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EDUCAÇÃO E MUDANÇA Paulo Freire

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Page 1: Educação e Mudança Paulo Freire

EDUCAÇÃO E MUDANÇAPaulo Freire

Page 2: Educação e Mudança Paulo Freire

Paulo Reglus Neves Freire foi um educador, pedagogista e filósofo brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogia mundial. Nascimento: 19 de setembro de 1921, Recife, Pernambuco. Faleceu em 2 de maio de 1997, em São Paulo.Estudou na Universidade Federal de PernambucoCônjuge: Elza Freire (de 1944 a 1986), Maria Freire (a 1997).

BREVE BIOGRAFIA

Page 3: Educação e Mudança Paulo Freire

Educação e Mudança:principais ideias

COMPROMISSO PROFISSIONAL

ALIENAÇÃO

CONSCIÊNCIA INGÊNUA

CONSCIÊNCIA CRÍTICA

MUDANÇA

O PAPEL DO TRABALHADOR

SOCIAL

ALFABETIZA-ÇÃO E

CONSCIEN-TIZAÇÃO

Page 4: Educação e Mudança Paulo Freire

O Compromisso do Profissional com a Sociedade

“Somente um ser capaz de sair do seu contexto, de distanciar-se dele para ficar com ele, capaz de admirá-lo para, transformá-lo e, transformando-o, saber-se transformado pela sua própria

criação; um ser que é e que está sendo no tempo que é seu, um ser histórico, somente este é capaz, por tudo isto, de comprometer-se”.

“O verdadeiro compromisso é a solidariedade com aqueles que, na situação concreta, se encontram convertidos em “coisas”.

Page 5: Educação e Mudança Paulo Freire

A educação no processo de mudança social

A educação tem caráter permanente. Não há seres educados e não educados. Estamos todos nos educando. Existem graus de educação, mas estes não são absolutos.

Não há educação sem amor. O amor implica luta contra egoísmo. Quem não é capaz de amar os seres inacabados não pode educar. Não há educação imposta, como não há amor imposto. Quem não ama não compreende o próximo, não o respeita.

Uma educação sem esperança não é educação. Quem não tem esperança na educação dos camponeses deverá procurar trabalho em outro lugar.

A educação não é um processo de adaptação do indivíduo á sociedade. O homem deve transformar a realidade para ser mais.

Uma sociedade justa dá oportunidade às massas para que tenham opções e não a opção que a elite tem, mas a própria opção das massas. A consciência criadora e comunicativa é democrática.

Page 6: Educação e Mudança Paulo Freire

A educação no processo de mudança social

Sociedade alienada O ser alienado não procura um mundo autentico. Isto provoca uma nostalgia:

deseja outro país e lamenta ter nascido no seu. Tem vergonha da sua realidade. Vive em outro país e trata de imitá-lo e se crê culto quanto menos nativo é. Diante de um estrangeiro tratará de esconder as populações marginais e mostrará bairros residenciais, porque pensa que as cidades mais cultas são as que têm edifícios mais altos. Como pensar alienado não é autentico, também não se traduz em ação.

Acredita-se que ser grande é imitar os valores de outras nações. Sem dúvida, a grandeza se expressa através da própria vocação nativa.

Alienação é a preferência de técnicos estrangeiros em detrimento dos nacionais.

O erro não está na imitação, mas na possibilidade com que se recebe a imitação ou na falta de analise ou de autocritica.

A sociedade alienada não se conhece a si mesma; é imatura, tem comportamento exemplarista, trata de conhecer a realidade por diagnósticos estrangeiros.

Page 7: Educação e Mudança Paulo Freire

A consciência ingênua- impermeável à investigação. Toda concepção cientifica para ela é um jogo de palavras. Subestima o

homem simples. Parte do princípio que sabe tudo. Diz que a realidade é estática e não mutável. A consciência crítica não se satisfaz com aparências. Pode-se reconhecer desprovida de meios para análise do problema. Está sempre disposta às revisões. Face ao novo, não repele o velho por ser velho, nem aceita o novo por ser

novo, mas aceita-os na medida em que são válidos. Sabe que é na medida que é e não pelo que parece. O essencial para

parecer algo é ser algo; é a base da autenticidade. É indagadora, investiga, força, choca.

Page 8: Educação e Mudança Paulo Freire

O Papel do Trabalhador Social no Processo de Mudança

Mudança e estabilidade resultam ambas da ação, do trabalho que o homem exerce sobre o mundo. como um ser de práxis, o homem, ao responder aos desafios que partem do mundo, cria seu mundo: o mundo histórico-cultural.

A tarefa principal do homem é ser sujeito de transformação e não objeto de transformação.

O trabalhador social não pode ser um homem neutro frente ao mundo, frente a desumanização ou humanização. Como homem, tem que fazer sua opção. Ou adere a mudança que ocorre no sentido da verdadeira humanização do homem, de ser mais, ou fica a favor da permanência.

A mudança não é trabalho exclusivo de alguns homens, mas dos homens que a escolhem. O trabalhador social tem que lembrar a estes homens que são tão sujeitos como ele do processo da transformação.

A mudança de uma parte promove a mudança de outra, até que chega a mudança da totalidade.

O papel do trabalhador social que opta pela mudança, é problematizar a realidade aos homens, proporcionar a desmitificação da realidade mitificada.

Ampliar cada vez mais seus conhecimentos..

Page 9: Educação e Mudança Paulo Freire

Alfabetização de Adulto e Conscientização Ajudar o homem reflexivamente o pensamento colocar como diz

Legrand, um novo termo entre o compreender e o atuar: o pensar. O analfabeto apreende criticamente a necessidade de aprender a

ler e a escrever. Prepara-se para ser o agente desta aprendizagem. E consegue fazê-la na medida em que a alfabetização é mais que o simples domínio mecânico de técnicas para escrever e ler.

Alfabetização não se faz de cima para baixo, nem de fora para dentro, como uma doação ou uma exposição, mas de dentro para fora, pelo próprio analfabeto, somente ajustado pelo educador.

Método de alfabetização.

Page 10: Educação e Mudança Paulo Freire

“Não há vida sem correção, sem retificação.”

“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão”.