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Ideflor-bio faz Monitoramen- to Ambiental na Festividade do Divino Espírito Santo Monte Alegre recebe progra- mação em comemoração à Semana do Meio Ambiente (p. 25-6) Governo do Pará cria Mo- numento Natural do Ata- laia (p. 9-10) Parque Estadual do Utinga renova diretrizes de Visitação Monitorada (p. 19) Informativo mensal Edição N.27 - Ano 4 - Maio de 2018

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Page 1: Edição N.27 - Ano 4 - Maio de 2018 Informativo mensal · 2018-10-30 · do Divino Espírito Santo Monte Alegre recebe progra-mação em comemoração à Semana do Meio Ambiente

Ideflor-bio faz Monitoramen-to Ambiental na Festividade

do Divino Espírito SantoMonte Alegre recebe progra-mação em comemoração à Semana do Meio Ambiente (p. 25-6)

Governo do Pará cria Mo-numento Natural do Ata-laia (p. 9-10)

Parque Estadual do Utinga renova diretrizes de Visitação Monitorada (p. 19)

Informativo mensal

Edição N.27 - Ano 4 - Maio de 2018

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Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade

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OPINIÃO

Monitoramento da Casa de Pedra: compromisso ambiental e social

O Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas (Pesam) é uma Unidade de Conservação constituída para preservar os ecossis-temas naturais englobados contra quaisquer alterações que os desvirtuem, conci-liando a proteção integral dos recursos naturais e das belezas cênicas, com a utilização para f ins científ i-cos, culturais, educacionais e recreacionais. O Parque possui quatro setores de vi-sitação e, no primeiro deles, a Casa de Pedra, acontece anualmente uma celebra-ção religiosa de grande im-portância para os morado-res da região do Araguaia. O Setor de Visitação 1 – Casa de Pedra recebe vi-sitantes e romeiros anu-almente, segundo dados do Plano de Manejo do Pesam, desde 1989. Isto é, desde antes da criação da Unidade. Os relatos de visi-tação ao Setor 1 do Pesam devem-se, principalmente, ao culto ao Espírito Santo. Uma tradição que segue o calendário católico e desen-volve-se por 9 dias no inte-rior do Parque.

Como a festividade está in-serida em um contexto ex-clusivo no estado do Pará, no interior de uma Área Protegida, dimensiona-se não só a grande importân-cia histórico-cultural dos festejos para a região, mas também a necessidade do constante Monitoramento Ambiental da Casa de Pe-dra durante os festejos.

Nesse contexto, durante o 29º Festejo do Divino Espí-rito Santo, celebrado entre 19 e 27 de maio, a equipe

da Gerência da Região Ad-ministrativa do Araguaia (GRA) e parceiros, realizou ações de monitoramento ambiental (indicadores am-bientais e sociais) e ordena-mento no Parque Estadual da Serra dos Martírios/An-dorinhas.

Nos indicadores ambien-tais, monitorou-se o forne-cimento da água, a produ-ção de resíduos sólidos e o uso da madeira. A f inalida-de deste monitoramento, durante o evento, é que haja sensibilização ao uti-lizar os recursos naturais do local, minimizando a extração de madeira, o uso consciente da água, bem como a produção e destina-ção adequada dos resíduos sólidos.

Nos indicadores sociais, houve a aplicação de diag-nósticos para o controle quantitativo de romeiros e visitantes e orientações para a preservação da bio-diversidade local. Também foram realizadas atividades de educação ambiental, com ginástica laboral, cole-ta seletiva do lixo, desenho de painéis e pintura, of ici-nas de reaproveitamento de materiais, além de palestras com temas relevantes sobre a água, o bom uso dos resí-duos sólidos, biodiversida-de do Parque e atividades lúdicas com apresentação de peças teatrais e teatro de mamelongos.

As atividades de educação ambiental, foco do monito-ramento, são fundamentais para a sensibilização dos romeiros e visitantes quan-to à importância dos re-cursos naturais existentes,

mostrando o papel deles na conservação da natureza, assim como o viés das ativi-dades lúdicas, que propor-ciona a interação da equipe técnica com crianças, jo-vens e adultos.

Em suma, a GRA busca, por meio do Monitoramento da Casa de Pedra, efetivar ações para o ordenamento das práticas desenvolvidas pelos visitantes e romeiros, visando a sensibilização ambiental e histórico-cul-tural, legitimando o senti-mento de pertencimento do Pesam às vidas das co-munidades que convivem com a presença da Ser-ra das Andorinhas, assim como a popularização e compreensão de seus ob-jetivos em ocasião da cele-bração cultural do Festejo do Divino Espírito Santo.

* Evandra Vilacoert - Geremte da Região Administrativa do Ara-guaia (GRA)

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Divino Espírito Santo é festejado com devo-ção, diversão e educa-ção ambiental

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As manhãs acordam nubladas na Casa de Pedra. Os fogos de artifício do Seu Caroço, às 4h da madrugada, marcam o despertar de mais um dia da Festividade do Divino Espírito Santo, comemorada anual-mente no Parque Estadual Serra dos Martírios/Andorinhas (Pesam), na região do Ara-guaia, sudeste paraense.

A Festividade iniciou no dia 19 de maio e dura uma semana, com final no dia 27 do mês. Durante o evento uma equipe técnica do Instituto de De-senvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio) fez o monitoramento ambiental da Casa de Pedra, o Setor de Visitação 1 do Pesam.

O festejo é celebrado já há 30 anos por habitantes das co-munidades que circundam a região do Araguaia e tem o formato de romaria. Dias an-tes do início oficial do evento crianças, jovens, adultos e, principalmente, senhores e senhoras entre os 60 e os 80 anos subiram a Serra das An-dorinhas até a Casa de Pedra, uma formação rochosa que fica a aproximadamente 570 metros acima do nível do mar.

A Casa é uma espécie de Igre-ja, onde acontecem as orações diárias ao Divino Espírito San-to, terceira figura da Santíssi-ma Trindade. As famílias que sobem a Serra ficam acam-padas em uma zona plana ao redor da Casa. Lá, os romeiros montam ranchos feitos de

madeira, lona ou folhas secas, e vivem de forma comunitária durante toda a semana.

O Monitoramento Ambiental feito pela Gerência da Região Administrativa do Araguaia (GRA/Ideflor-bio) auxilia na realização da Festividade, prin-cipalmente a fim de garantir a preservação do espaço do Pesam, que é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral.

“O que buscamos é trabalhar com os romeiros para que, durante o evento, eles utilizem de forma consciente os recur-sos naturais do espaço, evitan-do cortar madeira, produzir resíduos sólidos em excesso e também dar destinação ade-quada ao resíduo produzido, por exemplo”, conta Evandra Vilacoert, gerente da Região Administrativa do Araguaia.

Infraestrutura – Além das atividades de monitoramento e fiscalização do uso dos re-cursos naturais, o Ideflor-bio também realiza, durante a Fes-tividade, cadastramento dos romeiros e ações de educação ambiental, culturais e infraes-trutura na área. Uma das ações é a implantação de sistema de abastecimento de água para os acampamentos.

“Nós implantamos um sis-tema que traz água de uma nascente do Pesam para o acampamento. Esse sistema é formado por um motor-bom-ba, cerca de 800 metros de

tubulação para o transporte da água e uma caixa d’água onde se armazena e distribui a água aos romeiros. A utilização desse recurso também é mo-nitorada pela equipe”, explica Silviane Miranda, técnica do Ideflor-bio. Antes da implan-tação do sistema, os romeiros tinham de andar, diariamente, 800 metros para pegar água direto da nascente.

A equipe do Ideflor-bio faz, também, a análise galvano-métrica do lixo produzido por acampamento participante da festa. Essa análise permite levantar dados sobre a quanti-dade e o tipo de resíduo pro-duzido pelos romeiros durante a semana. “Nós comparamos esses dados com as informa-ções dos anos anteriores, o que possibilita criar um histórico do uso da água e da produção de resíduos durante a festi-vidade”, acrescenta Silviane Miranda.

Educação Ambiental e Cul-tura – Após a programação religiosa diária da Festividade, que acontece pela manhã, tarde e noite, o Ideflor-bio tam-bém organizou uma progra-mação cultural e de educação ambiental junto aos romeiros. A programação foi voltada aos participantes de todas as ida-des e abordou diversos temas.

Em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), foram realizadas atividades de ginástica laboral, oficinas de

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desenho e pintura, produção de objetos com garrafas pet, e produção de mandalas alu-sivas ao Divino Espírito Santo. Também foram realizadas palestras sobre temas como a importância da água, o bom uso dos resíduos sólidos e a biodiversidade do PESAM, es-pecialmente as cavernas que o Parque abriga e os quelô-nios amazônicos que vivem na região.

Alguns dos pontos altos da programação foram os mo-mentos lúdicos, no qual os servidores da Diretoria de Or-denamento, Educação e Des-centralização da Gestão Am-biental (Diored/Semas), Marcio Eokin e Gilton Moura, dirigiram e apresentaram peças teatrais,

teatro de mamelongos e a apresentação do palhaço Tio Arroz. Os momentos lúdicos fizeram sucesso entre as crian-ças e adultos que, em meio a gargalhadas, aprenderam um pouco mais sobre os bichos da caverna, os malefícios da queimada e os benefícios do uso consciente dos recursos naturais.

Para Gilton Moura, “essas ações lúdicas e educativas são fundamentais, pois favorecem uma proximidade com a co-munidade e estabelecem dis-cussões sobre a importância da floresta e da área conser-vada com os habitantes locais, jovens e adultos, apontando o papel deles na conservação da natureza. Além disso, todas

essas ações mostram também pra os romeiros que eles não estão abandonados; que o Governo, por meio do Ideflor-bio e da Semas, está ao lado deles”.

Festividade – A origem da Festividade tem várias versões. Uma delas é que a Casa de Pedra foi encontrada por ex-ploradores conhecidos como galegos na década de 60. Um agricultor da região de São Geraldo do Araguaia, Teodomi-ro Pereira, que participou da expedição junto com os gale-gos, fez, em 1974, um voto em nome de uma amiga chamada Conceição, que à época sofria de um mal com sintomas de depressão.

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“Nós viemos pra cá pagar esse voto. Era para ela [Conceição] vir descalça desde a estrada de Marabá até a Casa de Pe-dra, um percurso de aproxi-madamente 6km. Ela passou mal e então nós ficamos aqui, trouxemos os animais, dormi-mos na terra e de manhã reza-mos o terço. Depois ela ficou boa. Ai daí pra cá vieram os outros romeiros, a dona Zefo-na, o seu Raimundo Caroço e outros romeiros”, conta Maria Pereira, de 58 anos, romeira e filha de Teodomiro.

Dona Zefona é uma perso-nagem central na história da Festividade do Divino Espírito Santo. A ela é reputado o início da tradição de levar a Divinda-de e o Estandarte na romaria

e depositá-los no altar natural formado na Casa de Pedra, a partir de 1986.

Cada família de Romeiros – muitos deles acompanham a festividade desde o seu surgi-mento – traz, na subida, uma imagem do Divino Espírito Santo e também uma ban-deira com símbolo do Divino e faixas coloridas. Essas Divin-dades e Bandeiras identificam as famílias de romeiros e são repassadas de geração em ge-ração. “Esse ano nós estamos com cinco Divindades, mas já chegamos a ter 12”, conta seu Raimundo Caroço, 65, guar-dião das tradições da Festivi-dade.

O ritual da Festividade conta

com três momentos de ora-ção; o levantamento e der-rubada do mastro do Divino – feito de madeira e com uma bandeira do Divino Espírito Santo no topo; e o ritual de chegada das Divindades, em que as famílias que já estão no acampamento e aquelas que chegam fazem uma espécie de dança cujos passos são os movimentos entrelaçados dos Estandartes.

As orações são cantadas. Há uma música para abrir os trabalhos, há as músicas em intercessão dos mortos, há música para encerrar o dia de oração. Seu Raimundo Caro-ço conta que as melodias são tradicionais e foram passadas de pais para filhos. Acompa-

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nhando as letras, cantadas por diversos romeiros, mas baseadas, geralmente, em primeira e segunda voz, estão os tambores do seu Caroço e do seu Bráz, e também a sanfona do seu Lázaro.

Um outro ponto do ritual é a oração no Campo Santo, a alguns metros da Casa de Pedra. Lá estão enter-rados dois filhos da dona Raimunda Araújo, 73, filha

de dona Zefona. A reza no Campo Santo é feita pela parte da tarde apenas uma vez, nos últimos dias do fes-tejo. Dona Raimunda, ajo-elhada atrás do túmulo de seus filhos, chora enquanto os outros romeiros entoam o cântico: “Eu quando che-go em Campo Santo, quero cantar mas não posso…”

À exceção da oração no Campo Santo, os rituais se repetem diariamente até o

“derradeiro dia”, no domin-go, 27, em que aconteceu a derrubada do mastro do Divino. Então, um dia depois os romeiros des-montam o acampamento, juntam seus pertences e descem a Serra, com a promessa de sempre voltar, como diz o cântico: “Se nós sê vivo para o ano, para vós nós volta a cantar…”

Fotos: Dilermando Gadelha

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Festa na Serra

Minha SerraMinha LuaMeu céu de estrelas no chãoMinha Igreja de PedraFé no pé da montanhaAcompanha meu cora-çãoAbrigo de pobreAlbergue de pregrino

Luz religiosaFesta do DivinoComunidades se jun-tamVilas dão as mãosIgreja de Pedra é o centroDos pedidos e oraçõesMinha SerraMinha LuaConduz e guia osCaminhos do Coração

*Gilton Moura - poesia e dese-nho à mão

Fotos: Dilermando Gadelha

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Pará tem novo Monumento Natural

Atalaia, em Salinópolis

Fotos: DGBIO

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A nova Unidade de Con-servação (UC) da Natu-reza Estadual faz parte da categoria de manejo Monumento Natural e foi criada pelo Decreto estadual Nº 2.077, em maio de 2018. O Monu-mento será gerido pelo Instituto de Desenvol-vimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio), órgão responsável pela realização dos es-tudos, consulta pública e preparação dos docu-mentos legais necessá-rios ao processo de cria-ção da UC. O Monumento Natu-ral Atalaia possui uma área de 256,58 hectares, aproximadamente 256 campos de futebol, e é formado pelo lago da Coca-Cola e lagos de recarga no entorno; du-nas f ixas e móveis; a ve-getação de restingas; o manguezal; e pequenos igarapés. O monumen-to começa no limite do segundo acesso ao Ata-laia, segue ao fundo dos bares e restaurantes da praia, até próximo aos cocais, circunda pelos manguezais, e termina no limite das ruas dos

conjuntos habitacionais nas cercanias do Ata-laia. A nova UC faz parte do grupo de Proteção In-tegral, aquelas destina-das ao desenvolvimento de estudos e pesquisas científ icas, ecoturis-mo, recreação e lazer, educação ambiental e a conservação da na-tureza. O espaço não poderá ser usado para moradia e nem para exploração dos recursos naturais. Segundo Crisomar Lo-bato, Diretor de Ges-tão da Biodiversidade (DGBio) do Ideflor-bio, e coordenador do pro-jeto de criação da UC, o Monumento trará bene-f ícios para o município de Salinópolis e tam-bém para os turistas que utilizam o espaço para férias e veraneio. “O objetivo básico do Monumento Natural é preservar sítios natu-rais raros e singulares, como os lagos e as du-nas, que são únicos na área. Além disso, com a Gestão da UC, o espaço

será organizado e orde-nado, terá infraestrutu-ra e equipamentos que melhorarão o uso pú-blico e a educação am-biental dos f requenta-dores da praia, além de garantir a conservação desse Monumento de riquíssima beleza cêni-ca”, af irma o diretor. Para a criação da UC, a DGBio realizou estu-dos técnicos, além da consulta pública, em Salinas, para a apresen-tação da proposta de criação do Monumento. Os estudos compre-endem o meio f ísico (geologia, relevo, solo, hidrograf ia e clima), o meio biótico (fauna e flora), estudos socioe-conômicos e questão fundiária. Os estudos iniciaram em 2011, com o levantamento de re-cursos hídricos, princi-pal elemento da UC. Já a Consulta Pública, ba-seada nos dados levan-tados nos estudos, foi realizada em 2014, com aprovação unânime por aclamação e uma abs-tenção.

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O diretor de Gestão da Biodi-versidade (DGBio) do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio), Crisomar Lobato, e a Técnica de Criação de Unidades de Con-servação, Jocilete Ribeiro, en-tregaram à Prefeitura Municipal de Castanhal, na quinta-feira, 10, os documentos necessários para a criação do Parque Na-tural Municipal de Castanhal (PNMC). A entrega foi feita ao prefeito do município, Pedro Fi-lho, e à secretária municipal de Meio Ambiente, Lucia Porpino, na sede da Secretaria de Cultu-ra de Castanhal.

Dentre os documentos repassa-dos à Prefeitura estão o resumo dos estudos técnicos da área que comporá o Parque, relató-rio da consulta pública sobre a criação do espaço realizada em fevereiro e aprovada em ple-nária, além dos instrumentos legais, como a minuta do proje-to de lei municipal, o memorial descritivo do território, exposi-ção dos motivos e ficha técnica para a criação legal do PNMC.

O Parque Natural Municipal de Castanhal será implantado numa área de cerca de 15 hec-tares, no bairro do Carirí, zona urbana do município. O terreno

possui, aproximadamente, o tamanho do Bosque Rodrigues Alves e apresenta várias pecu-liaridades.

“Esse Parque é uma relíquia da floresta tropical amazônica encrustada no meio da cida-de de Castanhal e, além disso, é um bosque natural urbano, mas que foi enriquecido com a plantação de espécies amazô-nicas ameaçadas de extinção”, explica Crisomar Lobato.

As espécies foram identifica-das durante a realização dos estudos técnicos para a criação do Parque. São 09 pequenas populações de espécies nativas como a castanheira-do-pará e o pau amarelo, ameaçadas de extinção; há também uma ár-vore de pau-brasil, que é típica da Mata Atlântica brasileira, um dos símbolos do país, que cons-ta na lista nacional de espécies da flora ameaçadas de extinção.

O novo Parque será uma Unida-de de Conservação de Proteção Integral, cujo território é voltado para a conservação da biodiver-sidade, para o desenvolvimen-to de estudos e pesquisas, e a promoção do ecoturismo, da

cultura e da educação ambien-tal. Além disso, o Parque terá também o compromisso com o desenvolvimento social das po-pulações que vivem no entorno.

“A criação do parque tem gran-de importância ecológica e so-cial, pois serve para a melhoria da qualidade de vida da popula-ção do entrono, assim como de todo o município, da segurança e também para lazer da popula-ção, principalmente dos bairros próximos”, acrescenta Crisomar Lobato.

Após a entrega dos documen-tos à Prefeitura de Castanhal, o próximo passo para a implanta-ção do Parque é a aprovação da minuta do projeto de lei na Câ-mara Municipal do município.

Além do Parque de Castanhal, o Ideflor-bio já coordenou tam-bém a criação da unidade de conservação municipal Refúgio de Vida Silvestre (Revis) do Lago Mole, no município de Juruti e está apoiando a criação de ou-tras unidades de conservação municipais.

Ideflor-bio conclui o projeto de criação do Parque Natural Municipal de Castanhal

Fotos: DG

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Geoprocessamento é tema de roda de conversa entre Ideflor-bio e alunos da UFPA

Estudantes do curso de gra-duação em Tecnologias em Geoprocessamento da Uni-versidade Federal do Pará (UFPA), campus de Ananin-deua, participaram, em 17 de maio, de um encontro com os integrantes do Núcelo de Geotecnologias (NGeo) do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio). O encontro acon-teceu no auditório do Ideflor-bio e contou com palestra e roda de conversas entre os estudantes, professores e téc-nicos em geoprocessamento do Instituto.

Na ocasião, o coordenador do NGeo, Pedro Bernardo da Sil-va Neto, compartilhou com os estudantes conhecimentos e experiências sobre a atuação

na área das geotecnologias e do geoprocessamento. Dentre os diversos assuntos discuti-dos pelos participantes estive-ram o uso das geotecnologias aplicadas ao monitoramento florestal, o trabalho com sof-twares e o papel do profissio-nal.

“Nessa conversa, buscamos deixar claro para os alunos que o profissional de geopro-cessamento não é apenas um produtor de mapas. Produzir mapas é uma parte importan-te do processo, mas o mapa é um documento e o profissio-nal deve ser um analista, saber colher, observar e interpretar todos os dados relacionados aos espaços monitorizados”, explica Pedro Bernardo.

Participaram do encontro cer-ca 30 estudantes do primeiro semestre do curso de gradu-ação, acompanhados pelos professores Marcelo Vascon-celos e Paulo Bittencourt. O curso tem foco na formação de profissionais habilitados para a produção de mapea-mentos aplicados ao planeja-mento urbano e rural, uso da terra e meio ambienta, princi-palmente voltados à realidade paraense e amazônica.

Para a estudante Maiara Ri-beiro, a visita ajuda a comple-mentar a formação. “A conver-sa foi muito boa, pois foi bem explicativa e nós conseguimos conhecer na prática uma das possibilidades de atuação profissional em nossa área”, conta.

Fotos: DG

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Fotos: Dilermando Gadelha

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Visita técnica faz inventário turístico e assistência técnica em comunidades de Marituba e Benevides

Uma equipe de técnicas do Ins-tituto de Desenvolvimento Flo-restal e da Biodiversidade (Ide-flor-bio) visitou as comunidades Ponta Negra e Santo Amaro nos arredores do Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Metrópole da Amazônia, entre os municípios de Marituba e Benevides, nos dias 16 e 17 de maio. As técnicas realizaram ações de assistência e monitoramento de atrativos turísticos nos locais. A visita faz parte do projeto AgroVárzea, gerido pelo Ideflor-bio, que tem como objetivo pro-mover o desenvolvimento da cadeia produtiva dos agriculto-res rurais que vivem nas Unida-des de Conservação da Região Metropolitana de Belém. Du-

rante os dois dias, a engenheira agrônoma do Ideflor-bio, Laura Dias, fez, junto com agriculto-res familiares, o plantio de 106 mudas de cacau-de-várzea em propriedades rurais locais. “A plantação foi feita pelos agri-cultores, com o nosso auxílio. Ensinamos a eles todo o pro-cesso de plantio, desde a aber-tura das covas que recebem as mudas, até os cuidados com a manutenção da plantação”, conta a agrônoma. As mudas de cacau-de-várzea são oriundas de um viveiro de mudas implantado pelo Ideflor-bio na comunidade quilombola do Abacatal, também em Ma-rituba, e que abastece todos os

grupos beneficiados pelo Agro-Várzea. O desenvolvimento das plantações será acompanhado por equipes do Ideflor-bio, que farão visitas mensais de assis-tência técnica nas comunida-des. Cadastro – Além da assistência técnica na produção de mudas, a equipe do Ideflor-bio também organizou um cadastro para a caracterização da atividade ex-trativista na Ponta Negra e em Santo Amaro. O cadastro traz informações socioeconômicas dos agricultores, como idade, grau de escolaridade, renda, e também dados sobre o extra-tivismo de base comunitária, como as atividades realizadas, os produtos que são extraídos,

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período e maneira de extração e comercialização. O cadastro levantou também demandas dos agricultores para a comunidade e conheci-mentos de educação ambien-tal. Para Laura Dias “esse ca-dastro é muito importante, pois com ele teremos informações mais precisas sobre o perfil e a atividade dos produtores rurais e assim poderemos conhecer de fato quem eles são, quais as necessidades e a partir disso re-finar as nossas metas e ações”. Turismo – A equipe do Ideflor-bio avaliou, ainda, o potencial turístico das áreas. A turismólo-ga Letícia Freitas fez inventário

fotográfico de rotas de acesso às comunidades, como a pon-te de madeira da Ponta Negra, e também o levantamento de atrativos e infraestrutura para o turismo ecológico. Um dos atrativos levantados é a trilha da Virola, um percurso ainda virgem aberto pela co-munitária Eliana Dias e que se estende pelo território do Revis. A trilha é composta por diver-sas espécies de plantas, como o patauá, a castanheira, o ananin e o areu-areu. A virola, que dá nome à trilha, é uma espécie ameaçada de extinção. “O interessante é que todas essas espécies foram identi-

ficadas pela própria Eliana, o que mostra as marcas do co-nhecimento popular que essas comunidades desenvolvem ao longo do tempo na relação com a natureza. Do ponto de vista turístico, é essencial dar espaço para o conhecimento tradicio-nal no dia-a-dia dessas pesso-as”, assinala Letícia Freitas. Nos próximos meses, a equipe do projeto AgroVárzea irá re-alizar a limpeza e sinalização da trilha e o treinamento dos moradores em condução de trilhas, para que a Virola possa se tornar uma rota de turismo ecológico na comunidade.

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Dia de Campo incentiva produção de mudas no projeto AgroVárzea

Agricultores familiares aten-didos pelo projeto AgroVár-zea participaram, no dia 14 de maio, de um Dia de Campo para a manutenção do viveiro de mudas implantado pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversida-de (Ideflor-bio). O viveiro fica na comunidade quilombola do Abacatal, em Marituba, e também atende os agricul-tores da Ilha do Combu e das comunidades Ponta Negra e Santo Amaro, também em Marituba.

Durante o Dia de Campo, o grupo de viveiro, composto por agricultores das quatro comunidades e responsável

pela manutenção da área, re-alizaram diversas atividades, como o preparo do substrato e a repicagem de mudas que já estavam sendo cultivadas no viveiro em pequenos tu-betes. Segundo a engenheira agrônoma do Ideflor-bio e coordenadora do AgroVárzea, Laura Dias, a ocasião tam-bém serviu para capacitar os agricultores para o trabalho e aproveitamento adequado da produção do viveiro.

“Nesse dia orientamos os agricultores a preparar o substrato, fizemos o enchi-mento dos sacos de politile-no, que são utilizados para o replantio das mudas, e tam-

bém preparamos os rocam-boles de mudas, que é uma forma mais fácil de trans-portar as plantas para outros lugares”, explica a engenheira agrônoma.

Na ocasião, os agricultores da Ilha do Combu transporta-ram para a ilha 144 mudas de cacau de várzea. Além disso, o Ideflor-bio doou às comuni-dades 4 mil sacos de politile-no e sementes de açaí, muru-ci, maracujá e cupuaçu.

O encontro também propi-ciou a criação de um regi-mento interno para a ma-nutenção do viveiro, o qual prevê a realização mensal de

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dias de campo e o trabalho constante dos agricultores para o desenvolvimento da área.

“Um dos principais objetivos do nosso Dia foi justamente normatizar o funcionamento do viveiro. É necessário que os agricultores aprendam a organizar a produção do viveiro, principalmente para conhecer de forma ordena-da o uso do espaço e a sua capacidade. Assim será pos-

sível ter uma produção de qualidade e que traga frutos para os próprios agricultores”, assevera Laura Dias.

AgroVárzea – O AgroVárzea é um projeto de desenvol-vimento rural mantido pela Gerência da Região Admi-nistrativa de Belém (GRA) do Ideflor-bio. A iniciativa busca criar mecanismos de aperfei-çoamento da cadeia de pro-dução dos agricultores habi-tantes das comunidades que

compõem as Unidades de Conservação da Região Me-tropolitana de Belém. Dentre as iniciativas, além da reali-zação de assistências técni-cas como o dia de campo, há também a promoção de capacitações, intercâmbios e feiras de comercialização de produtos agroecológicos.

Fotos: GRB

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Parque Estadual do Utinga sedia evento sobre Ecoturismo e Turismo de Aventura

O Parque Estadual do Utinga sediou, entre os dias 24 e 26 de maio, o primeiro encontro Abeta Conecta: I Encontro Paraense de Turismo e Vida ao Ar Livre. O evento foi orga-nizado pela Associação Brasi-leira das Empresas de Ecotu-rismo e Turismo de Aventura (Abeta), em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio) e a Secretaria de Estado de Turismo (Setur).

Durante os três dias de even-to, representantes de empre-

sas de turismo de aventura, assessorias esportivas e ope-radores de ecoturismo de todo o estado participaram de palestras e discussões sobre os rumos e possibilidades do turismo de aventura e do eco-turismo no Pará, estado que apresenta rica biodiversidade, beleza cênica e diversas opor-tunidades para os amantes dos esportes e do turismo.

A relação entre o turismo e a natureza foi o tema da pa-lestra de abertura, proferida pelo diretor executivo da

Abeta, Luiz Del Vigna, o qual apresentou um panorama do turismo de natureza no Brasil e no mundo, além de chamar a atenção para as inúmeras oportunidaeds de desenvol-vimento do setor no Brasil. Outros temas discutidos no evento foram o empreende-dorismo e o associativismo no setor do turismo de natureza; e a hospitalidade turística.

Foram oferecidas, ainda, ofi-cinas de capacitação sobre o perfil do turista de natureza brasileiro, a gestão de risco e

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as normas técnicas brasileiras para a prática do turismo de aventura. O Parque Estadual do Utinga foi um dos prota-gonistas do evento, que levou os participantes a vivenciarem a vida ao ar livre no ambiente natural do parque. Eles passe-aram pelos 4km de extensão do Utinga e puderam praticar as diversas modalidades de esportes de aventura que o Parque oferece, como o Stand Up Paddle, o Rappel, o Boia Cross e o Ciclismo.

O gerente do Parque Estadu-al do Utinga, Julio Meyer, na ocasião, conversou com os participantes do Abeta Con-

ceta sobre o papel do Parque no desenvolvimento do turis-mo e da cidadania no Estado. Segundo o gerente, o Parque tem como principal missão, além da conservação do am-biente, a educação ambiental da população do estado. O ecoturismo e o turismo de aventura são as principais ferramentas para a concreti-zação dessa missão.

“O Utinga é, atualmente, o grande palco para o desenvol-vimento do ecoturismo e do turismo de aventura no Pará. Por meio dessas ferramentas nós conseguimos consolidar a conservação do ambiente,

pois as áreas ocupadas pelo turismo estão mais protegi-das. Além disso, o Parque é um equipamento de educa-ção e à medida que abrimos as portas ao visitante, ele é sensibilizado da importância da biodiversidade local e das áreas verdes para o estado, principalmente para a Região Metropolitana de Belém”.

Ainda para o gerente, “for-talecer o turismo é também fortalecer a própria relação das pessoas com o Parque. Realizamos o que o próprio nome do evento propõe, que é conectar as pessoas entre si e com a natureza”.

Fotos: GRB

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Diretrizes para visita monitorada no Parque são renovadas

A Gerência do Parque Esta-dual do Utinga, vinculada ao Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio) renovou as dire-trizes para a realização de vi-sitas técnicas monitoradas no espaço. As visitas são voltadas para instituições de ensino e pesquisa, entidades públicas, projetos sociais e sociedade civil e as diretrizes apontam os passos necessários para a solicitação dessa visitação pelas entidades. As normas estão disponíveis no menu principal do site do Parque Estadual do Utinga, na aba Visita Monitorada.

Segundo a turismóloga res-ponsável pela visitação no Utinga, Letícia Freitas, “essas visitas tem como principal função a educação ambiental. Elas promovem a sensibiliza-ção e a mudança de atitude com relação ao meio ambien-te, inclusive com o estabeleci-mento de compromissos com a biodiversidade, frente às necessidades de conservação e preservação desse espaço, que é de todos”.

A solicitação de visitas mo-nitoradas no Parque deve ser feita por um profissional responsável pelo grupo – por exemplo, o coordenador ou professor em caso de esco-las e universidades. A pessoa deve preencher o formulário de solicitação disponível na página do Parque do Utinga num prazo mínimo de 10 dias antes da data desejada para a realização do passeio.

Diariamente, o Parque realiza até duas visitas guiadas, sem-pre pela manhã, nos horários de 8h e 9h e de segunda a sexta-feira, exceto feriados. Em cada visita, os grupos de-vem ter no máximo 40 pes-soas. “Se alguma instituição desejar trazer mais pessoas – uma turma com 80 alunos, por exemplo -, então deverá fazer o agendamento em dois horários, cada um com 40 pessoas”, explica Letícia Frei-tas.

As visitas monitoradas são gratuitas. O transporte dos visitantes ao Parque, alimen-tação e hidratação ficam por conta da instituição solicitan-

te. “Recomendamos que as pessoas tragam pequenos lanches e também garrafi-nhas com água. As roupas de-vem ser leves e os visitantes devem se proteger com repe-lente, protetor solar e bonés”, acrescenta a turismóloga.

O percurso inicia no Ideflor-bio, onde as instituições po-derão estacionar ônibus e van. Em seguida, os visitantes andam pela pista principal do Parque até a entrada da trilha do Patauá, em que são reali-zadas atividades de educação ambiental. As visitas passam, ainda, pelo mirante do Lago Bolonha e, em caso de grupos formados por maiores de 14 anos, retornam pela trilha do canal Yuna.

Todas as visitas solicitadas são acompanhadas por profissio-nais do Ideflor-bio. É possível conferir as diretrizes para a solicitação de visitas guiadas no Parque Estadual do Utin-ga, assim como preencher o formulário, no link http://ide-florbio.pa.gov.br/utinga/visita-tecnica/

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Visitantes são orientados a evitar poluição sonora no Parque Es-tadual do Utinga

O uso de caixas de som, mi-crofones e outros aparelhos de reprodução e ampliação sono-ra deve ser evitado no Parque Estadual do Utinga. A medida visa proteger os animais sil-vestres que vivem no espaço e que ficam assustados e estres-sados com o barulho excessi-vo.

“Precisamos sempre adotar medidas de proteção da Fau-na e da Flora aqui do Parque, pois eles são os principais mo-radores e usuários desse espa-ço. A poluição sonora assusta e afugenta os animais e por isso os visitantes não devem usar caixas de som ou mesmo o som dos celulares, pois já são

altos o bastante para incomo-dar os bichos”, explica Letícia Freitas, servidora do Ideflor-bio e turismóloga responsável pelo uso público do Utinga.

A orientação é que os atle-tas, praticantes de esportes e visitantes do Parque utilizem fones de ouvido quando de-sejarem escutar músicas. Já o uso de equipamentos de som em eventos pode ser realizado mediante autorização oficial e formal da Gerência do Parque.

“Em caso de eventos de maior porte que demandam o uso de equipamentos sonoros, quando houver a autorização

da Gerência, eles serão reali-zados em locais específicos e adequados, onde o som não incomode os animais”, acres-centa Letícia Freitas.

A entrada no Parque Estadual do Utinga é gratuita. O Parque funciona diariamente, entre as 6h e as 17h. Para a realiza-ção de eventos, é necessário o agendamento prévio com a Gerência do espaço, pelo e-mail [email protected], com ao menos 20 dias de antecedência da data desejada para eventos culturais e 90 dias para even-tos esportivos.

Fotos: Dilermando Gadelha

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GRB reúne Conselhos Gestores das Unidades de Conservação da Região Metropolitana de Belém

A Gerência da Região Admi-nistrativa de Belém (GRB), vinculada ao Instituto de De-senvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio), reuniu, em 10 de maio, o Con-selho Gestor do Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Metrópole da Amazônia. A GRA realizou também, nos dias três e oito de maio, respectivamente, os en-contros dos conselhos gestores da Área de Proteção Ambiental (APA) Metropolitana de Belém e do Parque Estadual do Utinga.

Os encontros contaram com a participação de conselheiros provenientes de instituições públicas e da sociedade civil organizada, especialmente de habitantes e trabalhadores que vivem ou atuam no interior ou entornos das UCs.

As reuniões dos Conselhos Gestores acontecem diversas vezes durante o ano e tem cará-ter consultivo e deliberativo. O objetivo é auxiliar a gestão das

Unidades de Conservação na tomada de decisões, no acom-panhamento e na implementa-ção de projetos que visem con-servar e desenvolver as áreas.

Durante a reunião desta quin-ta-feira, foi apresentado aos conselheiros o plano de mane-jo do Revis. A reunião contou, também, com a formação de uma comissão especial para o acompanhamento dos proces-sos de licenciamento do Ater-ro Sanitário do Aurá, que fica localizado em Marituba, muni-cípio que engloba o Refúgio. O objetivo da Comissão, formada por representantes de entida-des como o Instituto Evandro Chagas e moradores vizinhos ao aterro, é realizar discussões aprofundadas sobre o processo de licenciamento do Aurá.

No dia oito de maio, a reunião do Conselho Gestor do Parque do Utinga propôs a criação de dois grupos de trabalho: um para o acompanhamento dos

processos de licenciamento no Parque – como o prolongamen-to da Av. João Paulo II, a criação do Centro Internacional de Gas-tronomia, e a Unidade de Trata-mento de Água da Cosanpa -; e outro para o monitoramento da biodiversidade do Utinga.

De acordo com Julio Meyer, Gerente da Região Administra-tiva de Belém, “as comissões e grupos de trabalho trazem subsídios técnicos para que os conselhos tomem posiciona-mentos e decisões com relação às diversas demandas e ações que necessitam atenção espe-cial”, afirma.

Já na reunião do Conselho da APA Belém, em três de maio, a pauta contou com a posse dos novos conselheiro da APA e também com o início das dis-cussões para a elaboração do regimento interno do Conselho, documento guia os processos de trabalho da equipe.

Fotos: Dilermando Gadelha

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O Conselho da APA Belém reuniu-se extraordinariamen-te no dia 15 de maio, no audi-tório do Parque Estadual do Utinga para a finalização do seu regimento interno e tam-bém a criação de comissão especial para acompanhar o licenciamento de dois empre-endimentos de infraestrutura elétrica que atravessarão o território da APA.

O regimento interno do Con-selho começou a ser debati-do na reunião ordinária que aconteceu em três de maio. Na ocasião, também foram empossados os novos conse-lheiros da APA, que comporão o conselho durante os próxi-mos dois anos.

Já a comissão que acompa-nhará o licenciamento dos empreendimentos das linhas de transmissão elétrica tam-bém tem papel fundamental na gestão e preservação da APA, conta Julio Meyer. “A formação da comissão está

inserida nos próprios objetivos da criação do conselho ges-tor da APA. Além de propiciar espaços de debate dos proje-tos previstos para a região, a criação da comissão qualifica o debate e amplia a participa-ção da sociedade na gestão da coisa pública”, assevera.

A criação da comissão foi feita a partir de sugestão da De-fensoria Pública do Estado e é formada por representantes da Defensoria, da organização não governamental No Olhar, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Ananin-deua, da Embrapa e da Asso-ciação de Moradores e Produ-tores Rurais Quilombolas do Abacatal, que fica no entorno da APA.

Os empreendimentos preve-em a criação de uma substa-ção elétrica em Marituba e de duas linhas de transmissão de energia: uma de 500 kilovolts entre Vila do Conde e Maritu-ba e outra de 230 kilovolts en-

tre Marituba e Castanhal. As li-nhas de transmissão passarão pelo território da APA Belém e também sobre a comunidade do Abacatal.

A comissão formada na reu-nião extraordinária do Conse-lho Gestor da APA Belém irá acompanhar e analisar todo o processo de licenciamen-to dos empreendimentos, avaliando os impactos am-bientais, sociais e também o processo de implementação da substação e das linhas de transmissão.

O Conselho Gestor é formado por representantes de enti-dades públicas e civis como o Museu Paraense Emílio Goel-di, o Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado e a Associa-ção de Moradores do Abacatal e das comunidades Verdejan-te I, II e III.

Conselho Gestor da APA Belém define regimento interno e comissão especial

Fotos: Dilermando Gadelha Fotos: GRB

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Habitantes de Monte Alegre recebem capacitação sobre patrimônio arqueológico do Pema

A Gerência da Região Ad-ministrativa da Calha Norte I (GRCN-I), vinculada ao Ins-tituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio) promoveu, entre os dias três e seis de maio, o curso de capacitação “Turis-mo e Patrimônio Arqueoló-gico no Parque Estadual de Monte Alegre (Pema)”. A capa-citação ocorreu no município de Monte Alegre, localizado na região da Calha Norte, no Baixo Amazonas.

O curso visou capacitar ha-bitantes de comunidades do entorno do Parque Estadual para atuarem como condu-tores de visitantes e turistas no território. “Com a capaci-tação, buscamos qualificar os condutores, para que eles possam realizar a condução com segurança, repassando conhecimentos sobre os sítios arqueológicos aos visitantes e fomentando a valorização e preservação do patrimônio

histórico-cultural da região de Monte Alegre”, conta Andreia Dantas, turismóloga da GRC-N-I.

Vinte e um moradores de seis comunidades locais participa-ram do curso, o qual foi minis-trado pela turismóloga So-corro Almeida e contou com atividades teóricas e práticas. As atividades teóricas foram realizadas na comunidade do Ererê, já as atividades práticas foram conduzidas nos sítios

Fotos: GRCN-I

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arqueológicos que compõem o território do Pema: a Serra da Lua, o Painel e a Pedra do Pilão – um dos principais atra-tivos do Parque – e a Gruta da Pedra Pintada.

“Durante as atividades, os par-ticipantes puderam conhecer diversas informações sobre o patrimônio cultural e histórico do Pema, já que esse patrimô-nio é a principal atração do Parque. Eles conheceram ain-da o papel e o funcionamento das Unidades de Conservação na preservação da biodiver-sidade amazônica e dos ele-mentos que contam a história dos grupos humanos que

viveram no local há mais de 11 mil anos”, acrescenta Andreia Dantas.

A realização do curso de ca-pacitação de condutores atende à Instrução Normati-va estadual nº 004, de 12 de abril de 2017, publicada pelo Ideflor-bio, a qual estabelece os procedimentos adequados para o exercício de atividades de condução de visitantes em Unidades de Conservação es-taduais, como é o Pema. Além dessa capacitação, a GRCN-I, em parcerias com instituições como a Secretaria de Estado de Turismo, também já ofere-ceu outros cursos de condu-

ção de trilhas e hospitalidade turística para habitantes da região. Todos os participantes do curso receberam certifica-ção.

PEMA – O Parque Estadual de Monte Alegre é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral com mais de 3,6 mil hectares de extensão. A UC está totalmente inserida no município de Monte Alegre a presenta como um dos prin-cipais atrativos turísticos uma série de formações rochosas e sítios arqueológicos com pin-turas rupestres milenares.

Fotos: GRCN-I

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Em Monte Alegre, Ideflor-bio comemora Semana Nacio-nal do Meio Ambiente

Na Semana Nacional do Meio Ambiente, a Gerência da Região Administrativa Calha Norte I (GRCN-I), vinculada ao Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio) realizou, em par-ceria com instituições públi-cas do município de Monte Alegre, uma extensa progra-mação no Parque Estadual de Monte Alegre (Pema) e na Área de Proteção Ambiental (APA) Paytuna.

A programação teve início na quarta-feira, 30, com o Projeto Ação Verde. A ação de educa-ção ambiental contou com a

participação dos estudantes de diversas escolas de Mon-te Alegre, como as escolas estaduais de Ensino Médio Francisco Nobre de Almeida e Rosália Simões. Os estudan-tes caminharam por bairros de Monte Alegre até a orla da cidade, onde fizeram a cole-ta seletiva do lixo existente. Os alunos da Escola também participaram, na tarde desta quarta, de palestras sobre o Pema e sobre Sistemas Agro-florestais, ofertadas pela GRC-N-I e pelo Escritório Regional do Ideflor-bio no Baixo Ama-zonas.

Na quinta-feira, 31, feriado de Corpus Christi, a programa-ção foi nas escolas da comu-nidade do Ererê, dentro da APA Paytuna, e também no Pema. Os habitantes do Ererê tiveram orientações médi-cas sobre a saúde na terceira idade e na infância, além de palestra sobre os desafios da adolescência. Já o Pema rece-beu os alunos do ensino mé-dio do Colégio Dom Armando, que fizeram pesquisa sobre as pinturas rupestres presentes no Parque.

A programação da Semana do Meio Ambiente aconteceu até

Fotos: GRCN-I

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o dia sete de junho, com pau-sa apenas nos dias primeiro e dois de junho. Entre os dias três e seis, o evento contou com passeio ciclístico entre Monte Alegre e o Ererê; cami-nhada ecológica com alunos de ensino médio; coleta de lixo e arborização de Mon-te Alegre; além de palestras sobre agrotóxicos. Uma missa marcou o encerramento da Semana do Meio Ambiente, no dia sete de junho, às 8h, na Igreja Matriz de São Francisco de Assis.

“A programação auxilia a fortalecer o trabalho de edu-cação ambiental e de conser-vação do meio ambiente junto às escolas, instituições de ensi-no e sociedade civil de Monte Alegre. É também uma forma de homenagear e reconhecer o trabalho das instituições e escolas que executam ações em defesa ao meio ambiente aqui em Monte Alegre”, conta Patrícia Messias, gerente da Região Administrativa da Ca-lha Norte I.

A Semana do Meio Ambiente em Monte Alegre é realizada em parceria entre o Ideflor-bio e os órgãos ligados à Pre-feitura Municipal de Monte Alegre e também ao Governo do Estado, como a Adepará e a Emater e a SESMA; além das escolas estaduais de en-sino médio Francisco Nobre de Almeida, Carim Melém e a Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (EETEPA).

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Ideflor-bio realiza curso de produção de mudas de Castanha-do-Pará em Monte Alegre

O Escritório Regional do Baixo Amazonas II (ERBA-II), vincula-do do Instituto de Desenvolvi-mento Florestal e da Biodiver-sidade (Ideflor-bio), realizou, entre os dias 25 e 27 de abril, um curso prático de produção de mudas de Castanha-do-Pa-rá em comunidades de Mon-te Alegre, na região do Baixo Amazonas.

O objetivo do curso foi apre-sentar técnicas de diversifica-ção no plantio e produção de essências florestais em Siste-mas Agroflorestais (SAFs) já existentes na região. “Busca-

mos repassar aos agricultores locais conhecimentos técnicos que estimulem a diversifica-ção da produção de mudas de essências florestais para a im-plantação de futuros SAFs ou mesmo a ampliação dos SAFs já existentes nos municípios de abrangência do ERBA-II, agregando valor econômico e ambiental à produção dos agricultores”, afirma Eliselmo Picanço, gerente do Escritório Regional.

O curso capacitou 49 produ-tores rurais de Monte Alegre, Alenquer, Santarém e Oriximi-

ná, além de técnicos de várias instituições e alunos dos cur-sos de agropecuária e meio ambiente da Escola de Ensino Tecnológico do Estado do Pará (EETEPA) em Monte Alegre. A ação contou com discussões teóricas sobre o processo de produção das mudas e tam-bém com um momento práti-co, em que os agricultores de Monte Alegre aprenderam a produzir e plantar as mudas de Castanha-do-Pará.

A parte teórica do curso foi composta por exposição do gerente do Escritório Regio-

Fotos: ER-Baixo Amazonas II

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nal, Eliselmo Picanço, o qual explicou o funcionamento dos Sistemas Agroflorestais im-plantados em Monte Alegre nas comunidades rurais de São Diogo, Cuçaru e Manguei-rinha, todas localizadas dentro da Área de Proteção Ambien-tal (APA) Paytuna. Já o enge-nheiro agrônomo do Ideflor-bio, Raimundo Junil Paricá, abordou os tipos de Sistemas Agroflorestais o processo de produção das mudas de cas-tanha.

A parte prática foi coordena-da pelo produtor de mudas Antonio Lira, da comunida-

de de Cipoal, em Santarém. “Nessa parte os participantes do curso foram capacitados a identificar e selecionar se-mentes aptas para o semeio, assim como aprenderam a fazer o pré-semeio e semeio, levando sempre em conside-ração a busca de métodos de aceleração germinativa das sementes, além de cuidados técnicos e fitossanitários das sementes”, conta Eliselmo Picanço.

Os agricultores de Monte Alegre também aprenderam técnicas de enxertia de mu-das de Castanha-do-Pará,

além de formas de quebrar a dormência de outras essen-cias florestais, como o Piquiá e a Pupunha.

A ação foi organizada pelo Escritório Regional em parce-ria com a EETEPA em Monte Alegre e com o apoio da Dire-toria de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF) do Ide-flor-bio. Todos os participantes do curso receberam certifica-ção em produção de mudas de Castanha-do-Pará.

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Quelônios são soltos nas Unidades de Conservação da região do AraguaiaMais de 2200 filhotes de tra-cajás e de tartarugas-da-ama-zônia foram soltos à beira do rio Araguaia na primeira semana de maio. A soltura foi realizada pela Gerência da Região Administrativa do Araguaia (GRA) do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio), em parceira com o Instituto Ambiental Xambioá (IAX). O evento ocorreu no município de São Geraldo do Araguaia, no sudeste do Pará, e repre-sentou cerca 52% dos ovos de quelônios que foram resgata-dos em ações das Instituições em 2017.

A soltura contou com a parti-cipação das comunidades do

interior e dos entornos da Área de Proteção Ambiental do Araguaia e do Parque Estadu-al Serra dos Martírios-Andori-nhas, as quais são geridas pelo Ideflor-bio. Estudantes e do-centes das comunidades Ilha do Campo, Sucupira, Santa Cruz e do Projeto de Assenta-mento Buqueirão puderam ver, ao vivo, o ritual de libera-ção dos animais recém-nasci-dos.

“A participação das comunida-des locais na soltura dos que-lônios é mais uma atividade de sensibilização e de educa-ção ambiental que realizamos junto aos alunos e professores das escolas da rede pública

que compõem as duas Unida-des de Conservação”, afirma Evandra Vilacoert, gerente da Região Administrativa do Araguaia.

Os quelônios foram soltos nas margens direita e esquerda do rio Araguaia. Em 2017, a parce-ria entre o Ideflor-bio e o IAX resgatou 4400 ovos de quelô-nios em locais de risco, o que representa um aumento de 270% na quantidade de ovos coletados em períodos ante-riores.

Após o resgaste, os ovos de quelônios são mantidos em um berçário implantado pelo IAX na região do Araguaia.

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Eles recebem cuidados até chocarem e os quelônios recém-nascidos continuam no berçário até atingirem o tamanho e peso ideais para a soltura nas praias que margeiam o rio Araguaia.

“Esses ovos são resgatados

em zonas de alagamento ou de predação, seja de ani-mais ou, principalmente, de humanos. A soltura desses mais de 2200 animais mos-tra a força e o compromisso da parceria entre as duas instituições para o mane-jo conservacionista dos

quelônios da Amazônia. A parceria se fortalece ainda mais com o Projeto de Pre-servação de Quelônios na Zona de Amortecimento do Pesam e da APA Araguaia”, acrescenta Evandra Vilaco-ert.

Fotos: GRA

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Capacitação forma condutores de trilhas Trilhas e Caminhadas em São Geraldo do Araguaia

Habitantes das comunida-des do entorno do Parque Estadual Serra do Martí-rios-Andorinhas (Pesam) participaram, entre os dias 19 e 23 de abril, de uma ca-pacitação para Condutores de Trilhas e Caminhadas. A capacitação foi realizada em parceria entre a Ge-rência da Região Adminis-trativa do Araguaia (GRA), vinculada ao Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ide-flor-bio), e a Secretaria de Estado de Turismo (Setur) e aconteceu no município de São Geraldo do Araguaia, sudeste paraense.

Técnicos do Ideflor-bio, da Setur, do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) e do Sebrae-PA ministraram aulas teóricas e práticas so-

bre diversos temas, como a história das Unidades de Conservação, a gestão ambiental, o ecoturismo, noções sobre animais pe-çonhentos e técnicas de condução de trilhas. A premissa da ação é levar conhecimentos qualifica-dos para os moradores do entorno do Pesam.

“A iniciativa oferece aos participantes uma ferra-menta capaz de aumen-tar a eficiência, aprimorar a qualidade dos serviços prestados na condução de trilhas e ampliar a compe-titividade dessas pessoas, com vistas a integrar o pro-duto turístico e contribuir para o desenvolvimento do setor, numa perspectiva de empregabilidade, melho-ria da qualidade de vida,

desenvolvimento susten-tável e autogestão”, explica Evandra Vilacoert, gerente da GRA.

Os participantes da ofici-na também aprenderam noções de sobrevivência em área de selva, com a confecção de nós e amar-rações e técnicas de ob-tenção de água e fogo por meio fortuito e armadilhas.

O curso de Condução de Trilhas e Caminhadas faz parte do Programa Esta-dual de Qualificação do Turismo (PEQTur), manti-do pela Setur, e que, em parceria com o Ideflor-bio, já realizou capacitações semelhantes em diversas Unidades de Conservação do estado.

Fotos: GRA

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A Gerência da Região Ad-ministrativa do Araguaia (GRA) realizou, no último dia 27 de abril, a renovação dos Conselhos Gestores do Parque Estadual Serra dos Martírios-Andorinhas (Pe-sam) e da Área de Proteção Ambiental (APA) Araguaia. A renovação aconteceu durante a 1ª Reunião Or-dinária dos Conselhos em 2018, que teve lugar na sede da Universidade Nor-te do Paraná (Unopar), em São Geraldo do Araguaia, sudeste paraense.

“Durante a reunião, discu-timos com os conselheiros a importância dos con-selhos na promoção de uma gestão participativa e que inclua também os atores locais interessados em contribuir para um melhor desenvolvimen-to das UC’s. Os conselhos tiveram a permanência de representantes de algumas instituições, a renovação de representantes de outras e também a presença de ins-tituições que manifestaram interesse em tornarem-se conselheiros da APA e do Pesam”, conta Evandra Vi-lacoert, gerente da Região Administrativa do Araguaia.

Os Conselhos Gestores do Pesam e da APA tem cará-ter consultivo e deliberati-vo, respectivamente. Sua principal função é auxiliar a GRA na gestão das duas Unidades de Conservação, por meio da aprovação, aconselhamento e im-plantação de projetos e políticas voltadas aos ter-ritórios. A participação nos conselhos acontece por um período de dois anos, com possibilidade de renovação.

Além do próprio Instituto de Desenvolvimento Flo-restal e da Biodiversidade (Ideflor-bio), por meio da GRA, participam também dos conselhos instituições como a Universidade Fe-deral do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa); as secre-tarias municipais de Meio Ambiente e Agricultura de São Geraldo do Araguaia; e instituições não governa-mentais, como a Associa-ção dos Produtores Rurais da comunidade do Boquei-rão; e o grupo dos conduto-res de trilha nativos da APA Araguaia.

A nova composição dos Conselhos Gestores dá-se após a realização de chamada pública, da qual puderam participar insti-

tuições com atuação na área ambiental, educa-cional, cultural e pesquisa científica, preferencialmen-te envolvidas com a região do Araguaia; e também grupos organizados de trabalhadores de empresas privadas e da população residente nos entornos do Pesam e no interior da APA Araguaia. Os conselheiros expuseram, durante a reu-nião, um breve descritivo das atividades realizadas pela instituição que repre-sentam e como essas ati-vidades podem auxiliar na gestão das UCs.

“Temos certeza que a ges-tão das áreas estará for-talecida com a nova com-posição estabelecida para os Conselhos”, acrescenta Evandra Vilacoert.

Além da renovação dos conselhos gestores das duas Unidades de Conser-vação, a Gerência também apresentou aos conselhei-ros os novos colaboradores da GRA e abordou as ativi-dades de gestão que serão realizadas pela Instituição durante o ano de 2018.

Ideflor-bio renova conselhos gestores do Pesam e da APA Araguaia

Fotos: GRA

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GRTUC disponibiliza documentos sobre pesca e ges-tão no Mosaico Lago de TucuruíA Gerência da Região Ad-ministrativa do Mosaico Lago de Tucuruí (GRTUC), vinculada ao Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ide-flor-bio), disponibilizou o Relatório Técnico Geral de 2017 e também o Boletim de Monitoramento do De-sembarque da Pesca na re-gião do Mosaico no período de julho a outubro do ano passado. Os documentos estão disponíveis para con-sulta e download na página do Ideflor-bio na internet.

O Relatório Técnico Geral de 2017 apresenta uma síntese de todas as ativida-des realizadas pela GRTUC durante o ano passado. No documento estão listadas

e explicadas as atividades relativas à fiscalização dos recursos pesqueiros do Mo-saico Lago de Tucuruí, as-sim como outras atividades relacionadas à educação ambiental, gestão e mane-jo dos recursos naturais.

Já o Boletim de Monito-ramento da Pesca é uma ferramenta informativa produzida pela GRTUC se-mestralmente. O objetivo é fornecer dados estatísticos e informações relevantes sobre o setor da pesca e da aquicultura nas Unidades de Conservação que com-põem o Mosaico.

A ideia por trás da publica-ção do Relatório Geral e do Boletim é contribuir para

a estruturação do setor da pesca no estado e fazer com que a sociedade pa-raense e o poder público conheçam a importância desse setor na região do Lago de Tucuruí. A gerente da GRTUC, Mariana Bogéa, enfatiza que “é essencial que os pescadores come-cem a se enxergar nos da-dos de produção, saindo da invisibilidade da economia local, por isso foi adotada uma linguagem simples e acessível para os documen-tos”.

De acordo com o Boletim, entre os meses de julho e outubro do ano passa-do, foram desembarcados aproximadamente 420 mil

Fotos: GRTUC

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quilogramas de pescado na região do Lago de Tu-curuí. Esses pescados são de 24 espécies, principal-mente o mapará, pescada e mistura. Ainda segundo os dados levantados pela GRTUC, a região conta com mais de 2400 pescadores, que realizaram, durante o período, mais de quatro mil desembarques nos diver-sos portos dos municípios que compõem o Mosaico: Tucuruí, Breu Branco, Goia-nésia do Pará, Jacundá, Itupiranga, Novo Reparti-mento e Marabá.

Segundo Jossandra Pinhei-ro, engenheira de pesca e técnica em gestão ambien-tal da GRTUC, “A publica-

ção do Boletim entrega à população os resultados de um trabalho realizado em parceria entre o Ideflor-bio e as entidades do setor da pesca, com o objetivo de oficializar os dados de produção pesqueira. Além disso, o Mosaico Lago de Tucuruí torna-se pioneiro no Pará ao possuir dados estatísticos da produção pesqueira, uma vez que o estado carece dessas infor-mações”, afirma.

Mosaico Lago de Tucu-ruí – A região do Mosaico Lago de Tucuruí fica loca-lizada no sudeste do Pará. O Mosaico é formado por três Unidades de Conser-vação: a Área de Proteção

Ambiental Lago de Tucuruí e as Reservas de Desenvol-vimento Sustentável Alco-baça e Pucuruí-Ararão. As UCs permitem a habitação de populações tradicio-nais em seu interior, assim como o uso sustentável dos recursos naturais locais. A pesca é uma das principais atividades econômicas dos habitantes do Mosaico.

O Relatório Técnico Geral de 2017 da GRTUC e o Bole-tim de Monitoramento da Pesca no Mosaico Lago de Tucuruí, assim como outros documentos relativos à gestão das UCs, podem ser conferidos aqui.

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www.ideflorbio.gov.pa.brInstituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade

Av. João Paulo II, S/N - Curió-Utinga - Belém/PAFone: (91) 3342-2630

EXPEDIENTE

* PresidenteThiago Valente Novaes

* Procuradoria JurídicaEllen Mesquita

* Diretoria de Desenvolvimento da Cadeia Flores-talBenito Calzavara

* Diretoria de Gestão da BiodiversidadeCrisomar Lobato

* Diretoria de Gestão e Monitoramento das Unida-des de Conservação Wendell Andrade

* Diretoria de Gestão de Florestas Públicas de ProduçãoCíntia Soares

* Diretoria de Gestão Administrativa e FinanceiraMarília Baetas

* Assessoria de ComunicaçãoDilermando Gadelha

Contato: [email protected]: (91) 98895-1606

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