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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Engenharia de Computação LUCAS DO REGO EDUCAÇÃO CORPORATIVA A DISTÂNCIA ITATIBA 2010

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Engenharia de Computação

LUCAS DO REGO

EDUCAÇÃO CORPORATIVA A DISTÂNCIA

ITATIBA

2010

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LUCAS DO REGO – R.A. 002200900125

EDUCAÇÃO CORPORATIVA A DISTÂNCIA

Monografia apresentada ao Curso de Engenharia de Computação da Universidade São Francisco, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia de Computação. Orientadora: Prof.ª Vânia Franciscon Vieira

ITATIBA

2010

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Aos meus familiares e minha namorada,

pelo incentivo, apoio e confiança.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a meus familiares, minha namorada e meus amigos que direta e

indiretamente me estimularam e me apoiaram a chegar até aqui.

À Professora Vânia Franciscon Vieira, não só pela orientação, mas também

pela atenção e dedicação em ajudar na elaboração deste trabalho.

Aos professores que tive oportunidade de conhecer e assistir suas aulas que

direta ou indiretamente contribuíram com meu desenvolvimento pessoal e

profissional e também com a execução deste trabalho.

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“Aquilo em que persistimos se torna mais fácil

de fazer. Não é a natureza da coisa que muda,

mas a nossa capacidade de fazê-la que

aumenta.”

Heber J. Grant

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RESUMO

Os novos desafios da competitividade global conduzem as organizações às quebras em

seus paradigmas e à implantação de novos sistemas de gestão que privilegiam o

desenvolvimento do capital humano. Nesse contexto, a tecnologia da informação possibilita

inovar o modelo de capacitação profissional por meio da modalidade a distância de ensino-

aprendizagem no processo de educação corporativa especificamente no que tange às

tecnologias de informação aplicadas à educação a distância, capaz de assegurar algum

diferencial competitivo. Visto que as organizações brasileiras de grande porte estão

competindo com empresas multinacionais extremamente preparadas, percebe-se que as

corporações nacionais, na tentativa de não perder espaço e talentos, estão investindo em

programas de capacitação profissional para preparar adequadamente os seus recursos

humanos. Atualmente, pode-se afirmar que as empresas utilizam com maior freqüência os

meios presenciais para se oferecer os programas de capacitação profissional, entretanto, em

virtude da crescente competição empresarial proveniente da internacionalização da economia,

das inovações tecnológicas e das mudanças de paradigmas gerenciais, percebe-se que a EAD

passou a ser conhecida como um meio mais viável em alguns casos. Neste sentido,

apresentam-se alguns fatores pesquisados na a elaboração deste trabalho, que levam as

empresas a escolher a EAD ao invés do meio presencial ou vice versa, para oferecer seus

cursos de capacitação profissional, como uma alternativa de viabilizar mais recursos,

motivando a mão de obra e minimizando os custos.

Palavras Chave: Educação Corporativa a Distância, Capacitação Profissional, Educação

Corporativa, Educação a Distância, Tecnologias de Informação

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ABSTRACT

The new challenges of global competitiveness of organizations lead to breaks in their

paradigms and deployment of new management systems that emphasize human capital

development. In this context, information technology enables innovative model of

professional training through distance mode of teaching and learning in the process of

corporate education specifically with respect to information technologies applied to distance

education, able to secure some competitive advantage. Since the Brazilian organizations to

large multinational companies are competing with extremely prepared, it is noticed that the

national corporations in an attempt to not lose ground and talents, are investing in professional

training programs to adequately prepare their human resources. Currently, it can be stated that

companies use most often means face to offer professional training programs, however,

because of the increasing business competition from the globalization of the economy,

technological innovation and change of management paradigms, see that the EAD has become

known as a more viable in some cases. In this sense, we present some of the factors surveyed

in the preparation of this work, which causes firms to choose the EAD instead of the middle

face or vice versa, to offer their professional training courses as an alternative to enable more

resources, motivating labor and minimizing costs.

Keywords: Corporate Education Distance Learning, Professional Training, Corporate

Education, Distance Education, Information Technology

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LISTAS DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 - Pirâmide de retenção de conhecimento....................................... 21 FIGURA 2 - Exemplo Intranet....................................................................... 24 QUADRO 1- Diferenças entre departamento de treinamento e universidade

corporativa............................................................................... 36 QUADRO 2 - Principais diferenças entre a educação formal e a educação

corporativa................................................................................ 38 QUADRO 3 - Referencial de soluções e-learn.................................................. 39 QUADRO 4 - Empresas referências em implantação de universidades

corporativas............................................................................... 40 FIGURA 3 - Caminhos das empresas em relação às tecnologias...................... 43 FIGURA 4 - Exemplo Webcasting Fonte: WebCasters.com.br.............................. 47

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 10

1.1 Objetivo do trabalho.................................................................................. 11 1.2 Organização do trabalho............................................................................ 12

2. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD) ............................................................. 13 2.1 Características da EAD............................................................................. 16 2.2 Vantagens da EAD................................................................................... 17 2.3 Educação e internet.................................................................................. 18 2.4 Fundamentos pedagógicos........................................................................ 18 2.5 Retenção do conhecimento....................................................................... 21 3. O IMPACTO DA EAD NA EDUCAÇÃO CORPORATIVA ......................... 22 3.1 Ensino a distância em intranets................................................................. 23 3.2 O estudante profissional........................................................................... 24 3.3 Formação e capacitação profissional......................................................... 25 3.4 O processo de educação corporativa.......................................................... 27

3.5 A universidade corporativa........................................................................ 28

4. A EDUCAÇÃO FORMAL E A EDUCAÇÃO CORPORATIVA ................... 37 4.1 Desafios da modalidade............................................................................. 40

4.2 Tecnologias e comunicação....................................................................... 42 4.2.1 Internet............................................................................................... 45 4.2.2 Videoconferência................................................................................ 45 4.2.3 Teleconferência.................................................................................. 46 4.2.4 Video-aula.......................................................................................... 46 4.2.5 Práticas de Mercado........................................................................... 47 5. CONCLUSÕES............................................................................................. 49 6. REFERÊNCIAS............................................................................................ 50

6.1 Referências utilizadas............................................................................... 50 6.2 Referências consultadas............................................................................ 52

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1. INTRODUÇÃO

Educação a distância é um conceito em evidência atualmente. Primeiro

porque vivemos a era da informação, e trabalhar com ela é fundamental para

poder gerar conhecimento e adquirir vantagem competit iva. Para usufruir tal

vantagem é preciso ter um grande contingente de pessoas capazes de gerar

conhecimento, e nesse aspecto a educação formal é um meio privi legiado.

Este impacto do treinamento a distância em detrimento do treinamento

presencial no aspecto da ação do “transferidor da informação", mudando as

regras e o esti lo de aprendizagem. A educação a distância possibi l i ta a auto-

aprendizagem, com a medição de recursos didáticos.

A cultura é organizada pela l inguagem, através do texto e é parte do

ambiente contextual onde se insere o homem. Há uma nova cultura de ensino

que se alia à tecnologia que a suporta e facil i ta, causando uma quebra de

paradigma não só na nova proposta de mudança de atitude, mas na cultura

geral da empresa em questão, pois a responsabil idade passa a ser

comparti lhada e cada um responde por si, no nível individual e todos por

todos, no nível corporativo. O que chama a atenção para a cultura global é a

austeridade de países excêntricos com suas culturas locais. O benefício

visível que a empresa e os indivíduos podem ter é que as ações usam o

sistema coletivo, ou seja, o benefício é individual, mas a discussão e a

decisão são coletivas. Para que as empresas alcancem esse estágio cultural e

tecnológico é preciso uma incorporação no ambiente de trabalho, reuniões por

vídeo conferência, treinamento a distância via web, sistemas integrados,

sistemas integrados online, controle operacional online entre outras coisas.

No assunto educação a distancia, Waisman (2003) destaca que o

disparate é maior quando se vê que as empresas anunciam programas de

ensino onl ine, através de cursos em CD-Rom ou treinamento de novos

softwares via tutorial nas próprias máquinas ou ainda em vídeo durante o

expediente de trabalho. O objetivo não é discutir modos ou esti los de

aprendizagem. Há uma falsa cultura tecnológica, um autoritarismo digital , e

um afastamento das oportunidades que a globalização e os meios trazem para

o indivíduo. Nem sempre os recursos estão disponíveis para todos, o desafio

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então é usar o bom senso, imaginação e inovar sempre. O sucesso desse

modelo depende do comprometimento de todos de uma mudança cultural e de

atitude, empresas que tiverem uma estrutura tecnológica em desenvolvimento

chegarão facilmente a uma Educação Corporativa, no seu conceito ampliado, e

poderão mensurar estes indicadores importantes, levando a empresa a um

diferencial competit ivo forte no mercado.

1.1 Objetivo do trabalho

A elaboração deste trabalho tem como objetivo apresentar alguns

aspectos da educação corporativa, especificamente no que tange às

tecnologias de informação aplicadas à educação a distância, capaz de

assegurar algum diferencial competit ivo. A tecnologia da informação

possibil i ta inovar o modelo de gestão de pessoas por meio da modalidade a

distância de ensino-aprendizagem no processo de educação corporativa. Visto

que as organizações brasileiras de grande porte estão competindo com

empresas multinacionais extremamente preparadas, percebe-se que as

corporações nacionais, na tentativa de não perder espaço e talentos, estão

investindo em programas de capacitação profissional para preparar

adequadamente os seus recursos humanos. Atualmente, pode-se afirmar que as

empresas uti l izam com maior freqüência os meios presenciais para se oferecer

os programas de capacitação profissional. Entretanto, em virtude da crescente

competição empresarial proveniente da internacionalização da economia, das

inovações tecnológicas e das mudanças de paradigmas gerenciais, percebe-se

que a EAD passou a ser conhecida como um meio mais viável em alguns

casos. Neste sentido, apresentam-se alguns fatores pesquisados na elaboração

deste trabalho, que levam as empresas a escolher a EAD ao invés do meio

presencial ou vice versa, para oferecer seus cursos de capacitação

profissional, como uma alternativa de viabil izar mais recursos, motivando a

mão de obra e minimizando os custos.

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1.2 Organização do trabalho

A metodologia adotada na elaboração do trabalho foi através de

pesquisa bibl iográfica que tem como objetivo esclarecer o assunto educação a

distância nas empresas em contribuições teóricas publicadas em documentos

como: l ivros, revistas, jornais, Internet e outras publicações. O trabalho será

desenvolvido em três etapas. Na etapa um, a pesquisa abordará sobre o que é

a educação a distância, quais são seus suportes, seus meios de comunicação e

a cultura de ensino. Já na etapa dois, falará sobre o benefício que tanto a

empresa como o indivíduo podem adquirir com essa nova educação, mas

também mostrará as dificuldades dessa modalidade de ensino em um país em

desenvolvimento. Enfim na etapa três, mostrará resultados que mostram que

apesar das dificuldades, as empresas brasileiras não estão muito atrás o que

diz respeito a essa modalidade de educação, mas sim caminhando para um

melhor desenvolvimento e maior uti l ização das vantagens que a educação

corporativa a distância pode oferecer.

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2. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ( EAD )

Segundo Landim (1997), educação a distância pressupõe a combinação

de tecnologias convencionais e modernas que possibil i tam o estudo individual

ou em grupo, nos locais de trabalho ou fora, por meio de métodos de

orientação e tutoria a distância, contando com atividades presenciais

específicas, como reuniões do grupo para estudo e avaliação. As pesquisas

mais recentes no Brasil nesta área apontam as citações colocadas a seguir

como sendo definições clássicas da EaD:

Para Otto Peters (1973) apud Nunes (1993), a educação a distância é um

método de transmit ir conhecimentos, habil idades e atitudes; racionalizando,

mediante a aplicação da divisão do trabalho e de princípios organizacionais,

assim como o uso extensivo de meios técnicos, especialmente para o objetivo

de reproduzir material de ensino de alta qualidade, o que torna possível

instruir um grande número de alunos ao mesmo tempo e onde quer que vivam.

É uma forma industrial de ensinar e aprender.

Waisman (2003) define a educação a distância como a combinação de

tecnologias convencionais e mídia digital com atividades presenciais. O meio

pode ser internet, intranet, televisão, videoconferência, teleconferência, CD-

ROM e novas tecnologias que surjam. O estudo pode ser individual e/ou em

grupo, nos locais de trabalho ou à conveniência do usuário, através de

métodos de orientação e tutoria a distância. O aluno é pró-ativo no processo

de aprendizagem, sendo o professor um moderador/facil i tador.

A EAD vem auxil iando a educação privada corporativa adequando-se à

realidade do ambiente profissional, oferecendo a rapidez, a agil idade, o

conteúdo adequado e a disponibil idade da informação no momento necessário.

A Internet quebra radicalmente o paradigma da educação restr ita às estruturas

físicas consol idadas e a EAD vem sendo uti l izada por empresas na Europa e

Estados Unidos desde o início da década de 80, conquistando espaço no Brasil

desde o fim da década de 80, mas é no f im da década de 90 que apresenta um

crescimento visível do interesse das inst ituições de ensino, das empresas e do

próprio governo. Tal interesse está profundamente atrelado ao

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desenvolvimento das tecnologias de informação e rápida disseminação da

Internet, conectando o mundo, tornando-o sem fronteiras e facil i tando o

contato entre empresas e insti tuições de ensino, numa troca de conhecimentos,

experiências, talentos e informações. Nada nos leva a crer que haverá uma

substi tuição total e radical dos treinamentos corporativos presenciais pelo

modelo EAD, ao contrário, estas mesmas fábricas de conteúdos e talentos,

partem de um mundo restrito das quatro paredes das Universidades e

Insti tuições, onde estão l imitados a condições estritas para o acesso de

alunos, abrindo-se para um mundo sem fronteiras: a Internet. A aula

presencial continua tendo a sua importância fundamental reconhecendo a

importância da convivência presencial, porém mescla-se com as aulas

virtuais, em modelos híbridos à serviço da aprendizagem sem fronteiras e

disponível a todos. A primeira forma de Educação a distância foram os cursos

por correspondência na Europa. Este meio foi muito uti l izado até a metade

deste século, quando o rádio e a televisão instrucional tornaram-se populares.

No entanto, com o surgimento de tecnologias interativas sofisticadas,

educadores passaram a uti l izar ferramentas como: e-mail , Internet, áudio

conferência, etc. Uma ferramenta da Internet que tem sido muito uti l izada é o

WWW, o qual possibil i ta a elaboração de Cursos a Distância com avançados

recursos de multimídia. São basicamente três áreas envolvidas no

desenvolvimento de um site de ensino a distância pela Internet: O educador, a

interface e a tecnologia. A primeira, de onde deve partir a iniciativa, é o

empreendedor que pode ser um educador, uma escola, inst ituição de ensino ou

empresa que queira ensinar seus alunos ou treinar seus funcionários. Estes

devem ser os responsáveis pelo conteúdo e pela metodologia de ensino, é

quem irá dar a mão ao aluno para guiá-lo na senda do conhecimento. A

segunda área é de competência dos que desenvolvem a interface do sistema,

traduzindo o que o educador quer ensinar em uma linguagem e design

compatíveis à mídia eletrônica. E a terceira área envolvida é a que

proporciona os meios para integrar alunos e professores. È a estrutura da

Internet que irá hospedar as páginas, bancos de dados e informações, e que

cuidará da comunicação e atualização tecnológica do sistema. A escolha da

modalidade da educação a distância, como meio de dotar as instituições

educacionais de condições para atender às novas demandas por ensino e

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treinamento ágil, célere e qualitativamente superior, tem por base a

compreensão de que, a partir dos anos sessenta, a educação a distância

começou a distinguir-se como uma modalidade não convencional de educação,

capaz de atender com grande perspectiva de eficiência, eficácia e qualidade

aos anseios de universalização do ensino e, também, como meio apropriado à

permanente atualização dos conhecimentos gerados de forma cada mais

intensa pela ciência e cultura humana. Também é uma forma sistematicamente

organizada de auto estudo onde o aluno se instrui a partir do material de

estudo que lhe é apresentado, onde o acompanhamento e a supervisão do

sucesso do estudante são levados a cabo por um grupo de professores. Isto é

possível de ser feita a distância através da aplicação de meios de comunicação

capazes de vencer longas distâncias. Cursos online estão se tornando o

método de escolha padrão para o treinamento corporativo. O estudo

entrevistou 300 executivos da área de tecnologia da Educação e identi ficou

que 55% deles qualif icaram EAD como prioridade fundamental para os

negócios no ano 2000, pois reduz as despesas com viagens e as dificuldades

de agenda associadas aos treinamentos tradicionais baseados em salas de aula,

podendo ser disponibil izados para clientes e funcionários. ( InformationWeek,

2000). Nunes (1994) mostra que há conceitos que, por sua pouca maturidade

ou grande dependência com outros já dominantes, demoram muito a firmar-se

a partir de suas próprias características. Com a educação a distância

aconteceu assim. Primeiro conceituou-se, por ser também mais simples e

direto o que não seria educação a distância. Somente a partir das pesquisas

dos anos 70 e 80, ela foi vista pelo que é, ou seja, a partir das características

que a determinam ou por seus elementos constitutivos. Desta forma, as

primeiras abordagens conceituais, que quali f icavam a educação a distância

pelo que ela não era, tomavam um referencial externo ao próprio objeto como

paradigma, pois estabeleciam comparação imediata com a educação

presencial, também denominadas educações convencionais, diretas ou face-a-

face, onde o professor, presente em sala de aula, é a figura central. No Brasil,

até hoje, muitos costumam seguir o mesmo caminho, preferindo tratar a

educação a distância a partir da comparação com a modalidade presencial da

educação. Esse comportamento não é de todo incorreto, mas promove um

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entendimento parcial do que é educação a distância e, em alguns casos,

estabelece termos de comparação pouco cientí ficos.

Estudos mais recentes apontam para uma conceituação, se não

homogênea, mais precisa do que é educação a distância. A característica

básica da educação a distância é o estabelecimento de uma comunicação de

dupla via, na medida em que professor e aluno não se encontram juntos na

mesma sala requisitando, assim, meios que possibi l item a comunicação entre

ambos, como correspondência postal, correspondência eletrônica, telefone ou

telex, rádio, internet, vídeo-aula controlada por computador, televisão

apoiada em meios abertos de dupla comunicação, etc.

2.1 Características da EAD

Pode atender, em geral, a uma população estudanti l dispersa

geograficamente e, em particular, aquela que se encontra em zonas

periféricas, que não dispõem das redes das inst ituições convencionais

administrando mecanismos de comunicação múlt ipla, que permitem enriquecer

os recursos de aprendizagem e eliminar a dependência do ensino face a face.

Também favorece a possibi l idade de melhorar a qualidade da instrução ao

atr ibuir a elaboração dos materiais didáticos aos melhores especialistas,

estabelecendo a possibil idade de personalizar o processo de aprendizagem,

para garantir uma seqüência acadêmica que responda ao ritmo do rendimento

do aluno gerando a formação de habi l idades para o trabalho independente e

para um esforço auto-responsável. Formaliza vias de comunicação

bidirecionais e freqüentes relações de mediação dinâmica e inovadora,

garantindo a permanência do aluno em seu meio cultural e natural evitando

assim os êxodos que incidem no desenvolvimento regional. Alcança níveis de

custos decrescentes, já que, depois de um forte peso f inanceiro inicial, se

produzem coberturas de ampla margem de expansão realizando esforços que

permitem combinar a centralização da produção com a descentralização do

processo de aprendizagem.

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2.2 Vantagens da EAD

Segundo Landim, (1997), entre as diversas condições favoráveis ao

desenvolvimento da modalidade de ensino a distância, destacam-se:

• Amplia as possibi l idades de acesso a educação;

• Reduz as barreiras tempo/espaço/idade;

• Atende grande número de alunos a um só tempo e a um custo

potencialmente reduzido;

• Contempla aqueles que não puderam seguir a educação formal e que,

vinculados ao mercado de trabalho, podem imprimir seu próprio ritmo

de estudo;

• Permite programas de capacitação de recursos humanos, reciclagem de

mão-de-obra e aperfeiçoamento individual, tanto por empresas como

pelo Estado ou ainda por iniciativas individuais, atendendo às

prioridades traçadas com possibil idades de impactos a curto e médio

prazos antes inimagináveis;

• Facil i ta e modifica o processo de aprendizagem, ampliando os canais de

comunicação e interação, tornando o processo ensino/aprendizagem

personal izado e flexível, com o aluno Educação a Distância ocupando o

centro do processo e com capacidade de responder às mudanças sociais

impostas pelo novo paradigma cientí fico-tecnológico.

Como se pode observar, a educação a distância é uma modalidade que tem

muito a contribuir para que venha a ter uma população melhor preparada para

as mudanças que vêm ocorrendo no mundo com o advento da informatização.

Podendo então contribuir para o desenvolvimento educacional do país, mas

não para concorrer com a educação convencional, mesmo porque possuem

característ icas dist intas.

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2.3 Educação e Internet

Para propor atividades de formação produzindo um processo de aprendizagem

harmonioso e eficaz, há que identificar um modelo de educação e agilizá-lo de um modo

coerente. Esse modelo tem que ser adaptado às características da aprendizagem a distância e

dar conta das preocupações sociais crescentes que questionam as práticas de formação,

privilegiando a transmissão do saber considerada como uma ilusão e que exigem mais ênfase

sobre a transferência do conhecimento num contexto real. Internet funciona como “ uma teia

de conhecimentos humanos” e pode contribuir como um ambiente para ajuda mútua,

colaboração e cooperação. A troca de idéias e conhecimentos é algo enriquecedor. Com as

ferramentas da Internet, uma variedade de estilos de aprendizagem pode ser verificada.

Estudantes não necessitam ficar acorrentados ao tempo, espaço ou recursos locais. A medição

dos conteúdos e dos caminhos de aprendizagem para EAD permitem uma grande flexibilidade

das modalidades de aprendizagem isso viabiliza caminhos pedagógicos, que podem ser

adaptados aos aspectos dos conteúdos, da estrutura e das modalidades de interações

compondo uma atividade de formação a distância. Dá-se ao aprendiz a gestão da sua atividade

de aprendizagem e propondo tarefas autênticas, todas as adaptações são possíveis.

Do observado por diversos autores, constata-se que, com o uso das novas tecnologias

aplicadas ao processo educacional dos cursos a distância, os alunos adquirem um conjunto de

habilidades mais diversificado, levando a supor que as novas tecnologias não são apenas

acrescentadas à atividade humana, elas a transformam. Na educação on-line, o instrutor deve

adotar um papel de facilitador ou moderador - alguém que encoraja a participação e mantém a

discussão focada em certos tópicos. Quando isso acontece então se transforma numa tarefa

muito mais difícil que uma sala de aula convencional, a qual basicamente envolve apenas a

apresentação do material.

2.4 Fundamentos pedagógicos

Na educação do estudante profissional não se têm professores, mas sim

facil i tadores que são pessoas que viabil izam o acesso do individuo a

aprendizagem. Funcionam como tutores facil i tadores e é uma ponte entre a

informação e o conhecimento. A aplicação do conhecimento se dá pelo saber e

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quanto menor o tempo entre a aprendizagem e a ação, maior será a fixação da

informação e a geração do conhecimento. É a capacidade de desenvolver uma

determinada atividade, que poderá ser avaliada e conseguirá alcançar a

aprendizagem. Faz-se necessário conhecer as peculiaridades da aprendizagem

no adulto e adaptar ou criar métodos didáticos para serem usados nesta

população específica. Não basta apenas, portanto, o envolvimento do ser

humano na esfera do “pensar”, através de estímulos lógicos e racionais. É

necessário o envolvimento na esfera do “sentir”, proporcionando estímulos

interiores e emocionais. Desta forma, o sentir estimula o “querer”,

transformando em vontade e ação. O método andragógico tem sido uti l izado

em empresas de todo o mundo e seus conceitos estão sendo expandidos para a

gestão de pessoas, planejamento estratégico, marketing, comunicação,

processos de qualidade, aperfeiçoamento e capacitação de funcionários, etc.

Desde simples reuniões até projetos de planejamento estratégico, incluindo

capacitação de funcionários. As empresas já perceberam as vantagens e

rapidamente implantaram programas de formação para seus funcionários. A

atualidade aponta como tendência o uso flexível de esti los e teorias

pedagógicas, visando atender à diversidade dos recursos e dos alunos. As

perspectivas evolutivas da educação a distância revelam a importância

crescente de se promover novos modelos de aprendizagem e interatividade.

Um modelo de um curso via internet faz-se necessário a composição de vários

modelos pedagógicos onde os estudantes adquiram conhecimento com a ajuda

de uma apresentação bem estruturada, apreendendo novos conteúdos nos

termos do que já sabem e os organizadores do desenvolvimento servem como

material introdutório, direcionado ao preenchimento da lacuna existente entre

o que o aluno já aprendeu e o que ele precisa aprender ou assimilar, ou seja,

deve-se começar uma lição do mais geral e então ir para os detalhes

específicos. Ter perguntas no texto, faci l i ta a aprendizagem ativa e presume-

se que a aprendizagem acontece mais facilmente se for feita em conexão com

o que já foi aprendido, ou se o que já foi aprendido puder ser uti l izado para

resolver problemas que sejam relevantes para os estudantes. O paradigma da

teoria construtivista, expressa a noção de que qualquer coisa que esteja na

mente tende a ser construída pela descoberta da sabedoria individual focada

no processo de assimilação e acomodação do conhecimento. Esta ênfase não é

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somente a interação do individual com o ambiente incluindo outros meios

sociais, mas sobre como a mente constrói o seu conhecimento. Segundo

Laaser (1997), as mais importantes contribuições deste modelo para a

educação a distância são especificar experiências de aprendizagem pelas quais

os estudantes têm de passar. A aprendizagem baseia-se na necessidade de

tornar o conhecimento mais fácil, o trabalho de um facil i tador é criar uma

atmosfera amigável e propícia para a aprendizagem. Os estudantes têm

liberdade total para aprender quando e como eles quiserem. O relacionamento

entre um aluno e um facil i tador deve ser igualitário, de modo que nenhum dos

dois assuma uma posição de superioridade.

Os conceitos, teorias e modelos de aprendizagem não devem ser

uti l izados como receitas ou regras fixas para se estabelecer as instruções de

um curso a distância, eles devem funcionar como modelos pedagógicos

básicos ou diretrizes genéricas para o projetista do programa desenvolver os

seus próprios procedimentos, adequados para as várias condições de ensino de

sua prát ica cotidiana. Para executar esta tarefa de transferência, é

recomendável executar o desenvolvimento de programas em equipes. As

estratégias pedagógicas devem ocupar um lugar privilegiado em qualquer

sistema de ensino-aprendizagem. No caso da relação presencial é o docente

quem atua como mediador pedagógico entre a informação passada e a

aprendizagem por parte dos alunos. É muito importante que os componentes

da educação a sejam pensados e estruturados por meio de uma abordagem

pedagógica e visando a adequação aos objetivos a que se destinam. Por isso é

fundamental, também, avaliar a aprendizagem/ensino para verificar se os

objetivos do curso foram atingidos, isto é, validar o produto, conhecer o seu

valor, para evoluir dando continuidade ou para elaboração de novos projetos.

A avaliação da educação a distância deve ter como objetivo maior fornecer

informações para que se possa extrair todo o potencial de benefícios da

tecnologia, de forma a aumentar a capacidade de modificação de

comportamento dos aprendizes por meio do contínuo aprimoramento da

técnica. Neste sentido, a aval iação deve representar a medida do valor da

contribuição da educação a distância para a modificação de comportamento

(Bittencourt e Lezana, 1997).

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21

2.5 Retenção do conhecimento

A pirâmide do aprendizado é uma representação gráfica simbólica do

índice de retenção do conhecimento do indivíduo em situações de aprendizado

presenciais. Da simples leitura conclui-se que esta retenção será maior quanto

mais forem uti l izados os níveis inferiores da pirâmide. A questão básica é

saber que método de aprendizagem poderá reunir o maior número possível de

degraus da pirâmide de forma que se obtenha a máxima capacidade de

retenção do conhecimento ou do aprendizado. A EAD pode ser a resposta a

essa questão e é o objeto desta pesquisa, na hipótese de que como ferramenta

de disseminação abrangente do conhecimento e ao mesmo tempo customizada

individualmente, pode ut i l izar-se de sistemas híbridos com aulas presenciais e

virtuais, ampliando as formas de comunicação, podendo ser um excelente

método que resulte em altos níveis de retenção desse conhecimento, com

resultados mensurados de produtividade acima da média, ou no mínimo,

nivelados com o método tradicional, porém com economia de tempo e

recursos, como ilustrado na Figura1.

Figura 1: Pirâmide de retenção de conhecimento

Fonte: NTL Institute for Applied Behavioral Sciences

Aulas

Leitura

audiovisual

Demonstração

Discussão de Grupo

Praticando o aprendido

Ensinando os Outros / Uso Imediato

Índice de Retenção (%)

555

10%

2020%%

30%

10%

20%

30%

5%

50%

75%

80%

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3. O IMPACTO DA EAD NA EDUCAÇÃO CORPORATIVA

O capital intelectual aliado ao conhecimento empresarial nunca foi tão

valorizado e fundamental para a sobrevivência de uma organização como está

sendo atualmente. As Universidades com os cursos regulares e de pós-

graduação tornaram-se abundantes, oferecendo, em alguns casos, diplomas

teóricos demais. Estas inúmeras opções de carreiras dif icultam acompanhar as

inovações tecnológicas que se impõe e que ocorrem com muita velocidade.

A cada três anos os conhecimentos que envolvam tecnologia devem ser

renovados. Partindo dessa premissa, percebe-se a dissonância encontrada

entre o que o aluno efetivamente aprende na escola e a dificuldade que

encontrará para desempenhar sua função na corporação. Diminuir este gap

requer uma ferramenta de renovação tão rápida quanto às próprias mudanças.

Em vista disso, a EAD via web passa a ser uma excelente opção para

minimizar a dificuldade das empresas em identif icar os seus profissionais de

hoje, prepará-los para a l iderança eficaz de amanhã, reciclando continuamente

seus conhecimentos numa cultura de aprendizagem continuada voltada para o

desenvolvimento pessoal e profissional.

O foco organizacional que antes pousava nas finanças, migra nesta

últ ima década para o ser humano com o objetivo de potencializar e valorizar o

conhecimento e qual idades dos funcionários e de toda a cadeia produtiva de

valores, aprimorando seu conhecimento individual e, consequentemente, o

empresarial. Neste ponto, insere-se a Universidade Corporat iva como um

processo a ser incorporado pela organização e a EAD como a ferramenta que

viabil iza, colaborativamente este processo.

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3.1 Ensino a distância em intranets

Hoje a comunicação com o público interno assume grande importância, devido à

produção em massa e a opção de atender mercados externos. A comunicação organizacional

surge fortalecida e como uma das prioridades das empresas. As Organizações passam a

conviver com variadas iniciativas de gestão do conhecimento e o capital intelectual passa a ter

grande importância na estrutura das empresas, cresce a utilização da Intranet.

De acordo com Mendes (2006), a Intranet, pelas suas características, tem também

importante participação na gestão nas empresas, principalmente por dar suporte ao trabalho

em grupo, permitindo acesso as informações por um grande numero de pessoas e fixando a

idéia de computação colaborativa. Algumas das suas características mais comuns são:

revolucionar a cultura de uma empresa e sua forma de comunicação e integração, aumentar a

produtividade das pessoas, permitir um melhor atendimento aos clientes e ser uma ótima

forma de se fazer treinamento interno. Além da flexibilidade na sua manutenção, fácil uso e

baixo custo. Ela poderá contribuir na automação de tarefas do dia-a-dia, no desenvolvimento

de novos mecanismos de comunicação, agilizando a distribuição de informações pelos

variados níveis hierárquicos, reduzindo gastos materiais, etc. Suas interfaces utilizam padrões

web, amigáveis, que influenciam os usuários na navegação. Este ambiente de navegação

facilita o acesso e atualização de uma grande variedade de dados, inclusive de documentos

com texto, imagens e objetos multimídia, áudio e vídeo. Os dados são apresentados em

formas modernas e de fácil reconhecimento, bem diferentes das apresentações antigas dos

relatórios, memorandos, planilhas e tabelas. Um beneficio destes padrões é agilizar o

aprendizado desta nova ferramenta. A Intranet, ao incorporar uma nova cultura na empresa,

poderá mexer com lado comportamental das pessoas. Após a implantação, no processo de

acompanhamento também chamado de "estabilização", todo o suporte deverá ser dado aos

usuários, especialmente para o acesso fácil e rápido a informação. É necessário capacitar e

treinar os funcionários, pois "tudo mudou", surgiu um mundo novo, com novas rotinas, e a

informação agora está nas pontas dos dedos. Eles precisam tirar proveito desta tecnologia que

esta surgindo e logo serão observados os primeiros resultados. É comum em muitas empresas

existir territórios demarcados, cujos "donos" fazem tudo para manter as coisas como estão.

Estas áreas obscuras têm como característica a dificuldade de acesso as informações e neste

ponto pode ter sérios problemas, levando todo o trabalho feito ao fracasso.

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Nestas empresas dificilmente a implantação de uma Intranet irá mudar este quadro,

porque estamos falando de uma ferramenta que democratiza as informações, que é baseada na

colaboração, que estimula a troca permanente de informações, daí é provável que ela não seja

bem aceita. Muitas empresas ainda não perceberam essa oportunidade, trabalhando como nos

antigos tempos, a sua administração e sua estrutura organizacional estão ultrapassadas e às

vezes nem percebem isso, ou percebem e nada fazem para mudar. Mendes (2006).

Figura 2: Exemplo Intranet

3.2 O estudante profissional

Waisman (2003) mostra que as empresas, então, vislumbrando um grande potencial

em seus candidatos ou funcionários, têm que investir em suas carreiras, dando-lhes subsídios

para que possam crescer e suprir as necessidades específicas que o cargo e a corporação

necessitam. A indústria de Educação está em crescimento e novos modelos surgem e estão

sendo desenvolvidos para adaptar-se ao ritmo alucinante de novas tecnologias e de novos

horizontes advindos do processo de globalização em um mercado altamente competitivo. Tais

modelos acabam recaindo na responsabilidade social da empresa que é o setor mais sensível a

este problema e o que tem maior interesse em investir nos seus talentos.

O número de profissionais que buscam cursos superiores em instituições formais de

ensino em cursos de longa duração vem caindo significativamente, mas estes estudantes

começam a formar uma nova categoria: o estudante profissional, representando uma fatia

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dessa população que sem dúvida nenhuma será o mercado que mais crescerá no século XXI.

Esse estudante profissional é um consumidor de Educação especializada que busca

alternativas eficazes para manter o nível de conhecimento individual através de uma constante

reciclagem tecnológica, consolidando uma necessidade de aprendizagem permanente,

Educação continuada dentro do seu próprio ambiente de trabalho.

3.3 Formação e capacitação profissional

Não há dúvidas quanto à eficácia e pertinência de projetos de educação a distância

neste campo fundamental da existência social. Ao contrário, é justamente por este caminho

que a educação a distância começou a trilhar seu desenvolvimento. Tanto em nível da

formação profissional básica quanto em níveis universitários, a educação a distância tem

demonstrado ser uma modalidade com grandes potencialidades, ainda mais por ser um meio

de educação de massa. Do ponto de vista tecnológico, a presença da informática nos

processos de capacitação tem gerado grandes avanços nos procedimentos de treinamento a

distância ou treinamento independente com ajuda do computador. Casos notórios são os

procedimentos adotados pelas grandes companhias aéreas e setores das Forças Armadas, com

a utilização de simuladores e bancos de dados interativos. É cada vez maior o número de

empresas que descobrem as vantagens do treinamento a distância para a capacitação e

atualização de seus funcionários, não somente por conta da redução dos custos, mas

principalmente pela possibilidade de envolver um grande número de pessoas ao mesmo tempo

e em regiões distantes. Rumble (1992).

De acordo com Nunes (1994), no caso de instituições especializadas no treinamento de

pessoal é importante observar que a modalidade de educação a distância não somente pode

introduzir ganhos de eficiência e eficácia, como também reduzir custos relativos, quando se

tratar de processos de treinamento de contingentes numerosos de alunos e, também, elevar a

qualidade, através de processos de definição de conteúdos elaborados por equipes

multidisciplinares altamente qualificadas a custo relativo baixo. A educação a distância, como

modalidade complementar da presencial pode auxiliar na introdução de novos instrumentos

tecnológicos para o acompanhamento dos alunos em sua ação prática, em serviço. Seus

materiais instrucionais poderão igualmente ser de grande utilidade na educação presencial. A

dinâmica própria das transformações tecnológicas atuais, que devem ser incorporadas

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rapidamente pelas empresas produtivas e do setor serviços, bem como a sofisticação e o

requerimento de agilidade no trato de informações, como também a necessária qualificação

para o trato de um mercado consumidor mais exigente, fará com que grandes empresas e

conglomerados sejam forçados a adotar procedimentos de formação, qualificação e

capacitação de pessoal, que atendam a requisitos de celeridade e custo, que somente a

educação a distância poderá realizar. No que diz respeito aos serviços públicos, já se observa

à necessidade de formação e atualização profissional de servidores em quantidade e com

características de dispersão geográfica que irá exigir a implantação de sistemas adaptados de

educação a distância que atendam aos reclamos da população por melhores e mais ágeis

serviços públicos de qualidade. Ensino a distância pode ser definido como a família de

métodos instrucionais onde as ações dos professores são executadas a parte das ações dos

alunos, incluindo aquelas situações continuadas que podem ser feitas na presença dos

estudantes. A introdução cada vez maior de elementos tecnológicos e científicos nos mais

variados campos da ação humana, incluindo-se o serviço público, exige a atualização de

procedimentos de trabalho em velocidade que o ensino formal não consegue acompanhar.

Ademais, a veloz transformação tecnológica que a informática está processando, como o

aparecimento de equipamentos mais rápidos, com maior confiabilidade e capacidade de

processamento, aliado ao fato de estarem sendo colocadas à disposição do público linguagens

interativas, fará do microcomputador um instrumento indispensável à formação e capacitação

de pessoal, utilizando processos de multimídia, com a interação de bancos de dados muito

poderosos, capazes de fornecer aos educadores instrumentos eficientes e céleres de

comunicação de via dupla com os alunos, e proporcionando maior liberdade no manuseio de

materiais auto-instrucionais amigáveis . Mas é importante observar que a educação a distância

não é necessariamente sinônimo de sofisticação tecnológica. Ela pode ser desenvolvida a

partir de meios econômicos e populares.

De fato, as modernas tecnologias somente passam a ser instrumento adequado da

educação a distância quando ganham dimensão econômica de massa. Nesse sentido, é

importante observar a oportunidade da educação a distância não somente para a preparação

profissional daqueles que já estão no mercado formal de trabalho, como, nos casos de

desemprego elevado, principalmente uma forma de treinamento em massa de milhares de

desempregados. Como forma integradora de parcelas da sociedade, a educação a distância

pode ser empregada para a formação e atualização de contingentes populacionais com pouca

escolaridade, mas grande experiência de vida, adaptando-se às múltiplas realidades dessas

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pessoas e buscando a transformação em cidadãos ativos na sociedade. A pouca familiaridade

desses cidadãos, como é notório no Brasil com a leitura, não pode ser vista como

impedimento da educação a distância, mas sim como dificuldade a ser superada. Nunes

(1994).

3.4 O processo de educação corporativa

O meio presencial é aplicado formalmente em sala de aula, com instruções ministradas

em escolas, colégios ou universidades, onde professores e estudantes estão fisicamente

presentes no mesmo tempo e no mesmo lugar. Este meio tem como característica ser, em

relação aos alunos, mais homogêneo quanto à idade, qualificação e nível de escolaridade. Por

outro lado, conforme salientado por ARETIO apud LANDIM (1997), em relação aos

docentes, vale ressaltar que eles são considerados como fontes do conhecimento, educadores,

onde suas habilidades e competências são muito difundidas.

A utilização deste meio em cursos oferecidos ou desenvolvidos pelas empresas de

grande porte vem sendo ainda bastante acentuada. Tal fato pode ser melhor explicado visto

que por ser mais conhecido e amplamente utilizado em todas as camadas da sociedade, muitos

profissionais acabam adquirindo certas características, tais como aprender somente por meio

de professores e estudar somente em sala de aula em um horário pré-estabelecido. Existem

também outras situações onde a preferência pelo meio presencial torna-se maior. Uma delas

seria quando os profissionais não demonstrassem habilidades ou predisposição para

realizarem seus estudos de uma maneira alternativa, gerando assim bloqueios ou barreiras. De

acordo com Hudson (2001), tal situação geralmente ocorre com os mais velhos, visto que eles

cresceram e foram educados pelo modelo escolar tradicional, ou seja, pelo fato deles estarem

mais habituados a esse sistema. Uma outra situação é quando o conteúdo a ser ministrado

exige uma interação maior por parte dos alunos, sejam eles profissionais ou não. O meio

presencial proporciona uma interatividade muito grande quando as pessoas se sentem

motivadas para tanto. Um fator curioso, porém, vem acontecendo no meio corporativo. Em

virtude da necessidade de rápidas atualizações de um grande número de trabalhadores

associados à dificuldade de atendimento simultâneo de tais profissionais, algumas críticas ao

sistema presencial vêm sendo realizadas. Tais críticas não colocam em xeque o meio

presencial, porém, despertam a atenção das empresas para a realização de seus cursos através

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de um outro meio. O papel das organizações no aprendizado de seus funcionários vem se

ampliando diariamente a educação corporativa focaliza o desenvolvimento do quadro de

pessoal com vistas à obtenção de resultados nos negócios. Trata-se de um modelo estruturado,

tanto para transmitir conhecimentos específicos sobre assuntos dos quais os funcionários

apresentam algumas deficiências, quanto para prepará-los para os desafios vindouros. As

atividades de ensino dirigidas pelas empresas promovem um programa de capacitação

orientado aos objetivos da organização, garantindo uma mensagem unificada e uma

linguagem comum. É importante destacar que a criação dos cursos formais pelas empresas,

disponibilizados por meio de suas universidades corporativas, não se restringe apenas a sérias

estratégicas, abrangendo as áreas operacional e tática.

O propósito da aprendizagem contínua é desenvolver competências, formas de

pensamento, atitudes, hábitos, bem como uma ampla visão do negócio, dotando as pessoas de

ferramentas mentais que aperfeiçoem seu trabalho. A valorização da questão da aprendizagem

no meio empresarial vem crescendo significativamente nos últimos anos. Há algum tempo as

empresas começaram a perceber que seu maior diferencial competitivo encontra-se no nível

de capacitação, conhecimento e comprometimento de toda a sua equipe, incluindo clientes e

fornecedores. O prazo de validade dos diplomas universitários e de pós-graduação vem se

tornando cada vez mais reduzido, ou seja, se o funcionário não se mantiver permanentemente

atualizado estará defasado num curto espaço de tempo. Por conseqüência, observa-se um

número crescente de empresas que começam a estruturar seus sistemas educacionais próprios,

a fim de garantir a sobrevivência. O conhecimento vem se transformando no recurso que mais

agrega valor aos negócios. Acredita-se que os programas tradicionais de treinamento já não

atendem mais às necessidades de capacitação e atualização exigidas pela dinâmica do

mercado. Os programas precisam estar alinhados às estratégias do negócio, o funcionário

precisa adquirir a habilidade de compreender o conhecimento transmitido num curso e

contextualizá-lo na sua prática, bem como criar soluções para os novos e constantes

problemas que vão surgindo.

3.5 A universidade corporativa

O surgimento das universidades formadas dentro das empresas teve o mercado e a

concorrência como forte impulsionadores, visto que as universidades tradicionais, orientadas

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de modo funcional, formavam especialistas para o mercado de modo não específico. Neste

sentido, verificando que somente especialistas não atendiam às demandas do mercado, as

universidades tradicionais disponibilizaram cursos de especialização, visando ao atendimento

das empresas na formação de pessoas com uma visão sistêmica dos processos.

Algumas empresas, de acordo com Rodriguez (2003) partiram na frente, criando suas

próprias Universidades, com o objetivo ensinar de forma focada, tudo relacionado aos seus

produtos e serviços, já que somente a própria empresa poderia fazer, a partir da capacitação

dos seus empregados, clientes, fornecedores, sociedade e acionistas. As universidades

corporativas surgiram em momentos de grandes mudanças na sociedade, na educação e na

busca de qualificação profissional. Nos Estados Unidos, nos anos 50, 60 e 70, as grandes e

pequenas empresas formaram grupos para ensinar aos trabalhadores profissionais como fazer

melhor o seu trabalho. Essas infra-estruturas educacionais, dentro das organizações,

proliferaram em todo o país e ficaram conhecidas como universidades, institutos ou

faculdades corporativas. Tinham como objetivo que os profissionais estivessem a par ou

adiante de todos os acontecimentos. Segundo Meister (1999), universidade corporativa pode

ser definida como um guarda-chuva estratégico para desenvolver e educar funcionários,

clientes, fornecedores e comunidade, a fim de cumprir as estratégias empresariais da

organização. Para Eboli (2009), é um sistema de desenvolvimento de pessoas pautado pela

gestão por competências.

Alperstedt (2001) explica que, na expressão “universidade corporativa”, o uso do termo

“corporativo” significa que a universidade é vinculada a uma corporação e que serviços

educacionais não constituem seu principal objetivo. Já o termo “universidade” não deve ser

entendido dentro do contexto do sistema de ensino superior, no qual designa a educação de

estudantes e o desenvolvimento de pesquisa em várias áreas do conhecimento, uma vez que

“universidade corporativa” oferece instrução específica, sempre relacionada à área de negócio

da própria organização. Portanto, segundo a autora, “universidade” para essas empresas é

basicamente um artifício de marketing, Apesar disso, os programas implantados pelas

universidades corporativas são, em muitos aspectos, similares aos das instituições de ensino

superior. As universidades corporativas não estão sujeitas a credenciamento pelo poder

público nem o diploma por elas expedido necessita de reconhecimento oficial para ser aceito

pelo mundo empresarial. Os conteúdos dos cursos e programas das universidades corporativas

são múltiplos e diversificados, segundo a natureza da organização, suas características, sua

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categoria econômica, nível de abrangência, porte e cultura organizacional, etc. A duração dos

cursos é, também, bastante diferenciada, variando de acordo com o aprofundamento e a

natureza dos estudos. Os cursos de conteúdo e duração mais densos são os destinados à

formação e desenvolvimento gerencial, sendo os mais comuns os MBAs (Master Business

Administration). As universidades corporativas podem oferecer cursos e programas com

características da educação formal, com o objetivo de atender a um público específico e

visando à migração de créditos, ou seja, ao aproveitamento dos estudos realizados no

ambiente da educação corporativa para a educação formal. Podem, ainda, atuar na área da

especialização profissional, em cursos e programas de pós-graduação (especialização ou

mestrado profissional) ou de formação profissional, em nível médio ou superior, ao abrigo da

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB e das normas editadas pelo Ministério

da Educação e do Desporto - MEC, incluindo ensino a distância. As universidades

corporativas que desejarem oferecer esses cursos e programas devem buscar o

credenciamento junto ao MEC, com base nas normas vigentes:

• Ensino a distância – Decreto nº 2.494, de 1998, e Portaria MEC nº 301, de 1998.

• Educação profissional – Decreto nº 2.208, de 1997.

• Pós-graduação: em nível de especialização – Resolução CFE nº 12, de 1983 e em nível

de mestrado (mestrado profissional) – Portaria CAPES nº 80, de 1998.

No Brasil, o surgimento das universidades corporativas se deu apenas na década de 90,

quando o treinamento não oferecia nada mais além do que algumas qualificações. A

universidade se preocupa não somente com o fator “qualificar”, mas também com a

apresentação de uma maneira totalmente nova de pensar e trabalhar, para que os

colaboradores das organizações possam desempenhar papéis muito mais amplos no seu

ambiente de trabalho. A universidade corporativa se constitui em um fortíssimo pólo de

irradiação e consolidação da cultura empresarial, motivo pelo qual direta e indiretamente

deverão fazer parte do seu currículo as atividades ligadas aos princípios, às crenças e aos

valores da organização, que funcionem com forte estímulo à consolidação da motivação dos

seus colaboradores. É o modelo de uso mais comum da aplicação do conceito de educação

corporativa, atuando como uma unidade independente de negócios, vinculando as metas de

educação, treinamento e desenvolvimento dos integrantes da cadeia produtiva e de

relacionamento da organização aos seus resultados estratégicos, prevendo o retorno financeiro

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dos investimentos, ou seja, sustentar-se e gerar lucros como as demais unidades de negócios

da organização. A universidade corporativa é um dos elementos que irá auxiliar as empresas a

migrar para a Sociedade do Conhecimento. Neste sentido, Rodriguez (2003) diz que ela está

orientada para o desenvolvimento de competências críticas para que as estratégias da

organização sejam alcançadas, estando voltada diretamente para o resultado das empresas.

Neste caso, o investimento na capacitação das pessoas é visto como uma das formas de abrir

novas oportunidades de mercado e gerar novos negócios, proporcionando assim um impacto

direto nos produtos ou serviços oferecidos.

Para Meister (1999), são cinco as forças que sustentam o avanço das universidades

corporativas: a emergência da organização não-hierárquica, enxuta e flexível; o advento e a

consolidação da economia do conhecimento; a redução do prazo de validade do

conhecimento; o novo foco na capacidade de empregabilidade ocupacional para a vida toda

em lugar do emprego para a vida toda; e uma mudança fundamental no mercado da educação

global. Para KRAEMER (2004), essas tendências compõem o cenário que torna

compreensíveis as sete competências atualmente básicas nas organizações, definidas como “a

soma de qualificações, conhecimento e conhecimento implícito, necessária para superar o

desempenho da concorrência”e fundamental para a empregabilidade do indivíduo. Essas

competências são:

• aprendendo a aprender – pode ser representada pela capacidade de análise de

situações, de elaboração de perguntas, de busca de explicações para o que não se

compreende, de pensamento criativo para gerar opções de aplicação do conhecimento

a novas situações, de experimentação do aprendizado em diversas fontes e de

incorporação do aprendizado à vida.

• comunicação e colaboração - compreendem as habilidades de ouvir e se comunicar

com os colegas, de saber trabalhar, de compartilhar as melhores práticas com todos na

organização, de saber se relacionar com clientes, fornecedores e demais integrantes da

cadeia de valor.

• raciocínio criativo e resolução de problemas - significa desenvolver habilidades para,

ultrapassando dados superficiais, criar soluções inovadoras para problemas

inesperados, sem orientação superior.

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• conhecimento tecnológico - trata-se do uso da informática para conexão com colegas

do mundo todo, possibilitando compartilhar as melhores práticas e recomendar

melhorias em processos de trabalho.

• conhecimento de negócios globais - ou seja, visão do grande quadro global em que a

empresa opera e compreensão das implicações econômicas e estratégicas que

envolvem a gestão de um empreendimento comercial global.

• desenvolvimento de liderança - é o estímulo para que os funcionários sejam agentes

ativos de mudança, em vez de receptores passivos de instruções.

• autogerenciamento da carreira - trata-se do compromisso individual de buscar as

qualificações, o conhecimento e as competências requeridos, seja na função atual, seja

nos cargos futuro.

Com a formação das universidades corporativas, as empresas podem garantir que seus

funcionários estarão sendo preparados para agir de acordo com as necessidades de

conhecimento, habilidades e competências que levarão a empresa a estar competitiva no

mercado globalizado, tudo de acordo com seus princípios e valores. Outra importante

característica é que a partir da universidade corporativa, as empresas aumentam seu crédito

com a comunidade e com seus clientes e fornecedores, já que, além de capacitar as pessoas de

sua empresa, podem oferecer esta capacitação para os funcionários de seus clientes e

fornecedores. A missão das universidades corporativas consiste em formar e desenvolver, de

acordo com Eboli (2009), os talentos humanos na gestão dos negócios, promovendo a gestão

do conhecimento organizacional (geração, assimilação, difusão e aplicação), através de um

processo de aprendizagem ativa e contínua, para que os funcionários se sintam mobilizados

em formar uma força de trabalho de altíssima qualidade, necessária para que a empresa tenha

sucesso no mercado global.

As universidades corporativas assumem diferentes características, segundo Meister (1999):

a) espaço físico – muitas universidades corporativas contam com instalações próprias, outras,

com as instalações de instituições de ensino superior tradicionais em regime de parcerias e

outras não contam com qualquer tipo de arranjo físico concreto, pois estão baseadas em redes

eletrônicas independentemente de espaço físico, constituindo o que se convencionou

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denominar de organizações virtuais. Outras estão num meio termo, mesclam algumas

atividades presenciais com outras a distância.

b) créditos reconhecidos e outorga de diplomas – cerca de 25% das universidades corporativas

oferecem créditos universitários e 40% esperam começar a criar programas que garantam

créditos. Esses créditos têm validade a partir de uma parceria desenvolvida com uma

instituição de ensino superior tradicional que, a partir de critérios negociados, assume a

validade dos programas desenvolvidos pelas universidades corporativas como créditos

reconhecidos para a obtenção de um diploma. A parceria entre as universidades corporativas e

as instituições de ensino superior tradicionais prevê uma troca de serviços entre ambas. As

universidades corporativas ganham com a validação dos créditos na obtenção de um diploma,

além da experiência dos docentes da instituição. E a instituição de ensino, por sua vez, tem

aumentado o seu potencial de captação de alunos, em função dos incentivos para que os

empregados dêem continuidade aos seus estudos, além do ganho pela aproximação com a

realidade organizacional das empresas. No Brasil, a Boston School, universidade corporativa

do BankBoston, está buscando acreditação de seu MBA junto à The International Association

for Management Education – AACSB, que é um órgão de acreditação americano.

c) composição do corpo docente - a política de composição dos professores para ministrar

estes cursos de treinamento é variável. Algumas universidades corporativas entendem que

apenas professores universitários titulados podem ministrar aulas, outras utilizam executivos

da empresa e/ou consultores externos como professores, e outras ainda se valem dos próprios

profissionais da empresa que, submetidos a um treinamento e preparação pela instituição de

ensino a qual estão vinculados em regime de parceria, obtiveram certificado de professor-

adjunto ou equivalente.

d) clientela - algumas das universidades corporativas extrapolam o oferecimento dos cursos

de treinamento para além dos funcionários da empresa, estendendo-os a clientes,

fornecedores, franqueados, outras empresas, e até mesmo à comunidade externa em geral.

Vale lembrar que a referência aos clientes engloba todos os intermediários no processo de

venda, ou seja, revendedores, distribuidores, atacadistas e lojistas. Tradicionalmente, esta

expansão para outros stakeholders é resultado do sucesso obtido pelo programa junto aos

clientes internos e motivado pela possibilidade de realocação de custos. Os programas

educacionais promovidos pelas empresas, durante muito tempo considerados como um mero

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centro de custos, passaram a ser considerados como um potencial centro de lucros,

constituindo-se em uma forma alternativa de captação de recursos financeiros para a empresa.

e) origem do investimento - as universidades corporativas necessitam de investimentos

significativos por parte das empresas às quais estão atreladas e, além disso, o retorno sobre

esses investimentos é de difícil medição. Não surpreende, portanto, o fato de que essas

iniciativas sejam encontradas mais freqüentemente em grandes organizações. Por outro lado,

alternativas vêm sendo desenvolvidas para evitar a necessidade de grandes investimentos, é o

caso dos consórcios entre empresas não concorrentes que compartilham necessidades de

treinamento comuns e que têm se associado a fim de obter redução de custos.

A economia de mercado se tornou o único caminho de desenvolvimento considerado pelo

poder político de quase todos os países do mundo, por isso a concorrência se tornou uma

forma de relação onipresente. Para que as modernas organizações possam se preparar para

enfrentar a competição nos padrões da nova configuração internacional, Eboli (2009) diz que

é imprescindível uma revisão urgente na gestão de recursos humanos. E este seria o principal

desafio à gestão de pessoas: gerar resultados que enriqueçam o valor da organização para

clientes, investidores e funcionários. Neste sentido, a educação corporativa será fundamental

nesse processo, pois ela representa a energia geradora de sujeitos modernos, capazes de

refletir criticamente sobre a realidade organizacional, de construí-la e modificá-la

continuamente em nome da competitividade e do sucesso. A mesma autora enfoca que a

educação corporativa favorece a inteligência e o alto desempenho da organização, na busca

incansável de bons resultados. Não é por coincidência que o tema universidades corporativas

tem despertado tanto interesse nas empresas, pois as universidades corporativas têm se

revelado como eficazes veículos para o alinhamento e desenvolvimento dos talentos humanos

às estratégias empresariais. Para Junqueira (2003), os diferenciais competitivos de uma

universidade corporativa são:

• As parcerias com os consultores devem ser alianças de natureza proativa, em que cada

um se preocupe com a educação dos talentos humanos requerida para o futuro.

• Criação de uma cultura de empreendedorismo em substituição à mentalidade

tradicional.

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• Fixação e disseminação dos conceitos de educação permanente, autodesenvolvimento

e learning.

• Pioneirismo no segmento em que atua.

• Utilização da universidade como instrumento de visibilidade institucional.

É importante desenvolver parcerias de longo prazo com as consultorias-chave,

universidades, fazendo com que estas estejam altamente comprometidas com o projeto

universidade corporativa. Os facilitadores/consultores deverão conhecer os negócios da

empresa, seus valores e princípios, bem como a missão da universidade. Para validação dos

resultados alcançados com os programas da universidade, procurar mensurá-los por meio de

projetos/ações implementados com envolvimento anterior e posterior dos líderes mediatos e

imediatos dos treinandos. Programas da Universidade valendo como crédito em programas de

universidades tradicionais. Retenção de talentos e visualização de oportunidades de

desenvolvimento em um mercado altamente competitivo. Com vistas a mensurar os resultados

da universidade, devem ser atrelados seus processos a indicadores-chave aprendizado e

benefícios para o negócio.

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Quadro 1: Diferenças entre departamento de treinamento e universidade corporativa

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4. A EDUCAÇÃO FORMAL E A EDUCAÇÃO CORPORATIVA

O ensino superior é, para Delors (2001), um dos motores do desenvolvimento

econômico e, ao mesmo tempo, um dos pólos da educação ao longo de toda a vida. É,

simultaneamente, depositário e criador de conhecimentos. Por outro lado, é o instrumento

principal de transmissão da experiência cultural e científica acumulada pela humanidade.

Num mundo em que os recursos cognitivos, enquanto fatores de desenvolvimento, tornam-se

cada vez mais importantes do que os recursos materiais, a importância do ensino superior e

das suas instituições será cada vez maior. Além disso, devido à inovação e ao progresso

tecnológico, as economias exigirão cada vez mais profissionais competentes, habilitados com

estudo de nível superior. Neste sentido, a educação corporativa é um sistema de

aprendizagem com foco nos colaboradores para que estes desenvolvam as competências,

técnicas e comportamentais, que estejam em sintonia com as metas e objetivos da organização

e que provoque neles um desejo de aprender, de conhecer e de transformar seu trabalho e suas

carreiras. O quadro a seguir nos mostra a diferença entre educação formal e educação

corporativa. O quadro a seguir mostra as principais diferenças entre a educação formal e a

educação corporativa.

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Quadro 2: Principais diferenças entre a educação formal e a educação corporativa.

Segundo Milloni (apud RICARDO, 2007, p.6) o T&D é focado no treinar uma ação

sistematizada de educação para capacitação, o aperfeiçoamento e o desenvolvimento. Esta

abordagem está sendo substituída pela Educação Corporativa, cujo compromisso é, a partir da

educação do trabalhador do conhecimento, promover vantagem competitiva da empresa.

Ainda, segundo a autora, o escopo de T&D envolve alguns princípios que delimitam sua

aplicação, que tem como ponto de origem as necessidades de treinamento; assimilação e

transferência de conteúdos. Centrada ainda, no conteúdo espera-se que o treinando possa usa-

lo em sua função. Em pesquisa realizada em outubro de 2002, LEMOS (2003) nos mostra um

levantamento da oferta de soluções em e-learning disponíveis no mercado, no que diz respeito

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a “cursos de prateleira” e “cursos sobmedida”, além de outras possibilidades de

desenvolvimento ofertadas, tais como soluções integradas e plataformas/portais para acesso e

gerenciamento do processo educativo. Para melhor visualização, as informações são

apresentadas por segmento de mercado e empresa referências neste assunto.

Quadro 3: Referencial de soluções e-learn.

A Tabela 4 abaixo apresenta a lista das empresas citadas como referência, com base

nas referências apresentadas por LEMOS (2003), que já implantaram universidades

corporativas.

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Quadro 4: Empresas referências em implantação de universidades corporativas.

4.1 Desafios da modalidade

O grande desafio está no reconhecimento e na conjugação dos centros de gestão do

conhecimento e competência, na consolidação de parcerias que possam trazer benefícios para

ambas e para toda a sociedade. O ensino eletrônico com apoio de instrumentos informatizados

e técnicas de ensino a distância dispõe de uma série de vantagens, porém na maior parte das

vezes não, viabiliza o trabalho em equipe. O conceito de educação corporativa exige que as

organizações concentrem suas necessidades de treinamento em torno dos objetivos

organizacionais e que esses objetivos envolvem cada vez mais o trabalho em equipe, muitos

centros de ensino eletrônico estão buscando campo para o desenvolvimento de suas

atividades. O mercado disponibiliza vários ambientes de apoio didático-pedagógico ao ensino

aprendizagem e modalidade a distância. As corporações vêm investindo e pensando a

educação corporativa como um espaço institucional voltado para o desenvolvimento e

produção de alternativas educacionais sintonizadas com suas necessidades. As empresas vêm

sentindo a necessidade de desenvolver um sistema educacional próprio, totalmente orientado

para o mercado, bem como de aprimorar suas relações com os clientes, fornecedores e

comunidade em conseqüência desse investimento, as organizações estariam colaborando para

o formado novo perfil do profissional do futuro, oferecendo-lhe oportunidades de

aprendizagem contínua e o desenvolvimento de posturas, habilidades e atitudes, além da

preocupação com o conhecimento teórico.

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Segundo Lévy (1994, p.54), o aumento da competitividade, aliado ao contínuo avanço

da tecnologia, faz com que “os conhecimentos tenham um ciclo de renovação cada vez mais

curto. Hoje, valorizam-se as experiências dos profissionais, de suas competências, dando-se

ênfase para os capitais humanos, buscando-se nas pessoas o diferencial competitivo de

mercado. Nesse aspecto, percebem-se evidências de descompasso entre as práticas de gestão e

os reais interesses de uma instituição. Se, por um lado, organizações buscam sobrevivência

num mercado competitivo, de outro é imperioso ansiar por modelos de gestão renovados. A

implementação de práticas que calcificam a compreensão da importância do elemento

humano, tendo a educação corporativa como viés de desenvolvimento de pessoas, parece ser o

caminho organizacional mais curto para se alcançar à competitividade, o que exige das

empresas a capacidade de atrair, desenvolver e reter pessoas talentosas. A partir de então, a

expressão “competências” passa a fazer parte do vocabulário nas organizações. Assim, o

paradigma do controle é deixado de lado e espera-se dos indivíduos e da organização um

desenvolvimento mútuo. A ênfase dada à administração de pessoas e ao controle dos

processos é deslocada para o foco no desenvolvimento. Entretanto, constata-se que muitas

empresas apenas adotam novas denominações para práticas antigas, o que gera um grande

descontentamento por parte dos colaboradores e respostas não adequadas à realidade.

Entende-se que a troca de competências se faz entre a organização e as pessoas. Pode-se

chamar isso de “processo contínuo”, onde a empresa possibilita que o conhecimento seja

compartilhado entre as pessoas, enriquecendo-as e preparando-as para o enfrentamento de

novos desafios, e essas pessoas, por sua vez, enriquecem a empresa por meio de sua atuação e

transferência de conhecimento, preparando-a para os novos desafios e tornando-a mais

competitiva.

Alguns teóricos relacionados à área de administração, compreendem a competência

como um conjunto de habilidades, conhecimentos ou atitudes para que uma pessoa

desenvolva suas atribuições e responsabilidades. Entretanto, esse conjunto de atributos não

garante à organização um benefício direto. Destaca-se uma correlação da competência

individual com a capacidade de “entrega” de uma pessoa à organização, dando-se ênfase

àquilo que ela consegue agregar de valor à empresa ou negócio. De acordo com Chiavenato

(1999, p.36), O mundo moderno se caracteriza por tendências quão globalização, tecnologia,

informação, conhecimento, serviços, ênfase no cliente, qualidade, produtividade e

competitividade. Todas essas tendências estão afetando e continuarão a afetar a maneira pela

qual as organizações utilizam as pessoas. Sendo assim, a tradicional área de recursos humanos

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deixa de centrar-se no passado e em tradições para constituir-se em área alinhada para o

futuro e preocupada com o destino da empresa percebe-se que a principal missão da área

passa a ser a busca incessante de inovação na gestão do capital humano da empresa a

organização passam a fazer uso do conhecimento como um instrumento para facilitar o seu

processo gerencial.

4.2 Tecnologias e comunicação

Meister (1999) coloca que antes de uma organização empregar uma tecnologia de

aprendizagem, é importante desenvolver um plano com as várias tecnologias que podem ser

utilizadas para acelerar a aprendizagem dos funcionários. Neste sentido, a autora aborda

alguns critérios que se precisa levar em consideração ao selecionar os meios tecnológicos,

como a complexidade do assunto a ser abordado e suas implicações, os recursos financeiros

disponíveis, o projeto dos cursos que se deseja implementar, tempo disponível para

desenvolver a solução de aprendizagem, o tamanho e localização do público-alvo, o ambiente

de aprendizado, a facilidade e disponibilidade de acesso à tecnologia, bem como o preparo

dos empregados para utilizá-la, um suporte técnico disponível e o nível de resultados que se

deseja alcançar. A figura 3 ilustra alguns caminhos que as empresas estão utilizando para uma

melhor combinação das tecnologias disponíveis, visando atender as necessidades

educacionais da organização, dentro de suas possibilidades.

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Figura 3: Caminhos que as empresas para uma melhor combinação das tecnologias.

A aprendizagem via satélite permite que se realize o treinamento de um grande número de

pessoas em um período de tempo menor que os métodos tradicionais, reduz custos de viagem

e deslocamentos e permite a interação em tempo real. Aprendizagem via multimídia incluem-

se as ferramentas associadas ao computador tais como animação, vídeo, áudio, gráficos e

outros recursos que possam facilitar a aprendizagem despertando o interesse e imaginação do

treinando. Todas as ferramentas que permitem realizar aprendizagem em grupo, compartilhar

conhecimento e experiências são tecnologias de aprendizagem cooperativa. Pode-se citar

como exemplo os mapas de aprendizagem, workshops e bases de conhecimento

compartilhadas. Na Intranet são os bancos de dados de conhecimento que permitem aos

empregados comunicar e compartilhar informações virtualmente, integrando os

conhecimentos difusos de uma organização. O treinamento através da internet permite dentre

outras coisas a personalização das experiências de aprendizagem de acordo com as

necessidades e preferências de cada um, além do acompanhamento de cada experiência de

aprendizagem. A tecnologia on-line possui o forte apelo de fazer com que a aprendizagem

seja incorporada como uma parte rotineira do dia de trabalho. O campus virtual é o ambiente

de aprendizagem em tempo real, usando a internet/intranet para oferecer programas

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educativos sob medida, em qualquer hora e lugar. Para a UNESCO (apud DALMAU, 2001), a

utilização da educação a distância pelas empresas tende a ser vantajosa, pois, pode-se

aperfeiçoar a produtividade, mantendo e desenvolvendo a cultura organizacional,

apresentando também a possibilidade de organizar a aprendizagem e o desenvolvimento

profissional no próprio trabalho, onde a freqüência tende a ser maior e mais flexível e os

custos de viagens e manutenção tendem a diminuir. As vantagens e os benefícios em se

utilizar tecnologias no processo de capacitação profissional são numerosas. As principais são:

• Custos menores – A disseminação das informações através de meios tecnológicos

pode ter custos mais efetivos, em virtude do tempo em que o aprendizado pode ser

realizado. Estima-se que se economize cerca de 20% a 50% do tempo em relação ao

meio presencial;

• Aprendizado controlado – As tecnologias permitem uma autoridade individual em

relação ao ambiente de aprendizado, seja ele ministrado em sala de aula, trabalho ou

em casa;

• Interatividade – Os avanços das tecnologias fizeram com que se desenvolvessem

ambientes de aprendizagem interativos. Estes ambientes começaram a renovar o

interesse do aluno em relação ao processo de capacitação, visto que o contato torna-se

mais ativo;

• Uniformidade de conteúdo – A informação desenvolvida pode ser construída e

transmitida de forma mais consistente para todos os usuários, reduzindo a

possibilidade de várias interpretações;

• Atualização rápida de conteúdo – Conteúdos podem ser atualizados em tempo real.

A evolução das mídias eletrônicas pode ser considerada uma das maiores responsáveis

pelo aumento do uso de metodologias de EAD. Visto que o atendimento ao aluno tornou-se

possível em qualquer localidade, desde que se tenha tecnologia para o acesso, a utilização da

EAD pelas empresas tem começado a dividir espaço com o meio presencial. Dependendo do

programa educacional a ser realizado, percebe-se que as empresas estão utilizando com maior

freqüência as seguintes mídias:

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4.2.1 Internet

Um site facilita o gerenciamento da produção acadêmica dos alunos nos programas de

integração entre os envolvidos no processo. Em virtude da existência da necessidade de

agregar-se a agilidade da Internet à funcionalidade de um ambiente virtual voltado para o

ensino-aprendizagem, um site na Internet serve como mídia de apoio aos alunos. Por utilizar

esta mídia na capacitação profissional e, por possibilitar uma consulta assíncrona, a internet

vem atingindo uma população de trabalhadores que dificilmente possuem tempo para

conciliar o trabalho ao estudo, fator este que maximiza ainda mais o seu uso.

Por outro lado, a internet proporciona a um baixo custo a cobertura de uma grande

área territorial. As empresas já perceberam que através da Internet elas conseguem resolver

seus problemas de desenvolvimento profissional sem se preocupar com distâncias, acesso às

mais variadas informações, velocidade da disseminação da cultura organizacional, dentre

outros fatores.

4.2.2 Videoconferência

A videoconferência oferece uma solução acessível à necessidade de comunicação

direta, visual e sonora, com sistemas que permitem transmitir informações entre pontos ou

zonas diferentes, através de linhas físicas ou links de satélite e microondas, a custos cada vez

mais baixos. As salas no processo devem possuir o seguinte equipamento básico: uma câmara,

um monitor de televisão, um computador, um aparelho para compressão e descompressão dos

dados CODEC, modem, microfone e teclado de comando. A videoconferência é ideal para

ser utilizada em programas de capacitação profissional empresariais, visto que devido às

ferramentas didáticas disponíveis no sistema, ao mesmo tempo em que um professor explica

um conceito, ele pode acrescentar outros recursos pedagógicos tais como gráficos, projeções

de vídeos, pesquisa na Internet, arquivos de computador, etc, fatores estes que maximizam

ainda mais a qualidade das aulas ministradas em relação à utilização de meios tecnológicos.

Em termos de vantagens para as organizações, a videoconferência permite reduzir

significativamente os custos relacionados ao envio de um grande número de profissionais para

um centro de excelência qualquer, tais como, transporte, alojamento, substituição dos

profissionais que tenham que sair para estudar, alimentação, dentre outros.

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A utilização da videoconferência também é recomendada para que a transição entre o método

tradicional para o método a distância seja mais gradativa e menos traumatizante, visto que

existem pessoas que ainda são reticentes quanto ao uso de novas tecnologias no ensino.

4.2.3 Teleconferência

É o termo que designa, no Brasil, a recepção por antena parabólica ou cabo, no qual os

espectadores interagem com os participantes do estúdio fazendo perguntas e intervenções por

telefone, fax ou correio eletrônico. Se comparada com a videoconferência, a teleconferência

não oferece tanta interatividade entre professor e alunos. Por outro lado, tem a vantagem de

possibilitar o atendimento simultâneo de pessoas espalhadas em vários pontos do país, fator

este que gera economia de escala, pois o custo da operação torna-se menor a medida que se

atende um grande contingente. Os custos para a utilização da teleconferência em programas

de capacitação profissional referentes a transmissão via satélite, bem como para manter toda a

estrutura operacional e administrativa em condições de realizar o programa a ser exibido,

tendem a diluir a medida em que o número de alunos vai crescendo. Caso o número existente

seja baixo, é recomendável utilizar outras tecnologias.

A teleconferência pode ser utilizada para facilitar encontros, workshops, cursos e

conversações entre uma pessoa ou grupos situados em várias localidades, inclusive ressalta

que a teleconferência permite as pessoas obterem educação e treinamento em sua própria

comunidade, em ambientes alternativos, sem a necessidade de um longo e dispendioso

deslocamento do pessoal treinado. Para as empresas, a utilização da teleconferência em

programas de capacitação profissional pode resultar em um maior alcance referente a

distância física, visto que os sinais são enviados a um satélite e, recebidos através de antenas

parabólicas conectadas a um monitor de TV

.

4.2.4 Vídeo-Aula

As Vídeo-aulas podem ser realizadas caso as instituições não tenham a aparelhagem de

videoconferência ou acesso a Internet. Neste caso, são produzidas fitas de vídeo sobre aos

mais variados assuntos de forma a demonstrar através de imagens temas de difícil

exemplificação em material impresso. As vantagens do vídeo são:

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• Proporcionar um acesso visual ao mundo fora da sala de aula;

• Fornecer conceitos complexos e abstratos de forma simplificada através da

visualização;

• Poder provocar emoções;

• Conseguir mostrar imagens microscópicas através de um zoom;

4.2.5 Práticas de Mercado

Entre as práticas atuais que apresentam eficácia e custo acessível, o serviço de

webcasting permite a transmissão de imagens e sons via Internet de forma sincronizada com

materiais de apoio. É o serviço ideal para reunir um grande número pessoas/empresas

dispersas geograficamente em torno de um assunto/curso comum. A transmissão pode ser

feita ao vivo, ou seja, em tempo real ou on-demand, quando o arquivo fica disponível online

para ser assistido a qualquer momento, ou seja, “Sob demanda”. Muitas empresas e

principalmente as grandes e multinacionais estão cada vez mais utilizando este tipo de

solução, já que precisam comunicar com um grande número de filiais espalhadas pelo mundo

de forma rápida, eficiente e barata. Existem várias empresas especializadas que oferecem esse

tipo de serviço.

Figura 4 – Exemplo Webcasting Fonte: WebCasters.com.br

Disponível em http://www.webcasters.com.br/novosite/work/htmls/produtos/produtos_index.asp.

Acesso em 9/12/2010

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Outra solução que vem sendo utilizada para promover a educação corporativa a

distância é através de um novo método de transmissões televisivas, o IPTV ou TVIP que está

em grande expansão. A oferta do serviço de IPTV no mercado normalmente faz parte de um

pacote de serviços que é oferecido por companhias de TV a cabo e de telefonia fixa,

denominado triple play, esse pacote é composto por acesso a internet, telefonia sobre IP e

IPTV que abrange a transmissão de TV ao vivo e sob demanda. De acordo com o site IPNews

(2010), o SESC TV planeja transmitir programação via IPTV e apresentou as possibilidades

da emissora caminhar para o IPTV, no ar desde 1997, a emissora iniciou trabalho como TV

SENAC e, desde 2006, é intitulada de SESC TV. Diversos aspectos tecnológicos são

fundamentais para tornar a IPTV possível, dentre eles destacam-se a compressão

(codificação) de vídeo e o aumento na taxa de transmissão hoje obtida na última milha, a parte

final do enlace entre a operadora ou provedora do serviço de telecomunicações e o assinante.

Exemplos de soluções para IPTV são as plataformas Microsoft TV IPTV Edition, Cisco

IP/TV Solution e Orca Interactive RiGHTv, destaque para a solução da Cisco que é voltada

para utilização em ambiente corporativo.

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5. CONCLUSÕES

Considerando que a crescente demanda por educação requer a utilização de

tecnologias e que para as tecnologias estarem a serviço da educação é necessário o

desenvolvimento de metodologias que atendam estas necessidades, pode-se entender que a

educação à distância vem se configurando como uma modalidade de educação capaz de

atender esta nova realidade, que busca acompanhar a velocidade da informação e do

conhecimento. As organizações têm investido cada vez mais em estruturas educacionais, seja

por meio da criação de departamentos de treinamento e desenvolvimento ou pela formação de

parcerias com instituições educacionais. Esta preocupação aparece no sentido de cobrir as

lacunas da educação formal, buscar a informação em diferentes meios e assegurar o

aprendizado permanente. Dentre todas as tecnologias disponíveis, a aprendizagem via web ou

e-learning, desenvolvida individualmente ou combinada com outros recursos multimídia, tem

ganhado destaque nas corporações. Isto se deve principalmente ao fato de que com cursos on-

line se consegue com mais facilidade e eficiência tornar o aprendizado uma extensão do

próprio trabalho. Este trabalho apresenta os principais conceitos de EAD dentro da esfera

corporativa, as principais experiências e como a tecnologia da informação tem exercido um

importante papel nesse contexto.

O rápido desenvolvimento das redes de computadores, em especial a Internet,

descortinou uma ampla gama de recursos possíveis de serem utilizados na EAD, contribuindo

para o treinamento e capacitação de recursos humanos. É importante frisar que por mais que a

EAD se complemente, ela não substituirá totalmente as modalidades presenciais de ensino.

Este trabalho propõe a utilização da universidade corporativa como uma modalidade de

ensino a distância para treinar, capacitar e atualizar os funcionários das empresas de uma

forma mais eficaz, flexível e econômica. Longe de esgotar o assunto abordado nesse trabalho,

a idéia é caracterizar a utilização da educação a distância dentro das empresas apresentando os

principais conceitos que envolvem o tema e as vantagens que pode oferecer aos indivíduos e

organizações, para a partir deste ponto, incrementar novas idéias, conceitos e tecnologias que

possam surgir com a evolução desse modelo ensino.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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6. 2 Referências consultadas

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