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Comunidades: Benavente, Barrosa, Coutada Velha e Foros da Charneca ANO V N.º 61 Julho/Agosto 11 L Boletim on line www.paroquiadebenavente.com 4 HORÁRIO DAS CELEBRAÇÕES Domingo Barrosa* 09:00 Coutada Velha 09:00 Foros Charneca 10:30 Benavente 12:00 *Alterna com Celebração da Palavra Vespertina (sábado) Benavente 18:00 Confissoões De 2º a Sábado a seguir às Eucaristias Jovem prepara-te! 16-21/08/2011 Jornada Mundial Juventude Horário das missas de semana: 2ª a 6ª Feira: 8.30h - Matriz, excepto: 4ª - 18.00h - Misericórdia Horário abertura igreja: Semana: 8.30h - 12.30h e 15h - 17h Sáb: 9.30h-12.30h e 14.30h-19h Domingo:9.30h - 13h Encerra à 4ª feira Pag. 2 Assembleias familiares Animador(a) Local Dia Hora Berta s/ casa 21 Berta Madalena 21 Berta Teresa Rocha 2ª 21 Berta igr. Charneca 21 Susete s/ casa 21 Margarete s/ casa 15 Natividade s/ casa 21 Fatinha s/ casa 21 Arménia igr. C. Velha Sáb. 15 Boletim (in)formativo paroquial Redacção e Composição: Pe.Tarcísio Pinheiro Colaboradores nesta edição: Impressão: 400 ex. Gráfica de Benavente Paróquia de Benavente, Praça da República, nº 24 2130-037 BENAVENTE Tel/fax: 263589244 Web site: www.paroquiadebenavente.com E-mail: [email protected] [email protected] Ana Sofia Augusto O BARCO DO AVÔ Conto Popular Marisa vivia com a mãe e o avô numa casita com vista para o mar. O avô era pescador e navegava no seu barquito, que tinha uma vela castanha, pelas águas do porto. Umas vezes, o avô pescava perto da costa e Marisa gostava de ver o barquito serpentear por entre as rochas e as enseadas da baía. Noutras, partia ao cair da noite e então Marisa ficava a ver o barco embrenhar-se no vermelho dourado do crepúsculo. A seguir ia para a cama, satisfeita por saber que, quando o Sol despertasse por detrás dos montes, veria a vela castanha regressar à luz ténue da aurora. Quando isso acontecia, Marisa e a mãe desciam até à ponta do molhe para se despedirem dele com grandes acenos, e o barco, levado pelo movimento da maré, mergulhava na neblina do horizonte, parecendo afundar-se naquela imensidão de onde apenas emergia a ponta do seu mastro. Depois, quando o próprio mastro desaparecia, Maria e a mãe ficavam completamente sós. — Ele vai voltar — prometia-lhe sempre a mãe. Por vezes, Marisa até sabia em que maré ele iria regressar, e nessas alturas corria para o cimo do monte que ficava por detrás da casa e não tirava os olhos do mar até a ponta do mastro surgir no horizonte. — Vem aí o avô, vem aí o avô! — gritava entusiasmada. Então, ela e a mãe corriam para a ponta do molhe para acenarem para o barco cuja vela castanha se agitava cada vez mais perto até que, por fim, tornavam a ver a cara sorridente do avô. Também havia alturas em que os dias passavam sem ele voltar, o que deixava a mãe de Marisa muito preocupada: — Estamos na época das tempestades — explicava então Marisa — e o avô pode ainda demorar sabe-se lá quanto tempo. No entanto, continuava à espera de o ver regressar. — Se a viagem foi perigosa, o avô ainda estará mais ansioso por nos ver — dizia. Marisa aprendeu a reconhecer quando a maré estava alta, pois era a altura mais propícia para o barco entrar no porto. Era então que ia à procura dele. Chegava a passar uma semana à espera ou mesmo duas... mas acontecia sempre o mastro aparecer e o avô voltar. — Às vezes desejo que o avô não saia para o mar para não nos deixar sozinhas — disse-lhe Marisa após uma viagem que tinha durado vários dias. — Vou fazer-te a vontade — suspirou o velho. — Já não sou tão forte como era dantes e por isso não me atrevo a ir para tão longe como costumava. A partir de agora não me afastarei muito... ando de cá para lá e de lá para cá durante o dia, enquanto a maré me ajudar. De início, Marisa ficou satisfeita porque assim tinha mais tempo para estar com o avô. (Cont. página 3) Creio, mas não pratico Por Dom Murilo S. R. Krieger, scj ,Arcebispo de São Salvador da Bahia Quando, num encontro de amigos, a conversa gira em torno de assuntos religiosos, é comum alguém declarar, com naturalidade e segurança: “Creio, mas não pratico!” Trata-se de uma afirmação que parece ser tão bem formulada, tão lógica, que, normalmente, ninguém a contesta. Assim, dias depois, noutro grupo, se a discussão for também sobre questões religiosas, é possível que alguém volte a fazer a mesma afirmação. Mais do que uma afirmação isolada, essa ideia de que se pode acreditar sem colocar em prática aquilo em que se acredita é tão comum que já se tornou uma mentalidade em muitos ambientes. A justificativa desse comportamento varia de pessoa para pessoa. Há aquela que deixou de lado a prática cristã pela decepção com um líder da comunidade; outra, sem perceber, abandonou, pouco a pouco, a sua vida de fé: passou tanto tempo sem ler a Palavra de Deus, sem rezar e sem participar na missa dominical que, quando notou, já havia organizado a sua vida de tal maneira que não havia mais espaço para expressões religiosas; outras pessoas tinham um conhecimento tão superficial de sua religião que, sem grandes questionamentos, a abandonaram. Há, também, as que procuram o batismo dos filhos, a missa de formatura ou de sétimo dia, tão somente como atos sociais. Afinal, é possível crer sem praticar? Algumas pessoas deixam a prática cristã com o argumento de que buscam uma maior autenticidade. Dizem não gostar de normas e ritos: preferem uma religião “mais espiritual”, sem estruturas. Esquecem-se de que somos seres humanos, não anjos. Os anjos não precisam de sinais, gestos e palavras para se relacionarem. Nós, ao contrário, usamos até o nosso corpo como meio de comunicação. Traduzimos os nossos sentimentos com um sorriso ou um aperto de mão, uma palavra ou uma palmadinha nas costas; fazemos questão de nos reunir com a família nos dias de festa e telefonamos para ao amigo, cumprimentando-o no dia de seu aniversário; damos uma rosa à nossa mãe e encantamos-nos com o gesto da criança que abre os seus braços para acolher o pai que chega. Como, pois, relacionar-nos com Deus tão somente com a linguagem dos anjos, que nem conhecemos? A fé introduz-nos na família dos filhos e filhas de Deus; nela, é essencial a prática do amor a Deus e ao próximo. A nossa família cristã tem uma história, uma rica tradição e belíssimas celebrações. Pode ser que alguém não as entenda. Mas, antes de simplesmente ignorá-las ou, pior, de desprezá-las, não seria mais prudente procurar conhecê-las, penetrar no seu significado e descobrir os seus valores? O essencial, já escreveu alguém, é invisível aos nossos olhos. Não se pode querer uma fé sem gestos, com a desculpa da busca de maior autenticidade. O Pai eterno, quando nos quis demonstrar o seu amor, levou em conta a nossa maneira de ser, de pensar e agir. Mais do que expressar “espiritualmente” o seu amor, concretizou-o: enviou-nos o seu Filho, que habitou entre nós. Algumas Bíblias, em vez de traduzirem o ato descrito pelo evangelista João, na forma clássica – “e o Verbo se fez carne, e habitou entre nós” (Jo 1,14) –, preferem a expressão: “e armou a sua tenda no meio de nós”, para expressar a ideia de que Deus, em Jesus Cristo, passou a morar numa tenda ao lado da nossa. Na sua primeira carta, S. João dá um testemunho concreto dessa experiência de proximidade: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e o que as nossas mãos apalparam da Palavra da Vida (...) isso que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos, para que estejais em comunhão conosco” (1Jo 1,1.3). Ele considerou ter sido uma graça especial ter podido ouvir, ver e tocar o Filho de Deus. Jesus, por seu lado, tendo assumido a natureza humana, submeteu-se a ritos: passou noites em oração, foi ao Templo de Jerusalém e frequentou sinagogas. “Creio, mas não pratico”. A fé (“creio”) e a vida (“não pratico”) não podem estar assim separadas. Por sua própria natureza, devem estar unidas. Uma fé sem obras é morta; obras, mesmo que piedosas, sem fé tornam-se vazias. Editorial O sucesso está na relação Há dias liguei a TV quando estava a ser transmitido o conhecido programa da RTP1 “ Prós e Contras”, conduzido pele excelente jornalista Fátima Campos Ferreira. Estando em discussão o futuro do nosso país, interveio um jovem cheio de garra que de “geração rasca ou à rasca” não tem nada. Segundo percebi, está ligado a uma empresa que ajuda outras a ter sucesso empresarial. Perante um auditório muito atento ao que dizia, defendeu que é preciso acabar com a velha e ineficaz mentalidade que empresários e trabalhadores dessas empresas estão em campos opostos, sendo os patrões vistos sempre como os “maus da fita, os que exploram. Afirmou ser benéfica uma relação próxima e construtiva entre as duas partes como chave de sucesso. É preciso que o empresário motive o funcionário a sentir-se parte da empresa e a acreditar que o sucesso desta será também o seu sucesso. Interessante ainda o dizer que o recém formado a querer entrar no mercado de trabalho não pode ficar sentado a enviar currículos. A teoria pouco interessa. O que interessa é que este tenha “um produto para vender”, ou seja, traga algo de novo, de original, uma invenção que interesse às empresas e as faça acreditar que a ideia vai render. Por fim retive o seguinte: A relação empresa/ funcionário deverá ser próxima, utilizando a linguagem familiar do eu/tu. É o estilo de jovem lutador e inovador que Portugal precisa para sair do marasmo em que se encontra! (Cont. na Pág. 3) O Pastor da Arquidiocese de Évora, D. José Alves, esteve entre nós para administrar o Sacramento do Crisma. Matrícula na Disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica Mais uma vez lembramos a todos os encarregados de educação que podem inscrever os seus educandos na disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica logo no 1º ano do 1º Ciclo. Basta declarar na ficha de matrícula que querem a aula. Será uma preciosa ajuda para os mais novos adquirirem os verdadeiros valores humanos e cristãos. DATAS Barrosa C. Velha Charneca Benavente DATAS Barrosa C. Velha Charneca Benavente 09h00 09h00 10h30 12h00 09h00 09h00 10h30 12h00 03/07/11 Eucaristia C. Palavra Eucaristia Eucaristia 07/08/11 Eucaristia C. Palavra Eucaristia Eucaristia 10/07/11 C. Palavra Eucaristia Eucaristia Eucaristia 1408/11 C. Palavra Eucaristia Eucaristia Eucaristia 17/07/11 Eucaristia C. Palavra Eucaristia Eucaristia 15/08/11 --------- ---------- ---------- C. Palavra 23/07/11 --------- ----------- ------------- Eucaristia 20/08/11 ---------- ------------ ------------- Eucaristia 24/07/11 C. Palavra C. Palavra C. Palavra C. Palavra 21/08/10 C. Palavra C. Palavra C. Palavra C. Palavra 31/07/11 C. Palavra Eucaristia Eucaristia Eucaristia 28/08/11 C. Palavra Eucaristia Eucaristia Eucaristia Celebrações Dominicais de Julho e Agosto

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Page 1: Editorial L O sucesso está na Domingo relação · Comunidades: Benavente, Barrosa, Coutada Velha e Foros da Charneca ANO V N.º 61 Julho/Agosto 11 L Boletim on line  4

Comunidades: Benavente, Barrosa, Coutada Velha e Foros da Charneca ANO V N.º 61 Julho/Agosto 11

L

Boletim on linewww.paroquiadebenavente.com

4

HORÁRIO DAS

CELEBRAÇÕES

Domingo

Barrosa* 09:00

Coutada Velha 09:00

Foros Charneca 10:30

Benavente 12:00

*Alterna com Celebração da

Palavra

Vespertina (sábado)

Benavente 18:00

Confissoões

De 2º a Sábado a seguir

às Eucaristias

Jovem prepara-te!

16-21/08/2011

J o r n a d aM u n d i a lJuventude

Horário das missas de semana:

2ª a 6ª Feira: 8.30h - Matriz, excepto:4ª - 18.00h - Misericórdia

Horário abertura igreja:Semana:8.30h - 12.30h e 15h - 17hSáb:9.30h -12.30h e 14.30h-19hDomingo:9.30h - 13h Encerra à 4ª feira

Pag. 2

Assembleias familiaresAnimador(a) Local Dia Hora Berta s/ casa 5ª 21 Berta Madalena 4ª 21 Berta Teresa Rocha 2ª 21 Berta igr. Charneca 6ª 21 Susete s/ casa 3ª 21Margarete s/ casa 5ª 15Natividade s/ casa 3ª 21 Fatinha s/ casa 2ª 21Arménia igr. C. Velha Sáb. 15

Boletim (in)formativo paroquial

Redacção e Composição: Pe.Tarcísio Pinheiro

Colaboradores nesta edição:

Impressão: 400 ex. Gráfica de Benavente

Paróquia de Benavente,

Praça da República, nº 24

2130-037 BENAVENTE Tel/fax: 263589244

Web site: www.paroquiadebenavente.com

E-mail: [email protected]

[email protected]

Ana Sofia

Augusto

O BARCO DO AVÔ Conto Popular

Marisa vivia com a mãe e o avô numa casita com vista para o mar. O avô era pescador e navegava no seu barquito, que tinha uma vela castanha, pelas águas do porto. Umas vezes, o avô pescava perto da costa e Marisa gostava de ver o barquito serpentear por entre as rochas e as enseadas da baía. Noutras, partia ao cair da noite e então Marisa ficava a ver o barco embrenhar-se no vermelho dourado do crepúsculo. A seguir ia para a cama, satisfeita por saber que, quando o Sol despertasse por detrás dos montes, veria a vela castanha regressar à luz ténue da aurora. Quando isso acontecia, Marisa e a mãe desciam até à ponta do molhe para se despedirem dele com grandes acenos, e o barco, levado pelo movimento da maré, mergulhava na neblina do horizonte, parecendo afundar-se naquela imensidão de onde apenas emergia a ponta do seu mastro. Depois, quando o próprio mastro desaparecia, Maria e a mãe ficavam completamente sós. — Ele vai voltar — prometia-lhe sempre a mãe. Por vezes, Marisa até sabia em que maré ele iria regressar, e nessas alturas corria para o cimo do monte que ficava por detrás da casa e não tirava os olhos do mar até a ponta do mastro surgir no horizonte. — Vem aí o avô, vem aí o avô! — gritava entusiasmada.

Então, ela e a mãe corriam para a ponta do molhe para acenarem para o barco cuja vela castanha se agitava cada vez mais perto até que, por fim, tornavam a ver a cara sorridente do avô. Também havia alturas em que os dias passavam sem ele voltar, o que deixava a mãe de Marisa muito preocupada: — Estamos na época das tempestades — explicava então Marisa — e o avô pode ainda demorar sabe-se lá quanto tempo. No entanto, continuava à espera de o ver regressar. — Se a viagem foi perigosa, o avô ainda estará mais ansioso por nos ver — dizia. Marisa aprendeu a reconhecer quando a maré estava alta, pois era a altura mais propícia para o barco entrar no porto. Era então que ia à procura dele. Chegava a passar uma semana à espera ou mesmo duas... mas acontecia sempre o mastro aparecer e o avô voltar. — Às vezes desejo que o avô não saia para o mar para não nos deixar sozinhas — disse-lhe Marisa após uma viagem que tinha durado vários dias. — Vou fazer-te a vontade — suspirou o velho. — Já não sou tão forte como era dantes e por isso não me atrevo a ir para tão longe como costumava. A partir de agora não me afastarei muito... ando de cá para lá e de lá para cá durante o dia, enquanto a maré me ajudar. De início, Marisa ficou satisfeita porque assim tinha mais tempo para estar com o avô. (Cont. página 3)

Creio, mas não praticoPor Dom Murilo S. R. Krieger, scj ,Arcebispo de São Salvador da Bahia

Quando, num encontro de amigos, a conversa gira em torno de assuntos religiosos, é comum alguém declarar, com naturalidade e segurança: “Creio, mas não pratico!” Trata-se de uma afirmação que parece ser tão bem formulada, tão lógica, que, normalmente, ninguém a contesta. Assim, dias depois, noutro grupo, se a discussão for também sobre questões religiosas, é possível que alguém volte a fazer a mesma afirmação. Mais do que uma afirmação isolada, essa ideia de que se pode acreditar sem colocar em prática aquilo em que se acredita é tão comum que já se tornou uma mentalidade em muitos ambientes.A justificativa desse comportamento varia de pessoa para pessoa. Há aquela que deixou de lado a prática cristã pela decepção com um líder da comunidade; outra, sem perceber, abandonou, pouco a pouco, a sua vida de fé: passou tanto tempo sem ler a Palavra de Deus, sem rezar e sem participar na missa dominical que, quando notou, já havia organizado a sua vida de tal maneira que não havia mais espaço para expressões religiosas; outras pessoas tinham um conhecimento tão superficial de sua religião que, sem grandes questionamentos, a abandonaram. Há, também, as que procuram o batismo dos filhos, a missa de formatura ou de sétimo dia, tão somente como atos sociais.Afinal, é possível crer sem praticar? Algumas pessoas deixam a prática cristã com o argumento de que buscam uma maior autenticidade. Dizem não gostar de normas e ritos: preferem uma religião “mais espiritual”, sem estruturas. Esquecem-se de que somos seres humanos, não anjos. Os anjos não precisam de sinais, gestos e palavras para se relacionarem. Nós, ao contrário, usamos até o nosso corpo como meio de comunicação. Traduzimos os nossos sentimentos com um sorriso ou um aperto de mão, uma palavra ou uma palmadinha nas costas; fazemos questão de nos reunir com a família nos dias de festa e telefonamos para ao amigo, cumprimentando-o no dia de seu aniversário; damos uma rosa à nossa mãe e encantamos-nos com o gesto da criança que abre os seus braços para acolher o pai que chega. Como, pois, relacionar-nos com Deus tão somente com a linguagem dos anjos, que nem conhecemos?A fé introduz-nos na família dos filhos e filhas de Deus; nela, é essencial a prática do amor a Deus e ao próximo. A nossa família cristã tem uma história, uma rica tradição e belíssimas celebrações. Pode ser que alguém não as entenda. Mas, antes de simplesmente ignorá-las ou, pior, de desprezá-las, não seria mais prudente procurar conhecê-las, penetrar no seu significado e descobrir os seus valores? O essencial, já escreveu alguém, é invisível aos nossos olhos.Não se pode querer uma fé sem gestos, com a desculpa da busca de maior autenticidade. O Pai eterno, quando nos quis demonstrar o seu amor, levou em conta a nossa maneira de ser, de pensar e agir. Mais do que expressar “espiritualmente” o seu amor, concretizou-o: enviou-nos o seu Filho, que habitou entre nós. Algumas Bíblias, em vez de traduzirem o ato descrito pelo evangelista João, na forma clássica – “e o Verbo se fez carne, e habitou entre nós” (Jo 1,14) –, preferem a expressão: “e armou a sua tenda no meio de nós”, para expressar a ideia de que Deus, em Jesus Cristo, passou a morar numa tenda ao lado da nossa. Na sua primeira carta, S. João dá um testemunho concreto dessa experiência de proximidade: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e o que as nossas mãos apalparam da Palavra da Vida (...) isso que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos, para que estejais em comunhão conosco” (1Jo 1,1.3). Ele considerou ter sido uma graça especial ter podido ouvir, ver e tocar o Filho de Deus. Jesus, por seu lado, tendo assumido a natureza humana, submeteu-se a ritos: passou noites em oração, foi ao Templo de Jerusalém e frequentou sinagogas.“Creio, mas não pratico”. A fé (“creio”) e a vida (“não pratico”) não podem estar assim separadas. Por sua própria natureza, devem estar unidas. Uma fé sem obras é morta; obras, mesmo que piedosas, sem fé tornam-se vazias.

EditorialO sucesso está na

relaçãoHá dias liguei a TV quando estava a ser transmitido o conhecido programa da RTP1 “ Prós e Contras”, conduzido pele excelente jornalista Fátima Campos Ferreira.Estando em discussão o futuro do nosso país, interveio um jovem cheio de garra que de “geração rasca ou à rasca” não tem nada. Segundo percebi, está ligado a uma empresa que ajuda outras a ter sucesso empresarial. Perante um auditório muito atento ao que dizia, defendeu que é preciso acabar com a velha e ineficaz mentalidade que empresários e trabalhadores dessas empresas estão em campos opostos, sendo os patrões vistos sempre como os “maus da fita, os que exploram. Afirmou ser benéfica uma relação próxima e construtiva entre as duas partes como chave de sucesso. É preciso que o empresário motive o funcionário a sentir-se parte da empresa e a acreditar que o sucesso desta será também o seu sucesso.Interessante ainda o dizer que o recém formado a querer entrar no mercado de trabalho não pode ficar sentado a enviar currículos. A teoria pouco interessa. O que interessa é que este tenha “um produto para vender”, ou seja, traga algo de novo, de original, uma invenção que interesse às empresas e as faça acreditar que a ideia vai render.Por fim retive o seguinte: A relação empresa/ funcionário deverá ser próxima, utilizando a linguagem familiar do eu/tu.É o estilo de jovem lutador e inovador que Portugal precisa para sair do marasmo em que se encontra!

(Cont. na Pág. 3)

O Pastor da Arquidiocese de Évora, D. José Alves, esteve entre nós para administrar o Sacramento do Crisma.

Matrícula na Disciplina de Educação Moral e Religiosa CatólicaMais uma vez lembramos a todos os encarregados de educação que podem inscrever os seus educandos na disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica logo no 1º ano do 1º Ciclo. Basta declarar na ficha de matrícula que querem a aula. Será uma preciosa ajuda para os mais novos adquirirem os verdadeiros valores humanos

e cristãos.

DATAS Barrosa C. Velha Charneca Benavente DATAS Barrosa C. Velha Charneca Benavente

09h00 09h00 10h30 12h00 09h00 09h00 10h30 12h00 03/07/11 Eucaristia C. Palavra Eucaristia Eucaristia 07/08/11 Eucaristia C. Palavra Eucaristia Eucaristia

10/07/11 C. Palavra Eucaristia Eucaristia Eucaristia 1408/11 C. Palavra Eucaristia Eucaristia Eucaristia 17/07/11 Eucaristia C. Palavra Eucaristia Eucaristia 15/08/11 --------- ---------- ---------- C. Palavra

23/07/11 --------- ----------- ------------- Eucaristia 20/08/11 ---------- ------------ ------------- Eucaristia 24/07/11 C. Palavra C. Palavra C. Palavra C. Palavra 21/08/10 C. Palavra C. Palavra C. Palavra C. Palavra

31/07/11 C. Palavra Eucaristia Eucaristia Eucaristia 28/08/11 C. Palavra Eucaristia Eucaristia Eucaristia

Celebrações Dominicais de Julho e Agosto

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CALENDÁRIOLITÚRGICO

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Ano A10/07/11

XV Domingo ComumIs 55, 10-11: «A chuva faz a terra produzir»; Sl 64: A semente caiu em boa terra e deu muito fruto; Rom 8, 18-23: «As criaturas esperam a revelação dos filhos de Deus»; Mt 13, 1-23: «Saiu o semeador a semear»

17/07/11 XVI Domingo Comum

Sab 12, 13. 16-19: «Após o pecado dais lugar ao arrependimento»; Sl 85:Senhor, sois um Deus clemente e compassivo; Rom 8, 26-27: «O Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis»; Mt 13, 24-43: «Deixai-os crescer ambos até à ceifa»

24/07/11XVII Domingo Comum

1 Reis 3, 5. 7-12:« a sabedoria» Sl 118: Quanto amo, Senhor, a vossa lei!; Rom 8 , 28-30: «Predestinou-nos para sermos conformes à imagem do Seu Filho;» Mt 13, 44-52: «Vendeu tudo quanto possuía para comprar aquele campo»

31/07/11XVIII Domingo Comum

Is 55, 1-3:Vinde e comei; Sl 144: Abris, Senhor, as vossas mãos e saciais a nossa fome; Rom 8, 35. 37,39: Nenhuma criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que se manifestou em Cristo Jesus. Mt 14, 13-21: «Todos comeram e ficaram saciados.»

07/08/11XIX Domingo Comum

1 Reis 19, 9a. 11-13a:«Sai e permanece no monte à espera do Senhor» Sl 84: Mostrai-nos o vosso amor, dai-nos a vossa salvação; Rom 9, 1-5: «Quisera eu próprio ser separado de Cristo por amor dos meus irmãos;» Mt 14, 22-33: «Manda-me ir ter contigo sobre as águas»

14/08/11XX Domingo Comum

Is 56, 1. 6-7; Sl 66; Rom 11, 13-15. 29-32; Mt 15, 21-28

15/08/11Assunção da Virgem Maria

Ap 11, 19a; 12, 1-6a. 10ab: Sl44; 1 Cor 15, 20-27; Lc 1, 39-56

21/08/11XXI Domingo Comum

Is 22, 19-23; Sl 137; Rom 11, 33-36; Mt 16, 13-20

28/08/11XXII Domingo Comum

Jer 20, 7-9; Sl 62; Rom 12, 1-2; Mt 16, 21-27

04/09/11XXIII Domingo Comum

Ez 33, 7-9; Sl 94; Rom 13, 8-10; Mt 18, 15-20

Benavente História do Mês (Continuação da página 1) Programação mensal

1º Domingo- Domingo da partilha: Benavente, Barrosa, Coutada Velha, Foros da CharnecaNota: Durante os meses de Julho e Agosto está suspensa a restante programação.

Agenda Julho1103: 10h - Festa catequese Foros da Charneca 11 - 15 Retiro do clero da Arquidiocese de Évora

Agenda Agosto 1106 - 07: Festa Grande em honra de Nº Sª da Paz16 - 21: Jornada Mundial da Juventude - Madrid28: Festa de Foros da Charneca em honra de Nª Sª do Carmo

Porém, começou a reparar que, de dia para dia, ele estava cada vez mais frágil e debilitado, e quase já não saía de casa. — O avô já não vai para o mar? — perguntou Marisa ansiosamente. — O único barco em que eu agora irei navegar é o que me levará para o outro mundo — respondeu o avô a sorrir. Marisa suplicou-lhe: — Não vá! Nunca vá para lá! — disse-lhe a chorar. — Essa é a viagem para que eu sempre vivi — retorquiu-lhe serenamente o avô. — Explorei tudo o que me apeteceu neste mundo e agora anseio por descobrir o outro. Pouco tempo depois o avô de Marisa morreu. O sino da igreja da vila repicou solenemente quando o enterraram no cemitério que dava para o mar. — Adeus, avô — sussurrou Marisa à terra escura. A seguir correu sozinha para a ponta do molhe. — Adeus, avô — gritou à maré que baixava rapidamente. — Adeus, adeus. As águas foram-se afastando da costa e ela permaneceu à espera, tanto tempo quanto o barco do avô costumava levar até desaparecer no horizonte longínquo. Entretanto, chegou a mãe que se sentou a seu lado. — Já não o podemos ver — disse tristemente a mãe. — Mas creio que numa costa distante, numa outra terra, haverá alguém que o estará a ver chegar.

Lois Rock (org.) Contos e Lendas da tradição cristã

Lisboa, Editorial Verbo, 2006

Editorial (Continuação da págia 1)

Enquanto escutava com agrado este jovem empresário, pensava que o sucesso da vida cristã também tem bastante a ver com este espírito.Em geral os católicos não se sentem parte integrante da Igreja.Para a maioria, a Igreja é a hierarquia, a Instituição, e é vista com “maus olhos” , com distância. Procuram servir-se dela (Batismos, festas da catequese, casamentos, funerais, etc.) sem, no entanto, se preocuparem com o “produto” que tem para oferecer: a evangelização da sociedade.É preciso que os cristãos católicos dêem um” murro na mesa”, utilizando a expressão do referido jovem empresário, e se empenhem na Igreja à qual pertencem, preocupando-se com o seu crescimento qualitativo, levando Jesus Cristo ao coração das pessoas.Também na Igreja o segredo está na relação. A isto chamamos vivência comunitária da fé. É em comunidade que os cristãos se confrontam, com as suas virtudes e os seus defeitos, e aprendem a aceitar-se mutuamente. É aí que se aprende a relação eu/tu. Enquanto na Igreja Católica houver títulos (Doutor, Senhor, Engenheiro, Dom, Dona...não haverá verdadeira comunidade de irmãos; haverá sempre barreiras que impedem a relação e correção fraterna. É preciso outro espírito para que também a igreja saia do marasmo em que se encontra!

P. Tarcísio Pinheiro

Batismos em idade de catequese

Os batismos das crianças em idade de catequese celebraram-se no dia 05 de Junho. Foram batizados: Beatriz Isabel Fernandes, Gonçalo Galveia, Jéssica Correia, Layone Varjão. Nota: Luís Miguel Silva que não pode estar presente neste dia, foi batizado a 19 de Junho.

Sacramento da confirmação

Foi no dia 12 de Junho, às 11:30h, na Matriz de Benavente, Domingo de Pentecostes, que D. José Alves, arcebispo de Évora administrou o Sacramento do Crisma a 26 pessoas, jovens e adultos.

Profissão de Fé

A Profissão de Fé deste grande grupo de crianças realizou-se a 19 de Junho co solenidade: Bênção e entrega das cruzes antes do início da celebração, profissão de Fé em volta do altar, com participação activa das crianças ao longo da Eucaristia. No final, entrega de diplomas.

Primeira Comunhão

A Primeira Comunhão deste grupo do 4ª ano celebrou-se como é tradicional no significativo dia de Corpo de Deus. As crianças ficaram na Capela Mor bem junto do altar onde depois também comungaram. Seguiu-se a Procissão do Santíssimo e entrega de diplomas.

Estava um nevoeiro cerrado em Lisboa e um condutor não conseguia ver nada, então ao ver umas luzes vermelhas de um carro pensou logo: vou segui-las e assim não saio da estrada. A certa altura, o outro carro pára e como este ia muito perto do outro espeta-se pelo outro dentro. O motorista sai do carro aos berros: "Como é que o senhor faz uma travagem dessas sem fazer sinal nenhum??" "O quê? Ia fazer sinal dentro da minha garagem ??!!"

Pensamentos Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, e depois perdem o dinheiro para a recuperar. Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro. Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se não tivessem vivido... (Confúcio)

Encerramento da catequeseNo passado dia 18 de Junho realizou-se o encerramento da

catequese 2010-2011. Foi organizado pelo Conselho Permanente da

Catequese, no qual todas as crianças e os jovens da catequese foram

convidados a participar numa celebração totalmente dedicada aos mais

novos.

Após a vivência espiritual, onde alguns dos familiares também

participaram, as crianças e os jovens puderam conviver um pouco mais,

num fantástico lanche partilhado, trazido por todos eles.

Desde já muitos parabéns por mais um ano catequético,

parabéns a todos os catequistas e claro, a todas as crianças e

jovens...pelas quais nos dedicamos, estando ao serviço do Senhor! Umas

boas férias a todos. Ana Sofia Augusto

No parque de estacionamento de um Supermercado:

Penso ter sido uma mulher que sabia ler...

O placar diz:

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Outro caso de carros