem o abandono... O que mata um jardim é esse olhar

• Uma real integração fronteiriça contempla via escola, a diferença estabelecida

pelo plurilíngüismo, isto é, a relação entre o homem e a realidade social.

•De todos os obstáculos culturais, aqueles que se relacionam com língua falada no meio familiar são, sem dúvida, os mais graves e os insidiosos, sobretudo nos primeiros anos de escolarização, quando a compreensão e o manejo da língua constituem o ponto de atenção principal na avaliação dos mestres. (BOURDIEU, 2000, p. 46).

Page 9: EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E FRONTEIRA PEIF - 2013. “O que mata um jardim não é mesmo alguma ausência, nem o abandono... O que mata um jardim é esse olhar

As fronteiras são criadas As fronteiras são criadas antes para proteger do que antes para proteger do que para isolar, elas se ligam à para isolar, elas se ligam à necessidade primitiva do necessidade primitiva do homem em encontrar abrigo homem em encontrar abrigo para suas manifestações para suas manifestações coletivas, entre as quais coletivas, entre as quais pode-se incluir certamente, pode-se incluir certamente, o desejo de saber o que se o desejo de saber o que se passa e o que existe do passa e o que existe do outro lado da fronteira. outro lado da fronteira. (MARTIN, 1992, p. 88).(MARTIN, 1992, p. 88).

Page 10: EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E FRONTEIRA PEIF - 2013. “O que mata um jardim não é mesmo alguma ausência, nem o abandono... O que mata um jardim é esse olhar

O QUE O QUE ESPERAMOS DO ESPERAMOS DO

PEIF – 2013?PEIF – 2013?

Desenvolver uma prática intercultural na Desenvolver uma prática intercultural na escola de Educação Básica, que desmistifique escola de Educação Básica, que desmistifique as relações tensas nas fronteiras e que as relações tensas nas fronteiras e que promova a aproximação entre brasileiros e promova a aproximação entre brasileiros e bolivianos.bolivianos. Para o registro está previsto a elaboração de Para o registro está previsto a elaboração de um vídeo. O vídeo será um documentário, que um vídeo. O vídeo será um documentário, que vai contar por meio de entrevistas, vai contar por meio de entrevistas, depoimentos e imagens, de que forma a ação depoimentos e imagens, de que forma a ação intercultural foi desenvolvida na escola. intercultural foi desenvolvida na escola.

Page 11: EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E FRONTEIRA PEIF - 2013. “O que mata um jardim não é mesmo alguma ausência, nem o abandono... O que mata um jardim é esse olhar

Um Um ótimo ótimo cursocurso!!

Muito Obrigada!

Jacira Helena

E-mail: [email protected]

E para todos VOCÊS...E para todos VOCÊS...