edição número 2678 - 26 de junho de 2016

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ENGANOU GERAL MBL PREGOU CONTRA CORRUPÇÃO E ADOTOU VELHAS PRÁTICAS Protagonista e articulador dos protestos contra a corrupção, o Movimento Brasil Livre (MBL) ganhou fama e, agora se sabe, dinheiro. Um de seus líderes admitiu que o grupo recebeu apoio financeiro do PSDB para adotar as velhas práticas criticadas nas manifestações. Em outro momento, dirigen- tes do movimento posaram em foto ao lado do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, do deputado Jair Bolsonaro e outros do grupo mais conservador do parlamento. PÁGINA 4 DOMINGO MACEIÓ - ALAGOAS 26 DE JUNHO DE 2016 N 0 2.678 R$ 4,00 tribunahoje.com EXEMPLAR DO ASSINANTE Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas em áreas isoladas Mínima 23º Máxima 32º TEMPO MARÉS FINANÇAS JORNALISTA DE O GLOBO DENUNCIA ENRIQUECIMENTO ILÍCITO DE JHC O livro do jornalista Chico de Góis coloca o deputado federal em maus lençóis. Defensor da ética na política, JHC é acusado na obra de en- riquecimento ilícito. A publicação tem um capítulo dedicado ao parla- mentar e mostra que declarou patrimônio de R$ 1,5 milhão em 2010, quando foi eleito deputado estadual, e sua última declaração, quatro anos depois, com um patrimônio de R$ 3,1 milhões. PÁGINA 7 02:54 2.0m 09:09 0.3m 15:17 1.9m 21:24 0.4m INDEPENDENTE ELEIÇÕES 2016 DEPUTADOS ESTADUAIS INVESTEM EM CANDIDATOS PARA MANTER BASES PÁGINA 3 SÉRIE D CSA PODE ASSUMIR LIDERANÇA DO GRUPO SE VENCER O CENTRAL PÁGINA 14 LEVANTAMENTO DA ABRASCE 63% DOS CONSUMIDORES QUE VÃO A SHOPPINGS SÃO SOLTEIROS PÁGINA 13 BOLSA FAMÍLIA CORTES DE TEMER VÃO LEVAR À EXCLUSÃO 40 MILHÕES DE PESSOAS PÁGINA 8 INSTITUTO ALANA CRIANÇAS INFLUENCIAM OS PAIS NA HORA DE DECIDIR AS COMPRAS PÁGINA 10 SANDRO LIMA MÃE DE DOIS, LUCIANA GIMENEZ DIZ QUE AGORA QUER TER UMA FILHA Belíssima aos 46 e apresentadora de sucesso na TV, Luciana Gimenez comemora 10 anos de rela- cionamento com o empresário Marcelo de Carvalho, 54, proprietário da emissora. Mãe de Lorenzo, 5, e Lucas Jagger, 17, fruto do seu relacionamento ante- rior com o astro Mick Jagger, Luciana confessa seu desejo de ter uma filha. SUPLEMENTO SILVANIO BARBOSA DIZ QUE NÃO OFENDEU VEREADORA FÁTIMA SANTIAGO Alvo de um processo por quebra de decoro par- lamentar, o vereador Silvanio Barbosa (PMDB) prepara a sua defesa e garante que não ofendeu a vereadora Fátima Santiago (PP) e, por isso, não acredita em perda de mandato. PÁGINA 2 SE PASSAR NO CONGRESSO A PROPOSTA DO MINISTRO INTERINO HENRIQUE MEIREL- LES, DA FAZENDA, QUE PREVÊ A IDADE DE MÍNIMA DE 65 ANOS PARA SE APOSENTAR, O ALAGOANO VAI VIVER EM MÉDIA APENAS PARA TRABALHAR. É QUE A EXPECTATIVA DE VIDA PARA OS HOMENS EM ALAGOAS É DE 66,2 ANOS – PARA AS MULHERES É DE 75,7 ANOS. NA PRÁTICA, OS HOMENS SÓ TERÃO 1,2 ANO PARA DESCANSAR DA LONGA JORNADA DE TRABALHO CUMPRIDA DURANTE TODA SUA VIDA. PÁGINA 9 COM NOVAS REGRAS, ALAGOANO VAI SE APOSENTAR À BEIRA DA MORTE POUPANÇA: 0,7110% DÓLAR COMERCIAL R$ 3,34 R$ 3,34 DÓLAR PARALELO R$ 3,34 R$ 3,53 OURO: R$ 135,50

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Page 1: Edição número 2678 - 26 de junho de 2016

ENGANOU GERAL

MBL PREGOU CONTRA CORRUPÇÃO E ADOTOU VELHAS PRÁTICAS Protagonista e articulador dos protestos contra a corrupção, o Movimento Brasil Livre (MBL) ganhou fama e, agora se sabe, dinheiro. Um de seus líderes admitiu que o grupo recebeu apoio financeiro do PSDB para adotar as velhas práticas criticadas nas manifestações. Em outro momento, dirigen-

tes do movimento posaram em foto ao lado do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, do deputado Jair Bolsonaro e outros do grupo mais conservador do parlamento. PÁGINA 4

DOMINGOMACEIÓ - ALAGOAS 26 DE JUNHO DE 2016

N0 2.678

R$ 4,00 tribunahoje.com

EXEMPLAR DOASSINANTE

Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas

em áreas isoladas

Mínima

23ºMáxima

32ºTEMPO MARÉS FINANÇAS

JORNALISTA DE O GLOBO DENUNCIAENRIQUECIMENTO ILÍCITO DE JHC

O livro do jornalista Chico de Góis coloca o deputado federal em maus lençóis. Defensor da ética na política, JHC é acusado na obra de en-riquecimento ilícito. A publicação tem um capítulo dedicado ao parla-mentar e mostra que declarou patrimônio de R$ 1,5 milhão em 2010, quando foi eleito deputado estadual, e sua última declaração, quatro

anos depois, com um patrimônio de R$ 3,1 milhões. PÁGINA 7

02:54 2.0m09:09 0.3m

15:17 1.9m21:24 0.4m

INDEPENDENTE

ELEIÇÕES 2016

DEPUTADOS ESTADUAIS INVESTEM EM CANDIDATOS

PARA MANTER BASESPÁGINA 3

SÉRIE D

CSA PODE ASSUMIR LIDERANÇA DO GRUPO SE VENCER O CENTRAL

PÁGINA 14

LEVANTAMENTO DA ABRASCE

63% DOS CONSUMIDORES QUE VÃO A SHOPPINGS

SÃO SOLTEIROSPÁGINA 13

BOLSA FAMÍLIA

CORTES DE TEMER VÃO LEVAR À EXCLUSÃO 40 MILHÕES DE PESSOAS

PÁGINA 8

INSTITUTO ALANA

CRIANÇAS INFLUENCIAM OS PAIS NA HORA DE

DECIDIR AS COMPRASPÁGINA 10

SANDRO LIMA

MÃE DE DOIS, LUCIANA GIMENEZ DIZ QUE AGORA QUER TER UMA FILHABelíssima aos 46 e apresentadora de sucesso na TV, Luciana Gimenez comemora 10 anos de rela-cionamento com o empresário Marcelo de Carvalho, 54, proprietário da emissora. Mãe de Lorenzo, 5, e Lucas Jagger, 17, fruto do seu relacionamento ante-rior com o astro Mick Jagger, Luciana confessa seu desejo de ter uma filha. SUPLEMENTO

SILVANIO BARBOSA DIZ QUE NÃO OFENDEU VEREADORA FÁTIMA SANTIAGOAlvo de um processo por quebra de decoro par-lamentar, o vereador Silvanio Barbosa (PMDB)

prepara a sua defesa e garante que não ofendeu a vereadora

Fátima Santiago (PP) e, por isso, não acredita em perda

de mandato. PÁGINA 2

SE PASSAR NO CONGRESSO A PROPOSTA DO MINISTRO INTERINO HENRIQUE MEIREL-LES, DA FAZENDA, QUE PREVÊ A IDADE DE MÍNIMA DE 65 ANOS PARA SE APOSENTAR, O ALAGOANO VAI VIVER EM MÉDIA APENAS PARA TRABALHAR. É QUE A EXPECTATIVA DE VIDA PARA OS HOMENS EM ALAGOAS É DE 66,2 ANOS – PARA AS MULHERES É DE 75,7 ANOS. NA PRÁTICA, OS HOMENS SÓ TERÃO 1,2 ANO PARA DESCANSAR DA

LONGA JORNADA DE TRABALHO CUMPRIDA DURANTE TODA SUA VIDA. PÁGINA 9

COM NOVAS REGRAS, ALAGOANO VAISE APOSENTAR À BEIRA DA MORTE

POUPANÇA: 0,7110%

DÓLAR COMERCIALR$ 3,34 R$ 3,34

DÓLAR PARALELOR$ 3,34 R$ 3,53

OURO:R$ 135,50

Page 2: Edição número 2678 - 26 de junho de 2016

PolíticaMACEIÓ - DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2016POLÍTICA2

Silvanio não teme perder mandatoVereador assegura que não fez qualquer acusação contra Fátima Santiago durante pronunciamento na Câmara

SANDRO LIMA

Vereador Silvanio Barbosa vai disputar a reeleição e enfrenta processo por quebra de decoro parlamentar

LUCIANA MARTINSREPÓRTER

O vereador Silvanio Barbosa (PMDB) vivencia na Câ-

mara de Vereadores de Maceió um processo que pode lhe causar prejuízos políticos, a exemplo da perda do mandato. O fato é que a Comissão de Ética do Legislativo mar-cou o depoimento de Barbosa para agosto para explicar se de fato ele direcionou críticas mais contundentes contra a vereadora do Partido Progressista (PP), Fátima Santiago. Nesta entrevista à Tribuna Independente, o vereador comenta o atual momento dentro do Parlamento Munici-pal.

Tribuna Independen-te - Tramita na Comissão de Ética da Câmara um processo contra o verea-dor por quebra de deco-

ro parlamentar. De fato, você se referiu a verea-dora Fátima Santiago em pronunciamento?

Silvanio Barbosa - Não me referi nem a Fátima, nem a nenhum vereador da Câ-mara. Me referi ao mundo político normal porque o que mais temos nesse mundo é vigarice. E esse mundo polí-tico ele é feito de pessoas que as vezes se acham no direito, por ser intermediários, de tomar decisões como vamos fazer isso, fazer aquilo e nin-guém falar nada. Eu não fiz nenhum direcionamento à vereadora Fátima. Por que a dúvida é: foi a homem ou a mulher? Não foi. A ela, é a pessoa, é mundo da vigarice política que existe em todos os cantos do nosso Estado, da nossa capital. Foi nesse sen-tido.

Tribuna Independente - Houve uma nova recla-mação contra o vereador Silvânio. Desta vez, Chico Filho também fez contes-tações sobre a sua condu-ta. Qual a avaliação sobre a crítica do ex-presidente da Casa?

Silvanio Barbosa - O problema é o seguinte: o que eu estou percebendo é que há um complô porque se a gen-te perceber, todos que estão nesse processo de abrir ação contra o Silvanio Barbosa, eles integram a base aliada. O único vereador que tem ba-tido de frente com as coisas erradas tem sido o vereador Silvanio. E aí, eu percebo que querem me calar, tentando fazer que eu me afaste da Câmara num processo mais importante que é o processo eleitoral. Afastando o verea-dor Silvânio da Câmara é como se calasse, a única voz que fala em defesa da socie-dade. Então as vezes isso irrita aos meus colegas e a interpretação vai para o lado errado e foi justamente o que aconteceu com o vereador Chico Filho. Mais uma vez, o vereador Chico Filho está mal interpretado em relação ao meu comportamento na tribuna, no dia de falar para os que ali estavam que um daqueles cidadão que dirige o veículo poderiam levar uma bala perdida, como também um usuário dentro do carro poderia levar uma bala na cabeça e o vereador inter-pretou que ele poderia sofrer uma bala na cabeça ou amea-çar ele, ou incentivar com que os condutores de veículo o ameaçassem.

Tribuna Independente - A quebra de decoro pode culminar em cassação de mandato. O vereador acredita que a Comissão dará parecer por sua cas-sação?

Silvanio Barbosa - Se isso acontecer vai ser uma grande injustiça até porque não há por parte desse ve-reador quebra de decoro para com os meus colegas, nem com a vereadora Fátima. Isso, eu tenho certeza por-que a ata do dia da reunião, a Fátima estava na Câmara. Ela diz à imprensa que não estava, e a ata é bem clara: ela estava na Câmara. Se ela estava na Câmara e ela diz que não estava, já é um dos pontos positivos que não tem motivo de cassar o vereador Silvânio Barbosa. Outro pon-

to: a ata e a gravação não cita o nome da vereadora Fátima Santiago.Respeito os traba-lhos da Comissão e eviden-temente terei o meu direito amplo à defesa para que eu possa apresentar a minha versão.

Tribuna Independente - Seu trato com os demais vereadores, pode lhe sal-var o mandato?

Silvanio Barbosa - Eu não acredito que o meu man-dato esteja ameaçado, eu tenho certeza de que não há indício nenhum. Eu me rela-ciono bem com quase 100% daquele parlamento. Eu não tenho culpa de uma pessoa que mora no bairro de pe-riferia estar ocupando nas pesquisas de Maceió entre os três primeiros lugares porque eu não tenho ninguém, nem sequer um dono de caldo de cana como empresário den-tro de Maceió. E eles vão ter que me engolir. Alguns até com uns tapinhas nas costas, fingindo ser meus amigos, mas dentro do parlamento, mesmo com alguns fingindo eu acredito que ninguém ali naquela Câmara, nem a pró-pria Fátima Santiago, vota pela cassação de mandato de ninguém porque todos nós sabemos a responsabilidade que carregamos.

Tribuna Independente - Enfrentar um processo na Comissão é prejudicial a quem está às vésperas de uma disputa a reelei-ção?

Silvanio Barbosa - É mais uma experiência de vida, de saúde e até mesmo do psicológico que fica assim afetado. Mas eu tenho um Deus grande, que me rege, que me orienta. É mais uma experiência que eu estou vi-vendo entre o mandato, en-tre a sala de aula, entre a pressão popular, entre me defender de um processo in-justamente e ter que cumprir a missão de parlamentar to-dos os dias. Estou inquieto e o tempo que a gente tiver que se defender, vou desti-nar para a defesa ao invés de destinar o tempo para comu-nidade, claro que a gente tem um pequeno prejuízo nisso.

Tribuna Independente - Silvânio Barbosa vai dis-putar um novo mandato ao lado de Cícero Almei-da?

Silvanio Barbosa - Os erros constantes do Rui me fez enxergar no Cícero um gestor melhor. Eu saí do pa-pel de liderança e entrei para o papel de vereador atirando para todas as negatividades que o Cícero fez na gestão dele na Câmara, e eu não era fiscal. Ele moveu um monte de ações contra mim, por ca-lúnia, difamação e eu poderia nem estar com Cícero agora justamente por essas ques-tões. Hoje, eu me coloco como aliado do Cícero. Antes disso, eu sou um servidor do meu partido. Claro que a vonta-de de voltar a ser vereador é maior e a melhor de todas as opções que me derem. O que eu mais desejo é disputar a reeleição para vereador, mas se o PMDB disser que tem que ser este outro a ser tri-lhado, eu não vou fazer o que fiz com o PSB que queria que eu fosse deputado federal e eu disse não e por conta dis-so perdi muita coisa.

TRIBUNAINDEPENDENTE

Afastando o vereador Silvânio da Câmara é como se calasse, a única voz que fala em defesa da socie-dade. Então, às vezes, isso irrita os meus colegas e a interpretação vai para o lado errado

Não me referi nem a Fátima, nem a ne-nhum vereador da Câmara. Me referi ao mundo político normal porque o que mais temos nesse mundo é vigariceSILVANIO BARBOSAVEREADOR PELO PMDB

Eu não acredito que o meu mandato esteja ameaçado, eu tenho certeza de que não há indício nenhum. Eu me relaciono bem com quase 100% daquele parla-mento

Hoje, eu me coloco como aliado do Cícero. Antes disso, eu sou um servidor do meu partido. Claro que a vontade de voltar a ser vereador é maior e a melhor de todas as opções que me derem. O que eu mais desejo é disputar a reeleição

Page 3: Edição número 2678 - 26 de junho de 2016

ARAPIRACA E PIRANHAS

Parlamentares vislumbram o Executivo

Deputados estaduais buscam manter basesApós as eleições de 2014, momento atual é de ajudar prefeitos e vereadores

Mesmo os pré-candidatos a prefeitos, deputados tam-bém apoiarão outros colegas que disputarão uma cadeira tanto no Executivo quanto no Legislativo municipal, como é o caso de Tarcizo Freire (PP) e Inácio Loiola (PSB).

Recém-filiado ao Par-tido Progressista, Freire que já confirmou a sua pré--candidatura à prefeitura de Arapiraca e declarou que vai seguir o que o seu partido definir em relação aos apoios nas eleições de outubro. “Meu grupo hoje é o grupo de Biu de Lira [se-nador Benedito de Lira]. Arapiraca tem candidato do PP, assim como Palmeira dos Índios, São Sebastião, Santana do Ipanema, e onde houver candidato do PP eu vou estar também apoiando porque é da minha sigla e foi ela que me deu liberdade”, disse o parlamentar.

Em Maceió, Freire con-tou que apoiará Rui Palmei-ra (PSDB), uma vez que seu partido é da base do gover-no municipal e apoiador do atual prefeito. “Vou acom-panhar o PP e apoiar Rui Palmeira em Maceió. Não vou apoiar Cícero Almeida, não vou apoiar candidato do PMDB, porque não posso e nem devo, não tenho simpa-

ANDREZZA TAVARESREPÓRTER

As articulações políti-cas para as eleições municipais deste ano

já começaram e o momento é de fechar as alianças e seguir para a campanha. É natural que deputados que tiveram o apoio de políti-cos e lideranças no interior e também na capital no pleito de 2014, retribuam agora a ajuda recebida.

A reportagem da Tribu-na Independente entrevis-tou alguns deputados esta-duais para saber do contexto político e previsão de resul-tados no abrir das urnas em outibro.

Apesar de estarmos às vésperas da campanha elei-toral, alguns parlamentares ainda não firmaram apoio, como é o caso do Pastor João Luiz (PSC) que declarou não ter ainda candidato a prefei-to em Maceió, por exemplo.

“O PSC não foi convidado a conversar com nenhum dos pré-candidatos a prefeitos da capital. Mas, para verea-dor a gente tem uma chapa com 16 pré-candidatos. Ne-nhum deles com mandato, mas acho que a gente deve eleger um ou dois vereado-res em Maceió”, relatou o parlamentar.

INSPIRAÇÃORodrigo Cunha busca contato com jovensRodrigo Cunha (PSDB) estreou na política como o deputado estadual mais votado no último pleito. Agora, ele está servindo de espelho para outros jovens que buscam seguir os seus passos nas eleições municipais deste ano. “Pessoas jovens estão aparecendo e me buscan-do como referência e eu tenho o maior prazer e orgulho de ser inspiração para que outra geração entre na política. Acre-dito que isso seja o reflexo da nossa campanha. Prefiro plantar sementes”, declarou Cunha.

ENGAJAMENTO“Não há troca de apoios”, diz tucanoRui Palmeira em Maceió e Rogério Teófilo em Arapiraca já contam com o apoio do colega Rodrigo Cunha. O deputado contou que também apoia pré-candidatos em vários municípios e que não busca ganhos futuros com isso. “Da minha parte não há uma troca de apoios e sim um engajamento daquelas pes-soas que eu acredito que sejam as melhores para as cidades. O que busco não é o que vou receber lá na frente e sim qual é a pessoa mais indicada para administrar a cidade”, ressaltou.

Complicou para Dilma

Do jornalista Kennedy Alencar, em seu blog: “Após uma safra de notícias ruins da Lava Jato para o PMDB, a operação traz o PT de volta ao centro dos holofotes. Uma diligência

na sede nacional do partido tem peso simbólico forte, provocando mais desgaste de imagem da legenda. Essa ação produz ainda mais dificuldades para a estratégia da presidente afastada, Dilma Rousseff, de tentar voltar ao poder. Paulo Bernardo é um quadro importante do partido. Foi ministro nos governos Lula e Dilma. Bernardo é o primeiro ex-ministro de Dilma alvo de um pedido de prisão na Lava Jato. No caso dele, é uma ordem de detenção pre-ventiva. Em relação ao ex-ministro da Previdência Carlos Gabas, amigo de Dilma, as providências foram um convite para depor e busca e apreensão na sua casa. Até agora, o preso mais próximo a Dilma na Lava Jato era o marqueteiro João Santana. No primeiro mandato da presidente, Paulo Bernardo foi ministro das Comuni-cações. Da ala moderada do PT, ele foi muito criticado pelo partido por resistir às pressões pela regulamentação da mídia. No governo Lula, Bernardo comandou o Planejamento. Sempre teve bom trân-sito com o empresariado e outros partidos políticos.”

Sem acordoO embate que se dá entre Rui Palmeira, candidato à reeleição, e Renan Filho, que apoia Cícero Almeida, poderia ter sido evitado se prefeito e governador tivessem feito aliança para a eleição em Maceió. Renanzinho admitiu isso, mas pediu em troca o apoio à sua reeleição, em 2018. Rui não quis assumir o compromisso.

RazõesRui Palmeira explicou a Renan Filho quando conversaram a respeito, há três meses, que sua meta é ser reeleito e concluir tam-bém um segundo mandato. Mas explicou que em 2018 haverá elei-ção presidencial e se o PSDB quiser lançar candidatos ao governo para se fortalecer e pedir para ele disputar não terá como evitar.

ExplicaçãoPré-candidato a prefeito pelo PMDB, o deputado federal Cícero Al-meida se manifestou sobre recentes notícias a respeito de proces-sos judiciais contra ele: “Estão requentando fatos passados”. As ações têm a ver com a sua passagem pela Prefeitura de Maceió, por duas gestões. Mas ele garante ser absolutamente inocente.

CobrançaO senador Benedito de Lira (PP/AL) é o parlamentar que mais consegue liberar recursos para Alagoas. E reafirma a necessidade de revisão do pacto federativo, proporcionando mais autonomia aos municípios. Lembra que no primeiro discurso Michel Temer sinalizou nessa direção. “Só assim, as Prefeituras vão se viabili-zar”, diz.

EleiçãoIzaac Jackson Cavalcante, dirigente da CUT, é candidato a vere-ador em Maceió. Desta vez pelo Partido Verde. Izaac foi filiado ao PT, inclusive ultimamente era presidente do diretório municipal do partido. E, apesar da vinculação partidária, sempre contestou o desastre que foi o governo da presidente Dilma Rousseff.

Quem sabe?Ultimamente, graças à Justiça, ao Ministério Público e à Receita Federal multiplicam-se casos de corrupção envolvendo políticos, gestores públicos e empresários. Quase todos com patrimônio, declarado à Receita Federal, incompatível com a renda. Daí se indagar: como esse povo justificava a evolução patrimonial?

MinaDe Sebastião Nery, na “Gazeta de Alagoas”: “Lula, o operário do ABC, descobriu o dinheiro. E o triplex de Guarujá e o sítio de Atibaia, o contubérnio com as empreiteiras e, mais grave, o es-cândalo dos escândalos que está surgindo agora nas lanternas da Lava Jato: os 50 bilhões de dólares do BNDES distribuídos com os ditadores amigos e em propinas externas que já estão surgindo.”

tia por eles”, enfatizou.Pré-candidato a prefeito

de Piranhas, município que já comandou por três man-datos, Inácio Loiola contou que deve apoiar pelo menos uns 30 pré-candidatos a pre-feitos no interior de Alagoas.

“De Marechal Deodoro a

Já o deputado Gilvan Barros Filho (PSDB) con-tou que teve votos em pelo menos 97 municípios e que estará presente onde for solicitado. “Agora é a hora de ajudar quem nos aju-dou e esse trabalho precisa ser contínuo para dar se-

Mata Grande, com absoluta certeza que estarei apoiando todos aqueles que estiveram comigo nas minhas eleições para deputado estadual. Acredito que em torno de 30 candidatos a prefeitos em Alagoas”, destacou.

Loiola vai esperar a de-

guimento ao grupo de ami-gos que o deputado Gilvan Barros formou”, declarou o parlamentar dizendo que irá apoiar, dentre os vários pré-candidatos a prefeitos espalhados pelo Estado, os seus primos Davi Barros em Girau do Ponciano e Paulo

finição do partido sobre o apoio ao pré-candidato a prefeito de Maceió. Mas, o parlamentar garantiu que vai apoiar os candidatos dos prefeitos de Marechal Deodoro, Cristiano Matheus (PMDB) e Mata Grande, Ja-cob Brandão (PP). (AT).

Dâmaso em Anadia. Além de pré-candidatos em Se-nador Rui Palmeira. “Todas as cidades que tiver um re-presentante do nosso grupo, independentemente de ser prefeito, ex-prefeito ou ve-reador, estarei lá com eles, pedindo voto”, garante.

MACEIÓ - DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2016 POLÍTICA 3 TRIBUNAINDEPENDENTE

ASCOM/ALE

ASCOM/ALE

Tarcizo Freire e Inácio Loiola pretendem disputar prefeituras e manter a ajuda aos seus apoiadores

Pastor João Luiz apoia pré-candidatos a vereador em Maceió; Gilvan Barros Filho vai rodar o Estado

* A Adefal fará a entrega, amanhã, às 9 horas, de 30 cadeiras de rodas motorizadas, em um evento na sede da entidade. Na ocasião será reivin-dicada ao prefeito Rui Palmeira a mudança urgente na lei de gratuidade do passe livre municipal,

* O programa “Aplauso” de hoje é dedicado a ídolos da música regional do Nordeste: Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, Abdias dos 8 Baixos, Nenem do Acordeon, Marinês, Carmélia Alves e Jacinto Silva. Na Educativa FM, às 10 horas.

* Oito trabalhos de alunos de diversas instituições de ensino do Estado estão no primeiro volume da coleção “Saber Alagoas”, que será lançado amanhã, às 15 horas, na Imprensa Oficial Graciliano Ramos. Uma parce-ria a instituição com a Fapeal.

* Agora, aos domingos, o horário de funcionamento do Shopping Pátio Maceió será do meio-dia às 21 horas, para todas as lojas, praça de alimentação, serviços e lazer. Nos demais dias da semana o horário continua o mesmo: das 10 às 22 horas.

* A Eletrobras Alagoas está com inscrições ao Programa de Patrocínio das Empresas Eletrobras a Eventos do Setor Elétrico 2016. Há R$ 1.7 milhão para apoio a eventos de 7 de junho a 28 de fevereiro de 2017. Contato: www.eletrobras.com/editaleventos.

* Com nossa seleção eliminada na primeira fase, a nós, brasileiros, resta sentar, ligar a TV e assistir, sem torcer, à final da Copa América Centenário, entre Argentina e Chile. O jogo tem início às 21 horas, horá-rio brasileiro.

* Compromissos de clubes alagoanos Alagoas hoje pelo Campeonato Brasileiro: Série C - em Arapiraca, ASA x Cuiabá; Série D - em Aracaju, Sergipe x Murici; em Maceió, CSA x Central. Todos têm chance de assu-mir a liderança dos respectivos grupos.

A corrupção é uma assassi-na sorrateira e invisível” DELTAN DALLAGNOL Procurador da República que atua na Operação Lava Jato

FLAVIO GOMES DE BARROS - [email protected]

Conjuntura

Page 4: Edição número 2678 - 26 de junho de 2016

MBL ligado a políticoscorruptos e obscuridadeDocumentos revelam patrimônios contestáveis de pessoas ligadas ao movimento

Sistema para propinas

É cada vez mais surpreendente o ponto a que chegou o esquema de pagamento de propinas, entre as empreiteiras, partidos po-líticos, estatais e empresas. Esta semana veio à tona o sistema

informatizado para o controle de pagamento de propinas elaborado pela empreiteira Odebrecht, que ficava hospedado na Suíça e estava funcionando até o mês passado. As informações sobre o sistema ur-giram no depoimento do administrador Camilo Gornati dado à Justiça Federal. Ele foi o responsável por gerar logins e senhas para o aces-so ao sistema para funcionários e diretores, desde 2008. Segundo ele, cada usuário do sistema, batizado de Drousys, tinha acesso a uma conta de e-mail que circulava apenas internamente, e era atra-vés dele que se trocava informações sobre o repasse das propinas. Os datacenters estavam na Suíça principalmente “por questões de segurança e além disso, o custo dos equipamentos, mais baratos que no Brasil e a certificação dos datacenters, justificariam a escolha. O Drousys operou até meados de 2014, segundo Gornati. Depois foi criado um novo portal de acesso, com a transferência dos dados do primeiro. Meses depois o Ministério Público da Suíça bloqueou o acesso ao primeiro datacenter. O administrador também deu orienta-ções a duas funcionárias da empreiteira, que também foram detidas e ouvidas pela Polícia Federal. Uma delas firmou a delação premiada e deu subsídios para a 23ª fase da Lava Jato.

A reinvenção da baseA próxima eleição municipal, marcada para Outubro será a primeira sem a verba de empresas, seguindo determinação aprova-da pelo Congresso na reforma política do ano passado, seguindo entendimento do Supremo Tribunal Federal. Estrela maior do Partido dos Trabalhadores o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem alertado seus integrantes para a situação. “Vamos iniciar uma nova experiência política neste país. Este é um momento histórico para

nós, que vamos reaprender a valorizar o trabalho de base” disse Lula no lançamento da candidatura de Jandira Feghali (PCdoB-RJ) á prefeitura do Rio de Janeiro.

A reinvenção da base 2Lula ainda relembrou suas primeiras campanhas políticas, como a de 1982, quando subir em um caminhão e tinha de vender adesi-vos e camisetas do partido para poder financiar os comícios. “As campanhas agora vão exigir mais organização, mais militância, mais dedicação e mais coração. Vai ter menos dinheiro, mas terá mais feijoada e mais caminhada” afirmou o ex-presidente no evento, que aconteceu na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro.

Projetos na Zona da MataAlguns projetos que estão sendo viabilizados na Zona da mata de Alagoas, desenvolvidos por cooperativas e agroindústrias estão prestes a entrar em operação. O secretário de Agricultura, Álvaro Vasconcelos, visitou algumas dessas iniciativas, que contam com o apoio governamental. A empresa Murici Envase deve ser inaugurada no início de Julho, adquirindo 30 mil litros de leite por dia, gerando 150 empregos diretos. Em União dos Palmares, Vasconcelos visitou uma fábrica de processamento de doces, dotada de uma estrutura que possibilita inclusive a instalação de outras indústrias no local.

Projetos na Zona da Mata 2O Secretário de Agricultura visitou também duas cooperativas de trabalhadores rurais. Ainda em União visitou a Coopervale, que tem 100 associados e processa frutas que são destinadas a programas governamentais através da Companhia Nacional de Abastecimento. Ali o objetivo é ampliar a parceria, dotando a Cooperativa de novos equipamentos e ampliando suas instalações. Já em Santana do Mundaú, a visita foi á Coopial que trabalha especificamente com a produção e comercialização da laranja lima. Inclusive foi reinaugura-da a indústria de processamento de suco de laranja lima.

Plástico vira combustívelPesquisadores do Instituto de Química Orgânica de Xangai e da Academia Chinesa de Ciências obtiveram resultados positivos para transformar em combustível uma verdadeira praga para o meio ambiente: o plástico. Um novo processo químico foi desenvolvido pelos chineses, que pode pôr fim a milhões de toneladas de plástico produzidos atualmente. Os plásticos envolvidos e o processo para degradá-los é altamente especializado, embora seja relativamente simples em termos de reações químicas. O essencial da técnica é uma reação química conhecida como metátese, na qual os dois reagentes geram dois produtos.

Plástico vira combustível 2A técnica desenvolvida pelos pesquisadores foi abreviada como “CAM” e mistura compostos encontrados em plásticos, resultando na quebra de polietileno. Foram usados reagentes de baixo custo, como éter de petróleo para impulsionar o processo. E o resultado demons-trou a possibilidade de conversão do plástico em combustível liquido e ceras. Com alta eficiência, condição de reações suaves e controle fino de produtos de degradação, esse método apresenta vantagens distintas sobre processos tradicionais, asseguram seus criadores.

• O mais sólido acordo de paz, entre o governo da Colômbia e o grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), foi firmado esta semana, através de um acordo de cessar-fo-go bilateral e definitivo.

• O acordo já foi assinado e anunciado oficialmente na quinta-feira pelo presidente colombiano Juan Manuel dos Santos e dirigentes da Farc.• No Twitter, um dos principais negociadores das Farc, Antonio Loza-da disse que “estamos em um momento histórico. Hoje é o #último-diadaguerra”.

• A etapa do cessar-fogo bilateral definitivo prevê também um cro-nograma para deposição de armas e garantias de segurança para os ex-combatentes das Farc. As autoridades colombianas acreditam que o acordo definitivo de paz será firmado no dia 20 de Julho.

• O conflito armado em as Farc e o Exército colombiano é o mais antigo da América do Sul. Teve início em 1964, e até agora o conflito já mat ou mais de 220 mil pessoas na Colômbia.

• As Farc integravam a lista internacional de organizações terroristas e chegaram a ter 7,8 mil soldados atuando nas florestas e nas fron-teiras, lutando pela reforma agrária e por um Estado socialista.

BARTOLOMEU DRESCH [email protected]

MACEIÓ - DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2016POLÍTICA4 TRIBUNAINDEPENDENTE

CARTA CAPITAL

Um dos protagonistas das manifestações pró-impeachment,

o Movimento Brasil Livre ganhou fama e, soube-se re-centemente, dinheiro. Em uma mobilização formada em sua maioria por cidadãos brancos e acima dos 50 anos, os integrantes do MBL tor-naram-se símbolos de uma nova geração “apartidária, ética e politizada”. O viés an-tiesquerdista e antipetista tornou os jovens ainda mais simpáticos à direita ansiosa em retomar o poder no Brasil.

Nos últimos tempos, acumulam-se evidências de que os integrantes do MBL não são exatamente os he-róis emulados por uma par-te da mídia. Estão longe de ser apartidários (um de seus líderes admitiu que o grupo recebeu apoio financeiro do PSDB, partido mais inte-ressado em derrubar a pre-sidenta Dilma Rousseff) ou mesmo ético.

Uma investigação de CartaCapital na cidade de origem do movimento,

Quando era secretário de Educação e ocupava a pasta-alvo da investigação, Jaime Cruz, do PSDB, saiu em defesa das compras que, segundo o MP, deu prejuízo de ao menos 17 milhões aos cofres municipais. Durante sessão na Câmara de Verea-dores, alegou que o objetivo da reformulação do cardápio foi dar “qualidade às refei-ções das nossas crianças”.

Outro integrante do gru-po é Rubinho Nunes, filho do vereador Rubens Nunes, de-nunciado por venda de pro-dutos falsificados em 2000. Recentemente, Nunes pai comprou um terreno de 250 metros quadrados em um dos condomínios mais caros da cidade.

Declarou ter pago 100 mil reais. Ergueu no terre-no uma casa imponente. Se-gundo corretores da região, o imóvel custa ao menos 1 milhão de reais. O vereador não mora no local. A ligação do vereador com os líderes do MBL rendeu até mesmo homenagens na Câmara. Nunes assinou uma moção de aplausos ao grupo, pe-dindo que o coordenador na-cional, Renan Santos, fosse comunicado da ação no Le-gislativo local.

Enquanto isso, Nunes

Vinhedo, cidade de 70 mil habitantes na região me-tropolitana de Campinas (SP), revela que no próprio quintal a turma do MBL não hesita em adotar as velhas práticas criticadas nas ma-nifestações “contra a corrup-ção”.

Em Vinhedo, a origem do MBL confunde-se com o poder do ex-prefeito Milton Serafim, do PTB. Eleito qua-tro vezes para comandar a cidade, Serafim acabou con-denado a 32 anos de prisão por receber propina em troca da facilitação de licenças de loteamentos.

De acordo com o Tribunal de Contas de São Paulo, até mesmo a famosa festa da uva da cidade apresentou diferença na prestação de contas de gastos da prefeitu-ra sob sua gestão. Em 2002, dos 162 mil reais gastos, apenas 41 mil tiveram as despesas comprovadas. As falcatruas, segundo a Justi-ça, não param por aí.

Em abril deste ano, Se-rafim também foi condenado por envolvimento com a má-fia dos sanguessugas. O es-

filho é um dos militantes mais ativos do MBL. Advo-gado, lançou sua candida-tura à prefeitura da cidade pelo PMDB e costuma ser bem atuante nas redes so-ciais.

Por conta de suas de-

quema retirou cerca de 110 milhões de reais dos cofres públicos em desvios de re-cursos da compra de ambu-lâncias. Na conta, mais dois anos de prisão. Assim como em todas as acusações das quais é alvo, o ex-prefeito se diz inocente e objeto de per-seguições.

O petebista recorre em liberdade da condenação por recebimento de propinas na liberação de loteamentos na cidade, mas se viu obrigado a renunciar à prefeitura em 2014.

Quem assumiu o coman-do foi o vice, Jaime Cruz, do PSDB. Cruz nunca escondeu sua amizade de longa data com Serafim. Em um vídeo daquele ano, afirma que o ex-prefeito “sempre será um homem livre para nos co-mandar”.

O tucano parece entender bem a situação do petebis-ta. No início deste ano, Cruz foi acusado de participação num esquema de superfatu-ramento da merenda escolar na cidade. Imagina-se que o MBL, combatente da corrup-ção, denuncie os desmandos

clarações e das postagens ofensivas do movimento, foi convidado a depor na CPI dos Crimes Cibernéticos. No interrogatório, mostrou-se indignado com o convite: “A CPI tem de ir atrás é de este-lionatários”. Enquanto Nu-

de Serafim e Cruz, certo? Errado.

O atual prefeito tem o apoio fiel de dois fundadores do movimento, os irmãos Re-nan, coordenador nacional, e Alexandre Santos. A dupla costuma frequentar a Câma-ra de Vereadores não para pedir investigações a respei-to do tucano e de seu ante-cessor, mas para ameaçar os parlamentares de oposição.

Chegaram ao ponto de insultos a quem denuncia qualquer aliado da atual ad-ministração. Renan Santos aparece em várias fotos ao lado de Cruz e do prefeito condenado.

A Justiça Federal chegou a determinar o bloqueio de bens do prefeito, frequente-mente fotografado com in-tegrantes da Juventude do PSDB. Na liminar, o juiz Re-nato Camargo Nigro afirma: “E mesmo que não fosse as-sim, celebrar contratos com até 411% de sobrepreço para a aquisição de bens (gêneros alimentícios), neste primeiro momento tem-se que não há como falar em mera inépcia administrativa”.

nes filho tenta promover os aliados políticos do pai acu-sados de corrupção, Renan Santos, o irmão e familiares especializaram-se em negó-cios estranhos. As empresas da família respondem a uma série de ações judiciais.

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Movimento Brasil Livre ficou famoso por “cobrar honestidade” e selecionar a direção de suas indignações

Rubinho Nunes denunciado por venda de produtos falsificados se aventura na carreira política

DANOS AO ERÁRIO

Membros saem em defesa de investigados

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MACEIÓ - DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2016 POLÍTICA 5 TRIBUNAINDEPENDENTE

Livro denuncia enriquecimento ilícitoDeputado federal por Alagoas é citado em publicação após ter um crescimento exponencial de patrimônio

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João Henrique Caldas é conhecido por ser crítico de quem pratica corrupção, no entanto, seu nome pode estar ligado a irregularidades

JULGAMENTO

TSE ainda analisa conta de Campos e MarinaOs novos fatos trazidos

à tona pela Operação Tur-bulência, da Polícia Fede-ral, devem ser considera-dos durante o julgamento da prestação de contas da campanha à Presidência de Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (Rede) em 2014. Os processos ainda es-tão sob análise do ministro Luiz Fux, do Tribunal Supe-rior Eleitoral (TSE).

Segundo informações de pessoas com trânsito no TSE mesmo que as contas dos dois estejam sendo ana-lisadas separadamente, as futuras revelações sobre o

caso podem ser também in-cluídas na prestação de Ma-rina.

Para que isso aconte-ça, basta que o Ministério Público Eleitoral ou algum partido entre com essa de-manda no tribunal. Segun-do um procurador que já atuou na esfera eleitoral, o fato de Marina também ter feito viagens no jatinho usado pelo ex-candidato à Presidência Eduardo Cam-pos (PSB), durante sua cam-panha, já seria o suficiente para implicar a ex-ministra em desdobramentos das in-vestigações da PF. O avião

acidentou-se em 2014, ma-tando Campos.

Até hoje, um ano e oito meses depois da eleição, o PSB não enviou ao TSE os comprovantes da doação de horas de voo do Cessna Ci-tation. Um advogado do par-tido afirma que isso não foi feito até agora porque a si-gla nunca recebeu do órgão competente uma estimati-va das horas voadas pela aeronave. A princípio, toda prestação de contas deveria ter sido entregue em novem-bro de 2014. Por se tratar de um caso singular, não há consenso sobre que pena

poderia ser aplicada caso as contas de Marina sejam re-jeitadas pelo TSE. Para um assessor do tribunal, hoje as punições na esfera eleitoral são majoritariamente vol-tadas para quem foi eleito, como a eventual perda de mandato, e não para quem não venceu a disputa, como Marina.

TURBULÊNCIADeflagrada na manhã de

terça-feira (21) pela Polícia Federal, a operação Turbu-lência investiga suspeita de caixa dois na reeleição do então governador de Per-nambuco, Eduardo Campos.

Um livro de autoria do jornalista Chico de Góis, do jornal

O Globo, traz à tona em 10 páginas uma denúncia que pode abalar a imagem e os planos futuros do deputado federal JHC (PSB). Filho do ex-deputado João Caldas, condenado pela Justiça por corrupção na chamada Má-fia das Sanguessugas, JHC é acusado de enriquecimen-to ilícito no livro “Os Bens que os Políticos Fazem”.

O livro caiu como uma bomba e abalou a imagem do jovem parlamentar, já que JHC tem um discur-so que prega moralidade e combate à corrupção, mes-mo tendo familiares com farto histórico de acusações de corrupção. Entre os 10 personagens investigados, três alagoanos são citados. Pai, mãe e filho: João Cal-das, Eudócia Caldas e João Henrique Caldas, conhecido como JHC.

JHC, que aos 23 anos de idade declarou patrimônio de R$ 1,5 milhão em sua declaração à Justiça Elei-toral nas eleições de 2010, declarou à mesma Justiça Eleitoral o patrimônio de R$

3,1 milhões nas eleições de 2014. Como JHC dobrou seu patrimônio nos quatro anos que ocupou a Assembléia Legislativado Estado ainda é um mistério.

E mais: outro mistério que aguarda explicações de JHC é como o parlamentar, mesmo sem ser herdeiro de nenhuma fortuna, com me-nos de 30 anos de idade já é dono de R$ 3,1 milhões em bens e possui mais bens que a soma dos bens dos seus pais, João Caldas e Eudó-cia Caldas. Nas eleições de 2010, JHC declarou possuir um apartamento de luxo avaliado em mais de R$ 2 milhões, situado na orla de Maceió, terrenos orçados em quase R$ 1 milhão na parte alta de Maceió, veículos e cotas na empresa Empresa Alagoas Comunicação.

O pai de JHC, ex-depu-tado João Caldas, é citado no livro pelo fato de ter sido condenado a devolver R$ 390 mil aos cofres públicos, em 2011. Caldas também é citado na operação da Polícia Federal, em 2006 que desba-ratou uma quadrilha servi-dores públicos que atuava na Máfia das Sanguessugas.

EXECUTIVOS

Sérgio Moro retoma ação contra empresa Odebrecht

A força-tarefa da Opera-ção Lava Jato, em Curitiba, encaminhou ofício ao juiz federal Sérgio Moro no qual pede que seja dado prosse-guimento a uma das ações penais contra executivos do grupo Odebrecht e contra seu ex-presidente Marcelo Bahia Odebrecht. O argu-mento dos procuradores é que ainda não há acordo fechado de colaboração pre-miada com executivos e nem de leniência com a emprei-teira.

O prosseguimento do pro-cesso contra Marcelo Ode-brecht serve como pressão contra os executivos do gru-po durante as negociações, que foram iniciadas como a Procuradoria Geral da Re-pública, com a participação da força-tarefa de Curitiba.

Marcelo Odebrecht e seus executivos iniciaram no co-meço do mês as negociações formais com a força-tarefa da Lava Jato, via advogados de defesa. “Considerando que não há acordo de cola-boração com executivos da Odebrecht, tampouco acor-do de leniência firmado com a empresa, considerando, ainda, que inexiste hipóte-se legal para a suspensão de procedimentos judiciais em curso por tais motivos, o Ministério Público Federal manifesta-se pelo prosse-

guimento do feito”, afirma a Procuradoria da República em Curitiba no documento encaminhado ao juiz fede-ral. No dia 1º de junho, Moro suspendeu a ação penal por 30 dias após vir à tona a notícia de que a empresa estaria negociando uma co-laboração “definitiva” com o Ministério Público Federal. “Diante de informações e que estaria em andamento a negociação de alguma espé-cie de acordo de colaboração entre as partes, suspendo este feito por 30 dias”, afir-mou Moro, no despacho.

A ação penal trata da corrupção e lavagem de di-nheiro em oito contratos da Odebrecht com a Petrobras, que teriam resultado em pa-gamento de propinas entre 2006 e 2014. Os contratos são das obras de terraple-nagem no Complexo Petro-químico do Rio de Janeiro (Comperj) e na Refinaria Abreu de Lima, em Pernam-buco, no gasoduto e no Ter-minal de Cabiúnas (Tecab), no Rio, e nas plataformas P-59 e P-60, na Bahia.

Além desse processo, Odebrecht é foco de outros inquéritos na Polícia Fede-ral e pode se tornar réu em outros processos. O emprei-teiro e executivos do grupo respondem ainda a outras ações penais.

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Marina Silva compôs a chapa de Eduardo Campos em 2014

Page 6: Edição número 2678 - 26 de junho de 2016

Opinião

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ALEX SOLNIK

FERNANDO BRITO

LEONARDO SAKAMOTO

Jornalista

Jornalista

Jornalista e doutor em Ciência Política

MACEIÓ - DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2016OPINIAO6 TRIBUNAINDEPENDENTE

Cheques sem fundoNo Brasil, o percentual de devoluções de

cheques pela segunda vez por insufi-ciência de fundos foi de 2,39% em maio

deste ano, revela o Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos. Trata-se do segundo maior patamar registrado desde 1991 para o mês de maio, quando a Serasa passou a fa-zer o estudo. Foram 1.208.897 devolvidos e 50.622.591 cheques compensados. O maior nível foi em 2009, com 2,52% de cheques de-volvidos.

No mês anterior, abril, registrou-se 2,38% de devoluções, com 1.120.883 cheques que voltaram e 47.044.915 compensados. Um ano antes, em maio de 2015, o percentual de devoluções havia sido de 2,29%, com 1.240.713 cheques devolvidos e 54.074.511 compensados.

Segundo os economistas da Serasa Expe-rian, o aumento do desemprego no país e a queda do rendimento médio da população es-

tão impulsionando a inadimplência do consu-midor em praticamente todas as suas modali-dades, sendo a de cheques uma delas.

Na avaliação dos primeiros cinco meses de 2016 entre as regiões do país, a liderança de devoluções foi do Norte, com 4,60% de cheques devolvidos no período. O Sudeste foi a região que apresentou o menor percentual de devolu-ções entre janeiro e abril de 2016: 1,99%.

Já entre os estados, o Amapá liderou o ranking de cheques sem fundos de janeiro a maio deste ano, com 18,50% de devolu-ções. Na outra ponta, São Paulo foi o estado com o menor percentual de cheques devol-vidos (1,83%). Em todo o país, a devolução de cheques em maio/16 foi de 2,39% do to-tal de cheques compensados, maior que a devolução de 2,38% registrada em abril/16 e também maior que o percentual de devolu-ções de cheques um ano antes, em maio/15, quando o número foi de 2,29%.

As acusações de Sérgio Ma-chado de que deu a Temer 1,5 milhões de reais originados de propina que ele auferiu quando foi presidente da Transpetro e Temer vice-presidente da Repú-blica são as mais graves desde que ele assumiu a presidência interina e também as mais gra-ves já feitas à maior autoridade do Brasil desde os tempos de Collor.

Falou-se muito da compra da reeleição e das privatizações de Fernando Henrique, mas nin-guém disse que ele pediu ou pôs a mão no dinheiro.

Falou-se muito sobre Lula, mas não passou da coisa de “sa-bia ou não sabia do mensalão”, “sabia ou não sabia que fize-ram a reforma no sítio que ele frequentava”. Nunca alguém o acusou de pedir dinheiro sujo para si ou para algum amigo.

De Dilma, então, só se falou que o seu “crime” foram inocen-tes “pedaladas fiscais”.

São acusações perfeitamente factíveis porque quem as fez não foi um inimigo político, ao contrário, é um correligionário do seu próprio partido, do qual

ele é o presidente desde a morte de Quércia.

São factíveis porque, na con-dição de delator premiado, Ma-chado não pode mentir. Na atu-al conjuntura, delator pode ser perdoado por roubar – contato que devolva uma parte – mas é castigado por mentir.

Também colabora com a tese da verdade o fato de Machado ter rebatido Temer ao declarar: “Se fosse para pegar dinheiro limpo ele procuraria a emprei-teira e não a mim”.

E quem reverberou essas de-clarações para o Brasil e o mun-do não foi um blog qualquer in-teressado em destruir Temer e sim a maior rede de televisão do país e a quinta maior do mundo.

E que deu a última palavra a Machado, e não a Temer.

Nem a Veja livrou a barra de Temer, questionando sua “éti-ca” na capa que está nas ban-cas.

O que também dá veraci-dade à denúncia é que Temer não tem a menor intenção de processar o denunciante, o que qualquer pessoa no seu cargo faria se tivesse certeza de sua

inocência e o que não combina com o discurso de “honorabili-dade” que tem empregado nos últimos dias.

Quem também deu um ates-tado de verossimilhança a Ma-chado foi o ex-ministro Henri-que Eduardo Alves, que bateu em retirada logo que seu nome veio à baila, confiando na tese de que, longe dos holofotes a sua chance de se safar aumenta consideravelmente.

Temer optou por contra-a-tacar por meio de um trabalho de relações públicas nos meios de comunicação suscetíveis ao seu charme, falando primeiro, ontem, a Roberto D’Ávila e hoje à rádio Jovem Pan, com o intui-to de desqualificar o acusador e desencorajar certas medidas que já devem ter entrado em discussão no PT e no PSOL, tais como uma CPI, que não de-pende da decisão monocrática do presidente da Câmara e que é o caminho mais rápido até o impeachment, como aconteceu com Collor.

Comparado com o de Dilma, o impeachment de Temer é ba-tom na cueca.

Muita gente não se deu conta do impacto da decisão do Supre-mo Tribunal Federal que acei-tou, nesta terça (21), denúncia de incitação ao crime de estupro e transformou o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) em réu em uma ação penal. Bolsonaro havia declarado, no Congresso Nacional, que não estupraria a deputada Maria do Rosário por-que ela “não merece’’, repetindo o conteúdo em uma entrevista.

Segundo os ministros que ava-liaram a denúncia, apresentada pela Procuradoria Geral da Re-pública, Bolsonaro não estava respaldado por imunidade par-lamentar porque o ocorrido não teve relação com o exercício de seu mandato. Segundo o relator Luiz Fux, a mensagem que ele proferiu significa que há mulhe-res em posição de merecimento de estupro. “A violência sexual é um processo consciente de in-timidação pelo qual as mulhe-res são mantidas em estado de medo.’’

Independentemente do desfe-cho do caso, essa decisão é em-blemática. Os ministros do STF deixaram claro que ninguém pode usar sua liberdade de ex-pressão para atacar os direitos fundamentais de outros grupos e pessoas. Isso é óbvio, mas vinha sendo ignorado de forma siste-mática neste clima de polariza-ção política que vivemos.

Bolsonaro é considerado um exemplo por muita gente – in-cluindo parte significativa da eli-te brasileira que o prefere como presidente da República em comparação a outros candidatos de acordo com pesquisas eleito-rais. E o seu comportamento – de rolo compressor verbal sobre a dignidade de minorias em direi-tos – tem certamente inspirado muitas pessoas a fazerem o mes-mo com a certeza de que nada aconteceria com eles. Até porque nada acontecia com seu líder.

Agora, aterrorizados, muitos de seus seguidores passaram o dia protestando contra a decisão do STF nas redes sociais. Afinal de contas, se “bolsomito’’ não é imortal, imbatível e invulnerá-

vel, podendo ser punido pela Jus-tiça caso incite violência sem se preocupar com as consequências, o exército digital que o segue (e consegue ser mais violento que seu líder) também pode.

Muita gente na internet con-funde opinião com discurso de ódio. É um erro bem comum quando não se está acostumado às regras do debate público de ideias. O anonimato traz aquela sensação quentinha de seguran-ça e, por conta disso, não raro, as pessoas extrapolam. Sentem-se livres de punição pelos seus atos. Afinal de contas, na rede é me-nos simples (mas não impossível) identificar quem falou ou fez a abobrinha.

Vamos por partes: o direito ao livre exercício de pensamento e o direito à liberdade de expressão são garantidos pela Constituição e pelos tratados internacionais que o país assinou. Vale explicar, contudo, para quem não é fami-liarizado com leis e normas, que a liberdade de expressão não é um direito fundamental absolu-to. Porque não há direitos funda-mentais absolutos. Nem o direito à vida é. Prova disso é o direito à legítima defesa.

Pois a partir do momento em que alguém abusa de sua liber-dade de expressão, indo além de expor a sua opinião, espalhando o ódio e incitando à violência, isso pode trazer consequências mais graves à vida de outras pes-soas.

Pessoas como Bolsonaro dizem que não incitam a violência. Sa-bemos que não é a mão delas que segura a faca ou o revólver, mas é a sobreposição de seus discursos ao longo do tempo que distorce o mundo e torna banais o ato de esfaquear, atirar e atacar. Ou, melhor dizendo, “necessários’’, quase um pedido do céu. São pessoas como ele que cozinham lentamente a intolerância, que depois será consumida pelos ma-lucos que fazem o serviço sujo.

A liberdade de expressão, con-tudo, não admite censura prévia. Ou seja, apesar de alguns juízes não entenderem isso e darem sentenças aqui e ali para calar

de antemão biografias, reporta-gens, propagandas, movimentos sociais, a lei garante que as pes-soas não sejam proibidas de di-zer o que pensam. E foi isso o que aconteceu. Bolsonaro quis falar, Bolsonaro falou.

Entretanto, as pessoas são sim responsáveis pelo impacto que a divulgação de suas opiniões cau-sa. Como foi o caso de dirigir a um grupo específico (mulheres) um sentimento de ódio. E toda pessoa que emitir um discurso de ódio está sujeita a sofrer as con-sequências: pagar uma indeni-zação, ir para a cadeia, perder o emprego, tornar-se inelegível na próxima eleição. Afinal, o exer-cício das liberdades pressupõe responsabilidade. Quem não con-segue conviver com isso, não de-veria nem fazer parte do debate público, recolhendo-se junto com sua raiva e ódio ao seu cantinho.

Por fim, a responsabilidade por uma declaração é diretamente proporcional ao poder de difusão dessa mensagem. Quanto mais pública a figura, mais responsá-vel ela deve ser.

O problema, portanto, não é ter opinião. Muito menos declará-la. E sim como você faz isso. De for-ma respeitosa ou agressiva? Pri-vilegiando o diálogo de diferentes e buscando uma convivência pa-cífica, ou conclamando as pesso-as para desrespeitar ainda mais aqueles vistos como diferentes por medo ou desconhecimento? Como disse Paulo Freire, todos somos guiados por ideologias. A diferença é se sua ideologia é in-clusiva ou excludente.

Vocês acham que as pessoas que ficam indignadas com as de-clarações de Bolsonaro são uma minúscula minoria da popula-ção? Desconfio que não. Uma grande parte acha graça no que ele fala ou mesmo concordou com ele, tal como a plateia riu quan-do Alexandre Frota contou uma narrativa de violência sexual em um programa de TV.

A decisão do Supremo, portan-to, é civilizatória. Não apenas para Bolsonaro, mas para aquilo que encaramos no espelho diaria-mente.

Marina Silva foi soterrada pela hipocrisia.

Com dois anos de atraso, a tra-gédia do jatinho caído em Santos comprovou, agora para o grande público, que a história da “nova política” que serviu de mote para a aliança oportunista que ela for-mou com Eduardo Campos.

O infeliz desastre – no qual sempre se tem de lamentar a morte brutal de pessoas – aca-bou por deixar em escombros a fantasia que construíam de que a ação de ambos era sempre pura, angelical, diferente da de todos os outros.

Estão presos os empresários João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite e Apolo Santana Vieira, donos do avião acidentado que

atendia o estranho casal.Segundo a Folha, depois de

quase dois anos que a mídia, especialmente os blogs, a Polí-cia Federal descobriu operações suspeitas na conta de empresas envolvidas na sua aquisição.

“Vimos que a movimentação financeira não foi só para a com-pra do avião. Eles [empresas de fachadas e laranjas, segundo as investigações] intercambiavam muito entre si. Desde 2010 as empresas tinham transações vo-lumosas, que se intensificaram em 2014. Por coincidência ou não, as transações caíram após o acidente”, detalhou a delegada Andréa Albuquerque.

Num sistema eleitoral movido a dinheiro, como o brasileiro, fin-giram perante o povo brasileiro

serem vestais, com uma campa-nha movida a moedinhas reco-lhidas.

Pior, com graves suspeitas que o avião não era apenas para os vôos de campanha, mas para in-corporar-se ao patrimônio políti-co, através de “laranjas”.

Ainda que Marina, de início, pudesse não saber de onde vinha o jatinho, não é possível crer que não viesse a saber depois.

E calou-se.E sonegou informações à Jus-

tiça Eleitoral.E mentiu ao povo brasileiro.Afinal, a nova política de Mari-

na é igual à velha.Ou melhor, à velhíssima, por-

que é autoritária, desagregado-ra, falsa, rancorosa e, como se viu, cínica.

Batom na cueca

Pânico nas redes sociais

É essa a “nova política”

INDEPENDENTE

Page 7: Edição número 2678 - 26 de junho de 2016

Estudo lançado pela Fundação Perseu Abramo aponta os

cenários para o Programa Bolsa Família (PBF) caso o programa seja reduzido ao escopo dos 5% mais po-bres do país, tal como fica implícito no documento “Travessia Social”, lançado pelo PMDB recentemente.

Neste caso, segundo as in-formações oficiais do IBGE e disponibilizadas pela PNAD de 2014, o contingente dos 5% mais pobres seria de 3,4 mi-lhões de famílias, equivalen-do a cerca de 12,2 milhões de pessoas. Para o ano de 2014 e o mesmo parâmetro de pobreza, contabilizava-se pela PNAD o contingente de 14,3 milhões de famílias de pobres.

Pelo PBF, 13,9 milhões de famílias eram atendidas em abril de 2016, o que equivalia a cobertura de 97,3% dos po-bres estimados pelas informa-ções do IBGE de 2014. Ou seja, 10,5 milhões de famílias em situação de pobreza deveriam perder o benefício caso o PBF seja alterado e a cobertura deve sair do patamar atual de 97,3% do total de pobres assis-tidos para um atendimento de apenas 23,7%. Destarte, 39,3 milhões de pessoas seriam ex-cluídas do programa de trans-ferência de renda.

Segundo o estudo, a queda estimada no repasse será de 75,4% para o Brasil como um todo. O corte seria feito sobre um programa de enorme im-pacto social presente e futuro e que, no entanto, consumiu so-mente 0,46% do PIB brasileiro em 2015.

Vale lembrar que o gover-no interino Temer tem dado diversos sinais no sentido de questionar direitos adquiridos. O documento da Fundação Perseu Abramo ainda lembra que o ministro da Saúde, Ri-cardo Barros (PP – PR), em 2015 enquanto deputado fede-ral relator do Orçamento Geral da União, propôs oficialmente, o corte de 10 bilhões de recur-sos para o PBF, o que signifi-caria a retirada 23 milhões de pessoas do programa de trans-ferência de renda, sendo 11 mi-lhões das quais constituídas de crianças e adolescentes de até 18 anos de idade. Atualmente, diz: “Vamos ter que repactuar, como aconteceu na Grécia, que cortou as aposentadorias, e em outros países que tiveram que repactuar as obrigações do Es-tado porque ele não tinha mais capacidade de sustentá-las”.

Caso o programa seja alte-rado, o Brasil pode vir a seguir o sentido da regressão de suas políticas sociais. Pode-se, re-sumidamente estar diante da transição de um complexo, di-versificado e universalista sis-tema de proteção e promoção social para o de focalização e residualista.

MACEIÓ - DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2016 7 TRIBUNAINDEPENDENTE POLÍTICA

Bolsa-Família: 40 milhões excluídosProposta de limitar programa a 5% dos mais pobres do país pode provocar uma megaexclusão social

DDDDD

Gráfico mostra o plano do governo para o programa Bolsa-Família e as famílias brasileiras em situação de pobreza; projeto prevê a exclusão de 40 milhões de pessoas

SEM REAJUSTE

Governo não cede os 9% e benefício fica congelado

O presidente interino Mi-chel Temer não concedeu o reajuste de 9% previsto para este mês aos beneficiários do programa Bolsa Família.

A informação foi confirma-da pelo Ministério do Desen-volvimento Social e Agrário, responsável pela gestão do programa, que atende 13,9 milhões de famílias no país.

O anúncio do reajuste foi feito pela presidente Dilma Rousseff durante ato no dia 1º de maio, em São Paulo (relem-bre aqui). O reajuste elevou o benefício médio para R$ 176 .

“O governo Dilma ficou dois anos sem dar reajuste no Bol-sa Família. Estamos fazen-do uma avaliação nos cortes promovidos pelo governo an-terior, que chegam a R$ 1,6 bilhão, para poder conceder o reajuste”, informou o minis-tério em nota ao portal UOL. O texto diz ainda que não há data para a conclusão de estu-dos sobre as possibilidades de reajuste do benefício.

O pagamento do benefício do mês de junho começou na sexta-feira (17), contemplan-do as famílias com número final de inscrição “1”.

Ao todo, o pagamento do programa social ocorre em dez datas diferentes.

Este mês, o calendário ofi-cial vai até o dia 30 de junho, quando são pagos os benefici-ários com número final “0”.

Quando anunciou a medida, Dilma explicou que a proposta estava prevista na proposta de orçamento enviada para o Congresso, em 2015. “Essa proposta estava prevista, e diante do quadro atual, toma-mos medidas que garantem aumento na receita neste ano e nos próximos para viabilizar esse aumento no Bolsa Famí-lia.

Tudo isso sem comprometer o cenário fiscal”, afirmou ela.

Dilma Rousseff comentou o não pagamento do reajuste e disse que se trata de “mesqui-nharia”.

“Não pagaram o reajuste do Bolsa Família, de 9%, que nós tínhamos deixado os recursos e aprovado direitinho, todas as condições para ser pago. Aí vocês vejam, quanto custa isso?

Custa menos de R$ 1 bilhão, mas ao mesmo tempo vão e aumentam o deficit e dão au-mento para todos que lhe inte-ressam, que montam na casa de R$ 56 bilhões. Para o povo pobre, R$ 1 bilhão é muito; para os ricos, R$ 56 bilhões é pouco”, disse.

Em artigo publicado na im-prensa brasileira, o pesquisa-dor do Centro Internacional de Políticas para o Crescimen-to Inclusivo (IPC-IG), Luis Henrique Paiva, defende o Bolsa Família e rebate a ideia corrente entre alguns especia-listas de que o programa con-fere benefícios a pessoas que não precisariam da renda de assistência.

O programa Bolsa Família, lançado há quase 13 anos, ainda é motivo de certo deba-te, mas tornou-se uma unani-midade em diversos círculos. Foi exemplo para 64 países na América Latina, na Áfri-ca e na Ásia, que adotaram programas semelhantes. Foi extensamente avaliado – e se saiu muitíssimo bem.

Por isso, ganhou prêmios e reconhecimento dos organis-mos internacionais. Tornou--se referência para estudiosos brasileiros e internacionais na área de política social. Não por acaso, recebeu apoio de todos os candidatos relevantes na última eleição presidencial.

É curioso que, em um país com tantas políticas públicas pouco ou mal avaliadas, seja justamente o Bolsa Família a receber tanta atenção. Embo-ra a vasta maioria dos analis-tas concorde que o programa seja bem avaliado, é frequente que se apresentem propostas para “aprimorá-lo”.

Recentemente, sugeriu-se que a utilização da renda de-clarada pelo próprio benefici-ário – uma característica do programa brasileiro – levaria a erros de focalização, isso é, ao pagamento do benefícios para pessoas que não são po-bres.

O ideal, segundo os defenso-res dessa proposta, seria utili-zar o conjunto de informações do Cadastro Único para cons-truir um “escore de pobreza”. Com isso, a fragilidade de usar a renda declarada seria evitada e teríamos resultados muito melhores na focaliza-ção.

Essa proposta faz sentido? Aparentemente, sim. A renda declarada pelos potenciais be-

neficiários é certamente mani-pulável e não se pode descar-tar que alguns deles informem renda inferior à que têm.

Usar outras informações do Cadastro Único – tais como idade, escolaridade, compo-sição familiar, o piso da casa e o material de construção – poderia ajudar a filtrar as fa-mílias realmente pobres e até aumentar a renda transferida para elas, já que os não pobres seriam excluídos.

Infelizmente, não basta que uma ideia faça sentido. É preciso ver se ela realmente funciona. Infelizmente, temos poucos motivos para crer que essa ideia seja, de fato, boa.

Primeiramente, o Bolsa Fa-mília já é muito bem focaliza-do. É a transferência de ren-da mais progressiva – isso é, mais direcionada aos pobres – feita no Brasil. Acompanho sua focalização desde 2005 por meio da Pesquisa Nacio-nal por Amostra de Domicí-lios, do IBGE. Ao longo dos anos, o programa permaneceu muito bem focalizado.

Ideia é corrente entre os especialistas em assistência

VISÃO DA ONU

Pesquisador defende que programa seja aprimorado

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8 TRIBUNAINDEPENDENTEPUBLICIDADE MACEIÓ - DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2016

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Governo interino quer mudar regrasprevidenciárias dentro de poucos mesesAlém da alteração da idade mínima para a aposentadoria, o governo interino deseja promover mudanças em outros benefícios do Regime Geral de Previdência So-cial como pensão por morte; auxílio-doença; perícia médica do INSS; benefício de prestação continuada (LOAS); previdência dos militares das Forças Armadas; e todos os tipos de aposentadoria: invalidez, tempo de contribuição; especial; e do segurado especial. O governo interino também quer mudar o teto constitucional da União. As propostas foram divulgadas pelo governo interino através de um documento onde se alega que 26,8% dos trabalhadores se aposentaram em 2013 por tempo de serviço. A idade média era de 54 anos, sendo 52 anos para mulheres e 55 anos para homens.

CidadesMACEIÓ - DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2016 CIDADES 9 TRIBUNAINDEPENDENTE

Apenas um ano de aposentadoria Se proposta de idade mínima de 65 anos para adquirir o benefício for aprovada, homem alagoano só terá 1,2 anos de aposentado CARLOS AMARALREPÓRTER

Descansar após longos anos de trabalho e aproveitar a aposenta-

doria com filhos e netos, esse é um dos momentos mais aguardados por grande parte dos trabalhadores. Mas no Brasil, quem alcança esse ob-jetivo tem, em média, pouco tempo para aproveitá-lo. Isso porque é preciso ter um tempo de contribuição com a Previ-dência: 35 anos para homens e 30 para mulheres. Portanto, se alguém começa a trabalhar com carteira assinada aos 20 anos de idade, sua aposenta-doria será aos 55 anos (ho-mens) ou 50 anos (mulheres).

O problema é que a expec-tativa de vida dos brasileiros, em ambos os sexos, segundo dados do Instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística (Ibge), é de 75 anos e por-tanto, o tempo de aproveitar a aposentadoria é menor do que esforço dado à economia do país. Em Alagoas essa re-

alidade é ainda pior, pois a expectativa de vida é de 70,8 anos na média entre os sexos, mas apenas de 66,2 anos para homens – a menor do país! – e de 75,7 anos para as mulhe-res.

O homem alagoano corre o risco de nem conseguir al-cançar o direito ao benefício e as mulheres terem o tempo como aposentadas bem redu-zido. Isso porque o ministro interino da Fazenda, Henri-que Meirelles, deve apresen-tar em breve uma proposta de reforma da Previdência onde se estipula idade mínima de 65 anos – para ambos os se-xos – para a aposentadoria.

Diante desse cenário, os homens alagoanos só teriam 1,2 anos para descansar da longa jornada de trabalho e as mulheres, que possuem jornada dupla, e às vezes tri-pla, 10,7 anos.

As mudanças nas regras previdenciárias, se apro-vadas, virão poucos meses após a instituição do critério conhecido como 85/95, que

estabelece uma soma entre o tempo de contribuição com a idade do trabalhador. Se a conta der 85, no caso de homens, ou 95, no caso de mulheres, a pessoa pode se aposentar. A regra 85/95 foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff (PT) em no-vembro de 2015.

A proposta do governo in-terino, mesmo com a idade mínima, é manter a lógica da regra 85/95, mas elevando seus indicadores de tempo de contribuição até que se atin-ja pontuação 105. Também se deseja transformar a apo-sentadoria rural em benefício social desvinculado do Salá-rio Mínimo (SM), o que abre espaço que os trabalhadores aposentados do campo pas-sem a receber abaixo do SM.

Tanto para a economis-ta Luciana Caetano quanto para a advogada Betânia Nu-nes, ouvidas pela reportagem da Tribuna Independente, a reforma previdenciária pro-posta pelo governo interino penaliza os mais pobres. Considerando expectativa do alagoano, homens viverão 1,2 e as mulheres 10,7 anos após se aposentarem

Para Betânia Nunes, proposta de idade mínima é quase uma perversidade

Para Luciana Caetano, poucos terão a possibilidade de se aposentar

SANDRO LIMA

ACERVO PESSOAL

ACERVO PESSOAL

INJUSTO

Expectativa para homens em Alagoas é a menor do paísA expectativa de vida para

homens em Alagoas é a me-nor do país e sua composição econômica possui grande de-pendência dos recursos pre-videnciários, principalmente no interior do estado, onde a população rural tem for-te presença nos municípios. Além disso, os mais pobres têm menos condições de se manterem vivos por mais tempo devido à falta de aces-so a serviços, como sanea-mento e saúde.

De acordo com a econo-mista Luciana Caetano, Alagoas tem cerca de 510 mil beneficiários da Previ-dência e a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) em 2014 registrou 514 mil trabalhadores com carteira assinada.

“O volume de beneficiários é quase igual ao número de trabalhadores com cartei-ra assinada. No interior de Alagoas, a renda da Pre-vidência somada aos pro-gramas sociais representa mais de 50% da renda que movimenta essas economias

DÉFICIT

Elevar idade mínima é um contrassenso, diz economistaOs aposentados são fi-

nanciados com a contribui-ção que fizeram ao longo de sua vida enquanto estavam trabalhando com carteira assinada. Mas o montante arrecadado pela chamada População Economicamente Ativa não cobre o total que se paga em benefícios através do RGPS e é aí que se jus-tifica, ou se tenta justificar, as mudanças nas regras pre-videnciárias propostas pelo governo interino. Algo que a economista Luciana Caetano discorda.

“Não é adequado colocar as coisas como se os apo-sentados de hoje fossem um problema para o governo ou para os atuais contribuintes. Não conheço outras modali-

dades de regime previden-ciário, mas penso que, em qualquer situação, quando há regalias para alguns em detrimento de outros, aí sim, temos problemas”, afirma a economista.

Ela explica que o RGPS possui três categorias de be-nefícios e que eles precisam existir devido a sua impor-tância social, mas que atual-mente há um déficit em suas contas. Segundo ela, quem defende a tese de que a Pre-vidência não é deficitária, o fazem por excluírem dessa conta os benefícios referen-tes à Saúde e à Assistência Social, considerando apenas a Previdência Social propria-mente dita.

“Se os demais benefícios

não fossem financiados pelo RGPS, teriam que ser finan-ciados por outras fontes de arrecadação porque se trata de um gasto social que tem uma importância estratégi-ca para o enfrentamento da pobreza no país. O fato é que em 2015, o RGPS arrecadou R$ 350,3 bi, o que correspon-de a 5,93% do Produto In-terno Bruto, mas pagou R$ 438,2 bi, que corresponde a 7,42% do PIB. Esse resulta-do é um déficit de R$ 87,89 bi”, diz Luciana.

Para ela, elevar a idade mínima para ter direito à aposentadoria no Brasil é um contrassenso, pois ainda há no país localidades com indicadores sociais muito baixos, comparados a países

locais. Os benefícios previ-denciários correspondem a aproximadamente R$ 6 bi-lhões por ano. Isso é mais que o repassado pelo Fundo de Participação dos Estados. Portanto, qualquer altera-ção que venha comprometer esses repasses significa um prejuízo muito grande para os estados que não dispõem de estrutura produtiva di-versificada, organizada e dinâmica como os grandes centros industriais” explica a economista.

Já a advogada Betânia Nunes, destaca que as mu-danças propostas pelo gover-no interino irão diminuir o poder de compra dos valores pagos aos aposentados e isso seria pior entre os beneficiá-rios rurais.

“Em relação aos já apo-sentados seria na pratica o ‘achatamento’ de seus pro-ventos, uma vez que eles não seriam mais reajustados pelo salário mínimo, o que segundo alguns economis-tas acarretariam em uma desvalorização de cerca de 40% em cinco ou seis anos. Outro ponto da proposta de

reforma é a transformação da aposentadoria rural em beneficio social, o que na pratica acarretaria na possi-bilidade de um trabalhador rural receber um beneficio menor do que o salário míni-mo”, diz a advogada.

Segundo dados do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), no último mês de abril em Alagoas, 321.020 trabalhadores urbanos re-ceberem algum benefício – ao todo são mais de 50 –, enquanto que entre os tra-balhadores rurais, 188.275 pessoas foram contempla-das, o equivalente a 36,97%.

Para Luciana Caetano, a instituição da idade mínima mais o aumento do tempo de contribuição com a Previdên-cia penalizam os trabalhado-res e provocará mais impacto nos estados mais pobres por eles terem uma expectativa de vida muito baixa, como é o caso de Alagoas.

“A expectativa de vida dos homens alagoanos é de 66,2 anos. Isso quer dizer que poucos terão a oportunidade de se aposentarem, talvez, os nascidos em famílias de

maior renda com acesso a plano de saúde e uma vida mais confortável. Para as mulheres, essa proposta ig-nora seu universo, com du-pla jornada de trabalho. A mulher tem uma função so-cial distinta e ignorar essa distinção implica colocar em risco os que dependem de seus cuidados, que vão além do atendimento das necessi-dades materiais” comenta a economista.

Já para a advogada Betâ-nia Pereira a idade mínima de 65 anos para ter direito à aposentadoria tornará quase impossível que o alagoano se aposente, por causa da baixa expectativa de vida, espe-cialmente entre os homens.

“A idade mínima pratica-mente impossibilita a pos-sibilidade de se aposentar, tendo em vista que a expec-tativa de vida para estes é de 66,2 anos. Estatisticamente, o alagoano só usufruiria de sua aposentadoria por um ano e dois meses, isso após ter contribuído por 35 anos com a Previdência. Isso é quase uma perversidade”, diz Betânia. (C.A.)

africanos, por exemplo.“A esperança de vida, em

via de regra, é menor entre famílias de baixa renda e bai-xo grau de escolaridade. Nor-malmente, essas pessoas são submetidas a maiores adver-sidades: jornada de trabalho mais longa e, às vezes, em condições precárias; moradia sem acesso à rede coletora de esgoto sanitário; dificuldade de acesso a serviço de saúde e educação de boa qualida-de, entre outros obstáculos a uma vida confortável. Nos países mais desenvolvidos essa realidade é diferente e elevar a idade mínima para aposentadoria não parece um problema tão grave do ponto de vista social”, comen-ta Luciana. (C.A.)

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MACEIÓ - DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2016CIDADES10 TRIBUNAINDEPENDENTE

Crianças influenciam decisão de compraPesquisa do Instituto Alana indica que 80% dos produtos consumidos pela família são escolhidos pelos pequenosANA PAULA OMENAREPÓRTER

Se acredita ser normal uma criança ter vários pares de sapatos, celulares,

relógios, brinquedos, roupas e mais roupas, entre tantos outros produtos, é preciso fi-car atento para que ela não se torne um adulto consumista. Pesquisas do Instituto Alana – uma organização sem fins lucrativos que aposta em proje-tos que buscam a garantia de condições para a vivência plena da infância – indicam que 80% dos produtos consumidos na família são escolhidos pelas cri-anças e são elas que participam na decisão de compra dos pais.

Entrevistas de campo com crianças mostraram que elas conhecem mais as marcas dos produtos do que os próprios pais. Quando perguntados o que fariam se tivessem muito dinheiro, a resposta foi unâni-me: gastaria com brinquedos e roupas no shopping, carros,

aparelhos tecnológicos. Nenhu-ma disse que preferiria guar-dar.

Maria Helena Masquet-ti, que é psicóloga há mais de 20 anos e faz parte do Insti-tuto Alana, esteve na capital alagoana semana passada e ministrou uma palestra sobre Consumismo Infantil e Ado-lescente para pais e educado-res realizada pelo Grupo de Estudos de Psicopedagogia e Pedagogia Sistêmica de Maceió (GESPPMA). Ela defende que a criança não pode ser tratada como adulta, deve comprar me-nos e brincar mais.

“A criança aprende com os exemplos, com as referências. Ela é o espelho da mãe. Por isso o melhor é o contato humano. Vejo muitas mães entregarem um tablet para a criança se distrair. O marketing é esperto e usa a tecnologia anunciada como se fosse a melhor coisa de sua vida”, salientou.

Para se ter uma idéia da força do marketing, o mercado

De acordo com o estudo, as crianças conhecem mais as marcas dos produtos do que os próprios pais

ADAILSON CALHEIROS

PSICÓLOGA

Marketing cria sensação de poder no público infantil e adolescenteDe acordo com Maria Helena

Masquetti, o fato de o marke-ting falar diretamente com as crianças, e não com os adultos, ou os pais que seria o correto, por ser considerada incapaz perante a lei de praticar os atos da vida civil, resulta no empoderar infantil e adoles-cente e elas não têm culpa, vão aprendendo conforme o que lhe é apresentado, acreditando que são elas as decisoras.

“Os pais acham bonito quan-do a criança toma decisão, porém na verdade isso não é bom para ela porque quando

tomam decisões de certa forma adultas, deixam de ser crian-ças. A infância depende des-te mundo ingênuo, a soma de fatores empodera as crianças que hoje decidem e influen-ciam nas compras da família. A TV é prioritária, mas hoje as crianças acessam todas as te-las. Está tudo envelopado e o público infantil é bombardeado de todas

Estudos revelam que a criança brasileira é a que mais assiste TV no mundo. Dados do Alana apontam que 73% das crianças têm influência de

programas de TV na hora da compra, 50% em personagens famosos, 48% em embalagens, 44% em marcas conhecidas e 38% usados por amigos.

Segundo estudo da Asso-ciação de Dietéticos Norte-A-mericano, basta 30 segundos para a marca de um produto de alimento influenciar em uma criança. “Daí se imagina que um comercial de mídia não é apenas uma vez, são vários vezes por vários dias. Esse bombardeio é altamente sensi-bilizador e marca nas crianças o que elas devem querer e de-

sejar”. PAIS COMO VILÕESO poder de persuasão da pu-

blicidade gera crianças e ado-lescentes consumistas e põe os pais como vilões de seus filhos. Comumente os pais proporcio-nam tudo aos filhos para su-prir a ausência, isto é, quando o deixa de lado para trabalhar fora e garantir o ‘prazer’ deles. “O marketing acaba prejudi-cando a educação das crianças e desgastando a relação entre pais e filhos”, frisou Maria He-lena Masquetti.

A infância só acontece uma

vez e ela é a base para uma vida saudável. Estimular uma criança a consumir ideias e produtos transformando-a num adulto é um crime. A ero-tização precoce exige atenção. Crianças não precisam de pro-dutos caros para ser aceitas na sociedade. É preciso convencê-las.

“É uma concorrência des-leal porque os pais não têm esse tempo. Então, enquanto os pais estão bem comovidos pela quantidade de pedidos que os filhos fazem justamente decorrente do marketing, pra-

ticamente eles estão saindo de casa para buscar mais dinhei-ro para atender mais pedidos. Eles estão ao mesmo tempo se ausentando e neste silêncio da ausência o marketing se faz presente de várias formas, tor-nando-se um ciclo vicioso. Ou seja, a criança acaba mais va-zia de afeto. Os pais acreditam que elas ficando felizes com o objeto está resolvida a ques-tão. O problema é que o objeto não tem vida e a criança não vai ficar feliz, logo ela vai pedir outro e mais outro”, detalhou. (A.P.O.)

infantil, segundo ela, produz R$ 130 bilhões por ano. “A criança alterna entre a fanta-sia e a realidade. Está em dois mundos ao mesmo tempo. Ela faz de conta e sente na pele a emoção que ajuda a desenvol-

ver a sua personalidade. O sis-tema é capitalista e induz ao consumismo. Consumir não é o problema. A questão é quan-do a criança, por exemplo, tem mais de 30 pares de sapatos com apenas 6 anos de idade.

A criança vive de observação e não deve resumir a sua felici-dade a partir do momento que algum produto entra na sua casa”, alertou a psicóloga.

Anne Lins que tem um fi-lho de 2 anos estava atenta as

palavras da palestrante e con-fessou que inconscientemen-te quer comprar tudo o que a criança deseja, embora produ-tos simples. “Percebo que ele não brinca nem com a metade dos brinquedos. Palestras como esta são fundamentais para alertar pais e educadores so-bre a importância de não criar crianças consumistas ao ponto de se tornar um adulto super-ficial, fútil”.

Welita Acioli que é mãe de duas crianças uma de 4 e ou-tra de 8 anos enfatizou que os filhos são bem tranquilos quan-to ao consumismo desenfreado, segundo ela, eles têm o mo-mento certo de escolher e ga-nhar presentes, as datas come-morativas por exemplo. “Hoje as crianças e adolescentes não têm desejo, eles querem imitar o que o coleguinha tem. Os pais têm culpa nisso, eles mesmos oferecem o produto porque está na moda, mal acostumam os filhos, querer é ter e de imedia-to”, avaliou.

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MACEIÓ - DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2016 CIDADES 11 TRIBUNAINDEPENDENTE

Iluminação pública é reestruturadaInstalação de novas luminárias em espaços públicos, ruas e avenidas dão mais segurança aos maceioenses e visitantes

Orla marítima de Maceió recebeu novas luminárias da Praia do Sobral, no Trapiche da Barra, até a Avenida Pontes de Miranda, em Jacarecica

Segundo Frederico Lins, capital está bem posicionada no quesito iluminação

SECOM MACEIÓ

SECOM MACEIÓ

A Prefeitura de Maceió, por meio da Super-intendência Munici-

pal de iluminação Pública (Sima), vem reestruturando a iluminação em toda a ci-dade. Espaços públicos, ruas e avenidas de bairros da periferia estão recebendo novas luminárias. Um dos locais de maior movimen-tação da capital, em função da atividade turística, a orla marítima recebeu reforço, desde a Praia do Sobral até a Avenida Pontes de Miranda, em Jacarecica, onde foram instaladas novas luminárias que dão mais segurança aos maceioenses e visitantes.

“Não tenho dúvida de que Maceió hoje é uma capital muito mais iluminada do que quando assumimos a gestão. Recuperamos a ilu-minação de equipamentos de convívio social, entre praças, campos de futebol e quadras de esporte. Os ser-viços executados pela Sima já beneficiaram moradores

de todos os bairros da capi-tal e se constituem em uma das contribuições do Muni-cípio para o combate à vio-lência”, disse o prefeito Rui Palmeira.

De acordo com o superin-tendente da Sima, Frederico Lins, Maceió está bem posi-cionada no que diz respeito à iluminação pública. Na orla, a iluminação inclui a faixa de areia, o que garan-te maior segurança aos pas-seios noturnos pela região.

“Na Avenida Pontes de Miranda, conhecida como Via Litorânea, estamos fa-zendo o trabalho já execu-tado na Pajuçara, que vem garantindo mais segurança e o lazer dos moradores da região. Implantamos lu-minárias de LED voltadas para a rua, que são moder-nas, eficientes e gastam me-nos energia. Para a faixa de areia, foram instalados pro-jetores, que fazem uma bela iluminação”, afirma o supe-rintendente.

VIA LITORÂNEA

Local recebe postes metálicos e projetoresA população aprova o tra-

balho realizado no novo tre-cho de orla da cidade, entre os bairros de Cruz das Al-mas e Jacarecica. Até o mo-mento, foram implantados na Via Litorânea 29 postes metálicos de 12 metros, 72 projetores de 1000 watts e 2.640 metros de cabo.

Na Praia do Sobral, a ilu-minação segue o padrão dos

serviços que foram execu-tados pela Sima na orla de Ponta Verde. Cerca de 500 metros da praia receberam iluminação, com a implanta-ção de sete novos postes e a distribuição de 21 projetores de 1000w, cada. No local, fo-ram investidos R$ 175 mil em recursos da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip).

DISQUE LUZA população pode acionar

a Sima e solicitar atendi-mento por meio de telefone ou internet. Demandas como reparo ou reposição de lumi-nárias defeituosas ou acesas durante o dia e postes dani-ficados (nesse caso, a equipe da Sima verifica se o poste pertence à Prefeitura ou à Eletrobras para dar os res-

pectivos encaminhamentos) podem ser encaminhadas ao órgão por meio do Call Cen-ter, o Disque Luz.

Por telefone, basta ligar para o 0800 031 9055 (de telefone fixo, a ligação é gratuita). Pela internet, o cidadão pode fazer a solici-tação por meio de formulá-rio acessível no portal www.maceio.al.gov.br.

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TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2016CIDADES 12

Projeto vai plantar mais de mil árvoresPlantio de mudas da Mata Atlântica faz parte da 3ª etapa do programa para recuperar Riacho Toá, em São Miguel dos Milagres

A Secretaria de Tu-rismo e Meio Ambi-ente de São Miguel

dos Milagres, com apoio da Prefeitura Municipal, da Secretaria Municipal de Agricultura e em parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e o In-stituto de Proteção da Mata Atlântica (IPMA), além das Usinas Utinga Leão e Santo Antônio, realiza nesta terça-feira (28) a terceira fase do projeto de Preservação do Riacho Maria de Lima ou simplesmente Toá, como é mais conhecido, com o plan-tio de mais de mil mudas de árvores da Mata Atlântica.

O Riacho Toá, que tem sua nascente no meio de uma mata entre São Miguel e Passo de Camaragibe, é o único rio de água potável que abastece a população de São Miguel dos Milagres. Mas atualmente, com o des-matamento da mata nativa, a irregularidade do perío-do de chuvas e o aumento considerável da população, quase 8 mil habitantes, que sobe para 10 mil durante o verão, o Riacho Toá começa a pedir socorro.

Foi pensando nisso e pre-ocupado com a possível situ-ação do riacho, que o Secre-tário Municipal de Turismo e Meio Ambiente de São Mi-guel dos Milagres, jornalista Claudio Bulgarelli, criou o Comité de Proteção ao Ria-cho Toá, formado pela pró-

pria equipe da secretaria e por outras secretarias envol-vidas, como a de Agricultura e a de Planejamento, além do SAE e de membros de as-sociações da sociedade civil.

O Projeto consiste em quatro etapas. A primeira etapa foi a limpeza do rio nas áreas mais críticas. A Segunda etapa está sendo a colocação de placas con-tendo a Lei do Novo Código Ambiental, que protege ria-chos e suas margens, com informações sobre a proibi-ção de pescar, caçar e cortar madeira.

A terceira e mais impor-tante etapa, que acontece na próxima terça-feira, prevê o repovoamento de mudas de mata ciliar nos pontos mais críticos do corredor do Ria-cho Toá, ou seja, na área da barragem, na extrema da fazenda Cabocla, no Poço da fazenda Cabocla e na área de nascente. O replantio de mudas contará com apoio também da Secretaria de Educação, através de um mutirão de estudantes e co-munidade envolvida. A pre-visão é plantar mudas de Imbaúba, Ingazeiro, Imbé, Jaqueira da Mata e outras arvores nativas da região, cedidas pelo IPMA e pela Usina Santo Antônio.

A quarta etapa prevê o repovoamento e soltura de alevinos de peixes nativos da região como traíra, piaba, carito, camarão e jundiá.

DIVULGAÇÃO

Riacho Toá é o único rio de água potável que abastece São Miguel dos Milagres

Pra quê prova melhor?

Velho solteirão, seu Joaquim Zacarias, mais conhecido como seu Quin-cas, era um velho bodegueiro estabelecido na rua Francisco de Me-nezes, bairro do Bom Parto. O velho era muito chato. Se havia neste

mundo uma coisa de que não gostava, essa coisa era menino. Todas as vezes que um fedelho aparecia na sua bodega, ou não era bem tratado, ou era recebido com desconfiança. Sabedora disso, a garotada bompartense achou de pegar no pé do velho, conferindo-lhe o apelido de “Pão Dormido”. Certo dia, pintou no seu pedaço o garoto Jorge Andrade, tratado por todos como Jinho filho de uma professora primária. Novato no bairro, Jinho não conhecia Quincas Pão Dormido. Ao entrar na bodega do referido, o menino foi logo pedindo: - Quero um quilo de milho, moço. Quincas mirou o garoto de cima abaixo, franziu a testa e perguntou: - De onde saiu você, menino? Eu nunca o vi por aqui! - Sou novo no bairro. Aí, o bodegueiro abriu o olho do garoto: - Se é novato por aqui, eu vou logo lhe avisando: não gosto de furdunço de menino dentro do meu estabelecimento. Está me ouvindo? O velho achou pouco a advertência e completou na maior grossura: - Só lhe despacho se você me trouxer uma prova pra que quer o milho. Gino correu em casa e voltou com uma galinha debaixo do braço: - Olhe aqui a prova! Esta serve? Serviu. Seu Joaquim vendeu o milho pro rapazinho com uma tremenda má vontade. Dia seguinte, o garoto voltou à vendinha de seu Quincas. Desta vez, conduzindo uma lata grande. Depositou-a sobre o balcão, tirou a tampa e pediu: - Moço, o senhor poderia me fazer o favor de enfiar a mão aqui dentro? Seu Quincas meteu a mão dentro da lata. Ato contínuo, o garoto Gino emendou: - Agora, me venda dois rolos de papel higiênico.

O mal do couro curto Nos anos 40 existiu no Alto da Conceição, antigo distrito do Bom Parto, um curandeiro chamado João “Bozó”. Bastante conhecido na região, ele vivia se gabando pelo fato de nunca ter fraquejado nas suas rezas. Bozó curava com invulgar competência, tanto espinhela caída, quanto dor de cabeça, “embrulho” no estômago, caganeira e outros incômodos do vasto repertório popular. Na parte baixa do antigo bairro fabril residia outro ancião - seu Dermeval Macário (Dema) -, a quem a turma costumava chamar de “Bomba Frouxa”, dado a que era um incorrigível soltador de puns. Seu Dema não tinha nem tempo e nem hora para disparar os seus “petardos” que, além de estron-dosos, eram terrivelmente mal cheirosos. Dona Arquibalda, sua esposa, era quem sofria com isso, coitada. Anos e anos cheirando aquele troço, sem ao menos reclamar, é lasca! Quando não suportou mais o sofrimento, dona Arquibalda correu até a casa do curandeiro e contou sua desdita. Ao final, pediu uma benzedura no marido, ao que seu João Bozó replicou: - Sinto muito, dona... O mal do seu marido não tem cura! Dona Arquibalda apavorou-se: - Pelo amor de Deus, seu João, qual é mesmo o mal que o meu marido tem? - Ele tem o “mal do couro curto”. - respondeu, peremptório, o curandeiro. - Mal do couro curto?! Mas o que diabo é isso? O rezador encostou-se no espaldar da cadeira, fechou os olhos e falou em tom professoral: - Bom... O mal do couro curto vem a ser o encolhimento do couro do indi-víduo, que vai da ponta do queixo até a última prega do fiofó. Quando mais velho ele fica, mais o couro vai encurtando, a senhora está me entendendo? - Tô... mais ou menos... - De modo que - prosseguiu João Bozó -, quando o sujeito fecha os ol-hos, o couro estica e arreganha as pregas do... do... do cu. Aberta a porteira do cu, não há como evitar o tiroteio que vem de baixo...

O pé no saco, literalmente! O velhinho da carinha encarquilhadinha, caminhava envergadinho pelo acostamento da avenida Assis Chateaubriand, em direção ao Pontal, se-gurando a barriga. Num determinado ponto, não aguentou mais e disparou na direção de uma moita, localizada debaixo do cáis da Trikem (antiga Salgema). Agachou-se e começou a “arriar o barro”. Encontrava-se o coitadinho naquela aflição quando vai passando uma madame pelo local e escuta uns gemidos estranhos. E o que foi que ela imaginou? Ora, no mínimo alguém estava sendo torturado. Madame correu até a delegacia do 3° Distrito de Polícia, que ficava bem pertinho, entrou lá esbaforida e falou pro agente que se achava no plantão da portaria: - Seu policial, parece que estão matando alguém debaixo do cáis da Trikem! Imediatamente, o policial acionou a equipe de ronda, que circulava por perto, alí no Prado, e esta baixou no local mais depressa do que ime-diatamente. Os agentes desceram da viatura de metralhadora, pistolas e revólveres em punho. Orientados pelos gemidos, cercaram a moita. O chefe da equipe gritou, com o dedo no gatilho: - Aqui é a policia! Vão saindo desse mato com as mãos pra cima! Nesse momento, uma vozinha raquiticazinha respondeu: - Posso não, meu fio. Tô impossibilitado! Com bastante cautela, os policiais se aproximaram da moita e viram o velhinho de cócoras, gemendo que dava dó. - O que está havendo, vovô? - perguntou o tira-chefe. E ele: - Ah, meu fio... tá doendo demais! O cocô até que saiu direitinho... Mas, agora, dói demais quando eu tento me levantar... Ôôôiii... Intrigado, o líder da equipe de policiais deu uma volta em redor do velhinho. Agachou-se, a seguir, para reparar direitinho onde estava o erro. Finalmente, ele falou, aliviado: - O senhor não tem nada, vovô! Apenas está com o pé em cima do saco! Toda vez que o senhor tenta levantar-se, ele fica preso!

Flaubert FilhoO Ministério Público do Estado de Alagoas ajuizou mais uma ação civil de responsabilidade por ato de improbidade administrativa em desfavor do Prefeito de Viçosa/AL, Flaubert Torres Filho, por efetuar compras de material de construção sem o devido procedimento licitatório, nos anos de 2012 e 2013. Já, resultante dessa ação, a juíza de Direito de Viçosa, Lorena Carla Santos Vasconcelos Sotto-Mayor, decidiu pelo afastamento cautelar dele, sem prejuízo da remuneração, pelo prazo de 180 dias. O prefeito está afastado do cargo desde maio do ano passado. Essa é a quarta ação de improbidade movida contra o gestor.

DébitoDe acordo com a ação, a empresa Comercial Vieira, localizada em Mar Vermelho, forneceu materiais de construção durante alguns anos ao mu-nicípio de Viçosa, porém ela não recebeu o pagamento integral dessas compras realizadas, restando em débito o valor de cinco notas fiscais, que totalizam R$ 18.511,50, fato que motivou a esta empresa propor uma ação de cobrança. A Prefeitura pagou apenas R$7657,00 do valor total da compra realizada que foi de R$ R$26.168,50.

Sem licitação“O gestor municipal autorizou e determinou compra direta quando a Legislação determina que deve ser realizado procedimento licitatório. O valor da compra supera em mais do triplo do valor autorizado por lei para dispensa de compras em geral, como também supera até mesmo o valor de R$ 15.000,00, que é o valor máximo que a lei autoriza para dispensa de licitação em caso de obra ou serviço de engenharia. Ao dispensar a licitação, o gestor relegou, ainda, a salutar concorrência para eventuais interessados em contratar com a administração”, expôs o Promotor de Justiça de Viçosa, Anderson Cláudio Barbosa.

Dano ao erárioEm virtude da dispensa indevida de licitação, o MPE/AL requereu que Flaubert Torres Filho seja responsabilizado pelo seu ato ilícito, restituindo ao erário os danos causados à Administração Municipal, bem como que ele seja afastado do cargo de forma imediata pelo prazo de 180 dias, ou enquanto durar a instrução processual. A Juíza de Direito de Viçosa, Lorena Carla Santos Vasconcelos Sotto-Mayor, já deferiu pelo pedido de afastamento, pelo prazo requerido.

MaceióO vereador Silvânio Barbosa (PMDB) e mais 11 parlamentares, assinaram e aprovaram na sessão da última quarta-feira, o pedido de suspensão provisória da seleção de pessoal realizada pela secretaria de Assistência Social de Maceió, através da COPEVE.

Irregularidades“Aprovamos esse requerimento, de minha autoria, com base em denún-cias com provas de que há supostos vícios na seleção. Pessoas que têm experiência e títulos não foram selecionadas pela COPEVE, enquanto há indícios de pessoas sem essa qualificação entre as selecionadas”, afirma Silvânio Barbosa. O pedido de suspensão provisória da seleção será encaminhado agora ao Prefeito Rui Palmeira, ao Procurador Geral de Justiça, Sérgio Jucá e à Secretária De Assistência Social Celiany Rocha.

PenedoO Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Penedo (SINDSPEM) enviou uma nota à imprensa onde contesta dados apresentados pela Prefeitura de Penedo em ofício sobre a Campanha Salarial 2016.

“Ao contrário do que consta no documento de nº 121/2016, os 40% apresentados no texto como pedido de aumento pelo funcionalismo municipal são o total das perdas salariais acumulada desde 2011, ano do último aumento concedido aos servidores da Prefeitura de Penedo, exceto pessoal do magistério”, diz a nota.

Contestaram“Nós não pedimos 40% de aumento, nós apresentamos como índice de perda, mas parece que a prefeitura só assimilou os 40% e de forma pe-jorativa”, disse a nota ao refutar a alegada falta de coerência do governo municipal em relação ao cálculo apresentado pelo sindicato, feito com base no IPCA. Outro ponto desmentido pela Presidente do SINDSPEM diz respeito ao pagamento dos salários atrasado de 2012.

Olho D’Água GrandeO Governo do Estado informa que vai tirar do papel mais uma obra de rodovia. Trata-se da implantação e pavimentação de 9,45 km de extensão do trecho que liga o município de Olho D’Água Grande ao entroncamento da BR-101. O governador já deu a ordem de serviço para começar os trabalhos na região. O investimento na ordem de R$ 9.563.066,03 será por meio de convênio com o Ministério da Integração, além de recursos próprios.

Sonho realizadoA obra, que é de responsabilidade da secretaria de Transporte e De-senvolvimento Urbano (Setrand), será executada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER\AL). A nova rodovia será mais uma das diversas ações que o governador Renan Filho realiza no Estado, por uma nova Alagoas. A assessoria do governo diz que a estrada repre-senta a realização de um sonho para os mais de cinco mil habitantes da cidade de Olho D’Água Grande, como também para os moradores de toda a região do Agreste que terão seus trabalhos com escoamento de produção facilitados.

... O vice-prefeito de Chã Preta, Maurício Holanda, viajou na última terça-feira (21) à Brasília para buscar projetos para o município. Em sua agenda está a visita a sede do Fundo Nacional do Desenvolvimento (FNDE) para resolver algumas questões para a conclusão da quadra coberta da escola Amélia Vasconcelos.

... Na agenda de vistas técnicas, Maurício Holanda ainda irá ao Ministé-rio da Saúde e ao Ministério das Cidades, para conseguir recursos em prol da Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada na Serra Lisa, e para a construção de casas populares para os chã-pretenses.

AÍLTON VILLANOVA [email protected]@hotmail.com

CidadesemFocoROBERTO BAIA

Page 13: Edição número 2678 - 26 de junho de 2016

63% dos que vão a shopping são solteirosEspaço continua sendo opção para famílias, amigos e casais, pois 60% também gostam de ir acompanhados

Levantamento bianual da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abras-

ce), em parceria com a empre-sa de pesquisa Gfk, traz novos dados sobre o perfil do frequen-tador dos centros de compras no Brasil. Entre os principais destaques, o recente levanta-mento apontou para uma maior presença de jovens nos empre-endimentos, confirmou que a maioria das pessoas prefere ir aos shoppings acompanhada e que os homens têm uma frequ-ência de visita maior do que as mulheres.

O estudo, que tem como objetivo traçar uma análise de-mográfica e conhecer caracte-rísticas de hábitos e atitudes de quem visita os shoppings, foi re-alizado nas cidades de Brasília, Belém, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto e São Paulo.

Segundo a pesquisa, houve um crescimento no número de jovens circulandonos centros de compras. A presença de fre-quentadores com idade abaixo de 19 anos saltou de 10%, em 2012, para 18%, em 2016. Em sua maioria, esse públicovai ao shopping acompanhado (76%) e costuma permanecer mais tempo no local do que visitantes de outras faixas etárias (81 mi-nutos, em média). Os solteiros também estão ainda mais pre-sentes nos malls e já represen-tam 63% dos frequentadores, contra 49% registrado em 2012.

O estudo revelou, também, que o shopping continua sen-do opção para famílias, amigos e casais, uma vez que 60% dos visitantes vão aos centros de compras acompanhados. “Tal comportamento está alinhado à tendência dos malls serem vis-tos, cada vez mais, como espaços de lazer, núcleos de convivência aonde as pessoas vão para pas-sear e se divertir, não só para fazer compras”, explica Adria-na Colloca, superintendente da Abrasce.

Assim como apontado na última pesquisa, as mulheres se mantêm maioria, represen-tando 59% dos frequentadores. Elas também passam mais tem-po nos centros de compras, em média 80 minutos, contra os 71 minutos registrados pelos ho-mens. Apesar de consumir me-nos tempo dentro dos malls, o público masculino tem uma fre-quência de visita maior: média de oito vezes/mês, contra sete vezes/mês das mulheres. Os visitantes de classe A também apresentam número de visitas e tempo de permanência acima da média, cerca de nove dias/mês e 80 minutos, respectiva-mente. Em linhas gerais, a pes-quisa aponta que mais da me-tade dos frequentadores (63%) vai ao shopping semanalmente e o tempo de permanência mé-dia é de 76 minutos. Mulheres de classe A, com idade entre 16 e 19 anos, são as que passam mais tempo no shopping. As mulheres se mantêm maioria, representando 59% dos frequentadores de shopping centers

SHOPPING

Cinema émaior atração de lazer

O lazer é um segmento que continua apresentando grande destaque no setor. Prova disso é que o hábito de ir ao cinema vem crescendo ao longo dos anos, com salto de 79%, em 2012, para 88%, em 2016. O percentual de visi-tantes que tem como principal objetivo a ida ao cinema também quase dobrou em relação a 2012, representando hoje 7% do públi-co, contra 4% em 2012.

Esse costume continua muito atrelado à alimentação: o percen-tual de pessoas que foi ao cinema e também consumiu alimentos no mall apresentou alta de 74%, em 2012, para 86%, em 2016.

O levantamento aponta, tam-bém, que a maioria dos frequen-tadores vai ao shopping com um objetivo em mente. O estudo in-dicou que 72% das pessoas foram em busca de uma loja específica (sete dos oito estabelecimentos citados eram lojas âncora). Ain-da, a maioria dos consumidores (59%) que vai às lojas realiza uma compra.

Segundo 45% dos entrevista-dos, a principal motivação para a visita continua sendo fazer com-pras. Na sequência, estão opções como ir a lanchonetes, restauran-tes ou cafés (19%), ver vitrines/passear (18%) e utilizar serviços (15%). Entre os serviços mais buscados em shoppings estão os que permitem algum tipo de transação bancária (caixa eletrô-nico, lotérica, agência bancária).

A pesquisa encomendada pela Abrasce permite constatar, ainda, que os consumidores es-tão gastando mais. Entre 2012 e 2016, o ticket médio apresentou elevação de 24%, correspondendo hoje a R$ 243,82. “Dados como esse atestam a força dos centros de compras, mesmo em momen-tos desafiadores. Resilientes, os shoppings são modelos de negó-cios que se destacam pelo diver-sificado mix de lojas e oferta va-riada de serviços, conveniência, lazer e entretenimento”, destaca Adriana.

Os bancos agora são obrigados a trocar, imediatamente, moeda ou cédulas falsas sacadas em caixa ou terminais de autoatendimento. A nova regra, regulamentada pelo Banco Central (BC), foi publicada no Diário Oficial da União.

Essa medida foi definida pelo Conselho Monetário Nacional em maio, mas ainda precisava de re-gulamentação. Anteriormente, os bancos costumavam substituir as cédulas, mas o prazo de troca de-pendia da relação da instituição com o cliente.

No site do BC, há 12 perguntas e respostas sobre a troca de dinhei-ro falso.

Quando o dinheiro com suspeita de ser falso for sacado em um ban-co, o cliente deve procurar qualquer agência para fazer a troca. No caso de aposentados ou beneficiários do Bolsa Família, que não têm conta em banco, a troca do dinheiro falso também é obrigatória. Basta procu-rar qualquer agência do banco onde o dinheiro foi sacado.

REGISTRO DE SAQUESO BC lembra que não é preciso

retirar extrato da conta para pe-dir a troca, porque os bancos têm registros dos saques. Caso receba o dinheiro falso em outras circuns-tâncias, como no comércio, o cida-dão deve procurar qualquer agên-cia bancária e entregar a cédula ou moeda. O banco anotará dados como nome, endereço e Cadastro de Pes-soa Física - CPF. Se ficar comprova-do que a cédula é legítima, o cidadão será ressarcido pelo banco.

Caso fique comprovado que a cé-dula é falsa, não haverá reembolso, explicou o BC.

O dinheiro recolhido pelos ban-cos é enviado ao BC para fazer a análise se é falso ou legítimo. As instituições financeiras terão pra-zo de 180 dias para se adequar aos prazos para envio do dinheiro ao BC. De acordo com a regulamenta-ção, os bancos terão até 30 dias para enviar o dinheiro com suspeita de ser falso, em municípios onde o BC tem representação. O prazo de 45 dias foi estabelecido para as demais localidades do país.

O BC tem, no máximo, 20 dias para fazer essa análise. Para acom-

panhar a análise das cédulas, o cidadão pode acessar a página do Banco Central: .

Os bancos também devem infor-mar sobre o andamento da análise, quando solicitados. Se a análise do BC apontar que o dinheiro é legíti-mo, o banco terá prazo de 24 horas para depositar o valor correspon-dente devido na conta corrente do cliente, após receber o crédito do valor. No caso de não correntistas, o prazo da instituição financeira para comunicar a disponibilidade do va-lor é de três dias úteis.

TRIBUNAINDEPENDENTE

EconomiaECONOMIA 13MACEIÓ - DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2016

SACADAS EM CAIXAS OU TERMINAIS

Bancos trocarão moedas e cédulas falsas

Produtores de leite de Mar Vermelho ampliam atividade com recurso estadual O apoio do Governo do Estado, por meio da Agência de Fomento de Alagoas (Desenvolve), está sendo decisivo para o fortalecimento da produção leiteira do município de Mar Vermelho. Na última quinta-feira (23), quatro produtores foram os primeiros beneficiados com liberação de recursos pela instituição. A assinatura dos contratos aconteceu na sede do Teatro Municipal Deputado Edson Lins, onde os presentes também assistiram a uma palestra sobre as linhas de financiamento da Desenvolve, apresentada pela Analista de Fomento, Kelly Souto.

Page 14: Edição número 2678 - 26 de junho de 2016

Tarifas de contas em bancos sobem até 50,87%Pagar por elas avulsas ou contratar conta digital pode ser saída

Informações são de advogado especialista em direitos do consumidor

Manter pacotes de ta-rifas bancárias está pesando até 50,87%

mais para os consumidores, conforme constatou pesquisa feita pela PROTESTE Asso-ciação de Consumidores. É o caso do Banco do Brasil, onde a cesta Bom Pra Todos Pleno, passou de R$ 40,40 para R$ 60,95. Essa modali-dade está suspensa para no-vas adesões, mas é cobrado o novo valor para quem man-tém o pacote.

Neste mês de junho, os clientes do Santander passa-ram a pagar 10% a mais no pacote Padronizado IV e no Citibank 11,66% a mais no pacote Classic, os que mais tiveram variação em relação ao reajuste anterior.

Três bancos reajustaram

os valores em maio. Na Caixa Econômica Federal, o pacote que mais subiu foi o Simples, com alta de 25,56%. No Itaú, o reajuste foi de 12,34%, no Multiconta. No Bradesco houve alta de 5,88%, no Pa-dronizado II.

No levantamento fei-to pela PROTESTE, foram comparados os valores co-brados nos pacotes ofertados pelos oito maiores bancos do país: Banco do Brasil, Ban-risul, Bradesco, Caixa Eco-nômica Federal, Citibank, HSBC, Itaú e Santander, nos últimos anos (2014, 2015 e 2016). Foram verificadas as tarifas das cestas disponí-veis e informadas nas tabe-las de tarifas das instituições bancárias.

Há pacotes de serviços

com valores de até R$ 99 mensais, como o do Santan-der no Plano Select Unique, que em um ano somam R$ 1.188.

É importante ficar atento, pois os bancos tem obrigação de divulgar o valor de todas as tarifas e taxas cobradas, além de deixar claro quais serviços estão inclusos nos pacotes oferecidos.

A PROTESTE lembra que não há obrigação de con-tratar um pacote de serviços ao abrir uma conta. Alguns serviços devem ser obriga-toriamente disponibilizados para o consumidor que pos-sui conta corrente, sem que haja qualquer cobrança de tarifas.

Os serviços essenciais ga-rantidos pelo Banco Central

são limitados a cartão de débito, 10 folhas de cheques por mês, segunda via do cartão de débito, até quatro saques por mês, consultas pela internet, duas transfe-rências por mês entre contas na própria instituição e com-pensação de cheque.

O problema é que nem sempre é fácil convencer o gerente a aceitar a não con-tratação de um pacote de serviços.

“Mas o consumidor pre-cisa fazer valer o seu direi-to, se a solicitação não for atendia pelo banco, o ideal é reclamar à ouvidoria do banco e denunciar ao Ban-co Central e à PROTESTE”, aconselha Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Associação.

Consumidor pode emitir até dois extratos com movimentação do mês

Advogado do consumidor e consultor financeiro Dori Boucault

Pacotes de serviços bancários podem chegar até R$ 1.188 por ano, em alguns casos com reajustes a cada seis meses

BANCOS

No contato via telefone ou agência, há cobrança de taxa

SERVIÇO

Cliente tem direito até 10 folhas de cheque por mês

Outra maneira de ficar livre das tarifas é contratar uma conta eletrônica, cujo uso é restrito à internet e ao caixa eletrônico. Ela é ideal para quem está acostumado a utilizar essas ferramentas e, no caso de contato via te-lefone ou agência, há cobran-ça de taxa. Dentre os bancos avaliados, apenas o Banco do Brasil, Bradesco e Itaú têm essa modalidade conta.

SEU PERFILPara saber qual a melhor

opção de conta corrente, é preciso mais do que escolher o pacote com o menor preço, é preciso olhar cuidadosamen-te para o estilo de vida e para as necessidades para não acabar saindo no prejuízo.

Pagando pelos pacotes mais caros, é possível fazer uma grande quantidade de transações e em alguns casos a quantidade de transações é ilimitada. Se o consumidor não faz muitas transações bancárias ao longo do mês, este tipo de pacote não é um

bom negócio. Por outro lado, se a movi-

mentação bancária é grande, faz muitos saques e transfe-rências ou precisa de muitas folhas de cheques, não adian-ta escolher um pacote mais barato se depois terá que pagar mais caro pelas tran-sações excedentes.

Em alguns casos nem se-quer vale a pena aderir a um pacote de serviços, se o con-sumidor não faz transações bancárias com tanta regula-ridade.

E se necessitar de algum serviço que não está dentro da lista dos serviços gratui-tos, é só pagar pelo excedente de cada transação.

A PROTESTE tem um simulador que ajuda a iden-tificar qual o tipo de conta corrente ideal para o perfil do consumidor.

Acesse: www.proteste.org.br/dinheiro/conta-corren-te/simulador/contas-banca-rias e descubra qual a me-lhor opção de conta corrente para você.

Cheque: o cliente tem direi-to de até 10 folhas de cheque por mês, desde que cumpra os requisitos básicos para utiliza-ção de cheque e a compensa-ção.

Fornecimento de cartão de débito: e segunda via desde que não tenha sido pedida pelo cliente, até mesmo em casos de perda, roubo ou danificação.

Como garantir que a conta seja gratuita

Informe o gerente do banco que você não pretende contra-tar um pacote para a sua conta corrente, diga que deseja ape-nas utilizar os serviços essen-ciais. ”Se o banco não garantir o seu direito, escolha outra instituição e reclame no Banco Central”, orienta o advogado.

Dori conta que quem já é correntista e está pagando pelo pacote de tarifas mensais também pode mudar, mas será preciso pedir ao gerente para cancelar o pacote e utilizar apenas os serviços essenciais. “Você deve acompanhar os ser-viços que vem utilizando, pois pode estar pagando um pacote que está acima da sua necessi-dade”, afirma Dori.

Para evitar gastos desne-cessários, fique atento aos gas-tos e controle sua conta para não utilizar além do que o rol dos serviços essenciais oferece,

pois assim será cobrado taxas. Boucault orienta a evitar ao máximo o uso do cheque espe-cial ou outras linhas de crédito, pois os juros são bem elevados.

Compulsivo por comprasQuem quer colocar as fi-

nanças em ordem, sabe que há algo que pode colocar tudo a perder: voltar a gastar o que não tem para comprar o que não pode. Esse perigo está sempre à espreita porque a so-ciedade valoriza mais o “ter” do que o “ser”. Por isso, no intuito de serem aceitas, as pessoas cada vez mais se jogam nas compras (nem que para isso tenham que jogar o orçamento na lama).

O cartão de crédito eleva esse risco de compulsão por compras, que se torna um vício e, como tal, necessita de trata-mento. Mas ainda que a pes-soa não seja uma compradora compulsiva, isto é, uma viciada em compras, provavelmente já comprou diversas coisas sem poder e sem ter necessidade. Muitos simplesmente se entre-gam ao ato de comprar porque isso lhes traz algum tipo de satisfação. O problema é que, ao agir dessa forma sem achar que pode vir a ser um proble-ma, não será nenhuma surpre-sa chegar a um estágio mais avançado desse mal.

Em tempos de crise eco-nômica muitos consumido-res buscam meios de dimi-nuir os gastos no orçamento familiar e contam apenas com serviços básicos. Os ser-viços oferecidos pelos bancos que muitas vezes contam com juros altos, também podem ser uma alternativa para reduzir os gastos no or-çamento e enfrentar a crise com maior tranquilidade.

Segundo o advogado es-pecialista em direitos do con-sumidor e consultor finan-ceiro Dori Boucault existem alguns serviços bancários gratuitos que o consumidor pode utilizar.

“O consumidor não é obri-gado a contratar qualquer pacote de serviços, e conta com a opção de ter conta corrente em qualquer banco sem precisar pagar taxas”, comenta Dori.

O advogado conta que é possível optar por uma conta corrente ou poupança gra-tuita sem pagar taxas, usan-do apenas o rol de serviços essenciais.

“Essa oferta é obrigató-ria, logo esses serviços não podem ser cobrados. Os ban-cos devem informar o consu-midor que existe essa pos-sibilidade, mas geralmente não o fazem”, explica Bou-cault. Segundo Dori, o banco é obrigado a divulgar a rela-ção dos serviços essenciais gratuitos nas agências, pá-ginas da internet e folhetos.

Para ter acesso aos ser-viços gratuitos não é preciso contratar qualquer tipo de pacote de produtos ou ser-viços, já que não se trata de uma modalidade de con-ta e sim de uma conta sem custos. Mas fique atento: os serviços essenciais possuem algumas limitações.

TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2016ECONOMIA14

BANCÁRIOS

Dicas para economizar com serviços

QUAIS SÃO OS SERVIÇOS GRATUITOS?

O consumidor tem direito a alguns serviços básicos tais como:

Conta corrente: é possível fazer até quatro saques por mês de forma gratuita, sem pagar tarifa.

Extrato: o consumidor pode emitir até dois extratos com a movimentação do mês e o extrato anual com todas as tarifas cobradas no ano anterior.

Internet banking: consulta de saldo, saques e movimentação na internet.

Transferências: nos serviços básicos é possível fazer até duas transferências no mês para contas do mesmo banco, seja no guichê, no caixa eletrônico ou pela internet.

Page 15: Edição número 2678 - 26 de junho de 2016

GERAL 15 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2016

A informação contida no relatório da CPI sobre o assassinato

de jovens, de autoria do senador Lindbergh Farias (PT RJ), distancia -se da re-alidade por tirar os dados-do contexto em que foram apurados. Com isso, faz uma confusão sobre a morte de jovens negros no Brasil.

A assessoria do parla-mentar remeteu ao Truco no Congresso – projeto de fact-checking da AgênciaPública, feito em parceria com o Con-gresso em Foco – a fo nte de onde foi extraído o dado, o Mapa da Violência 2014 – os jovens do Brasil. O documento tem como base o ano de 2012, quando foram assassinados 23.160 jovens negros – que, na contabilidade do relatório, engloba os pardos (20.636) e pretos (2.524). Como um ano tem525.600 minutos, obteve se o resultado de um homicídio a cada 22 minutos e 41 segundos de negrosentre 15 e 29 anos, número próximo dos 23 mi-nutos apontados no relatório.

Além do potencial de cau-sar confusão por misturar pardos e pretos sem claramen-

ção à metodologia, o cálculo apresentado no relatório dei-xou de fora as outras causas de mortes violentas levanta-das pelo Mapa – acidentes de-transporte e suicídios –, para as quais o estudo não apresen-ta pormenorização segundo a cor das vítimas. Embora seja compreensível, já que se trata-va deuma CPI sobre o assas-sinato de jovens, o uso do ter-mo “morte” está equivocado.

Para se ter uma ideia, en-tretanto, do impacto dos ou-tros parâmetros, em 2012 o número de assassinatos cor-respondeu a 38,7% das mor-tes de pessoas entre 15 e 29 anos (sem distinção por cor), enquanto outros 19,7% morre-ram em decorrência do trân-sito e outros 3,7% tiraram a própria vida. Ou seja, os homi-cídios (30.072) representaram 62,32% das mortes violentas de jovens em geral – ou um episódio a cada 17 minutos e 28 segundos. Daí conclui-se que, incluídas as três cau-sas, o número total de mortes violentas de jovens (48.254) dividido ao longo do ano re-sultaria em um caso a cada 10 minutos e 53 segundos.

CPI erra ao calcular mortes de negros Número total de mortes de jovens dividido ao longo do ano soma em um caso a cada 10min53s

MORTALIDADE

Relator utilizou dados do Mapa da Violência de 2013Outro ponto que deve ser

observado é o da atualidade. Antes de anunciar a média de 23 minutos, o relatório da CPI alerta que os “índi-ces atuais assumiram níveis gritantes”. Mesmo conside-rando somente os homicí-dios, os índices mais recen-tes disponíveis, na verdade, são de 2013, e não a 2012,

tendo como base o mesmo conjunto de dados utiliza-dos pelo Mapa da Violência, o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde – único parâmetro confiável para aferir nacionalmen-te este tipo de informação.

O SIM mostra que, em 2013, foram assassinados

30.213 jovens, entre brancos (6.276), pretos (2.460), par-dos (19.382), amarelos (13) e indígenas (57) – distinções de cor estabelecidas pelo Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outros 2.025 jovens não tiveram a identificação deste parâmetro.

Assim, seguindo a me-todologia do Mapa da Vio-

lência, o somatório de pre-tos e pardos resulta em 21.842 negros entre os 15 e 29 anos vítimas de ho-micídios em 2013 – ou um registro a cada 24 minu-tos e 3 segundos, índice de mortalidade inferior aos 23 minutos referentes a 2012.

Assim, a afirmação de que “a cada 23 minutos ocor-

re a morte de um jovem ne-gro no Brasil” é imprecisa.

Ao ser questionada no-vamente, a assessoria do senador Lindbergh Farias explicou que, dado o tempo limitado de uma CPI, prefe-riu utilizar dados já conso-lidados e reconhecidos pela comunidade acadêmica, como é o caso do Mapa da

Violência – de onde vieram as informações para o cál-culo dos 23 minutos. Disse também que números mais recentes revelados pela CPI sobre temas específicos – como autos de resistência e desaparecimentos em 2014 e 2015 – são mencionados no texto e constam na íntegra nos anexos do relatório final.

A cada dez minutos, um jovem negro é assassinado no Brasil segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade do governo federal

DIVULGAÇÃO

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MACEIÓ - DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2016ESPORTES16 TRIBUNAINDEPENDENTE

EsportesSérie C: ASA em busca da primeira vitória em casa diante do CuiabáO time do ASA é a sensação da Série C, mas ainda não venceu em casa. Neste domingo o Alvinegro encara o Cuiabá, às 16h, no estádio Coaracy da Mata Fonseca. Foram três empates em Arapiraca, mas por outro lado duas vitórias longe de seus domínios (1x0 no Remo e 2x1 no América-RN). O técnico Paulo Foiani sabe que é o único invicto do Grupo A, mas isso não é o foco do trabalho. “Temos que melhorar muita coisa e não me preocupo com invencibilidade. Precisamos vencer. Convoco toda torcida para nos ajudar e sei que temos grande chances de buscar esse aceso de volta á Série B”, disse o treinador.

Trapichão lotado para CSA e CentralAzulão espera grande público na partida que pode deixar o clube na liderança do Grupo A6 do Brasileirão da Série D

Jogo histórico deve bater recorde de público do estádio

Expectativa gran-de para mais uma apresentação de ‘luxo’ do CSA. O

Azulão encara o Central de Caruaru neste domingo, às 16h, no Estádio Rei Pelé, e todos nas arquibancadas acreditam que o time vai im-por o mesmo ritmo da sema-na passada. Mas será que o adversário pernambucano será tão frágil para levar seis gols?

A preparação do CSA foi intensa. O técnico Oliveira Canindé espera contar com Bismarck. O meia sofreu com dores no músculo adu-tor da coxa esquerda, e foi substituído ainda no primei-ro tempo do jogo contra o Guarani-CE. Quem ganhou a vaga na formação inicial foi o atacante Katê.

Segundo o fisioterapeuta Afonso Brasileiro, caso não sinta mais dores, Bismarck

poderá jogar. Ele chegou a correr no campo na sexta, mas não treinou com o res-tante do elenco. Outro des-falque pode ser o meia-ata-cante Jeferson Maranhense. Ele tem um problema no osso reto femoral da coxa es-querda, e vai aguardar para saber se há gravidade.

Nos trabalhos da semana a formação titular foi com Jeferson, Denilson, Lean-dro, Douglas e Rafinha: Jean Cléber, Everton Hele-no, Cleyton, Katê e Azul; Jô-natas Obina.

O CSA já tem sete gols na Série D, sendo que seis deles foram marcados na goleada de domingo. Com marca-dores variados, Cleyton diz que o Azulão está no cami-nho certo, com a união pre-valecendo no grupo.

“Acho importante que to-dos estejam marcando gols, acho que o CSA só tem a

ganhar com isso. Os jogado-res estão querendo mostrar serviço, querendo essa opor-tunidade. Não se pode ter individualismo nem vaida-de no clube, isso atrapalha muito. O mais importante aqui é o CSA, temos que dar o melhor, e se tiver um com-panheiro do lado tem que passar a bola, fazer o gol e conseguir a vitória sempre”, disse Cleyton.

O sergipano Michael Vinícius Santos Freitas co-manda o jogo, auxiliado pe-los alagoanos Lennon Mc-Cartney Farias e Brígida Cirilo Ferreira. Júlio César Farias, também de Alagoas, fica como quarto árbitro.

OUTRO JOGOEm Aracaju, o Murici

encara o Sergipe às 16h no Estádio Bastistão. O time alagoano busca a liderança do grupo A9 da Série D. CSA espera repetir bom futebol neste domingo diante do Central e ficar na liderança do Grupo A6

BRASILEIRÃO

Arena das Dunas será palco neste domingo de Flamengo e Fluminense

AFA

TERRA

ALISSON FRAZÃO/ASCOM-CSA

Messi comanda a Argentina no duelo deste domingo que decide a Copa América Centenária 2016

Flamengo e Fluminense estão brigando na parte de cima da tabela

CRAQUES EM CAMPO

Argentina e Chile decidem a Copa América Centenária

SELEÇÃO

Tite quer conversa “olho no olho” com todos os jogadores

Neste domingo Argentina e Chile se enfrentam para sa-ber quem leva a Copa Améri-ca Centenário. A decisão está marcada para às 21h (de Bra-sília), em Nova Jersey. Lionel Messi foi mais uma vez deci-sivo para a seleção argentina e colaborou diretamente para a classificação da equipe de Tata Martino à final. Logo após a vitória por 4x0 sobre os Estados Unidos pelas semi-finais, o camisa 10 exaltou a força do grupo argentino.

“Estamos muito felizes de poder voltar a jogar uma final. O que este grupo faz é impres-sionante. Trabalhos muitos e jogamos bem desde a primeira partida. Teria que ser a gente na final. Merecíamos”, disse.

Messi foi autor do segundo gol no duelo diante dos anfi-triões. A rede balançou após

ele acertar um chutaço em cobrança de falta. Com isso, o craque chegou a 55 gols e se tornou o maior artilheiro da história da seleção argentina, superando Gabriel Batistuta.

“Estou feliz por ter supera-do Bati (Batistuta), mas estou aqui para outra coisa. Viemos para ganhar a Copa América’, afirmou o craque do Barcelo-na.

CHILEChile derrotou Colômbia

por 2 x 0 e vai à final, após jogo de quatro horas. O jogo que teve um intervalo de duas horas e meia, por cul-pa de uma tempestade que caiu sobre Chicago, Charles Aránguiz, aos sete minutos, e Jose Pedro Fuenzalida, aos 11, apontaram os tentos dos chilenos.

Tite ainda nem completou uma semana como treinador da seleção brasileira, mas já tem na cabeça um esboço mui-to claro do que pretende fazer nos próximos meses no novo cargo. E o comandante do time já definiu suas prioridades: conhecer melhor futuros ad-versários e também acumular o máximo de conhecimento so-bre os novos jogadores que irá trabalhar.

Logo após ser apresentado na CBF, Tite partiu para os Estados Unidos, onde acompa-nhou a Copa América. Na se-quência, o treinador fará novas viagens. A primeira será para Caxias do Sul. Após dias mo-vimentados para selar o acor-do pelo novo emprego, Tite irá rever a mãe, Ivone Bachi, no interior gaúcho. Ela foi cita-da em entrevistas e é sempre presente na vida do treinador. O breve “retiro” ao lado da fa-mília será o único momento de descanso.

Segundo pessoas próximas, Tite pretende “pegar firme” já na nesta semana. O técnico agendou um “tour” por Brasil e países da Europa para conver-sar “olho no olho” com jogado-res que pretende convocar no início do trabalho.

A ideia até a estreia em setembro é ainda mais ampla: falar também com treinadores que comandam os prováveis convocados. Em paralelo a isso, os auxiliares Cléber Xavier e Matheus Bacchi trabalharão quase diariamente na sede da CBF, no Rio.

Na avaliação de Tite, so-mente com todas essas infor-mações acumuladas de viagem à Europa e fornecidas por sua comissão, será possível traçar um projeto de jogo mais claro para as primeiras partidas da seleção brasileira. O treinador ainda acumula muitas dúvidas sobre o perfil de vários jogado-res que estavam distantes de sua realidade enquanto coman-dante do Corinthians. Apesar disso, ele já foi claro: quer um time que pressione a bola e jo-gue à base de triangulações.

O clássico entre Flamengo e Fluminense, neste domin-go às 16h, promete ser o jogo com maior público este ano na Arena das Dunas. A venda de ingressos foi iniciada no início da semana e a expectativa do consórcio que administra o es-tádio é de que mais de 40 mil pessoas possam acompanhar a partida em Natal, o que deve gerar uma renda superior a R$ 2 milhões. Este montan-te seria superior à marca de R$ 1,6 milhão obtida no con-fronto entre Flamengo e Avaí, pelo Brasileirão de 2015.

“A expectativa é de que a renda ultrapasse os R$ 2 milhões e seja superior ao do jogo entre Flamengo e Avaí, no ano passado, que chegou a cerca de R$ 1,6 milhão. Para isso, estamos trabalhando muito forte e, se esse jogo der certo e sair conforme o nosso

planejamento, eu prometo outros dois jogos envolvendo clubes grandes até o fim des-se ano na nossa Arena”, res-saltou o diretor-presidente da Arena das Dunas, Mauro Araújo, que não revela o valor que será repassado ao Fla-mengo.

Na última vez em que foi realizado na região Nordeste, o Fla-Flu atraiu mais de 45 mil pessoas ao Estádio Ami-gão, em Campina Grande. A partida foi realizada no dia 18 de outubro de 1995 e ter-minou com um empate sem gols. Confirmado pela Are-na das Dunas há cerca de 20 dias, o jogo em Natal ainda não havia sido publicado pela CBF em razão do julgamento do Flamengo no Superior Tri-bunal de Justiça Desportiva. Desde que recebeu o sinal verde da CBF, a organização

corre contra o tempo para atingir a meta das vendas. O consórcio considera alto o in-vestimento feito, admite o ris-co, mas acredita que a valori-zação do evento poderá cobrir as despesas para a realização da partida

“É um produto que tem um apelo de venda muito grande, que já é consagrado como um dos grandes clássicos do mun-do. A última vez que o Fla-Flu ocorreu na região Nordeste foi em 1995, em Campina Gran-de. Ficou na história para muita gente e essa oportuni-dade é muita rara”.

OUTROS JOGOS11h América x Atlético-MG16h Vitória x Ponte Preta16h Santos x São Paulo16h Inter x Botafogo16h Atlético-PR x Grêmio18h30 Figueira x Coritiba18h30 Sport x Chapecoense

Page 17: Edição número 2678 - 26 de junho de 2016

Jornal aposta em filme brasileiro para Oscar 2017 O crítico Nigel M Smith, do jornal britânico “The Guardian”, fez suas primei-ras apostas para o Oscar de 2017. Em um texto dividido em três catego-rias – apostas certas, possibilidades concretas e deveriam ser – Smith cita o brasileiro “Aquarius” na última categoria. Entre as apostas certas está o americano “The Birth of a Nation”, drama que conta a revolta de escravos no século XIX na Virgínia. Outra aposta dada como certa é “Florence: Quem é Esta Mulher?”, cinebiografia da cantora Florence Foster Jenkins, interpretada por Meryl Streep, que vive a mulher rica dos anos 1940 que ficou famosa por não acertar as notas musicais. A animação “Zootopia” também aparece como chance de indicação por trazer questões sociais, raciais e de brutalidade policial. Na seleção oficial de Cannes, o brasileiro “Aquarius”, de Kleber Men-donça Filho, foi citado pelo crítico como um “deveria ser indicado”. Ele elogia a atuação de Sonia Braga.

MACEIÓ - DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2016 1 TRIBUNAINDEPENDENTE

Nova cria

DIVERSÃO&ARTE

Realizada

Sandy vai ser mãe de novo. Exatos dois anos após o nascimento de seu filho

Theo, chega às lojas o segundo DVD ao vivo da carreira solo e o primeiro após a pausa para licença maternidade. “Meu Canto”, a mais nova cria de Sandy, é o trabalho mais “intimista” e “instrospectivo” já produzido desde “Manuscrito” (2010), segundo a própria cantora define.“Meu Canto” é também o primeiro disco de Sandy que chega ao mercado após o “boom” dos serviços de streaming durante o ano de 2015. Apesar da pouca idade (Sandy tem 33 anos), a cantora já acumula 26 anos de carreira e diz estar se adaptando a nova forma de comercializar sua arte.“Já que os artistas já descobriram novas maneiras de trabalhar e de se sustentar, então que a gente olhe pelo lado positivo e veja que a nossa música está chegando para mais pessoas, está mais democrática essa maneira de divulgar o trabalho”, explica a cantora . Prova disso é que Sandy foi a primeira artista brasileira a lançar um disco na sede nacional da maior rede social do planeta. A cantora recebeu jornalistas, digital influencers e admiradores no escritório do Facebook em São Paulo e transmitiu um pocket show e um bate-papo ao vivo através da rede social. “Nesse momento o importante é que a minha música chegue às pessoas.”A decisão de voltar aos palcos veio durante seu trabalho como jurada no reality musical SuperStar, da Globo. “Foi isso que me despertou. Eu entrei em contato de novo com esse universo musical. Estava adiando um pouco a minha volta, mas quando eu vi tudo aquilo acontecendo a formiguinha parece que pica a gente de novo. E aí fiquei com vontade de voltar e resolvi fazer logo uma turnê e um DVD.”O registro foi feito no Teatro Municipal de Niterói, sugestão do marido de Sandy, Lucas Lima, que também assina a direção musical. Dirige o espetáculo Raoni Carneiro, marido de Fernanda Rodrigues, uma das melhores amigas de Sandy. O pai, Xororó, e a mãe, Noely, entraram no projeto como consultores artísticos.Com amigos e família envolvidos, “Meu Canto” não poderia deixar de ter também a parceria de Junior Lima. O irmão de Sandy toca bateria nas

quatro faixas inéditas do álbum (“Me Espera”, “Colidiu”, “Respirar” e “Salto”) que foram gravadas em estúdio especialmente para um box limitado para fãs com tiragem de 999 unidades.Os fãs também são presenteados com duas regravações de sucessos de Sandy & Junior. “Nada é Por Acaso” e “Desperdiçou” estão no DVD. “Como 60% do meu público eu herdei daquela época, procuro sempre colocar duas músicas da dupla nos meus trabalhos. Eu adoro cantar essas faixas, elas fazem parte da minha vida, da minha história. É sempre um momento lindo do show”, explica a artista.O registro suave de “All Star”, música de Nando Reis e nacionalmente conhecida na voz de Cássia Eller, foi outro pedido do público para Sandy. Ela, que já costumava cantar a música em shows ao vivo, obedeceu seus seguidores. A versão, aliás, teve aprovação do próprio Nando, que gravou um vídeo para a cantora e confessou que assiste repetidamente a um vídeo em que os dois cantam juntos a faixa.Gilberto Gil sobe ao palco para cantar “Olhos Meus”, música totalmente escrita por Sandy para o CD “Sim”, de 2013. “Eu mesma liguei para o Gil, e ele aceitou o convite na hora. Foi muito emocionante. A música ficou tão linda que agora só quero escutar a versão com ele cantando junto.”O novo trabalho também aproximou Sandy de Tiago Iorc. Ela, que pouco conhecia o cantor, fez o convite após assistir a uma apresentação dele em Campinas (SP). A parceria gerou letra e vocais de “Me Espera” e um novo ídolo para Theo. Sandy revela que o pequeno pede o tempo todo para assistir aos clipes do tio Iorc. Apesar dos cuidados com a imagem do filho, Sandy mostra que é como toda mãe e não deixa de falar do filho nem quando o foco é sua carreira. Ela conta que o menino não liga muito para as músicas dela e gosta mesmo é de Sepultura, banda do “dindão” Andreas Kisser.Theo é afilhado de Patricia, mulher do roqueiro, e fã da música “Territory”, que ouve mais que Galinha Pintadinha. Do trabalho da mamãe, a única música que consegue atrair a atenção do bebê é “Dig-Dig-Joy”, lançada há 20 anos por Sandy & Junior.

NOVA CRIA

Realizada como mãe, Sandy faz de mostra em seu

novo DVD “Meu Canto” seu lado mais intimista

Page 18: Edição número 2678 - 26 de junho de 2016

DIVERSÃO&ARTE2 TRIBUNAINDEPENDENTE

Eletro

O mês de julho traz para Maceió uma das festas de música eletrônica mais badalada. A Eletro White que neste ano apresenta Gunnga (AL), Paulo Pringles (SP), Jetlag (SP), Ely Yabu (SC) e Ladour (EUA) e será realizada

no dia 23 de Julho, na Acrópole Hall. A festa sugere que todos estejam vestidos de branco e durante toda a madrugada ninguém vai ficar parado. Ingressos: Acesso Vip- R$ 42 (pista) e R$ 82 Frontstage (meia).

MACEIÓ - DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2016

FALE CONOSCO - A Agenda é um serviço gratuito de orientação ao leitor. Os interessados em divulgar eventos, shows e exposições podem enviar material através do endereço: [email protected]

Bang A cantora Anitta

traz a Maceió, em agosto, o show ‘Bang

Tour’ - nova turnê que está percorrendo todo o Brasil levando os sucessos do recente álbum lançado. Ao contrário das turnês anteriores e apresentadas recentemente no Nordeste, ‘Bang’ traz shows que minimizam o cenário e colocam em primeiro plano as coreografias e arranjos inéditos das músicas do disco. O repertório é composto por hits como “Deixa ele sofrer”, “Bang”, “Show das Poderosas”, “Na Batida” e “Ritmo Perfeito”, fazendo um mix entre canções consagradas da carreira da artista e produções novas que já conquistaram o público. Na Acrópole Hall. Ingressos: Acesso Vip. R$ 50 (meia entrada) e R$ 100 (inteira.)

Le cirque A magia do circo continua em Maceió com o Le Cirque, no estacionamento do Parque Shopping. Um dos mais populares circos a percorrer o Brasil, o Le Cirque traz desta vez seu novo espetáculo “Marakai”. No show estão apresentações de balé, acroba-cia, mágica e o “Globo da Morte”, que, nesta temporada, conta com a única mulher motociclista do Brasil a participar de um espetáculo circense. Outra grande atração que promete encantar crianças e adultos é o “Carro Transformer”, inspirado na famo-sa franquia de filmes. Apresentações aos sábados e domingos às 16h, 18h e 20h30h.

Em agosto A banda Fresno inicia em junho uma turnê pelo Brasil apresentando as canções do disco

Ciano na integra. O disco marcou o movimento emo que surgiu nos anos 2000. O grupo foi um dos principais responsáveis pelo boom do ritmo. Em Maceió o show acontece no

dia 05 de agosto, no Clube Fênix Alagoana, mesmo local de realização do show do inicio do ano, em apresentação única. Ingressos antecipados: R$ 30 (Meet & Greet + Show: R$ 120,00).

Animação Muita música, forró e animação aconte-cem na próxima terça-feira, às 23h30, no forró de Seu Pedô. No comando da festa junina as bandas Cannibal e O Reino.

Naná Martins A cantora Naná Martins apresenta seu show “Nada Por Mim” no dia 6 de julho, às 19h, no Teatro Deodoro. Nele, a cantora e instrumentista leva ao palco performances que vai do canto a dança sob o forte batuque dos instrumentos afros. Nada Por Mim também contará com participações de vários amigos que fizeram e fazem parte de sua história musical e da cultura em nosso estado; Elaine Kundera, Irina Costa, Milton Souza, Coletivo Afro Caeté e músicos do Centro de Formação e Inclusão Social Inaê.

OTM O Teatro Mágico se apresenta em Maceió no dia 1º de julho. O projeto reúne elementos do circo, do teatro, da poesia, da música, da literatura e do cancioneiro popular, tornando pos-sível a junção de diferentes segmen-tos artísticos num mesmo espetáculo. O show, que acontecerá no teatro Gustavo leite, é repleto de surpresas e emoções. Para essa apresentação, eles trazem a turnê Allehop com musicas novas e sucessos antigos. Ingressos: Viva Alagoas de R$ 42 a R$ 84.

Samba no pé A cantora Wilma Araújo é a atração do dia 2 de julho no Orákulo, às 21h, com o show “Samba da Wilma”. A cantora promete o melhor do samba com canções já conhecidas e também de seu trabalho mais recente “Feliz de quem se dá por inteiro”.

No MISA O Museu da Imagem e do Som de Alagoas (Misa) recebe, a partir do dia 1° de julho, a exposição ‘Civilização Periférica II: Retratos em Retalhos’, do artista Achiles Escobar, que foi transferida devido à manutenção que está sendo realizada no Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore (MTB). A exposição terá cerca de 20 peças, entre pinturas em acrílico sobre tela, esculturas em papel machê e instalações, com inspirações da obra Frankenstein, da escritora bri-tânica Mary Shelley, dos grafismos de rua e do folguedo La Ursa, e matéria-prima das instalações toda reutilizada. Abertos pela manhã e tarde. Entrada gratuita.

Exposição Reunindo 25 fotogra-fias inéditas de Juliano Pessoa, a exposição Coaraci – um olhar para transformar, está em cartaz no Complexo Cultural Teatro Deodoro. A mostra propõe uma discussão da realidade de Maceió, contrapon-do o belo e os locais mais desassistidos. As fotografias retratam a orla de Maceió, como a Pajuçara, Ponta Verde, Jatiúca e Pontal da Barra, além de bairros como Vergel, Cambona e Centro.

Composições O compositor, instru-mentista e cantor Tuca Fernandes faz show em Maceió no dia 3 de julho, às 23h30. No repertório, músicas conhecidas como “Milla”, “Ê Sauda-de”, “Chuva na Janela” e “Saudade Dói”, além de sucessos de sua carreira solo “Fevereira”, “Pirei no Seu Amor” e “Loucuras de verão” e “Simples”.No Maikai

O dia de São João vai ser comemorado com rock no Maikai, amanhã, às 23h30. O “Seu João é Rock” vai fazer uma homenagem a Cássia Eller, com a banda Casa de Noz, e ao Legião Urbana, com o grupo Voz Urbana.

Page 19: Edição número 2678 - 26 de junho de 2016

ÁRIES - (21/3 a 19/4) – Procure ser mais flexível em suas atitudes e opiniões e aceite os conselhos dos mais experientes, principalmente no trabalho. Concentre-se em suas tarefas e só terá a ganhar. Boa fase para comprar e vender algum bem de valor. TOURO – (20/4 a 20/5) – Traba-lhos em grupos estarão favorecidos e trarão melhores resultados para todos. Aprenda a confiar nos cole-gas de trabalho. Cuide bem da ali-mentação e escolha refeições mais leves e balanceadas, assim poderá evitar problemas de digestão. GÊMEOS – (21/5 a 21/6) – Procure terminar as tarefas que ficaram

pendentes antes de começar uma nova atividade. No trabalho, seja discreto(a), assim vai evitar aborre-cimentos e frustrações. O conselho de pessoas mais experientes po-dem ser bem úteis neste momento. CÂNCER – (22/6 a 22/7) – No ser-viço, compartilhe suas experiências com seus colegas de trabalho, as-sim não ficará sobrecarregado(a). Nesta fase, será muito importante manter a paz nas relações fami-liares, então, procure mediar os conflitos e delegar atividades para manter tudo em ordem. LEÃO – (23/7 a 22/8) – Poderá ser convidado(a) a assumir uma posição de liderança, aproveite

a chance, pois tudo tende a dar certo. Graças à sua diplomacia, poderá resolver situações compli-cadas com maior facilidade. Em casa, procure dividir as responsa-bilidades para não ficar sobrecarre-gado(a). Para desestressar, faça o que gosta.VIRGEM – (23/8 a 22/9) – Mante-nha o seu dinheiro sob controle e evite gastar com coisas desneces-sárias. Convém poupar um pouco. No trabalho, não cobre demais dos colegas e ajude-os no que for preciso. Aprenda a compartilhar. Agite sua vida social, saia com os amigos.

LIBRA – (23/9 a 22/10) – A saúde vai merecer sua atenção nesta fase, procure adotar uma alimen-tação mais equilibrada. Poderá formar parcerias importantes no trabalho, não perca a chance de se aliar com alguém mais experiente. Não tenha medo de ir em busca de melhores condições ou até de um aumento salarial.ESCORPIÃO – (23/10 a 21/11) – Busque a qualidade e eficiência em todas as suas tarefas diárias. Estabeleça prioridades no trabalho e contenha a impaciência e a an-siedade diante das oportunidades que aparecerem. É um excelente momento para ir em busca de

seus objetivos, sejam pessoais ou profissionais. SAGITÁRIO – (22/11 a 21/12) – Bom período para se aproximar de chefes e superiores e mostrar seus talentos. Pode conseguir uma melhor colocação ou até ampliar os seus ganhos se trabalhar com mais dedicação. CAPRICÓRNIO – (22/12 a 19/1) – Precisará organizar melhor o seu tempo para dar conta de suas responsabilidades profissionais e familiares. Trabalhando com determinação e eficiência, poderá conseguir atrair a atenção de pessoas influentes. Só cuidado para não exigir demais de si nem

dos colegas de trabalho. AQUÁRIO – (20/1 a 18/2) – Controlar a sua impaciência será o desafio desta fase, por isso, não tenha pressa em ver os resultados ou de concluir alguma tarefa. Execute suas atividades com atenção, preocupando-se com detalhes. Procure se integrar aos colegas de trabalho oferendo ajuda quando necessário. PEIXES – (19/2 a 20/3) -Poderá receber cobranças no trabalho, mas conseguirá lidar com elas com tranquilidade. Evite conflitos com os colegas de serviço, faça o que de sua responsabilidade. A família pode precisar de sua atenção.

MACEIÓ - DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2016 DIVERSÃO&ARTE 3

C’est fini

TV TUDO

FLÁVIO RICCO - colaboração: José Carlos Nery - www.twitter.com/flavioricco

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

Solução

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL

BANCO 21

Ficha (?), documento preenchidono banco

Rio suíço,afluenteesquerdodo Reno

Estado de RenanCalheiros

(sigla)

Cada blocode versos,no poema

Sensaçãoda soneca

pós-almoço

"Caiu na(?), é pei-xe", frasepopular

Endereço-digitado nonavegadorda internet

(?) Vegas:a Cidade

dos Cassi-nos (EUA)

Setor deatuação deDavid Luiz

(fut.)Fazer

baliza paraestacionar(o carro)

Formato decompacta-

ção dearquivos

A doesturjão

faz ocaviar

ReginaDuarte,

atrizbrasileira

Alvo deestudo da Fitoterapia

Dobrinhaabdominal

(fig.)Despida

AssuntoArma de

Darth Vader(Cin.)

HesitanteCritério deescolha de

roupasFixador de

cabelosRecolhi in-formações

CustosoTranstornodiário do

paulistano

Espaço doaviadorTinta dosepulcro

EscuroBrincadei-

ra emestádios

De origem portuguesaCamadada pele

Antecessora do toqueem smartphones Margem alta do rio

Situação temporária que cria a possibilidade,antes não existente, de realização de algum

objetivo (pop.)

Prolixa; verborrá-

gicaOfereça

Gaia (Mit.)Tipo de sor-vete vendi-do na praia

Termos de (?), condições geraisdos

serviçosde sites

Órgão que fiscalizadireitos

musicais

Assuntotípico derevistas de saúde,

aparência e bem-estar

Recolher

Filme deSpike Jon-ze, vence-dor de me-lhor roteirooriginal noOscar 2014

"(?) de Aventura", de-senho animado sobreos amigos Finn e Jake

(TV)Conjunturainiciada apartir da

RevoluçãoIndustrial

(?) decotovelo:despeitoamoroso

Em quelugar?

(?) Lanka,país

Bom, eminglês

FJDEUSADATERRA

PICOLECABINE

CAACALALCADASTRALA

SATROREDEMODORRALUSO

ELAONDETPBINSEGURO

RETRAIRDORLASTEMAFTEMSOPNEUZAGANUANI

MANOBRARODHORAERVA

MODERNIDADE

3/aar — rar — url. 4/ecad — good. 6/cabine. 7/modorra. 12/deusa da terra.

HORÓSCOPO

Bate-rebate

TRIBUNAINDEPENDENTE

Telejornais da Globo serão ancorados de Parque Olímpico no Rio Na terça-feira, às 22 horas,

o Canal Brasil vai exibir o filme “Assalto ao Banco Central”, com Lima Duarte, Giulia Gam, Milhem Cortaz, Tonico Pereira, Heitor Martinez, Eriberto Leão, Juliano Cazarré e Fábio Lago.Direção de Marcos Paulo.Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

·Está tudo caminhando para a Eurocopa, atualmente em cartaz, ser o último trabalho do comentarista Edmundo na Band...·... Já se tem como certo que o seu próximo destino será o canal Fox Sports.·A caxumba acaba de fazer uma nova vítima. Desta vez a cantora Maria Rita...·... E aí, você está em dia com a sua vacina?·Mesmo com um papel dos mais complicados em “Velho Chico”, é de se destacar o desempenho da Lucy Alves...·... Ela é a Luzia, mulher do Santo, Domingos Montagner.·A Globo já tem organizada a ordem das suas novelas das 19 horas...·... “Haja Coração” terá seu último capítulo exibido no dia 28 de outubro...·... Em seu lugar vai entrar “Rock Story”, novela de Maria Helena nascimento, com direção de Dennis Carvalho.·A partir deste domingo, como já foi anunciado, a Globo passa a dividir com a Band as transmissões da Eurocopa.

Na terça-feira vai estrear o novo programa do Buddy Valastro, “Batalha dos Cozinheiros”, passando a ocupar o horário que era do “Power Couple”. Mas o que chama a atenção é a forma como é apresentado: “formato da Discovery Networks e da Cake House Media, coproduzido pela Record e pelo Discovery Home & Health, e realizado pela Endemol Shine Brasil e Cakehouse Media”

Edu Moraes

PossibilidadeAté agora só a Liga dos Campeões, no entanto, existem boas chances de Globo e Band estabelecerem parcerias também no pacote Fifa até 2018. Mundiais feminino e sub-20, por exemplo. Mas é bom repetir: ainda não há nada acordado sobre isso. São assuntos para conversas futuras.

Novo apeloUma vez mais, atendendo a uma solicitação dos funcionários da Record, se faz necessário chamar atenção da Secretária de Segurança de São Paulo, para os problemas existentes na região onde a emissora tem a sua sede. É um perigo enorme andar, de dia e de noite. Nas mesmas imediações, existe uma faculdade, o Fórum e o Tribunal do Trabalho.

Faltou na aulaA empresa Amspa tem no ar um comercial, colocando seus serviços à disposição dos interessados, no auxílio àqueles que adquiriram imóvel e por qualquer motivo querem desistir da compra. Tudo muito bom, tudo muito bem, não fosse o Português. Em determinado momento a empresa informa que “vamos analizar o seu caso e auxiliar”. Ainda bem que o “auxiliar” não veio com dois “s”.

Meio bagunçadoCurioso é que tem emissoras de televisão exibindo este comercial e até agora ninguém se tocou do erro. Será que não tem um santo para verificar o que vai ou que tem uma aberração dessas no ar?Vai que vai e seja o que Deus quiser.

Sandra Annenberg, Evaristo Costa e William Waack estão de mudança para o Rio de Janeiro. Isso porque os principais telejornais da Globo serão transmitidos do Parque Olímpico durante a realização dos Jogos, en-tre 5 e 21 de agosto. Já em relação ao pessoal do esporte, ficou decidido que os âncoras do Estúdio Olímpico

serão Fernanda Gentil, na parte da manhã, e Alex Escobar, à tarde e noite, a partir do dia 31 de julho. Caberá ao “Esporte Espetacular”, na semana que começa a Olimpíada, inaugurar este espaço. Alex Escobar e Glenda Kozlowski vão receber convidados e apresentar “a casa da Globo” no coração do Parque Olímpico.A partir de então todos os telejornais de rede serão ancorados de lá. Desde o “Fantástico”, passando pelo “Bom Dia Brasil”, “Globo Esporte”, que passará a ter uma edição única nacional, “Jornal Hoje”, “Jornal Nacional” e até o “Jornal da Globo”, de William Waack.

ZeradaDepois de realizar necessários testes, a Engenharia da TV Globo liberou para uso uma nova unidade móvel, a primeira em 4K IP do mundo. Trabalho da própria emissora, desenvolvido em parceria com a Sony e Image. Durante o período da Olimpíada, essa UM será utilizada nas transmissões do vôlei no Maracanãzinho.

Uma explicaçãoA unidade móvel montada pela Globo, Sony e Image, acima citada, será colocada no Maracanãzinho por uma razão estratégica. Toda a transmissão dos Jogos Olímpicos será feita por uma empresa do COI – Comitê Olímpico Internacional, com exceção do vôlei que terá geração da Globo.

Falando sérioA realização da Olimpíada é um fato inevitável, mesmo diante de casos, como preso tirado de hospital, governo decretando estado de calamidade pública no Rio, situação econômica e crise política. A Globo, mesmo com esse tanto, tem destinado a esta cobertura uma preparação das mais dignas. Importante que outras emissoras, como Band e Record, envolvidas com a transmissão, façam o mesmo.

Única apresentaçãoDia 2, sábado próximo, os humoristas da “Praça é Nossa” e do “Café com Bobagem”, Oscar Pardini, Zé Américo, Ênio Vivona, Ivan de Oliveira e Robson Bailarino, só fera, irão se apresentar com o show “Em Brasília 19 horas, Café com Bobagem, a Avós do Brasil”. Teatro Bradesco, única apresentação, a partir das 9 da noite.

DireitosAlém de haver assegurado sua presença nas próximas edições da “Liga dos Campeões”, a Bandeirantes já tem garantida a transmissão do tênis de Roland Garros em 2017. O contrato tem validade de mais um ano.

A atriz Larissa Manoela foi á convidada

do “Bake Off Brasil”,

programa da Ticiana Villas Boas no SBT.

Aliás, destaque-se

a boa qualidade da

sua produção

Gabriel Gabe/Divulgação

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DIVERSÃO&ARTE4 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2016

Maria Antonieta

Quer desfrutar o melhor da cozinha italiana? Então você tem um encontro com o Maria

Antonieta Restaurante. A casa, comandada pelos irmãos Breno, Dedé e Leopoldo Gama, é referência na cidade pelo ambiente, serviço, menu e, claro, a carta de vinhos premiada nacionalmente. Tá esperando o quê? O Maria Antonieta fica na Avenida Doutor Antonio

Gomes de Barros, 150, Jatiúca. Telefone (82) 3202-8828.

Arraiá no Beach Park

Entre os dias 16 de junho e 3 de julho o Beach Park realiza o seu primeiro “Arraiá da Vila Azul do Mar”. O empreendimento terá,

a partir deste ano, uma festa junina à moda antiga com quermesse, comidinhas, brincadeiras, quadrilhas profissionais e improvisadas e tudo que deve ter uma boa festa “caipira” voltada para as famílias. A música não poderia faltar e a programação será encerrada no dia 3 de julho com um encontro da cantora, atriz e compositora paraibana Lucy Alves, a Luzia da novela “Velho Chico” com o cantor e compositor cearense Marcos Lessa. Uma boa dica para os alagoanos que vão curtir a festa por lá.

Startup Weekend

O Polo Tecnológico Agroalimentar de Arapiraca receberá entre os dias 15

a 17 de julho um dos maiores eventos de empreendedorismo do mundo. Trata-se do Startup Weekend, uma rede global de líderes e empreendedores que tem a missão de estimular a criação de projetos de impacto social, trazendo melhorias para a comunidade e toda região. São três dias de muito trabalho e criatividade. A programação tem início com a apresentação de ideias para novas startups.

Sem refrigerante nas escolas

A Coca-Cola, a PepsiCo e a Ambev (fabricante do Guaraná Antártica,

Soda e Sukita) anunciaram que vão deixar de vender refrigerantes para escolas com alunos de até 12 anos de idade. Segundo as três empresas, os refrigerantes devem parar de ser vendidos nas escolas a partir

de agosto. Em lugar da bebida, serão vendidos nas cantinas escolares ap-enas água mineral, suco com 100% de fruta, água de coco e bebidas lácteas que atendam a critérios nutricionais específicos. Novos produtos lançados pelas empresas poderão ser incluídos, no futuro, seguindo essas referências.

Mais de 40% recusam doação

Poucas pessoas sabem, mas o Brasil é destaque

no contexto mundial de doação de órgãos e tecidos, principalmente por ter o maior sistema público de transplantes do mundo. Porém, a alta taxa de recusa familiar para doação de órgãos é um problema grave no país. De acordo com dados do Ministério da Saúde, mais de 40% da população brasileira não aceita doar órgãos de parentes falecidos com diagnóstico de morte cerebral, principalmente nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país.

Se beber, passe a chave

Maceió foi a capital brasileira a registrar a segunda

maior redução no percentual de adultos que admitem beber álcool e dirigir. De acordo com pesquisa divulgada pelo Minis-tério da Saúde (MS), desde 2012, quando foi adotada a Lei Seca, 53,2% dos maceioenses deixaram de lado o hábito de dirigir após ingerir bebida al-coólica. Esse percentual, ainda de acordo com a pesquisa, só é menor do que o registrado em Fortaleza, capital do Ceará

(54,1%), que apresentou a maior redução do Brasil. Após a capital alagoana, aponta o Ministério da Saúde, aparece João Pessoa, capital da Paraíba, com uma redução de 51,4% e Vitória, capital do Espírito Santo, com 50,7%.

Ela é chic e dona de uma classe que dispensa comentários. Ela se chama Cláudia Toledo, uma nutróloga e pesquisadora da ciência ortomolecular, que se destaca em seu consultório sempre

repleto. Parabéns, Claudinha, a renomada médica passou o São João em um local paradisíaco na companhia do amado César e filhos. Feliz São João, amiga! Saudades!

Ela é chic, dona de um astral que dispensa comentários, ela se chama Angela Maciel, uma amiga muito querida que passou o São João em Gravatá, em companhia do amado

Wellington Veiga e filhos. Desejamos um feliz são joão, amiga,para você e toda sua família! Aproveitem!

FOTO BY ANDRÉ FON

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