educação física - 10º/11º ano

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  • 8/13/2019 Educao Fsica - 10/11 Ano

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    DESPORTOE APTIDO FSICA

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    10 ano

    11/12 anos

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    10. ano de escolaridade

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    Objetivos

    Conhecer os processos de desenvolvimento e manutenoda aptido fsica.

    Interpretar os efeitos da carga e os princpios fundamentaisdo treino das capacidades motoras.

    Identificar os fatores de risco associados prticade atividades desportivas.

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    Processos de desenvolvimentoe manuteno da aptido fsica

    Aptido fsica e sade

    A aptido fsica pode ser interpretada segundo duas perspetivas: aptido fsicaassociada sade e aptido fsica associada ao rendimento desportivo.

    Conceitos fundamentaisSade segundo a OMS, a sade no deve ser apenas considerada como umaausncia de doena, mas sim um bem-estar geral.

    A sade um estado caracterizado por uma aptido para realizar atividades fsicascom vigor associadas a um risco reduzido de desenvolvimento de doenas hipocinticas(elevado sedentarismo). (Bouchard e Shephard, 1992).

    Promoo da sade processo que visa criar condies que permitam aos indivduoscontrolar a sua sade e agir sobre os fatores que a influenciam (Carta de Otava, 1986).

    Aptido fsica A OMS define-a como a capacidade para realizar trabalho muscularde forma satisfatria.

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    Aptido fsica e sade

    Aptido fsica relaciona-se com o rendimento de todas as tarefas dirias realizadas; envolve os domnios das aptides fsicas, psicomotoras, percetivas e cognitivas; um todo que deve ser trabalhado nos seus diversos domnios; est diretamente relacionada com a promoo e manuteno da sade.

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    Aptido fsica e sade

    Conceitos fundamentais (cont.)

    Atividade fsica engloba qualquer movimento corporalque resulte num aumento de gasto energticorelativamente taxa metablica de repouso.

    Exerccio fsico atividade fsica realizada de formaintencional que resulta em melhoria ou manutenode uma ou mais facetas da aptido fsica.

    Atividade fsica desportiva abarca um conjunto mais

    restrito, quando comparado com a atividade fsica. Emboraenvolva movimento, este integra-se num sistema complexoque abrange instituies, regulamentos, tcnicas, tticas,competies, etc.

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    Aptido fsica e sade

    Fatores de promoo de um estilode vida saudvel

    fazer uma alimentao equilibrada;

    praticar exerccio fsico regularmente;

    repousar, no mnimo, oito horas por dia;

    no consumir lcool, drogas e tabaco;

    adotar hbitos de higiene

    e de segurana;

    conviver com outras pessoas.

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    Indicadores da aptido fsica

    Adaptaes do organismo ao esforo

    Como resposta prtica do exerccio fsico, o organismo adapta-se, melhorandoas suas principais funes orgnicas, nomeadamente a diminuio da frequncia

    cardaca e da frequncia respiratria.Para alm da melhoria das funes orgnicas, a prtica de exerccio fsico regularprovoca outros benefcios, nomeadamente ao nvel:

    morfolgico crescimento sseo, desenvolvimento muscular e reduo

    do tecido adiposo;

    psicolgico aumento do nvel de autoestima, reduo dos nveis de ansiedadee stress ;

    social promoo da relao com os outros (colegas e adversrios).

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    Controlo da frequncia cardaca

    Peito:Colocar a palma da mo sobre a zona do corao.Esta tcnica s deve ser utilizada aps esforo.

    Artria cartica:Colocar o dedo indicador e o dedo mdio no pescooe pressionar a artria cartida.

    Artria Radial:Colocar o dedo indicador e o dedo mdio sobreo pulso no prolongamento do polegar (onde passaa artria radial).

    Indicadores da aptido fsica

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    Clculo da Frequncia cardaca

    Contar o nmero de batimentos durante 15 segundos e multiplicar por 4(exemplo: 32 batimentos em 15 segundos: 32 4 = 128 pulsaes por minuto).

    Frequncia Cardaca Mxima = 220 idade do indivduoPor exemplo: um jovem de 15 anos > 220-15=205

    Para calcular a frequncia a atingir:Se um jovem de 15 anos quiser realizar um exerccio aerbio

    (60 a 70% da FCM), as pulsaes devem situar-se entre as 123 e as 144pulsaes por minuto.

    FCM = 220 15 = 20560% da frequncia cardaca mxima = 205 X 0,6 =123 pulsaes por minuto.70% da frequncia cardaca mxima = 205 X 0,7 = 144 pulsaes por minuto.

    Indicadores da aptido fsica

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    Carga de treino e seus efeitos

    Carga o estmulo (exerccio ou exerccios) que provoca uma desorganizaoestrutural do organismo. provoca uma desestabilizao e fadiga e obriga osistema a procurar meios de responder ao estmulo/dificuldade.

    Adaptao atingir um estado em que a mesma carga j no provoca

    desestabilizao nem fadiga = obteve uma melhoria das capacidades motoras.

    Como resposta carga, o organismo aumenta as suas principais funes orgnicas,nomeadamente a frequncia cardaca e respiratria originando com acontinuidade da aplicao da carga a fadiga. Esta recupera-se com o repousoe uma alimentao adequada, que iro desencadear uma reorganizao estrutural

    e funcional a um nvel superior (supercompensao ). pela utilizao de cargas de treino progressivamente superiores que se devemtrabalhar as vrias capacidades motoras, incrementando desta forma o aumentodos nveis de aptido fsica.

    Este processo de estmulo-adaptao designado de ciclo da autorrenovaoda matria viva.

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    Para a compreenso dos efeitos da prtica do exerccio fsico no organismo, importante conhecer o conceito da carga e da adaptao:

    Carga o estmulo que provoca uma desorganizao estruturaldo organismo.

    Adaptao a melhoria das capacidades motoras.

    Ciclo de autorrenovao da matria viva

    Carga de treino e seus efeitos

    Nota: neste

    grficosupe-seque a cargafoi semprea mesmaao longo do

    tempo.

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    Processos de elevao e manuteno da condio fsica

    Na organizao do exerccio fsico, deve-se ter em ateno os seguintes aspetos: partir do nvel inicial das capacidades de cada um (resultado dos testes de aptido fsica)

    e avanar de forma progressiva no que diz respeito durao e intensidade do exerccio,

    bem como s distncias percorridas; comear com corridas de curta distncia, com ritmo moderado, e aumentar a distnciaprogressivamente; evitar no incio terrenos com subidas e descidas que representem esforos muito intensos; alterar dias de exerccio mais intenso ou mais prolongado com dias de exerccio maismoderado; variar o tipo de atividade fsica (andar, correr, saltar, etc.); valorizar as fases da ativao; ser regular na prtica do exerccio fsico, porque esta a chave do progresso.

    Carga de treino e seus efeitos

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    Princpios do treino

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    Capacidades motoras

    A capacidade uma competncia dependente das condies de aquisio e deinfluncia do meio, que pode ser melhorada com o treino.

    Ascapacidades motoras so componentes da aptido fsica necessrias aprendizagem e realizao de aes motoras, das mais simples s mais complexas.

    Subdividem-se em: capacidades condicionais determinadas pelas componentes energticas,predominando os processos de obteno e transformao de energia carter

    quantitativo; capacidades coordenativas determinadas pelos processos de conduo do sistemanervoso central carter qualitativo.

    Capacidades motoras

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    Capacidades motoras condicionais

    Velocidade

    Execuo: Capacidade de realizar um ou vrios movimentos no menor tempopossvel ou com mxima frequncia por unidade de tempo.

    Deslocamento: Capacidade de realizar movimentos cclicos vencendo uma distnciaem tempo mnimo.

    Reao: Capacidade de reagir a um estmulo isolado ou a vrios estmulossimultneos no menor tempo possvel.

    Resistncia: Capacidade de realizar movimentos ou deslocamentos velozesresistindo fadiga.

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    ForaA fora permite superar ou contrariar as resistncias ao movimento, com base em forasinternas (produzidas por contrao muscular, aes dos tendes e ligamentos) e forasexternas (gravidade, atrito, oposio).

    Formas de manifestao desta capacidade: fora esttica ou isomtrica (no h produode movimento) e fora dinmica (h produo de movimento). Esta ltima pode subdividir-seem concntrica (quando se d a aproximao das inseres musculares), excntrica (quandose d o afastamento das inseres musculares) e pliomtrica (quando combina a contraodo tipo concntrico, isomtrico e excntrico).

    Em funo da acelerao produzida , existem as seguintes variantes: fora explosiva (quandoa resistncia mnima e a acelerao mxima); fora rpida , que permite superar umaresistncia no mxima a uma grande velocidade (quando a resistncia maior e a acelerao submxima); e fora resistente (quando a acelerao mdia e mais ou menos constanteno tempo).

    Capacidades motoras condicionais

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    FlexibilidadeMovimento dinmico:Os movimentos dinmicos realizam-se segundo uma tcnica balstica e decarter repetitivo, sendo executados sob a forma de presso, salto oulanamento. Podem-se realizar de uma forma ativa, quando o prpriosujeito que efetua a ao, ou de forma passiva, quando o movimento assistido com a ajuda de uma fora externa.

    Movimento esttico:Os movimentos estticos so designados desta forma porque o sujeito querealiza a ao mantm uma posio determinada. Esta ao pode serexecutada de trs formas diferentes: passiva (quando a fora da gravidade a nica a intervir); passiva-ativa (quando o prprio sujeito realiza uma forapara manter a posio); passiva-assistida (quando um companheiro quemantm a posio).

    Capacidades motoras condicionais

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    ResistnciaAerbia:

    Equilbrio entre o oxignio que est a ser necessrio para o trabalho muscular e oque a circulao transporta at esse tecido muscular.

    Anaerbia:

    O oxignio no chega em quantidades suficientes ao tecido muscular.Nos esforos de curta durao, quando a principal fonte energtica a fosfocreatina,a resistncia designada de anaerbia alctica, por no se produzirem grandesconcentraes de cido lctico. Por sua vez, quando os esforos se prolongam,a fonte energtica passa a ser o glicognio e surgem grandes concentraes de cidolctico no sangue e nos msculos, designando-se, neste caso, por resistnciaanaerbia lctica.

    Capacidades motoras condicionais

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    Capacidades motoras coordenativas

    Reao complexa

    Qualidades do comportamento relativamente estveis e generalizadas,necessrias a uma rpida e oportuna preparao e execuo no mais curto

    espao de tempo de aes motoras desencadeadas por sinais mais ou menoscomplicados ou por anteriores aes motoras ou estmulos.

    Diferenciao cinestsica

    Qualidades do comportamento relativamente estveis e generalizadas,necessrias para a realizao de aes motoras corretas e econmicas, com basenuma receo e assimilao bem diferenciadas e precisas de influnciascinestsicas (dos msculos, tendes e ligamentos).

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    RitmoQualidades do comportamento relativamente estveis e generalizadas, necessrias perceo,acumulao e interpretao de estruturas temporais e dinmicas pretendidas ou contidas naevoluo do movimento. Importante para aes motoras cuja realizao exige um cunho rtmicoe para as convenientes estruturas da evoluo do movimento que exige uma determinadaacentuao.

    EquilbrioQualidades necessrias conservao ou recuperao do equilbrio pela modificao dascondies ambientais e para a conveniente soluo de tarefas motoras que exigem pequenasalteraes de plano ou situaes de equilbrio muito instvel.

    Orientao espacialQualidades do comportamento relativamente estveis e generalizadas, necessrias paraa determinao e modificao da posio e movimento do corpo como um todo no espao,as quais precedem a conduo de orientao espacial de aes motoras. Dependem de umalateralidade bem definida, permitindo ao indivduo diferenciar o lado esquerdo e o direito, o ladode cima e o de baixo, atrs e frente, etc.

    Capacidades motoras coordenativas

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    Avaliao da aptido fsica

    Bateria de testes do Fi tnessgram

    A bateria de testes Fitnessgram permite fazer uma avaliao do nvel da aptidofsica de cada um. O controlo dos nveis de aptido fsica fundamental paraque cada indivduo tome conscincia do nvel das suas capacidades motoras.

    Os resultados obtidos nos testes permitem que cada um se situe numadeterminada zona de aptido fsica (zona saudvel de aptido fsica ou zona comnecessidade de incremento dos nveis de aptido fsica).

    rea A: Zona com Necessidade de Incremento dos nveis de Aptido Fsica(ZNI).

    rea B:Zona Saudvel de Aptido Fsica(ZSAF).

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    Aptido aerbia Vaivm:Realizar um percurso de 20 metros, numacadncia definida. Partir da posio vertical at

    linha oposta e inverter o sentido da corrida.

    Ou

    Milha:Realizar um percurso de uma milha

    (1609 metros) o mais rapidamente possvel.Se o aluno no for capaz de correr a totalidadeda distncia, pode faz-lo a andar.

    Avaliao da aptido fsica

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    Aptido muscular

    Fora mdia abdominaisEm decbito dorsal, com membros inferiores fletidos(aproximadamente a 90 ) e os membros superiores

    estendidos ao longo do tronco. Elevar parcialmenteo tronco. Um colega coloca as mos em concha paraservir de repouso cabea do executante.

    Fora superior extenso de braos

    Na posio de prancha facial, com membrossuperiores estendidos e mos colocadas largurados ombros. Realizar a flexo-extenso dos membrossuperiores mantendo sempre o alinhamento entreo tronco, membros inferiores e cabea.

    Avaliao da aptido fsica

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    Medidas antropomtricas IMC ndice de Massa CorporalIMC =peso (kg)

    [altura (m)]2

    Peso (kg) Altura (metros)

    Avaliao da aptido fsica

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    Composio corporal (pregas adiposas):

    Prega geminal parte interna da perna

    direita, na zona de maior permetro.

    Prega tricipital parte posteriordo brao direito, na parte intermdia,entre o cotovelo e o acrmio.

    Avaliao da aptido fsica

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    Fatores de sade e riscos associados pratica de atividades fsicas desportivas

    Acidentes e lesesAcidente: uma situao imprevisvel, que provoca uma alterao numa das estruturascorporais, causando um dano fsico ou mental.

    Leso desportiva: qualquer acidente que ocorre devido prtica desportiva. A leso aparece

    quando uma estrutura ssea ou muscular recebe uma fora que ultrapassa os limites de tenso-presso admitidos pelo organismo. No caso das leses agudas, estas so evidentes a partirdo momento em que se produzem.

    De acordo com o momento em que se produzem, as leses desportivas podem classificar-se emdois tipos: agudas macrotraumatismos que se manifestam no momento de se produzir a leso, comoum golpe; crnicas microtraumatismos repetidos, que no se manifestam no momento de ocorrera leso.Em funo do tecido que afetado, as leses podem ser divididas em musculares , sseas e tendinosas .

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    Principais leses desportivas

    Muitas vezes, no decorrer da prtica de uma atividade fsica desportiva ou mesmo duranteo sono, sentimos dor provocada por contraes involuntrias de um msculo ou grupode msculos so as chamadas cibras.

    As situaes mais vulgares surgem: no decorrer de exerccios fsicos (qualquer modalidade desportiva); durante o arrefecimento corporal aps a prtica desportiva; durante uma prova de alta competio; quando se perdem grandes quantidades de sal, fluidos aps sudao, e se registam diarreia,vmitos;

    durante o sono. O que fazer?1. contrair ativamente os msculos antagonistas;2. hidratar a vtima convenientemente;3. aplicar calor e massagem.

    Cibras

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    EntorseDistenso ou lacerao dos ligamentos produzidas pela toro de uma articulao.Uma entorse leve necessita fundamentalmente de repouso, mas, em casos de maiorgravidade, o diagnstico clnico pode sugerir a interveno cirrgica. As entorses maisfrequentes verificam-se nos dedos das mos e dos ps e nos tornozelos.

    As leses musculares costumam produzir-se na juno musculotendinosa. Por vezes, soacompanhadas da rutura de fibras musculares, que pode ser completa ou verificar-se em

    grande parte do msculo. Existem vrias classificaes, das quais apresentamos umexemplo, de seguida.De acordo com a sua gravidade, as leses podem ser de: grau l: distenso; grau II: rompimento; grau III: rutura completa.

    Leses musculares

    Principais leses desportivas

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    Distenses musculares

    Distenso por traoEsta leso pode ser provocada por: Falta de ativao geral : quando o msculo se contrai de forma brusca e no est

    preparado, pois, nesse momento, o seu metabolismo no o adequado. Fadiga muscular : quando o msculo sofre um rompimento por excesso de fadigae tem o seu equilbrio inico alterado, j que, provavelmente, esgotou as suas reservasde glicognio num determinado momento e, no sendo capaz de responder, produz-sea rutura. Contrao acidental : rara num desportista com um bom nvel de treino, umacontrao brusca e no controlada pelo indivduo, que provoca a rutura (caso da ruturado tendo de Aquiles).

    Desportos explosivos : so aqueles em que, numa determinada altura, se necessita

    de uma grande potncia muscular.

    Principais leses desportivas

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    Distenses musculares (cont.)

    Distenso por compresso Produz-se na contrao concntrica, quando o msculo que est acontrair-se sofre uma pancada. causada por compresso, distenso oucontuso. Sendo uma contuso direta sobre um msculo em contrao,a pancada dolorosa. Provoca a rutura das fibras musculares.Existem trs tipos diferentes de ruturas quanto sua gravidade: Grau I ou leve: uma simples contuso; a tumefao e a dor so leves,

    porque a leso muscular pequena; , normalmente, acompanhada de

    um inchao ligeiro e dor leve na zona muscular, que se localiza no ventremuscular; a funo completa no h incapacidade muscular nem sinalda pancada .

    Principais leses desportivas

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    Distenso por compresso (cont.): Grau II ou rutura parcial: existe rutura macroscpica de fibras musculares;o inchao e a dor so um pouco mais acentuados do que no grau l, mas, alm

    de haver rutura de fibras, aparece sangue, que provoca tumefao; a funo limitada, porque a dor de certa forma impeditiva da ao normaldo msculo, e o nmero de fibras ntegras pode ser insuficiente para realizara funo.

    Grau III ou leso grave: h rutura completa do msculo; a deformidade mais visvel, visto que o sangramento e o hematoma so maiores; no seassocia a dor intensa, visto que as fibras nervosas separam-se um pouco;no entanto, a dor inicial provavelmente maior; a funo nula, visto queo msculo no tem continuidade; a incapacidade muscular ser absolutapara o msculo afetado, mas no para o membro.

    Principais leses desportivas

    Distenses musculares (cont.)

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    HematomaOs msculos so extremamente irrigados, porque necessitam de grandequantidade de oxignio e de nutrientes. Assim, entre as fibras musculares existeminmeros vasos capilares.Por esta razo, uma rutura muscular traduz-se sempre no extravasamento (sada)de sangue, que pode localizar-se entre os msculos adjacentes ou nas zonas maisafastadas. Assim, segundo a zona afetada, o hematoma pode ser intramuscular ou extramuscular.

    Quando um msculo lesado, produz-se a sada de sangue, que disseca os tecidoscircundantes, separando-os; desta forma, o sangue vai-se distribuindo entreos tecidos sua volta, persistindo uma parte dele debaixo da pele, onde formao hematoma visvel vista desarmada.

    Principais leses desportivas

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    Hematoma (cont.)

    Tipos de hematomas:

    Hematoma intramuscular : quase sempre ocorre por distenso ouesmagamento, e afeta apenas um msculo; h rutura interfibrilar e a lesolocaliza-se dentro do msculo.

    Hematoma extramuscular : afeta vrios msculos e localiza-se nos espaosinterfaciais e intermusculares.

    Principais leses desportivas

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    Leses sseas

    FraturaDefine-se como fratura a soluo de continuidade (quebra) num osso.

    Depois de ocorrer uma fratura ssea, desencadeia-se uma srie deprocessos biolgicos com o objetivo de reparar a leso. Estes processosso sempre ativados e o nosso trabalho consiste em no dificultar acadeia biolgica e tentar favorecer, com determinados tratamentos,o que a natureza desenvolve por si prpria. O resultado final arecuperao funcional do membro lesado, ou seja, a consolidaoda fratura.

    Principais leses desportivas

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    Leses sseas (cont.)

    Tratamento:Perante a suspeita de um desportista apresentar uma fratura, deve-se

    imobilizar de imediato o membro afetado, aplicar gelo localmente e,se houver uma ferida, cobri-la com panos limpos.

    Estas medidas servem para: permitir o transporte para um centro hospitalar; prevenir movimentos dos fragmentos sseos; reduzir a dor; no aumentar as leses da pele; no aumentar o edema.

    Principais leses desportivas

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    Leses tendinosas:

    A insero considera-se a parte final do msculo (tendo), bem como a prpriainsero do tendo no osso. Os tendes esto menos vascularizados do que osmsculos e a sua capacidade de alongamento tambm menor.Estas caractersticas determinam que os tendes sejam mais frgeis, fragilidadeessa que aumenta com o processo de envelhecimento.

    As leses dos tendes podem ser de dois tipos: crnicas (tendinite) ou agudas .

    A rutura tendinosa produzida por causas semelhantes s que intervm na ruturamuscular: o tendo no est quente e, ao produzir -se uma contrao brusca, lesa-se; o tendo est degenerado (pela idade ou uso excessivo); o ambiente (frio ou quente) influi no momento em que o msculo se contrai.

    Principais leses desportivas

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    Inflamao

    A inflamao uma caracterstica comum a todas as leses, em especials leses por sobrecarga. Manifesta-se por um processo de calor,avermelhamento, inchao e dor localizado que acompanha as lesesdesportivas.

    A inflamao, que pode aparecer de diversas formas, um fenmenobiolgico extraordinariamente complexo, no qual participam muitostipos de clulas, enzimas e outras substncias fisiologicamente ativas.

    Principais leses desportivas

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    Leses desportivas

    Preveno das leses desportivas

    Existem basicamente dois grupos de fatores que predispem para uma lesodesportiva: fatores extrnsecos e fatores intrnsecos

    Fatores extrnsecos: Equipamento desportivo utilizado: se no for o adequado para a atividadedesportiva, as possibilidades de leso sero maiores. Instalaes: por exemplo, uma superfcie dura para fazer atletismo aumentara incidncia de leses. Fatores ambientais: tm influncia no grau de perigosidade de cada desporto. Relao treinador -desportista: deve evitar-se a utilizao nefasta do atleta. Regulamento: vrias regras, como por exemplo, se o desporto permiteo contacto fsico e em que medida.

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    Condies materiais, equipamentoe orientao do treino

    Na prtica das atividades fsicas desportivas, deve-se:

    respeitar as regras de segurana , de forma a evitar o aparecimento de lesesque impeam a prtica total ou parcial das atividades fsicas; cumprir as normas de utilizao dos diferentes espaos para a prticada atividade fsica desportiva; ter em conta as condies atmosfricas ; escolher o calado adequado atividade ; ingerir lquidos depois do esforo , uma vez que, mesmo com o tempo frio,o organismo perde durante o exerccio cerca de meio litro de gua que imprescindvel compensar; tomar banho aps a atividade desportiva ; estar atento aos sinais de fadiga , nomeadamente aos nveis de transpiraoanormal, respirao descontrolada, s cibras e a outro tipo de dor (sinalde alarme).

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    Riscos associados praticade atividades fsicas desportivas

    A melhor forma de evitar acidentes preveni-los, pelo que se tornanecessrio conhecer os riscos especficos de cada atividadedesportiva e o local onde habitualmente se realizam.

    Assim, devem-se ter em conta as diferenas inerentes s seguintes

    atividades:

    aula de Educao Fsica e seu envolvimento;

    atividades com neve; atividades no campo;

    atividades no meio aqutico.

    d

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    A ocorrncia dos acidentes nas aulas de Educao Fsica depende

    principalmente de trs fatores:1. O tipo de atividades e tarefas a realizar.

    2. A organizao do material de Educao Fsica.

    3. O mau estado ou uso inadequado dos materiais de Educao

    Fsica.

    Aula de educao fsica e seu envolvimento

    Riscos associados praticade atividades fsicas desportivas

    d

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    Tipos de atividades e tarefas a realizar: realizar uma ativao geral e especfica tendo em considerao as

    condies climatricas; utilizar equipamento desportivo adequado modalidade; usar material de proteo complementar quando necessrio; aprender a cair (atividades de luta); aprender as ajudas (habilidades gmnicas); prestar ateno durante a explicao e realizao da atividade desportiva;

    controlar a intensidade da atividade (sinais de fadiga); manter uma boa alimentao e hidratao; repousar, nomeadamente, as zonas corporais mais solicitadas na atividade fsica em questo; realizar alongamentos no final de aula.

    Riscos associados praticade atividades fsicas desportivas

    Aula de educao fsica e seu envolvimento (cont.)

    Ri i d i

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    Atividades com neve

    utilizar o equipamento adequadoe proteo solar; aprender a cair e a travar; utilizar as pistas adaptadas ao seu nvel; respeitar os avisos e a presso atmosfrica; respeitar a sinalizao das pistas.

    Riscos associados praticade atividades fsicas desportivas

    Ri i d i

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    Atividades no campo

    nunca realizar as caminhadas sozinho; conhecer a previso meteorolgica; avisar sobre a sada, a rota aproximada e apreviso da chegada; levar gua potvel; ter em ateno as adaptaes do corpo aosol, altitude, etc.

    Riscos associados praticade atividades fsicas desportivas

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    Objetivos

    Conhecer as orientaes metodolgicas do treino das capacidadesmotoras associadas promoo da sade.

    Relacionar os estilos de vida saudveis com as atitudes e comportamentosdos jovens e adultos.

    Conhecer a importncia da atividades fsica como fator de sade ao longodo tempo.

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    Desporto e aptido fsica

    Asade deve ser encarada como uma relao equilibrada entre os fatores intrnsecosao ser humano (de natureza biolgica, psicolgica e comportamental) e os fatores

    extrnsecos, prprios do contexto fsico e relacional que rodeia o indivduo.

    A sade deve ser entendida como um recurso para a vida que necessrio aprendera valorizar e a preservar . Atualmente, existem muitas doenas caracterizadas porpatologias de gnese comportamental - desvalorizao da sade aquando dasescolhas individuais.

    Analisando os comportamentos relacionados com a sade em funo da idade,verifica-se que a adolescncia est muito associada a comportamentos de risco,nomeadamente ao nvel do consumo de tabaco e de drogas.

    Estilos de vida saudveis ver sus atitudes e comportamentosdos jovens e adultos

    R l t ti id d f i

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    Relao entre atividade fsica,aptido fsica e sade

    Nas sociedades modernas, a prtica regular de exerccio fsico assume uma importnciafundamental, pelos seus efeitos benficos na sade das populaes.

    Vrias investigaes apontam parauma associao positiva entre aaptido fsica e a sade.

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    Orientaes metodolgicas do treino dascapacidades motoras relacionadas com a sade

    No treino da fora

    deve ser mais geral e s depois passar para um treino mais especfico; a fora pode ser melhorada com cargas baixas;

    necessrio dar ateno postura corporal e ao doseamento progressivo das cargas.

    A prtica pontual de atividades fsicas desportivas intensas pode provocar graves leses. O treino um meio de promover uma melhoria da condio fsica, da tcnica de execuo e uma formade evitar leses.

    A prtica de atividade fsica regular, quando tem por objetivo influenciar ganhos positivos paraa sade e/ou aptido fsica do sujeito, deve ser equacionada em funo da intensidade e volumepropostos.As atividades fsicas desportivas fazem apelo a uma grande variedade de capacidade motoras.

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    Flexibilidade

    o limite mximo nos exerccios de estiramento deve ser atingido vriasvezes e elevado de forma progressiva;

    os exerccios devem ser adequados idade de cada indivduo.

    deve ser antecedido de uma boa ativao geral e especfica;

    os exerccios devem permitir atingir nveis elevados de intensidade e devem

    ser executados rapidamente;

    no se deve treinar velocidade quando existem sinais de fadiga.

    No treino da velocidade

    Orientaes metodolgicas do treino dascapacidades motoras relacionadas com a sade

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    I i d i id d f i

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    Importncia da atividade fsica comofator de sade ao longo do tempo

    Efeitos do exerccio fsico sobre a sade

    Indivduos que realizam exerccio fsico regular tm uma mortalidade globalmenor do que a dos sedentrios. Quando indivduos de idade avanada praticam uma atividade fsica, podem

    prolongar a sua qualidade de vida. O exerccio, mesmo realizado de formamoderada, pode retardar os efeitos do envelhecimento. Os efeitos do exerccio fsico sobre a sade relacionam -se com a prevenoprimria, ou seja, podem evitar o aparecimento de determinadas doenas, comoa hipertenso, a cardiopatia coronria, a osteoporose ou, inclusive, alguns tiposde cancro. Entre os benefcios demonstrados, destaca -se um melhor funcionamentocardaco e respiratrio, maior fora muscular, ossos mais compactos, capacidadede reao mais rpida e menor tendncia para a depresso.

    I i d i id d f i

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    Efeitos do exerccio fsico sobre a sade (cont.)

    A atividade fsica tem influncia : na preveno secundria , j que faz parte do tratamento precoce de doenas comoa cardiopatia coronria e a osteoporose;

    na preveno terciria , atravs da incidncia no tratamento, na recuperao e napreveno de recada em determinadas doenas, como a cardiopatia coronria,a hipertenso, a diabetes mellitus, a osteoporose e a depresso.

    Produz efeitos benficos a nvel mental e psicolgico sobre o rendimento acadmico,o nvel de confiana da prpria pessoa, a sensao de bem-estar, a eficcia no trabalho,a satisfao e capacidade intelectual , entre outros, melhorando, deste modo, a qualidadede vida. A inatividade fsica e a falta de exerccio esto relacionadas com o desenvolvimentode diversos transtornos e so causa, entre outros fatores, da grande fatia da mortalidadee de vrias doenas nos pases desenvolvidos e subdesenvolvidos.Tudo leva a crer que uma boa forma fsica poder retardar a mortalidade por todas as causas.

    Importncia da atividade fsica comofator de sade ao longo do tempo

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    Objetivo final

    Compreender os benefcios do exerccio fsico e saber relacion-los com estilos de vidasaudveis.

    Aaptido fsica relacionada com a sade definida como um estado caracterizado pelacapacidade de realizar as tarefas dirias com vigor e por traos e capacidades que esto associadosa um baixo risco de desenvolvimento de doenas hipocinticas.

    Tanto a atividade fsica como a aptido fsica so variveis que podem favorecer a sadee a longevidade. Contudo, tm implicaes diferentes, porque a atividade fsica um processodinmico, enquanto a aptido fsica um estado ou condio esttica e dinmica.Neste sentido, a atividade fsica e a aptido fsica esto relacionadas, porque a aptido fsicaestabelece as limitaes para a atividade fsica e, por sua vez, a atividade fsica modifica a aptidode um estado para o outro.

    Ascapacidades motoras so componentes relacionadas com a aptido fsica. Classificam-seem capacidades condicionais e coordenativas. pela utilizao de cargas de treinoprogressivamente superiores que se devem trabalhar as vrias capacidades motoras,incrementando o aumento dos nveis de aptido fsica. Este processo de estmulo-adaptao designado de ciclo da autorrenovao da matria viva.