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Edição 02 - Fevereiro

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Edição 02 - Fevereiro

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Camila Silvana Souza e Silva E-mail: [email protected] Tel: (31) 3915-8602 - Belo Horizonte/MG

Balança Comercial

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Exportações

Apesar da queda em 26,41% nas exportações totais

de Minas Gerais em comparação a janeiro de 2014, o

ano de 2015 iniciou com bons resultados para as

exportações do agronegócio mineiro, que

alcançaram US$ 611,7 milhões, um acréscimo de

22,32%. Como consequência desta ampliação nas

exportações do agronegócio, o setor aumentou sua

participação nas exportações totais mineiras,

passando de 19% em jan/14 para 32% este mês.

No âmbito do agronegócio, o grupo de “Café e

Derivados” manteve-se como o principal conjunto de

produtos mineiros embarcados, contribuindo para

bom desempenho das exportações, obtendo uma

receita de US$ 382 milhões, avanço de 62,5% em

relação à jan/2014. Em nível nacional, o grupo

também influenciou positivamente as exportações,

sendo o quarto principal conjunto de produtos

exportados do setor, correspondendo a US$ 589

milhões, aumento de 50,5%.

O “Complexo Sucroalcooleiro”, responsável por 12%

das exportações do agronegócio mineiro, gerou uma

receita de US$ 78 milhões em jan/15, permanece

como o segundo grupo de produtos mais

importantes das exportações do agronegócio

mineiro, apesar do recuo de 7% em suas exportações

comparado a jan/2014. Os efeitos da queda da

exportação de álcool em 51%, um montante de US$

3,8 milhões menor, foi o principal responsável pelo

enfraquecimento das exportações deste grupo.

A receita de exportação de “carnes” (bovina, de

frango, suína, de peru e demais carnes)

correspondeu a US$ 50 milhões. À exceção da “carne

de frango”, que aumentou suas exportações em 8%,

as “carnes bovina”, “suína”, “peru” e “demais

carnes” enfraqueceram suas exportações,

determinando o recuo de 26% das vendas do grupo

ante a cifra apurada em jan/2014. As exportações de

produtos florestais também reduziram 20%,

alcançando o montante de US$ 49 milhões. O

retrocesso das exportações “celulose” em 20% foram

decisivas para este resultado, já que representam

99% dos produtos florestais exportados.

O rendimento das exportações de “Couros, Produtos

de Couro e Peleteria” alcançaram o valor de US$12

milhões em jan/15, aumento de 2%. Destacam-se as

exportações para a Bolívia deste grupo alcançaram a

cifra de US$ 95mil neste mês, valor quando

comparado com as compras bolivianas, dos mesmos

produtos, em todo ano de 2014 (US$ 366 mil), já são

maiores do que um quarto da receita obtida ano

passado.

Sob a ótica dos principais destinos dos produtos do

agronegócio mineiro, tem-se que a Alemanha

manteve-se na liderança entre os países

importadores. As compras alemãs em janeiro

somaram US$ 93 milhões e foram 83% superiores às

registradas jan/2014. O bom desempenho foi

beneficiado, especialmente, pelo aquecimento do

comércio de café verde, que representou 99,5% das

exportações de produtos do agronegócio estadual

para o mercado alemão. À exceção da China,

Emirados Árabes Unidos e Países Baixos (Holanda),

os principias destinos ampliaram as importações de

produtos agropecuários mineiros. Estados Unidos,

Itália, Japão, Bélgica aumentaram suas compras em,

respectivamente; 25,2%; 73,1%; 45% e 93%, devido

principalmente à importação de “café verde”.

Já as importações russas, além da aquisição de café

verde, expandiram-se principalmente devido a “soja

em grãos”. Vale destacar que no acumulado do ano

de 2014 (de janeiro a dezembro), as aquisições de

soja em grãos pela Rússia corresponderam a US$ 3,3

milhões, sendo responsável por 0,4% das

exportações mineiras de soja. Somente em jan/15,

este produto já alcançou a cifra de US$ 11 milhões,

sendo que o mercado russo foi o responsável por 91%

deste montante.

No contexto nacional, as exportações do

agronegócio somaram US$ 5,6 bilhões,

representando 41% das exportações totais do país. O

aumento da influência do setor nas exportações se

deve ao recuo das exportações totais em 14,5%,

passando de US$16 bilhões em jan/2014 para

US$13,7bilhões em jan/2015, enquanto as

exportações do agronegócio reduziram apenas

0,04%.

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As exportações do agronegócio paulista e mato-

grossense contraíram em 13,7% e 15,2%,

respectivamente. Enquanto os estados do Paraná,

Rio Grande do Sul e Minas Gerais expandiram suas

vendas internacionais do setor em 7,3%; 6,4% e 22,3%

quando comparado a jan/2014. Este crescimento

substancial nas exportações do agronegócio mineiro

fez com que Minas Gerais passasse a ocupar a quarta

colocação no ranking dos estados dos principais

estados exportadores, ultrapassando o Rio Grande

do Sul. Em jan/2015, São Paulo exportou US$1.306

milhões, representando 23% das exportações do

agronegócio nacional; Mato Grosso, US$673 milhões,

aproximadamente 11,9%; Paraná alcançou a cifra de

US$ 693 milhões, cerca de 13,4%; Minas Gerais US$

612milhões,representando 10,8% e Rio Grande do Sul

vendeu US$ 603, equivalendo a 10,7%.

Importações

As importações de produtos do agronegócio mineiro

somaram US$ 39,5 milhões, supressão de 26% em

comparação jan/2014. Como as compras externas de

todos os setores da economia de Minas Gerais

também reduziram aproximadamente na mesma

proporção, o agronegócio manteve sua

representação em 5,5% das importações.

O grupo “Cacau e seus produtos” passou a ser o

principal grupo de produtos importados por Minas

Gerais, isso ocorreu devido a queda do preço médio

do produto (de US$12,19/kg em janeiro do ano

passado para US$ 8,43/kg para este mês)

aumentando suas importações em 170 toneladas.

Outro fator que favoreceu o grupo de cacau como

principal produto importado em jan/2015 foi a

redução das compras estaduais de trigo (principal

cereal importado por Minas Gerais em 2014). Assim, o

grupo “Cereal e Preparações a Base de Cereais”

passou a ser o segundo lugar do grupo de produtos

adquiridos no mercado externo pelos mineiros, com

valor de US$ 6 milhões, quase 50% menor do que o

montante pago em jan/2014.

Os principais mercados de origem dos produtos

desembarcados em Minas Gerais foram: Argentina,

China, Estados Unidos, Itália e Equador. De modo

geral as aquisições mineiras reduziram e entre os

cinco principais fornecedores apenas China e Estados

Unidos expandiram. As vendas argentinas reduziram

45,8% e atingiram US$ 9 milhões este mês,

desestimuladas pelo enfraquecimento de chocolate e

farinha de trigo. Já as aquisições de produtos

chineses foram de US$ 4 milhões, aumento de 44%

comparando com jan/2014. O avanço das

importações de peixes em 374% e de produtos

florestas (papel e madeira) foram os principais

responsáveis pela ampliação de transações mineiras

com a China. As importações de produtos norte-

americanos atingiram US$ 4 milhões, montante 4%

superior ao registrado no período do ano anterior,

crescimento corroborado pelo incremento das

transações de madeira e de produtos para a

fertilização bovina.

De modo geral as importações mineiras reduziram no

período destacado. Entretanto percebe-se também

que houve uma expansão da influência de demais

países fornecedores para Minas Gerais,

demonstrando o fortalecimento de parcerias

econômicas com outras nações.

Saldo da balança comercial

A diferença entre as exportações e as importações

totais de Minas Gerais resultou em um saldo positivo

de US$ 1,2 bilhões em jan/2015, retração de 26,5% ante

ao valor apurado em jan/2014. Já a balança comercial

do agronegócio mineiro obteve expansão de 28%,

alcançando a cifra de US$ 527 milhões, crescimento

favorecido tanto pelo aumento das exportações em

22%quanto pela redução das importações em 25%.

Em nível nacional, a balança comercial geral foi

deficitária, na cifra de 3,2bilhões, sendo que a

diminuição nas importações foram menores que a

das exportações, em termos absolutos. Já balança

comercial do agronegócio brasileiro também iniciou

o ano com saldo positivo, porém 0,1% menor do que o

obtido em jan/2014, alcançando US$ 4,4 bilhões.

Destaca-se que o saldo do agronegócio mineiro

representa 13% do saldo do agronegócio nacional.

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Reinaldo Nunes de Oliveira E-mail: [email protected]

Tel: (38) 3223-2130 – Montes Claros/MG

Algodão

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A cotação do algodão no mercado interno fechou o

mês de janeiro valendo em média, R$55,46 o que

significa que não houve alteração com relação aos

preços praticados há um mês, porém, apresentando

uma variação negativa de 26,38% referente ao

mesmo período de 2014.

A estagnação do preço do algodão no período,

segundo os analistas de mercado se deve a recessão

econômica que de uma forma ou de outra reduziu o

poder de compra das indústrias têxteis, mesmo com

a alta do dólar.

Por outro lado, os preços no mercado internacional

na última semana de janeiro mantiveram estáveis

com tendência de alta, isto em função da demanda

de pluma apresentada pela China e Vietnã associado

ao anúncio da redução da safra brasileira, o que

contribuiu para fomentar a expectativa de altas dos

preços na Bolsa de Nova York.

De acordo com os dados apresentados pelo 5º

Levantamento de Safras da Companhia Nacional de

Abastecimento – CONAB do mês de fevereiro, a

produção de algodão em pluma brasileiro, deverá

ser 11% inferior á safra passada, caso as condições

climáticas mantenham dentro da normalidade.

Segundo o mesmo levantamento, a situação das

lavouras principalmente na região Centro-Oeste é de

estabilidade sendo que o plantio da segunda safra

encontra-se em fase final e as condições de

desenvolvimento das lavouras são consideradas

boas.

Tendência

As variações dos preços no mercado interno do

algodão estão diretamente atreladas às cotações

internacionais e ao câmbio. Desta forma, as

oscilações de preços no mercado internacional

influenciam de forma positiva ou negativa nas

cotações domésticas do algodão em pluma.

Contudo, é bom lembrar que a desvalorização do

câmbio exerceu até agora papel atenuante no

controle da queda dos preços no mercado interno.

Face ao cenário atual a cotação de preços pagos aos

produtores nas principais regiões produtoras na

última semana do mês de janeiro, segundo dados da

CONAB, foram os seguintes para o algodão em

pluma:

Região Cotação R$1,00/@ Variação (%)

Mês Anterior

Mês Atual

São Paulo – CIF 54,89 55,70 1,45

Rondonópolis MT 51,81 51,85 0,08

Uberlândia MG 53,25 51,88 -2,60

Barreiras BA 53,93 53,41 -0,98

L.E. Magalhães BA 53,93 50,00 -7,90

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Dirceu Alves Ferreira E-mail: [email protected]

Tel: (31) 3349-8272 - Belo Horizonte/MG

Aves

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FRANGO E OVO

Conforme previsto, o mercado de ovos permaneceu

aquecido na abertura do mês de fevereiro e

propiciou novo incremento no preço médio da caixa

de ovos que passou a ser comercializada por

R$86,00. O preço médio mensal é de R$84,00 e

representa quase 15% de aumento sobre o alcançado

em fevereiro do ano passado. O mercado deve

prosseguir firme e ajustado e, por isso, propiciando

preços disputados no decorrer da semana. Fonte:

Avisite e mercadodoovo.

Em relação ao mês de janeiro de 2014, o frango

registrou redução de preço, o preço do ovo teve

evolução positiva de 5,90% e a variação do milho,

embora positiva, foi de apenas 2,31%, aquém,

portanto, da inflação. Enquanto o preço do milho

vem registrando alta nos últimos meses, a do ovo

permanece em relativa estabilidade desde setembro

de 2014 e a do frango vivo recua pelo terceiro mês

consecutivo. No entanto, ao analisar-se a relação

dos três produtos com a inflação acumulada desde

agosto de 1994, quando da implantação do atual

padrão monetário brasileiro, todos permanecem

como grandes perdedores. Frango e milho estão a

cerca de 60% da inflação acumulada. Já o ovo se

encontra a menos de 30% da inflação. Fonte: IPCA

IBGE

Após encerrar 2014 como o sexto principal produto

exportado pelo Brasil a carne de frango iniciou novo

exercício em sétimo lugar. A queda de posto decorre

da menor receita cambial obtida em janeiro, quase

13% inferior à registrada no mesmo mês de 2014. Mas

isso não significou perda de participação na receita

cambial global do País, pois essa participação

aumentou 2% e outros produtos tiveram queda bem

maior. Em 2014 o produto também iniciou o período

na sétima posição e reassumiu o sexto posto nos

meses seguintes. Também na quarta posição, como

há um ano, quem chama a atenção agora é o milho.

Pois, ao contrário da carne de frango, sua receita

cambial apresentou aumento de 3,62% em relação a

janeiro do ano passado. O ganho ficou por conta do

maior volume embarcado – perto de 3,2 milhões/t,

contra 2,9 milhões/t um ano antes, o que

representou aumento de quase 10%. Independente

de ser ou não uma tendência, esse comportamento

merece íntimo acompanhamento, pois pode

influenciar abastecimento e preços internos. Fonte:

Aviste e Avicultura Industrial.

TENDÊNCIAS DA AVICULTURA

Em relação ao mês de janeiro de 2014, o frango

registrou redução de preço e já pelo segundo mês

consecutivo em 2015 o preço do frango vem

sofrendo recuo. A sinalização de preços para o início

do mês de fevereiro não é animadora, inclusive pelo

feriado prolongo que se aproxima, levando a

redução do consumo como aconteceu em anos

anteriores. Fonte: Avicultura Industrial.

Com os produtores tendo muita dificuldade em

atender ao mercado de ovos, os preços continuam

se reajustando de acordo com o momento atual. A

falta é muito grande e na maioria das negociações

os preços já são negociados reajustados para cima.

O feriado prolongado do Carnaval aproxima e tudo

indica que não atrapalhará em nada o mercado.

Completamente diferente de outros anos. Fonte:

mercadodoovo

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VARIAÇÃO NAS COTAÇÕES DE FRANGOS – JANEIRO

PRODUTO ATACADO FOB. GRANJA (R$/KG)

Frango Abatido Resfriado/Atacado 4,10

Frango Vivo com ICMS 2,55

Fonte: Avimig

OVOS VALOR R$/CX/30 DZ

Ovos Extra Grandes 87,00

Ovos Grandes 86,00

Ovos Médios 84,00

Ovos Pequenos 80,00

Ovos Vermelhos. 98,00

Fonte: Avimig

.

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Wilson José Rosa E-mail: [email protected]

Tel: (31) 3349-8179 - Belo Horizonte/MG

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Feijão

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O mercado de feijão começa o ano bem

aquecido, com preços atrativos e

remuneradores para os produtores. Entretanto

as vendas seguem reduzidas em função de

vários fatores, pode-se destacar como um dos

principais a retração do mercado junto aos

empacotadores/varejistas que acabam

postergando ao máximo suas compras e

trabalham praticamente sem estoque

(Informativo Bolsinha)

Na Bolsinha de São Paulo, o primeiro

pregão do ano começou com um grande

movimento de compradores, porém a maioria

esteve apenas acompanhar o mercado o que

acabou resultando em poucas vendas

(Informativo Bolsinha). Também segundo

Informativo Bolsinha, um problema que os

empacotadores vem enfrentando é a escassez

de melhor qualidade com peneira alta e sem

defeitos para o abastecimento da primeira

marca. Produto extra, nota 9,5 apareceram

poucas vezes como oferta neste mês de janeiro

e foram comercializados com preços em média

de R$200,00 por saco de 60 kg.

Os produtos ofertados de melhor

qualidade foi extra, nota 9,0 e os preços

variaram entre R$185,00 e R$190,00 por saco de

60 kg, sendo que na terceira semana houve uma

queda, quando os preços caíram e variaram

entre R$160,00 e R$165,00 e depois recuperou

fechando o mês com preços em torno de

R$187,00. A maior oferta de feijão na Bolsinha

de São Paulo durante o mês de janeiro foi de

São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás, sendo

que o feijão de São Paulo é mais comercial nota

8.

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No estado de Minas Gerais também os preços

mantiveram altos. O mês iniciou com o produto

valendo em média R$145,00, caiu para R$130,00

na segunda semana e volta a subir fechando o

mês com os preços variando entre R$158,00 e

R$162,00 por saco de 60kg nas regiões

produtoras, como mostra o gráfico a seguir:

A produção brasileira de feijão nas três safras,

segundo a Companhia Nacional de

Abastecimento – CONAB, em seu quinto

levantamento da safra 2014/2015, divulgado no

início de fevereiro, está estimada em 3.322,9 mil

toneladas, 3,8% menor que a produção da safra

passada que foi de 3.453,8 mil toneladas. A área

plantada com feijão total das três safras no país,

segundo o mesmo levantamento, está estimada

em 3.188,5 mil hectares, uma redução de 5,3%

em relação à safra anterior, que foi de3.365,9

mil hectares.

Para a primeira safra, a estimativa de área

plantada é de 1.063,4 mil hectares ou seja 9,9% a

menos que área plantada na safra 2013/2014. A

estimativa de produção da primeira safra é de

1.112,4 mil toneladas, sendo 11,6% a menos que a

produção do ano anterior.

Nos principais estados produtores ocorreram

redução nas áreas de plantios em relação a safra

anterior. Os baixos preços e os riscos inerentes

à cultura, somados à atratividade de outras

culturas concorrentes, como soja e milho, foram

os pontos que influenciaram os produtores na

tomada de decisão em reduzir a área plantada.

O estado do Paraná é o maior produtor de feijão

de primeira safra, teve uma redução na área

plantada em 18,8% em relação à safra anterior,

com feijão de primeira safra com uma área

estimada em 193,4 mil hectares e estimativa de

redução da produção em 17,4% ou seja uma

produção estimada em 332,3 mil toneladas. A

colheita no estado do Paraná já está chegando

ao seu final tendo ultrapassado os 85% da área

plantada.

Minas Gerais, segundo maior produtor de feijão

de primeira safra, também teve uma redução

significativa na área plantada em torno de 11,0%

em relação ao ano anterior. Para a produção a

estimativa é de uma redução em 8,3%, ou seja

191,9 mil toneladas.

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Bernardino Cangussu Rodrigues E-mail: [email protected]

Tel: (31) 3349-8075 - Belo Horizonte/MG

Fruticultura

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Banana

Em Minas Gerais o mês de janeiro inicia-se com

um maior oferta de banana nanica e prata no

CEASA de Belo Horizonte, sendo a Nanica com

volumes expressivos, o que manteve os preços

em patamares menores que os praticados em

2015,com diferença significativa na Nanica.

Em contrapartida, no restante do país, segundo

o CEPEA a demanda da Prata superou a oferta o

que fez com que produtores da região do Norte

de Minas recebessem preços 8% superiores aos

praticados em 2014. A Nanica com oferta

elevada e excedentes do final do ano, na região

do vale da Ribeira, os preços estão em níveis

abaixo do ano de 2014.

Grande risco e incerteza para a cultura da

Banana, que vem causando apreensão aos

produtores é a crise hídrica e energética, que

compromete principalmente as áreas irrigadas

onde os mananciais encontram-se em níveis

muito baixos. Outro problema será o aumento

dos custos de produção, pela alta do dólar

(maioria dos insumos tem preços atrelados a

moeda norte americana), alta dos custos de

energia elétrica, aumento do valor dos

combustíveis, que afetará o frete, e custo de

mão de obra e juros dos financiamentos.

Neste ano de 2015 o cenário não é nada bom,

pois o repasse destes custos aos consumidores

poderá não ser bem recebido, reduzindo a

demanda. Os produtores deverão ser criteriosos

e eficazes na gestão de suas propriedades,

adequando-se a esta nova realidade.

Preços médios praticados para a Banana Prata e

Nanica no CEASA de Belo Horizonte no mês de

janeiro de 2014 e 2015

Os consumidores devem ficar atentos, pois a

diferença entre preços do Varejo e Mercado

Livre do produtor chega a 170%, com diferença

significativa entre sacolões e outras estruturas

de varejo.

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Elmer F L de Almeida E-mail: [email protected]

Tel: (31) 3349-8115 - Belo Horizonte/MG

Leite

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Dados fornecidos pelo CEPEA (Centro de Estudos

Avançados em Economia Aplicada) informam que no

Brasil o mês de janeiro trouxe forte retração no

preço do leite, com o litro negociado, na média, a

R$0,84. Mesmo com a estiagem persistente no

Sudeste, o estoque na indústria apresenta-se alto,

jogando os preços para baixo. Dezembro e janeiro

são, historicamente, meses de baixa demanda de

lácteos e isto dificulta a desova dos estoques

acumulados.

Embora esteja acontecendo queda na captação, a

tendência continuará sendo de preços baixos aos

produtores, já que está havendo queda no ritmo de

compra pelos laticínios.

Mesmo que chova regularmente em fevereiro, os

efeitos da longa estiagem na Região Sudeste do país

serão notados na produção leiteira, principalmente

pelo baixo desenvolvimento das pastagens e

rendimento inferior do material volumoso utilizado

para ensilagem.

Situações regionais

De modo geral, em Minas Gerais o preço do litro de

leite, no seu valor bruto, ficou entre o máximo de

R$1,06 e o mínimo de R$0,70. As regiões Sul e

Sudoeste, tradicionais no alto volume produzido,

apresentaram a maior queda no Estado, com

redução de até 9,27% em janeiro, comparando com

dezembro de 2014.

No Triângulo e Alto Paranaíba o valor bruto caiu

cerca de 7,42%, com o preço do litro variando de

R$0,87 a R$0,95.

Na Zona da Mata a retração ficou em 6,18%, com o

litro de leite sendo negociado em até R$0,70.

Nas Regiões Central e Metropolitana o litro de leite

foi negociado entre o preço líquido de R$0,90 e o

bruto de R$1,00, apresentando queda em relação ao

mês anterior.

No Vale do Rio Doce, mesmo com a presença da

estiagem e de laticínios com grandes estoques,

ocorreu a menor queda, onde os pecuaristas

receberam, no bruto, até R$1,02 por litro.

Tendências

Operadores da cadeia do leite apresentam

expectativas de menor captação em fevereiro e

nova retração nos preços pagos aos pecuaristas,

principalmente em função dos elevados estoques

existentes.

Já começa ocorrer, de forma mais clara na Região

Central, o descarte de vacas na fase produtiva,

indicando que a preocupação dos produtores se

volta para a capacidade de produzir alimentos para

seu rebanho.

Fonte: CEPEA,/FAEMG/SEAPA-MG

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19

Wilson José Rosa E-mail: [email protected]

Tel: (31) 3349-8179 - Belo Horizonte/MG

Milho

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A estimativa para a produção mundial de milho, no

décimo levantamento de safra, realizado pelo

Departamento de Agricultura dos Estados Unidos –

USDA, é de 991,3 milhões de toneladas, 3,2 milhões

de toneladas a mais que a estimativa do mês

anterior. O consumo mundial está estimado em

975,5 milhões de toneladas, um novo recorde

superando em 30,6 milhões de toneladas em relação

à safra 2013/14. A expetativa para os estoques finais

é de 189,6 milhões de toneladas (Informativo

DEAGRO/FIESP).

A produção americana, está estimada em

361,1 milhões de toneladas, 2,8% menor que a

produção do ano anterior. As exportações dos

Estados Unidos, estão estimadas em 44,5 milhões de

toneladas (Informativo DEAGRO/FIESP).

Para o Brasil, a estimativa do USDA para a

safra 2014/15 é 75,0 milhões de toneladas e estoques

finais em 17,8 milhões de toneladas. Já estimativa da

Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, a

produção do Brasil na safra 2014/15 é de 78,39

milhões de toneladas e o estaque de passagem de

17,68 milhões de toneladas de milho.

Dados do Departamento de Agricultura dos

Estados Unidos – USDA, para a produção mundial

estão representados nos quadros a seguir:

Produção Mundial de Milho (milhões de toneladas)

País

Safras Variação

13/14 14/15 Diferença (%)

EUA 351,3 361,1 9,8 2,8

China 218,5 215,5 -3,0 -1,4

Brasil 79,5 75,0 -4,3 -5,7

UE.28 64,3 74,2 9,9 15,4

Mundo 989,0 991,3 2,3 0,23

Fonte: Informativo DEAGRO/FIESP

O consumo mundial de milho para a safra está estimado em 975,5 milhões de toneladas distribuídas nos

principais países consumidores como como mostra o quadro a seguir

Consumo Mundial de Milho (milhões de toneladas)

País

Safras Variação

13/14 14/15 Diferença (%)

EUA 293 302,1 9,1 3,1

China 212 216 4 1,9

U.E.28 76,5 78,5 2 2,6

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21

Brasil 55 56,5 1,5 2,7

Mundo 944,9 975,5 30,6 3,2

Fonte: Informativo DEAGRO/FIESP

Os estoques mundias também foram reajustados, como mostra o quadro abaixo, um estoque final de

passagem de 18,5 milhões de toneladas a mais que a safra anterior:

País Safra 2013/14 – milhões de

toneladas

Safra 2014/15 – milhões de

toneladas

China 77,3 79,2

EUA 31,5 46,4

Brasil 18,0 17,8

U.E.28 6,4 7,6

Mundo 173,8 189,6

Fonte: Informativo DEAGRO/FIESP

No quinto levantamento referente a safra de grãos

2014/2015, realizado pela Companhia Nacional de

Abastecimento – CONAB, divulgado no início do mês

de fevereiro, a estimativa de área plantada com

milho de primeira safra no Brasil é de 6.184,9 mil

hectares, redução de 6,5% em relação a área

plantada na safra anterior. A produção estimada é

de 30.124,6 mil toneladas, queda de 4,8% em relação

a safra passada que foi de 31.652,9 milhões de

toneladas.

No estado de Minas Gerais, maior produtor de milho

de primeira safra a estimativa da área plantada é de

1.022,4 mil hectares, que representa uma redução de

6,9% em relação a safra anterior e uma produção de

6.049,5 mil toneladas, ou seja 5,3% maior que a safra

passada (CONAB). Minas Gerais é o único que traz

estimativa de acréscimo na produção de milho de

primeira safra.

A produção total da primeira e segunda safra em

todo o país, está estimada em 78.397,3 mil

toneladas, sendo 2,1% menor que a safra passada.

“No Rio Grande do Sul as regiões da Fronteira e

Missões, apresenta no momento a colheita bastante

adiantada, estimando-se acima de 70% da área

semeada com níveis de produtividades superando as

melhores expectativas” (CONAB). No Paraná a

colheita da lavoura devera se intensificar durante

fevereiro.

A estimativa de exportação brasileira para o ano

2015, no levantamento da CONAB, é 20.500 mil

toneladas e um estoque de passagem de 17.688.8

mil toneladas. Isto traz tranquilidade para os setores

consumidores como aves, suínos e bovinos, de

assegurado o abastecimento e sem escalada de

preços.

No mercado nacional o movimento foi de alta nos

preços durante o mês de janeiro, ancorado na

desvalorização cambial e parte atribuído às

condições climáticas com longo período de estiagem

na região sudeste. Em Minas Gerais os preços

variaram entre R$25,00 e R$27,00 nas regiões do

Alto Paranaíba e Noroeste Mineiro, R$26,00 a

R$29,00 na região do Sul de Minas e R$25,00 a

R$26,00 na região do Triângulo Mineiro.

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Frederico Ozanam de Souza E-mail: [email protected]

Tel: (35) 3522-1166 - Passos/MG

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PANORAMA: Camarão marinho produzido pela

Codevasf é nova alternativa de inclusão produtiva

no vale do São Francisco.

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) realizou nesta semana a primeira despesca de camarões produzidos pelo Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Bebedouro, vinculado à superintendência da empresa em Petrolina (PE). A despesca, que consiste na retirada dos camarões de seus tanques, encerra um ciclo de experimentos voltados à aclimatação e à produção em viveiro do camarão marinho Litopenaeus vannamei. Cerca de 100 quilos de camarões foram recolhidos na despesca, realizada em instalações da Embrapa Semiárido, na zona rural de Petrolina.

A retirada do camarão ocorreu em meio a muito entusiasmo dos pesquisadores e técnicos da Companhia e da empresa parceira no projeto. Para o diretor de Revitalização de Bacias Hidrográficas da Codevasf, Eduardo Motta, que esteve presente na ação de despesca, o fato é histórico e estratégico para a geração de empregos e renda numa área sofrida como o semiárido nordestino. “O camarão marinho adaptado à água doce é algo de toda forma inusitado. Uma vez consolidada a adaptação, iremos levá-lo para áreas de escassez, onde prevalece água salobra – que poderá passar de problema a solução com a viabilidade da produção. A intenção é levar o projeto a outras superintendências da Companhia”, afirma Motta.

Os camarões despescados pela Codevasf nesta semana em Petrolina pesavam cada um entre 12 e 14 gramas, que é o exigido pelo mercado. Atualmente o quilo de camarão custa cerca de R$ 40,00 na região. “Estamos vendo que é perfeitamente viável e é a atividade que pode estabelecer uma nova ordem econômica no meio rural com base no pequeno produtor rural que poderá viver perfeitamente de forma digna a partir da produção de camarão. É um produto nobre que tem demanda garantida internamente e no mercado internacional”, avalia o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), Itamar

Rocha. Um dos presentes nas atividades de despesca, o administrador de empresas e piscicultor Adelmo Santos afirma que acompanha a experiência desde o começo. Ele confirma a viabilidade da atividade para a região sertaneja. “São quase 300 gramas de camarão por metro quadrado de viveiro, com tempo de cultivo razoável – isso é um bom peso para o mercado. Em um hectare de camarão bem produzido dá para tirar 25 mil quilos da espécie com um faturamento médio de R$ 300 mil, ficando em torno de 50% para o produtor. É uma renda superior à de qualquer outra atividade agropecuária”, avalia. O superintendente regional da Codevasf em Petrolina, João Bosco Lacerda de Alencar, afirma que a superintendência trabalhará para promover a disseminação de criatórios na região. “Vamos estimular a disseminação de criatórios devido ao sucesso desse experimento realizado com água do rio São Francisco”, diz. Os estudos para produção de camarão no vale do São Francisco tiveram início em 2012 e os primeiros testes de aclimatação ocorreram em 2013, com água do rio São Francisco e larvas oriundas do Ceará e do Rio Grande do Norte.

MERCADO: O preço da carne de peixes, recebido

pelos produtores, apresentou o mesmo valor se

comparado ao mês passado. Fechando o ano com o

seguinte preço, o peixe vivo de tilápia ficou de R$

4,70 a R$ 6,90/kg e o filé em torno de R$ 19,00/kg.

Outras espécies de peixe vivo, como o matrinchã,

pacu e tambaqui, tiveram o preço cotados a R$ 5,00

a R$ 7,50/kg. A truta(peixe de clima temperado), foi

comercializada de R$ 7,00 a R$ 12,50/kg. Para as

espécies de peixes considerados nobre, como o

surubim e o dourado, o preço foi o seguinte

variando entre R$ 6,00 a R$ 12,50/kg vivo.

TENDÊNCIAS: Devido a estiagem prolongada, baixa

no nível dos reservatórios Furnas e Peixoto,

diminuição das unidades de produção de peixes, a

tendência é que o preço da carne do peixe continue

apresentando o mesmo valor ou sofra um pequeno

aumento se comparado com o valor que vinha

sendo praticado, esta tendência continuará por todo

o período o qual mantiver este quadro.

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24

Willy Gustavo de la Piedra Mesone E-mail: [email protected]

Tel: (34) 3338 -5156 - Uberaba/MG

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Irregularidade climática reduz produção no Brasil

mas ainda é recorde

O tamanho da safra brasileira de soja de 2014/2015

está sendo objeto de alterações, reduzindo as suas

estimativas de produção, mas ainda com números

não totalmente seguros se levarmos em conta que

em alguns estados se espera altas produtividades e

em outros uma queda de rendimento em função das

manifestações climáticas que estão ocorrendo de

forma diferenciada. Enquanto na Região Sul do país

foram verificadas chuvas até acima da média no

último trimestre de 2014, nas Regiões Sudeste,

Norte, Nordeste e parte do Centro-oeste, houve

atrasos do período chuvoso e longas estiagens que

se prolongaram até o mês de janeiro/2015,

propiciando inclusive a decretação de estado de

emergência em muitos municípios destas regiões.

No Mato Grosso, por exemplo, que se constitui

como o maior produtor nacional de soja, a

estimativa é de colher uma safra 6% maior que a do

ano passado, com uma produção em torno dos 28

milhões de toneladas e uma produtividade média de

3.180 kg/ha. No Paraná, que é o segundo maior

produtor, a safra a ser colhida está estimada em 17

milhões e 600 mil toneladas que seria recorde e

representaria um crescimento de 19% com relação à

safra anterior resultante de uma produtividade

média de 3.350 kg/ha. O Rio Grande do sul é outro

estado com produção recorde que se estima em 15

milhões de toneladas e que seria 12% maior que a

safra do ano passado. Mesmo em estados que

sofreram perdas por causa das irregularidades

climáticas, mas que tiveram crescimento de área

com relação à safra passada, por enquanto tem as

suas estimativas de produção com ritmo positivo,

como são os casos de Goiás que ainda deve produzir

9,2 milhões de toneladas com um crescimento de 5%,

de Mato Grosso do Sul com 6,7 milhões de toneladas

e um crescimento de 13%, assim como também Bahia

com 3,36 milhões de toneladas e com crescimento

de 8%. Minas Gerais também passa por este

processo e mesmo com uma produtividade média

baixa de 2.650 kg/ha, em uma área de 1,35 milhão de

hectares tem uma estimativa de produção de 3,56

milhões de toneladas que seria ainda 7% maior que a

da safra do ano passado. Assim, no Brasil, em geral,

a expectativa de produção é agora em torno de 95

milhões de toneladas que representaria um

acréscimo de 10% sobre a safra anterior e um recuo

de somente 1% sobre a estimativa feita no final do

ano passado.

Comparativo de produção de soja por região no

Brasil nas safras 2013/14 e 2014/15

A estimativa mundial para a safra 2014/2015 aponta

um volume de 314 milhões e 370 mil toneladas, já

contabilizando o recorde norte-americano de 108

milhões de toneladas colhida em 2014 e também os

números que, dependendo da fonte, são estimados

para os outros dois grandes produtores mundiais em

que se atribui de 93 a 95 milhões de toneladas para

o Brasil e de 55 a 57 milhões de toneladas para a

Argentina. Para a safra norte-americana a área a ser

plantada e colhida em 2015 tem uma perspectiva

recorde de 35 milhões e 600 mil hectares e uma

produção também recorde estimada em quase 115

milhões de toneladas ou seja 6,5% maior que o seu

recorde atual.

Colheita da soja no Brasil em plena evolução

No Brasil, a colheita da cultura da soja encontrasse

em plena evolução, com uma certa desaceleração no

sul do país por causa das chuvas enquanto no

Centro-Oeste e Sudeste os trabalhos se iniciaram

com bastante intensidade mas, agora, de forma

intercalada se adequando aos intervalos entre as

precipitações que estão ocorrendo quase que

diariamente neste mês de fevereiro, chuvas estas

que vem favorecendo as lavouras que sofriam os

efeitos da estiagem de janeiro, embora já se

contabilizem algumas perdas irreversíveis. A área

plantada no Brasil, nesta safra, é estimada em 31

milhões e 430 mil hectares e, até a primeira semana

de fevereiro, já tinha sido colhida em torno de 8%

enquanto na safra passada, neste mesmo período, já

tinha sido colhida 13%. No Mato Grosso já foi colhida

14% da área enquanto a sua média dos últimos cinco

anos para o mesmo período é de 19%. Em Goiás foi

colhida 7% contra uma média de 16% para os últimos

cinco anos. Em Minas Gerais a colheita atingia nesse

período 1% enquanto a média para os últimos cinco

anos é de 5%.

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Mercado da soja com interesse por produto sul-

americano

Nos Estados Unidos, a logística de transporte da soja

está sofrendo alguns contratempos com as

constantes nevascas que estão ocorrendo,

atrapalhando o deslocamento dos veículos

utilizados no escoamento da produção e, este fato,

aliado à valorização do dólar frente a outras

moedas, principalmente de países produtores da

América do Sul, vem desviando o interesse de

compra para estes outros países como Brasil e

Argentina, principalmente se considerarmos que o

maior comprador mundial que é a China produz

somente em torno de 12 milhões de toneladas e

precisa comprar 74 milhões de toneladas.

a/b % 2014/2015 (a) 2013/2014 (b) Partic. por país %

Estados Unidos 18 108,10 91,39 34

América do Sul 7 165,10 154,80 53

Brasil 10 95,50 86,70 30

Argentina 2 55,00 54,00 17

Paraguai 4 8,50 8,20 3

Bolívia 13 2,70 2,40 1

Uruguai -3 3,40 3,50 1

Canadá 13 6,05 5,36 2

União Europeia 40 1,72 1,23 1

Rússia 53 2,50 1,64 1

China -3 11,80 12,20 4

Índia 11 10,50 9,50 3

Indonésia - -5 0,62 0,65 0

Outros 14 7,98 6,97 3

Total 11 314,37 283,74 -

Região

Safra 2014/2015 Safra 2013/2014 Diferença 2015/14 Produtividade

Área (a) Prod. (c) Área (b) Prod. (d) a/b c/d Safra 2015

ha t ha t % % kg/ha

Sul 11.025 34.574 10.585 29.987 5 15 3.136

Centro-Oeste 14.300 44.100 13.660 41.406 5 7 3.084

Sudeste

Minas Gerais

2.075 5.571 1.955 5.099 6 9 2.685

1.343 3.560 1.235 3.335 8 7 2.650

Nordeste 2.687 7.191 2.575 6.764 5 6 2.677

Norte 1.187 3.584 1.112 3.368 7 6 3.019

Brasil 31.273 95.020 29.887 86.623 5 10 3.028

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Local Preços praticados R$/saca 60 kg

11/02/2015 1 semana atrás 1 mês atrás 1 ano atrás

Passo Fundo/RS 61,50 60,50 65,00 68,50

Rondonópolis/MT 54,00 53,00 54,00 59,00

Rio Verde/GO 58,00 54,50 58,50 60,00

Santos/SP 65,50 62,70 64,50 69,90

Uberlândia/MG 59,00 55,00 59,50 61,00

Unaí/MG 57,00 52,00 56,50 58,00

Adaptado de Safras&Mercado

Fonte: Safras & Mercado, Conab, Embrapa, Emater-MG

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28

Dirceu Alves Ferreira E-mail: [email protected]

Tel: (31) 3349-8272 - Belo Horizonte/MG

Suínos

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No início de fevereiro, o movimento no Brasil ainda é

de queda intensa nos preços dos suínos. O nível

elevado de estoques, causado pelos menores

embarques, tem feito com que as indústrias

realoquem seus produtos a preços menores. A

expectativa dos especialistas é de que essa queda

seja revertida somente a partir do mês de março,

quando aumenta o consumo de carne suína em todo

país. Outra boa perspectiva é a retomada das

exportações para a Rússia. Este movimento já era

esperado pelos suinocultores, pois a época é

caracterizada por um momento em que o

consumidor tem sua renda comprometida com

outros gastos adicionais. Em 2014, os preços

chegaram a R$ 5 o quilo devido à grande demanda

pelas festas de fim de ano e o produtor que tinha o

suíno disponível vendeu sua produção. Os meses de

janeiro e fevereiro são mais complicados na questão

de preços, principalmente em função de férias e

carnaval. O consumo da carne suína no mercado

interno acaba tendo uma trava: consumo é menor.

As exportações começam mesmo a partir de

fevereiro e março, o que deve recuperar o setor.

Fonte: Canal Rural

As exportações do agronegócio brasileiro atingiram

US$ 5,64 bilhões no mês de janeiro, em queda de

3,9%. Já as importações recuaram 15,1% para US$ 1,24

bilhão, o que manteve o superávit da balança

comercial do agronegócio praticamente estável em

US$ 4,4 bilhões. As carnes foram destaque em

janeiro, com vendas da ordem de US$ 1,03 bilhão,

apesar da queda de 18,9% nas exportações desse

setor. As vendas de carne de frango chegaram a US$

485 milhões (-14,2%), com diminuição de 9,67% no

volume embarcado e de 5,1% no preço médio. Houve

queda também nas exportações de carne bovina (-

23,4%); carne suína (-19,8%). Fonte: Globo Rural

TENDÊNCIAS DA SUINOCULTURA

O mercado suíno iniciou a primeira semana do mês de fevereiro de forma um pouco mais aquecida, com solicitações de cargas extras pelos frigoríficos, devido as vendas do final de janeiro e sinaliza o patamar de 3,80. O produtor, por estar com animais leves, deve ofertar o mínimo possível de suínos, conseguindo remuneração melhor a partir do mês de fevereiro, que já se iniciará com o retorno das férias e início das aulas. Fonte: Asemg

COTAÇÕES SUÍNO (R$) – 31/12/2014

SP 3,63

PR 3,65

SC 3,40

GO 3,80

RS 3,36

MG 3,80

MS 3,80

MT 3,15

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30

Georgeton S. R. Silveira E-mail: [email protected]

Tel: (31) 3349-8148 - Belo Horizonte/MG

Tomate

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31

TOMATE DE MESA

COMPORTAMENTO

No mês de janeiro, os preços médios do tomate

in natura praticados no atacado de acordo com

a Ceasaminas, no entreposto de Contagem foi:

Tomate tipo AA do grupo Longa Vida foi

comercializado a R$ 36,42 e Santa Clara R$

36,50, preço médio da caixa com 20 kg.

Tomate tipo A do grupo Longa Vida foi

comercializado a R$ 19,33 e Santa Clara R$

21,41, preço médio da caixa com 20 kg.

Na Ceagesp, os preços do tomate

comercializado no atacado, tipo AA dos grupos

Longa Vida e Santa Clara tiveram uma cotação

média de R$ 77,60 a caixa de 20 Kg e R$ 60,80 a

caixa de 20 kg do tipo A, sendo estes valores

referentes à segunda quinzena de janeiro.

Segundo pesquisa de preços realizada no varejo

pela Ceasaminas do dia 04/02 a 06/02 os

valores do quilo do tomate in natura praticados

nos hipermercados e supermercados da grande

BH, obtiveram um preço médio de R$ 4,21 e nos

sacolões foi de R$ 4,76 sendo o preço médio no

varejo de R$ 4,57. No atacado, no mesmo

período, o preço pago pelo quilo foi de R$ 1,77.

O preço no varejo em relação ao atacado

obteve uma variação de 158,00%. Portanto a

caixa de 20 kg vendida no atacado neste

período, em média por R$ 35,40, foi revendida

no varejo em média por R$ 91,40.

Com o aumento do preço dos combustíveis em

fevereiro e outro reajuste previsto para março,

o custo de produção das lavouras, tende a ficar

mais alto. Além disso, a redução de água nos

mananciais poderá diminuir as áreas plantadas,

pela redução da capacidade de irrigação.

Diante disso, as escalas de plantio poderão ser

reduzidas, comprometendo o volume de

mercadoria ofertado as praças atacadistas nos

próximos meses.

TENDÊNCIAS

A expectativa para fevereiro é que os preços no

atacado sejam maiores que os observados em

janeiro, pela menor oferta do produto no

mercado, situação está, típica do período de

entressafra da cultura, que tradicionalmente é

encerrada no final do mês de março.