edição nº 30

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Menos impostos, mais produtividade MARCELLO CASAL JR A PRESIDENTE eleita Dilma Rous- seff, do Partido dos Trabalhadores, disse em entrevista pou- cas horas depois de confirmada sua vitó- ria pelo Tribunal Su- perior Eleitoral, que se empenhará para reduzir os impostos no seu governo. Ela disse que o Brasil atuará de maneira forte nas instâncias internacionais para frear especulações financeiras e prote- ger a moeda brasi- leira. Dilma Rousse- ff foi considerada a décima-sexta pessoa mais poderosa do mundo, de acordo com o ranking anual da revista “Forbes”. PÁGINA 7 Petrobras conecta plataforma a poço do pré-sal na área de Tupi Analistas elevam projeção do crescimento para 2010 Caxienses mostram satisfação com os serviços funerários A PETROBRAS come- morou, com a presença do presidente da Repú- blica, Luiz Inácio Lula da Silva, a entrada em operação do navio-plata- forma Cidade de Angra dos Reis, primeiro sis- tema definitivo de pro- dução instalado na área de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos. A nova plataforma está conecta- da, inicialmente, ao poço RJS-660, que será tes- tado tecnicamente até a Declaração de Comercia- lidade da jazida, prevista para dezembro. A unida- de vai produzir óleo leve de alto valor comercial. PÁGINA 5 ANALISTAS DO mer- cado financeiro consul- tados pelo Banco Cen- tral (BC) aumentaram a projeção para o cresci- mento da economia este ano. A estimativa para a expansão do Produ- to Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 7,55% para 7,60%. Para 2011, a projeção de crescimento do PIB de 4,5% é manti- da há 47 semanas. Além da estimativa para o Pro- duto Interno Bruto, consta do boletim Focus, divul- gado pelo Banco Cen- tral, a expectativa para o crescimento da produção industrial, que passou de 11,27% para 11,22%. Para o próximo ano, a previsão de expansão da produção industrial foi mantida em 4,20%. PÁGINA 2 PESQUISA ENCOMEN- DADA pelo Capital Mercado & Negócios ao Instituto Gerp re- vela que a maioria dos moradores de Duque de Caxias, entre os que já usaram os serviços funerários oferecidos atualmente por qua- tro empresas concor- rentes, avaliam como bom esses serviços. A pesquisa foi realiza- da em 2 de novembro, Dia de Finados. Dos 511 entrevistados pelo Instituto, 90% disse- ram ser moradores de Duque de Caxias. A antiga Funerária Du- que de Caxias, que ex- plorou sepultamentos e venda de jazigos por quase quatro décadas, teve o alvará cassado por ordem da justiça. PÁGINA 6 BNDES define condições de financiamento para o trem-bala O BANCO NACIONAL de Desenvolvimento Eco- nômico e Social (BNDES) divulgou as condições de financiamento para o trem de alta velocidade (TAV) projetado para ligar o Rio de Janeiro a São Paulo e Campi- nas. Segundo nota divulgada pelo banco, a participação máxima de recursos públicos será de R$ 19,977 bilhões. O financiamento será concedi- do ao consórcio vencedor da licitação com correção pela taxa de juros de longo prazo (TJPL), atualmente em 6% ao ano, mais 1% de taxa de risco. O prazo de pagamento será de 30 anos, com seis me- ses de carência após o início da operação do TAV, previs- to para 2016. Os envelopes com as propostas para a construção serão entregues no próximo dia 29. O leilão está previsto para 16 de dezembro e a assinatura do contrato de concessão deve ocorrer em maio de 2011. AG. PETROBRAS ANO 2 N° 30 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 2 A 15 DE NOVEMBRO DE 2010 | NAS BANCAS RS 1,00 Cresce o emprego na indústria PÁG. 3 Indicadores* Indicadores* Câmbio* Câmbio* (*) FECHAMENTO: 08 DE NOVEMBRO DE 2010 (*) FECHAMENTO: 08 DE NOVEMBRO DE 2010 MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação % Dolar Comercial 1,697 1,699 1,13 Dólar Paralelo 1,780 1,840 0,00 Dólar Turismo 1,640 1,810 1,11 (U$) (U$) % Coroa Dinamarca 5,351 5,354 0,78 Dólar Austrália 1,013 1,013 0,29 Dólar Canadá 1,002 1,002 0,22 Euro 1,392 1,392 0,81 Franco Suíça 0,965 0,966 0,46 Iene Japão 81,180 81,190 0,12 Libra Esterlina Inglaterra 1,613 1,613 0,30 Peso Chile 480,200 480,700 0,63 Peso Colômbia 1.831,300 1.832,700 0,64 Peso Livre Argentina 3,940 3,980 0,00 Peso MÉXICO 12,215 12,229 0,18 Peso Uruguai 19,850 20,050 0,00 Índice Valor Variação % Ibovespa 72.665,27 0,08 Dow Jones 11.410,40 0,29 Nasdaq 2.580,15 0,05 IBX 23.054,98 0,34 Merval 3.324,27 0,84 Poupança 08/11 0,522 Poupança p/ 01 mês 0,560 Juros Selic meta ao ano 10,75 Selic over 0,985 TR 0,060 Salário Mínimo (Federal) R$ 510,00 Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

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Jornal Capital - Edição nº 30

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Page 1: Edição Nº 30

1CAPITAL2 a 15 de Novembro de 2010

Menos impostos, mais produtividadeMARCELLO CASAL JR

A PRESIDENTE eleita Dilma Rous-seff, do Partido dos Trabalhadores, disse em entrevista pou-cas horas depois de confi rmada sua vitó-ria pelo Tribunal Su-perior Eleitoral, que se empenhará para reduzir os impostos no seu governo. Ela disse que o Brasil atuará de maneira forte nas instâncias internacionais para frear especulações fi nanceiras e prote-ger a moeda brasi-leira. Dilma Rousse-ff foi considerada a décima-sexta pessoa mais poderosa do mundo, de acordo com o ranking anual da revista “Forbes”.

PÁGINA 7

Petrobras conecta plataforma a poço do pré-sal na área de Tupi

Analistas elevam projeção do crescimento para 2010

Caxienses mostram satisfação com os serviços funerários

A PETROBRAS come-morou, com a presença do presidente da Repú-blica, Luiz Inácio Lula da Silva, a entrada em operação do navio-plata-forma Cidade de Angra dos Reis, primeiro sis-tema defi nitivo de pro-dução instalado na área de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos. A nova plataforma está conecta-da, inicialmente, ao poço RJS-660, que será tes-tado tecnicamente até a Declaração de Comercia-lidade da jazida, prevista para dezembro. A unida-de vai produzir óleo leve de alto valor comercial.

PÁGINA 5

ANALISTAS DO mer-cado financeiro consul-tados pelo Banco Cen-tral (BC) aumentaram a projeção para o cresci-mento da economia este ano. A estimativa para a expansão do Produ-to Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 7,55% para 7,60%. Para 2011, a projeção de crescimento

do PIB de 4,5% é manti-da há 47 semanas. Além da estimativa para o Pro-duto Interno Bruto, consta do boletim Focus, divul-gado pelo Banco Cen-tral, a expectativa para o crescimento da produção industrial, que passou de 11,27% para 11,22%. Para o próximo ano, a previsão de expansão da produção industrial foi mantida em 4,20%. PÁGINA 2

PESQUISA ENCOMEN-DADA pelo Capital Mercado & Negócios ao Instituto Gerp re-vela que a maioria dos moradores de Duque de Caxias, entre os que já usaram os serviços funerários oferecidos atualmente por qua-tro empresas concor-rentes, avaliam como bom esses serviços. A pesquisa foi realiza-

da em 2 de novembro, Dia de Finados. Dos 511 entrevistados pelo Instituto, 90% disse-ram ser moradores de Duque de Caxias. A antiga Funerária Du-que de Caxias, que ex-plorou sepultamentos e venda de jazigos por quase quatro décadas, teve o alvará cassado por ordem da justiça.

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BNDES defi ne condições defi nanciamento para o trem-balaO BANCO NACIONAL de Desenvolvimento Eco-nômico e Social (BNDES) divulgou as condições de financiamento para o trem de alta velocidade (TAV) projetado para ligar o Rio de Janeiro a São Paulo e Campi-nas. Segundo nota divulgada pelo banco, a participação máxima de recursos públicos será de R$ 19,977 bilhões. O fi nanciamento será concedi-do ao consórcio vencedor da licitação com correção pela

taxa de juros de longo prazo (TJPL), atualmente em 6% ao ano, mais 1% de taxa de risco. O prazo de pagamento será de 30 anos, com seis me-ses de carência após o início da operação do TAV, previs-to para 2016. Os envelopes com as propostas para a construção serão entregues no próximo dia 29. O leilão está previsto para 16 de dezembro e a assinatura do contrato de concessão deve ocorrer em maio de 2011.

AG. PETROBRAS

ANO 2 � N° 30 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 2 A 15 DE NOVEMBRO DE 2010 | NAS BANCAS RS 1,00

Cresce oemprego na

indústriaPÁG. 3

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Câmbio*Câmbio*

(*) FECHAMENTO: 08 DE NOVEMBRO DE 2010(*) FECHAMENTO: 08 DE NOVEMBRO DE 2010

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Moeda Compra (R$)

Venda(R$)

Variação %

Dolar Comercial 1,697 1,699 1,13Dólar Paralelo 1,780 1,840 0,00Dólar Turismo 1,640 1,810 1,11

(U$) (U$) %Coroa Dinamarca 5,351 5,354 0,78Dólar Austrália 1,013 1,013 0,29Dólar Canadá 1,002 1,002 0,22Euro 1,392 1,392 0,81Franco Suíça 0,965 0,966 0,46Iene Japão 81,180 81,190 0,12Libra Esterlina Inglaterra 1,613 1,613 0,30Peso Chile 480,200 480,700 0,63Peso Colômbia 1.831,300 1.832,700 0,64Peso Livre Argentina 3,940 3,980 0,00Peso MÉXICO 12,215 12,229 0,18Peso Uruguai 19,850 20,050 0,00

Índice Valor Variação %

Ibovespa 72.665,27 0,08Dow Jones 11.410,40 0,29Nasdaq 2.580,15 0,05IBX 23.054,98 0,34Merval 3.324,27 0,84

Poupança 08/11 0,522Poupança p/ 01 mês 0,560

Juros Selic meta ao ano 10,75Selic over 0,985TR 0,060

Salário Mínimo (Federal) R$ 510,00Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

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CAPITAL 2 a 15 de Novembro de 2010 22

Infraestrutura para oDesenvolvimento Econômico

KARLA FERREIRA é subsecretária de Desenvolvimento Econômico de Duque de Caxias

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA Ltda - CNPJ 11.244.751/0001-70Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy)

nº 1995, Sala 804 - Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002Duque de Caxias, Rio de Janeiro: Telefax: (21) 2671-6611

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:[email protected]@[email protected]

TIRAGEM: 10.000 exemplaresASSINE O CAPITAL: (21) 2671-6611

DEPARTAMENTO COMERCIAL:(21) 2671-6611 / 9287-1458 / 7854-7256 ID 8*21653

Diretor Geral: Marcelo Cunha ([email protected])Diretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Paginação e Arte: Alberto Ellobo (21 9320-1379)

Colaboradores: Arthur Salomão, Karla Ferreira, Frederico Costa Ribeiro,Geiza Rocha, Samuel Maia e Roberto Daiub

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do InteriorFiliado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior

EDITAL DE CITAÇÃO Com o prazo de vinte dias. O MM Juiz de Direito, Dr.(a) Gilda Maria Dias Carrapatoso - Juiz em Exercício do Cartório da 2ª Vara de Órfãos e Sucessões da Comarca da Capital, RJ, FAZ SABER aos que o presente edital com o prazo de vinte dias virem ou dele conhecimento tiverem e interessar possa, que por este Juízo, que funciona a Av. Erasmo Braga, 115 sala 105 B CEP: 20020-903 - Centro - Rio de Janeiro - RJ Tel.: 3133-2482 e-mail: [email protected], tramitam os autos da Classe/Assunto Inventário - Inventário, de nº 0198208-10.2009.8.19.0001 (2009.001.198808-0), movida por OLIVIA ALVAREZ CARDOSO em face de NILZA CARDOSO SOARES. Assim, pelo presente edital CITA a herdeira VIRGÍNIA ALVAREZ MIRANDA - CPF 037.410.947-81, que se encontra em lugar incerto e desconhecido, para no prazo de quinze dias oferecer contestação ao pedido inicial, querendo, fi cam do ciente de que presumir-se-ão aceitos como verdadeiros os fatos alegados, caso não ofereça contestação. Dado e passado nesta cidade de Rio de Janeiro, 05 de outubro de 2010. Eu,(a) Alexandre Codognotto da Silva - Técnico de Atividade Judiciária - Matr. 01/30335, digitei. E eu, (a)Jose Sodre Linhares Junior - Responsável pelo Expediente - Matr. 01/18284, o subscrevo.

O RITMO DA atividade na construção civil deve dimi-nuir um pouco no início do ano que vem, de acordo com a Sondagem da Construção Civil, divulgada dia 29 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador de expectativa dos empresá-rios em relação às atividades do setor para os próximos seis meses caiu de 65,3 para 60,8 pontos entre setembro e outubro deste ano. De acor-do com análise técnica da pesquisa, realizada de 4 a 19 deste mês com 393 empresas do ramo, o ano de 2010 será lembrado pela forte expansão do setor, mas “os primeiros indícios do ano de 2011 mostram um crescimento mais moderado”. A redução do otimismo decorre do au-mento da preocupação com as condições fi nanceiras das empresas e com a competição acirrada do mercado.

A sondagem mostra que o indicador de margem de lu-cro operacional das constru-toras caiu de 52,4 para 50,2 pontos no terceiro trimestre do ano em comparação com o segundo trimestre. Ao mesmo tempo, o indicador de situação fi nanceira dimi-

nuiu de 55,1 para 53,9 pon-tos. Os indicadores da pes-quisa variam de zero a 100. Valores acima de 50 pontos indicam crescimento.

Além disso, o indica-dor do nível de atividade também recuou de 56 para 53,8 pontos, de agosto para setembro. Embora tenha perdido o fôlego, o índice permanece, pelo oitavo mês seguido, acima da média histórica para o período. A pesquisa da CNI informa que a queda do indicador foi puxada pelo pior desem-penho das médias e grandes empresas da construção civil.

A falta de trabalhador qualifi cado é apontada por 64% dos empresários do setor como o principal pro-blema para a expansão da construção civil. O segundo maior peso, revelado por 58% dos empresários é a elevada carga tributária, e o terceiro maior entrave é provocado pela falta de qualificação profissional, porque as empresas têm que investir mais na formação de pessoal, com aumento de custos, como afi rmaram 30,2% dos entrevistados.

Construção civil deve diminuiro ritmo de expansão em 2011

O MERCADO DE tra-balho deverá continuar aquecido no próximo ano, previu o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioecômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio. Na avaliação dele, além de um crescimento natural do Produto Interno Bruto (PIB), em 2011 deverão ser criados postos de trabalho decorrentes dos investi-mentos em infraestrutura vinculados ao Programa de Aceleração do Crescimen-to (PAC) e à preparação das cidades para sediar competições esportivas, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

- O país tem, de fato, uma perspectiva de crescimento econômico para os próximos anos, especialmente no ano que vem, com redução do desemprego e continuidade do crescimento da renda média, o que faz com que a economia possa oferecer para a sociedade brasileira

mudanças no ponto de vista distributivo, que altera a situ-ação da desigualdade, das in-justiças sociais, propiciando outro ambiente de mudanças favoráveis aos trabalhadores - afi rmou Ganz Lúcio após a divulgação da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), feita em conjunto com a Fundação Sistema Es-tadual de Análise de Dados (Fundação Seade).

O diretor também ace-na com a possibilidade de a taxa de desemprego reduzir-se a um dígito nas sete regiões metropolitanas pesquisadas pela PED. Em setembro, a taxa caiu de 11,9% para 11,4%, o menor índice dos últimos 21 meses. Das sete regiões metropo-litanas pesquisadas, a única que registrou aumento do desemprego foi a de Belo Horizonte, onde a taxa passou de 7,5% para 7,6%. Para os técnicos do Dieese, a diferença de 0,1 ponto percentual caracteriza a variação do índice como “estatisticamente estável”.

Geração de empregos deve seguir aquecida em 2011

ANALISTAS DO merca-do financeiro consultados pelo Banco Central (BC) aumentaram a projeção para o crescimento da economia este ano. A es-timativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzi-dos no país, passou de 7,55% para 7,60%. Para 2011, a projeção de cres-cimento do PIB de 4,5% é mantida há 47 semanas. Além da estimativa para o PIB, consta do boletim Focus, divulgado pelo BC, a expectativa para o crescimento da produção industrial , que passou de 11,27% para 11,22%. Para o próximo ano, a

previsão de expansão da produção industrial foi mantida em 4,20%.

A projeção para a rela-ção entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi ajustada de 40,89% para 40,87%, em 2010, e de 39,64% para 39,57%, em 2011. A expectativa para a cotação do dólar permaneceu em R$ 1,70, neste ano, e passou de R$ 1,79 para R$ 1,78, em 2011. A previsão para o superávit comercial (sal-do positivo de exporta-ções menos importações) permanece em US$ 16 bilhões, neste ano, e foi alterada de US$ 9 bilhões para US$ 8 bilhões, em 2011.

Para o déficit em tran-sações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) neste ano foi mantida a projeção de US$ 50 bi lhões . Para 2011, a es t imat iva de déficit passou de US$ 63,25 bilhões para US$ 64,50 bilhões. A expecta-tiva para o investimento estrangeiro direto (recur-sos que vão para o setor produtivo do país) perma-nece em US$ 30 bilhões, neste ano. Para 2011, a projeção foi alterada de US$ 36 bilhões para US$ 37 bilhões.

Analistas elevam para 7,60% projeção do crescimento econômico em 2010DEPOIS DE 16 dias des-

ligada para conserto de um vazamento no gerador elétrico principal, a Usina Nuclear Angra 1 voltou a gerar energia dia 29. O problema, segundo a Eletronuclear, a estatal responsável pelas usinas nucleares, foi causado porque algumas das peças substituídas na troca de combustível do gerador feita em julho não eram de boa qualidade. O su-perintendente de Angra 1, Jorge Luiz Lima de Rezende, explicou que as juntas e selantes tro-cados durante a parada programada com o Ope-rador Nacional do Siste-ma (ONS), entre os dias 17 de julho e 22 de agos-to, foram comprados de um fornecedor nacional e não diretamente com a Siemens americana, empresa que fabrica o equipamento original.

Angra 1volta a operar

CAROS LEITORES, o Brasil concluiu mais um processo eleitoral democrático, no qual a sociedade pode expressar ansiedades e projetar o que espera dos governantes nos próximos anos. A partir do primeiro dia de 2011, Dilma Rousseff, a nova Presidente eleita para governar o Brasil até 2014, terá pela frente uma pauta signifi cativa de desa-fi os a serem superados, de forma que o País mantenha a trajetória de crescimento e desenvolvimento econômico e social que vem trilhando há vários anos.

O Brasil precisa acelerar investimentos e contar com variedade de fontes de recursos, públicos e privados, para prover acesso e atendimento a serviços de infraestrutura com qualidade e em quantidade sufi ciente.

Desafi os e prioridades na infraestrutura não faltam, obstante os avanços obtidos nos últimos anos. Existe a necessidade da realização por parte dos gestores públicos de sugestões e propostas para o desenvol-vimento do setor e a expansão dos investimentos, e que uma das mais importantes ações será organizar fi nanciamentos e instrumentos de garantia de longo prazo em condições competitivas e volume sufi ciente de forma que seja possível suportar os pesados inves-timentos em infraestrutura em andamento, previstos e planejados para o País na gestão anterior para o devido desenvolvimento econômico.

A agenda positiva da infraestrutura remete também à ne-cessidade do Brasil em consolidar o ambiente regulatório, com regras claras, estáveis e atrativas aos investidores, com segurança jurídica e agências reguladoras efi cientes, inde-pendentes e autônomas. Com essa plataforma, solidifi ca-se o caminho para que o Brasil possa prosseguir e avançar com as concessões nos mais variados mercados de infraestrutura, de forma que haja planos e projetos de investimentos atrelados a indicadores de qualidade e efi ciência fi scalizados e regulados verdadeiramente por agências reguladoras.

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33CAPITAL2 a 15 de Novembro de 2010

Direito EmpresarialDireito EmpresarialARTHUR SALOMÃO*

Desburocratização dos serviços públicos

Inovação e Desenvolvimento (parte fi nal)

GEIZA ROCHA é jornalista e secretária-geral do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro Jornalista Roberto Marinho. www.querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

(*)ARTHUR SALOMÃO É ESPECIALISTA EM DIREITO EMPRESARIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL.

O SETOR DE MÁQUI-NAS e equipamentos irá apresentar ao governo fe-deral uma nova proposta para tentar barrar a forte importação de produtos do ramo. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) quer que o go-verno adote uma política de preço mínimo de im-portação, que levaria em conta a relação entre o va-lor médio do equipamento no mercado internacional e o peso. “Qualquer impor-tação que esteja fora do preço médio internacional passará a ter um controle rigoroso do governo. Os impostos passam a incidir como se o produto custas-se 25 dólares por quilo [o preço médio internacional de determinado produto]

e não os 6 dólares [pre-ço do produto importado pelo Brasil] por quilo, por exemplo”, exemplifi cou o diretor de Competitivida-de da Abimaq, Fernando Bueno.

Há alguns meses, a en-tidade chegou a pedir ao governo a adoção de uma

alíquota de 35% do Imposto de Importação de máquinas e equipamentos, que atualmen-te é de 14%. Mas não levou a proposta adiante. “Aquilo tem de ser interpretado da seguinte maneira: foi uma jogada política para mostrar que a luz vermelha acendeu”, disse o diretor. No acumula-

do de janeiro a setembro de 2010, o país importou US$ 18,2 bilhões em máquinas e equipamentos, 31% a mais que no mesmo período de 2009. Estados Unidos, se-guidos de China, Alemanha e Japão, são os principais exportadores para o mercado brasileiro.

Setor de máquinas e equipamentospede barreiras contra importados

O NÚMERO de pessoas empregadas cresceu pelo 17º mês consecutivo na indústria fl uminense, de acordo com o boletim de setembro Indica-dores Industriais, divulgado dia 28 pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Foram contratados 3,8 mil trabalha-dores, o que representou alta de 0,8% em relação a agosto

deste ano, e de 9,4% sobre setembro de 2009.

As vendas reais da indústria, no entanto, apresentaram re-tração de 3% em comparação a agosto, mas, no acumulado do ano, tiveram incremen-to de 19,5%. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 8,7%. “De fato, em setembro, na série dessazonalizada, houve

um arrefecimento das vendas reais, principalmente devido a setores que haviam crescido de forma muito intensa nos meses recentes”, disse o chefe da Di-visão de Estudos Econômicos da Firjan, Guilherme Mercês.

O boletim mostrou, ainda, que as horas trabalhadas na produção cresceram 1,6% entre setembro e agosto deste ano e 10,8% ante igual mês

de 2009, acumulando alta de 11,2% nos nove primeiros meses do ano. O aumento do emprego infl uenciou também a expansão da massa salarial, que avançou 7,6% entre janei-ro e setembro. Em relação a agosto, o aumento foi de 0,4% . Na comparação com setembro do ano passado, a massa de salários pagos pela indústria fl uminense subiu 7%.

Emprego industrial cresce pelo 17º mês consecutivo no Estado

BANCO DE IMAGENS

O ESTADO DE SÃO PAULO caminha em passos largos na luta contra a burocratização dos serviços públicos. Seis cidades do Estado já contam com o Sistema Integrado de Licencia-mento (SIL), um sistema criado dentro do Progra-ma Estadual de Desbu-rocratização, que reúne num mesmo lugar todas as instâncias necessárias para formalização das sociedades.

A cidade campeã em

agilidade é Piracicaba, onde é possível consti-tuir e regularizar uma empresa em até 24 ho-ras. Em todo o estado, mais de 60 municípios estão interessados em aderir ao SIL.

O sistema funciona de maneira simples: todas as instâncias necessárias para um licenciamento estão disponíveis num mesmo ambiente virtual – Prefeitura, Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária e CETESB.

Com os registros na Jun-ta Comercial, na Receita Federal e na Fazenda Estadual devidamente formalizados, a empresa estará pronta para o fun-cionamento em pouco tempo.

O interessante a ser observado é que a fase de l icenciamento era responsável por mais de 90% dos casos de atraso para abertura das em-presas, o que hoje pode ser feito em 24 horas. Importante asseverar

ainda que essa agil i -dade se dá, em maior número, às empresas com baixo risco de em-preendimento. As que possuem médio e alto risco terão suas análi-ses melhor formuladas pelos licenciadores.

Só nos r e s t a s abe r agora se e quando os outros estados irão se movimentar no sentido de desburocratizar os serviços públicos. Por enquanto, fica a dica dos colegas paulistanos.

Sistema integrado possibilita “abrir sua empresa” em apenas um dia!

A LEVAR EM CONTA o crescimento do in-vestimento e o potencial que temos nas univer-sidades para construir jogos educativos, con-tinuamos no caminho certo. Na Universidade Federal Fluminense (UFF), por exemplo, há um núcleo especializado nesta área, bem como em-presas que começam a despontar. Há, portanto, a necessidade de fomentar este mercado e de fazer com que estes jogos sejam absorvidos nas salas de aula como instrumento para promover uma interação que exercite o cérebro e ajude no desenvolvimento do raciocínio.

Por mais que avance, a TV ainda não conse-guiu implementar de fato a interatividade. Em busca da audiência, repetem-se fórmulas que expõem as pessoas ao bizarro com diferentes níveis de crueldade. Com a desculpa de retrata-rem a vida e as pessoas como elas são, as TVs (e aí não faço distinção entre as fechadas e as abertas) tem suprimido o sonho e a fantasia, típicos de seu início, quando os shows e progra-mas se aproximavam do teatro e da literatura. Como tudo na vida, estamos em pleno processo de evolução e de transição. Certamente nada está dado como defi nitivo, logo entender como a inovação ocorre e utilizar os meios disponí-veis para viabilizá-la é papel da sociedade e da classe política. O segredo está, como sempre, em construir pontes físicas e imaginárias. Que tal começarmos agora?

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CAPITAL 2 a 15 de Novembro de 2010 4 2 a 15 de Novembro de 2010

AS 600 MAIORES proprie-dades citrícolas do estado de São Paulo produziram até setembro 318,6 milhões de caixas de laranja, de acordo com levantamento conjunto da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da Secretaria de Agricul-

tura e Abastecimento de São Paulo. O anúncio foi feito dia 3 pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. Houve perda de 40,8 mil caixas de laranja na sa-fra 2009/2010 por causa do excesso de chuvas na época

da fl oração e da seca que ocorreu durante o desenvol-vimento dos laranjais.

Este é o primeiro levan-tamento feito no país sobre a cultura da laranja e a continuidade da pesquisa deverá facilitar a organiza-ção do setor e a superação

de problemas nos elos da cadeia produtiva, explicou o ministro Wagner Rossi. As pesquisas de produção feitas nas áreas de cana-de-açúcar e café “foram importantes para melhorar a rentabilidade desses se-tores” e, para o ministro,

isso também vai se dar em relação à citricultura.

Dos laranjais paulistas saem 85% da produção brasileira de laranja. Poste-riormente, o levantamento se estenderá aos demais estados produtores. Wag-ner Rossi afirmou que a

agricultura brasileira “é o maior partido do país”, na concentração de todos os setores que a envolvem. “Ela tem que trabalhar uni-da para obter bons resul-tados, independentemente de quaisquer vinculações partidárias”.

Laranja deve render U$ 2 bilhões ao agronegócio brasileiro

BANCO DE IMAGENS

FIM DA LINHA. Com esse título o veterano jor-nalista Alberto Marques deixa órfãos milhares de internautas ao comunicar on line a suspensão de postagens no blog www.albertomarques.blogspot.com, no dia 24 de outubro. Criada em julho de 2006, a página era uma das mais visitadas, contabi-lizando até hoje mais de 560.000 acessos. “Resolvi aceitar a recomendação médica e deixei de lutar contra a pressão da família, que acredita que, em 51 anos de atuação na imprensa da Baixada, fi z o melhor que pude para ajudar a divulgar a região e combater os erros crassos de administradores”, justifica Alberto, de 72 anos, que se diz “um apaixonado por política” e que foi, ao longo das últimas cinco décadas, um dos mais requisitados profi ssionais da Baixada Fluminense.

Antes da carreira de jornalista, Alberto atuou como professor, tendo como alunos nomes que mais tarde se destacariam em vários segmen-tos, como os advogados Dr. Heleno, Ubiratan Marques Eraldo Roque e Eudóxio de Azeredo, entre muitos outros. Na imprensa escrita come-çou a carreira ao fundar o jornal Grupo, ao lado de nomes como Newton Menezes, Guilherme Perez, Plínio Batista e Barboza Leite, passando depois a dirigir a “Folha da Cidade”, ao lado de

outro jornalista e respeitado advogado, Ruyter Poubel. Mais tarde, virou colunista e editor de política de “O Municipal” e, mais recente-mente, articulista político do “Jornal Popular”, todos do município, tendo trabalhado também na “Última Hora”. Atuou, entre a década de 80 e 90, como advogado. Hoje é funcionário aposentado da Prefeitura de Duque de Caxias, onde exerceu cargos

Internautas da Baixada perdem referência políticaALBERTO ELLOBO

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55CAPITAL2 a 15 de Novembro de 2010

A PETROBRAS comemo-rou 28, com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a entrada em operação do navio-plataforma Cidade de Angra dos Reis, pri-meiro sistema definitivo de produção instalado na área de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos. A nova plataforma está conectada, inicialmente, ao poço RJS-660, que será testado tecni-camente até a Declaração de Comercialidade (DC) da jazida, prevista para o fi nal de dezembro, quando estará concluída, também, a sua interligação a outros poços produtores e a área de Tupi

entrará na fase de desenvol-vimento da produção. Além do presidente da República, participaram da cerimônia o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, diretores da com-panhia e outras autoridades.

Durante a solenidade, Lula parabenizou o corpo técnico da Companhia e lembrou o momento em que recebeu a notícia da descoberta das reservas de Tupi, em 2006. “ Quando o Gabrielli e diretor Estrella foram em minha sala em 2006, eu não tinha no-ção que seria tão rápida a exploração comercial do pré-sal”. O presidente da

Petrobras também ressal-tou em seu discurso a capa-cidade técnica da empresa e a velocidade de apenas quatro anos entre a desco-berta e o projeto piloto de Tupi. “É extraordinária a capacidade que tivemos, descobrir esses reserva-tórios em 2006 e eles es-tarem prontos, em 2010, para a produção. Trata-se de um sistema defi nitivo que levará ainda algum tempo para atingir o es-tágio comercial, e que representa a enorme ca-pacidade de dedicação e competência da força de trabalho da Petrobras”, disse.

__________________________________________________SAMUEL MAIA é Secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento de Duque de Caxias

Fim do pedágio benefi cia economia

Petrobras celebra com o presidente Lula o primeiro óleo de Tupi

A AGÊNCIA Nacional de Petróleo (ANP) in-formou que a reserva de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, pode conter mais petróleo do que a soma de todas as reservas já comprova-das no país. O volume de óleo recuperável em Libra pode chegar a 15 bilhões de barris. Atualmente, as reser-vas brasileiras somam 14 bilhões de barris. O maior poço já des-coberto na plataforma continental até agora foi o de Tupi, também no pré-sal da Bacia de Santos, com reservas estimadas entre 5 bi-lhões e 8 bilhões de barris. Segundo a ANP, Libra fi ca em um bloco de propriedade integral da União e foi auditado pela certifi cadora Ga-ffney, Cline & Asso-ciates. A certifi cadora avaliou que o volume recuperável pode variar entre 3,7 bilhões e 15 bilhões de barris, sendo mais provável a possi-bilidade de extração de 7,9 bilhões de barris. O poço situa-se a 183 quilômetros (km) da costa do Rio de Janeiro, sob 1.964 metros de lâ-mina d’água e a 5,4 km de profundidade. “A profundidade fi nal pre-vista, de cerca de 6.500 metros, é estimada para ser alcançada no início de dezembro próximo”, informou a ANP.

PRIMEIRA UNIDADE programada para produzir em escala comercial no pré-sal da Bacia de San-tos, o Cidade de Angra dos Reis é uma plata-forma do tipo FPSO (na sigla em inglês, unidade flutuante que produz, ar-mazena e exporta óleo e gás). A unidade produzirá óleo leve de alto valor comercial e dará início ao sistema de produção definitivo de Tupi, que coletará informações téc-nicas fundamentais para o desenvolvimento das

grandes acumulações de petróleo descobertas nos ú l t imos anos naquela bacia sedimentar. A área de Tupi é operada pela Petrobras (65%) em par-ceria com as empresas BG Group (25%) e Galp Energia (10%).

Na avaliação do presiden-te Luiz Inácio Lula da Silva, A Petrobras será sempre “uma espécie de guia do crescimento do Brasil. Se a Petrobras não estiver bem, o Brasil não estará tão bem. Mas se a Petrobras estiver bem, eu acho que o Brasil

estará sempre muito bem”. Os empregados da Petrobras levaram um bolo para o palco onde o presidente discursava e cantaram parabéns ao presi-dente, que completou 65 anos no dia 27.

O sistema definitivo de Tupi produzirá cerca de 14 mil barris de petróleo leve (de alto valor comer-cial) por dia. No ano que vem, segundo estimativa da Petrobras, a produção média diária será de 50 mil barris, podendo che-gar a 70 mil barris/dia no fim de 2011.

UNIDADE VAI PRODUZIR ÓLEO LEVE DE ALTO VALOR COMERCIAL

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A AGÊNCIA NACIONAL de Telecomunicações (Ana-tel) autorizou a participação da Portugal Telecom (PT) na Oi. A decisão foi anunciada em São Paulo após os mem-bros do Conselho Diretor da Anatel aprovarem, por una-nimidade, a entrada da com-panhia portuguesa na Oi. A autorização, no entanto, está condicionada à regulariza-ção fi scal das empresas no

Fundo de Fiscalização de Telecomunicações (Fistel). “Na prática, isso quer dizer que as empresas só poderão implementar a operação após quitar todos os seus débitos referentes a receitas no Fistel, o que inclui multas com prazo de pagamen-to vencido decorrentes de processos administrativos já transitados em julgado”, explica a Anatel, em nota.

Segundo o conselheiro da Anatel João Rezende, a dívida é de cerca de R$ 74 milhões. “De ordem regu-lamentar, não há nenhum problema na entrada da Portugal Telecom no bloco de controle da Oi, não há ameaças concorrenciais. Só que a Portugal Telecom só vai ingressar na Oi após a regularidade fi scal”, afi r-mou. Rezende afi rmou que

a participação corresponde a cerca de 22,4% das ações e que, por isso, a Anatel teve que avalizar o caso. Ele explicou que a agência teve que analisar por se tratar de um novo sócio, com infl uência relevante na prestadora de serviços de telecomunicações. “E ela vai ter participação direta e indireta com esses 22,4% dentro da Oi.”

Anatel autoriza participação da Portugal Telecom na Oi

AINDA REPERCUTINDO a audiência pública na Câmara de Duque de Caxias que anunciou o fi m da cobrança de pedágio pela Companhia de Concessão Rodoviária Juiz de Fora-Rio (Concer) benefi ciando, principalmente, moradores do distrito de Xerém a partir de 2013. Este colunista, que representou o prefeito José Camilo Zito, no dia 27 de outubro, assistiu com políticos e representantes da sociedade civil o vídeo do projeto de duplicação da via apresentado pelo presidente da concessionária, Pedro Jonnson. As obras devem começar em janeiro de 2011. A praça de pedágio será construída na serra, na divisa com Petrópolis.

O fi m do pedágio vai benefi ciar a população do quarto distrito, 55 mil habitantes, incluindo as famílias que vivem da agricultura, pecuária, piscicultura, entre outras atividades. Gastando menos com transporte as indústrias da região poderão diminuir o valor dos produtos. As passagens de ônibus também devem ter redução. Além disso, a redução dos custos vai estimu-lar o turismo ecológico e rural, atraindo investimentos e geração de renda e emprego.

Esta é uma conquista da sociedade civil. Um momento histórico, pois Caxias deixará de ser uma cidade partida. O morador de Xerém não precisará mais pagar pedágio para ir ao Rio ou ao Centro de sua cidade. Tivemos mo-vimentos que visavam à emancipação daquela região. Se isso tivesse acontecido não estaríamos dando esta boa nova hoje, pois o pedágio estaria agora entre dois municípios e sua localização não poderia ser questiona-da”, declarei na audiência, ressaltando ainda o fato de o projeto ter reduzido impacto ambiental e até contribuir com melhorias ambientais para o município.

O projeto apresentado pela Concer foi aprovado pelos vereadores e pela população presente e foi estabelecida a criação de um fórum permanente para acompanhar o desenvolvimento das obras da nova pista.

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CAPITAL 2 a 15 de Novembro de 2010 66

O GERP QUIS saber o grau de satisfação dos usuários com relação à qualidade dos serviços funerários prestados pelas quatro empresas que atu-am hoje no município. Do total que já necessitou de utilizar os serviços, a ava-liação foi positiva, com os seguintes números: ótima (17%), boa (53%), regular (18%) e ruim (9%). Ape-nas 3% não responderam.

Ao perguntar sobre as razões que motivou o en-trevistado na escolha do cemitério para sepultar alguém da família, o insti-

tuto contabilizou que 63% disseram que é mais perto de casa ou trabalho. Doze por cento disseram que a escolha foi por estar a fa-mília ali sepultada, 7% por possuir jazigo de família e 4% por ser vontade do falecido.

Como o serviço de cre-mação é muito utilizado em grandes capitais e uma vez que ele ainda não está disponível no município, o Instituto Gerp indagou ainda se o entrevistado usaria esse serviço. Mais da metade (55%) manifes-tou que sim.

Os números que a pesquisa revela

ALBERTO ELLOBO

PESQUISA ENCOMENDADA pelo Capital Merca-do & Negócios Instituto Gerp revela que a maioria dos moradores de Duque de Caxias, entre os que já usaram os serviços funerários oferecidos atualmente, avaliam como bom esses serviços. A pesquisa foi realizada em 2 de novembro - Dia de Finados -, sendo entrevistadas 511 pessoas maiores de 16 anos. Do total, 151 foram ouvidas no Cemitério Nossa Senhora das Graças (Tanque do Anil), 148 no Nossa Senhora de Belém (Corte 8), 109 no Nossa Senhora de Fátima (Taquara) e 103 em Xerém. Dos 511 entrevistados, 90% disse-ram ser moradores de Duque de Caxias. Com relação à administração dos cemitérios, a pesquisa mostra que apesar das melhorias implementadas a partir da quebra do monopólio que explorou o município por quase quatro décadas, ainda existe a necessidade de melhorias com aprovação mediana.

O monopólio dos serviços funerários no mu-nicípio foi quebrado por determinação da justiça há um ano e meio, tendo a Prefeitura retomado a administração dos cemitérios, fi cando responsável pela conservação do espaço e pela autorização dos sepultamentos, hoje realizados por quatro empresas concorrentes. Estava assim cassado, defi nitivamente, o alvará da antiga Funerária Duque de Caxias, que explorou sepultamentos e venda de jazigos com ex-clusividade nos cinco cemitérios do município.

Caxienses mostram satisfação com novos serviços funerários

A JUSTIÇA FEDERAL do Ceará acatou liminar do Ministério Público Federal (MPF), reque-rida dia 8, e determinou a imediata suspensão do Enem 2010. A decisão vale para todo Brasil. A juíza da 7ª Vara Federal, Carla de Almeida Mi-randa Maia, acatou ar-gumento do MPF, de que o erro da impressão das provas, que apresentava questões divididas entre o cabeçalho de Ciência e Natureza e de Ciências Humanas, levou prejuízo para os candidatos. Para a juíza Carla de Almeida Miranda Maia, a dispo-nibilização do requeri-mento aos estudantes prejudicados pela prova correspondente ao cader-no amarelo e a intenção de realizar novas provas

para os que reclamarem administrativamente não resolve o problema.

Segundo o procura-dor da República Oscar Costa Filho, a decisão vem trazer segurança e estabilidade a todos q u e e n f r e n t a m e s s a comoção nacional . O f a t o d e o d i r e t o r d o Inep ter aventado rea-lizar provas separadas para o mesmo concurso apenas confirma o total desconhecimento dos pr incípios que infor-mam os concursos pú-blicos, entre os quais a igualdade.ERROS - As p rovas aplicadas a 3,3 milhões de candidatos apresen-taram diversos erros. Vinte e um mil cadernos de prova amarelos apre-sentaram erro de mon-

tagem e não continham todas as 90 ques tões apl icadas no sábado, dia 6. Não se sabe ain-da quantos candidatos

foram prejudicados por esse problema, já que em cada local de aplicação há uma reserva técnica de 10% dos exames que

permit i r ia a t roca do material defeituoso. Para evitar cola, o Enem tem quatro versões de prova: amarelo, azul , rosa e

branco. As questões são as mesmas, o que varia é a ordem. Em milhares de casos, por um erro no encarte, folhas do ca-derno de prova amarelo estavam misturadas com folhas da prova branca. Com isso, estudantes se depararam com questões repetidas ou ausentes. Também no sábado, a folha em que os estudan-tes marcam as respostas das questões estava com o cabeçalho das duas provas trocado. O exame teve 90 questões, sendo a primeira metade de ciên-cias humanas e o restante de ciências da natureza. Mas, na folha de marca-ção, as questões de 1 a 45 eram identificadas como de ciências da natureza e as de 46 a 90, como de ciências humanas.

Justiça Federal determina imediata suspensão do EnemABR/JOSÉ CRUZ

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77CAPITAL2 a 15 de Novembro de 2010

Atualidade

País

ABERTO OFICIAL-MENTE dia 1º, o 7º Fes-tival Nacional de Teatro de Duque de Caxias é um evento de grandeza na área cultural do Estado, envolvendo todo cerca de 500 pessoas, entre atores e técnicos. Criado pelo Centro de Pesquisas Te-atrais-CPT em 2003, ele já faz parte do calendário nacional de artes cênicas. Na versão deste ano, a previsão é de que passe pelo Teatro Municipal Raul Cortez cerca de 15 mil pessoas ao longo dos 14 dias do evento. “O Fes-tival é motivo de orgulho para todo o Estado e seu sucesso é resultado do empreendedorismo de um abnegado grupo que nas-ceu no Teatro Municipal

Armando Mello”, afi rmou o secretário de Cultura e Turismo de Duque de Ca-xias, Gutemberg Cardoso, durante sua abertura.

Participam do 7° Fes-tival Nacional de Teatro de Duque de Caxias 30 grupos, selecionados em um total de 82 inscritos, representando muitas cidades e até outros Es-tados, como São Pau-lo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo. O diretor do CPT, Guedes Ferraz disse ao Capital que o custo total da montagem da sétima edição está or-çada em cerca de R$ 70 mil. “Isso só é possível hoje graças à parceria da Prefeitura e outros parceiros”, assinalou.

O público, que lotou o teatro, vibrou na abertura do festival com as apre-sentações de dança da

Ofi cina Luciana Archan-jo, com o balé moderno “Sentimentos”, e exibição individual de Vanessa

Bonfi m e Carlos Muttalla. O público assistiu ainda ao primeiro espetáculo concorrente na categoria

adulto, “Homens Gordos de Saia”, com o Grupo de-zEMcena, de Jacarepaguá, uma comédia dramática dirigida por Morena Cat-toni e que tem texto de Nicky Silver.

O melhor espetáculo, nas duas categorias, receberá prêmio em dinheiro no va-lor de R$ 7 mil, o segundo R$ 3 mil e o terceiro R$ 2 mil, além de troféus, que também serão oferecidos ao melhor diretor, melhor ator, melhor atriz, melhor ator coadjuvante, melhor atriz coadjuvante, melhor fi gurino, melhor maquia-gem e melhor cenografi a.

O telefone para infor-mações é (21) 2771-3062. A programação completa está no blog www.cptdc.blogspot.com.

Festival de Teatro envolve quase 500 pessoas em Duque de CaxiasCena do espetáculo

“Inimigo do povo”, com o Grupo Código, de NilópolisJO

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APENAS DOIS DIAS após ter sido eleita pre-sidente da República, Dilma Rousseff (PT) disse que se empenhará para reduzir os impos-tos no seu governo. “Uma diminuição que permita melhoria nas condições de produ-tividade, assim como redução de impostos sobre medicamento , saneamento e energia elétrica”, afirmou Dil-ma em entrevista a um canal de televisão. Ela reafirmou seu interesse em criar um Ministério das Micro e Pequenas Empresas e disse querer ampliar o escopo do Sistema Simples, que facilita o pagamento de impostos por pequenos empresários.

Em seu primeiro pro-nunciamento como pre-sidente eleita, Dilma Rousseff, disse que o Brasil atuará de maneira forte nas instâncias in-ternacionais para frear especulações financei-ras e proteger a moeda brasileira. “É preciso,

no plano multilateral, estabelecer regras mais claras e mais cuidadosas para a retomada dos mer-cados de fi nanciamento, limitando a alavancagem e a especulação desme-dida, que aumentam a volatilidade dos capitais e das moedas”.

A presidente eleita dis-se que não será uma tare-fa fácil fazer com que o país continue crescendo a altas taxas. “Reconhe-ço que teremos um duro trabalho para qualifi car o nosso desenvolvimento econômico. Essa nova era de prosperidade cria-

da pela genialidade do presidente Lula e pela força do povo e de nos-sos empreendedores en-contra seu momento de maior potencial numa época em que a econo-mia das grandes nações se encontra abalada”.

Dilma deu sinais de

que vai conduzir a eco-nomia do país voltada para o mercado interno. Ela avaliou que as condi-ções externas ainda são adversas e que no curto prazo, não poderá con-tar com “pujança” das economias dos países desenvolvidos.

Dilma fala em reduzir impostos para melhorar produtividadeA

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A PRESIDENTE eleita do Brasil, Dilma Rousse-ff, foi considerada a 16ª pessoa mais poderosa do mundo, de acordo com o ranking anual da revis-ta “Forbes” divulgado dia 3, à frente de líde-res como o presidente francês Nicolas Sarko-zy, que aparece na 19ª posição. A publicação

apresenta a trajetória de Dilma na política e reitera que a nova presi-dente comandará a maior economia da América Latina. Em primeiro lu-gar, está o presidente da China, Hu Jintao, segui-do por Barack Obama, seu colega americano. Hillary Clinton aparece como a 20º lugar.

FUTURA PRESIDENTE É A 16ªPESSOA MAIS PODEROSA DO MUNDO

EM UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA realizada na Câmara de Duque de Caxias no dia 27, a Com-panhia de Concessão Ro-doviária Juiz de Fora-Rio

(Concer) apresentou aos vereadores e a população o projeto da nova pista de subida da Rodovia Wa-shington Luiz, a BR-040, de Caxias até Petrópolis.

A novidade é que os mo-radores de Xerém e bair-ros próximos não passarão mais pelo pedágio para ir ao Centro do município ou ao Rio de Janeiro. As

obras da construção da nova pista começam em janeiro de 2011 e vão até 2013. A obra está avaliada em R$ 700 milhões.

O presidente da Concer,

Pedro Jonnson, detalhou a obra, que irá construir uma nova pista de subida paralela à pista de descida, entre Xerém e Belvedere, em Petrópolis. A partir de

Belvedere será construído um túnel que irá cortar a serra até Petrópolis. Será o maior túnel rodoviário do Brasil, com cerca de 5km de extensão.

Moradores de Xerém vão se livrar do pedágio da Washington Luiz em 2013

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CAPITAL 2 a 15 de Novembro de 2010 88

O BRASIL ATINGIU no ano passado mais um re-corde de reciclagem de latas de alumínio. Foram reutilizadas 98,2% das latas vendidas. Ao todo, 198,8 mil toneladas de alumínio, das 202,5 mil toneladas vendidas, foram recicladas. Os dados cons-tam do balanço da coleta do material divulgado dia 28 pela Associação Brasi-leira do Alumínio (Abal) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas). Com o re-sultado, segundo as enti-

dades, o Brasil conquista pela nona vez consecutiva o posto do país com maior índice de reciclagem de latas do mundo.

Na comparação entre 2009 com o ano anterior, a quantidade de latas reci-cladas aumentou 19,9%. Em 2008, foram reutiliza-das 91,6% das latas ven-didas pela indústria, o que representa cerca de 165 mil toneladas. Em 2009, a reciclagem das latas de alumínio movimentou R$ 1,3 bilhão. Deste total, R$ 382 milhões foram gerados só com trabalho de coleta

do material. “Se toda coleta de latas fosse feita por uma empresa só, ela estaria entre as mil maiores do país”, complementou Henio de Nicola, presidente da Abal, em entrevista coletiva em São Paulo.

Com a reciclagem do alumínio das latas, também foram economizados 2,9 mil gigawatts-hora (GWh). Com esta energia, seria possível atender à demanda anual de uma cidade como Guarulhos, na região me-tropolitana de São Paulo, que tem 1,2 milhão de ha-bitantes.

Brasil recicla quase 100% das latas de alumínio vendidasBANCO DE IMAGENS