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O BANCÁRIOO único jornal diário dos movimentos sociais no país

ASSEMBLEIA ITAÚSEGUNDA , ÀS 18h, NO SINDICATO

Edição Diária 7301 | Salvador, 22.09.2017 a 24.09.2017 Presidente Augusto Vasconcelos

RESISTÊNCIA

Santander “brinca” com desemprego

Desperdício no Brasil é gritante

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Os bancos públicos são alvo da cobiça do grande mercado capitalista. O projeto neoliberal do governo Temer inclui a privatização das estatais.

Cobiça neoliberal pelos públicos

Por saber a importância das instituições, o Sindicato segue com a mobilização em defesa do desenvolvimento nacional e do emprego. Página 2

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, 22.09.2017 a 24.09.20172 RESISTÊNCIA

Governo Temer faz de tudo para privatizar as estatais, patrimônio do povobárbArA AGuiArimprensa@bancariosbahia.org.br

joão ubaldo

manoel porto

Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933

O BANCÁRIO

Bancários fazem a defesa dos públicos

informativo do Sindicato dos bancários da bahia. Editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. Diretor de imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.Endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-bahia. CEP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - imprensa@bancariosbahia.org.brJornalista responsável: rogaciano Medeiros - reg. MTE 879 DrT-bA. Chefe de reportagem: rose Lima - reg. MTE 4645 DrT-bA. repórteres: Ana beatriz Leal - reg. MTE 4590 DrT-bA e rafael barreto - reg. SrTE-bA 4863. Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Felipe Iruatã . Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.

CONTRA as medidas do governo de Michel Temer que fecham agências e departamen-tos e reduzem quadros de funcionários por meio do incentivo à aposentadoria, bancários de todo o Brasil se mobilizam na Campanha Nacional em Defesa dos Bancos Públicos. Em Salvador, diretores do Sindicato da Bahia visi-taram as unidades do Centro, ontem.

Os bancos públicos são os principais res-

ponsáveis pelo desenvolvimento do país. A existência das instituições em economias capitalistas se justifica pela necessidade de ofertar crédito de curto e longo prazo em setores em que não há interesse da iniciati-va privada, como os investimentos habita-cionais, agrários e até educacionais.

No caso da Caixa, por exemplo, o FGTS e o FIES são fundos responsáveis por iniciativas sociais. Mas, como os bancos privados estão de olho na fatia de mercado dos públicos, o governo acelera o desmonte das empresas.

“O desenvolvimento de um país não pode ocorrer sem um Estado forte. A socie-dade civil organizada precisa reagir contra os retrocessos”, diz o diretor do Sindicato, Agnaldo Matos.

Crefisa compra bPN e demite em massaA CREfISA investe milhões em patrocí-nio ao Palmeiras e em anúncios no Jornal Nacional, horário nobre da TV. Ao mes-mo tempo, demite, sem dó, pais e mães de família que dedicam boa parte da vida à empresa. Assim que concretizou a compra do BPN (Banco Português de Negócios), em uma transação de mais de 13 milhões de libras, dispensou, suma-riamente, 40 funcionários.

Durante o processo de compra, no en-tanto, a garantia era outra. Segundo de-núncias, a financeira havia firmado com-promisso de que os empregos seriam mantidos por, pelo menos, seis meses. Mas, no dia em que o negócio foi efetiva-do a promessa foi por água abaixo.

Mais humilhante foi a forma como as demissões aconteceram. Trabalhadores afirmam que foram colocados na mesma sala, onde houve a demissão e, logo de-pois, já não podiam voltar aos assentos.

Para piorar, ainda perderam direito ao convênio médico do BPN, já que a Cre-fisa rescindiu o contrato e assinou com outro plano, de qualidade muito inferior, que não cobre nem internação hospitalar.

Os demitidos ainda reclamam das difi-culdades para ter acesso à verba de requali-ficação profissional, assegurada pela CCT.

Sindicato em apoio ao Setembro AmareloNOTA DE FALECIMENTO

O BRASIL é o oitavo país no mundo em números absolutos de suicídio. São 36 mortes por dia, cerca de 13.140 por ano. Mundialmente, o número ul-trapassa mortes decorrentes de homicídios e guerras civis.

Em 2015, foi criado o Setem-bro Amarelo, com o intuito de prevenção e debate sobre o as-sunto no Brasil.

Ciente da importância em tratar do tema, o Sindicado dos Bancários da Bahia participa da campanha. Inclusive, o diretor da entidade, Elder Perez, que é psicólogo, participou de pales-

tra ontem, na Policlínica Carlos Bastos, Lauro de Freitas.

Os principais fatores que po-tencializam o ato do suicídio

É com imenso pesar que o Sin-dicato dos Bancários da Bahia comunica o falecimento de João Macedo Dantas, 83 anos, pai do diretor da Federação da Bahia e Sergipe, Fernando Dantas. O sepultamento aconteceu na tar-de de on-tem, no cemitério Jardim da Saudade. O SBBA se solidariza com os fa-miliares.

foram discutidos. Os fatores de risco que sinalizam, além da de-pressão, é o alcoolismo, o abuso de drogas e a esquizofrenia.

Diretor do SbbA, Elder Perez, faz palestra sobre prevenção do suicídio

Diretores do Sindicato

intensificam visitas às

agências para conscientizar

bancários e população

sobre política do governo

Temer

o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, 22.09.2017 a 24.09.2017 3BANCOS

Campanha utiliza o desemprego para ganhar dinheirorAFAEL bArrETO imprensa@bancariosbahia.org.br

o Santander quer lucrar com a crise

O SANTANDER aumentou o lucro para R$ 4,615 bilhões no primeiro semestre de 2017. Um recorde em seis meses. Mas, nada é suficiente para o tama-nho da ganância do banco es-panhol. Agora, a empresa ca-pitaliza a venda da máquina de cartões Getnet da forma mais desrespeitosa possível. O slogan da campanha é “Empreende-dor. Esta é a sua nova carteira de trabalho”.

Ou seja, o banco quer pegar carona na crise para que mi-lhões de desempregados (atual-mente são mais de 14 milhões),

forçados a empreender em bus-ca de rendimento, adquiram a máquina de cartões da empresa.

E pior. A relação com a nova carteira de trabalho vem da pre-carização que será imposta com a nova lei trabalhista, apoiada claramente em declarações do presidente da empresa, Sérgio Rial, porque reduz os custos ao retirar direitos históricos con-quistados pelos bancários.

falênciaImportante saber que, no

Brasil, ser empreendedor não é tão fácil como parece. De cada 10 empresas, seis não sobrevi-vem após cinco anos de ativi-dade, segundo o IBGE (Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Estatística). No ano passado, as falências decretadas subiram 14,7% e os pedidos de recupera-ção judicial cresceram 49,4%.

GT trata sobre prevençãoApóS intensos debates, a Fe-naban (Federação Nacional dos Bancos) concordou com a instalação de um novo Grupo de Trabalho para discutir uma pesquisa sobre os serviços mé-dicos nas empresas.

O GT técnico será para aper-feiçoar o questionário da pes-quisa, que vai avaliar especial-mente o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocu-pacional) previsto pela Conven-ção Coletiva de Trabalho e re-gulamentado segundo a NR-7 (Norma Regulamentadora nº 7

Bancos antecipam a PLR. Confira o calendárioO CALENDáRIO de pagamen-to da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) continua. Nesta sexta-feira, o Itaú, que lucrou R$ 12,345 bilhões no primeiro semestre, vai pagar a antecipação da primeira parce-la do benefício segundo a regra básica (54% do salário mais R$ 1.346,15) mais o valor adicional de R$ 2.243,58. Além disso, a

empresa credita o PCR (Progra-ma Complementar de Resulta-dos), no valor de R$ 2.535,87.

Safra e Citibank fazem os cré-ditos na segunda e quinta-feira, respectivamente. Só a Caixa ainda não divulgou a data, mes-mo com a pressão dos emprega-dos. O banco tem até o dia 30 de setembro para depositar a pri-meira parcela.

do Ministério do Trabalho). O questionário com 21 questões foi entregue pelo Comando Na-cional à Fenaban, em maio.

A intenção é que a pesqui-sa sirva para analisar e preve-nir os inúmeros casos de do-ença e acidentes ocupacionais nos bancos, com a implanta-ção de políticas preventivas de saúde. Passo concreto para a diminuição dos adoecimen-tos. Em novembro, a próxima reunião é sobre a cláusula 67, que trata da causa dos afasta-mentos bancários. Publicidade diz que máquina de cartão é a nova carteira de trabalho

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SAQUE

BRASIL

Tramitam quase 30 projetos na Câmara para reduzir perdasbárbArA AGuiArimprensa@bancariosbahia.org.br

país não possui política contra o desperdício

AS pOLíTICAS neoliberais de Temer sucateiam os institutos federais. Áreas como ciência, tecnologia e humanidades são prejudicadas. O “Tesourome-

ENQUANTO o governo Temer se preocupa em aprovar medi-das que impõem perdas aos bra-sileiros, as políticas de combate ao desperdício de alimentos fi-cam na geladeira. Atualmente, quase 30 projetos de lei trami-

tam na Câmara Federal com o objetivo de diminuir as perdas.

No entanto, divergências em torno de alguns pontos impe-dem o avanço das propostas. Apesar de existirem alternati-vas que preveem a punição do produtor ou distribuidor de ali-mentos contra o desperdício, o problema não será resolvido apenas com políticas punitivas.

De acordo com especialistas, o ideal é difundir mais campanhas educativas e debate sobre mudan-ças culturais e de comportamen-

to. Em agosto, a Caisan (Câma-ra Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional) reali-zou reunião para apresentar o le-vantamento das propostas legis-lativas e deve ser consolidado o relatório que aponta a diretriz na construção da política nacional de combate ao desperdício.

Sábado de jogos no Society

O CAMpEONATO de Futebol Society dos Bancários terá novos jogos no sábado. Às 9h30, Anônimos e Revelação se enfrentam em busca de três pontos para subir na ta-bela da competição. Já às 11h, o Elite disputa partida com o Cash. Os jogos acontecem na Asbac, na Pituba.

Os cortes na educação chegam a R$ 12 bilhões

tro”, painel que mostra o im-pacto dos cortes no âmbito edu-cacional, se aproxima da marca de R$ 12 bilhões.

Os recursos são os mais bai-xos dos últimos 12 anos, con-forme a campanha feita por professores, estudantes e técni-cos. Os painéis, instalados nas Universidades Federais do Rio de Janeiro, de Brasília e de Mi-nas Gerais, pertencem ao pro-jeto “Conhecimento sem Cor-tes” que critica as medidas do governo Temer com reduções de investimentos em pesquisa e sucateamento das universi-dades federais.

CLARIDADE Uma luz na escuridão que predomina no sis-tema de Justiça. A sub-procuradora-geral da República, Áurea Maria Etelvina Nogueira Lustosa Pierre, defende, em parecer, a necessidade de o Superior Tribunal de Justiça discutir o pedi-do de suspeição do juiz Sérgio Moro para julgar o ex-presidente Lula. É o mínimo que o STF tem de fazer: apreciar a questão.

pARCIALIDADE Ao defender a avaliação, pelo Supremo Tribunal Federal, do pedido de suspeição de Moro para julgar Lula, a sub-procuradora-geral da República, Áurea Maria Pierre, cita as fotos do juiz em conversas animadas de pé de ouvido com o senador Aécio Neves, que viralizaram nas redes sociais. Imagens que, em qualquer país sério, seriam suficientes para sacramentar a parcialidade e afastá-lo do processo.

JUDICIALISMO A ação nefasta da mídia comercial, protago-nista do golpe, tem imposto uma mudança de paradigma que re-sulta no que o ministro Sebastião Reis, do STJ, chama de “popu-lismo judiciário”. Ele diz que hoje, em vez de justiça, predomina o sentimento de vingança. “Antigamente dizia-se ser preciso co-ragem para condenar. Hoje, deve-se ter coragem para absolver, coragem para não prender”.

OMISSÃO “Nem o Ministério Público – que prega a tolerân-cia zero – se insurge contra o vazamento indiscriminado de pro-cessos, de procedimentos em que a lei expressamente garante o sigilo”. Do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Sebastião Reis, ao comentar os absurdos ocorridos com o “populismo Ju-diciário” que hoje toma conta do sistema de Justiça no Brasil.

INSUBORDINAÇÃO Para o jornalista Luís Nassif, “encer-rou-se a fase de subordinação das Forças Armadas ao poder ci-vil", como determina a Constituição nacional. Ele condena o fato de o Exército não ter punido exemplarmente o general Antônio Hamilton Martins Mourão, que defendeu golpe militar em pa-lestra na maçonaria.

CAUTELA Alvo de muitas críticas por não ter enquadrado o general Antônio Hamilton Mourão, que defendeu publicamente golpe militar, o comandante geral do Exército, general Eduardo Villas Bôas, alega que puni-lo agora só iria fortalecer os setores ultraconservadores que ainda têm influência nas Forças Arma-das. Sem dúvida, a extrema direita está sobrando no Brasil.

Brasil é um dos países que mais desperdiçam comida em todo o mundo

Painel denuncia o sucateamento

cuStódio coimbra - agência o globo

inStituto cidade amiga