edição especial: dia mundial de proteção às florestas

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Certificada com o selo ambiental Bandeira Azul Rodney Domingues Publicação especial da Marinas Nacionais - distribuição gratuita. Julho de 2019 Marinas Nacionais - Estrada Guarujá-Bertioga, km 20,5 - Guarujá - SP CP 147 CEP 11446-002 Edição especial: Dia Mundial de Proteção às Florestas No dia 17 de julho, comemora-se o Dia Mundial de Proteção às Florestas e preparamos um guia de fauna e flora para você conhecer e proteger nossa biodiversidade.

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Page 1: Edição especial: Dia Mundial de Proteção às Florestas

Certificada com o selo ambiental Bandeira Azul

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Publicação especial da Marinas Nacionais - distribuição gratuita. Julho de 2019

Marinas Nacionais - Estrada Guarujá-Bertioga, km 20,5 - Guarujá - SP CP 147 CEP 11446-002

Edição especial:

Dia Mundial de Proteção às Florestas

No dia 17 de julho, comemora-se o Dia Mundial de Proteção às Florestas e preparamos um guia de fauna e flora para você

conhecer e proteger nossa biodiversidade.

Page 2: Edição especial: Dia Mundial de Proteção às Florestas

No dia 17 de julho, comemora-se o Dia Mundial de Proteção às Florestas. O Brasil abriga uma ampla diversidade de

ecossistemas florestais. A Marinas Nacionais está localizada dentro

da APA Serra do Guararu, com aproximada-mente 25,6km². Trata-se de uma área rema-nescente importantíssima na região, fazendo parte de um complexo de áreas protegidas do litoral paulista.

A APA Serra do Guararu é formada por Mata Atlântica que abriga entre 1% a 8% de espécies de toda a fauna e flora do planeta. Além do grande valor paisagístico e recreativo, garantem o equilíbrio ecológico e são responsáveis por um terço da biodiversidade do planeta. A pre-servação desse ambiente é condição essencial para a conservação da vida na Terra:> as árvores são locais para alojamento de ninhos

e é crucial para a sobrevivência de espécies como as abelhas em ambientes naturais e urbanizados;

Apresentação

ExpedienteA Revista Marinas Nacionais é uma publicação da Marinas Nacionais Comercial Ltda., distribuída

gratuitamente. A Marinas Nacionais não se responsabiliza por informações, conceitos ou opiniões emitidos em artigos assinados, bem como pelo teor dos anúncios publicitários. Estrada Guarujá-Bertioga, km 20,5 Caixa Postal 147, CEP 11446-002 - Guarujá - SP. Fale com a redação: [email protected].

Produção: Factum Design Gráfico. Tel.: (11) 99707-0241

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> se há desmatamento, muitas espécies são dizimadas devido à falta de alimentos;

> são essenciais para o ciclo da água, pois con-tribuem para a formação de chuvas que abastecem diversas regiões;

> ajudam a evitar os climas extremos, tais como cheia ou estiagem;

> são fonte de alimento e matérias-primas in-dispensáveis para a economia e desenvolvi-mento;

> prestam suporte necessário para a produção de todos os outros serviços: formação do solo, ciclos dos nutrientes e produtividade primária.

Para destacar a importância da data, a Marinas Nacionais preparou um material especial para você: uma parte da fauna e da flora existente na Floresta Atlântica, especialmente no entor-no da marina, publicada nas últimas edições da Revista Marinas Nacionais, para que você co-nheça e ajude a preservar essa riqueza inco-mensurável.

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Page 3: Edição especial: Dia Mundial de Proteção às Florestas

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Conteúdo

Nossa flora

Aroeira 11Embaúba 14Grumixama 8Ipê amarelo 12Jatobá 5Jerivá 10Mulungu 15Palmito Juçara 9Pau-ferro 4Pitangueira 13Quaresmeira 6Samambaia 7

Nossa fauna

Bicho-preguiça 12Caninana 9Cutia 11Esquilo Caxinguelê 8Gato-maracajá 13Guaxe 14Quero-quero 16Sabiá-laranjeira 10Saíra-Sete-Cores 15Tié-sangue 16Saruê 7Tatu-peba 4Teiú 5Tucano 6

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Page 4: Edição especial: Dia Mundial de Proteção às Florestas

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E ncontrado em grande parte do Brasil, o tatu-peba (Euphractus sexcinctus), conhecido também como peba, papa-defunto, tatupoiú,

tatu-de-mão-amarela, tatu-cascudo, tatu-peludo e peludo, possui coloração amarronzada, carapaça provida de pelos esparsos, com seis ou oito cintas de placas móveis, cauda longa e protegida por anéis córneos, cabeça cônica e achatada e cinco dedos em cada pata.

Notívago, solitário e onívoro, alimenta-se de uma vasta gama de plantas e animais, inclusive carcaças, o que lhe confere a possibilidade de transmitir o botulismo.

Sem a cauda, pode chegar a medir mais de 40 cm de comprimento. Na carapaça, é possível encontrar de 2 a 4 glândulas, que soltam uma secreção de odor característico, utilizado tanto na demarcação da toca, quanto para atrair outros indivíduos para reproduzir.

As garras são grandes e fortes para cavar o chão e construir a toca, podendo chegar a 1 ou 2 metros de profundidade. Quando ameaçados por predadores, correm até encontrar uma toca, já cavada, para se esconder da possível situação de perigo. Se capturado, morde para escapar.

O Pau-ferro foi um símbolo da defesa do meio ambiente, quando o presidente da Assem-bleia Nacional Constituinte, o deputado Ulysses

Guimarães plantou um exemplar no Bosque dos Constituintes, em Brasília, um dia antes da promulgação da nova Carta Magna, em 1988.

O nome advém do ruído metálico e das faíscas produzidas pelos machados ao cortá-la. Também chamado de pau-ferro-verdadeiro, jucá, ibirá-obi, imirá-itá, muirá-obi e muiré-itá. Já o nome científico é Caesalpinia ferrea var. leiostachya Martius. É uti-lizada para o paisagismo, movelaria, construção civil e é excelente para a fabricação de violões e violinos.

Nativa da Mata Atlântica, atinge 30 metros de altura e a copa entre 6 e 12 metros de diâmetro. O tronco é liso e cinzento quando jovem, tornando-se malhado com o tempo. As flores são amarelas e pequenas e ocorrem no verão e no outono. Os frutos são vagens duras que amadurecem no inverno. Parte dos frutos cai, e outra parte permanece na planta, formando um banco de sementes aéreo.

Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente no primeiro ano após o transplante das mudas.

Com garras fortes para cavar o chão, o tatu-peba se alimenta de vasta gama de plantas e animais,

incluindo defuntos

Nativa da Mata Atlântica, seu nome é uma referência ao som metálico e

às faíscas produzidas pelos golpes de machado ao cortá-la

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Tatu-peba Pau-ferro

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O gênero de répteis Tupinambis, da família Teiidae, é conhecido como teiú, teju açu, lagar-tiu, teju, tegu, jacuraru, jacuaru, jacuruaru, ja-

cruaru e caruaru. Atingem até 2 metros de compri-mento, incluindo a cauda. As mandíbulas são fortes e providas de um grande número de pequenos dentes pontiagudos. A língua é comprida e bífida. São comuns no Brasil, ocorrendo em quase todo o País, com exce-ção da Floresta Amazônica.

São onívoros e alimentam-se principalmente de ovos. Entre a primavera e o verão, são encontrados com facilidade em campos, trilhas e matas preservadas. Gostam de banhar-se ao sol. Podem se tornar agressivos quando se sentem ameaçados, usando a cauda longa para se defender. Costumam se camuflar em meio às folhagens e fazem muito barulho ao fugir na mata.

No período de reprodução, a fêmea põe até 36 ovos, que são incubados por até 90 dias. É das poucas es-pécies de répteis que têm cuidado parental, guardan-do os ovos até a eclosão.

A única maneira de domesticar um Teiú é adquirir de outro proprietário, fazendo a transferência da docu-mentação com comprovação de origem e registro no IBAMA. O comércio do Teiú só pode ser praticado pelos criadouros, que já não existem mais no país.

A madeira do jatobá é uma das mais valiosas entre todas as espécies do mundo. Usada na movelaria e construção civil, também na

construção de canoas indígenas, por ser de fácil trabalho manual e resistência à água.

Pertence à família das Fabaceae ou Leguminosae, nativa das florestas tropicais do continente americano e da Ásia. O nome científico é Hymenaea courbaril, e é conhecida como jutaí, copal, jataí e muitos outros nomes.

Pode alcançar 40 metros de altura e 2 metros de diâmetro, embora uma árvore tenha atingido 95 metros na Amazônia. A polinização é feita por várias espécies de morcegos e beija-flores. A floração ocorre na época de seca do ano.

Considerada sagrada por povos indígenas, que ingerem as sementes antes dos rituais sagrados de meditação. A ciência comprovou seu efeito benéfico sobre a mente humana.

As abelhas Jataí produzem das flores do jatobá um mel medicinal muito usado para problemas respiratórios. Já a resina, conhecida como copal, é usada como incenso pelos rituais xamânicos latino-americanos e na indústria de verniz.

A casca tem uso medicinal e o fruto é rico em cálcio, fósforo, ferro, potássio, magnésio e vitamina C.

Lagarto comum no Brasil, mesmo domesticado, pode

possuir comportamento agressivo quando incomodado

Árvore altamente explorada pelo seu valor comercial, possui várias qualidades nos seus frutos, casca,

sementes e flores

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Teiú Jatobá

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Os tucanos, araras e papagaios são um dos maiores símbolos das aves do continente sul-americano com sua plumagem colorida

e bicos de formato e tamanho inconfundíveis. Encontrado tanto no Cerrado quanto na Mata Atlântica, o tucano-toco ou tucanuçu é o maior dos tucanos. O nome científico significa ave de bico grande como uma espada (Ramphastos) que faz seu ninho no oco/ toco do pau (toco).

O enorme bico com cerca de 20 centímetros, formado de tecido ósseo esponjoso, é alaranjado com uma mancha negra na ponta. A plumagem é negra, destacando-se o papo e o uropígio brancos, além do crisso manchado de vermelho.

A dieta é basicamente de frutos, capturando insetos, ovos e filhotes de outras espécies com seu bico duro e com bordas serrilhadas.

O tucano pode chegar a 56 centímetros de compri-mento e pesar 540 gramas. Faz ninho em árvores ocas, buracos e em barrancos. Costuma botar de dois a quatro ovos, que são incubados por período de 16 a 18 dias. O macho costuma alimentar a fêmea na época da reprodução.

Ao dormir, vira a cabeça e descansa o bico nas costas, podendo reduzir seu tamanho em dois terços.

A quaresmeira possui esse nome porque cos-tuma florescer durante a Quaresma. Mas tam-bém produz flores na primavera, com botões de

cores roxas ou róseas. As folhas são perenes, den-teadas, com nervuras, e em algumas espécies são ave-ludadas. Mesmo quando não está florida, ela é utili-zada para ornamentar paisagens e as ruas das cidades.

Existe enorme confusão entre “quaresmeira” e “manacá da serra” devido aos nomes populares que variam de acordo com a região. No Manacá (Tibouchina mutabilis) a mesma flor tem 3 tonalidades: branca, rosa e lilás, enquanto que na Quaresmeira (Tibouchina granulosa) a flor tem uma cor apenas.

Tem porte pequeno a médio, podendo atingir de 8 a 12 metros de altura. Trata-se de uma espécie pio-neira da Mata Atlântica. Seu habitat é principalmente na floresta ombrófila densa da encosta atlântica.

Apresenta grande número de pequenas sementes, que são dispersadas pelo vento e pode ser multiplicada por estaquia. O período de vida pode alcançar de 60 a 70 anos.

Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, profundo, drenável, enriquecido com matéria orgâ-nica e irrigado regularmente no primeiro ano após o plantio.

Ave cujo bico é inconfundível, o tucano possui plumagem

colorida e faz ninho em árvores ocas, buracos e barrancos

Espécie pioneira da Mata Atlântica, a quaresmeira ganha esse nome por

florescer na época da Quaresma, apesar florir durante a Primavera também

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Tucano Quares-meira

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Osaruê, gambá-de-orelha-preta ou sarué (Didelphis aurita) é um marsupial de orelha de cor preta e desnuda que inspira o seu nome popular.

Atinge 60 a 90 cm de comprimento e chega a pesar até 1,6 kg. Alimenta-se de tudo o que encontra, insetos, larvas, frutas, pequenos roedores, ovos, cobras etc. Possui duas camadas de pelos, uma interna como uma espécie de lanugem ferrugínea e outra externa de pelos longos cinza ou preta. Barriga e cabeça cor de ferrugem e com marcas distintas de cor preta e ferru-gíneas sobre a fronte. Uma glândula na região do ânus exala odor desagradável. A fêmea possui no ventre o marsúpio, bolsa formada pela pele do abdômen onde encontram-se 13 mamas. A gestação dura cerca de 13 dias, gerando oito filhotes que ficam presos nas tetas da mãe por três meses. Pode dar duas crias por ano. Abriga-se em ocos de árvores, entre folhas, ninhos de aves e forro de residências. Excelente escalador de árvores. É considerado ótimo controlador de populações de roedores e dispersores de sementes. Habita florestas, regiões cultivadas e áreas urbanas em toda a Mata Atlântica e restinga brasileira. São animais selvagens, não domes-ticáveis e podem morder quando se sentem ameaçados. A caça e domesticação é proibida por se tratar de um animal silvestre, protegido pela legislação ambiental brasileira.

Marsupial que habita o Brasil é considerado escalador e abriga-se em ocos de árvores e forros de residências

Uma das plantas mais antigas do mundo, a samambaia corre o risco de extinção pela exploração desenfreada

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Saruê Samambaia

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Elas surgiram no início da formação de nosso planeta junto com os liquens, fungos e musgos. Conseguem se adaptar em diversas condições, desde ambientes

mais agrestes, com areia e muito sol, até a sala de sua casa, em um local com meia sombra. Em sua maioria, as samambaias gostam de solo úmido, luz indireta e pro-teção contra os ventos, que desidratam suas folhas.

Uma de suas variedades, também conhecida por xaxim ou samambaiaçu, tem o uso de seu caule em vasos ou substrato para outras plantas, o que a fizeram entrar na lista das espécies ameaçadas de extinção do Ibama. Outros risco que correm é com a exploração desenfreada, a fragmen-tação de habitats, e a invasão de plantas exóticas. Não pro-duzem sementes e reproduzem-se por esporos, que dão origem a um indivíduo de vida curta (o protalo), que por sua vez produz gametas para dar origem a uma nova planta.

As plantas são formadas por um caule, normalmente um rizoma. As folhas, chamadas frondes, são muitas vezes compostas ou recompostas e na sua face inferior (ou abaxial), pequenos órgãos chamados soros, que contêm os esporos.

São bem distribuídas nas zonas tropicais, subtropicais e temperadas do mundo. No Brasil já foram descritas mais de 1.000 espécies de samambaias, amplamente utilizadas como plantas ornamentais.

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Page 8: Edição especial: Dia Mundial de Proteção às Florestas

O caxinguelê (Guerlinguetus ingrami) é um roedor típico do Brasil. Esguio, esperto e ágil recebe também o nome de serelepe, acutipuru, quati-

puru, quatimirim, caxinxe e catiaipé.São capazes de saltar a uma distância de 5 metros de

um galho para outro. Possuem cerca de 20 centímetros de comprimento mais a cauda com cerca de 18 centímetros e podem chegar a pesar 300 gramas quando adultos.

Vivem em áreas da Floresta Amazônica e Mata Atlân-tica, com presença rara em áreas movimentadas. Tem hábitos diurnos e é arborícola, descendo das árvores apenas para buscar alimento ou enterrar com terra e folhas as sementes, dispersando-as.

Por ter os músculos das mandíbulas fortes e seus dentes incisivos de crescimento contínuo, é necessário gastá-los em alimentos, de preferência duros. Sua dieta também é composta por ovos de pássaros, cogu-melos e frutos secos.

Vivem sozinhos ou em pares e dormem em troncos ocos de árvores. A fêmea reproduz uma vez por ano com uma ninhada de 3 a 10 filhotes. A alta presença de esquilos numa mata pode apontar que faltam predadores. Os mais comuns são a jaguatirica, a onça-pintada e o gato-do-mato. A caça e domesticação é proibida por se tratar de um animal silvestre, protegido pela legislação ambiental brasileira.

Da família das Myrtaceae e nativa da Mata Atlântica, a grumixama é uma árvore de porte médio, desenvolvimento lento, com

flores brancas de muito perfume, dotada de copa densa e estreita. Quando adulta, pode alcançar de 6 a 20 metros de altura. A madeira é própria para obras de marcenaria comum, carpintaria e forros. Seu fruto pode ser utilizado para preparar sucos, licores, aguardentes, vinagres e doces.

A frutificação ocorre entre novembro e dezembro, apreciada como alimento para a fauna e, portanto, muito utilizada nos projetos de restauração florestal por atrair pássaros.

Tem alto teor de vitamina C, do complexo B (B1 e B2) e flavonoides. Pode ser usada como expectorante e para cessar a tosse, quando feito um xarope com a sua casca e um pouco de mel. Por ser rica em antioxi-dantes, a sua ingestão previne problemas como enve-lhecimento precoce, doenças cardiovasculares, ateros-clerose, Doença de Alzheimer e doenças pulmonares.

Há ocorrência desde Pernambuco até o Paraná, na mata pluvial atlântica, mas tem sido ameaçada de extinção. Também é conhecida como grumixaba, grumixameira, cumbixaba, ibaporoiti e gurumixa-meira.

Espécie vive nas florestas Amazônica ou da Mata Atlântica e é considerada uma

ótima dispersora de sementes

Árvore de porte médio e nativa da Mata Atlântica, seu fruto é rico em

antioxidantes

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Esquilo Caxinguelê Grumixama

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Uma das serpentes mais rápidas do mundo, a caninana é temida por se alimentar de animais muito maiores que seu próprio corpo, che-

gando a digerir refeições vinte vezes mais pesadas que ela mesma. Parente próxima das cobras, a Spilotes-pullatus também é conhecida por araboia ejacaninã.

Sua pele é amarelada com manchas pretas, vivem em florestas e não são encontradas em zonas urbanas. Apesar das grandes presas, não é venenosa. Agressiva quando se sente ameaçada, em posição de ataque, fica com o pescoço inchado e a parte frontal sobe. Sua tática é o enforcamento rápido e ágil, na maior parte das vezes eficiente.

Dona de hábitos noturnos, se alimenta de animais menores como lagartos, sapos e anfíbios em geral, preferencialmente vivos. Ela come ovos de aves e as próprias aves se estas estiverem em uma posição fa-vorável, bem como ovos de outras serpentes e cobras para cobrir seu território. O alimento é engolido in-teiro para fazer a digestão com ácidos de seu sistema digestivo e eliminado em fezes.

O comprimento máximo é de três metros e a repro-dução se dá através de ovos colocados em cantos escon-didos da terra em períodos de chuva. A cada reprodu-ção são postos 15 ovos em média e quase todos nascem.

O palmito juçara, Euterpe edulis (Aracaceae), uma palmeira de porte médio para grande e que pode atingir de 8 a 15 metros de altura,

é uma espécie abundante da Mata Atlântica, mas também é uma das mais ameaçadas. Além da redução de seu habitat, o corte para extrair seu principal produ-to, o saboroso palmito, acarreta na morte da planta.

Os frutos amadurecem no inverno, de coloração escura e possuem uma única semente envolta por polpa fibrosa comestível, de grande importância para alimentação de diversas espécies de aves, como tucanos, sabiás e periquitos, além de mamíferos como tatus, capivaras, entre outros.

O processamento da polpa do fruto da juçara e o uso em projetos de paisagismo são aliados para um manejo adequado para a espécie.

O tronco é fino e alto e sua floração é branca e em cacho. Apenas 20% das cerca de três mil sementes/ano vingam. Para desenvolver-se, o palmito juçara precisa de temperaturas médias de 17°C a 26°C, solo fértil com textura arenosa e argilosa e uma drenagem de água de boa para regular. Ocorre naturalmente do sul da Bahia e Minas Gerais até o Rio Grande do Sul na Mata Atlân-tica e em Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Pa-raná, nas matas ciliares da bacia do Rio Paraná.

Serpente não venenosa, a caninana é capaz de se alimentar de animais até

vinte vezes mais pesados que ela própria

Palmeira da Mata Atlântica com elevado potencial econômico, quase foi extinta

pela exploração descontrolada

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O sabiá-laranjeira é um dos pássaros mais po-pulares e homenageados. Além de ave símbo-lo do estado de São Paulo e do Brasil foi citada

por inúmeros poetas e compositores por cantar na es-tação do amor, a primavera. Conhecido também como sabiá-cavalo, sabiá-ponga, piranga, ponga, sabiá--coca, sabiá-de-barriga-vermelha, sabiá-gongá, sabiá--laranja, sabiá-piranga, sabiá-poca, sabiá-amarelo, sabiá-vermelho e sabiá -de-peito-roxo. O nome sig-nifica em tupi “aquele que reza muito”. O canto é muito apreciado e se assemelha ao som de uma flauta. Canta principalmente ao alvorecer e à tarde. O canto serve para demarcar território e, no caso dos machos, para atrair a fêmea. A fêmea também canta, mas numa fre-quência bem menor que o macho. A plumagem é parda, exceto na região do ventre, destacada pela cor vermelho--ferrugem. O bico é amarelo-escuro. Mede 25 centí-metros de comprimento e o macho pesa 68 gramas e a fêmea, 78 gramas. O ninho é feito entre setembro e ja-neiro e a fêmea choca até 3 vezes por ano, de 3 a 4 ovos por vez. O período de incubação dura em torno de 13 dias. Macho e fêmea se revezam na construção do ninho e na alimentação dos filhotes. Vive solitário ou aos pares, em bordas de florestas, parques, e áreas urbanas arbo-rizadas. Presente do Maranhão ao Rio Grande do Sul.

Os coquinhos do jerivá (Syagrus romanzoffiana), também chamado baba-de-boi, coco-catarro, coqueiro, coqueiro-jerivá, coquinho-de-ca-

chorro, coquinho-meleca, jeribá, coqueiro-pindoba, coco-juvena, coqueiro-pindó, gerivá, juruvá, jiruvá, jurubá, servem de alimentos para muitos animais, como o periquitão-maracanã, maritacas, esquilos--caxinguelê e ainda é apreciado por cachorros e humanos. A parte externa do fruto é carnosa, ama-relada e composta de uma mucilagem adocicada que reveste uma pequena castanha. A semente germina em cerca de 100 a 150 dias, tendo um potencial de germinação de cinquenta a 79 por cento. A folha é usada como ração para o gado. A árvore fornece também palmito para alimentação humana. Nativa da mata atlântica, é usada no madeiramento de te-lhados, em paisagismo ornamental e reflorestamen-tos. Possui crescimento moderado, de 10 até mais de 15 metros e tronco até 60 centímetros de diâmetro. A dispersão é através dos animais que consomem os frutos e dispersam as sementes através das fezes. Possui grande resistência no transplante, mesmo quando adulta. Presente nas regiões Sudeste e Sul, e nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e sul da Bahia.

Símbolo do estado deSão Paulo e do Brasil, ave se destaca pelo canto parecido com uma flauta

Os frutos do jerivá são apreciados por humanos e vários animais, entre

eles, o cachorro

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Sabiá-laranjeira Jerivá

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A cutia é um animal silvestre, espécie de ma-mífero roedor de pequeno porte, também conhecida como acuchi, acouti, aguti ou

açutí. Na natureza, exerce importante papel ecoló-gico ao dispersar sementes graças ao hábito de en-terrar as frutas para comerem depois e as sementes acabarem germinando. No entanto fica à mercê da prática de caça ilegal e da redução de seu hábitat, devido ao desmatamento e ao crescimento urbano sobre matas e florestas pelo território nacional. Tem hábitos diurnos e vive em ambientes próximos a rios e lagoas em matas e capoeiras das áreas do Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, sobretudo em regiões do sudeste, nordeste e norte do país, saindo no entar-decer à procura de frutos e sementes caídos das ár-vores para alimentar-se. A expectativa de vida está entre 14 e 16 anos e alcança porte médio de 40 a 60 centímetros de comprimento, 15 a 20 centímetros de altura e cerca de 2 a 4 quilos de peso. Locomove--se aos saltos por ter as patas traseiras bem maiores que as dianteiras. Possui a cabeça alongada e tem quatro dentes incisivos grandes e curvos. Vive em pequenos grupos. Tem dois ou três filhotes de cada vez, que já nascem peludos e de olhos abertos. Qua-se não possuem cauda, que é bem pequena.

Conhecida como “pimenta rosa”, a Aroeira, “Schinus terebinthifolius” também é chama-da popularmente como fruta do sabiá, aroei-

ra-vermelha, aroeira-mansa, aroeirinha e aroeira--pimenteira. Apesar do nome Pimenta Rosa, a Aro-eira não é uma pimenta e seu fruto, com sabor suave, adocicado e perfumado, após um processo de secagem é utilizado na culinária, em pratos quentes, marina-das e saladas, combinando com carnes e legumes. A Aroeira Pimenteira é uma árvore bastante interes-sante para arborização urbana. Seu porte médio e a frutificação ornamental, aliados à rusticidade da planta, fazem com que ela seja uma excelente esco-lha para o paisagismo, prestando-se também como cerca-viva. Floresce principalmente durante os meses de setembro a janeiro e frutifica predominan-temente no período de janeiro a julho. Também é aproveitada como lenha, arborização de pastos e recuperação de áreas degradadas por se tratar de planta pioneira. Serve bem à criação de abelhas, que retiram além do néctar e pólen retirados das flores, uma resina muito atrativa e perfumada de seu caule. Pode ser encontrada em todo o litoral brasileiro, desde o Nordeste até o Rio Grande do Sul, estenden-do-se também pelo Cerrado.

Importante dispersor de sementes, esse roedor de pequeno porte está cada vez mais ameaçado

pela caça ilegal e diminuição do hábitat

Porte médio e rusticidade da planta, faz da Aroeira uma opção bem interessante

para a arborização urbana

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Cutia Aroeira

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O metabolismo muito lento do seu organismo, responsável por movimentos extremamente lentos e pelas sonecas de quatorze horas por dia,

é a característica que dá nome a esse mamífero Folívora, da ordem Pilosa, conhecidas popularmente por preguiça, bicho-preguiça, aí, aígue e cabeluda.

As longas garras dos dedos permitem que se pendure aos galhos das árvores, com o dorso para baixo, nas flo-restas tropicais desde a América Central até o norte da Argentina. Possui de 3,5 a 6kg quando adultas e a pelagem pode parecer esverdeada graças às algas que ali se desen-volvem. O pelo cresce do ventre em direção ao dorso, o que ajuda a água da chuva a correr sobre o corpo.

Os dentes das preguiças não têm esmalte, por isso só se alimentam de brotos, folhas e frutos da embaúba, ingazeira, figueira e da tararanga, e estão sempre cres-cendo devido ao contínuo desgaste. Por não ter incisivos, a preguiça parte as folhas usando seus lábios duros. A expectativa de vida varia de trinta a quarenta anos.

Entre seus predadores está a onça-pintada, a harpia e algumas serpentes. Porém a maior ameaça é o homem, que a comercializa em feiras livres e nas margens de rodovias como animais de estimação. A acelerada fragmentação e destruição das matas, a deixa exposta à caça e à captura. Estima--se que venha a ser espécie ameaçada em futuro próximo.

Apesar do título de árvore nacional seja atri-buído ao pau-brasil, que inclusive deu nome ao nosso país, o ipê-amarelo é considerada a

árvore símbolo do Brasil. Atributos não faltam a essa espécie exuberante por sua beleza e pela gros-sura de sua casca, característica que deu origem ao nome (em tupi, ipê significa árvore cascuda).

Largamente utilizada em obras de construção civil e naval, como matéria-prima para produção de tacos para assoalho, dormentes, mourões, vigas, eixo de roda de carroçaria, parquê e peças de marcenaria e carpintaria. A grande procura tornou-se uma ameaça à planta.

Por ter boa tolerância à poluição urbana, tem sido usada em praças, margens de ruas e estradas. Ainda é recomendada para reflorestamento e reposição de mata ciliar, desde que o terreno não esteja sujeito a inundações.

O tronco é levemente tortuoso, com ramos grossos e irregulares e copa arredondada, podendo atingir até 30 metros e altura. Para o plantio, recomenda-se evitar áreas sob a incidência direta do sol ou com geadas, apesar de tolerar temperaturas baixas. A preferência é por solos úmidos, de boa drenagem e textura argilosa. O ideal é aliar o cultivo com outras plantas, como jequitibá e cedro.

Os movimentos lentos e o costume de dormir quatorze horas batizam

esse mamífero que vive em árvores da Mata Atlântica

A árvore símbolo do Brasil embeleza campos e cidades e se tornou

símbolo da estação da primavera

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Bicho-preguiça Ipê amarelo

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Page 13: Edição especial: Dia Mundial de Proteção às Florestas

Lembra da Cruela Devil da história dos 101 Dálmatas, dos estúdios Disney? Ela usa um casaco feito da pele de um gato-maracajá. A

beleza de sua pele o torna ameaçado de extinção pelo seu maior predador: o homem.

É um gato selvagem que possui de 30 a 48 cm de altura e pesa entre 2 e 5 quilos, tem a cauda mais comprida do que suas pernas. Vive nas alturas e é ágil, pode saltar grandes distâncias e é a única espécie que pode descer de árvores de cabeça para baixo, como os esquilos. Os pelos têm cores que vão do amarelo ao marrom, ou castanho com de-senhos largos como rosetas. Os olhos são grandes, as orelhas redondas e suas garras são mais longas do que as da jaguatirica.

Animal de hábitos solitários e noturnos, é carní-voro, comendo pequenos animais mamíferos, aves, répteis como lagartos, rãs, insetos e até frutos. Depois de 81 a 84 dias de gestação, nasce, normal-mente, apenas um filhote. O filhote tem manchas negras e mama até fazer 40 dias de nascido, quan-do então começa a comer.

É encontrado nas florestas tropicais da América Central e América do Sul, sendo comum pela região onde está a Marinas Nacionais.

Muito comum pela região da Baixada Santista, a pitanga é o fruto da pintangueira. A palavra vem do termo tupi antigo ybápytanga, que

significa “fruto avermelhado”, numa referência à cor mais comum do fruto.

O nome científico é Eugenia uniflora L., uma árvore medianamente rústica, de porte pequeno a médio, com 2 a 4 metros de altura, mas alcançando, em ótimas condições de clima e de solo, quando adulta, alturas acima de 6 metros e até, no máximo, 12m. A copa glo-bosa é dotada de folhagem perene. As folhas pequenas e verde-escuras, quando amassadas, exalam um forte aroma característico. As flores são brancas e pequenas, tendo utilidade melífera (apreciada por abelhas na fa-bricação do mel).

Apesar de apreciada pelo sabor marcante, a pitanga não é produzida comercialmente, pois, quando madura, fica muito tenra e danifica-se facilmente com o transporte.

O plantio da pitangueira é feito simplesmente pela colocação de um caroço de pitanga no solo ou pelo transplante de uma muda até o local adequado ou por meio do próprio fruto. Também usada como árvore orna-mental em áreas urbanas de cidades brasileiras, na recu-peração de áreas degradadas pois os frutos são um ótimo atrativo para pássaros e animais silvestres em geral.

Gato selvagem comum pela região da Marinas Nacionais está ameaçado de

extinção pelo homem, por causa de sua pele

Comum nas cidades da Baixada Santista, a pitanga é cultivada facilmente inclusive

em solos arenosos e secos

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Gato-maracajá Pitangueira

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Page 14: Edição especial: Dia Mundial de Proteção às Florestas

O termo “Embaúba” origina-se do termo tupi ãba’ib, que significa “árvore oca”. Também conhecida como a “árvore-da-preguiça”, por

ser a preferida da preguiça-de-coleira, que consome avidamente suas folhas tenras.

As folhas são divididas em 9 a 10 lóbulos com a parte inferior branca. Os frutos são pontiagudos. Possuem frutos atrativos a várias espécies de aves.

Característica de solos úmidos, a espécie pode chegar a 15 metros de altura e pertence ao estrato das plantas pioneiras da Mata Atlântica.

Por serem leves, pouco exigentes quanto a solo e muito comuns, são muito utilizadas em áreas desmatadas em recuperação, além de serem capa-zes de se dispersar rapidamente.

Como possuem caule e ramos ocos, vivem em simbiose com formigas, especialmente as do gêne-ro Azteca, que habitam o seu interior e que as protegem de animais herbívoros. Os índios utiliza-vam a madeira da raiz para fazer fogo por fricção com outra madeira dura.

Floresce de setembro a outubro e é atualmente bastante usada em paisagismo. Afora isso, sua madeira é empregada na confecção de brinquedos, saltos de calçados e lápis.

O Guaxe, Cacicus haemorrhous, pertence à família Icteridae. Sua coloração é negra com mancha vermelha na base da cauda,

bico comprido de coloração amarela e seus olhos azulados. Os machos e as fêmeas têm a plumagem idêntica, sendo que os machos são ligeiramente maiores que as fêmeas.

Com tamanho entre 21,5 e 29,5 cm de compri-mento, pesam entre 62 e 96g. Convivem em bandos e no alto das árvores. Devido sua realeza, esta espécie sofre com ameaças de captura ilegal. A voz é rouca, misturada com assovios e o canto é barulhento.

Os ninhos são em formato de bolsa, composto por pequenos galhos e cuidadosamente entrela-çados, uma verdadeira obra prima localizada próximo da água e em bordas de florestas.

Sua alimentação é mista, ou seja, variando de insetos, frutos, néctar.

Está presente no Brasil em duas regiões sepa-radas: em toda a Amazônia e de Pernambuco ao Rio Grande do Sul, estendendo-se para o interior até Goiás e Mato Grosso do Sul. Encontrado também nos demais países amazônicos e no Paraguai e Argentina.

Espécie primária, essa árvore de tronco oco e crescimento rápido é muito utilizada em

recuperação de áreas desmatadas

Conheça a ave que tem um ninho característico em formato de bolsa, composta por pequenos

galhos cuidadosamente entrelaçados

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Frequentada por beija-flores, periquitos, papagaios, entre outros, o Mulungu (Erythrina mulungu) é uma árvore da familia Fabaceae-Faboideae

comum na região Sudeste do Brasil. Seu tronco é revestido por farta camada de cortiça e pode chegar a 14 metros de altura. Também conhecida popular-mente por amansa-senhor, capa-homem, canivete, corticeira, bico-de-papagaio, eritrina, sapatinho-de--judeu, sananduva e suinã.

Entre julho e setembro, perde as folhas e suas flores de forte cor laranja avermelhada se destacam. A madeira é empregada em caixotaria e na fabricação de pasta celulósica. Isso porque sua textura é leve e mole.

Produz, anualmente, grande quantidade de semen-tes viáveis. Ela se reproduz tanto por sementes como por estacas. As mudas crescem rapidamente (estão prontas para o plantio em menos de 4 meses). Já o seu desenvolvimento no campo pode ser considerado moderado (alcança 2,5 metros em dois anos).

Estudos mostram que possui propridades sedativas, ansiolíticas e anticonvulsivantes. Também ocorre nos estados do Acre, Rondônia, Maranhão, Mato Grosso, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Pássaro de plumagem complexa e brilhante, a Saíra-sete-cores é uma ave passeriforme da fa-mília Thraupidae. A explosão de cores começa com

a cabeça, nuca e queixo turquesas, ombros negros e coberteiras primárias azul violeta. A nuca e o manto superior são verde-amarelo pálido. O uropígio é ama-relo-alaranjado. Parte da cauda é azul-turquesa, a outra é preta com bordas verde-claras na base, ficando azul turquesa distalmente. As penas de voo são pretas com bordas largas verdes pálidos. Bico preto e garganta e o peito superior são negros. O peito é azul-turquesa e o ventre é verde. Os tarsos e pés são pretos.

Com cerca de 13,5 centímetros de comprimento e pe-sando cerca de 18 gramas, é frugívoro, apreciando frutos de palmeiras, goiaba, mamão, ameixa e caju e também de frutos silvestres como frutos de Urtica e Hamelia além de bagas de bromélias. Alimenta-se também de insetos. Costuma frequentar comedouros com frutas.

Monogâmico, atinge a maturidade sexual aos 12 meses e a época de reprodução ocorre entre novembro e feve-reiro. A fêmea põe de 2 a 4 ovos pálidos e a incubação dura de 15 a 17 dias. Pode ser encontrada em todos os estratos da floresta atlântica e nas matas baixas do litoral, onde é muito frequente. Esta espécie pode ser vista aos pares ou em pequenos grupos, às vezes com até 20 aves.

Árvore característica pela sua textura leve e mole, tem como destaque a coloração

laranja avermelhada de sua floração

Exuberante nas cores, espécie é encontrada em grande parte do

Sudeste, especialmente no litoral

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O tiê-sangue (Ramphocelus bresilius) é considerado a ave símbolo da Mata Atlântica. Também conhecido como sangue-de-boi, tiê-fogo, chau-baêta e tapiranga,

é uma ave sul-americana passeriforme da família Thraupidae, reconhecida pela beleza de sua plumagem vermelha e a calo-sidade branca na base da mandíbula nos indivíduos machos. Devido ao diformismo sexual, as fêmeas possuem cor parda nas partes superiores e marrom-avermelhada nas inferiores.

O canto é um gorjear melodioso e trissilábico, que costuma ser repetido sem pressa. Pesa cerca de 31 gramas e mede 19 cen-tímetros de comprimento. É frugívoro, tendo predileção pelos frutos da embaúba, bastante comuns em áreas em recuperação, bem como em locais próximos a cursos ou reservas de água. Ali-menta-se de insetos e vermes. Um fator que beneficiou a pre-sença no litoral do Sudeste foi a extensiva cultura da banana, que fornece uma rica fonte de alimentação, durante todo o ano. Vive mais aos pares do que em pequenos grupos. Varia de incomum a localmente comum em capoeiras baixas, bordas de florestas, restingas e plantações, às vezes também em parques e praças de cidades.

Lembre-se, de acordo com a Lei de Crimes Ambientais, matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória sem a devida permis-são, licença ou autorização da autoridade competente ou em desacordo com ela pode acarretar em pena de seis meses a um ano de detenção, e multa.

Espécie endêmica do Brasil, o macho se destaca pela plumagem

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Comum em todo o litoral e visitante constante da Marinas Nacionais, o Quero Quero, cujo nome científico é Vanellus chilensis, é uma ave

típica da América do Sul. Com fama de ranzinza, investe corajosamente sobre

qualquer animal e até mesmo de pessoas que se apro-ximam de seu território, especialmente na época de reprodução. “Não é bom chegar perto dessas aves que, por instinto, protegem muito bem seus ninhos”, expli-ca Leila Pio dos Santos, responsável pelo setor de meio ambiente da Marinas Nacionais.

Na primavera, a fêmea põe normalmente de três a quatro ovos em cavidade feita no solo. Seus ovos têm formato de pera, forma adequada para rolarem ao redor de seu próprio eixo e não lateralmente, sendo mancha-dos, confundindo-se perfeitamente com o solo. Quan-do as aves adultas são espantadas do ninho fingem-se de feridas a fim de desviar a atenção do inimigo para longe dos filhotes.

Alimenta-se de invertebrados aquáticos e peixinhos que encontra na lama. Para capturá-los, ele agita a lama com as patas para provocar a fuga de suas presas. Tam-bém se alimenta de artrópodes e moluscos terrestres.

Em média, tem 37 centímetros e peso de 277 gramas. A íris e as pernas são avermelhadas. O esporão é exibido a rivais ou inimigos com um alçar de asa ou durante o voo.

Ave de canto característico, é figurinha carimbada na Marinas

Nacionais

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Est. Guarujá-Bertioga, km 20,5

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