educação ambiental para a família rural

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    Secretrio de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hdricos ....................................................Lindsley da Silva Rasca RodriguesAssessora de Educao Ambiental ............................................................................................................... Rosa Maria RiskallaGerente Geral - SEPL/UGP ...................................................................................................................................Erich SchaitzaGerente Tcnica - SEPL/UGP .................................................................................................................Gracie Abad MaximianoTcnico da UGP ................................................................................................................................Jos Carlos Espinoza AliagaImplementadora IAP ...................................................................................................................Marcia Guadalupe P. Tossulino

    Implementador EMATER ............................................................................................................. Luiz Marcos Feitosa dos SantosGerente do Corredor Araucria ............................................................................................................................... Celso ArajoGerente do Corredor Iguau-Paran ...............................................................................................Donivaldo Pereira do CarmoGerente do Corredor Caiu -Ilha Grande .................................................................................................................David GoborFotografias ......................................................................................... Denis Ferreira Neto, Harvey E. Schlenker e Danielle Prim

    Jornalista | Reviso .............................................................................................................................................Camila Toledo

    PARAN, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hdricos/SEMA - Projeto Paran Biodiversidade: Cadernode Resultados - 2007/2008.

    1. Biodiversidade. 2. Mdulos Agroecolgicos. 3. Educao AmbientalI. FONTOURA, Rosane (coord.); SILVA, Patricia Weckerlin; PRIM, Danielle e CAMARGO, Adalberto N. de Almeida.

    CDU: 504.06(816.2)

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    com a sensao de trabalho bem realizado emetas cumpridas que apresentamos o Caderno deResultados 2007 e 2008. E uma de nossas principaisconquistas nestes dois anos foi a capacitao de 3

    mil produtores rurais e suas famlias em atividadesvoltadas conservao da biodiversidade. Com acolaborao da EMATER, levamos a importnciado cuidado com o meio ambiente aos municpiosdeCoronel Domingos Soares, Cruz Machado, Foz do

    Jordo, Incio Martins, Mangueirinha, Palmas. AltoParaso, Altnia, Diamante do Norte, Douradina,Guara, Icarama, Itana do Sul, Francisco Alves,

    Guairaa, Marilena, Loanda, So Pedro do Paran,Porto Rico, Santa Cruz do Monte Castelo, SantaIzabel do Iva, Terra Rica, Terra Roxa, Quernciado Norte, Boa Vista da Aparecida, Boa Esperanado Iguau, Capito Lenidas Marques, Cruzeiro doIguau, Diamante do Oeste, Dois Vizinhos, Ibema,Guaraniau, Santa Lcia, Santa Helena, So Jorge doOeste, So Pedro do Iguau, So Jos das Palmeiras,

    Trs Barras do Paran e Vera Cruz do Oeste.

    Rosa Maria Riskallae equipe do Projeto Paran Biodiversidade

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    PROJETO

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    APRESENTAO

    O Projeto Paran Biodiversidade, realizado no perodo de 2003 a 2008 no Estado do Paran,visa a compatibilizao da produo rural com a conservao da biodiversidade. Nestes cincoanos a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hidrcos -SEMA realizou 100 eventos de

    capacitao de educao ambiental para a populao dos 63 municpios paranaenses inseridosnos Corredores de Biodiversidade Araucria, Iguau-Paran e Caiu-Ilha Grande. Nestecontexto foram envidados esforos no sentido de sensibilizar a sociedade e, em especial, asfamlias rurais das comunidades prximas s reas naturais protegidas para que realizassematividades econmicas de baixo impacto denominados Mdulos Agroecolgicos (empreendimentoecologicamente correto).

    O presente relato pretende apresentar como foi desenvolvida a programao de educao

    ambiental e como foram estabelecidas as bases conceituais e as linhas terico-metodolgicas doseventos realizados em 2007 e 2008, preparando-os para focar na reduo das ameaas sobre abiodiversidade. Os eventos foram coordenados pela SEMA e EMATER integrando de forma inditaos rgos pblicos de assistncia da produo rural com instituies ambientais.

    Para alcanar os objetivos propostos, foram definidos os contedos programticos e demandasque surgiram no decorrer do trabalho. Os debates envolvendo os mais diferentes pblicos,abordavam as principais causas da reduo da Biodiversidade - elaborando assim, um diagnsticolocal.

    Os eventos foram estruturados levando em conta as particularidades de cada comunidade. Nosseminrios e oficinas realizadas em 2007 e 2008 os produtores rurais discutiram qual o papel decada um em relao conservao da Biodiversidade, ora como mediador de informao e aesque viabilizem o desenvolvimento sustentvel; ora como executores de aes que transformem arelao homem x natureza.

    Famlia rural do municpio de Guara, PR.

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    NOSSOS DESAFIOS

    A Assessoria de Educao Ambiental da SEMA realizou eventos de educao ambiental noformal, isto , aquela que se realiza com a populao adulta em diversos espaos sociais, com autilizao de linguagem e metodologia de promoo da participao e fomento ao engajamento

    s causas ambientais.Para adaptar a linguagem alm dos materiais existentes da I Fase, foram elaboradas cartilhas

    com insero de alguns conceitos como os 5s: servios ambientais, saneamento ambiental,solidariedade, sade ambiental e sustentabilidade.

    O principal tema em debate com os proprietrios rurais foi a busca da agricultura sustentvelcom finalidade de resguardar a diversidade biolgica de forma a alcanar funes ecolgicas, ticas,econmicas e sociais no mbito municipal, estadual, nacional e global, tanto na atualidade quanto

    no futuro.

    Mdulos Agroecolgicos: Da teoria prtica

    O Projeto Paran Biodiversidade apoiou 69 projetos demonstrativos que visam a compatibilizaoda produo rural com a conservao da biodiversidade na prtica. Chamados de mdulosagroecolgicos so empreendimentos cooperativos, inovadores e ecologicamente corretos.

    Boas razes para a conservao da biodiversidade

    Os participantes dos mdulos agroecolgicos (produtores rurais e suas famlias) tm: boasrazes para conservar a biodiversidade em sua propriedade, entre elas esto: famlia, qualidadede vida, produo de alimentos, belezas naturais, mas para isso necessrio a conservao dosrecursos naturais. Os mdulos ecolgicos permitem:

    reas de plantio deadubao verde

    plantio de mata ciliarbiodiversidade =

    diversidade gentica.conscientizao ambientalmanejo de solofertilidade do solosistemas agrosilvopastoril

    alternativas + sustentveisflorestais nativasfixao de carbono

    DIMINUIRdegradao ambientalagrotxicoslixiviao do solopoluio de mananciaispoluio ambientalpragasdoenasinvasorasescassez de guaerosoassoreamento dos riosinfertilidade do soloextino de espciesdesigualdade social

    Tabela comparativa dos ganhos da conservao da Biodiversidade e seus impactos.

    prticas de rotao de culturabiomassapreservao de animais

    silvestres.empreendedorismos

    socioambientaisreserva Florestal Legal e APPs.recursos naturaisformao de corredores de

    biodiversidadequalidade de vida

    AUMENTAR | PRESERVAR

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    Pblico Alvo

    O Componente de Educao e Capacitao da Sociedade para a Conservao da Biodiversidadefoi voltado aos seguintes pblicos: produtores rurais; professores; lideranas comunitrias; alunosdo ensino fundamental, mdio e universitrio; participantes dos fruns/conselhos municipais;

    autoridades ; executores diretos e indiretos:tcnicos da Emater, IAP, Suderhsa e Polcia Florestal;ONGs; gerentes, administradores, agentes de fiscalizao e trabalhadores de Ucs; promotores doMinistrio Pblico e outros.

    Objetivos

    Atravs dos eventos, os proprietrios rurais, foram sensibilizados sobre a importncia deconservar a biodiversidade, tornando-se capazes de encontrar um ponto de equilbrio entre osobjetivos econmicos e a necessidade de exigncia legal da conservao dos recursos naturais,

    para isso, alguns objetivos foram propostos:Entender e repassar os significados de biodiversidade, importncia e principais ameaas.Perceber a relao que existe entre biodiversidade e agricultura.Utilizar prticas corretas de manejo do solo: adubao verde, plantio direto, quebra vento,cobertura vegetal, sistema agrosilvipastoril, plantio em curvas de nvel e terraceamento.Valorizar os saberes locais, estimular o resgate sobre as prticas antigas que garantiam qualidadedo solo e a produo de culturas diversificadas.

    Participar e contribuir para o processo de recuperao e manuteno da qualidade dos principaisecossistemas em suas regies e adotar medidas menos impactantes.Promover atividades de integrao entre as escolas rurais e as famlias.Demonstrar a importncia da mata ciliar, formao de corredores e buscar a sensibilizao emrelao importncia das espcies locais.Proteger as matas ciliares e cuidados com o uso de agrotxicos entre outras questes.Alertar aos agricultores sobre algumas alternativas agroecolgicas viveis em sua regio.Socializar e nivelar conhecimentos sobre a situao da educao ambiental, para mudana de

    hbitos.Promover a busca de alternativas que possam ser adotadas nas pequenas propriedades paraviabilizar a instalao, de forma planejada, das reas de reserva legal e de preservaopermanente.

    PBLICO (2004 A 2008) PARTICIPANTES

    Tcnicos e Lideranas 2.600Professores 2.000Alunos ensino fundamental, mdio e universitrio 2.000

    Famlia Rural dos Mdulos Agroecolgicos 3500Voluntrios das UCs 200TOTAL 10.300

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    BASES TERICAS

    Por que conservar a biodiversidade?

    Na sensibilizao das pessoas para a conservao da biodiversidade necessrio que se conheam

    alm dos benefcios econmicos, tambm os benefcios ecolgicos.

    BENEFCIOS ECOLGICOS BENEFCIOS ECONMICOS

    Conservao da diversidade de vida;gua limpa (purificao das guas);manuteno dos lagos e depsitos degua subterrnea;

    fornecimento de alimentos para faunaterrestre e aqutica;proteo dos rios contra a poluio e oassoreamento;conservao e fertilidade do solo;controle microclimtico (estabilidade detemperatura);reteno, decomposio e degradao deresduos;controle biolgico de pragas (sua perdaameaa a sade humana e a produovegetal e animal);fixao de nitrognio, disponibilizaode nutrientes e reciclagem do carbono eoxignio;polinizadores: muitos insetos fazem apolinizao em plantas, importante para

    agricultura edisperso de sementes (aves e morcegos)responsveis pela recuperao dosecossistemas florestais.

    Produo de alimentos a base dasatividades agrcolas, pecurias, apiculturae pesqueiras;

    extrao de madeiras, utilizando-se de

    matria-prima para indstria moveleira,construo civil e outras;

    extrativismo vegetal, utilizando-sede matria-prima para indstria decosmticos, farmacutica e nutricional;

    produo de medicamentos naturais:aoita cavalo (contra lceras, inflamaesinternas e gripe), espinheira-santa(gastrite) e folhas da araucria (anemia);

    espcies nativas como fonte de novosmedicamentos e recursos genticos e

    melhoramento do banco gentico,produzindo culturas e raas maisprodutivas e resistentes para agriculturae pecuria, base da indstria dabiotecnologia.

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    Parabenizamos a equipepelos materiais produzidos

    pois alm da excelentequalidade e contedo nosdeu suporte para ampliara educao ambientaldurante o desenvolvimento

    de nosso trabalho nagerncia do corredor.Donivaldo Pereira do Carmo, Gerente - Iguau-Paran |IAP/Projeto Paran Biodiversidade

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    MATERIAIS DIDTICOS

    Os materiais didticos servem de apoio para as oficinas de educao ambiental que trabalhamcom os seguintes conceitos: importncia da formao de corredores de biodiversidade, agroecologia,conservao da biodiversidade, mudanas climticas, aquecimento global, recursos hdricos,

    desmatamento ilegal, introduo de invasoras, agrotxicos, agricultura intensiva, resduos, mataciliar e mdulos agroecolgicos.

    Cartilha 5s

    A seguir os conceitos trabalhados comos produtores rurais: servios ambientais,saneamento ambiental, solidariedade,

    sade ambiental e sustentabilidade.Servios Ambientais: entre os mais importantes est a produo de guade boa qualidade, a produo de oxignio, a manuteno de predadores depragas agrcolas, agentes polinizadores, proteo do solo contra a eroso ea manuteno dos ciclos biogeoqumicos entre outros.

    Saneamento Ambiental: tcnicas ligadas ao uso adequado, o manejoe a conservao dos recursos naturais, entre eles esto a implantao de

    prticas de controle da eroso, proteo de fontes, nascentes e outras reasde preservao permanente e conservao de florestas nativas.

    Solidariedade: promover melhoria na qualidade de vida e do meio ambientecom aes como a reconstituio da mata ciliar na microbacia que pertence asua propriedade, instalao de abastecedouros comunitrios, conservao decapes florestais, recuperao da reserva legal, planejamento das microbaciasentre outras.

    Sade Ambiental: para alcana-la necessrio adotar atitudes corretas,como: limpeza do ambiente, produo e consumo de alimentos saudveis,proteo do solo e da gua, preservao da mata ciliar e conservao dabiodiversidade.

    Sustentabilidade: em termos sociais, sustentabilidade significa distribuiode renda mais justa, aumento da participao dos diferentes segmentos dasociedade na tomada de decises e acesso a informao e aos servios de sadee educao. Em termos ambientais, a sustentabilidade busca a utilizaocorreta dos recursos naturais.

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    Conceitos e Prticas da BiodiversidadeRevista conceitual voltada conservao da

    biodiversidade. Temas trabalhados: conceito, valor edistribuio da Biodiversidade, relao flora e fauna,

    importncia da formao corredores de biodiversidade,biodiversidade e solo, biodiversidade e gua, causas dareduo da Biodiversidade, solues para a conservaoda Biodiversidade e educao Ambiental.

    A Viagem do ZecaPivaraHistria de uma capivara que faz uma saga nos rios So

    Jernimo, Iratim, Banhado Grande, Pequeno, Azul e Rio Arroiodos Matosos a procura de um lar. O livreto tem sido de grandeinteresse pois de forma sutil apresenta os impactos da ausnciade mata ciliar.

    Disco da IctiofaunaEm um lado do disco esto informaes

    sobre peixes com escamas em no outro ladodo disco da ictiofauna esto informaessobre os peixes de couro.

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    DVD: BiodiversidadeEste DVD mostra a importncia do planeta Terra. Trata-se

    de uma nave espacial que procura vida. Ao localizar a Terra,esta nave adentra em uma emocionante explorao da fauna

    e flora passando pelos Corredores de Biodiversidade.

    Informativos da Educao Ambiental: BiodiversidadePara tornar conhecidas as aes do Projeto a SEMA, mensalmente distribuimos informativos

    divulgando o que os executores, as escolas e as famlias rurais fazem para a conservao dabiodiversidade.

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    Nas mobilizaes

    Foram desenvolvidas vrias prticas ambientais voltadas conservao da natureza, que incluema biodiversidade nas seguintes relaes: biodiversidade humana, corredores de biodiversidade, solofrtil, gua limpa, matas ciliares, beleza mais pura, repensar nossas atitudes, produo agrcola,

    qualidade de vida e efeito domin (que trabalha os impactos da reduo da Biodiversidade local),rvore das solues, oficinas ambientais, criaes de textos e outras manifestaes artsticas.Seguindo a orientao terico-metodolgica estas prticas trabalham o conceito da Biodiversidadenas dimenses ticas, ecolgicas, estticas e econmicas.

    VALOR ECOLGICO

    Despertar na famlia rural a importncia da formao de

    corredores de biodiversidade para reduzir o processo deextino de espcies e a conservao dos recursos naturaispara a sobrevivncia de todos.

    Divulgar as espcies que ocorrem em territrio paranaense queesto ameaadas de extino, estimulando a reflexo para queas pessoas no pratiquem a caa e pesca predatria, compra evenda de animais silvestres, reduzindo o trfico de animais.

    Diagnosticar os principais problemas ambientais responsveispela perda de biodiversidade e as conseqncias destareduo.

    Identificar os recursos hidrogrficos dos corredores,identificando os principais rios da regio e promovendo o

    planejamento de gesto da microbacia.

    Reforar a importncia da vegetao nas margens dos riospara a manuteno da qualidade da gua, reteno deresduos, conservao do solo e equilbrio do clima.

    Caracterizar as aptides dos diferentes tipos de solos estimulando

    a produo agrcola de produtos menos impactantes aomeio ambiente e elevar a produo de produtos orgnicosprincipalmente nas zonas de amortecimento das UCs.

    CORREDORES DEBIODIVERSIDADE

    ESPCIES PARANAENSES

    SOLO FRTIL

    MATAS CILIARES

    BACIAHIDROGRFICA

    EFEITO DOMIN

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    VALOR ECONMICO

    Identificar as principais atividades agrcolas (soja, madeira,milho, trigo e pecuria) praticadas na regio e avaliar osimpactos causados (contaminao do solo e eroso).

    Identificar entre os participantes quais so as principaiscausas da reduo da Biodiversidade local. Ao lado fotografiaque mostra o problema dos resduos nas margens dos rios.

    Provocar os participantes para a busca das solues locais eatitudes para a conservao da Biodiversidade. Acreditamos

    que, na maioria das vezes, bastam algumas aes concretaslocais para reduzir os problemas ambientais.

    VALOR TICO

    Disseminar o conceito da Biodiversidade (compreendendoa diversidade dentro das espcies, entre as espcies e nosecossistemas). Valorizar a diversidade humana atravs das

    diferenas tnicas.

    Fomentar a cidadania mediante a participao em fruns,conselhos, Agenda 21, envolvendo escolas e a comunidade doentorno das UCs na discusso dos problemas ambientais ealternativas sustentveis locais.

    VALOR ESTTICO

    Incentivar a preservao dos ambientes naturais e estimularempreendimentos de ecoturismo sustentvel.

    Sensibilizar a famlia rural para observao da paisagem comoum sistema vivo, com debate dos temas: fauna, flora, relevo,hidrografia, solo (uso e ocupao), clima e cartografia. Aolado, Parque Estadual de Palmas.

    BIODIVERSIDADE HUMANA

    PRODUO AGRCOLA

    BIODIVERSIDADE BELEZAMAIS PURA

    REPENSAR NOSSAS ATITUDES

    BIODIVERSIDADE E APAISAGEM

    RVORE DAS SOLUES

    DIAGNSTICO LOCAL

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    Matriz de Impactos

    Em algumas palestras os produtores rurais tiveram a oportunidadede preencher coletivamente com o tcnico da EMATER do seu Corredoruma tabela referente aos impactos causados pelas principais exploraesagropecurias desenvolvidas no Paran e assim foi demonstrada a opiniodos produtores de quais so as atividades agropecurias que exercem fortepresso sobre os recursos naturais, gerando passivos ao meio ambiente.

    Tomando como base os principais impactos das exploraes agropecuriascitadas na tabela abaixo, os produtores rurais elencaram a soja comoa cultura mais impactante ao meio ambiente, seguida da batata e dasplantaes de milho e trigo. Este resultado reflete que muitos dos produtores rurais esto cientes de quemodelos convencionais tm causado grandes danos ambientais como: contaminao do solo, gua e ar,assoreamento de rios, eroso, compactao e empobrecimento do solo, diminuio da biodiversidadee risco sade humana.

    Matriz de impactos

    Produo de morangos orgnicos. Produo de soja no modelo convencional.

    O Paran produz 25% dos gros do pas.

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    EVENTOS DE EDUCAO AMBIENTAL

    Educao Ambiental da Famlia Rural | 2007

    Em 2007 foram promovidos eventos de educao ambiental no formal - isto , aquela que se

    realiza com a populao adulta em diversos espaos sociais com a devida utilizao de linguageme metodologia de promoo da participao e fomento ao engajamento s causas ambientais emparceria com os demais executores do Projeto Paran Biodiversidade: IAP, SEPL e EMATER .

    Ao todo 1.245 produtores rurais e suas famlias participaram em atividades voltadas conservao da biodiversidade nos municpios de: Incio Martins, Mangueirinha, Palmas, CoronelDomingos Soares, Guara, Ibema, Alto Paraso, Douradina, Icarama, Ivat, So Jorge do Patrocnio,Altnia, Esperana Nova, Francisco Alves, Ipor, Diamante do Norte e Terra Rica .

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    Educao Ambiental da Famlia Rural | 2008

    Como podemos ver a seguir, alm das oficinas com a famlia rural, no ano de 2008 o Projetotrabalhou conceitos de educao ambiental para voluntrios das Unidades de Conservao etambm participou em feiras agrcolas como em anos anteriores.

    Ao todo 2.255 produtores rurais e suas famlias participaram em atividades voltadas conservao da biodiversidade nos municpios de Coronel Domingos Soares, Cruz Machado, Foz do

    Jordo, Diamante do Norte, Itana do Sul, Guaira, Loanda, So Pedro do Paran, Santa Cruzdo Monte Castelo, Santa Izabel do Iva, Terra Roxa, Querncia do Norte, Boa Vista da Aparecida,Boa Esperana do Iguau, Capito Lenidas Marques, Cruzeiro do Iguau, Diamante do Oeste,Dois Vizinhos, Santa Lcia, Santa Helena, So Pedro do Iguau, So Jos das Palmeiras, So Jorgedo Oeste, Trs Barras do Paran e Vera Cruz do Oeste.

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    A educao ambiental tem contribudo para mudar o foco da discusso de sepreservar por obrigao. No meio rural, tem facilitado o dilogo e a adoo maisconsciente das prticas de conservao dos recursos naturais e da biodiversidade.Esta ao ajuda os produtores no entendimento de se conservar pelo usosustentvel e, mais importante, contribui para a formao de conscinciaecolgica dos seus filhos, futuros sucessores da propriedade da terra.

    Luiz Marcos Feitosa dos Santos, Eng. Agrnomo-Instituto Emater

    A sociedade paranaense tem aprimorado de forma consciente a sua viso

    de conservao e preservao ambiental e concomitantemente a melhoriade sua qualidade de vida. O Projeto Paran Biodiversidade, desenvolvidopelo governo do Estado do Paran, tem realizado vrias aes de educao

    ambiental. Temas como conservao da biodiversidade em corredores,aquecimento global, desmatamento, poluio, agricultura de menor impacto,

    matas ciliares, escassez de gua, reduo da biodiversidade e conseqenteperda da qualidade de vida fazem parte dos cursos de capacitao oferecidos

    pelo Projeto atravs da equipe de Educao Ambiental. A discusso com asociedade sobre temas ambientais tem proporcionado um crescente avano,

    no somente do conhecimento da biodiversidade, como da qualidadeambiental que garante sade ao ambiente, geraes atuais e futuras.

    Jos Carlos Alberto Espinoza Aliaga , UGP-Paran Biodiversidade

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    OFICINASAMBIENTAIS

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    CORREDOR

    CAIU

    -I

    LHAGRANDEEm Altnia, reuniram-se cerca de 100 pessoas entre

    produtores rurais e alunos na escola Rubens Tessaro. Oevento contou com a participao do prefeito municipalAmarildo Novato e e do secretrio de agricultura em meio ambiente Aparecido de Lima Fabrini. Odiferencial desta capacitao foi que os filhos dos produtores rurais fizeram apresentaes sobre otema biodiversidade para os participantes - sendo que alguns eram parentes, vizinhos e conhecidos.Contamos com a colaborao da professora Janete Hackl capacitada anteriormente pelo Projeto quevem realizando um importante trabalho de educao ambiental na regio. Atravs de uma pesquisarelacionada biodiversidade, verificamos o alto nmero de produtores que conseguiram associar areduo da biodiversidade com o aumento de insetos/pragas na lavoura.

    Em Terra Rica, reuniram-se cerca de 100 pessoas entreprofessores, alunos e produtores rurais. O evento contoucom a participao do prefeito municipal e de outrasautoridades locais. Dentro da programao alm da equipe

    do Projeto, a EMATER e o Secretrio Municipal da AgriculturaEdson Vasconcelos proferiram palestras e o evento contoucom a presena de representante do IAP/UMUARAMA. Osprodutores rurais puderam interagir entre si e algunscolocaram seus depoimentos sobre a realidade da regio,sendo muitoconstrutivo

    porque houve uma troca de experincias entre jovens eadultos. A pesquisa realizada entre os presentes demonstrou

    que para este pblico a principal funo da biodiversidade garantir a qualidade de vida e a preservao da natureza.A causa da reduo da biodiversidade mais citadas noquestionrio o aquecimento global.

    Altnia

    Terra Rica

    Nas prticas de educao ambiental realizada pela biloga Patrcia W e Silvaos produtores rurais tecem seus prprios conceitos sobre a biodivers idade.

    "O mdulo apoiado em Altnia visa melhorar a formao erecuperao de reas de reserva legal com uso de exticas

    como pioneira para a formao de sombreamento inicialpara nativas e posterior gerao de renda com a retirada

    das plantas exticas."Paulo Lavaqui

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    OFICINASAMBIENTAIS

    CORREDOR

    CAIU

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    LHAGRANDE A programao foi dedicada exclusivamente aos 110

    pequenos proprietrios rurais das microbacia Bela Vista,Guarani e Santo Antnio dos municpios: Douradina,Icaraima e Ivat que desenvolvem atividades como produo leiteira e agricultura orgnica. Oplanejamento da propriedade visa alcanar o objetivo de sensibilizar as comunidades quanto importncia da conservao, recuperao, manuteno da qualidade dos ecossistemas, principalmentea preservao da Mata Ciliar e regularizao da Reserva Legal que vai de encontro com o MduloAgroecolgico, apoiado pelo Projeto e aplicado na regio.Alm dos temas especficos a programao contou compea teatral "Produtos Orgnicos" da Escola MunicipalNove de Maio organizada pelas professoras Leila A. deSouza e Maria V. Pereira. Alm dos Pereiras, os Oliveiras, osSilvas, os Santos, os Ferreiras, os Perez, os Jakubowski, osRevessos e os integrantes da famlia dos Maldonados fazema diferena positiva na compatibilizao na produorural com a conservao.

    Em So Jorge do Patrocnio estiveram participando 100proprietrios rurais dos municpios de Altnia, FranciscoAlves e Ipor. Os tcnicos da Emater junto com a SecretariaMunicipal do Meio Ambiente, atravs dos MdulosAgroecolgicos tm conseguido junto aos produtoresrecuperar as reas de reserva legal e modificar o uso daterra em suas propriedades. O prefeito Cludio A. Paloziparticipou da abertura assim como o Cesidio L Orben /IAPe o Sr. Antnio Fernandez/EMATER fizeram importantesreflexes sobre a questo ambiental. Nesta oportunidadeconstatou-se o envolvimento local nas mobilizaesrealizadas pelas professoras multiplicadoras do Projetocom apoio da secretaria municipal de educao.

    Alto Paraso

    So Jorgedo Patrocnio

    Na oficina "rvore das Solues" ministrada por Rosane Fontoura osagricultores que definem as solues locais.

    Produtores rurais vendo o prottipo do aquecedor solar.

    Os mdulos atenderam 69 famliascom apoio em pecuria de leitee corte, saneamento bsico,corretivos de solo, mudas defrutferas, nativas.Fausto Paulin - So Jorge do Patrocnio

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    LHAGRANDEO secretrio municipal de meio ambiente de So Pedro

    do Paran, Edson Semprebom, ressaltou em sua fala oproblema das queimadas como sendo a principal causa da reduo da Biodiversidade e a equipe detcnicos da EMATER contriburam com a palestra sobre a implantao e conduo de cultivos florestais,proferida pelo Sr. Erni Limberger. Tambm foi apresentado o Projeto de recuperao de 36 hectares darea de Preservao Permanente (APP), realizado pela Comafen e Universidade Estadual de Maring.Aps as oficinas de educao ambiental os proprietrios das comunidades do Porto So Jos, Leoni,Marreca e Atibaia foram a campo observar a Mata Ciliarplantada pela Associao dos Portos de Areia. Muitasespcies foram plantadas pelos prprios participantes doevento, que trabalharam na recuperao da rea, sendoassim a comunidade demonstrou um sentimento especial,por terem contribudo nesta recuperao florestal. Algumasespcies nativas citadas na palestra foram observadas naprtica pelos participantes ao percorrer a trilha.

    Um segundo grupo de produtores rurais de Atibaia e Leonifoi capacitado no municpio de So Pedro do Paran. Oevento aconteceu na Cmara Municipal onde estiverampresentes 30 produtores que participam do MduloAgroecolgico "Seqestro de Carbono". Eles assistirama um filme e participaram de dinmicas que destacavaa relao entre os seres vivos, formao de Corredoresde Biodiversidade, os diferentes estratos na floresta e aimportncia da Mata Ciliar. Aps as oficinas dos '5s'. osagricultores assistiram palestra do Sr. Erni Limberger.So Pedro do Paran

    So Pedro do Paran

    Secretrio de So Pedro do Paran, Edson Semprebom.

    Trilha com os participantes.

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    LHAGRANDE Aproximadamente 80 produtores rurais das comunidades

    de Sertaneja, Marreca e Relquia do municpio de Porto Ricoparticiparam de oficinas sobre mata ciliar, biodiversidade,solues ambientais e conduo de plantio florestal. Estiveram presentes o prefeito municipal dePorto Rico, Walter Ramo de Oliveira, o gerente do Corredor Caiu-Ilha Grande, David Gobor, orepresentante da regional Emater de Paranava, AlbertoCarlos Moris, e os assistentes tcnicos ambientais ErniLimberger e Ivanildo Passareli, da Emater. Os projetos dosmdulos agroecolgicos beneficiam 51 produtores rurais,sendo que no Projeto "Reconstituio de Reservas Legais"participam 27 e no mdulo "Seqestro de Carbono" e"Bancos de Germoplasma de Sementes" participam outros24 produtores. Em ambos os projetos foi introduzido oeucalipto como espcie indutora para as espcies nativas.

    No municpio de Santa Izabel do Iva, 30 produtores rurais doMdulo Agroecolgico "Seqestro de Carbono" participaramda capacitao, realizada pela equipe da SEMA, atravs deoficinas voltadas a conservao da biodiversidade. Nesteevento alm das oficinas Corredores de Biodiversidade eMata Ciliar, foram repassados os principais conceitos daCartilha 5s. Alm da teoria o grupo foi a campo conhecer oMdulo Agroecolgico que trata da implantao da reservalegal, atravs do plantio de mudas de eucalipto e nativas.Este mdulo alm contribuir para conservao ambiental,tambm auxilia economicamente o produtor.

    Porto Rico

    Santa Isabel do Iva

    V e neto aprendendo juntos.

    Produtores rurais de Porto Rico.

    "A contrapartida dos produtoresna implantao do mduloagroecolgico foi o preparo de solo,plantio das mudas, construo de

    cercas, correo, adubao do solo,tratos culturais e fitossanitrios naconduo do empreendimento."Ricardo Domingues Santa Izabel do Iva

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    LHAGRANDENo comeo de abril de 2008, produtores rurais presentes

    nos mdulos agroecolgicos "Sistema Silvipastoril", "ReservaLegal-Madeira" e "Apicultura Sustentvel" nas comunidades Bairro Maracan, Arapongas e gua doCorvo participaram das oficinas de educao ambiental promovidas pela SEMA. Durante o encerramento,uma caminhada na trilha do cedro na Estao Ecolgica do Caiu reforou ainda mais a sensibilizaoambiental dos participantes. E os resultados de todo este trabalho j comeam a aparecer, pois existemrelatos de produtores que avistaram aves utilizando as matas ciliares como abrigo e tambm rastrosde mamferos de mdio e grande porte.

    As comunidades de Zimar de Itana do Sul e Agro Marilena,do municpio de Marilena, participaram das oficinasambientais que promovem o protagonismo dos atores locais.Para finalizar a programao os participantes foram visitade campo em que receberam explicaes detalhadas sobreo plantio de eucalipto com espcies nativas. Outra partedos produtores participaram do mdulo com prticas deplantio de seringueira e atividades como a implantao daheveicultura em reas subutilizadas ou degradadas, o uso detecnologia e material gentico adequado, gerando aumentona produo de biomassa local e conseqentemente, o

    seqestro e armazenamento de carbono na superfcie terrestre.

    Entreposto de mel, apoiado pel o Projeto.

    Famlia Rural de Itana do Sul, PR.

    Diamante do Norte

    Itana do Sul

    "No mdulo de apicultura, asabelhas nativas e 'Apis' aumentama produo agrcola de nomnimo 20%, alm de promover ocruzamento das plantas." Tadeu Souza

    O cultivo da seringueira, se comparadoao da maioria das culturas anuaisconstitui um tipo de aproveitamentodo solo extremamente desejvel doponto de vista ecolgico. Trata-se deuma cultura que protege o solo e osmananciais e fornece madeira quandono final de sua vida til produtiva.Erni Limberger

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    LHAGRANDE Em Guaira foi realizado capacitao com os produtores

    da comunidade Casinha de Barro que adotaram o critriogeogrfico de microbacias para a localizao do mdulo, facilitando assim as aes grupais e obtenode resultados. As propriedades que integram o mdulo esto dispostas seqencialmente, possibilitando,desta forma, a conectividade entre os fragmentos florestais atravs deste plantio forma um trampolimecolgico entre as bacias hidrogrficas. O pblico participou de oficinas de educao ambientalvoltadas a temas como a necessidade de preservao da Mata Ciliar e a aplicao dos '5s' para acompatibilizao da produo rural com a conservaoda biodiversidade. Na oficina dos '5s' os produtores foramseparados em grupos onde cada grupo trabalhou um dostemas e um representante de cada grupo ficou responsvelpela apresentao dos conceitos aos demais participantes.O grupo da sustentabilidade usou as peas do domin dareduo da biodiversidade para demonstrar a relao doseixos econmico, social e ambiental.

    Em Querncia, tambm foram realizados eventos com aFamlia Rural com a participao de aproximadamente120 produtores rurais, pertencentes as comunidadesrurais Luz Carlos Prestes, Antonio T. Pereira e MargaridaAlves, dos mdulos Ginseng e Seqestro de Carbono.O mdulo, apoiado pelo Projeto no cultivo da pffia(Giseng brasileiro), promove de modo sustentvel o plantioevitando a extrao ilegal e impactante do ginseng dasvrzeas das ilhas. Outro mdulo importante o seqestrode carbono, que compreende 392 hectares de cultivoflorestal com eucaliptus e espcies nativas, sendo um banco

    de germoplasma que envolve 180 produtores em seis municpios do Corredor Caiu-Ilha Grande que estorecuperando reas degradadas. Na mobilizao, alm de serem tratados temas voltados a conservaoda biodiversidade, uso correto e regularizao da ReservaLegal, tambm foi trabalhado o tema aquecimento global,seus impactos e como o mdulo importante para reverterou amenizar o problema.

    Guaira

    Querncia do Norte

    Filhas dos participantes das oficinas.

    Produtor rural lendo acartilha dos 5s.

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    Na comunidade Atibainha, os produtores rurais tiveramatividades na propriedade de Dirceu Sarve. O grupo foi muitocaloroso e participativo, Entre as atividades realizadas pelaequipe de educao ambiental estava a exibio do vdeointitulado 'Corredores da Biodiversidade'. Nos trabalhos emgrupos foi possvel mapear que rios prximos possuiam amata ciliar e tambm debateram sobre as principais ameaasaos rios da regio, o mdulo agroecolgico e o seqestrode carbono. A comunidade associada Cooperativa deCarbono, onde o produtor Dirceu Sarve e sua esposa soexemplo, pois muito antes de comear o Projeto, j tinhamo hbito de plantar espcies nativas.

    No evento contamos com a presena de autoridades locaise o gerente do corredor Caiu-Ilha Grande, David Gobor(IAP/Paranava), Elizeu Souza e Carlos Alberto Moris(Emater/Paranava) na comunidade Esprito do Santo.Nesta oportunidade o destaque foi a palestra da Emater "Implantao e conduo de cultivo florestal"que contribui para demonstrar aos produtores rurais as funes da floresta e o papel da reservalegal em programas de Seqestro de Carbono. No municpio, os participantes do Projeto ParanBiodiversidade so pequenos proprietrios com rea menor que 50 hectares, que tm como principalatividade a bovinocultura de leite e ou corte. Para melhoriade suas propriedades efetuaram o plantio de mandiocacomo recuperao de suas pastagens como adoo deprticas conservacionistas. Um dos motivos que os fizeramaceitar a implantao dos mdulos foi a perspectiva deganho econmico associado ao ganho ambiental com autilizao da reserva legal para o plantio de eucalipto eespcies nativas.

    Santa Cruz do MonteCastelo

    Loanda

    Participantes de Santa Cruz do Monte Castelo.

    "Os produtores rurais estomotivados e esto expandindo asreas naturais. um reflexo dasmodificaes culturais."Larcio Ribeiro Filho, Prefeito Municipal de Santa Cruzdo Monte Castelo.

    Mapeamento dos rios da regio.

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    Dentro dos eventos de capacitaes realizado pelo Projeto,houve um diferencial no municpio de Guaraniau, porquejunto com o evento foi inaugurado a sede do engenho de

    cana-de-acar apoio do Projeto Paran Biodiversidade.O evento contou com a participao da prefeita Ana Neolidos Santos e membros da famlia Tonatto, Zulpo e Acorsi,integrantes do mdulo agroecolgico que residem hmais de 40 anos na linha Ceccato em Guaraniau e apso desbravamento da rea dedicaram-se a produo dearroz, milho

    e feijo e posteriormente atividades de produo de acarmascavo e demais derivados de cana-de-acar paraconsumo prprio e troca com os vizinhos. Inicialmentea produo era bem artesanal, feita a cu aberto e comequipamentos rsticos contundo com a nova instalao

    Nestes encontros, os convidados sempre so os principaisprotagonistas! Os integrantes do mdulo "Casa doAgricultor" receberam apoio do Projeto para a construo de obras civis a qual denominam Casa doAgricultor, onde comercializam produtos artesanais como pes, bolachas e massas tpicas da cozinhaitaliana. Esta comunidade mostrou ser um exemplo de solidariedade e associativismo. A comunidadeMaracaju dos Gachos faz parte da histria de Guara, sendouma das mais tradicionais comunidades do municpio. Oevento foi uma troca de informaes entre o lado produtivoe o lado ambiental. Os integrantes da comunidade temsua reserva legal e conhecem a fundo a importncia damanuteno das florestas e os benefcios na produo. Emseu depoimento, o presidente da cooperativa demonstrougrande conhecimento sobre a agricultura orgnica, seusbenefcios e o manejo correto do solo.

    Guaraniau

    Guara

    Produo loical

    Empreendimento apoiado pelo projeto.

    Mdulo Agroecolgico de Guaraniau propiciou aosagricultores uma demonstrao prtica de que possvelconciliar a gerao de renda com a preservao ambiental,servindo de referncia neste aspecto. Mrcio Roberto de Ramos

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    A capacitao de educao ambiental envolveu um grupode produtores rurais que vivem na margem do rio Monteiroque trabalham com plantio de cana-de-acar orgnica.Desde o plantio, a cana no recebe adubo qumico, o cultivo feito apenas com enxada e o transporte feito com a carreta agrcola que vai direto ao engenho. Acachaa vai por declividade para o barril no alambique e para o armazenamento. O vinhoto tambmdesce por declividade e vai para baixo do solo, onde armazenado. Depois este vinhoto retirado com bomba e otrator espalha na roa e substitui a uria. Deve-se ressaltarque o resduo deve ser colocado no solo e no na lavoura.Do bagao da cana, parte queimada, outra poro utilizada na produo de hmus e o restante cedido paraalimentao do gado de leite.

    No ms de junho de 2008 foram realizadas diversoseventos de capacitao no Corredor Iguau-Paran com oenvolvimento do gerente do Projeto na regio, Donivaldo

    Pereira do Carmo, da gerncia da Emater de Cascavel, MaryStela Bischof e da equipe de assistentes tcnicos ambientais.Os produtores rurais das comunidades Auto da Cutinga, linhaSo Paulo do municpio Boa Vista da Aparecida participaramdas palestras e oficinas com prticas ambientais emque foramabordadas aimportnciados servios

    ambientais decorrentes da biodiversidade. O grupo eracomposto por produtores da unidade de beneficiamentode leite apoiada pelo Projeto.

    Dinmica Microbacia.

    Famlia rural de Boa Vista da Aparecida.

    Capito LenidasMarques

    Boa Vista daAparecida

    O Paran Biodiversidade um dos melhores projetos que pode

    existir, porque pode melhorar a qualidade de vida das pessoase a preservao da natureza.Evalmor Jos Darabas, Secretrio de Agricultura de Boa Vista da Aparecida

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    Aps a realizao das oficinas, 100% dos produtores ruraisde So Jos e Trigolndia associaram a existncia da florestae da mata ciliar com a composio da biodiversidade e85% dos respondentes associaram os recursos hdricos e a reserva legal biodiversidade. A pesquisademonstra que ainda falta o entendimento dos produtores sobre a importncia dos banhados e dosmicroorganismo existente no solo, pois apenas 40% respondeu afirmativamente para a questo. J osparticipantes da capacitao de Educao Ambiental da Famlia Rural em Trs Barras do Paran, emsua maioria entende que uma das funes da biodiversidade e a existncia de rios limpos proporcionarqualidade de vida para seus habitantes.O Mdulo Agroecolgico tem como principal finalidade a contribuio para as conexes do Corredorde Biodiversidade no entorno do Parque Estadual do RioGuarani, atravs do trabalho de regularizao ambientalem 15 propriedades pertencentes a duas comunidades,Trigolndia e So Jos. Consiste prioritariamente naimplantao do SISLEG e no desenvolvimento de atividadesde baixo impacto ambiental.

    Na comunidade linha Corvo Branco foram capacitadosprodutores rurais que participam do mdulo agroecolgicovoltado proteo da APP. As atuaes destes produtoresrurais so muito importantes para conservao dabiodiversidade, porque o rio Corvo Branco passa dentrodo Parque Estadual Cabea do Cachorro, local de abrigoda diversidade biolgica. Os moradores desta comunidadeplantaram aproximadamente 25 mil mudas de espciesnativas na beira do rio Corvo Branco.Os produtores rurais responderam um questionriosobre questes referentes biodiversidade aps terem

    participado da oficina Mata Ciliar, neste questionrio relacionaram a biodiversidade com: rios e MataCiliares (100 %), florestas (92%) e Reserva Legal (84%).A maioria (92%) respondeu que a funo da biodiversidade manter os rios limpos e preservao das espcies. Paraos produtores rurais, as principais conseqncias dareduo da biodiversidade (72%), so o aquecimentoglobal, solos cada vez mais pobres e diminuio da floresta.

    Para a conservao da biodiversidade (76%), indicaramque a melhor estratgia a formao de Corredores deBiodiversidade.

    Trs Barras do Paran

    Diamante do Oeste

    Alunos da Casa Familiar Rural.

    Casal participante das oficinas.

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    No Centro Cultural de Santa Lcia participaram produtoresrurais do mdulo agroecolgico de apicultura dascomunidades de Linha Fabian, Alto Paran, So Valentin, Princesa Izabel, Santa Catarina, So Pedro,So Joo, Gacha, Trs Pinheiro, Santo ngelo, Santa Lcia, So Sebastio, Luana, So Cristvo e LinhaBastini. Alm da apresentao do mdulo agroecolgico, das oficinas de conservao da biodiversidade,coleta seletiva do lixo, os participantes assistiram a uma palestra sobre agroecologia, proferida pelotcnico da Emater, Jair Klain.O assistente tcnico do municpio, Nilo Deliberari apresentou

    algumas fotos de animais mortos, abordando a ameaa dafauna nativa atropelada no asfalto na poca de reproduo.Uma das formas de se solucionar o problema da incidnciade atropelamento destes animais a recuperao da mataciliar e a formao de corredores de biodiversidade.

    No evento de mobilizao realizado em Santa Helena, naComunidade Linha Aparecida, contamos com a presenado coordenador de meio ambiente da unidade regional daEmater de Toledo, Adalberto Barbosa. Ele abordou o temaAgricultura e Meio Ambiente, enfatizando que o modeloatual de explorao agrcola necessita de adequaes, ondea sustentabilidade seja uma premissa bsica. Segundo ele,apesar dos avanos obtidos nos ltimos anos, tanto nomanejo dos recursos naturais como na prpria valorizaodo habitante e do espao rural como modo de vida, aindaso necessrias mudanas fundamentais para que se efetue

    um convvio pacfico entre o cultivo agrcola e o meio ambiente.Alm das palestras, os participantes acompanharam a apresentao prtica da construo de umaquecedor solar feito a base de materiais reciclveis. Deacordo com os tcnicos locais do Instituto Emater, JosValdir Demtrio e Honrio Conte, as impresses obtidasatravs de relato dos produtores foram muito positivas,sendo um indicativo da certeza da consolidao do

    mdulo agroecolgico. O interessante deste evento aparticipao da famlia rural, estando presente um nmerosignificativo de mulheres, crianas, adolescentes e jovens,que participaram da atividade pela manh.

    Oficina da Mata Ciliar

    Santa Lcia

    Santa Helena

    Participao de mulheres nas oficinas.

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    Em So Jos das Palmeiras o prefeito municipal, Jos Nridas Chagas, e o secretrio da agricultura, Quirino Kesler,estiveram presentes e colaboram efetivamente com a amobilizao. Junto com Josuel Francisco Medeiros, dacomunidade Serrinha, eles comentaram que est havendouma mudana extraordinria devido os benefcios ambientaisdo Projeto. Entre os exemplos eles citaram a implantaoda agroecologia, com eliminao de substncias qumicas,o uso do esterco e volta das sementes crioula. Tambm foiabordado o aparecimento de mais espcies da fauna, comoo tamandu-bandeira que avistaram no Crrego So Joo.Na ocasio, Enio Bragnanolo proferiu palestra "Agriculturae Meio Ambiente".

    Na mobilizao, alm dos sericultores, o pblico foiformado por alunos da Universidade Estadual de Maring(UEM) e tcnicos agrcolas. Na capacitao, alm deoficinas ambientais com temas voltados a biodiversidade,mata ciliar, aquecimento global, tambm esteve presenteo Adalberto T. Barbosa, que proferiu a palestra sobreAgricultura e Sandra M. Ramos, que explicou como montarum aquecedor solar. Em Terra Roxa foi introduzido o mduloagroecolgico "Casa do Mel", que consiste na criao de umentreposto de mel para incentivar os apicultores existentesa ampliar a atividade da apicultura no municpio. Sob o

    ponto de vista econmico, o projeto traz vrios benefcios para os apicultores: melhora a qualidadetcnica do mel com adoo de equipamentos e tcnicasatualizadas, tornando o produto mais competitivo nomercado e amplia o nmero de produtos comercializados.Alm de potes, o produto poder ser comercializado emsache, prpolis e gelia real.

    Oficina Bacias Hidrogrficas com o objetivo de identificar e mapear os rios.

    So Jos dasPalmeiras

    Terra Roxa

    Debate sobre a intensificao do efeito estufa

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    Em So Pedro do Iguau o gerente do corredor DonivaldoP. do Carmo (IAP/PR-Bio) e a educadora ambiental RosaneFontoura falaram para os ouvintes da Rdio Alvorada sobre mata ciliar, biodiversidade e os problemas dacaa no entorno do Parque Estadual da Cabea do Cachorro. Participaram da oficina as famlias Souza, Neves,Tusset Tramarim, Rossoni, Sauer, Faria, Sacin e Fuloi. Os produtores presentes so na maioria do entornoda unidade de conservao e propriedades vizinhas como Santa Mnica e Campo Grande. Muitos destesprodutores de algodo saram da monocultura e passaram a diversificar atividades, passando ao cultivode milho, soja e fontes energticas (eucalipto), bem como bovinocultura. Entre os exemplos de mudana nomodelo produtivo est o produtor Arlindo Waltrick, moradorda linha Palmital, no distrito de Luz Marina, municpio deSo Pedro do Iguau. Onde antigamente se produzia algodoe posteriormente se plantava soja (culturas nas quais soempregadas grandes quantidades de produtos qumicos eagrotxicos) atualmente h uma extensa rea com pasto paraalimentao de gado leiteiro. Uma mudana para melhor, doponto de vista da preservao do meio ambiente.

    Nesta capacitao esteve presente um grupo heterogneocomposto por produtores rurais e alunos da Casa FamiliarRural, no qual participaram das oficinas voltadas paraconservao da biodiversidade. Os produtores rurais soda comunidade da gua da Jacutinga. A participaolocal deve-se ao envolvimento da Mary Stella Bischof, daregional da Emater em Cascavel. No evento o DonivaldoPereira do Carmo tambm contribuiu com a programaodo dia. Todos os participantes ganharam uma camiseta doProjeto e participaram entusiasticamente das oficinas. Omdulo est no entorno do Parque Nacional do Iguau e

    vai contribuir com a formao do corredor entre o ParqueEstadual Cabea do Cachorro com a poligonal da ItaipuBinacional. Esta uma rea estratgica para essa ao,pois nessa rea que est sendo discutido o termo decooperao com Paraguai, dentro do grupo cooperativocoordenado pelo Ministrio Pblico.

    Prticas didticas Mata Ciliar: infiltrao da gua no solo e estratosda floresta.

    Mariy Stela, Emater.

    So Pedro do Iguau

    Vera Cruz do Oeste

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    Boa Esperana do Iguau, Cruzeirodo Iguau, So Jorge do Oeste e Dois

    Vizinhos

    Nos municpios de Boa Esperana do Iguau, Cruzeiro Iguau, So Jorge do Oeste e Dois Vizinhos doCorredor Iguau-Paran foram realizadas oficinas abordando Educao Ambiental: Biodiversidade eMata Ciliar. Estes municpios no tiveram mdulos agroecologicos implantados, mas os produtoresrurais das comunidades Linha Biavati, Colnia Rica, Mariote, So Cristvo, Paranhos, Nossa Senhora daConsoladora e Linha Herveira receberam importantes incentivos para a conservao da biodiversidade

    e possuem importantes fragmentos a serem conservados. Na programao estiveram envolvidosprofissionais da Emater e IAP. Os produtores rurais atravs de fotografia de satlite identificaram suapropriedade e tambm foi possvel observar as principais atividades econmicas da regio, fragmentosflorestais e como esto as mata ciliares, os participantes apresentarem muito interesse ao assunto. Oseventos foram finalizados com a visitas em reas com o plantio de Mata Ciliar.

    Sudoeste do Paran

    Produtores rurais nas oficinas sobre a conservao da biodiversi dade.

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    Em Incio Martins, reuniram-se cerca de 115 pessoasentre professores, alunos, agricultores, lideranaslocais e representantes de rgos governamentais paraparticiparem de palestras relacionadas s temticas ambientais e manifestaes culturais organizadaspor professoras antecipadamente capacitadas pelo Projeto.No evento de capacitao participaram as seguintes comunidades Rio Claro, Mato, Santa Rita, BomRetiro e Evandro Francisco, as trs ltimas so assentamentos, Rio Pequeno, Sobradinho, Quarteirodos Stresser, Quarteiro dos Vieiras, So Domingos,

    Papagaios, assentamento Jos Dias, Queimadas, Coloninha,Mansani, Cachoeira, Faxinal do Posto, Coloninha e aldeiaindgena Guarani. Os produtores participantes do Projetoimplementaram uma unidade de beneficiamento de ervasmedicinais.

    O Projeto Paran Biodiversidade, em parceria com aprefeitura municipal de Palmas, realizou o "Sabado" noParque Estadual de Palmas, que contou com a participaode aproximadamente 500 pessoas entre eles pais e alunosdas escolas pblicas, produtores rurais, comunidade doentorno e produtores do municpio de Coronel DomingosSoares. O evento foi o dia inteiro e teve uma programaovariada como palestras, teatros, oficinas, apresentaes dosalunos e uma visita tcnica direcionada a produtores ruraisem uma trilha dentro do Parque com o monitoramentode tcnicos, dando a oportunidade para compreender a

    importncia das unidades de conservao e sua proteo.Sob a coordenao da diretora ambientalMaria Isabel Farias o evento contou com total envolvimentodas escolas municipais de Palmas que montaram os 14stands com prticas ambientais para a famlia rural. Ascomunidades envolvidas foram Goes Artigas, Papagaios,Alemanha, Sobradinho, Bom Retiro, Rio Claro, Santa Ritade Palmas e assentamento Cruzeiro, Vila Rural Novos

    Caminhos, CAIC), Vila Rural e So Loureno(CoronelDomingos Soares). Os agricultores aprendendo a importncia dos servios ambientais das

    nossas florestas.

    Incio Martins

    Palmas

    Personagem criado em Incio Martins para a produo do livro ZecaPivara.

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    RREDORARAUC

    RIA Na 3 Expomang, em Mangueirinha, as bilogas consultoras

    do Projeto Paran Biodiversidade proferiram palestrasrelacionados biodiversidade. Nelas, foram abordadostemas como distribuio, valor, ameaas e proteo. Tambm foi debatida a importncia dabiodiversidade nas propriedades rurais, atravs dos '5s' que so os Servios Ambientas, SaneamentoAmbiental, Solidariedade, Sade Ambiental e Sustentabilidade com produtores rurais da comunidade deAcorinha e Linha Santa Izabel, beneficiadas na construode esterqueira e compra de calcrio.

    Alm disto participaram da capacitao produtores dabovinocultura de leite da comunidade Treze de Maio,inserida na microbacia do Rio Cov, que recebeu do Projetorecursos para a recuperao de mata ciliar e aes desaneamento ambiental. A localizao deste mdulo defundamental importncia ambiental, visto que ele servirde conexo com a Estao Ecolgica Rio dos Touros.

    No evento participaram os produtores rurais da microbaciaRio dos ndios, inserida no Municpio de Foz do Jordo, quefaz parte do Corredor Araucria. Nesta rea esto sendorealizados esforos para a recuperao da conectividadeentre fragmentos existentes na microbacia Rio dos ndios,ligada margem do Rio Iguau, buscando a unio com aEstao Ecolgica Rio dos Touros.A recuperao de conectividade de fragmentos e a

    explorao das reas agropecurias de maneira sustentvelesto minimizando o impacto negativo de passivosambientais e facilitando ofluxo gnico da flora e fauna,

    com maior rapidez e harmonia entre o desenvolvimento das atividades humanas e a conservao dabiodiversidade. Para isto, existe o compromisso dos produtores em recuperar as reas de APP e RLque na sua maioria encontram-se bastante degradadas -ou at mesmo ausentes, principalmente pelaexplorao inadequada da agropecuria desrespeitando a legislao vigente.

    Famlia Sebold Amiga da Biodiversidade.

    Mangueirinha

    Foz do Jordo

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    O Projeto Paran biodiversidade apoiou o mduloagroecolgico do Rio Poo Preto, afluente do Rio Santana,que por sua vez desgua no Rio da Areia, o qual engloba 03 comunidades: 25 de maro, Linha Paredoe comunidade Poo Preto. As aes do Mdulo so a recuperao do Rio Poo Preto e sua bacia em todasua extenso, abrangendo aproximadamente uma rea de 9.375 hectares em seus 14 quilmetros decurso. Estas comunidades foram selecionadas por estarem em reas geogrficas que proporcionam aconexo com as reas do primeiro projeto de mdulo de Cruz Machado, o mdulo Agroecolgico Potingal.Estes mdulos so formados por grupos de aproximadamente 20 famlias cada um, totalizando 60produtores, todos residentes nas comunidades pertencentes a Microbacia do Rio Poo Preto, fazendoparte da associao de produtores da comunidade. Todos os produtores rurais envolvidos estiveramnas atividades desenvolvidas pela Educao Ambiental.

    Cruz Machado

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    OFICINASAMBIENTAIS

    CORREDORARAUC

    RIA

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    Grupo de produtores na oficina.

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    "Vocs, agricultores, soos guardies das nossasflorestas, rios e solos quegarantem a sade dohomem e a proteo domeio ambiente."Lindsley da Silva Rasca Rodrigues,Secretrio de Estado do Meio Ambientee Recursos Hdricos do Paran e o amigo dabiodiversidade Igor Oliveira.

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    Educao ambiental um processo no qual osindivduos e as comunidades adquirem conscincia

    de seu meio e apreendem os conhecimentos, osvalores, as habilidades, a experincia e tambm

    a determinao que lhes capacite agir, individuale coletivamente, na resoluo dos problemas

    ambientais presentes e futurosCongresso Internacional sobre Educao Ambiental, Moscou, 1987.

    RESULTADOS

    As capacitaes de educao ambiental para a famlia rural foram realizadas entre os perodosde 2007 e 2008, atingindo um pblico-alvo de 3.500 proprietrios rurais em 80 comunidadesdos trs Corredores de Biodiversidade, no qual foram realizadas em suas prprias comunidades,inserindo suas famlias nas oficinas. Alm das capacitaes estas famlias receberam apoio narealizao de seus empreendimentos sustentveis, que denominamos "Mdulos Agroecolgicos"que receberam recursos financeiros para adotarem prticas menos impactantes.

    Nos eventos de mobilizao homens, mulheres, jovens e crianas estiveram presentes. Em algumasatividades comunidades inteiras participaram, desde parentes at vizinhos. Isso foi muito importantepara conseguir atingir o objetivo principal que era a mobilizao da famlia rural. A participaolocal dos produtores foi a metodologia das oficinas ambientais, utilizando o ldico e uma formadescontrada de atrair a empatia e ateno dos participantes. , para quem estava acostumado aimagem de que rgos ambientais s multam e fiscalizam o cumprimento das legislaes, foi umanovidade o convite ao envolvimento nas questes ambientais e no a imposio de normas.

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    Conhecimento Local Questionrios.

    Todas as oficinas comeavam com os participantes definindo a biodiversidade. Nos depoimentospodemos verificar as seguintes constataes. Em relao agricultura somente 50% relacionaramcom a biodiversidade e menos da metade demonstraram a falta de entendimento de alguns servios

    ambientais proporcionados pela biodiversidade e a sua relao com a agricultura. Entre eles esto osalimentos (48%), fungos (42%), microrganismos (49%), bactrias (33%) e protozorios (21%).

    Mdia percepo do que compe a Biodiversidade

    Tomando-se como base os elementos da biodiversidade citados na abaixo, encontram-se diferenciadospercentuais para vrios elementos, sendo que na percepo dos produtores rurais entrevistados osanimais (94%) e as florestas (92%) so os principais exemplares que fazem parte da biodiversidade,

    pois tratam-se de exemplares fundamentais para qualquer tipo de ambiente natural . Outros elementosde destaque foram: mata ciliar (82%), gua (77%), rio (75%) reserva legal (74%), seguido dosolo e ser humano (60%). Este resultado serviu de base comparativa para indicar a influncia dacapacitao, pois os elementos citados foram mencionados nas prticas ambientais.

    animais florestassolo plantaoser humano aguaar mata ciliar rio planetaalimentos maresespecies exticas bactriasfungos banhadosRL parques

    microrganismos protozoarios

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    FIGURA 1. O que compe a biodiversidade.

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    Baixa percepo do papel das Unidades de Conservao - UCs

    Para o item parque (UCs) somente a metade dos entrevistados relacionou a unidade deconservao com a biodiversidade, indicando a falta de percepo dos entrevistados sobre a funodas UCs em relao diversidade biolgica. As Unidades de Conservao representam uma das

    melhores estratgias de proteo do patrimnio natural. Nestas reas tanto a fauna como a floraso protegidas e conservadas, assim como os processos ecolgicos que regem os ecossistemas -garantindo a manuteno do estoque da diversidade biolgica. Sendo assim, pode-se observara necessidade de uma maior aproximao da famlia rural que vive em reas de entorno dasUnidades de Conservao para que possam entender a importncia deste patrimnio que poderefletir at na qualidade de vida.

    Funo da Biodiversidade

    0% 20% 40% 60% 80% 100%

    Qualidade de Vida

    Preservao

    Equilibrio

    Ar puro

    Rios limpos

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    Mdia percepo dos servios ambientais prestados pelabiodiversidade

    Analisando os dados, os produtores rurais apresentaram um pouco de dificuldade em relacionaros elementos da diversidade biolgica com suas funes, principalmente com sua produo e aos

    organismos microscpicos, mas conseguem relacionar a funo da biodiversidade com o equilbrioecolgico (77%), com rios limpos (67%), qualidade de vida (62%), preservao (50%) e ar puro(53%), o grfico anterior. Lembrando que o conceito de qualidade de vida engloba condiesfavorveis ao bem-estar, como infra-estrutura adequada (moradia digna, alimentao, acesso sade, educao, cultura e lazer) e a vida estritamente relacionada ao meio ecologicamenteequilibrado (SEMA, 2006).

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    41TABELA 2. Principais conseqncias na reduo da biodiversidade.

    CONSEQUNCIAS %

    Aquecimento Global 66%Contaminao 66%Diminuio da flora 58%Diminuio fauna 53%

    Aumento insetos 50%Empobrecimento do solo 56%Escassez de gua 50%Menores colheitas 33%

    Boa percepo das conseqncias da reduo da biodiversidade

    Entre as principais conseqncias da reduo da biodiversidade (Tabela 2) destacam-se:aquecimento global, contaminao do solo e do ar, diminuio da flora e fauna, aumento deinsetos, empobrecimento do solo, escassez de gua e menores colheitas. Este resultado serviu

    como base comparativa para diagnosticar os principais problemas da regio, conscientizando oprodutor sobre a necessidade de mudana para reverso do quadro.

    "A educao da famlia rural deve ser uma das prioridadesdas polticas pblicas porque a base para o desenvolvimento

    sustentvel."Rosane Fontoura, Coordenadora de Educao Ambiental.

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    Boa percepo de quais seriam as solues para a questo ambiental

    A percepo dos produtores rurais em relao a quais so as principais solues para aconservao da biodiversidade foi que 77% deveriam receber dos proprietrios incentivos paraaplicao da legislao ambiental terra: mata ciliar, reserva legal e RPPNs e 63% na formao

    dos Corredores de Biodiversidade. Esta uma informao muito importante porque indica queos participantes entenderam a necessidade da formao dos Corredores, a qual s possvel apartir da participao destes para poder interligar os fragmentos florestais representados pelamata ciliar, reserva legal, ou qualquer rea de floresta vizinha, localizadas prximas s reasagrcolas, pastagens, florestas comerciais de espcies exticas ou mesmo reas urbanas. Alm deestar ajudando a conservao da biodiversidade, a formao dos Corredores de Biodiversidadepode proporcionar os seguintes benefcios:Integrao de remanescentes florestais:a conexo entre fragmentos isolados permite o aumento

    dos fluxos biolgicos de fauna e flora e conseqentemente o aumento da biodiversidade. Muitasespcies frugvoras passam a transitar de um fragmento para outro e so importantes dispersorasde sementes.Controle da eroso: o aumento de vegetao reduz o impacto da chuva no solo e os efeitos de

    enxurrada acarretando a eroso e o empobrecimento do solo.Recarga hdrica: proporciona melhor absoro da gua da chuva pelo solo, evitando o rebaixamento

    do lenol fretico, mantendo os nveis dos rios.Manuteno de microclima: a vegetao auxilia a manuteno da estabilidade trmica.Embelezamento das paisagens locais: proporcionam lugares de recreao e lazer, alm de

    causar uma sensao de harmonia e bem-estar.

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    Celso Arajo, gerente do Corredor Araucria | Donivaldo Pereira do Carmo, gerente do Corredor Iguau-Paran | David Gobor, gerente do Corredor Caiu-Ilha Grande.

    Diretoria geral da SEMA, Dr. Allan Jones dos Santos, gerente geral do Projeto Paran Biodiversidade, Erich Schaitza e equipe de Educao Ambiental recebendo o Prmio Von Martius 2008.

    CONSIDERAES FINAIS

    De maneira geral, na questo da educao ambiental os resultados so verificados em espaosde tempo maiores em relao ao do desenvolvimento do Projeto, mas podemos afirmar que nasavaliaes peridicas os participantes deram feedback positivo e que h mudana de comportamento

    em andamento nos municpios trabalhados visando a conservao da Biodiversidade,De acordo com os depoimentos dos participantes, pode-se perceber que muitas pessoas passaro

    a se preocupar com as questes relacionadas conservao da biodiversidade e sero atores quemultiplicaro para um nmero maior de pessoas os benefcios de um ambiente equilibrado.

    Apesar deste projeto ter incio, meio e fim, a equipe de educao ambiental trabalhou para queas atitudes dos atores sociais permanecessem e transformassem a realidade local. Inmeras foramas pessoas a quem os tcnicos reproduziram os temas tratados; os professores reproduziram paracentenas de alunos, alunos repassando para outros alunos, produtores rurais passando a pensarmais em sustentabilidade econmica, social e ambiental e assim sucessivamente, promovendo aampliao do respeito pela natureza.

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