editorial tribuna trabalho conjunto ••• cibelli...

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Sexta-feira, 20 de julho de 2018 2 portalnews.com.br Sidney Antonio de Moraes Diretor-presidente/Diretor Administrativo e Financeiro Sônia Massae de Moraes Diretora Vice-Presidente e Jornalista Responsável - MTB: 36037 Redação, Administração, Publicidade e Gráfica: Rua Carlos Lacerda, 21, Vila Nova Cintra, Mogi das Cruzes, SP - Cep: 08745-200 / Fone: 4735.8000 De terça-feira a domingo em Mogi das Cruzes, Suzano, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Arujá, Guararema, Biritiba Mirim, Salesópolis e Santa Isabel Circulação EDITORIAL Trabalho conjunto A estiagem provocada pela falta de chuvas e a predominância do tempo mais seco, com baixas umidades do ar e temperaturas oscilando entre 10 e 20 graus, é propícia para a ocorrência de focos de incên- dio, principalmente em matas na área rural e em terrenos localizados nas margens das rodovias. Essa situação é comum nos meses do inverno, o que deixa em alerta as unida- des do Corpo de Bombeiros. Um levantamento sobre a ocorrência de queimadas realizado pelo 17º Grupamento de Mogi, responsável por oito cidades na re- gião do Alto Tietê, revelou um crescimento assustador de 237% na quantidade de ca- sos atendidos pela corporação no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2017. São, em números absolutos, 135 contra 456. Somente o mês de maio deste ano, isoladamente, teve o re- gistro de 167 atendimentos, superando o vo- lume anotado em todo o semestre de 2017. Apesar do esforço no sentido de conscienti- zar a população para evitar o surgimento dos focos de incêndio, o Corpo de Bombeiros luta, na maioria das vezes, contra os chamados fa- tores imponderáveis. A experiência no comba- te às queimadas dá uma certa dianteira, com a análise das causas e as formas encontradas para evitá-las. Mas jamais será possível prever com exatidão onde as ocorrências se darão. Nesse sentido, resta ampliar as campanhas de prevenção com a distribuição de cartilhas educativas, como já é feito pelos bombeiros, além dos cuidados básicos, como não jogar pontas de cigarro nas estradas e nem soltar balões. Por sua vez, os moradores do cam- po devem ficar atentos para não acumular mato cortado e seco, manter terrenos limpos e sempre verificar qualquer sinal de fumaça. As condições climáticas não contribuem favoravelmente e o descuido da popula- ção continua sendo o principal fator para a ocorrência dos incêndios. Existem ações que necessitam do empenho de várias frentes, tanto da comunidade como dos órgãos pú- blicos responsáveis. O Corpo de Bombeiros combate, previne e alerta, ou seja, faz a sua parte. Sem a contribuição ativa das pessoas, as estatísticas continuarão, infelizmente, au- mentando ano a ano. CHARGE Festa O Grupo de Síndicos da Vila Urupês, em Suzano, realizará no dia 28 de ju- lho a 3ª edição de sua Festa Julina. O evento, organizado por condomí- nios residências do bairro, acontece- rá das 13 às 21 horas, entre as ruas Martha e Ipês. Parceria 99 A 99, empresa de mobilidade urbana que integra a chinesa DiDi Chuxing, está fazendo uma parceria com a ONG Gerando Falcões, comandada por Edu- ardo Lyra, para capacitar e auxiliar a geração de renda da comunidade de Poá. A parceria prevê que funcionários da 99 sejam professores em um pro- grama de qualificação de jovens para mercado de trabalho. Inauguração O evento de inauguração do projeto será neste sábado, na sede da ONG, na rua Niterói, Vila Santa Helena, e terá a presença do presidente da 99, Matheus Moraes, e dos 20 alunos se- lecionados para participarem da ca- pacitação. ••• CIBELLI MARTHOS redacao@jornaldat.com.br TRIBUNA Lento Segue em ritmo bastante lento a se- gunda fase das obras da nova estação de trem de Suzano, que inclui a cons- trução da segunda plataforma e do me- zanino . Em janeiro foi instalada a pla- ca informando o início dos trabalhos, mas pouca coisa foi feita desde então. Canteiro Na ocasião, a CPTM informou que a em- presa contratada para a execução da obra, Trail Infraestrutura, estava estu- dando a melhor forma para a implan- tação do canteiro e o planejamento do serviço, quanto à segurança do traba- lho e ao meio ambiente. Até o momen- to, apenas o canteiro é vista no local. Perigo Chama a atenção a quantidade de me- ninos empinando pipas nas margens da estrada Mário Covas, especialmen- te na altura do bairro Miguel Badra, em Suzano. O risco de atropelamen- tos no local é grande, especialmen- te neste mês de férias. Os motoristas que trafegam pelo local precisam fi- car atentos. Desde criança, ouço, dos meus pais e das pessoas mais experientes, frases como “ o seu direito termina quan- do começa a do outro” ou “ quando um não quer, dois não brigam”. Muito embo- ra curtas, as frases são car- regadas de sabedoria, vin- do a acender a lâmpada das nossas mentes. Dizeres que, se observados diariamente, evitariam diversos conflitos sociais e, dessa forma, mini- mizariam os impactos nega- tivos causados pelos crimes que assolam e assustam a comunidade. Sim! Mini- mizariam os impactos dos crimes e digo isso porque boa parte são iniciados por desentendimentos pessoais, gerados pela prepotência, ar- rogância e pela intolerância dos envolvidos. Reflexão Felício Kamiyama é coronel da Polícia Militar e mestre em Ciências Políticas de Segurança e Ordem Pública. ARTIGO Felício Kamiyama Sempre esperamos que o comportamento civilizado advenha do próprio cida- dão, o qual, consciente da necessidade de um conví- vio harmônico, adquiridos da formação familiar e reli- giosa, adote procedimentos de respeito e consideração. Em que pese, seja essa a es- perança, nem todos se com- portam de maneira civilizada e, em função disso, leis são necessárias para regular as atitudes, bem como respon- sabilizar os seus infratores. Assim ocorre com o mo- torista embriagado, o qual mesmo sabendo do poten- cial lesivo de sua conduta, se arrisca em dirigir. Reflexão é o que falta aos causadores do problema. Casa é o local sagrado, onde recarregamos nossas energias. Por isso a lei pune aquele que, sem auto- rização do morador, adentra em seu interior ou nos seus limites. Tamanha é a impor- tância da privacidade e do descanso que a lei também pune aquele que virtualmente, por meio de barulho ou som elevados, invade a residência alheia, causando ansiedade, intranquilidade e nervosis- mo em seus habitantes. Me refiro a perturbação do sos- sego alheio. Se observadas as regras so- ciais e agindo o cidadão com responsabilidade e amor ao próximo, não existiria essas infrações que hoje toma a maior parte do tempo dos profissionais de segurança pública, e não havendo, por- tanto, a necessidade do em- prego policial, pois a polícia tem muito mais o que fazer. editor@moginews.com.br

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Sexta-feira, 20 de julho de 20182 portalnews.com.br

Sidney Antonio de MoraesDiretor-presidente/Diretor Administrativo e Financeiro

Sônia Massae de MoraesDiretora Vice-Presidente e Jornalista Responsável - MTB: 36037

Redação, Administração, Publicidade e Grá� ca: Rua Carlos Lacerda, 21, Vila Nova Cintra,Mogi das Cruzes, SP - Cep: 08745-200 / Fone: 4735.8000

De terça-feira a domingo em Mogi das Cruzes, Suzano, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Arujá, Guararema, Biritiba Mirim, Salesópolis e Santa Isabel

Circulação

EDITORIALTrabalho conjunto

A estiagem provocada pela falta de chuvas e a predominância do tempo mais seco, com baixas umidades do ar e temperaturas oscilando entre 10 e 20 graus, é

propícia para a ocorrência de focos de incên-dio, principalmente em matas na área rural e em terrenos localizados nas margens das rodovias. Essa situação é comum nos meses do inverno, o que deixa em alerta as unida-des do Corpo de Bombeiros.

Um levantamento sobre a ocorrência de queimadas realizado pelo 17º Grupamento de Mogi, responsável por oito cidades na re-gião do Alto Tietê, revelou um crescimento assustador de 237% na quantidade de ca-sos atendidos pela corporação no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2017. São, em números absolutos, 135 contra 456. Somente o mês de maio deste ano, isoladamente, teve o re-gistro de 167 atendimentos, superando o vo-lume anotado em todo o semestre de 2017.

Apesar do esforço no sentido de conscienti-zar a população para evitar o surgimento dos focos de incêndio, o Corpo de Bombeiros luta,

na maioria das vezes, contra os chamados fa-tores imponderáveis. A experiência no comba-te às queimadas dá uma certa dianteira, com a análise das causas e as formas encontradas para evitá-las. Mas jamais será possível prever com exatidão onde as ocorrências se darão.

Nesse sentido, resta ampliar as campanhas de prevenção com a distribuição de cartilhas educativas, como já é feito pelos bombeiros, além dos cuidados básicos, como não jogar pontas de cigarro nas estradas e nem soltar balões. Por sua vez, os moradores do cam-po devem fi car atentos para não acumular mato cortado e seco, manter terrenos limpos e sempre verifi car qualquer sinal de fumaça.

As condições climáticas não contribuem favoravelmente e o descuido da popula-ção continua sendo o principal fator para a ocorrência dos incêndios. Existem ações que necessitam do empenho de várias frentes, tanto da comunidade como dos órgãos pú-blicos responsáveis. O Corpo de Bombeiros combate, previne e alerta, ou seja, faz a sua parte. Sem a contribuição ativa das pessoas, as estatísticas continuarão, infelizmente, au-mentando ano a ano.

CHARGE

Festa

O Grupo de Síndicos da Vila Urupês, em Suzano, realizará no dia 28 de ju-lho a 3ª edição de sua Festa Julina. O evento, organizado por condomí-nios residências do bairro, acontece-rá das 13 às 21 horas, entre as ruas Martha e Ipês.

Parceria 99

A 99, empresa de mobilidade urbana que integra a chinesa DiDi Chuxing, está fazendo uma parceria com a ONG Gerando Falcões, comandada por Edu-ardo Lyra, para capacitar e auxiliar a geração de renda da comunidade de Poá. A parceria prevê que funcionários da 99 sejam professores em um pro-grama de qualifi cação de jovens para mercado de trabalho.

Inauguração

O evento de inauguração do projeto será neste sábado, na sede da ONG, na rua Niterói, Vila Santa Helena, e terá a presença do presidente da 99, Matheus Moraes, e dos 20 alunos se-lecionados para participarem da ca-pacitação.

••• CIBELLI MARTHOS [email protected]

TRIBUNA

Lento

Segue em ritmo bastante lento a se-gunda fase das obras da nova estação de trem de Suzano, que inclui a cons-trução da segunda plataforma e do me-zanino . Em janeiro foi instalada a pla-ca informando o início dos trabalhos, mas pouca coisa foi feita desde então.

Canteiro

Na ocasião, a CPTM informou que a em-presa contratada para a execução da obra, Trail Infraestrutura, estava estu-dando a melhor forma para a implan-tação do canteiro e o planejamento do serviço, quanto à segurança do traba-lho e ao meio ambiente. Até o momen-to, apenas o canteiro é vista no local.

Perigo

Chama a atenção a quantidade de me-ninos empinando pipas nas margens da estrada Mário Covas, especialmen-te na altura do bairro Miguel Badra, em Suzano. O risco de atropelamen-tos no local é grande, especialmen-te neste mês de férias. Os motoristas que trafegam pelo local precisam fi -car atentos.

Desde criança, ouço, dos meus pais e das pessoas mais experientes, frases como “ o seu direito termina quan-do começa a do outro” ou “ quando um não quer, dois não brigam”. Muito embo-ra curtas, as frases são car-regadas de sabedoria, vin-do a acender a lâmpada das nossas mentes. Dizeres que, se observados diariamente, evitariam diversos confl itos sociais e, dessa forma, mini-mizariam os impactos nega-tivos causados pelos crimes que assolam e assustam a comunidade. Sim! Mini-mizariam os impactos dos crimes e digo isso porque boa parte são iniciados por desentendimentos pessoais, gerados pela prepotência, ar-rogância e pela intolerância dos envolvidos.

Reflexão

Felício Kamiyama é coronel da Polícia Militar e mestre em Ciências Políticas de Segurança e Ordem Pública.

ARTIGOFelício Kamiyama

Sempre esperamos que o comportamento civilizado advenha do próprio cida-dão, o qual, consciente da necessidade de um conví-vio harmônico, adquiridos da formação familiar e reli-giosa, adote procedimentos de respeito e consideração. Em que pese, seja essa a es-perança, nem todos se com-portam de maneira civilizada e, em função disso, leis são necessárias para regular as atitudes, bem como respon-sabilizar os seus infratores.

Assim ocorre com o mo-torista embriagado, o qual mesmo sabendo do poten-cial lesivo de sua conduta, se arrisca em dirigir. Refl exão é o que falta aos causadores do problema. Casa é o local sagrado, onde recarregamos nossas energias. Por isso a lei

pune aquele que, sem auto-rização do morador, adentra em seu interior ou nos seus limites. Tamanha é a impor-tância da privacidade e do descanso que a lei também pune aquele que virtualmente, por meio de barulho ou som elevados, invade a residência alheia, causando ansiedade, intranquilidade e nervosis-mo em seus habitantes. Me refi ro a perturbação do sos-sego alheio.

Se observadas as regras so-ciais e agindo o cidadão com responsabilidade e amor ao próximo, não existiria essas infrações que hoje toma a maior parte do tempo dos profi ssionais de segurança pública, e não havendo, por-tanto, a necessidade do em-prego policial, pois a polícia tem muito mais o que fazer.

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