edital 8ºcni 2014

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Página 1 de 13 CONCURSO NACIONAL DE IDÉIAS PARA REFORMA URBANA 2014 A FeNEA Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, PROMOTORA e ORGANIZADORA, juntamente com a FNA Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas como COORGANIZADORA, instituem o 8º Concurso Nacional de Ideias para Reforma Urbana, com o tema: Espaços de resistência: as práticas antagônicas ao processo de gentrificação. 1. APRESENTAÇÃO “Entre os subsistemas e as estruturas consolidadas por diversos meios (coação, terror, persuasão ideológica) existem buracos, às vezes abismos. Esses vazios não provem do acaso. São também os lugares do possível. Contém os elementos deste possível, elementos flutuantes ou dispersos, mas não a força capaz de os reunir. Mais ainda: as ações estruturantes e o poder do vazio social tendem a impedir a ação e a simples presença de semelhante força. As instâncias do possível só podem ser realizadas no decorrer de uma metamorfose radical.” (LEFEBVRE, 2004) A Reforma Urbana pode ser parcial e resumidamente entendida através do “direito à cidade”, termo que, por sua vez, exprime uma concepção de espaços democráticos de maneira que a ideia de “público” fosse, de fato, concretizada e se tornasse comum a toda a população. O acesso livre aos recursos, tais como habitação, transporte, lazer etc., é um direito que deveria ser igualmente oferecido a todos pelo Estado. Numa abordagem mais objetiva ao presente Edital, entende-se que a luta pela Reforma Urbana - e, portanto, pelo direito de acesso aos meios de produção e reprodução da vida nas cidades - se torna uma referência de oposição à lógica capitalista presente nas grandes cidades brasileiras. As dinâmicas da especulação imobiliária aliadas ao desejo de segregação sócio espacial atravessam o âmbito privado e atingem a esfera pública quando se tornam um dos principais fatores para os inúmeros processos ocorridos nos grandes centros urbanos atualmente. Essa discussão engloba conceitos extremamente profundos que se entrelaçam em redes e cadeias e que tentam explicar as transformações ocorridas ao longo dos tempos no espaço.

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CONCURSO NACIONAL DE IDÉIAS PARA REFORMA URBANA 2014

A FeNEA – Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, PROMOTORA e

ORGANIZADORA, juntamente com a FNA – Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas como

COORGANIZADORA, instituem o 8º Concurso Nacional de Ideias para Reforma Urbana, com o tema:

Espaços de resistência: as práticas antagônicas ao processo de gentrificação.

1. APRESENTAÇÃO

“Entre os subsistemas e as estruturas consolidadas por diversos meios (coação,

terror, persuasão ideológica) existem buracos, às vezes abismos. Esses vazios não

provem do acaso. São também os lugares do possível. Contém os elementos deste

possível, elementos flutuantes ou dispersos, mas não a força capaz de os reunir.

Mais ainda: as ações estruturantes e o poder do vazio social tendem a impedir a

ação e a simples presença de semelhante força. As instâncias do possível só podem

ser realizadas no decorrer de uma metamorfose radical.” (LEFEBVRE, 2004)

A Reforma Urbana pode ser parcial e resumidamente entendida através do “direito à cidade”,

termo que, por sua vez, exprime uma concepção de espaços democráticos de maneira que a ideia de

“público” fosse, de fato, concretizada e se tornasse comum a toda a população. O acesso livre aos

recursos, tais como habitação, transporte, lazer etc., é um direito que deveria ser igualmente oferecido

a todos pelo Estado. Numa abordagem mais objetiva ao presente Edital, entende-se que a luta pela

Reforma Urbana - e, portanto, pelo direito de acesso aos meios de produção e reprodução da vida nas

cidades - se torna uma referência de oposição à lógica capitalista presente nas grandes cidades

brasileiras.

As dinâmicas da especulação imobiliária aliadas ao desejo de segregação sócio espacial

atravessam o âmbito privado e atingem a esfera pública quando se tornam um dos principais fatores

para os inúmeros processos ocorridos nos grandes centros urbanos atualmente. Essa discussão

engloba conceitos extremamente profundos que se entrelaçam em redes e cadeias e que tentam

explicar as transformações ocorridas ao longo dos tempos no espaço.

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“Para as classes médias, reconquistar a cidade implica muito mais do que somente

obter um apartamento gentrificado. Uma nova ‘gentrificação complexa’ e

institucional inaugura agora uma renovação urbana de dimensão classista. Essa

gentrificação classista complexa conecta o mercado financeiro mundial com os

promotores imobiliários (grandes e médios), com o comércio local, com agentes

imobiliários e com lojas de marcas, todos estimulados pelos poderes locais, para os

quais os impactos sociais serão doravante mais assegurados pelo mercado do que

por sua própria regulamentação; a lógica do mercado, e não mais os financiamentos

dos serviços sociais, é o novo modus operandi das políticas públicas”. (SMITH, 2006)

O CNI 2014 inicia sua proposta sugerindo uma reflexão em torno do termo “gentrificação” (do

inglês “gentry”, elite/nobreza), conceito que identifica um processo complexo que vem se

intensificando nas grandes cidades. Resumidamente, “gentrificação” poderia ser explicado pela

mudança da composição social de um determinado local, através de intervenções, públicas e/ou

privadas, e experiências de “renovação” de áreas centrais, justificadas na especulação imobiliária, que

impulsionam a valorização da terra e restringem a área àqueles cujo poder aquisitivo consegue arcar

com os novos custos de vida daquela região, expulsando os moradores originais.

As remoções e a “periferização” podem ser exemplificadas como consequências dos

processos de gentrificação: as pessoas são “realojadas” em regiões sem infraestrutura, afastadas do

centro e das facilidades que uma cidade oferece. Paralelo a isso, entram as questões relativas ao

direito à mobilidade, que passa a ser essencial para que se tenha acesso a outros serviços e direitos

básicos. No quadro atual de estímulo ao transporte individual e mercantilização dos serviços de

transporte coletivo, vemos claramente que a cidade, em suas variadas dimensões sociais e culturais,

não é acessível a todos. Os sistemas de circulação na cidade passam, então, a ser objeto de disputa e

controle de classes.

“[...] a construção de novos complexos de gentrificação nas áreas centrais, ao

redor do mundo, se tornam cada vez mais uma inatacável estratégia de

acumulação de capital para as economias urbanas em competição”. (SMITH, 2006)

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Várias comunidades no Brasil passam ou passaram por processos de gentrificação nos últimos

tempos. Isto foi percebido, por exemplo, na favela do Vidigal no Rio de Janeiro (RJ):

http://www.cartacapital.com.br/sociedade/gentrificacao-chega-ao-vidigal-e-pressiona-precos-dos-imoveis-8227.html

Focando o debate nas cidades brasileiras e em suas áreas centrais, pode-se observar uma fase

de mudanças na estrutura urbana dessas regiões, que recebem projetos que não contemplam a

permanência das práticas e manifestações sócio culturais já existentes nesse espaço, nem da sua

população original, pois essas não interessam aos empresários e investidores. Sob um discurso de

“revitalização” do ambiente urbano, as grandes corporações, geralmente através de parcerias público-

privadas, partem do princípio que os futuros projetos trarão a vida urbana que falta nesses locais,

denotando a irrelevância que atribuem às atividades regionais popularmente consolidadas.

“A ‘regeneração urbana’ não representa apenas a nova fase da gentrificação,

planejada e financiada em uma escala sem precedentes. A capacidade que essa

linguagem tem de anestesiar nossas análises críticas da gentrificação (...)

representa uma vitória ideológica considerável para as visões neoliberais da

cidade.” (SMITH, 2006)

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Por fim, entendendo todo o sistema no qual estamos inseridos, é necessário que pensemos

além dos modelos consolidados de intervenção no espaço urbano. As questões que o VIII Concurso

Nacional de Ideias traz para o debate sobre Reforma Urbana são desafiadoras: como resistir ao

processo de gentrificação ao investir em uma área sem infraestrutura? Como melhorar a qualidade de

vida da população e fortalecer a cultura local original nos moldes do sistema atual, instalando

infraestrutura e todos os equipamentos urbanos garantidos pela Lei? E, ainda nesse âmbito, qual é o

papel do arquiteto e urbanista na manutenção e garantia do direito à cidade e moradia digna? De que

maneira os estudantes de Arquitetura e Urbanismo de todo o país podem ocupar seu espaço nesse

debate, tomando frente nas discussões e propondo soluções e ações criativas em prol da Reforma

Urbana?

O desafio está lançado. Agora é com vocês!

2. OBJETIVOS GERAIS

2.1 O presente Concurso visa organizar, divulgar e orientar a seleção da solução mais nobre dentre

as propostas apresentadas para as questões levantadas neste edital, tendo como perspectiva geral a

interação de cada projeto apresentado com as problemáticas da gentrificação e temas correlatos da

luta pela Reforma Urbana.

2.2 Estimular os futuros arquitetos e urbanistas brasileiros a propor a melhoria da qualidade de

vida dos habitantes das suas cidades mediante a elaboração de ideias imaginativas e inovadoras,

levando em conta as condicionantes que existem no Brasil.

2.3 Estimular a produção e o desenvolvimento de novas alternativas construtivas, tecnológicas,

ambientais, jurídicas, cultural, social e economicamente sustentáveis, com vistas à otimização dos

recursos e reflexão sobre a realidade social e as soluções urbanísticas hoje empregadas;

2.4 Fomentar o debate sobre o direito à cidade no Brasil. Levando em consideração os aspectos

ambientais, sociais, econômicos e culturais de determinada região.

2.5 Incentivar que os alunos valorizem a cultura local e respeitem os conceitos de urbanização

variantes no nacional;

2.6 Refletir sobre a legislação vigente que trata da política urbana e temas correlatos;

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2.7 O Concurso se dará em uma única etapa, aberta à participação de todos os estudantes inscritos

no concurso, que deverão apresentar trabalhos em nível acadêmico de Arquitetura e Urbanismo, cuja

seleção dos primeiros classificados caberá à Comissão Julgadora a partir das propostas mais adequadas

às bases do Concurso, observados os aspectos de referencial teórico, plásticos, funcionais e

construtivos.

3. DOS OBJETIVOS ESPECÍFICOS

3.1 O objetivo específico do concurso é reunir análises, propostas e soluções para os conflitos de

terra relacionados à submissão das políticas públicas e iniciativas privadas no âmbito das intervenções

no espaço urbano, especificamente das que tratam dos espaços públicos e/ou áreas verdes na cidade.

3.2 Os trabalhos devem conter um tom crítico às práticas realizadas e refletir quanto à legislação

vigente, principalmente a Lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade), a Lei 11.124/05 (SNHIS), a Lei 6.766/79

(Parcelamento do solo urbano) e a Lei 11.888/08 (Assistência Técnica), além da Constituição Federal de

1988.

4. DA PARTICIPAÇÃO

4.1 Poderão participar todos os estudantes regularmente matriculados em um curso de

Arquitetura e Urbanismo no Brasil, ou formados neste curso no ano de 2013;

4.2 A participação poderá ser individual ou em equipe de até 4 (quatro) acadêmicos de Arquitetura

e Urbanismo, sendo que, dentre estes membros, fica permitida a participação de 2 (dois) acadêmicos

de outras áreas de conhecimento que estejam relacionadas à proposta do Concurso;

4.3 No caso de equipes (com as restrições descritas no item 4.2 do presente Edital), um dos

integrantes deverá ser devidamente identificado como responsável pelo projeto no ato da inscrição

(item 5.2 do presente Edital), o qual deverá ser um acadêmico regularmente matriculado em um curso

de Arquitetura e Urbanismo no Brasil, ou formado neste curso no ano de 2013 e que será o

responsável pelo contato da equipe/comissão organizadora;

4.4 Estão impedidos de participar deste Concurso:

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a) Estudantes que não estejam regularmente matriculados em algum curso de arquitetura e

urbanismo do Brasil ou curso de outra área do conhecimento, ou com certificado de

conclusão anterior ao explicitado no item 4.1 e 4.2;

b) Parentes dos integrantes das Comissões Julgadora Multidisciplinar e Organizadora.

c) A Diretoria da FeNEA;

d) Integrantes da Comissão Organizadora do XXXVIII Encontro Nacional de Estudantes de

Arquitetura e Urbanismo (ENEA Manaus);

e) Qualquer pessoa que tenha colaborado nos mais diversos âmbitos da organização do

Concurso, ou que de alguma forma tiveram contato durante o seu processo de organização.

5. INSCRIÇÃO

5.1 As inscrições estarão abertas a partir do dia 10 de Julho de 2014 e se encerrarão à meia noite

(23h59) do dia 12 de Setembro de 2014;

5.2 O candidato ou o representante da equipe deverá se cadastrar individualmente no portal

www.rgfenea.org;

5.3 O candidato OU o representante da equipe, depois de cadastrado, deverá preencher o

formulário de inscrição do 8º Concurso Nacional de Ideias adjunto à página de inscrições no portal

www.rgfenea.org;

5.4 A comissão organizadora confirmará via e-mail o recebimento do formulário e enviará o

número de identificação que deve conter nas pranchas de projeto;

5.5 A inscrição só será efetivada após o cumprimento do envio dos trabalhos no prazo e

juntamente com o comprovante de matricula e/ou diploma do(s) candidato(s);

5.6 O período de recebimento dos projetos se encerra no dia 15 de Setembro de 2014 somente

para grupos com inscrição. Os participantes deverão enviar suas propostas identificadas com seu

número de identificação, juntamente com o(s) comprovante(s) de matrícula e/ou diploma(s) do(s)

candidato(s) à Comissão Organizadora do concurso pelo e-mail [email protected]. As

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pranchas não podem conter outra identificação que não seja o número enviado à equipe após

confirmação da inscrição;

6. FORMATO DE APRESENTAÇÃO

6.1 Toda a apresentação da proposta deverá ser enviada via correio eletrônico. Os documentos

deverão estar em arquivos no formato PDF ou JPG. No conteúdo dos documentos não poderá haver

em hipótese alguma qualquer tipo de identificação que discrimine a equipe ou indivíduos

participantes.

6.2 No arquivo digital devem conter os arquivos conforme as especificações a seguir:

a) Memorial do projeto;

b) Proposta representada;

c) Resumo das propostas;

6.2.1 Memorial do projeto constando:

a) Lugar onde está inserido o projeto.

b) Carências e problemas detectados

c) Justificativa da solução proposta.

d) Apresentado em um arquivo tipo formato PDF com o nome memorial.pdf, com limite de

3 (três) folhas no tamanho de impressão A4 (21 cm X 29,7 cm) no sentido vertical. Texto

em fonte Arial, tamanho 12, títulos e subtítulos em negrito.

6.2.2 Proposta representada mediante:

a) Desenhos e imagens que expliquem claramente as ideias adotadas bem como a solução

apresentada.

b) Planta de localização da área: Contendo as informações relevantes para a compreensão

das propostas apresentadas e consideradas, a partir dos condicionantes apresentados

no item 7.7.

c) Planta de Implantação ou Situação.

d) Planta baixa das principais construções.

e) Informações adicionais.

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f) Apresentadas em, no máximo, 3 (três) arquivos *.pdf ou *.jpg, denominados prancha1,

prancha2 e prancha3. Cada arquivo (prancha) com tamanho inferior a 5MB configurada

no tamanho de impressão A2 (59,4 cm X 42 cm) no sentido horizontal.

6.2.3 Resumo da proposta:

a) Banner resumo (com dimensões 100 cm X 60 cm, com a maior dimensão na vertical)

que será utilizado para exposição durante o XXXVIII ENEA - Encontro Nacional dos

Estudantes de Arquitetura e Urbanismo, que acontecerá em Manaus-AM.

7. PROGRAMA ou CONDICIONANTES PROJETUAIS

7.1 Para melhor entendimento e representação da proposta lembramos que os requisitos básicos

aqui levantados são considerados mínimos. Novos pontos podem ser adicionados, mas as questões já

elencadas devem ser respondidas projetualmente.

7.2 Faz parte da iniciativa do participante do concurso aprofundar-se no tema, implantando

soluções inovadoras e criativas e criando os programas de necessidades que consideram oportunos.

7.3 O programa definitivo de necessidades deverá responder as conclusões da análise do lugar

(consultar os moradores locais tem grande valor) e será avaliado em função de sua originalidade e

adequação aos condicionantes.

7.4 A solução projetual pode envolver desde questões relacionadas à habitação, cultura,

identidade, saneamento, áreas livres, requalificação urbana, patrimônio, indígena, agrária, entre

outras, desde que estas se comuniquem com os objetivos gerais discriminados neste edital.

7.5 Cada ideia deve mostrar-se inserida no contexto a que pretende atingir. Isso levanta a

necessidade de planejamento ao longo do tempo, visualização do que a estrutura pública e privada

deve mobilizar para viabilizar a realização do projeto proposto.

7.6 As propostas serão analisadas de acordo com o nível em que afetam a escala da dinâmica das

cidades a que são destinadas.

7.7 Deve constar no parecer projetual as características do local onde será implementado o

projeto, como solo, relevo, vegetação, hidrologia, além de análise social e econômica, com destaque

nos aspectos particulares e de maior importância na proposta a ser apresentada.

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8. COMISSÃO JULGADORA

8.1 A Comissão Julgadora será composta por no mínimo 3 (três) membros que estejam inseridos

em áreas de trabalho relacionadas a Planejamento Urbano com enfoque nas questões de Espaços

Públicos e dos objetivos específicos deste concurso. A comissão julgadora será indicada pela comissão

organizadora. Estes membros devem ter formação em diferentes áreas, mostrando a

interdisciplinaridade do tema, mas é fundamental que arquitetos e urbanistas estejam presentes em

todo o processo.

8.2 A Comissão Julgadora Multidisciplinar deverá emitir parecer sobre cada uma das propostas

premiadas, de acordo com os critérios estabelecidos;

8.3 A Comissão Julgadora Multidisciplinar poderá, a seu critério, convidar consultores de modo a

orientá-la na análise das propostas apresentadas;

8.4 A Comissão Julgadora e os possíveis consultores não poderão ter orientado ou participado do

desenvolvimento dos trabalhos inscritos.

8.5 A Comissão Julgadora Multidisciplinar levará sempre em consideração as exigências do

presente Edital, as bases do Concurso, assim como incorporará ao julgamento todas as informações

adicionais fornecidas pelo arquiteto e urbanista consultor;

8.6 As reuniões da Comissão Julgadora Multidisciplinar serão secretas, podendo estar presentes

outros profissionais que possam assessorar em determinado tema, se requisitados pela própria

Comissão.

8.7 As reuniões da Comissão Julgadora Multidisciplinar serão de análise e de deliberação, só

podendo acontecer com a presença de todos os membros;

8.8 A Comissão Julgadora Multidisciplinar terá prazo até o dia anterior à plenária final do XXXVIII

ENEA Manaus 2014 para efetuar o julgamento e proferir seu veredicto, indicando as propostas

classificadas e elaborando a Ata de Julgamento;

8.9 Caso a Comissão Julgadora Multidisciplinar entender, poderá conceder Menções Honrosas para

quantos participantes forem merecedores.

8.10 O resultado oficial do Concurso ocorrerá na Plenária Final do XXXVIII ENEA Manaus 2014.

8.11 As decisões firmadas pela Comissão Julgadora Multidisciplinar serão finais e inapeláveis.

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9. AVALIAÇÃO

9.1 Serão selecionados os melhores projetos, de acordo com a avaliação da Comissão Julgadora

Multidisciplinar, dentro dos objetivos gerais e específicos do concurso.

9.2 Todo o trabalho deve se amparar nas leis e instrumentos do Estatuto da Cidade, no Plano

Diretor local, ou legislação municipal da área escolhida, apresentando posicionamento crítico.

10. PREMIAÇÃO

10.1 A premiação será dada aos três (3) melhores projetos:

1° lugar: R$2.500,00

2° lugar: R$1.500,00

3° lugar: R$1.000,00

10.2 Os participantes que receberem menções honrosas terão seus trabalhos publicados no site

www.fenea.org, além de outros espaços ainda não definidos, mas a serem divulgados no mesmo site.

10.3 A premiação será feita através de contato com os vencedores por parte da Comissão

Organizadora após o XXXVIII ENEA Manaus 2014.

11. EXPOSIÇÃO

11.1 Todos os trabalhos participantes poderão ser expostos no XXXVIII ENEA Manaus 2014, desde

que estejam de acordo com as normas de apresentação do concurso e desde que haja recursos para

tal. Haverá também uma exposição virtual dos trabalhos vencedores no site da FeNEA a ocorrer após a

divulgação dos trabalhos vencedores sem tempo determinado de veiculação (www.fenea.org). Ao

participar do concurso, considera-se que a FeNEA tem permissão para publicar e expor os projetos

com as devidas referências autorais nas mídias, eventos e veículos de informação que tenham ligação

com a temática proposta.

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12. BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

12.1 Portais de informação:

- Centro de Referência e Informação em Habitação - InfoHAB (http://www.infohab.org.br/)

- Programa de Tecnologia de Habitação - HABITARE (http://www.habitare.org.br/)

- Grupo de Geografia Urbana Crítica Radical - GESP (http://www.gesp.fflch.usp.br/)

- Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada - IPEA (http://www.ipea.gov.br/)

- Ministério das Cidades (http://www.cidades.gov.br/)

- União Nacional por Moradia Popular - UNMP (http://www.unmp.org.br/)

- Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – FeNEA

(http://www.fenea.org)

12.2 Livros e artigos:

ALEX, Sun. Projeto da praça: convívio e exclusão no espaço público. São Paulo: Senac São Paulo, 2008.

ARANTES, Otília; MARICATO, Ermínia; VAINER, Carlos. A cidade do pensamento único: desmanchando

consensos. Petrópolis: Vozes, 2000.

BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999.

GEHL, Jan. Cidade para pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2013.

JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. São Paulo: Centauro, 2004.

MARICATO, Ermínia. O impasse da política urbana no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2011.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência. Rio de Janeiro:

Record, 2010.

SMITH, Neil. A gentrificação generalizada: de uma anomalia local à “regeneração” urbana como

estratégia global. in BIDOU-ZACHARIASEN, Catherine (coord.). De volta à cidade: dos processos

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de gentrificação às políticas de “revitalização” dos Centros Urbanos. São Paulo: Annablume,

2006.

VILLAÇA, Flávio. O que todo cidadão precisa saber sobre habitação. São Paulo: Global, 1986.

VILLAÇA, Flávio. Reflexões sobre as cidades brasileiras. São Paulo: Studio Nobel, 2012.

12.3 Outras fontes:

- Carta Mundial pelo Direito à Cidade (http://www.fenea.org/gt-reforma-urbana)

- Lei 6.766/79, dispõe sobre o Uso e Parcelamento do Solo (http://www.fenea.org/gt-reforma-urbana)

- Lei 10257/01, Estatuto da cidade (http://www.fenea.org/gt-reforma-urbana)

- Projeto de Lei que altera a Lei nº 10.257, Estatuto da Cidade, do Deputado Chico Alencar

(http://www.chicoalencar.com.br/_portal/noticias_do.php?codigo=280)

- O direito à cidade - Piauí_82

(http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-82/tribuna-livre-da-luta-de-classes/o-direito-a-cidade)

13. CONVOCATÓRIA

13.1 A convocatória é aberta e pública, realizada aos estudantes de arquitetura e urbanismo do

Brasil.

14. DISPOSIÇÕES FINAIS

14.1 Fica assegurado à FeNEA, sem que caiba aos participantes qualquer tipo de reclamação ou

indenização, o direito de alterar as condições deste Edital, ou qualquer documento pertinente a ele,

fixando novo prazo, considerando que tal alteração deva ser divulgada em todos os meios de

comunicação utilizados pelo concurso.

14.2 Os inscritos aceitam, no ato da inscrição, em ceder seus trabalhos para eventuais publicações

dos mesmos, sem qualquer benefício pessoal de cunho financeiro ou ônus à comissão organizadora

deste Concurso.

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14.3 Os inscritos autorizam, no ato da inscrição, a divulgação de seus nomes e imagem para fins de

publicação dos trabalhos.

14.4 A inscrição no presente Concurso implica a total aceitação ao Edital em todos os seus termos e

condições, com expressa renúncia a quaisquer direitos eventualmente arguidos, ressalvados os

previstos em lei.

15. CRONOGRAMA CNI 2014

- Lançamento do concurso e do edital 10/07/14

- Inscrições 10/07/14 a 12/09/14

- Limite do recebimento dos projetos 15/09/14

- XXXVIII ENEA 27/09/14 a 04/10/14

- Período de exposição dos projetos Durante o XXXVIII ENEA

- Avaliação dos Projetos Durante o XXXVIII ENEA

- Premiação Plenária Final do XXXVIII ENEA

- Exposição virtual dos projetos vencedores Após o XXXVIII ENEA