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ReCAPtulando Edição nº 59 - Ano XIII/2019 - Outubro/Novembro Saiba mais sobre alergia a castanhas, os componentes de alérgenos do pólen e o uso da IgG4 no diagnóstico da esofagite eosinofílica. 95908.AL.INT15.EN.v1.19

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ReCAPtulandoEdição nº 59 - Ano XIII/2019 - Outubro/Novembro

Saiba mais sobre alergia a castanhas, os componentes de alérgenos do pólen e o uso da IgG4 no diagnóstico da esofagite eosinofílica.

95908.AL.INT15.EN.v1.19

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IntroduçãoDentre os principais alérgenos identificados nas castanhas da espécie Anacardium occidentale, estão Ana o 1 (globulina 7S), Ana o 2 (globulina 11S) e Ana o 3 (albumina 2S). A utilização do diagnóstico resolvido por componentes, utilizando-se a IgE para albumina 2S, uma proteína de armazenamento, tem mostrado ser uma opção valiosa na investigação diagnóstica das alergias a castanhas. O objetivo deste estudo foi investigar o papel do componente Ana o 3 no diagnóstico de alergia a castanha e na identificação dos níveis de cut-off em substituição ao teste de provocação oral para a castanha. Além disso, foi avaliado o valor adicional da determinação da IgE total nos indivíduos estudados.

Métodos Um estudo multicêntrico foi realizado na Alemanha, nos hospitais com atendimento pediátrico. Foram analisadas a IgE específica para o extrato total de castanha e para o componente Ana o 3, assim como a mensuração da IgE total, em crianças com suspeita de alergia a castanha, utilizando-se o ImmunoCAP™ e o teste de provocação oral padronizado.

Resultados Um total de 61 crianças foi avaliado, entre as quais 42 alérgicas a castanha e 19 tolerantes. Na análise ROC – receiver operating curves (ferramenta utilizada para avaliar a taxa de verdadeiros positivos versus a taxa de falsos positivos), o componente Ana o 3, em comparação com a IgE específica para extrato total de castanha, permitiu discriminar de forma superior entre a alergia verdadeira e a tolerância, com área abaixo da curva de 0,94 versus 0,78%, respectivamente. A proporção de Ana o 3 em relação a IgE total não trouxe aumento da acurácia no diagnóstico da alergia a castanhas. Além disso, foram cal-culados cut-offs para Ana o 3 e a probabilidade de alergia a castanhas foi de 95% quando os níveis deste compo-nente foram de 2,0 kUA/L.

ConclusãoAna o 3 é uma ferramenta valiosa no diagnóstico da aler-gia a castanhas. Considerando-se seu valor preditivo

Ana o 3 é um bom preditor, clinicamente relevante, para alergia a castanha de caju em crianças

positivo, é possível que o teste de provocação oral possa ser desnecessário em um número considerável de casos.

ComentáriosNa Alemanha, as castanhas, dentre os frutos oleaginosos, correspondem a segunda causa mais comum de alergia IgE-mediada. Ingredientes comuns em muitas cozinhas e em alimentos processados, são responsáveis por reações potencialmente graves, como anafilaxia, mesmo com a ingestão de quantidades muito pequenas.

Cerca de 60% das castanhas são consumidos como petiscos. A prevalência da alergia a castanhas, que está em torno de 20%, varia de acordo com os hábitos de consumo. Na Suécia, por exemplo, sua importação aumentou cerca de 20 vezes, com consequente aumento na sua sensibilização. A idade de início da alergia costuma ser entre 3 e 6 anos e como as ingestões acidentais são comuns, seja porque o paciente ou seu familiar não tenham recebido as orientações adequadamente ou por não terem entendimento quanto ao conteúdo do rótulo, o correto diagnóstico faz-se necessário.

Sabe-se que o teste de provocação oral é padrão-ouro no diagnóstico da alergia alimentar, mas necessita de ambiente preparado para o atendimento de emergência, incluindo os materiais e medicamentos eventualmente necessários, além da supervisão médica com equipe treinada. Além do mais, os métodos considerados convencionais para a detecção da IgE específica são pouco específicos, como a mensuração da IgE específica utilizando-se o extrato total das castanhas, onde resultados positivos não indicam a gravidade da reação clínica frente a uma ingestão acidental.

Em virtude disso, foram conduzidos estudos utilizando componentes como Ana o 3, cuja alergenicidade não é diminuída com o seu processamento, seja pelo cozimento ou pelo aquecimento. Tanto no artigo descrito quanto em um outro trabalho conduzido na Grécia, observou-se que o componente Ana o 3 pode servir como marcador diagnóstico de elevada acurácia, melhorando a especificidade quando comparada a utilização do extrato total para castanha.

Comentado por: Dra. Barbara Gonçalves da Silva

Especialista em Alergia e Imunologia pela ABM e ASBAI

L. Lange, L. Lasota, A. Finger, D. Vlajnic, S. Büsing, J. Meister, I. Broekaert, C. Pfannenstiel, F. Friedrichs, M. Price, V. Trendelenburg, B. Niggemann & K. Beyer. Allergy. 2017 Apr;72(4):598-603.

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M. D., sexo feminino, 3 anos

Histórico• Criança com histórico de anafilaxia após ter comido um biscoito caseiro, feito com um mix de amendoim, castanha de caju, aveia e arroz, feito pela sua avó.

• Como antecedente, foi bebê sibilante até um ano e seis meses de idade, sem episódios de sibilos desde então.

• Durante avaliação com o pediatra, o mesmo solicitou o teste ImmunoCAP™ para diversos alimentos.

Exames• ImmunoCAP™ para: Amendoim (f13)* = 0,35 kUA/L,Tri-go (f4) = negativo, Soja (f14)* = negativo, Aveia (f7)* = negativo, Arroz (f9)* = negativo e castanha de caju (f202)* = 3,70 kUA/L.Devido a positividade para amendoim e castanha de caju, o pediatra encaminhou para o especialista, para avaliação.

Avaliação do alergistaO alergista possuia duas opções para diagnóstico de aler-gia a castanha de caju.

1a Possibilidade Considerar o fator de risco de que a criança foi bebê chiador, mesmo que esteja sem crise de sibilos desde um ano e seis meses.

Como a IgE específica para os dois extratos totais foram positivos, castanha de caju e amendoim, o teste de provo-cação oral deve ser realizado para ambos os alérgenos.

Como os pais estavam reticentes na realização do desencadeamento, optou-se pela dieta de exclusão tanto da castanha de caju quanto do amendoim e utilização de caneta de adrenalina.

Como usar componentes na alergia a castanhas?

Caso Clínico

Castanha do Pará Ber e 1 (f354)* < 0,1 kUA/LFoi sugerida dieta de exclusão para a castanha de caju e utilização de caneta de adrenalina.

ConclusãoApós seis meses, a criança foi reavaliada com nova dosagem do componente Ana o 3, cujo resultado foi de 3 kUA/L. Nesse momento, devido a dificuldade na dieta de exclusão, foi realizado desencadeamento oral de maneira padronizada, em ambiente seguro. O diagnóstico resolvi-do por componentes nos fornece uma avaliação de risco e é útil na suspeita de alergia ao caju. Se detectarmos concentrações elevadas de IgE para proteínas de arma-zenamento, aumenta a probabilidade de um paciente ser realmente alérgico a castanhas.

Para o diagnóstico da castanha de caju é necessário inferir ainda que pode haver reação cruzada entre a castanha de caju e o pistache, devido a homologia significativa entre os seus alérgenos, Ana o 3 e Pis v 1 (Pistacia vera). Portanto, diante de casos nos quais se avalia a sensibilização a castanha de caju, este dado deve ser levado em conta.

possibilidade de reação cruzada (prolaminas 37%).

• ImmunoCAPTM teste de componentes para: AmendoimAra h 1 (f422)* < 0,1 kUA/L; Ara h 2 (f423)* < 0,1 kUA/L; Ara h 3 (f424)* < 0,1 kUA/L; Ara h 8 (f352)* < 0,1 kUA/LCastanha de cajuAna o 3 (f443)* = 3,44 kUA/L

2a Possibilidade

Solicitar os componentes para amendoim, castanha de cajú e castanha do Pará. Esta última, considerando o consumo regular do alimento na rotina da família, além da

*lmmunoCAP Allergen f13, Peanut; lmmunoCAP Allergen f14, Soybean; lmmunoCAP Allergen f7, Oat; lmmunoCAP Allergen f9, Rice; lmmunoCAP Allergen f202, Cashew nut; lmmunoCAP Allergen f422, Allergen component rAra h

1 Peanut; lmmunoCAP Allergen f423, Allergen component rAra h 2 Peanut; lmmunoCAP Allergen f424, Allergen component rAra h 3 Peanut; lmmunoCAP Allergen f352, Allergen component rAra h 8 PR-10, Peanut; lmmunoCAP

Allergen f443, Allergen component rAna o 3, Cashew nut; lmmunoCAP Allergen f354, Allergen component rBer e 1, Brazil nut.

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Introdução A imunoterapia específica para alérgenos (SIT) é comumente usada para asma e rinite alérgica, e é o único tratamento que pode modificar o curso natural da doença. Estudos com alérgenos únicos demonstraram a eficácia superior da SIT em comparação com placebo. Apenas evidências de baixo grau foram obtidas de estudos que utilizaram múltiplos alérgenos, tanto em pacientes com asma quanto com rinite.

A Academia Europeia de Alergia e Imunologia Clínica (EAACI) recomenda o uso de extratos contendo um baixo número de fontes de alérgenos, pois doses mais altas de extratos com poucos alérgenos parecem melhores, demonstrando uma relação dose-resposta para a eficácia clínica da imunoterapia. No entanto, em áreas onde existem vários polens durante a mesma estação (como ocorre em Madri durante a primavera), é um desafio para os médicos distinguir entre sensibilização IgE genuína e reatividade cruzada em pacientes polissensibilizados.

Há necessidade de reconhecer os verdadeiros agentes causadores de alergia e impedir o diagnóstico etiológico incorreto. O diagnóstico resolvido por componentes (CRD), também chamado de diagnóstico molecular, ou alérgenos naturais purificados, foi recentemente introduzido na prática clínica de alergia e pode melhorar a precisão não apenas diagnóstica, mas também a prescrição de imunoterapia, facilitando a escolha dos alérgenos mais relevantes em cada paciente.

Nas áreas em que diferentes fontes de alérgenos do pólen coexistem na mesma estação, o diagnóstico pode ser complicado. Nestes casos, o diagnóstico resolvido por componentes (CRD) pode aumentar a precisão do diagnóstico e ajudar na prescrição da imunoterapia (IT).

MétodosHipotetizamos que os resultados do CRD levariam a modificações nas prescrições de imunoterapia baseada em fontes como histórico médico, estação de apresentação do sintoma e teste cutâneo. Estudamos uma amostra de crianças indicadas para imunoterapia em quem os métodos clássicos não apontaram o alérgeno

Como a alergia molecular pode modificar a prescrição de imunoterapia em crianças polissensibilizadas alérgicas aos polens

mais relevante devido à sensibilização para mais de dois pólens. Utilizamos um pequeno painel de alérgenos recombinantes, analisando a porcentagem de mudanças na prescrição considerando os achados de estudos moleculares.

ResultadosDas 70 crianças incluídas no estudo, o CRD levou à modificação na prescrição de imunoterapia em 54,3%. As indicações da terapia com um único alérgeno aumen-taram de 18% para 51% quando o CRD foi incluída. A de-cisão de prescrever imunoterapia foi revertida após o CRD em 9,3% dos casos.

DiscussãoO uso de CRD altera a escolha da imunoterapia específica em crianças sensibilizadas. Um amplo painel de alérgenos recombinantes pode não ser necessário para melhorar a indicação da imunoterapia usando técnicas moleculares; em vez disso, um painel menor, adaptado e que inclui os alérgenos prevalentes na área geográfica em questão parece ser suficiente para uma imunoterapia mais eficaz, também levando a uma melhor relação custo/benefício.

ComentáriosA sensibilização alérgica aos polens no Brasil tem sido estabelecida. É fundamental o especialista conhecer a aerobiologia de sua região, bem como saber quais são os alérgenos de polens com importância clínica. Sabemos que na região sul do país, os polens de gramíneas são causadores de rinoconjuntivite alérgica intermitente, a polinose, onde a prevalência desta doença ficou pouco abaixo de 10% em crianças. Outras gramíneas tem sido identificadas e podem causar alergias. Por isto, quando no diagnóstico etiológico ou na tomada de decisão do tratamento específico com imunoterapia, há necessidade de se investigar sensibilização aos alérgenos de diferentes polens. Neste estudo espanhol, envolvendo crianças com rinite e/ou asma, pesquisando IgE específica para componentes de polens, observou-se que houve modificação na prescrição da imunoterapia em mais de 50% e que a decisão de reverter a imunoterapia ocorreu em 9,3% dos casos. Ressalta-se que a monossensibilização foi de 5,6%, superior a dupla e polissensibilização.

Comentado por: Prof. Dr. Herberto Jose Chong Neto

Professor Adjunto de Pediatria - UFPRPós-doutor em Saúde da Criança e do Adolescente – UFPR

Camacho GD, Arjona AMM, Padial JFC, Catalán JR. Allergol Immunopathol (Madri). 2018; 46: 552-56.

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P. L, sexo feminino, 9 anos

Histórico• Paciente de Curitiba - PR, com sintomas de rinite alér-gica desde os 3 anos de vida, atualmente com obstrução nasal, coriza, espirros e prurido nasal, associado a prurido e hiperemia ocular.

• Os sintomas nasais e oculares pioram sempre nos meses de Agosto a Novembro.

• Em uso de fluticasona 55 mcg/dia e olopatadina, com resposta parcial dos sintomas.

• O alergista solicitou os seguintes exames laboratoriais para investigar a alergia ao pólen.

Exames

• Hemograma com eosinófilos = 580/mm3 (11%)

• ImmunoCAPTM Total IgE: 368 kU/L

• ImmunoCAPTM teste de componentes para Phl p 1 (g205)* < 0,1 kUA/L, Phl p 5 (g215)* = 4,2 kUA/L Cyn d 1 (g216)* < 0,1 kUA/L.

• Teste Cutâneo: Histamina = 5x4 mm, D. pteronyssinus= 0x0mm, Blomia tropicalis=0x0mm, Lolium perenne=4x-4mm, Dog epithelium = 0x0 mm, Cat epithelium = 0x0 mmBlatella germanica=0x0 mm; Fungi = 0x0 mm

Como usar componentes na alergia ao pólen?

Caso Clínico

ComentáriosOs níveis de IgE específicos do componente do pólen podem orientar a tomada de decisão no tratamento da polinose em crianças alérgicas ao pólen.

O controle ambiental para esta criança é difícil e mesmo em tratamento com corticosteróide tópico nasal contínuo e medicação de dupla ação tópica ocular a melhora dos sintomas foi parcial.

Phleum pratense (subfamília Pooideae) não é encontrado no Brasil, no entanto, possui ampla reatividade cruza-da com Lolium multiflorum, nosso principal antígeno de pólen no sul do Brasil.

Como é uma paciente monossensibilizada com Phleum, com níveis positivos de IgE para Phl p 5, que é um alérgeno importante, decidiu-se iniciar a imunoterapia específica para Lollium, onde após um ano de tratamento a paciente apresenta redução significativa dos sintomas nasais e oculares, com redução no uso de fluticasona tópica nasal e olopatadina tópica. A análise dos níveis de IgE específica para componentes do pólen tornou possível indicar com precisão a imunoterapia específica para o Lolium, destacando a monossensibilização e descartando a possibilidade de polissensibilização ou reação cruzada entre alérgenos pesados do pólen.

*ImmunoCAP Allergen g205, Allergen component rPhl p 1; ImmunoCAP Allergen g215, Allergen component rPhl p 5; ImmunoCAP Allergen g216, Allergen component rCyn d 1.

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Introdução A esofagite eosinofílica (EoE) é uma doença crônica caracterizada pela inflamação eosinofílica do esôfago. A prevalência estimada nos Estados Unidos de 0,05% a 0,1%, vem aumentando. O sexo masculino é o mais acometido em todas as faixas etárias. A melhora clínica e histológica com dietas elementares ou de eliminação alimentar evidenciam a contribuição dos alérgenos alimentares. No entanto, a natureza da resposta imunológica na patogenia não é ainda totalmente compreendida.

Existem algumas evidências contra a importância da IgE sérica específica a alimentos na EoE como a ausência de sintomas imediatos após a ingestão do alérgeno alimentar, a pouca resposta ao tratamento com anti-IgE e o baixo valor preditivo para resultados de teste cutâneo de hipersensibilidade imediata e microarray.

Dois estudos relataram a presença de IgG4 específica para alimentos, incluindo leite e ovo, tanto no soro quanto no tecido esofageano de pacientes adultos com EoE. Não há estudos em população pediátrica com estratificação por gênero.

O presente estudo investigou a IgE e a IgG4 séricas específicas para leite, trigo, ovo soja e amendoim em crianças com EoE. Resultados obtidos de um grupo controle de crianças não selecionadas para alergia serviram como controle. Efeitos do gênero, idade e consumo de leite nos níveis de IgG4 específicas também foram estudados.

MétodosForam avaliadas 71 crianças com diagnóstico recente ou ativo de EoE confirmados por biópsias evidenciando 15 ou mais eosinófilos por campo de grande aumento. O grupo controle incluiu 210 adolescentes de um estudo de coorte sem estratificação para alergias. Foram analisados: IgE sérica para leite, trigo, clara de ovo, soja e amendoim, IgE total, IgG4 sérica específica para glúten, gliadinas, nBos d 4, nBos d 5, nBos d 6, nBos d 8, lactoferrina, alfa-gal,

Anticorpos IgG4 específicos às proteínas do leite de vaca em pacientes com esofagite eosinofílica

rTri a 14, rTri a 19, nGal d 1, nGal d 2, nGal d 4, nGly m 4, nGly m 5, nGly m 6, rAra h 1, rAra h 2, rAra h 3, rAra h 8, rAra h 9 e IgG4 total. Valores de IgG4 foram considerados positivos ≥ 0,07µg/mL e de IgE ≥0,10 IU/mL. Para análise comparativa de IgE e IgG4, 1 IU/mLde IgE foi convertida em 2,42 ng/mL.

ResultadosOs dois grupos foram similares quanto a idade, índice de massa corporal e antecedente de asma. O grupo com EoE teve maior porcentagem de sexo masculino (67,6% vs. 52,9%). Nas biópsias esofágicas a média foi de 40 eosinófilos por campo de grande aumento (variação interquartil entre 26-60). Cerca de 75% do grupo de estudo e 98% do grupo controle consumiam leite.

Os maiores valores de IgG4 específicos foram para frações do leite e glúten no grupo de estudo. Apesar de haver positividade de IgG4 a pelo menos um dos componentes do leite em quase todos os estudados (grupo estudo e controle), valores de IgG4 para alfalactoalbumina, betalactoglobulina e caseína foram significativamente maiores naqueles com EoE sensibilizados.

Comentado por: Profa. Dra. Lucila Camargo Lopes de Oliveira

Alergista e Imunologista pós-graduada pela FMUSPProfessora de Alergia, Imunologia Clínica e Reumatológica - Departamento de Pediatria - UNIFESP

Schuyler AJ, Wilson JM, Tripathi A, Commins SP, Ogbogu PU, Kruzewski PG, Barnes BH, McGowan EC, Workman LJ, Lidholm J, Rifas-Shiman SL, Oken E, Gold DR, Platts-Mills TAE. J Allergy Clin Immunol. 2018;142:139-48

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Taxa de sensibilização para leite (IgE positiva) foi também significantemente maior no grupo de estudo (76% vs 36%). Regressão logística evidenciou associação forte entre altos títulos de IgG4 específica para leite em indivíduos de 10 a 18 anos do sexo masculino com EoE. Por fim, os pesquisadores acompanharam decréscimo dos títulos de IgG4 para as proteínas do leite em 13 crianças com EoE que tiveram o leite retirado da dieta.

ConclusãoA presença de altos níveis de IgG4 específica para leite em crianças com EoE, principalmente do sexo masculino, sugere participação deste mecanismo na fisiopatogenia da EoE ou talvez sua presença seja um epifenômeno decorrente de uma resposta T regulatória ou Th2 aberrantes.

ComentáriosAinda pouco se sabe sobre a fisiopatogenia da EoE. Aumento de IgG4 específica é usado como marcador de tolerância e sua presença também pode indicar exposição ao alimento. Neste estudo, pesquisou-se a presença de IgG4 em portadores de EoE. Valores altos de IgG4 específicas para leite foram encontrados em crianças com EoE, principalmente do sexo masculino, mas também foram encontrados no grupo controle. Os resultados obtidos neste estudo sugerem possível participação da IgG4 específica para alimentos porém novos estudos se fazem necessário.

List of full products names - Main Allergens lmmunoCAPTM Allergen f96, Avocado; lmmunoCAP Allergen f210, Pineapple; lmmunoCAP Allergen f225, Pumpkin; lmmunoCAP Allergen f47, Garlic; lmmunoCAP Allergen f255, Plum; lmmunoCAP Allergen f20, Almond; lmmunoCAP Allergen f13, Peanut; lmmunoCAP Allergen f9, Rice; lmmunoCAP Allergen f40, Tuna; lmmunoCAP Allergen f7, Oat; lmmunoCAP Allergen f17, Hazel nut; lmmunoCAP Allergen f92, Banana; lmmunoCAP Allergen f35, Potato; lmmunoCAP Allergen f300, Goat milk; lmmunoCAP Allergen f93, Cacao; lmmunoCAP Allergen f24, Shrimp; lmmunoCAP Allergen f23, Crab; lmmunoCAP Allergen f202, Cashew nut; lmmunoCAP Allergen f18, Brazil nut; lmmunoCAP Allergen f48, Onion; lmmunoCAP Allergen f31, Carrot; lmmunoCAP Allergen f242, Cherry; lmmunoCAP Allergen f6, Barley; lmmunoCAP Allergen f36, Coconut; lmmunoCAP Rare Aller-gen f340, Cochineal extract (Carmine red); lmmunoCAP Allergen f12, Pea; lmmunoCAP Allergen f214, Spinach; lmmunoCAP Allergen f15, White bean; lmmunoCAP Allergen f83, Chicken; lmmunoCAP Allergen f10, Sesame seed; lmmunoCAP Allergen f79, Gluten; lmmunoCAP Allergen f84, Kiwi fruit; lmmunoCAP Allergen f80, Lobster; lmmunoCAP Allergen f33, Orange; lmmunoCAP Allergen f2, Milk; lmmunoCAP Allergen f208, Lemon; lmmunoCAP Allergen f58, Pacific squid; lmmunoCAP Allergen f49, Apple; lmmunoCAP Allergen f293, Papaya; lmmunoCAP Allergen f91, Mango; lmmunoCAP Allergen f247, Honey; lmmunoCAP Allergen f87, Melon; lmmunoCAP Allergen f37, Blue mussel; lmmuno-CAP Allergen f8, Maize, Corn; lmmunoCAP Allergen f44, Strawberry; lmmunoCAP Allergen f256, Walnut; lmmunoCAP Allergen f245, Egg; lmmunoCAP Allergen f1, Egg white; lmmunoCAP Allergen f75, Egg yolk; lmmunoCAP Allergen f3, Fish (cod); lmmunoCAP Allergen f94, Pear; lmmunoCAP Allergen f95, Peach; lmmunoCAP Allergen f280, Black pepper; lmmunoCAP Allergen f279, Chilipepper; lmmunoCAP Allergen f263, Green pepper (unripe seed); lmmunoCAP Allergen f218, Paprika, Sweet pepper; lmmunoCAP Allergen f26, Pork; lmmunoCAP Allergen f81, Cheese, cheddar type, lmmunoCAP Allergen f82, Cheese, mold type; lmmunoCAP Allergen f14, Soybean; lmmunoCAP Allergen f41, Salmon; lmmunoCAP Allergen f61, Sardine, Pilchard; lmmunoCAP Allergen f259, Grape; lmmunoCAP Allergen f259, Grape; lmmunoCAP Allergen f27, Beef; lmmunoCAP Allergen c8, Chlorhexidine; lmmunoCAP Allergen c261, Pholcodine; lmmunoCAP Allergen c71, Insulin bovine; lmmunoCAP Allergen c70, Insulin porcine; lmmunoCAP Allergen c73, Insulin human; lmmunoCAP Allergen c260, Morphine; lmmunoCAP Allergen c1, Penicilloyl G; lmmunoCAP Allergen c2, Penicilloyl V; lmmunoCAP Allergen m6, Alternaria alternate; lmmunoCAP Allergen m3, Aspergillus fumigatus; lmmunoCAP Allergen m5, Candida albicans; lmmunoCAP Allergen m2, Cladosporium herbarum; lmmunoCAP Al-lergen m209, Penicillium glabrum; lmmunoCAP Allergen m80, Staphylococcal enterotoxin A; lmmunoCAP Allergen m81, Staphylococcal enterotoxin B; lmmunoCAP Allergen m223, Staphylococcal enterotoxin C; lmmunoCAP Allergen i206, Cockroach, American; lmmunoCAP Allergen i6, Cockroach, German; lmmunoCAP Allergen i70, Fire ant; lm-munoCAP Allergen i204, Horse fly; lmmunoCAP Allergen i71, Mosquito; lmmunoCAP Allergen i1, Honey bee venom; lmmunoCAP Allergen i4, Paper wasp venom; lmmunoCAP Allergen t9, Olive; lmmunoCAP Allergen t16, White pine; lmmunoCAP Allergen t18, Eucalyptus, Gum-tree; lmmunoCAP Allergen t19, Acacia; lmmunoCAP Allergen g2, Bermuda grass; lmmunoCAP Allergen g5, Rye-grass; lmmunoCAP Allergen g6, Timothy; lmmunoCAP Allergen g8, Meadow grass, Kentucky blue; lmmunoCAP Allergen g1O, Johnson grass; lmmunoCAP Allergen g17, Bahia grass; lmmunoCAP Allergen d201, House dust mite; lmmunoCAP Allergen d2, House dust mite; lmmunoCAP Allergen d3, House dust mite; lmmunoCAP Allergen d1, House dust mite; lmmunoCAP Allergen h2, House dust (Hollister-Stier Labs.); lmmunoCAP Allergen e5, Dog dander; lmmunoCAP Allergen e85, Chicken feathers; lmmunoCAP Allergen e1, Cat dander; lmmunoCAP Allergen e4, Cow dander; lmmunoCAP Allergen o1 , Cotton, crude fibers; lmmunoCAP Allergen k82, Latex; lmmunoCAP Allergen o201, Tobacco leaf; lmmunoCAP Allergen d202, Allergen component rDer p 1, House dust mite; lmmunoCAP Allergen d203, Allergen component rDer p 2, House dust mite; lmmunoCAP Allergen d205, Allergen component rDer p 10 Tropomyosin, House dust mite; lmmunoCAP Allergen f76, Allergen component nBos d 4 Alpha-lactalbumin, Milk; lmmunoCAP Allergen f77, Allergen component nBos d 5 Beta-lact oglobulin, Milk; lmmunoCAP Allergen f78, Allergen component nBos d 8 Casein , Milk; lmmunoCAP Allergen f323, Allergen component nGal d 3 Conalbumin, Egg; lmmunoCAP Rare Allergen f333, Linseed; lmmunoCAP Allergen f98, Gliadin; lmmunoCAP Allergen f416, Allergen component rTri a 19 Omega -5 Gliadin, Wheat; lmmunoCAP Allergen f433, Allergen component rTri a 14 LTP, Wheat; lmmunoCAP Allergen f431, Al-lergen component nGly m 5 Beta-conglycinin, Soy; lmmunoCAP Allergen f432, Allergen component nGly m 6 Glycinin, Soy; lmmunoCAP Allergen f353, Allergen component rGly m 4 PR-10, Soy; lmmunoCAP Allergen f422, Allergen component rAra h 1 Peanut; lmmunoCAP Allergen f423, Allergen component rAra h 2 Peanut; lmmunoCAP Allergen f424, Allergen component rAra h 3 Peanut; lmmunoCAP Allergen f352, Allergen component rAra h 8 PR-10, Peanut; lmmunoCAP Allergen f443, Allergen component rAna o 3, Cashew nut; lmmunoCAP Allergen f354, Allergen component rBer e 1, Brazil nut lmmunoCAP Allergen f428, Allergen component rCor a 1 PR-10 Hazel nut; lmmunoCAP Allergen f439, Allergen component rCor a 14, Hazelnut; lmmunoCAP Allergen f25, Tomato;; lmmunoCAP Allergen f440, Allergen component nCor a 9, Hazelnut; lmmunoCAP Allergen f441, Allergen component rJug r 1, Walnut; lmmunoCAP Allergen f442, Allergen component rJug r 3 LTP, Walnut; lmmunoCAP Allergen f355, Allergen component rCyp cl Carp; lmmunoCAP Allergen f426, Allergen component rGad cl Cod; lmmunoCAP Allergen f351, Allergen component rPen a 1 Tropomyosin, Shrimp; lmmunoCAP Allergen f419, Allergen component rPru p 1 PR-10, Peach; lmmunoCAP Allergen f420, Allergen component rPru p 3 LTP, Peach; lmmunoCAP Allergen f421, Allergen component rPru p 4 Pr ofilin, Peach; lmmunoCAP Allergen e204, Allergen component nBos d 6 BSA, Cow; lmmunoCAP Rare Allergen e222, Allergen component nSus s PSA, Swine; lmmuno-CAP Allergen elOl, Allergen component rCan f 1 Dog; lmmunoCAP Allergen e102, Allergen component rCan f 2 Dog; lmmunoCAP Allergen e221, Allergen component nCan f 3 Dog serum albumin; lmmunoCAP Allergen e226, Allergen component rCan f 5, Dog; lmmunoCAP Allergen e94, Allergen component rFel d 1 Cat; lmmunoCAP Allergen e220, Allergen component rFel d 2 Cat serum albumin;; lmmunoCAP Allergen e228, Allergen component rFel d 4, Cat; lmmunoCAP Allergen e227, Allergen component rEqu c 1, Horse; lmmunoCAP Rare Allergen k215, Allergen component rHev b 1 Latex; lmmunoCAP Rare Allergen k217, Allergen component rHev b 3 Latex; lmmunoCAP Allergen k218, Allergen component rHev b 5 Latex; lmmunoCAP Rare Allergen k220, Allergen component rHev b 6.02 Latex; lmmunoCAP Rare Allergen k221, Allergen component rHev b 8 Profilin, Latex; lmmunoCAP Rare Allergen k224, Allergen component rHev b 11 Latex; lmmunoCAP Allergen i208, Allergen component rApi m 1 Phospholipase A2, Honey bee; lmmunoCAP Allergen i210, Allergen component rPol d 5 European Paper wasp; lmmunoCAP Allergen i211, Allergen component rVes v 1 Phospholipase Al, Common wasp; lmmunoCAP Allergen i209, Allergen component rVes v 5 Common wasp; lmmunoCAP Allergen m218, Allergen component rAsp f 1 Aspergillus fumigatus; lmmunoCAP Allergen m229, Allergen component rAlt a 1, Alternaria alternate; lmmunoCAP Allergen o215, Component nGal-alpha-1,3-Gal (alpha-Gal) Thyroglobulin, bovine; lmmunoCAP Allergen o214, Allergen component MUXF3 CCD, Bromelain.

Page 8: Edição nº 59 - Ano XIII/2019 - Outubro/Novembro...Como os s es o ãçam at nzecvai paa ni t i sed ot el ae r r desencadeamento, optou-se pela dieta de exclusão tanto da castanha

Lista de Principais Alérgenos

EXTRATOS COMPONENTESALIMENTOS Cód. ÁCAROS Cód. Funcionalidade

AbacateAbacaxiAbóboraAlhoAmeixaAmêndoaAmendoimArrozAtumAveiaAvelãBananaBatataLeite de cabraCacauCamarãoCaranguejoCastanha de cajuCastanhaCebolaCenouraCerejaCevadaCocoCorante vermelho carmimErvilhaEspinafreFeijão brancoCarne de frangoSésamoGlútenKiwiLagostaLaranjaLeiteLimãoLulaMaçãMamãoMangaMelMelãoMexilhão AzulMilhoMorangoNozesOvoOvo, claraOvo gemaPeixePêraPêssegoPimenta pretaPimenta vermelhaPimenta verdePimentaPolvoCarne de porcoQueijo (tipo Cam, Brie, Roqf)Queijo (tipo Cheddar)SojaSalmãoSardinhaUvaTrigoTrigo pretoCarne de vaca

ClorexidinaFolcodinaInsulina BovinaInsulina HumanaInsulina SuínaMorfinaPenicillina GPenicillina V

c8c261c71c73c70c260c1c2

Alternaria alternataAspergillus fumigatusAspergillus nigerCandida albicansCladosporium herbarumPenicillium notatumPenicillium glabrumS. enterotoxin AS. enterotoxin BS. enterotoxin CS. enterotoxin TSST

Barata de esgotoBarataFormiga Lava-péMutucaPernilongoVeneno de AbelhaVeneno de vespa/marimbondo

Olea europaea Salix caprea Pinus strobus Eucalyptus spp. Acacia longifolia Melaleuca leucadendron

Cynodon dactylonLolium perennePhleum pratensePoa pratensisSorhum halepensePaspalum notatum

CãoCavaloGalinhaGatoVaca

AlgodãoLatexFolha da tabaco

m6m3m207m5m2m1m209m80m81m223m226

i206i6i70i204i71i1i4

t9t12t16t18t19t21

g2g5g6g8g10g17

d201d2d3d1h2

o1k82o201

Blomia tropicalisD. farinaeD. microcerasD. pteronyssinusHouse dust

e5 e3e85e1e4

Der p 1 (D. pteronyssiues)Der p 2 (D. pteronyssiues)Der p 10, Tropomiosina (D. pteronyssiues)

Alfa lactalbumina (Leite)Beta-lactoglobulina (Leite)Caseína (Leite)Conalbumina (Ovo)Ovalbumina (Ovo)Ovomucóide (Ovo)Gliadina (Trigo)Ômega-5 Gliadina, Tri a 19 (Trigo)Tri a 14, LTP (Trigo)Beta-conglicinina (Soja)Glicinina (Soja)PR-10 (Soja)Ara h 1 (Amendoim)Ara h 2 (Amendoim)Ara h 3 (Amendoim)Ara h 8, PR-10 (Amendoim)Ana o 3 (Castanha de Caju)Ber e 1 (Castanha brasileira)Cor a 1 (Avelã)Cor a 14 (Avelã)Cor a 8, LTP (Avelã)Cor a 9 (Avelã)Jug r 1 (Nozes)Jug r 3, LTP (Nozes)Parvalbumina de CarpaParvalbumina de BacalhauTropomiosina do CamarãoPru p 1, PR-10 (Pêssego)Pru p 3, LTP (Pêssego)Pru p 4, Profilina (Pêssego)

Albumina sérica BovinaAlbumina sérica SuínaCan f 1 (Cão)Can f 2 (Cão)Can f 3 (Albumina sérica canina)Can f 5 (Cão)Fel d 1 (Gato)Fel d 2 (Albumina sérica felina)Fel d 4 (Gato)Equ c1 (Cavalo)

Hev b 1 (Latex)Hev b 3 (Latex)Hev b 5 (Latex)Hev b 6.02 (Latex)Hev b 8, Profiina (Latex)Hev b 11 (Latex)

Api m 1 - Fosfolipase A2 (Bee)Pol d 5 (Marimbond)Ves v 1 - Fosfolipase A1 (Wasp)Ves v 5 (Wasp)

Asp f 1 (Aspergillus fumigatus)Alt a 1 (Alternaria alternata)

Alfa-GalCCD (MUXF3, Bromélia)

ALIMENTOS

d202 d203 d205

f76f77f78f323f232f233f98f416f433f431f432f353f422f423f424f352f443f354f428f439f425f440f441f442f355f426f351f419f420f421

e204e222e101e102e221e226e94e220e228e227

k215k217k218k220k221k224

i208i210i211i209

m 218m 229

o215o214

Espécie-específicoEspécie-específicoEspécie-específicoEspécie-específicoEspécie-específicoEspécie-específicoEspécie-específicoEspécie-específicoEspécie-específicoEspécie-específicoEspécie-específicoReatividade CruzadaEspécie-específicoEspécie-específicoEspécie-específicoReatividade CruzadaEspécie-específicoEspécie-específicoEspécie-específicoEspécie-específicoReatividade CruzadaEspécie-específicoEspécie-específicoReatividade CruzadaReatividade CruzadaReatividade CruzadaReatividade CruzadaReatividade CruzadaReatividade CruzadaReatividade Cruzada

Reatividade CruzadaReatividade CruzadaReatividade CruzadaEspécie-específicoEspécie-específicoReatividade CruzadaEspécie-específicoReatividade CruzadaReatividade CruzadaEspécie-específico

Espécie-específicoEspécie-específicoEspécie-específicoEspécie-específico

Espécie-específicoEspécie-específico

Reatividade CruzadaReatividade Cruzada

ANIMAIS

LATEX

VENENOS

FUNGOS

DIVERSOS

MEDICAMENTOS

MICRORGANISMOS/FUNGOS

INSETOS/VENENOS

PÓLEN DE GRAMÍNEAS

PÓLEN DE ÁRVORES

ÁCAROS DE POEIRA

ANIMAIS

OUTROS

Cód.

Referências1. Schuyler A J, Wilson JM et Al. (2018) Ana o 3-specific IgE is a good predictor for clinically relevant cashew allergy in children. J Allergy Clin Immunol. 2018;142:139-482. Camacho G D, Arjona A M M, et Al. (2018) How molecular diagnosis may modify immunotherapy prescription in multi-sensitized pollen-allergic children. Allergol Immunopathol (Madr). 2018; 46: 552-56.3. Schuyler A J, Wilson J M, et Al. (2018). Specific IgG4 antibodies to cow’s milk proteins in pediatric patients with eosinophilic esophagitis. J Allergy Clin Immunol. 2018;142:139-48

Todos os alérgenos abaixo se referem a produtos ImmunoCAP™. Você pode encontrar os nomes registrados dos produtos na página anterior.

f96f210f225f47f255f20f13f9f40f7f17f92f35f300f93f24f23f202f18f48f31f242f6f36f340f12f214f15f83f10f79f84f80f33f2f208f58f49f293f91f247f87f37f8f44f256f245f1f75f3f94f95f220f279f263f218f59f26f82f81f14f41f61f259f4f11f27

Reatividade CruzadaReatividade Cruzada Reatividade Cruzada

Espécie-específicoEspécie-específicoReatividade CruzadaReatividade CruzadaReatividade CruzadaReatividade Cruzada

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