edição nº142, agosto de 2013 jornal do cosems/sp exigindo, trazendo várias pautas para o centro...

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CONASEMS reúne núcleos temáticos em Brasília Iniciativa faz parte de acordo firmado em 2012 entre COSEMS/SP e SES/SP, que estabeleceu investimentos de forma progressiva até 2014 Monti fala sobre suas expectativas à frente da entidade nacional, do reflexo das manifestações vistas nas ruas por melhorias no sistema público de saúde e dos impactos para os Municípios do programa ‘Mais Médicos’ Dia 5 de agosto, membros do movimento e gestores municipais se dirigiram ao Congresso Nacional e entregaram assinaturas ao Presidente da Câmara dos Deputados Confira a entrevista com Fernando Monti, Vice-Presidente do COSEMS/SP e CONASEMS Jornal do COSEMS/SP Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo “Dr. Sebastião de Moraes” Edição nº142, Agosto de 2013 ‘Saúde Mais Dez’ apresenta 1,8 milhões de assinaturas e aguarda Congressistas COSEMS/SP - EM DEFESA DO SUS PAPEL RECICLADO - O COSEMS/SP CUIDA DO MEIO AMBIENTE IMPRESSO fechado pode ser aberto pelo ECT pág. 4 pág. 3 25 anos em defesa do SUS Estão abertas as adesões para a segunda fase do QUALIS-UBS Seminário do SISREG lota auditório e será promovido novamente em setembro pág.6 Objetivo é apresentar as propostas da Carta de Brasília e a Plataforma Política da entidade aos novos membros dos núcleos Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo alerta Municípios para o sarampo Casos estão relacionados a pessoas que viajaram para o exterior. Aumento da incidência preocupa pág. 6 pág. 3 pág. 7 Jornal_Agosto_13.indd 1 20/08/2013 12:26:07

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CONASEMS reúne núcleos temáticos em Brasília

Iniciativa faz parte de acordo firmado em 2012 entre COSEMS/SP e SES/SP, que estabeleceu investimentos de forma progressiva até 2014

Monti fala sobre suas expectativas à frente da entidade nacional, do reflexo das manifestações vistas nas ruas por melhorias no sistema público de saúde e dos impactos para os Municípios do programa ‘Mais Médicos’

Dia 5 de agosto, membros do movimento e gestores municipais se dirigiram ao Congresso Nacional e entregaram assinaturas ao Presidente da Câmara dos Deputados

Confira a entrevista com Fernando Monti, Vice-Presidente do COSEMS/SP e CONASEMS

Jornal do

COSEMS/SPConselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo “Dr. Sebastião de Moraes”

Edição nº142, Agosto de 2013

‘Saúde Mais Dez’ apresenta 1,8 milhões de assinaturas e aguarda Congressistas

COSEMS/SP - EM DEFESA DO SUS

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25 anos em defesa do SUS

Estão abertas as adesões para a segunda fase do QUALIS-UBS

Seminário do SISREG lota auditório e será promovido novamente em setembro pág.6

Objetivo é apresentar as propostas da Carta de Brasília e a Plataforma Política da entidade aos novos membros dos núcleos

Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo alerta Municípios para o sarampoCasos estão relacionados a pessoas que viajaram para o exterior. Aumento da incidência preocupa pág. 6pág. 3

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• Editorial2Edição nº142, Agosto de 2013Jornal do

COSEMS/SP

Presidente: Ademar Arthur Chioro dos Reis – SMS São Bernardo do Campo1º Vice-Presidente: José Fernando Casquel Monti – SMS Bauru2ª Vice-Presidente: Kelen Cristina Rampo Carandina - SMS Cordeirópolis1ª Secretário: Stênio José Correia Miranda - SMS Ribeirão Preto2ª Secretário: Marcio Travaglini Carvalho Pereira - SMS de Marília1ª Tesoureiro: Luís Fernando Nogueira Tofani – SMS Franco da Rocha2ª Tesoureiro: Jorge Yochinobu Chihara – SMS AdamantinaDiretora de Comunicação: Claudia da Costa Meirelles – SMS Salto

ExpedienteDiretoria do COSEMS/SP (2013 - 2015)

COSEMS/SP - EM DEFESA DO SUS

PAPEL RECICLADO - O COSEMS/SP CUIDA DO MEIO AMBIENTE

Jornalista Responsável: Bruno Scarpelli Quiqueto MTb - 60088/SP E-mail: [email protected] Gráfica: Laser Press Gráfica e Editora Ltda. Tiragem: 1.200 exemplares - Periodicidade: Mensal - Papel reciclado Correspondência - Avenida Doutor Arnaldo, 351 - 3º andar, sala 309 CEP: 01246-000, São Paulo - SP E-mail: [email protected] www.cosemssp.org.br

25 anos

Vogais:01- Ana Emilia Gaspar - SMS Ubatuba02- Carmem Silvia Guariente Paiva - SMS Pereira Barreto 03- Carmino Antonio de Souza - SMS de Campinas04- Fabrizio Bordon - SMS de Americana05- Iramaia Aparecida Luvizotto Colaiacovo - SMS de Cerquilho06- José Everaldo Piedade Malheiros - SMS de Campos do Jordão07- Luciana Aparecida Nazar Maluf – SMS Altinópolis08- Lumena Almeida Castro Furtado - SMS de Mauá09- Mara Ghizellini Jacinto - SMS Cedral10- Marcos Estevão Calvo - SMS de Santos11- Maria Dalva Amin dos Santos - SMS de Itapecerica da Serra12- Paulo Villas Bôas de Carvalho - SMS Mogi das Cruzes13- Sílvia Elisabeth Forti Storti – SMS Olímpia14- Simone Augusta Marques Monteaperto - SMS de Carapicuíba

Tempo de luta e de esperança

Lumena Almeida Castro Furtado, Secretário Municipal de Saúde de Mauá e membro da Diretoria do COSEMS/SP

Conselho Fiscal Titulares: Maria Auxiliadora Vanin – SMS de JaguariúnaAndre Luis Camargo Mello – SMS OurinhosMaria Alice Garcia Capparelli – SMS Matão Suplentes:Álvaro Machuca – SMS São José dos Campos Roberto Martins Torsiano – SMS CoroadosMaria Lilian Ferro Bonacin Ditadi– SMS São Simão

Vivemos um momento importante, com as ruas sendo tomadas pela mobilização popular, muitos coletivos na rua apoiando, denunciando, exigindo, trazendo várias pautas para o centro da agenda política do nosso País. A necessidade de várias reformas como a política vai ganhando ares de urgência. É hora de fortalecer a boa política, compromissada com as necessidades do povo.A pauta da saúde ganhou centralidade e muitos vocalizaram a necessidade de mais investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS), de mais humanização e qualidade nos cuidados ofertados pelo sistema. O SUS voltou a ocupar lugar de destaque nas pautas reinvidicatórias, um espaço que vinha perdendo com a ilusão do plano de saúde ocupando cada vez mais o imaginário social do acesso à saúde.Neste momento duas iniciativas, uma popular e uma federal, já noticiadas no nosso jornal anterior, ganham centralidade no enfrentamento de dois importantes desafios. A primeira, o movimento Saúde Mais 10, envolvendo muitas entidades e movimento social, com apoio do COSEMS/SP, conseguiu quase dois milhões de assinaturas e entregou ao Congresso Nacional no dia 05 de agosto, o Projeto de Lei que destina 10% da receita corrente bruta da União para a saúde. Uma iniciativa que visa enfrentar o subfinanciamento do setor.A segunda o Programa Mais Médico é lançado oficialmente, enfrenta uma grande resistência corporativa e um grande apoio popular e inicia o processo de adesão, explicitando claramente que apenas com os médicos que já estão disponíveis no mercado não é possível atender toda a demanda apresentada pelos Municípios. Novamente, o COSEMS/SP não foge à sua responsabilidade de participar, se posicionar e apoiar esta estratégia que aponta caminhos. É preciso avançar nesta agenda.Este clima, que recoloca a saúde no centro dos debates, acontece exatamente quando a maior parte dos Municípios está realizando suas conferências municipais de saúde, construindo seus planos, debatendo com a sociedade os rumos para o sistema de saúde em cada Município, em cada região. Assim, é importante marcar que estamos em um momento especial para que cada um possa desencadear, junto aos vários atores presentes no seu território, um aprofundamento do debate sobre o SUS, explicitar a importância do projeto ético e político que embasa a construção de um sistema universal, equânime e integral, atrair novos apoiadores para este esforço de consolidação de um SUS de qualidade para todos. Esta é uma tarefa de todos nós e o COSEMS/SP vem reforçar sua convicção de que é fundamental atrairmos toda a sociedade para esta luta de defesa do SUS, extrapolando os espaços dos gestores, abrindo a conversa para fora de nossos espaços cotidianos de intervenção. Neste contexto, toma posse dia 28 de agosto a nova diretoria do CONASEMS, com seis representantes do Estado de São Paulo, inclusive o Vice-Presidente, Fernando Monti, Secretário Municipal de Saúde de

Bauru. O COSEMS/SP tem defendido que é momento de renovarmos nossa entidade nacional, qualificarmos sua capacidade de intervenção no cenário de pactuação tripartite e é com este desafio claro que nossos representantes assumem sua nova função junto ao CONASEMS. É São Paulo dando sua contribuição para este importante momento de renovação.E neste mês em que a centralidade de nossos debates nos coloca de forma mais intensa na luta por um SUS melhor, homenageamos aquele que foi um guerreiro incansável, que até os seus 93 anos lutou todos os dias para que fosse possível avançar nos inúmeros desafios que temos na busca de consolidar em cada Município um SUS de qualidade: Sr. Naelson Correia Guimarães. Que a lembrança de sua luta nos alimente para que possamos seguir em frente, com energia e coragem.Os desafios são muitos, mas os tempos são de luta e de esperança!

Grande liderança popular, nascido em Maraji, em Pernambuco, Naelson faleceu no início deste mês. Atuava no Movimento de saúde da Zona Norte da Capital, foi conselheiro municipal e estadual de saúde de São Paulo. Admirado por todos os atores que militam no SUS, Naelson ficou conhecido por sua forte convicção na defensa do Sistema público universal que ajudou a construir e consolidar. Sua luta sempre servirá de inspiração para aqueles que almejam um SUS com mais qualidade!

COSEMS/SP homenageia Naelson Correia Guimarães

(1921-2013)

Os Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo agradecem a parceria pública de quase três anos com o Secretário de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri,

Agradecimento

o qual firmou vários compromissos durante sua gestão, com destaque para duas grandes conquistas: a retomada do diálogo com os Municípios e o Piso de Atenção Básica Estadual, uma conquista histórica honrada.Damos as boas vindas ao novo Secretário David Uip, médico infectologista brasileiro, ex-diretor-geral do Instituto do Coração de São Paulo (Incor) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretor do Instituto de Infectologia Emílio Ribas desde fevereiro de 2009.

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• Debates3Edição nº142, Agosto de 2013Jornal do

COSEMS/SP

COSEMS/SP - EM DEFESA DO SUS

PAPEL RECICLADO - O COSEMS/SP CUIDA DO MEIO AMBIENTE

25 anosNúcleos Temáticos do CONASEMS se reúnem

no final de agostoObjetivo é apresentar as diretrizes e metodologia de trabalho da nova diretoria do CONASEMS

Com temas variados ligados à saúde púbica nacional, gestores, técnicos, representantes de instituições e convidados do CONASEMS de todo o País se encontrarão em Brasília entre os dias 27 e 29 de agosto para debate e formulação de propostas que visam à consolidação e fortalecimento do SUS. Os membros dos 11 núcleos são indicados por seus respectivos COSEMS. “No início, apresentaremos as diretrizes e metodologia de trabalho da nova diretoria, que consistem na Plataforma Política e Carta de Brasília (produzida durante o XIXX Congresso do CONASEMS) para os também novos membros dos núcleos.

Atenção à Saúde – Márcio Travaglini Carvalho PereiraGestão – Elaine GiannottiVigilância em Saúde – Cristina MagnaboscoComunicação – Bruno Quiqueto/ Claudia MeirellesParticipação da Comunidade - Maria Dalva Amim dos SantosAssistência Farmacêutica – Eliane Cortês CorrêaEducação e Gestão do Trabalho – Floriano Nuno de Barros PereiraInformação em Saúde – Francisco TroccoliAtenção Básica – Marcia Marinho Tubone Direito Sanitário – Clarisvan do Couto GonçalvesEconomia em Saúde – Luis Fernando Nogueira Tofani

Precisamos situá-los, técnica e politicamente, para que possam elaborar suas propostas, exporem suas ideias e trocarem experiências focadas em nossos objetivos”, explicou o Presidente do CONASEMS, Antonio Carlos Nardi. Segundo Nardi, cada núcleo será coordenado por um Secretário Extraordinário, (membro da diretoria do CONASEMS) e os próximos encontros passarão a ser virtuais. “Através de videoconferências poderemos formar grupos virtuais de informações diminuindo nosso custo operacional e, ao mesmo tempo, receber colaborações sem restrições”. Para Secretária Municipal de Saúde (SMS) de Salto e Diretora de Comunicação do COSEMS/SP, Claudia Meirelles, quando nos reunimos para trocar ideias, contribuímos para o

crescimento da sustentabilidade do SUS, “seus constantes novos caminhos, rápidas revoluções tecnológicas, novas competências, alinhamentos históricos. Não basta estar na saúde pública, é preciso tirá-la da inércia e ampliar a comunicação. Grande e apaixonante desafio”. Claudia é membro do núcleo de Comunicação.Pela primeira vez nos encontros

dos núcleos do CONASEMS, a SMS de Itapecerica da Serra e membro da diretoria do COSEMS/SP, Maria Dalva Amim dos Santos, destaca a importância fundamental da participação social na condução das gestões municipais. “Temos realizado movimentos, tanto no Município como na região, para aproximar a sociedade, através dos Conselhos Municipais e Conselho Gestores. Tem sido bastante interessante a experiência na minha região”. Maria Dalva é membro do núcleo Participação da Comunidade.

Representantes do Estado nos núcleos

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES/SP) alerta todos os Municípios para o aumento de casos de sarampo do Brasil e nas Américas. No Estado, o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE/CCD/SES) registrou cinco casos, todos de pessoas que viajaram para o exterior (Estados Unidos e Itália).No período de janeiro a julho de 2013, o Brasil registrou 72 casos de sarampo, quase o dobro do número de casos ocorridos

Alerta da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo para os novos casos de sarampo

no último surto em território nacional no ano de 2011, quando 42 casos foram confirmados. Neste ano, os casos estão distribuídos nos seguintes Estados: São Paulo (05), Minas Gerais (02), Santa Catarina (01), Pernambuco (62) e Paraíba (02). Em relação ao genótipo viral, o D8 foi identificado em 50 amostras e o D4 em uma amostra. Dos cinco casos ocorridos no Estado de São Paulo houve transmissão intrafamiliar em duas oportunidades, em indivíduos

com idades entre 14 e 60 anos, sendo três deles vacinados, mas com apenas uma dose válida.

Visita do PapaNo período de 16 a 21 de julho de 2013, o Estado de São Paulo hospedou milhares de peregrinos oriundos de pelo menos 66 países de diferentes continentes do mundo, preparando-se para Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Realizada de 23 a 28 de julho no Rio de Janeiro, a JMJ congregou também jovens de todos os Estados brasileiros, incluindo São Paulo. Ainda neste período houve um dia de grande concentração de

milhares de pessoas no Município de Aparecida em celebração religiosa relacionada à JMJ. Somando-se a este evento, o mês de julho é tradicionalmente mês de férias escolares e muitos paulistas viajaram para dentro e fora do País, retornando em agosto. Diante deste cenário, é importante que os gestores e profissionais de saúde estejam informados e participem do sistema de vigilância identificando os casos e notificando às instâncias competentes.Acesse: www.cosemssp.org.br e obtenha o informe técnico com todas as informações sobre esse agravo.

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• Entrevista4Edição nº142, Agosto de 2013Jornal do

COSEMS/SP

COSEMS/SP - EM DEFESA DO SUS

PAPEL RECICLADO - O COSEMS/SP CUIDA DO MEIO AMBIENTE

“Mais recursos para a área da Saúde é primordial”, alerta Fernando Monti em entrevista ao Jornal do COSEMS/SP

25 anos

Nascido na cidade de São Manuel, interior paulista, José Fernando Casquel Monti se formou em medicina em 1983, na Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, em Botucatu. Logo assumiu como médico na Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES/SP), em 1985, onde atuou na direção do Escritório Regional de Saúde, atual Departamento Regional de Saúde (DRS). Especialista em Saúde Coletiva e Infectologia, Monti se tornou Coordenador da Região de Saúde da SES/SP e, em 1990, foi nomeado Secretário Adjunto de Estado, na gestão de Nelson Rodrigues dos Santos. Seu primeiro desafio como Secretário Municipal de Saúde foi em 1996, no Município de Bauru, cargo que reassumiu em 2009 e que atua até os dias de hoje. No COSEMS/SP, Monti iniciou sua trajetória como segundo tesoureiro, na gestão de Maria do Carmo Cabral Carpintero (2009/11) e, em 2011, alcançou a Vice-Presidência da associação, onde cumpre seu segundo mandato (2013/15). Neste ano, durante o XXIX Congresso do CONASEMS, Monti foi eleito Vice-Presidente do CONASEMS, apoiado pelos Secretários Municipais de Saúde de toda região Sudeste. Em entrevista ao Jornal do COSEMS/SP, o Secretário conta suas expectativas como Vice-Presidente do CONASEMS, contextualiza as manifestações das ruas e avalia o programa ‘Mais Médicos’, do Governo Federal. Confira.

JC - Qual a importância da realização do XXIX Congresso do CONASEMS, em Brasília, ao mesmo tempo em que a população vai às ruas pedir mais investimentos em saúde, educação, além de outras demandas?

Monti: O Congresso ocorre em Brasília por uma razão estatutária. A cada dois anos o evento é realizado na Capital, que coincide com o ano eleitoral do CONASEMS. O momento o qual estamos atravessando é bastante peculiar. Todos sabemos que a saúde é um dos setores sociais mais relevantes e mais críticos. Temos um sistema de proposição ousada, poucos países do mundo possuem sistemas universais e aqui temos um sistema universal em um País continental, com quase 200 milhões de habitantes, portanto, é bastante ousado e que ainda encontra desigualdades e muitas coisas a serem corrigidas. Penso que estamos, cada vez mais de forma consistente, em busca desse sistema público universal, gratuito e que atenda com qualidade. Essa é a expectativa que a população expressa nos movimentos das ruas. Esta questão, o clamor popular, foi trazida e debatida no congresso de forma importante, em várias mesas e discussões. Somos favoráveis ao programa ‘Mais Médicos’, ao Movimento ‘Saúde mais 10’, e isso tudo pode trazer grandes avanços para nosso sistema público de saúde.

JC - Quais impactos serão

observados com as propostas publicadas pelo Ministério da Saúde no programa ‘Mais Médicos’?Monti: Essa questão, infelizmente, é debatida de forma corporativa neste País, isso é uma coisa muito ruim. Acredito que este programa terá potencial para fixar médicos em locais onde hoje não existam esses profissionais. Há uma discussão na sociedade de que não há condições de trabalho para os médicos e isso não é verdade. Conhecemos muitos lugares onde as condições são oferecidas, bons salários também são oferecidos e realmente não temos profissionais para atender à população. Claro que ninguém quer levar um profissional médico para locais que não tenham condições mínimas de trabalho, deve ser realizado um esforço em conjunto para que isso não ocorra. Olhando com a perspectiva da sociedade, o cidadão que mora no interior do País, em uma cidade que não possui médicos, para este cidadão o programa será algo extremamente benéfico e relevante, um recurso que hoje ele não pode contar. Portanto, acho que neste cenário a melhoria será grande.Outro fator que deve ser levado em discussão é que, realmente, temos

uma falta de profissionais médicos no Brasil. A atividade médica ficou mais corriqueira que em décadas passadas, isso gerou uma maior demanda, maior necessidade de atendimento. O acesso hoje é mais facilitado do que foi no passado e quando comparamos o Brasil a outros países podemos perceber que o percentual de médicos por mil habitantes é bem abaixo (1,8) que muitos países da Europa (Inglaterra 2,7; Portugal 3,9 e Espanha 4,0) e da própria América do Sul (Argentina 3,2 e Uruguai 3,7). Esses países possuem variados modelos de prestação assistência médica, desde alguns mais parecidos com o nosso, de assistência universal gratuita, até modelos privados como o Norte Americano, onde mais de 40 milhões de pessoas são desassistidas. O Governo federal toma medidas corajosas, que há anos estão para serem enfrentadas quando discutem essa questão. Acredito que, do ponto de vista do trabalho médico, teremos um sistema melhor daqui a algum tempo. E também há medidas de longo prazo, as quais serão detalhadas e esmiuçadas como a extensão do curso médico para prestação de serviço e conhecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), em especial na Atenção Básica. Para a formação destes médicos será uma ação muito importante. É uma medida polêmica, mas se levarmos em consideração que o médico vai compreender e conhecer o sistema público de saúde do nosso País se torna uma medida relevante.

JC - Quais são suas expectativas como Vice-Presidente do CONASEMS quanto às propostas da entidade para os próximos dois anos?Monti: Tenho mais preocupações do que expectativas. Em primeiro lugar, a condição de assumir a Vice-Presidência do CONASEMS não é algo pessoal, surgiu de

Fernando Monti fala durante Assembleia Geral do XXIX Congresso do CONASEMS. Dia 28 de agosto nova diretoria do CONASEMS toma posse

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• Entrevista5Edição nº142, Agosto de 2013Jornal do

COSEMS/SP

PAPEL RECICLADO - O COSEMS/SP CUIDA DO MEIO AMBIENTE

COSEMS/SP - EM DEFESA DO SUS

25 anosuma indicação dos Secretários Municipais de Saúde (SMS) do Estado de São Paulo, endossada pelas representações dos Secretários da região Sudeste. Gostaria de agradecer esta confiança, pois se trata de uma atividade delegada por um conjunto de Secretários e que certamente tem uma expectativa em relação a esta atuação.Penso que a preocupação está alinhada com a capacidade que o CONASEMS possa ter de representar o conjunto de SMS do nosso País. Somos um País continental, temos mais de cinco mil Municípios, com heterogeneidade em suas composições, populações, em suas constituições de sistemas de saúde. Há inúmeros atributos dos Municípios diferentes entre si, por isso não é uma tarefa fácil. Nossa instituição para este momento do País é muito importante. Temos que realizar ações que tornem o CONASEMS a instituição de representação do conjunto de Municípios. Acho importante o CONASEMS porque temos uma peculiaridade no sistema de saúde brasileiro que é um atributo positivo, e, ao mesmo tempo, um atributo difícil de ser exercido. Quando se produziu a Constituição de 1988, foi de uma engenhosidade brilhante do ponto de vista da construção dos pressupostos da cidadania e da democracia. Mas há coisas que na prática não são fáceis. Estou me referindo ao caráter interfederativo do nosso sistema de saúde, o qual é tão difícil que vários segmentos, inclusive de dentro da área de saúde, não compreendem até hoje. A ação dos Municípios para a construção deste sistema foi algo extremamente relevante. Não teríamos feito o SUS sem os Municípios. Agora, os Municípios precisam de apoio dentro desse sistema, pois estão exauridos na sua aplicação de recursos na área da saúde. Não temos como aumentar este investimento. Muito do que aumentou no SUS, nos últimos 10 a 15 anos, de ampliação de serviços e melhorias, foi à custa

da ampliação do gasto municipal. Este ciclo está esgotado. Ou outras esferas de Governo, dentro desse sistema interfederativo, aparecem com mais recursos, ou então não teremos condições de fazer grandes desenvolvimentos no sistema. Preservar o aspecto interfederativo e brigar pela autonomia e capacidade dos Municípios de levantarem necessidades e de propor modelos e caminhos para o sistema de saúde é algo extremamente importante e quem representa isso é o CONASEMS, que congrega os Secretários Municipais. Preservá-lo, mantê-lo vivo, legítimo e atuante neste cenário é algo indispensável. Sem isso, a gente não consegue produzir o sistema de saúde ao qual desejamos. O bom exemplo disso é a questão dos médicos, pois apesar do Governo Federal estar realizando as recentes ações, é fruto de uma demanda, necessidade, que foi colocada pelos Prefeitos Municipais brasileiros.

JC – Qual sua expectativa para aprovação, pelo Congresso Nacional, do Projeto de Iniciativa Popular que garante 10% das receitas brutas da União para a saúde? Monti: A questão de recursos para a área da saúde no Brasil é primordial e esse é o primeiro passo. Vivemos em um sistema subfinanciado quando comparamos a outros sistemas de saúde pelo um mundo. Nosso gasto por habitante é pequeno. Quando comparamos o gasto na área de saúde com o Produto Interno Bruto (PIB) nacional, observamos que gastamos muito pouco recurso público. Gastamos hoje cerca de 4.5% do PIB e países que também possuem sistemas universais investem mais de 7%. Temos que avançar nesta questão de construção de um sistema de financiamento, que seja mais seguro. O Brasil sofreu muitos abalos no que diz respeito ao financiamento da saúde. Antes do advento do SUS, a saúde era financiada pelo sistema previdenciário, e com o processo de

revisão do País, depois de entrar em um regime democrático, umas das coisas que ocorreu foi a retirada da saúde do sistema previdenciário para começar a operar com recursos da União. Isto foi ruim, pois ocorreram restrições orçamentárias. Ao lado disso, se instituiu uma contribuição no País, a CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira), voltada à área da saúde, uma boa ideia, mas os Governos utilizaram esses recursos em outros segmentos, que não da saúde, fato que retirou a credibilidade de tal contribuição. A sociedade se voltou contra este processo e a Câmara retirou a tributação. Isso foi outro golpe na questão do financiamento. Ao propor o ‘Saúde Mais Dez’, que é somente um volume de recursos necessário para este momento atual, se é que queremos avançar para um SUS público, de qualidade, universal e gratuito, precisamos deste recurso. Isso significa a recuperação de recursos da saúde que foram perdidos ao longo do tempo. Como disse anteriormente, os Municípios chegaram em uma situação de esgotamento, pois já gastam entre 25 e 30% de seus orçamentos com Saúde. Os Estados podem crescer o seu investimento em saúde. Eles (Estados) estão tentando cumprir com uma Norma constitucional de 12% e possuem margem para crescer. Caso façam como os Municípios, os quais investem mais do que consta na Norma (15%), acrescendo de 3 a 5%, já seria uma grande contribuição, além, é claro, dos 10% do PIB previstos no projeto. Estes recursos já poderiam fazer frente às necessidades existentes. As ruas estão clamando por um sistema de saúde de melhor qualidade, mais abrangente e que realmente faça aquilo que se propõe fazer o SUS. Temos que ouvir tudo isso.

JC – A delegação de São Paulo

propôs algumas alterações estatutárias no CONASEMS, durante Assembleia Geral do Congresso. No que implicam essas propostas?Monti: A delegação de São Paulo trouxe unida uma visão na necessidade de mudanças no estatuto do CONASEMS. A ideia foi divulgada por nosso Presidente, Arthur Chioro, e abraçada prontamente pelo conjunto de Secretários do País. Já foi deliberada na Assembleia Geral de Secretários e será realizado um movimento no sentido de fazer essa mudança.Existem propostas prevendo formas de participação, como a entidade se articula e apoia os Municípios, e o processo eleitoral também será revisto.Será criada uma comissão a nível nacional que conduzirá, no próximo ano, as propostas de revisão. Uma sugestão, que não foi debatida, mas o Governo utiliza, é a consulta pública, onde após o desenvolvimento do documento, este possa ser publicado e analisado. As revisões estatutárias são realizadas a cada dois anos, nos Congressos organizados fora de Brasília, entre os processos eleitorais, caso do Congresso de 2014, no Município de Serra, no Espírito Santo. Portanto, o conjunto de propostas será apresentado e aprovado em Assembleia no próximo Congresso.

Fernando Monti (esq) e Antonio Carlos Nardi (dir)

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• Eventos6Edição nº142, Agosto de 2013Jornal do

COSEMS/SP

PAPEL RECICLADO - O COSEMS/SP CUIDA DO MEIO AMBIENTE

COSEMS/SP - EM DEFESA DO SUS

25 anosSeminário do SISREG lota auditório e COSEMS/SP fará novo

evento em setembro

No último dia 13, no auditório do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde, localizado na Avenida 9 de julho, o COSEMS/SP promoveu o Seminário ‘Regulação Assistencial: o uso da ferramenta SISREG’, voltado aos técnicos de Regulação municipais. O evento contou com mais de 130 participantes e a presença da Coordenadora Geral de Regulação do Ministério da Saúde, Bianca Guimarães Veloso, com a Diretora Técnica do Grupo de Regulação da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, Sonia Alves e foi coordenado pela

No próximo dia 31 terá início o 13º Congresso Paulista de Saúde Pública, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo. Com o tema ‘O Público na Saúde Pública – A produção do (bem) comum’, o evento contará com cursos, oficinas, fóruns, debates e mostra de experiências. As atividades se encerram dia 4 de setembro. Organizado pela Associação Paulista de Saúde Pública (APSP) o Congresso busca contribuir como um espaço para

APSP promove 13º Congresso Paulista de Saúde Pública

reflexão, discussão e divulgação da produção de conhecimento, das políticas e práticas que têm como propósito reafirmar o SUS como um projeto ético-político exitoso, de sujeitos construtores de cidadania, e em defesa da dignidade e do direito à saúde como compromisso permanente de todos. O Congresso também utilizará as estruturas da Escola de Enfermagem, da Faculdade de Medicina e de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. O Centro de Convenções Rebouças fica localizado na Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 23 Cerqueira César. Para mais informações e inscrições, acesse: www.congressoapsp.com.br

Coordenadora do Ministério apresentou Sistema Nacional de Regulação para técnicos municipais. Ferramenta é gratuita, de fácil utilização e desonera municípios

Assessora Técnica do COSEMS/SP, Elaine Giannotti.Durante o encontro foi apresentada e discutida a Política Nacional de Regulação, além do Sistema Nacional de Regulação (SISREG), software de automação dos Complexos Reguladores municipais, regionais e estaduais. “Trata-se de um sistema gratuito, de fácil uso, hospedado no servidor do Ministério da Saúde, o que desonera o Município, e não necessita de instalação nem manutenção. Qualquer Município pode implantar desde que já tenha um Complexo Regulador”, declarou o Assessor Técnico do COSEMS/SP, Francisco Troccoli, que destacou a interoperacionalidade da ferramenta, como interfaces ligadas aos sistemas E-SUS AB, E-SUS Hospitalar e as

atualizações diretas das novas Portarias publicadas pelo Ministério da Saúde. Para Sonia, a atividade teve grande importância. “Foi oportuno e esclarecedor aos técnicos de regulação dos Municípios, tanto que estaremos repetindo o evento no próximo mês”, enfatizou.Segundo a Coordenadora do Ministério da Saúde, para o Município passar a utilizar o sistema, seu gestor deve encaminhar um ofício à Coordenadoria de Regulação do Ministério solicitando a liberação para usufruir da ferramenta. “A capacitação dos técnicos do Complexo Regulador poderá ser realizada por profissionais de Municípios vizinhos que já utilizam o sistema, evitando assim o deslocamento para Brasília”, explicou Bianca.O Ministério também promove cursos bimestrais presenciais, em Brasília, nos módulos: Ambulatorial (4 dias) e Hospitalar (3 dias). “Esse é um momento positivo para trocas de experiências entre profissionais de diferentes regiões do País”, citou a Coordenadora. A cada

curso são inscritos dois técnicos por Municípios. A solicitação deve ser encaminhada para o e-mail [email protected]. Atualmente no Brasil, 1.641 Centrais de Regulação utilizam o SISREG, sendo estaduais, regionais e municipais. Destas, 69 estão localizadas no Estado de São Paulo.

Nova dataDevido ao sucesso do Seminário, a atividade será promovida novamente no dia 09 de setembro, no mesmo local. Confirme sua participação pelo e-mail [email protected] até o dia 30/08/13. As inscrições estão condicionadas à disponibilidade de vagas.O auditório do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde fica localizado na Avenida 9 de julho, 611, em São Paulo (entrada também ao lado do prédio do Instituto de Saúde - Rua Santo Antônio, 594).As apresentações do evento podem ser obtidas no portal: www.cosemssp.org.br. Mais informações acesse: www.portal.saude.gov.br.

Mais de 130 técnicos de regulação dos Municípios paulistas estiveram presentes no evento. COSEMS/SP já prepara outro Seminário para setembro

COSEMS/SP

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• Recursos7Edição nº142, Agosto de 2013Jornal do

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PAPEL RECICLADO - O COSEMS/SP CUIDA DO MEIO AMBIENTE

COSEMS/SP - EM DEFESA DO SUS

25 anos

Movimento que reúne os mais diversos atores da Saúde Pública, o ‘Saúde Mais 10’ entregou ao Presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, dia cinco de agosto, mais de 1,8 milhão de assinaturas coletadas em todo o País. Trata-se de um Projeto de Iniciativa Popular que reivindica o repasse efetivo e integral de 10% das receitas correntes brutas da União para a saúde pública brasileira, alterando, desta forma, a Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012.Segundo o Deputado, o projeto não ficará engavetado. Alves comprometeu-se a defender o pleito, dialogando com a Presidenta da República Dilma Rousseff e participando das negociações com o poder Legislativo. “Posso afirmar que essa luta não vai parar enquanto não se alcançar a vitória que a saúde pública brasileira precisa”, ressaltou diante de uma plateia de

Com o objetivo de apoiar os Municípios na readequação física das Unidades Básicas de Saúde (UBS), provendo infraestrutura adequada às equipes de Atenção Básica para desempenho de suas ações, a Secretaria de Estado da

Adesões abertas para segunda fase do programa QUALIS-UBS

Saúde de São Paulo (SES/SP) publicou a Resolução SS nº 74, de 01 de gosto de 2013, a qual institui o componente Reforma e/ou Ampliação, no âmbito da Política de Apoio à Adequação das UBS, através da segunda fase do Programa QUALIS-UBS. A iniciativa faz parte do acordo firmado em 2012, por meio da Resolução SS nº 68, entre SES/SP e COSEMS/SP, por intermédio do grupo de trabalho

Movimento ‘Saúde Mais Dez’ entrega mais de 1,8 milhões de assinaturas para apreciação do Congresso Nacional

Muitos movimentos foram mobilizados. Presidente da Câmara dos Deputados disse que projeto não ficará guardado

mais de 350 pessoas.Para a Presidenta do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Maria do Socorro, a luta do movimento representa a defesa não apenas do incremento dos recursos do SUS, mas também da distribuição de renda, da superação das desigualdades e da proteção social, tendo a saúde como solução para grande parte das desigualdades do País. Socorro ainda reconheceu que o Brasil atravessa um momento delicado de instabilidade econômica e destacou que a situação não pode atrapalhar a busca pelo bem estar social da população. “Com políticas sociais também enfrentamos

as instabilidades, por isso, precisamos sentar e debater com o Governo Federal o que é possível fazer para priorizar a saúde no País”.Já o Presidente do CONASEMS, Antonio Carlos Figueiredo Nardi, exigiu um posicionamento de Alves. “Esse não é um momento para falar e sim para ouvir. Os Municípios estão fazendo sua parte, mas é imprescindível que tenhamos mais recursos, por isso peço ao Congresso Nacional que coloque, o quanto antes, esse Projeto de Lei em votação”.De acordo com o Diretor do COSEMS/SP e Secretário Municipal de Saúde de Franco da Rocha, Luis Fernando Nogueira

Tofani, o movimento conseguiu mobilizar muitas lideranças políticas e instituições como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Ordem dos Advogados do Brasil, além dos movimentos populares. “O clima na Câmara parece ser favorável. No Senado precisaremos trabalhar. Hoje se criou uma situação em que a necessidade de mais recursos para o SUS tem apelo popular”.Estima-se que o incremento de recursos será de 20 a 30 bilhões de reais por ano, representando um aumento real de 25 a 30% sobre o orçamento do Ministério da Saúde. “Penso que, quando aprovado, o debate deve ser a forma de repasse e divisão destes recursos. Creio que o repasse da maior parte diretamente aos Municípios, fundo a fundo, per capita, sem muitas regras ou necessidade de adesão a programas ou projetos seria o ideal. A aplicação municipal já superou muito o mínimo constitucional e a capacidade de investimentos, principalmente de manutenção e ampliação de serviços necessários”, analisou Tofani.

bipartite da Atenção Básica, que estabeleceu investimentos, de forma progressiva, para 2012, 2013 e 2014, sendo distribuídos da seguinte forma: 2012, para aquisição de equipamentos, instrumental e mobiliário; 2013 e 14 para reforma, ampliação e aquisição de equipamento, instrumental e mobiliário.Para aderir ao programa e pleitear o apoio financeiro o Município deverá acessar o endereço eletrônico: www.qualisubs.saude.sp.gov.br e preencher os campos apresentados no sistema. Ao finalizar a adesão o sistema

informará o valor do recurso que poderá ser repassado. O repasse será realizado aos Municípios por intermédio de assinatura de convênio específico, cumpridas as exigências legais e em conformidade com as orientações da Coordenadoria de Gestão Orçamentária e Financeira (CGOF). Fica obrigatória a prestação de contas dos recursos aplicados em consonância do prazo da legislação vigente.Os municípios terão até o dia 30 de agosto para aderirem ao programa.

Repasse será realizado para os Municípios através de assinatura de convênio específico

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Membros do COSEMS/SP estiveram no ato realizado pelo ‘Movimento Saúde Mais Dez’ durante o Congresso do CONASEMS, em Brasília

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Atenção Municípios: entrar em contato com o escritório do

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01- Águas de Santa Bárbara 02- Agudos 03- Anhembi 04- Arapeí 05- Areias 06- Artur Nogueira 07- Avanhandava 08- Bananal 09- Barra Bonita 10- Barra do Turvo 11- Bofete 12- Cachoeira Paulista 13- Cândido Rodrigues 14- Cardoso 15- Castilho 16- Cotia

17- Cruzeiro 18- Dobrada 19- Dourado 20- Estrela d Oeste 21- Fartura 22- Gastão Vidigal 23- General Salgado 24- Guaira 25- Guarani d Oeste 26- Indiaporã 27- Iporanga 28- Itaí 29- Itapevi 30- Itapirapuã Paulista 31- Itaporanga 32- Itapura

33- Jambeiro 34- Juquitiba 35- Lavrinhas 36- Lençõis Paulista 37- Lorena 38- Luiziania 39- Macaubal 40- Macedônia 41- Marinópolis 42- Meridiano 43- Mira Estrela 44- Mirandópolis45- Muritinga do Sul46- Nhandeara 47- Nova Canaã Paulista48- Oriundiúva49- Ouroeste50- Paranapanema51- Paulistânia52- Pedranópolis53- Pirajuí54- Platina

55- Pontalinda56- Pontes Gestão57- Populina58- Porangaba59- Pracinha60- Queluz61- Ribeira62- Ribeirão Bonito63- Rincão64- Santa Lúcia65- Santópolis do Aguapei66- São João das Duas Pontes67- São João de Iracema68- São José do Barreiro69- Sarutaíá70- Suzanópolis71- Tapiraí72- Terra Roxa73- Trabijú74- Três Fronteiras75- Urânia

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