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Edição nº 34 Fevereiro a maio de 2018 José Saramago ··············································································· 2 Anime e Manga ················································································ 4 Temas na BE ···················································································· 6 Temas na Net ··················································································· 7 Recursos Web ·················································································8 Atividades 17/18 ·············································································· 9 Mobile Learning ··············································································13 Os passos em volta ·······································································13 Novidades Livros ··········································································16 Novidades DVDs ············································································18

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Edição nº 34 Fevereiro a maio de 2018

José Saramago ··············································································· 2

Anime e Manga ················································································ 4

Temas na BE ···················································································· 6

Temas na Net ··················································································· 7

Recursos Web ················································································· 8 Atividades 17/18 ·············································································· 9

Mobile Learning ·············································································· 13 Os passos em volta ······································································· 13

Novidades Livros ·········································································· 16

Novidades DVDs ············································································ 18

Este é um número especial por várias razões.

Primeiro, porque um dos temas em destaque –

manga e anime - foi exclusivamente desenvolvido por

duas alunas do 11º H, sendo que uma delas, a Bárbara

Pavanito, fez ainda algumas ilustrações.

Em segundo lugar, porque assinalamos os 20 anos

de atribuição do Nobel da Literatura a um escritor de

língua portuguesa. Trata-se de José Saramago, nome

sobejamente conhecido de muitos alunos do 9º ano –

por terem lido O conto da ilha desconhecida – e de

(quase) todos os alunos do 12º, porque andam a ler ou

já leram Memorial do convento e O ano da morte de

Ricardo Reis. Neste número, em suplemento, inserido

nas páginas centrais, apresentaremos uma faceta

menos conhecida do autor: o cronista, esperando

demonstrar que o exercício da crónica foi uma espécie

de percurso de aprendizagem do romancista que José

Saramago viria a ser.

Para além dos temas em destaque, as rubricas

habituais – atividades da BE, novidades bibliográficas e

audiovisuais, as habituais sugestões culturais, etc.

E porque o verão está quase aí, despedimo-nos

desejando a todos umas boas férias!

Ed

ito

ria

l

José Saramago, “polígrafo” José Saramago nasceu em Azinhaga, uma aldeia ribatejana,

em 16 de novembro de 1922.

Foi jornalista, cronista e exerceu, durante alguns anos, o ofício

de tradutor. Trabalhou a tempo inteiro na Editorial Estúdios Cor

e, no pós-25 de abril de 1974, desempenhou funções diretivas

no Diário de Notícias. Colaborou na revista Seara Nova, tendo

igualmente publicado artigos esporádicos na revista Vértice e em

alguns jornais.

A sua produção literária estende-se a vários géneros,

abrangendo a poesia, a crónica, o teatro, o conto, o romance e a

diarística.

É, pois, e a seu modo, um “polígrafo”. No conjunto dos textos

assinados pelo autor, considera--se a existência de duas linhas

temáticas que, quase sempre, se cruzam e fundem. Referimo-

nos, por um lado, ao desejo de reescrever (corrigir) a História e

à convicção de que a verdade (oficial ou oficiosa) é, afinal, e

apenas, uma versão possível dos factos ocorridos num espaço e

tempo histórico e, por outro, a um gosto acentuado pelo

maravilhoso e pelo fantástico.

Para além da atividade literária, são ainda conhecidas as suas

intervenções na vida política portuguesa das quais se destaca a

sua posição (pessimista) sobre a construção da unidade

europeia.

É um escritor premiado e traduzido em muitas línguas.

A partir do romance Memorial do convento, produziu-se uma

ópera intitulada Blimunda e os romances Ensaio sobre a cegueira

e A jangada de pedra foram adaptados ao cinema.

Foi-lhe atribuído o prémio Camões e, em 1998, recebeu o

Prémio Nobel de Literatura que reconhece, pela primeira e única

vez até à data, um escritor de língua portuguesa.

Desencantado com o país onde nasceu e com os homens que

o governavam, viveu os últimos anos da sua vida na ilha de

Lanzarote (Canárias).

Origem

Anime: refere-se à animação que é produzida por estúdios

do Japão. A palavra é a pronúncia abreviada de "animação" em

japonês. Para os ocidentais, a palavra refere-se às animações

oriundas do Japão. A origem da palavra é controversa, podendo vir

da palavra inglesa animation ("animação") ou da palavra

francesa animé ("animado").

Antes da utilização generalizada de anime, o termo japanimation

foi popular nos anos 70 e 80.

Em meados dos anos 80, o termo anime começou a substituir o

conceito japanimation.

O que é

Ao contrário do que muitos pensam, anime não é um género

(como desenhos animados), mas um conceito ou um meio, é uma

forma de arte, especificamente, animação.

Primeiros animes

Na época em que o mangá reinava, nasceram os primeiros animes

de sucesso: Hakujaden (A lenda da serpente branca) estreou em 22

de outubro de 1958 e foi o primeiro anime especialmente feito

para televisão e durou dois anos.

Em 1 de janeiro de 1963, foi lançado Astro Boy, baseado

no mangá de Osamu Tezuka, já com a estética de personagens de

olhos grandes e cabelos espetados, herdada da versão impressa.

Tornou-se o propulsor da maior indústria de animação do mundo,

conquistando também o público dos Estados Unidos.

Público-alvo, géneros

Shoujo: para o público jovem feminino, muitas vezes com um

forte foco em relacionamentos românticos e emoções humanas.

Animes mais conhecidos: Toradora, Clannad, Sukitte ii na yo,

Lovely Complex

Shounen: para o público masculino jovem. Geralmente são de

ação e lutas. Foi considerado a forma mais popular de mangá

e, embora direcionado a meninos, muitas meninas também se

interessam.

Animes mais conhecidos: Soul

Eater, Ao no Exorcist, Fullmetal

Alchemist, Noragami, Kase no Stigma,

Hataraku Maou-sama!

Seinen: surgido na década de 1950, trazia histórias

sérias, muitas vezes com críticas sociais e num estilo de

desenho mais realista para um público adulto. A diferença

entre Shounen e Seinen está nos temas e no conteúdo adulto,

inadequado em revistas infanto-juvenis.

Animes mais conhecidos: Boku dake ga Inai Machi, Elfen

Lied, Btooom!, Bungou Stray Dogs

Kodomo: é um género de anime voltado para o público

infantil.

Animes mais conhecidos: Doraemon, Pokemon,

Hamtaro, Heidi, Mermaid Melody.

Géneros

O anime expande-se por vários géneros tais como: ação,

aventura, sci-fi, drama, romance, guerra (ex. Youjo Senki),

comédia, jogos (ex. No game, no life), desporto (ex.

Haikyuu!!), slice of life (ex. Nana), fantasia, sobrenatural,

mistério (ex. hyouka), policial (ex. Death Note), entre outros…

Características: apresentam características bastante

distintas, como o uso de uma direção de arte ágil,

enquadramentos ousados e a abordagem de temas variados,

pode-se conferir metáforas visuais, caracterizações exageradas

de sinais visíveis de sentimentos, como:

Gota de água que aparece do lado do rosto do personagem

representando constrangimento

Nervos estilizados, dentes ou chifres aparecendo

repentinamente nas personagens representando raiva ou

maldade

Olhos grandes e expressivos

Diminuição súbita da personagem

representando vergonha ou medo

A voz também é um elemento muito importante numa

personagem, sendo selecionada de acordo com a

personalidade dos personagens.

Formatos

Série de televisão: transmitidos pela televisão aberta ou

paga e, geralmente, depois há o lançamento do DVD.

Filme: exibidos em cinemas e em DVD, muitos animes são

unicamente lançados em filmes. Caso muito conhecido é o

do estúdio Ghibli cujos filmes fazem sucesso até no ocidente

OVA ou OAV: produzido para ser vendido em DVD e não é

exibido na TV. Normalmente são curtos.

Origem: é a palavra usada para designar história em

quadrinhos ou banda desenhada feita no estilo japonês.

No Japão, o termo designa quaisquer histórias em quadrinhos.

Vários mangás dão origem a animes para exibição na televisão,

em vídeo ou em cinemas, mas também há o processo inverso

em que os animes se tornam uma história impressa em

sequência ou de ilustrações.

Rakuten Kitazawa usou pela primeira vez a palavra "mangá" no

sentido moderno.

Os géneros assim como o público-alvo são caracterizados

da mesma maneira que os animes.

Shoujo: Horimiya, Hirunaka no Ryuusei, Nisekoi Doumei,

Kaichou wa maid-sama

Shounen: Hunter x Hunter,One piece, Shingeki no Kyoujin,

InuYasha

Seinen: Hellsing, Berserk, Akira, 20th century Boys

Características

As histórias de mangá são tipicamente impressas em preto e

branco, embora existam também mangás coloridos.

A leitura é feita de trás para a frente e as falas são lidas da

esquerda para a direita, de cima para baixo.

No Japão, o manga é geralmente publicado em grandes revistas

de mangás, e, dependendo do sucesso, pode ser publicado no

formato de bolso contendo apenas histórias de uma série.

Um artista de mangá

(chamado de mangaká em

japonês) normalmente

trabalha num pequeno

estúdio e está associado a

um editor criativo de uma

editora.

Feito por Bárbara Pavanito e Bruna Farinha

(11°H, 2017/18)

Mais em: https://ptanime.com/

Dragonball : começa o grande torneio!

Dragonball : o fim da busca

Dragonball : Son Goku e seus amigos

Groundwork of Gurren Lagann

Livros

Saramago tradutor

A civilização grega : da Ilíada ao Parténon,

de Antígona a Sócrates, de Eurípides a

Alexandria

As grandes correntes do pensamento

contemporâneo

O tempo das catedrais : a arte e a sociedade,

980-1420

Livros

DVD

Saramago autor

A caverna

A jangada de pedra

A viagem do elefante

As intermitências da morte

As pequenas memórias

Caim

Cain (trad. em inglês)

Discursos de Estocolmo : 7 e 10 de dezembro de 1998

Ensaio sobre a cegueira

Ensaio sobre a lucidez

José Saramago nas suas palavras (ed. e sel. Fernando

Gómez Aguilera ; trad. dos textos em espanhol, inglês,

francês, e italiano de Cristina Rodrigues, Artur Guerra)

Levantado do chão

Manual de pintura e caligrafia

Memorial do convento

O ano da morte de Ricardo Reis

O conto da ilha desconhecida (il. Bartolomeu dos Santos)

O homem duplicado

Todos os nomes

Ensaio sobre a cegueira (Blindness)

Grandes livros – Memorial do convento

José e Pilar

DVD

O castelo andante

https://ptanime.com/

Além de artigos sobre as principais séries, podes ficar a saber mais sobre a cultura japonesa.

https://www.kyotomm.jp/en/

“Website” do Kyoto International Manga Museum.

https://www.josesaramago.org/

Fundação José Saramago A Fundação existe fisicamente na Casa dos Bicos, Rua dos Bacalhoeiros, em Lisboa e pode ser visitada. A exposição permanente, “A semente e os frutos”, “incorpora recursos audiovisuais postos ao serviço de conteúdos específicos que abrem as portas ao denso e rico mundo saramaguiano. O discurso expositivo oferece a possibilidade de aproximação à génese do escritor através de inúmeras portas de entrada, proporcionando a cada visitante a oportunidade de construir o seu próprio percurso, em função dos seus interesses no momento de penetrar num universo literário e intelectual tão amplo e sugestivo como polifacetado.” Enquanto entidade virtual, a Fundação disponibiliza informação sobre a biografia e a bibliografia ativa e passiva de José Saramago, artigos, notícias, conferências.

http://caderno.josesaramago.org/

Cadernos de Saramago Textos publicados em vida pelo próprio autor ou inseridos depois da sua morte, mas oriundos de livros de Saramago.

https://www.josesaramago.org/category/blimunda/

Revista digital Blimunda São já 71 números publicados. Trata-se da revista Blimunda,

disponível só em formato digital. Todos eles podem ser lidos “em

linha” ou descarregados.

https://www.youtube.com/watch?v=YUJ7cDSuS1U

A maior flor do mundo (vídeo) Filme de animação a partir do conto A maior flor do mundo. Conta com a voz do autor.

https://bit.ly/2nyZRVm

Cronologia (jornal Expresso)

https://acasajosesaramago.com/pt-pt/

Casa José Saramago (Lanzarote)

https://bit.ly/2HBiGk3

Conto “O lagarto” lido por Adriana Calcanhoto

http://purl.pt/13867/1/

Biblioteca Nacional Digital (Coleção José Saramago)

https://bit.ly/2zNIIha

Sítio do Prémio Nobel dedicado a Saramago

http://www.cet-e-quinhentos.com/info

“Neste sítio reúnem-se as obras que fazem a história do teatro no século XVI em Portugal, numa edição preparada no Centro de Estudos de Teatro, dirigida por José Camões, com Helena Reis Silva, Isabel Pinto, Lurdes Patrício, Inês Morais, Filipa Freitas e José Pedro Sousa. Colaboração de José Javier Rodríguez Rodríguez (textos em castelhano; apresentações), Lucília Chacoto (paremiologia), Manuel Calderón Calderón (textos em castelhano; apresentações), Maria Luísa Oliveira Resende (comédias de Jorge Ferreira de Vasconcelos). A apresentação dos textos é feita com critérios rigorosos de transcrição, tendencialmente modernizantes da ortografia, eliminando erros óbvios de tipógrafos, mantendo as marcas fonéticas da língua quinhentista. A técnica editorial permite disponibilizar informação através de campos temáticos, glossário, notas críticas para a investigação, fac-símiles e bibliografia.”

Getty Publications Virtual Library

http://www.getty.edu/publications/virtuallibrary/index.html

Para os alunos e professores de Artes? Também, mas não só. Interessa igualmente a todos aqueles que gostam de arte. Os títulos disponíveis

são, entre outros, sobre a iluminura renascentista, as aguarelas de Cézanne, a pintura de Rubens e Brueghel, jardins do Império Romano, manuscritos pintados na Pérsia do séc. XVII. Os livros podem ser descarregados em pdf. ou lidos /consultados “em linha”.

MoMA Learning

https://www.moma.org/learn/moma_learning/tools_tips

Ainda no campo das artes, o MoMA disponibiliza “em linha” recursos vários sobre a arte moderna e contemporânea (apresentações, documentos teóricos, propostas de atividades, etc.)

E “O cinema está à tua espera” – Ladrões de bicicletas (Vittorio De Sica)

No dia 22 de fevereiro, no âmbito do Plano Nacional de Cinema (PNC), os alunos de sete turmas do Secundário encheram o Cineteatro Municipal João Mota para assistir à exibição de um clássico do cinema – Ladrões de bicicletas de Vittorio De Sica. Em nome dos alunos e dos professores que participaram nesta

atividade, queremos deixar aqui o nosso agradecimento à Câmara

Municipal de Sesimbra que, além de ceder o espaço, disponibilizou

também o transporte entre a escola e o Cineteatro.

E Dia Mundial da Poesia

Sem grandes aparatos, na BE da ESS, comemorámos o

Dia Mundial da Poesia com uma árvore que, em vez de

frutos, deu poemas, um estendal de poesia visual,

alguns “posters” concebidos pelos alunos de Artes e a

exposição de alguns livros e cd-áudio de poesia para

consulta livre (e distraída).

E Workshop “Tagga o teu futuro”

Na primeira semana de aulas do terceiro

período, nos dias 11, 12 e 13 de abril, todas as

turmas do 10º ano dos Cursos Científico-

Humanísticos participaram no workshop “Tagga

o teu futuro”. Os workshops foram dinamizados

por Inês Sá, Marta Martins e Ana Correia,

elementos da equipa do Projeto

#TaggaOTeuFuturoSemLimites, patrocinado

pela Inspiring Future e pela EDP. Nos workshops foram trabalhados

com os alunos os seguintes tópicos: as barreiras que os jovens

sentem na escolha da sua carreira e projeto de vida; a

compreensão das consequências das notas do ensino secundário e

a sua influência na candidatura ao ensino superior.

Esta atividade foi organizada pela BE em colaboração com os

Diretores de Turma.

E Dia Mundial do Livro (23 de abril)

Na Escola Secundária de Sampaio,

assinalámos esta efeméride com uma

“instalação” a que demos o nome de “livros

em cascata”, “cascata” essa que tinha

origem na BE. Para descobrir a “fonte” desse

fenómeno, bastava subir ao piso superior do

pavilhão D. Aí, encontrariam muitos livros,

dos mais variados géneros e feitios.

A “instalação” foi feita pelos alunos de

Artes 12º F) sob a supervisão das

professoras Ana Completo e Isabel Gouveia,

a partir de uma ideia original observada na

cidade de Mons, na Bélgica, quando foi

Capital Europeia da Cultura, em 2015.

Nota importante: a “instalação” foi feita

com livros desatualizados, prontos para irem

para a reciclagem.

E Semana da Leitura 2018 (26 de fevereiro a 2 de março)

“Liberta o leitor que há em ti”, eis o mote para a participação de alunos e professores nas várias atividades organizadas pela BE da Semana da Leitura 2018. Ao longo da semana, houve encontros com escritores, sugestões de leitura na sala de aula e um pouco por toda a parte sob a forma de QRCode ou nos toalhetes dos tabuleiros do refeitório. A encerrar a Semana da Leitura, os professores bibliotecários do Agrupamento fizeram um pequeno vídeo com sugestões de leitura para os próximos meses. Podem vê-los em: http://bit.ly/2GuHvP7

Ler + Ciência (12º)

Exposição de narrativas visuais (alunos do 12º F)

Ler + Ciência (9º)

QRCODE Textos para leitura (sala de aula e outros locais) Árvore-livro na BE

Encontro com os escritores André Fernandes e Patrícia Ribeiro

Encontro com o escritor Bruno Vieira Amaral

E Feira do Livro (23 a 27 de abril), no Átrio do

Refeitório

A par da Feira do Livro, tivemos, na BE, até ao final de abril, a

exposição “Israel-Skechtbook”, com ilustrações de Ricardo Cabral

e um encontro com a escritora Margarida Fonseca Santos, no dia

24.

Neste encontro com a autora de séries como A

escolha é minha ou 7 irmãos, estiveram presentes

uma turma do 7º ano e outra do 9º ano. Tanto a

escritora, que foi surpreendida pelo facto de os

alunos terem preparado questões e a leitura de

excertos do livro Ser quem sou (lido e trabalhado

nas aulas de Português), como os professoras e os

alunos presentes adoraram o encontro que se prolongou, por isso,

para além do horário previsto. Ficou também a promessa da

escritora de dedicar um livro futuro aos alunos do nosso

Agrupamento.

Quanto à Feira do Livro, as vendas não foram muitas, venderam

-se apenas vinte e cinco livros e, no final, as contas bateram

certas.

E Clássicos em rede

No âmbito do projeto

“Clássicos em rede”, que

resulta de uma parceria

estabelecida entre a RBE (Rede

de Bibliotecas Escolares) e

o Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da

Universidade de Lisboa (CEC-FLUL), realizaram-se duas sessões

na Escola Secundária de Sampaio. A primeira, no dia 20 de abril,

sobre a “etimologia e construção da língua portuguesa”, a

segunda, no dia 7 de maio, sobre a “presença dos clássicos em Os

Lusíadas”. Como os títulos das sessões sugerem, pretende-se com

este projeto divulgar a Cultura Clássica nas escolas do ensino

básico e secundário “e, sobretudo, [levar] os alunos a descobrir a

sua presença na atualidade: na língua e etimologia, na herança

patrimonial, nos modelos estéticos e na arte, no imaginário

coletivo, no ideário que está na base das nossas sociedades e em

tantas outras áreas.”

As duas sessões contaram com a presença e a participação dos

alunos de sete turmas do décimo ano.

E Semana dos Cursos e das Profissões (7 a 11

de maio), para os alunos do 11º e do 12º

Cumprindo o “ritual”, a segunda

semana de maio foi a “Semana

dos Cursos e das Profissões” na

Escola Secundária de Sampaio.

Ponto alto da semana, e pelo

segundo ano consecutivo, a

atividade “Yorn-Inspiring future”

foi uma vez mais do agrado da

maioria dos alunos do 12º ano.

Sobretudo a sessão “Acesso ao

Ensino Superior” e os workshops

dinamizados pelos elementos da

equipa - Bernardo Quaresma, Inês Silva, Catarina Barata e Tânia

Sofia.

Ao longo da semana, recebemos ainda a visita de várias

instituições universitárias (ISCTE, IPS, FCT), da Marinha e do IEFP

e as técnicas Elsa Polido e Rita Oliveira estiveram presentes nos

dias 9 e 10 para sessões de orientação vocacional.

Queremos ainda agradecer às professoras Antónia Luz e Maria

João Cordeiro o facto de terem trazido folhetos de divulgação da

oferta curricular de muitas instituições do ensino superior da

Futurália. Esses folhetos estiveram à disposição de todos os

alunos à entrada da BE.

E Países em Português-Cabo Verde

Prosseguimos com a viagem pelos países que

fazem parte da lusofonia. Depois de

Moçambique, em 2016, agora, foi a vez de

Cabo Verde. No dia 10 de maio, esteve

connosco a professora Glória Brito que nos

falou sobre a cultura e a literatura cabo-

verdiana. A apresentação contou ainda com a

presença da D. Vitória, antiga aluna da escola,

que declamou alguns poemas. Na BE, ao longo

do dia, estiveram expostos livros e algumas peças de artesanato

e, na LooKaes TV, passou um vídeo sobre Cabo Verde da autoria

de alunos dos cursos noturnos. E, no refeitório, saboreámos a

cachupa, um prato tradicional daquele arquipélago.

Deixamos aqui o nosso agradecimento à professora Lurdes Melo

que organizou este evento.

Sessão “Acesso ao Ensino Superior” com o Bernardo Quaresma (8 de maio)

Título emprestado a Herberto Helder

Sendo os dias maiores e luminosos, as sugestões deste número

são todas ao ar livre.

Além do belíssimo passeio com vista para o rio e para os jacarandás em flor, aproveita esta oportunidade para folhear (e comprar), livros, pedir um autógrafo ao teu escritor preferido, assistir a um dos muitos eventos do programa (que será

divulgado brevemente pela APEL) ou, quem sabe, encontrar… o livro da tua vida!

Parece que a Feira vai engordar para os lados, ou seja, crescer e o horário também vai ser alargado.

Mais em: http://feiradolivrodelisboa.pt/ (página em atualização)

Lisboa-Feira do Livro 2018 De 25 de maio a 13 de junho, no Parque Eduardo VII.

Ensinar e aprender com as novas tecnologias

(incluindo as móveis)

Storybird - Criar um livro de histórias

https://storybird.com/educators/ (em inglês)

Para experimentar com os nossos alunos mais

novos (e, em certos contextos, com os alunos mais velhos

também), eis uma ferramenta gratuita que permite a criação de

histórias em formato de ebook. As histórias são criadas a partir de

imagens disponibilizadas individualmente ou de forma

colaborativa.

Embora o menu esteja em inglês, é extremamente simples de

usar. Primeiro, tem de se criar uma conta e o melhor é escolher a

opção “Educator/Teacher”. No passo seguinte, pode adicionar-se

os alunos. Existem duas maneiras: inscrição manual, aluno a

aluno, ou dá-se-lhes o código de acesso à turma e são eles que se

inscrevem (têm de abrir uma conta de utilizador).

De seguida, inicia-se uma atividade (pode incluir-se orientações,

ilustração, vídeo e determinar o prazo para a realização da

tarefa). Por exemplo, “Era uma vez…” e pede-se aos alunos que

escrevam um texto, depois de selecionarem uma Art Work

(galeria de ilustrações). Há várias possibilidades: uma narrativa

com vários capítulos (Longform Book), um álbum com várias

páginas (Picture Book) ou um poema (Poetry).

Eis um exemplo simples de um Picture Book:

Título emprestado a Herberto Helder

Gostas de aves? Gostas de fazer caminhadas e de observar a

fauna e a flora? Bem perto de nós, situada no extremo oriental

da Lagoa de Albufeira (Sesimbra), tens o Espaço interpretativo

da Lagoa Pequena, que podes visitar no seguinte horário:

Quartas, sextas, sábados e domingos, das 9 às 13 e das 14 às

17h (de 15 de junho a 15 de setembro, das 10 às 12.30 e das 14

às 18.30h)

Última entrada – 1 hora antes do encerramento 3º sábado de

cada mês – o portão é aberto abre entre as 7 e as 7.30h e

reabre às 9 ou às 10h, consoante a altura do ano.

Mais informações em:

http://www.cm-sesimbra.pt/lagoapequena/

Espaço interpretativo da Lagoa Pequena

“Agora que os dias já são

maiores e o sol abunda, por

que não um passeio até ao

Dinoparque da Lourinhã?

O Dino Parque é o maior

museu ao ar livre de Portugal,

inserido numa área de 10 hectares, incluindo 4 percursos

correspondentes a algumas das mais importantes épocas da

historia da terra: O fim do Paleozóico, O Triásico, O

Jurássico e O Cretácico.

Ao longo desses percursos os visitantes podem observar mais

de 120 modelos de dinossauros e outros animais à escala real. O

Parque foi especialmente concebido para ser uma experiência

“Edutainment” (Educação + Entretenimento), aliando a parte

de conhecimento da evolução da Terra e também a parte de

diversão para toda a família.

Além dos percursos ao ar livre, no edifício central do Dino

Parque pode ser visitada a exposição do Museu da Lourinhã,

exibindo o seu fantástico espólio de descobertas paleontológicas.

No laboratório é também possível observar, ao vivo, a

preparação de fósseis.

Poderá, ainda, encontrar um Pavilhão das Atividades, onde os visitantes poderão experimentar algumas atividades relacionadas com a paleontologia.” in http://www.dinoparque.pt

Passeio ao DinoParque da Lourinhã

No ano de 1968, José Saramago publicou no jornal A

Capital, de Lisboa, a crónica Carta a Josefa, minha avó. Anos

mais tarde, ela seria publicada no livro Deste Mundo e do

Outro. Abaixo segue a reprodução da página do jornal A

Capital em que foi originalmente

publicado o texto.

Carta para Josefa, minha avó

Tens noventa anos. És velha,

dolorida. Dizes-me que foste a mais

bela rapariga do teu tempo — e eu

acredito. Não sabes ler. Tens as

mãos grossas e deformadas, os pés

encortiçados. Carregaste à cabeça

toneladas de restolho e lenha,

albufeiras de água.

Viste nascer o sol todos os dias. De

todo o pão que amassaste se faria

um banquete universal. Criaste

pessoas e gado, meteste os bácoros

na tua própria cama quando o frio

ameaçava gelá-los. Contaste-me

histórias de aparições e lobisomens,

velhas questões de família, um

crime de morte. Trave da tua casa,

lume da tua lareira — sete vezes

engravidaste, sete vezes deste à luz.

Não sabes nada do mundo. Não

entendes de política, nem de

economia, nem de literatura, nem

de filosofia, nem de religião.

Herdaste umas centenas de palavras práticas, um vocabulário

elementar. Com isto viveste e vais vivendo. És sensível às

catástrofes e também aos casos de rua, aos casamentos de

princesas e ao roubo dos coelhos da vizinha. Tens grandes

ódios por motivos de que já perdeste lembrança, grandes

dedicações que assentam em coisa nenhuma. Vives. Para ti, a

palavra Vietname é apenas um som bárbaro que não condiz

com o teu círculo de légua e meia de raio. Da fome sabes

alguma coisa: já viste uma bandeira negra içada na torre da

igreja. (Contaste-mo tu, ou terei sonhado que o contavas?)

Transportas contigo o teu pequeno casulo de interesses. E,

no entanto, tens os olhos claros e és alegre. O teu riso é como

um foguete de cores. Como tu, não vi rir ninguém. Estou

diante de ti, e não entendo. Sou da tua carne e do teu sangue,

mas não entendo. Vieste a este mundo e não curaste de saber

o que é o mundo. Chegas ao fim da vida, e o mundo ainda é,

para ti, o que era quando nasceste: uma interrogação, um

mistério inacessível, uma coisa que não faz parte da tua

herança: quinhentas palavras, um quintal a que em cinco

minutos se dá a volta, uma casa de telha-vã e chão de barro.

Aperto a tua mão calosa, passo a minha mão pela tua face

enrugada e pelos teus cabelos brancos, partidos pelo peso dos

carregos — e continuo a não entender. Foste bela, dizes, e

bem vejo que és inteligente. Por que foi então que te

roubaram o mundo? Quem to roubou? Mas disto talvez

entenda eu, e dir-te-ia o como, o porquê e o quando se

soubesse escolher das minhas inumeráveis palavras as que tu

pudesses compreender. Já não vale a pena. O mundo

continuará sem ti — e sem mim. Não teremos dito um ao outro

o que mais importava. Não teremos, realmente? Eu não te

terei dado, porque as minhas palavras não são as tuas, o

mundo que te era devido. Fico com esta culpa de que me não

acusas — e isso ainda é pior. Mas porquê, avó, por que te

sentas tu na soleira da tua porta, aberta para a noite estrelada

e imensa, para o céu de que nada sabes e por onde nunca

viajarás, para o silêncio dos campos e das árvores

assombradas, e dizes, com a tranquila serenidade dos teus

noventa anos e o fogo da tua adolescência nunca perdida: «O

mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer!»

É isto que eu não entendo — mas a culpa não é tua.

Trata-se da “sequela” (?) de Sapiens, história breve da humanidade. Neste livro, o autor retoma alguns dos tópicos abordados no primeiro livro e introduz outros a partir dos quais apresenta uma previsão (muito interrogada) de um “admirável mundo novo” onde os humanos terão de conviver com super-humanos e

máquinas inteligentes. Conseguirá o homo sapiens sobreviver a esse desafio? Ao transformar--se em deus, o homo sapiens alcançará a possibilidade de tornar-se se não imortal, pelo menos, amortal, mas, em que medida alcançar essa amortalidade não comprometerá, paradoxalmente, a sua sobrevivência? Uma ideia interessante e que dá para pensar. Contudo, segundo Yuval Noah Harrari, há três tipos de recursos: as matérias-primas, a energia e o conhecimento. A nota otimista é que se os dois primeiros são esgotáveis, o terceiro é infinito e poderá ser este, uma vez mais, a assegurar a continuidade da espécie humana que, depois de ter conquistado a terra e o mar, se prepara para dominar o espaço e vencer a morte(?). Sinopse Chegámos ao próximo passo evolucional: Homo Deus. "Homo Deus" explora os projetos, sonhos e pesadelos que darão forma ao século XXI — desde o vencer da morte à vida artificial. Sucessor do bestseller internacional Sapiens: história breve da humanidade, coloca as questões fundamentais: para onde seguir a partir daqui? Como proteger o mundo dos poderes destrutivos do ser humano? A guerra desapareceu. É mais provável cometer suicídio do que morrer num conflito armado. A fome está a desaparecer. É mais alto o risco de obesidade do que de fome. A morte tornou-se um simples problema técnico. Não alcançámos a igualdade — mas estamos perto de alcançar a imortalidade. A história começou quando os homens inventaram os deuses e terminará quando os homens se transformarem em deuses. O que nos reserva o futuro? in http://bit.ly/2psTKUV

O velho e o mar, um dos mais conhecidos livros de Ernest Hemingway e considerado um clássico da literatura universal, ganha nova vida numa adaptação a banda desenhada que a Porto Editora publicou a 8 de fevereiro. Respeitando o estilo e o ritmo do texto original de Ernest Hemingway, Thierry Murat conseguiu

transpor para imagens a mais fiável adaptação desta poética aventura de um pescador. Entretanto, a Biblioteca Municipal de Sesimbra, as professoras Sónia Braz e Carla Rodrigues ofereceram muitos livros à biblioteca. Destacamos aqui as capas de alguns deles.

Homo Deus, história breve do amanhã

(Yuval Noah Harari)

O velho e o mar (Thierry Murat)

Já está disponível na BE.

Sinopse

• Exercícios para Condicionamento Físico •

Força • Força com Aparelhos • Flexibilidade •

Flexibilidade com aparelhos • Equilíbrio •

Equilíbrio com Aparelho • Resistência •

Velocidade de Reação • Velocidade de Reação com aparelhos •

Agilidade • Coordenação • Exercício de Equilíbrio e Acrobacia

ginástica • Fitas com e sem materiais • Atividades em sala de

Aula • Jogos sensoriais: Auditivos, táteis, visuais, gustativos,

olfativos, orientação, memória, inteligência, atenção.

Organização de acordo com tópicos de conteúdo do Programa e Metas Curriculares. Inclui: - Análise crítica de excertos da obra, com destaque das ideias essenciais. - Explicitação da relações intertextuais: Saramago, leitor de Camões, Cesário e Pessoa com apresentação de quadros comparativos. - Exibição de documentos da época Material de apoio complementar à

análise do romance: - “Personagens, temas e escrita do tempo e do espaço em "O ano da morte de Ricardo Reis” - Apresentação de quadros comparativos das relações intertextuais: Saramago, leitor de vários autores.

Trata-se de uma sugestão de compra feita pelo

aluno Afonso Carvalho (12º C). Já agora, a

proposta foi deixada na nossa “caixinha” de

sugestões e reclamações à disposição de todos.

Na BE.

SINOPSE

Segundos antes de a Terra ser destruída para

dar lugar a uma autoestrada intergaláctica, o jovem Arthur

Dent é salvo pelo seu amigo Ford Prefect, um alienígena

disfarçado de ator desempregado e que se encontra a trabalhar

numa nova edição do Guia Para Quem Anda à Boleia Pela

Galáxia. Juntos, viajam pelo espaço na companhia do

presidente da galáxia (ex-hippie, com duas cabeças e três

braços), Marvin (robô paranoico com depressão aguda), e Veet

Voojagig (antigo estudante obcecado com todas as canetas que

comprou ao longo dos anos). Onde estão essas canetas?

Porque nascemos? Porque morremos? Porque passamos tanto

tempo entre as duas coisas a usar relógios digitais?

Se quer obter estas respostas, estique o polegar e apanhe uma

boleia pela galáxia. Adams satiriza capitalismo, governo,

grandes corporações, religião organizada, militarismo…

Simplesmente delicioso!

in https://www.wook.pt/livro/a-boleia-pela-galaxia-douglas-adams/19025968

Lançada mundialmente em celebração do 70.º aniversário de O diário de Anne Frank, eis a primeira adaptação para banda desenhada, realizada com a autorização da família e tendo por base os textos originais do diário.

3000 Exercícios e Jogos para Educação

Física Escolar - Volume 2 (Pedro António

da Silva)

Para ler O ano da morte de Ricardo Reis (Ana Paula Arnaut)

À boleia pela galáxia (Douglas Adams)

O diário de Anne Frank (Ari Folman e David Polonsky)

Os Salteadores (1993 – 14 min.), de Abi Feijó

Nos anos 40, como consequência da guerra civil espanhola, muitos republicanos derrotados pelas forças nacionalistas de Franco, encontraram refúgio nas montanhas fronteiriças do norte de Portugal. Uns viam-nos como bandidos, outros acolhiam-nos e ajudavam-nos às escondidas das forças policiais de Salazar. Eram … os salteadores. Com uma técnica “pobre” (grafite sobre papel) Abi Feijó construiu uma das melhores películas de animação de sempre do cinema português.

Dinâmico na narrativa, plasticamente belíssimo e com uma força dramática indiscutível, com “Os salteadores” este cineasta obteve prémios nacionais e internacionais e converteu-se numa referência numa área de pouca tradição em Portugal.

Shane (Shane) (1953 – 113 min.), de George Stevens O lendário mito do western do aclamado realizador George Stevens valeu seis nomeações para os Óscares e tornou Shane um dos clássicos do cinema americano. A história leva Alan Ladd, um errante e retirado pistoleiro, a assistir uma família de fazendeiros aterrorizada por um abastado barão do gado e pelo seu assassino contratado (Jack Palance). Participando no duelo decisivo, Shane vê o fim da

sua própria forma de vida. Misterioso e atmosférico, o filme é engrandecido pelas intensas interpretações do seu extraordinário elenco. Cortina Rasgada (Torn Curtain) (1966 – 123 min.), de Alfred Hitchcock

Paul Newman e Julie Andrews brilham nesta

história clássica de espionagem internacional

montada por detrás da Cortina de Ferro. Newman

encarna Michael Armstrong, um famoso cientista que

juntamente com a sua secretária Sarah Sherman

(Julie Andrews) se desloca a Copenhaga para um

congresso internacional. Durante esta estadia,

Sarah, apanha por engano uma mensagem

destinada a Michael e descobre que ele se prepara para fugir

para Berlim Oriental. Ou não? À medida que Armstrong tenta

colher informações secretas sob disfarce, o casal é apanhado, por

agentes inimigos, numa perseguição emocionante de cortar a

respiração.

O rio sagrado (The river) (1951 – 95 min.), de Jean Renoir

The River é o filme desse consentimento que se pode ler também etimologicamente. É voltar a olhar para as coisas de muito longe, é o regresso ao que Renoir chama a visão medieval. E, embora nunca talvez obra sua tenha sido tão marcada pela pintura do pai, não há aí qualquer contradição. O consentimento consente tudo: a integração de Harriet, Valerie e do Capitão John no mundo de Melanie e dos seus deuses índios, a integração da

pintura de Renoir na arte ainda não especializada da civilização indiana, a integração dum progresso numa tradição. Donde a harmonização total, donde a beleza total, donde a paz total. O visitante Renoir olhou tudo com igual atenção e em igual beleza. Sabendo que “a meditação é um vasto mundo” e que ele próprio (“jamais contemplativo”) só podia ir, através do olhar, ao fundo do mundo que via. O mundo humano onde tudo passa (os pequenos e grandes sofrimentos, as pequenas e grandes alegrias) e o mundo que rodeia os humanos e, para além deles continua, como o rio, onde jamais nos podemos banhar duas vezes nas mesmas águas.

Fúria de viver (Rebel without a cause) (1955 – 107 min.), de Nicholas Ray

É um dos mais míticos filmes do cinema

americano, e foi o filme que construiu,

definitivamente, o mito de James Dean que já tinha

morrido quando "Fúria de Viver" se estreou na

América. Mas dizer que "é um filme de James Dean"

é pouco, já que também lá estão Natalie Wood e Sal

Mineo. Além do mais, em tudo "Fúria de Viver" "é

um filme de Nicholas Ray" provavelmente, o mais

comovente dos filmes de Ray. É no prodigioso "scope" (que o

cineasta utilizava como ninguém) que está coreografada esta

assombrada dança da adolescência, este encontro cósmico de

três almas gémeas que querem fugir do mundo que os rodeia a

América puritana dos anos 50 para construírem um mundo só

deles. Não por acaso, as sequências mais marcantes deste filme

passam-se no planetário de Los Angeles e numa casa

abandonada de Beverly Hills.

Ficha Técnica

Edição Escola Secundária de Sampaio

Biblioteca Escolar

Redação e colaboração Idalina Costa

Maria João Cordeiro Bárbara Pavanito e Bruna Farinha

(11º H - 2017/2018)

Grafismo e Paginação Luís Varela

Contactos

Tel: 212688160 (Ext. 308) Fax: 21 268 81 79

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