ediÇÃo especial serviços logísticos, preferencialmente integrados: armazenagem, transporte,...

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Mensal │ n.º 119 │ DEZ.12 - JAN 13 9 euros (iva incluído) REVISTA INDEPENDENTE DOS PROFISSIONAIS DE LOGÍSTICA WWW.LOGISTICAMODERNA.COM EDIÇÃO ESPECIAL PUB Em colaboração com

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Page 1: EDIÇÃO ESPECIAL serviços logísticos, preferencialmente integrados: armazenagem, transporte, cross-docking, gestão de inventário e de stocks, embalagem, etiquetagem... são apenas

Mensal │ n.º 119 │ DEZ.12 - JAN 139 euros (iva incluído)

REVISTA INDEPENDENTEDOS PROFISSIONAIS DE LOGÍSTICA

WWW.LOGISTICAMODERNA.COMEDIÇÃO ESPECIAL

PUB

Em colaboração com

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O PAPEL PRINCIPALQue os operadores logísticos ou prestadores de serviços logísticos desempenham um papel vital nacadeia de abastecimento, já não é novidade. De acordo com a Associação Portuguesa de OperadoresLogísticos (APOL), um operador logístico é uma “Empresa privada, com fins lucrativos, e cuja ac-tividade principal seja a prestação de serviços de valor acrescentado a terceiros, a nível de ar-mazenagem, de manuseamento e de movimentação de bens”.Ou seja, um operador logístico é uma empresa apta a disponibilizar aos seus clientes múltiplosserviços logísticos, preferencialmente integrados: armazenagem, transporte, cross-docking, gestãode inventário e de stocks, embalagem, etiquetagem... são apenas alguns dos exemplos das actividadesque são desenvolvidas pelas empresas que escolheram o segmento da prestação de serviços logísticospara ser o seu campo preferencial de actuação.Ao editarmos mais um Ranking e Atlas dos Operadores Logísticos, pelo segundo ano em parceriacom a Cushman & Wakefield, não quisemos que fosse apenas uma actualização do que já anterior-mente havia sido publicado, mas antes um espelho daquilo que é a evolução da actividade destasempresas.Por isso, nas páginas seguintes, além da informação habitual sobre facturação destas empresas, na-tureza dos serviços prestados ou características e dimensões dos espaços logísticos que ocupam, en-contrará agora alguns capítulos novos dedicados a áreas tão importantes como a formaçãoprofissional dos recursos humanos, o customer service, a sustentabilidade (da actividade e dos es-paços), equipamentos de movimentação de mercadorias, tecnologias de informação, certificação,gestão lean... O intuito? Proporcionar um retrato fidedigno do que é o sector onde se movimentam os operadoreslogísticos, a actividade destas empresas em Portugal, as suas preocupações, as suas reais capacidades,as suas habilitações e mais-valias. Face à volatilidade da economia, sabemos todos que são grandes os desafios que se colocam às em-presas, em especial aos operadores logísticos. Contudo, é também aí que reside o valor acrescentadodas actividades que desenvolvem e o seu grande trunfo: sabem fazer, bem ou mesmo muito bem, econseguem economias de escala na gestão da cadeia de abastecimento que qualquer empresa por sisó teria dificuldade em alcançar.

SEDE E REDACÇÃO: Alameda do Grupo Desportivo Alcochetense, 133 - 137 / 2890-110 AlcocheteTel.: 21 234 84 50 - 51 | Fax: 21 404 35 06 | E-mail: [email protected]

DIRECTOR: Ferreira Simões REDACÇÃO: Dora Assis, Rita Simões de Sousa FOTOGRAFIA: Humberto Mouco DIRECTOR COMERCIAL: FilipeBarros GESTORAS DE CONTAS: Susana Lopes, Alexandra Gomes PROJECTOS ESPECIAIS: Carlos Simões PROJECTO GRÁFICO Codex.ptPROPRIEDADE E EDIÇÃO: talkmedia - Edição de Publicações, Lda. NPC 505897911 CAPITAL SOCIAL 5.001,00 Euros CRC Alcocheten.º421 PARTICIPAÇÕES SOCIAIS: Filipe Barros: 3.334,00 Euros; Ferreira Simões: 1.667,00 Euros ASSINATURAS: (anual - 12 edições)PORTUGAL: 44,00 Euros EUROPA: 75,00 Euros RESTO DO MUNDO: 81,00 Euros IMPRESSÃO: Socingraf, Lda. Rua de Campolide, 133,1.º Dto. 1070-029 Lisboa TIRAGEM: 4000 exemplares REGISTO NO ICS N.º 123990 DEPÓSITO LEGAL: 180914/02 Interdita a reproduçãode textos e imagens por quaisquer meios. Os artigos assinados veiculam apenas as posições dos seus autores.

4 Prestação de serviços logísticosAo ritmo da economia

6 Dados e factosDiferentes velocidades

8 FacturaçãoQuebra ligeira

11 Tipo de actividade, operações e serviçosFoco no cliente

13 Recursos humanos e formaçãoO bem mais precioso

15 CertificaçãoA busca da excelência

16 Customer serviceÀ medida dos clientes

17 Sustentabilidade das frotasO elo mais forte

19 Equipamentos de movimentaçãoRapidez, eficiência e segurança

20 Imobiliário1,42 milhões de m2 ocupados

26 SustentabilidadeArmazéns cada vez mais verdes

Em colaboração

Dora [email protected]

2RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS

28 SoftwareOptimizar negócios

29 LeanA perder peso

30 Estratégias de crescimentoExpansão sustentada

32 Estratégias de crescimentoCrescer pela internacionalização

34 No mundoMercado dinâmico

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C arla Fernandes, presidente da AssociaçãoPortuguesa de Operadores Logísticos(APOL) salienta que “todo o contexto polí-

tico e económico de desaceleração e de desinvesti-mento tem obrigado as empresas do sector a seremmais criativas e a aproveitarem a sua experiência eelevada capacidade de adaptação à realidade de cadacliente, respeitando a sua cultura interna e o seumodus operandi”. Para 2013 não são previsíveis grande alterações aoestado do actual cenário em que se movimenta amaioria destas empresas, bem pelo contrário. Háquem não descarte algumas possibilidades de agra-vamento, o que, a verificar-se, levanta alguma preo-cupação, nomeadamente no que diz respeito àsustentabilidade de algumas delas.Como explica Carla Fernandes, “o sector vive ummomento de dificuldade devido à contracção doconsumo que leva a que se verifiquem menos ope-rações logísticas. Existe também uma grande redu-ção das margens e uma elevada dificuldade deacesso ao crédito para obter financiamento”.

O PASSO NATURAL DA EVOLUÇÃOSe nunca é fácil perspectivar o futuro, no caso dosprestadores de serviços logísticos a terceiros, a tarefacomplica-se devido ao contexto de desaceleraçãoeconómica que se vive actualmente e em que namaioria dos casos todas as atenções parecem estarviradas para a importância da dinamização do vo-lume das exportações nacionais. A presidente da APOL defende que a internaciona-

Prestação de serviços logísticos

AO RITMO DA ECONOMIAA prestação de serviços logísticos a terceiros está longe dos seus anos de ouro. Estamos perante um sector que não passou, nem tinhacomo passar, incólume à crise económica que se tem feito sentir e são múltiplas as consequências da mesma que analisamos na ediçãodeste ano do Ranking e Atlas dos Operadores Logísticos, já que os seus efeitos acabam por ser transversais e afectar diferentes aspectosda actividade dos operadores logísticos.

RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS

lização é o passo natural dos operadores logísticosque já possuem uma vasta experiência que decorredo facto de algumas empresas serem multinacionaise já deterem por isso know-how e experiência inter-nacional: “muitos dos associados da APOL já pos-suem plataformas logísticas em países estrangeirosnomeadamente em Espanha, com quem mantêm re-lações comerciais muito fortes. Em muitos casos, atése verificam presenças em diferentes regiões de umpaís. Além de Espanha, apontamos outros países quepodem ser interessantes e estratégicos para o comér-cio internacional, como é o caso do Brasil, Angola ealguns países do Magreb. Este é o caminho para asempresas a operar em Portugal face à situação reces-siva da economia. Os mercados em que a proximi-dade cultural e linguística é mais próxima daportuguesa são, certamente, a melhor opção em ter-mos de negócio e que certamente podem beneficiaras empresas nacionais”.Porém, é de referir que esta tendência não diminui,contudo, o facto de este ser um sector que em qual-quer país depende em grande medida do consumointerno, “pelo que a maior parte dos operadores lo-gísticos tem em Portugal o grosso da sua actividadee dos seus investimentos. Este facto põe em equaçãoa pressão que é colocada sobre a capacidade de resi-liência das empresas.”, enfatiza a responsável asso-ciativa.

AGENTES DE DINAMIZAÇÃO ECONÓMICATendo como ponto de partida a definição de “ope-rador logístico” da Associação Portuguesa de Ope-

radores Logísticos (APOL), ou seja, uma “empresaprivada, com fins lucrativos, e cuja actividade prin-cipal é a prestação de serviços de valor acrescentadoa terceiros, a nível de armazenagem, de manusea-mento e de movimentação de bens”, que papelpodem, então, no actual contexto, desempenhar osoperadores logísticos enquanto agentes dinamiza-dores das actividades económicas? Carla Fernandes entende que “os operadores logís-ticos contribuem, de forma decisiva, para o aumentoda competitividade das diversas cadeias de valoronde estão inseridos. Introduzem um factor de par-tilha de recursos (espaço, energia, pessoas, entre ou-tros), o que permite efectuar naturalmenteoperações de manuseamento e transporte de umaforma mais eficiente”.O impacto deste sector economia empresarial por-tuguesa é inquestionável. De acordo com os núme-ros da APOL, estas empresas são responsáveis pelaocupação de mais de 1 milhão e 500 mil metros qua-drados em termos de espaços para actividades logís-ticas, além do forte impacto enquanto entidadesempregadoras, pois ocupam mais de 16.000 colabo-radores directos.Não menos relevante é ainda o papel que desempe-nham na interligação entre produção/distribuição eentre plataformas de modularidade já que, como re-corda a presidente da APOL, “os operadores logísti-cos são a entidade mais capacitada para aumentar ovalor da cadeia ou introduzir os factores acrescidosde domínio e optimização dos processos pela sua es-pecialização e dimensão crítica”.

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P ara a elaboração desta edição do Rankinge Atlas dos Operadores Logísticos foramcontactadas 115 empresas. Destas, respon-

deram ao inquérito deste ano um total de 58prestadores de serviços logísticos. É de realçarneste âmbito que 57% das empresas inquiridas(33) têm o centro máximo de decisão da empresaem Portugal, enquanto que no caso de 43% (25)este está localizado no estrangeiro, sendo esta úl-tima amostra constituída maioritariamente porprestadores de serviços logísticos que integramgrupos multinacionais como facilmente se de-preende.Estas 58 empresas apresentaram em 2011 um vo-lume total de facturação que andou muito pró-ximo dos 2,4 mil milhões de euros, o que emtermos globais nem é muito negativo face à actualconjuntura, já que na edição anterior do Atlas eRanking dos Operadores Logísticos o volume defacturação das empresas participantes estava li-geiramente acima dos 2,4 mil milhões de euros.

Dados e factos

DIFERENTES VELOCIDADESNão é de estranhar que o panorama global da actividade dos operadores logísticos que desenvolvem a sua actividade em Portugal nãoseja auspicioso. Ainda que de forma mais tímida face aos momentos de glória vividos a partir da década de 90, os operadores logísticoscontinuam empenhados em evidenciar as mais-valias que a sua actividade aporta a montante e a jusante das cadeias de abastecimento.

RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS

47%Estrangeiro

53%Portugal

Centro máximode decisão

da empresa

DE BRAÇO DADOCOM A LOGÍSTICAEm termos de dinamização do mercado de tra-balho e criação de emprego, deve salientar-seque os 58 operadores logísticos que responde-ram ao inquérito desta edição dão trabalho a15.730 pessoas, espalhadas por um total de 230espaços e armazéns logísticos, o que na práticasignifica que estas empresas ocupam e geremno nosso país qualquer coisa que ronda os1.416.598,7 m2 de espaço logístico.Em termos médios, isto significa que cada ope-rador logístico terá quatro armazéns e uma ca-pacidade média de armazenagem de 24.500 m2. Não obstante o período menos áureo que sevive e a todos afecta, de acordo com os dadosfacultados pelas empresas inquiridas, nos últi-mos dois anos, no total, terão sido inaugurados37 novos espaços destinados a albergar opera-ções de prestação de serviços logísticos a ter-ceiros.

Em termos práticos isto significa que ainda háempresas de distintos sectores de actividadeque encaram o outsourcing logístico como umamais-valia e ao entregarem nas mãos de espe-cialistas as suas operações e respectiva gestãoda cadeia de abastecimento procuram rentabi-lizar as suas competências “core” e, por conse-quência, a velocidade de chegar ao mercado esatisfazer os seus clientes.Aquele que já foi o elo mais fraco e o parentepobre para muitas empresas é, definitivamente,cada vez mais percepcionado como um dos úl-timos redutos não apenas de redução de custose criação de valor, mas acima de tudo de agili-zação e optimização em termos de ganhos e efi-ciências operacionais para as indústrias.Tudo continua a ser feito para que mercadoriase informação entre fornecedores e clientessejam transaccionados sem defraudar expecta-tivas, se possível reduzindo custos e, preferen-cialmente, acrescentando valor.

Empresas contactadas 90 108 109 115Nº de Empresas Responderam 81 79 75 58Volume facturação 2,125,336,535 € 2,350,037,304 € 1,410,350,151 € 2,414,176,360 € 2,355,784,273 €Total de Colaboradores 13,903 18,945 13,510 15,730Nº Total de Armazéns 308 446 221 230Total de àrea de Armazenagem 1.810.677 m2 2.372.712 m2 1.445.529 m2 1416598,7 m2

Média de Armazéns/ Operador 3.9 5.7 3 4.0Média da Capacidade de Armazenagem/ Operador 21.054 m2 30.034 m2 19.273m2 24,500m2

Armazéns Inaugurados nos ultimos 2 anos 87 51 37

Comparação de dados globais

2006 2007 2009 2010 2011

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C omo se verificou em edições anteriores, al-guns operadores logísticos recusaram partil-har a informação relativa ao seu volume de

facturação anual. Porém, dos 58 inquiridos, 48aceitaram disponibilizar esta informação. Os dadosrecolhidos junto destes operadores logísticos apon-tam para um volume de negócios global de perto de2,4 mil milhões de euros em 2011, o que corre-sponde a cerca de 1,37% do Produto Interno Bruto(PIB) nacional daquele ano. A análise (ver quadro) mostra que no último ano, oscinco primeiros operadores (Alliance Healthcare,Medlog, Luís Simões Logística Integrada, Torrestire Rangel) acumulam 56% da facturação global, con-tra os 51% de 2010. Contudo, não se registam alte-rações ao nível das posições ocupadas. Aoanalisarmos os 10 primeiros operadores logísticospor volume de facturação em 2011, estes acumulam75% do total da facturação global, contra 71% de2010.Nas 10 primeiras posições assiste-se a poucas alte-rações de 2010 para 2011. De salientar o cresci-mento da Alliance Healthcare, Luís Simões LogísticaIntegrada, Torrestir, Rangel, Havilog e Gefco Portu-gal. Apesar do ligeiro recuo, a Medlog (2º) e aSchenker (8º) continuam a ocupar as mesmas posi-ções em 2011 face a 2010, o mesmo não acontececom a Patinter que desceu da 6ª posição para a 7ª,tendo sido ultrapassada pela Havilog. Uma inversãode posições aconteceu também entre a Gefco Portu-gal e os CTT Expresso, com a passagem desta últimapara o 10º lugar.Ao longo das últimas edições do Ranking e Atlas dosOperadores Logísticos, várias empresas deram o seucontributo ao nível da cedência dos dados referentesà sua facturação anual. Os dados divulgados permi-tem-nos agora traçar uma comparação quanto àevolução de crescimento em termos de volumes defacturação.Em 2006, as 86 empresas participantes registaramuma facturação conjunta superior a 2,1 mil milhõesde euros. No ano seguinte, num total de 79 empre-sas, o volume de facturação chegou perto dos 2,4 milmilhões. A quebra acentuada, registada em 2009,com um total de 1,4 mil milhões de euros em 75 res-posta, foi recuperada em 2010, ano em que os 58 in-quiridos pela Logística Moderna alcançaram umvolume de facturação de 2,4 mil milhões de euros.No último ano observou-se novamente um ligeirodecréscimo na ordem dos 60 milhões de euros. De acordo com as projecções do Banco de Portugal,a actividade económica do país deverá apresentaruma nova contracção em 2013, de 1,6%, apesar demenos significativa que a projectada para 2012, de3%. A projecção traçada está porém “condicionadapelo grau de incerteza quanto à evolução da envol-vente externa, ao impacto das medidas de políticaeconómica interna, à resposta dos agentes económi-cos e à natureza e rapidez do processo de ajusta-mento de médio e longo prazo da economia”. Para o

Facturação

QUEBRA LIGEIRAApesar do ligeiro recuo registado em 2011, face a 2010, em termos do volume de facturação, os operadores logísticos nacionais super-aram os valores alcançados em 2006. De acordo com as respostas das empresas participantes, a actividade corresponde a quase 1,4%do PIB de 2011.

RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS

1 Alliance Healthcare 570.180.150 438.081.782 2 Medlog 362.923.427 320.803.841 3 Luís Simões Logística Integrada 198.940.000 206.267.000 4 Torrestir 112.000.000 136.000.000 5 Rangel 110.000.000 112.000.000 6 Havilog 96.000.000 102.000.000 7 Patinter 110.000.000 100.000.000 8 Schenker Transitários 91.000.000 90.400.000 9 Gefco Portugal 75.355.000 80.413.000 10 CTT Expresso 88.521.153 79.847.417 11 Garland 58.000.000 64.000.000 12 Dachser Portugal 61.200.000 61.500.000 13 Norbert Dentressangle 51.148.000 49.525.000 14 Transportes Florêncio & Silva N/R 41.776.000 15 Stef Portugal 33.200.000 33.300.000 16 Chronopost Internacional Portugal 34.000.000 33.000.000 17 Transportes Pascoal 30.082.206 32.367.837 18 Abreu Carga e Trânsitos 31.500.000 30.650.000 19 Arnaud-Logis 24.034.000 30.127.000 20 Schnellecke Portugal 24.000.000 30.000.000 21 Transportes Paulo Duarte 27.000.000 30.000.000 22 Transportes Azkar Portugal 26.935.516 28.348.632 23 Rodocargo N/R 27.200.000 24 Rhenus 21.500.000 23.500.000 25 UTi - G-SLI 21.000.000 21.000.000 26 Cat LC 14.309.000 15.017.000 27 Adicional 11.700.000 13.100.000 28 Logic 12.360.000 12.980.000 29 Promo 15.523.845 12.088.755 30 Logifarma 11.154.949 11.952.315 31 Santos E Vale 12.600.000 11.200.000 32 TDN 10.042.662 10.727.793 33 Frissul 11.022.668 9.821.918 34 Aviludo N/A 8.500.000 35 Transportes Coelho Mariano 8.245.091 8.425.806 36 Salvesen Logística 7.300.000 7.300.000 37 Autotrans Express 7.500.000 6.750.000 38 Univeg Portugal 6.500.000 6.550.000 39 Olicargo 3.600.000 4.100.000 40 Frigomato 2.800.000 3.086.000 41 Frigoservice 2.500.000 2.500.000 42 Carreras Almacenaje Y Distribuicion 2.408.000 2.108.000 43 Olano 1.085.891 2.038.063 44 Entreposto Logística 2.000.000 1.500.000 45 Farmavenix Portugal N/A 1.300.000

Ranking por Facturação

Rank Empresa 2010(em euros)

2011(em euros)

46 Inchain Logistics 400.246 1.131.114 47 Go Logistic 1.000.000 1.000.000 48 Batista Sanganha 450.000 500.000 49 ALM II N/R N/R

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próximo ano, o Banco de Portugal estima que a pro-cura interna, em particular o consumo privado, di-minua cerca de 3,6%, o que representa uma quebraacumulada de 13% para o período 2011-2013. Com a contracção do PIB pelo terceiro ano conse-cutivo, o Banco de Portugal salienta que este ocorreno contexto do processo de ajustamento dos dese-quilíbrios estruturais enquadrado pelo programa deassistência económica e financeira. A mesma insti-tuição sublinha que “não obstante a elevada incer-teza que caracteriza o enquadramento internacional,as exportações têm registado um crescimento signi-ficativamente superior ao da procura externa diri-gida à economia portuguesa, o que deverá manter-seem 2013”. Além disso, acrescenta que “a evoluçãodas exportações deverá continuar a mitigar o im-pacto da evolução da procura interna sobre a acti-vidade económica, projectando-se um crescimentosignificativo desta componente em 2013”. Projecçõesque irão, certamente, afectar a actividade dos nossosoperadores.

50 Bomi Portugal N/R N/R51 Dhl N/R N/R52 Fiege N/R N/R53 Forcargo N/R N/R54 Friofarma N/R N/R55 Roberts Europe N/R N/R56 Sintax Logística Transportes 11.154.556 N/R57 TNC2 N/R N/R58 TNT Express Worldwide (Portugal) N/R N/R

Rank Empresa 2010(em euros)

2011(em euros)

5 primeiros 1.213.152.623 51% 1.354.043.577 56%10 primeiros 1.665.813.040 71% 1.814.919.730 75%

Facturação - Valores Acumulados

Operadores 2011(em euros)

Peso Face ao TotalFacturado

2010(em euros)

Peso Face ao TotalFacturado

Adicional 3.990.905 7.600.000 11.700.000 13.100.000 Arnaud - Logis 27.000.000 31.000.000 24.034.000 30.127.000 Autotrans Express 5.500.000 6.000.000 7.500.000 6.750.000 Batista Sanganha 750.000 450.000 450.000 500.000 Chronopost Portugal 33.000.000 35.000.000 34.000.000 33.000.000 Dachser Portugal 28.974.604 40.000.000 61.200.000 61.500.000 Entreposto Logística 4.500.000 3.500.000 2.000.000 1.500.000 Frissul 11.356.318 11.410.000 11.022.668 9.821.918 Garland 55.000.000 53.000.000 58.000.000 64.000.000 Gefco Portugal 83.411.496 89.900.000 75.355.000 80.413.000 Havilog 72.694.857 92.000.000 96.000.000 102.000.000 Logic 10.166.166 10.686.317 12.360.000 12.980.000 Luís Simões Logística Integrada 36.989.000 37.000.000 198.940.000 206.267.000 Norbert Dentressangle 56.051.451 43.000.000 51.148.000 49.525.000 Rangel 19.000.000 14.000.000 110.000.000 112.000.000 Santos & Vale 11.800.000 11.437.493 12.600.000 11.200.000 Schenker Transitários 73.113.974 80.000.000 91.000.000 90.400.000 Schnellecke Portugal 26.400.000 25.200.000 24.000.000 30.000.000 Sintax Logística Transportes 9.951.910 10.337.000 11.154.556 N/RSTEF Portugal 27.300.000 29.800.000 33.200.000 33.300.000 TDN 8.948.531 8.166.000 10.042.662 10.727.793 Torrestir 33.000.000 61.000.000 112.000.000 136.000.000 Transportes Azkar Portugal 26.240.000 29.560.000 26.935.516 28.348.632 Univeg Portugal 5.060.874 6.000.000 6.500.000 6.550.000 UTi – G- SLI 21.000.000 18.000.000 21.000.000 21.000.000

Comparação de facturação das 25 empresas presentes nas últimas edições(em euros)

Operadores 2007 2009 2010 2011

9 OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL

Nota: Os valores relativos à facturação em 2010 e 2011 da Luís Simões Logística Integrada e da Rangel reflectem a facturação geralenquanto Grupo, justificando o crescimento exponencial obtido, comparativamente com os anos anteriores

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N a edição deste ano, 84% dos inquiridosafirma ter mais de 20 clientes em carteira,contrastando com os 2% que referem ter

entre 16 e 20 clientes. Para os restantes intervalos (1- 5, 6 - 10 e 11 - 15) encontram-se 3%, 7% e 4% res-pectivamente (ver gráfico).De salientar que o grande consumo (alimentar e nãoalimentar) é o principal segmento de actividade dosoperadores logísticos, com 62% dos participantes aadmitirem trabalhar nesta área. Com 38% das res-postas surge a área farmacêutica e hospitalar, se-

Tipo de Actividade, Operações e Serviços

FOCO NO CLIENTEComo em anos anteriores, a Logística Moderna procurou saber, junto dos participantes desta edição, quais os principais serviços ofere-cidos, os principais sectores de actividade e o universo de clientes. É fácil perceber que grande parte dos operadores logísticos inquiridosafirma ter mais de 20 clientes, maioritariamente do grande consumo, sendo a armazenagem e o transporte nacional as principais activi-dades desenvolvidas.

RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS

84%Mais de 20

2%16 a 20

Universo de clientes

Grande Consumo (Alimentar/ Não Alimentar) 62%Farmacêutico e Hospitalar 38%Automotive 34%Têxtil e Calçado 33%Telecomunicações e Tecnologias de Informação 16%Electrodomésticos e Electrónica 14%Industrial, Construção e Cerâmica 14%Celulose, Madeiras, Cortiças e Curtumes 9%Livros/Publicações e Material Promocional 9%Metalomecânica e Maquinaria 7%Química, Energia e Materiais Eléctricos 5%Bricolage e Decoração 5%Outros (Animais Vivos, Aeronáutica, Vinhos) 5%Combustíveis e Lubrificantes 5%Vidros, Plásticos e Embalagem 3%Bazar Ligeiro 3%Higiene e Limpeza 2%

Principais segmentos de actividade %

4%11 a 15

7%6 a 10

3%1 a 5

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11 OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL

Armazenagem 93%Transporte Nacional 91%Gestão de Stocks 86%Etiquetagem 83%Processos de cross-docking 79%Transporte Internacional 78%Manipulações 74%Distribuição 69%Embalagem 67%Reembalagem 66%Actividades promocionais 53%Pré-montagem e/ou assemblagem 48%

Serviços prestados %

guida de perto pelo automotive com 34% e pelo têx-til e calçado com 33% (ver quadro).

TIPO DE ACTIVIDADEEm termos de tipo de actividade, os 58 participan-tes seleccionaram aquelas que são mais representa-tivas na sua operação entre operador logístico,transportador, transporte urgente ou expresso etransitário.Importa referir que, de acordo com a AssociaçãoPortuguesa de Operadores Logísticos (APOL), a ac-tividade de operador logístico contempla a presta-ção de serviços de valor acrescentado a terceiros, anível de armazenagem, manuseamento e movimen-tação de bens.No caso da actividade do transportador esta com-porta a parte da logística responsável pelo desloca-mento de cargas e/ou pessoas, através de váriossistemas modais. Já o caso do transporte expressoou urgente este caracteriza-se por oferecer um ser-viço de entrega segura e rápida dos envios, desde acasa do cliente até aos destinatários final. O trans-porte expresso nacional contempla entregas em 24horas (dia seguinte). A estes serviços estão tambémassociadas algumas actividades logística, armaze-nagem e serviços aduaneiros. Dentro dos transpor-tadores expresso estão os prestadores de serviçospostais, devidamente autorizados pela ANACOM.

Quanto ao transitário, para a Associação dos Tran-sitários de Portugal (APAT) é aquele que coordenae organiza todas as operações de transporte, desig-nadamente o transporte internacional, tratando asmercadorias como se fossem suas. Este possui tam-bém capacidade profissional certificada, dominaquestões financeiras, cambiais e aduaneiras, tem co-nhecimentos actualizados das regras do comércioexterno e de todos os meandros do transporte in-ternacional, tal como leis, regulamentos e usos dospaíses por onde transitam as mercadorias. Segundoa APAT, um transitário é operador de transportemultimodal.Dos inquiridos, 52 afirmaram realizar actividadesde operador logístico. Com 22 respostas está a ac-tividade de transportador, seguido pela actividadede transitário, com 17 respostas positivas. Com 12respostas encontra-se a actividade de transporte ur-gente ou expresso (ver quadro).Além destes serviços, algumas empresas acrescen-tam ainda ter como tipo de actividade a armazena-gem, gestão de stocks, entreposto aduaneiro,distribuição, transportes especiais, feiras, exposi-ções, serviços de valor acrescentado, trading e con-tentores.OPERAÇÃO VS TEMPERATURANa edição deste ano, a Logística Moderna foi conhe-cer quais as temperaturas com que trabalham os

operadores logísticos presentes no mercado nacio-nal. De salientar que o frio positivo, também conhe-cido como refrigeração, compreende temperaturasacima dos 0ºC e até aos 10ºC. Abaixo dos 0ºC esta-mos perante uma temperatura negativa. A necessi-dade de conservação varia de acordo com ascaracterísticas do produto a conservar. Num total de 52 respostas, 22 empresas afirmamtrabalhar apenas com temperatura ambiente, exis-tem ainda 14 empresas com valores entre os 85% eos 99% a trabalharem com esta temperatura. No caso do frio positivo, contabilizam-se sete em-presas com valores superiores a 40%, sendo a Me-dlog a empresa que mais utiliza o frio positivo nassuas operações, num total de 95%. A esta empresajuntam-se a Salvesen Logística (90%), a TransportesPaulo Duarte (70%), a Univeg (65%), a STEF (55%)e a Aviludo (44%).Por fim, relativamente ao frio negativo, apenas aFrigoservice admite trabalhar a 100% com esta tem-peratura. Com 97% encontra-se a Frissul, seguidapela Frigomato com 85%, Havilog com 65% e a Avi-ludo com 40%. Das empresas inquiridas, seis prefe-riram não responder a esta questão.Entre os serviços prestados, 93% dos operadores lo-gísticos admite fazer armazenagem. Com 91% dasrespostas surge o transporte nacional contra 78%do transporte internacional. Existe também um nú-mero significativo de operadores a fazer gestão destocks (86%) e etiquetagem (83%). Além dos serviços identificados no Quadro, algunsoperadores acrescentam outros serviços que consi-deram igualmente importantes no seu negócio.Entre eles destaque para os serviços de valor acres-centado, como o fitting, as reparações de equipa-mentos e o collect to cash da DHL Supply Chain, agrupagem de importação e exportação levada acabo pela Forcargo e a gestão de serviços financei-ros de arquivo e consultadoria da Fiege. Também aNorbert Dentressangle diz oferecer serviços de pa-letização, a Logifarma conta com o controlo de cré-dito e o order entry e a Gefco com a representaçãofiscal e aduaneira, a logística de eventos, o parqueautomóvel e o Gefcobox System. Também na logís-tica de eventos desportivos, feiras e exposiçõessurge a Schenker Transitários. Os processos de ges-tão de qualidade são identificados pela Havilog. Jáa Robert Europe diz fazer transportes urgentes/ex-presso. A Schnellecke Portugal admite fazer logís-tica interna, logística inversa, gestão de embalagensretornáveis e kitting e a Univeg Portugal salienta aoferta de uma plataforma de centralização para opescado fresco.

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12RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS

Abreu Carga e Trânsitos *Adicional * * *Alliance Healthcare *ALM II * * *Arnaud-Logis * *Autotrans Express * *Aviludo * *Batista & Sanganha *Bomi Portugal *Carreras Almacenaje Y Distribuicion *Cat LC *Chronopost Internacional Portugal * *CTT Expresso * *Dachser Portugal *DHL *Entreposto Logística *Farmavenix Portugal *Fiege *Forcargo * *Frigomato *Frigoservice * *Friofarma *Frissul * *Garland * *Gefco Portugal * *Go Logistic * * * *Havilog *Inchain Logistics *Logic *Logifarma *Luís Simões Logística Integrada * *Medlog * *Norbert Dentressangle * *Olano *Olicargo *Patinter *Promo *Rangel * * *Rhenus *Roberts Europe * *Rodocargo * *Salvesen Logística *Santos e Vale * * *Schenker Transitários * *Schnellecke Portugal *Sintax Logística Transportes * *Stef Portugal *TDN * * * *TNC2 * * *TNT Express Worldwide (Portugal) * *Torrestir * * * *Transportes Azkar Portugal * *Transportes Coelho Mariano * * * *Transportes Florêncio & Silva * *Transportes Pascoal * *Transportes Paulo Duarte *Univeg Portugal *Uti - G-Sli * *

Tipo de Actividade

Empresa TOL TU/E FF

Abreu Carga e Trânsitos 85% 10% 5%

Adicional 100%Alliance Healthcare 98,5% 1,5%ALM II 90% 10%Aviludo 16% 44% 40%

Batista & Sanganha 100%

Bomi Portugal 95% 5%

Carreras Almacenaje Y Distribuicion 99% 1%CAT LC 100%Chronopost Internacional Portugal 100%

CTT Expresso 100%Dachser Portugal 100%

DHL Supply Chain 85% 15%Entreposto Logística 100%

Farmavenix Portugal 90% 10%

Fiege 90% 10%Forcargo 100%

Frigomato 1% 14% 85%Frigoservice 100%

Frissul 1% 2% 97%

Garland 100%

Gefco Portugal 100%Havilog 15% 30% 65%Inchain Logistics 100%

Logic 100%

Logifarma 92% 7,997% 0,003%Luís Simões Logística Integrada 85% 15%

Medlog 95% 5%

Norbert Dentressangle 99% 1%Olicargo 90% 7% 3%Patinter 100%

Promo 100%Rangel 80% 20%

Rhenus 100%

Roberts Europe 99% 1%

Rodocargo 100%Salvesen Logística 3% 90% 7%

Santos & Vale 100%

Schenker Transitários 100%Schnellecke Portugal 100%

Stef Portugal 10% 55% 35%

TDN 100%TNC2 100%

TNT Express Worldwide (Portugal) 100%

Torrestir 90% 10%Transportes Azkar Portugal 100%

Transportes Coelho Mariano 100%

Transportes Florêncio & Silva 100%Transportes Pascoal 15% 2% 2%Transportes Paulo Duarte 20% 70% 10%Univeg Portugal 10% 65% 25%UTi - G-Sli 100%Arnaud-Logis N/RAutotrans Express N/R

Friofarma N/R

Go Logistic N/ROlano N/RSintax Logística Transportes N/R

Totalidade da Operação VS Percentagem Temperatura

Países TA FP FN

OL – Operador Logístico T – Transportador TU/E – TransporteUrgente/Expresso FF- Freight Forwarder/ Transitário

TA – Temperatura AmbienteFP – Frio Positivo FN – Frio Negativo

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N os últimos anos, a gestão da supply chaintem criado oportunidades e desafios para acompetição no mundo dos negócios, sendo

a externalização da totalidade ou parte de uma oumais operações apenas um deles. Contudo, entregaros produtos/mercadorias num operador externo edelegar nele a responsabilidade pelas actividades degestão da sua cadeia de abastecimento envolve be-nefícios, mas também custos e riscos para quemtoma a decisão.Do agro-alimentar, ao farmacêutico, do têxtil aogrande consumo ou à electrónica, apesar de semprenos bastidores, as equipas dos prestadores de servi-ços logísticos, a sua qualificação e as suas aptidõessão determinantes para o êxito de um contrato deoutsourcing.

O VALOR DA EXPERIÊNCIAMas por que são afinal tão importantes as pessoas?Uma determinada operação pode ser replicada, par-cial ou totalmente; uma pessoa, a sua experiência,as suas competências, não. Por isso são tão valiosaspara os operadores logísticos as suas equipas. Pelacriação de emprego e geração de riqueza, sim, massobretudo pelo valor acrescentado que a experiência

Recursos Humanos e Formação

O BEM MAIS PRECIOSOÉ lugar comum dizer que as pessoas são o capital mais importante de uma organização. Mas, numa época em que a tecnologia e o con-hecimento estão aí para quem deles quiser fazer uso, o que na prática pode fazer alguma diferença são realmente as pessoas, o seuknow-how, a sua capacidade de melhorar e inovar. Numa área de negócio como a da prestação de serviços logísticos, qual a importânciado capital humano, da sua experiência e da sua qualificação? Parece que, no caso dos operadores logísticos portugueses, as pessoasestão de facto no centro.

13 OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL

e os conhecimentos teóricos e práticos dos seus tra-balhadores introduzem nas operações dos seusclientes e, por consequência, no saber fazer da em-presa.

SAZONALIDADE E OPORTUNIDADEEste é um sector de actividade que até recorre bas-tante a outsourcing de mão-de-obra, nomeadamentepor questões de sazonalidade das operações a desen-volver – épocas que antecedem Natal, Páscoa, Verãoou regresso às aulas, por exemplo – pode e é muitasvezes necessário recursos extraordinários. Domesmo modo, lançamentos de novos produtos oudeterminadas campanhas de marketing e que envol-vam actividades como reetiquetagem, embalagemou copacking, são mais alguns casos que podemlevar um operador logístico a ter recorrer a mão deobra temporária.Mas, fora as situações extraordinárias, sazonais oupontuais, quantas pessoas desenvolvem a sua activi-dade em empresas de prestação de serviços logísti-cos? Quem são os maiores empregadores?De acordo com os dados apurados e que tiveramcomo fonte as respectivas empresas, o sector portu-guês de operadores logísticos empregou em 2011

um número de pessoas que rondou os 15.730 pro-fissionais. Das 58 empresas que responderam ao in-quérito, apenas seis empregam mais de 1.000pessoas. No topo da tabela, como maior emprega-dor, surge a Transportes Florêncio & Silva com 1248trabalhadores. Seguem-se a Patinter e a Torrestircom 1200 cada e a Luis Simões Logística Integradacom 1159. Realce merece ainda o facto de os cinco maioresoperadores logísticos nacionais serem responsáveispor gerar emprego a 38% da totalidade da mão-de-obra do sector (5907), enquanto que os 10 maioresem termos de número de postos de trabalho ocu-pam 9641 pessoas, ou seja, qualquer coisa como 61%da totalidade.Curioso e digno de realce é também o facto de notopo da tabela estarem apenas prestadores de servi-ços logísticos nacionais. A primeira empresa multi-nacional vem em sexto lugar: a DHL Supply Chaincom 1.000 trabalhadores.

RECICLAR E ACTUALIZARPara esta edição do Ranking e Atlas dos OperadoresLogísticos quisemos ir um pouco mais longe e ava-liar junto destas empresas a importância de outrosaspectos directa ou indirectamente relacionadoscom a sua actividade. Um deles foi a formação.É verdade que as pessoas são um precioso recursono seio de qualquer organização, mas para isso épreciso muni-las dos necessários conhecimentos aonormal desempenho da sua função, reciclar e actua-lizar alguns já que, em matéria de formação convém,de facto, que nada seja deixado ao acaso.Se isto é verdade para a maioria das empresas, no

Cinco primeiros Operadores 5,907 38%Dez primeiros Operadores 9,641 61%

Colaboradores - Acumulado

2011Peso face ao totalde colaboradores

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14

caso dos operadores logísticos muito mais, pelo tipode actividades que desenvolvem, quantas vezes paraclientes de sectores completamente distintos entresi ou até antagónicos.

DENOMINADORES COMUNSTodas as empresas inquiridas têm um plano anualde formação, com um número médio de horasanuais alocado a cada trabalhador de aproximada-mente 30h.No que diz respeito ao número médio de participan-tes nas acções de formação a maioria dos inquiridosrespondeu que este é variável consoante a acção e asespecificidades da mesma. Denominador comum atodos os respondentes é o facto da totalidade dosseus trabalhadores ser incluída nos planos de for-mação anual da empresa.As actividades e tipos de serviços que são desenvol-vidos por estas empresas podem ser bastante variá-veis consoante o tipo de cliente a que se destine.Ainda assim, dentro das áreas de formação privile-giadas das empresas participantes no Atlas e Ran-king dos Operadores Logísticos salientam-se asacções vocacionadas para aspectos operacionais re-lacionados com a actividade desenvolvida (23% dosinquiridos); desenvolvimento de competências (20%das empresas); higiene e segurança (15%). Foram 13as empresas inquiridas que consideraram a forma-ção técnica de condução como um dos campos pri-vilegiados de actualização. Por ordem decrescente de importância (ver quadro)seguem-se as tecnologias de informação, a gestão daqualidade e ambiente, as línguas, e, curiosamente,em penúltimo lugar, o costumer service, uma áreaespecialmente importante para quem opera na pres-tação de serviços e que deve sempre encarar uma re-clamação como uma oportunidade, e em últimolugar temáticas legislativas.

RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS

1 TRANSPORTES FLORENCIO & SILVA 1,2482 PATINTER 1,2003 TORRESTIR 1,2004 LUIS SIMÕES LOGÍSTICA INTEGRADA 1,1595 RANGEL 1,1006 DHL 1,0007 CHRONOPOST INTERNACIONAL PORTUGAL 7708 SCHNELLECKE PORTUGAL 7009 CTT EXPRESSO 66410 TRANSPORTES PAULO DUARTE 60011 STEF PORTUGAL 41012 RODOCARGO 39613 SCHENKER TRANSITÁRIOS 38414 ALLIANCE HEALTHCARE 35415 TNT EXPRESS WORLDWIDE (Portugal) 30016 AVILUDO 28617 GARLAND 28318 TRANSPORTES PASCOAL 27719 MEDLOG 27220 GEFCO PORTUGAL 27121 TRANSPORTES AZKAR PORTUGAL 22322 DACHSER PORTUGAL 20223 NORBERT DENTRESSANGLE 19024 ADICIONAL 18025 FRISSUL 17626 SANTOS E VALE 15527 ABREU CARGA E TRANSITOS 13528 TDN 13529 PROMO 12930 HAVILOG 10631 TNC2 10132 TRANSPORTES COELHO MARIANO 10033 AUTOTRANS EXPRESS 9034 UNIVEG PORTUGAL 9035 SINTAX LOGÍSTICA TRANSPORTES 8336 ARNAUD-LOGIS 8037 UTI - G-SLI 7238 LOGIFARMA 7039 RHENUS 6840 FRIGOSERVICE 6041 FRIGOMATO 4842 FIEGE 4543 OLICARGO 4044 FORCARGO 3745 SALVESEN LOGÍSTICA 3746 CARRERAS ALMACENAJE Y DISTRIBUICION 3647 BOMI PORTUGAL 3048 GO LOGISTIC 2649 CAT LC 1950 OLANO 1951 FARMAVENIX PORTUGAL 1852 ENTREPOSTO LOGÍSTICA 1653 BATISTA & SANGANHA 1054 INCHAIN LOGISTICS 1055 ROBERTS EUROPE 956 ALM II 657 FRIOFARMA 558 LOGIC N/R

Total 15,730

EmpresaColaboradores

2012Ranking

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N o caso dos operadores logísticos, não sópelos serviços que disponibilizam, como de-vido aos mercados para os quais estão na

sua maioria vocacionados e direccionados essesmesmos serviços (alimentar, bebidas, produtos degrande consumo, automóvel, farmacêutico...), ocompromisso com a qualidade é para a maioria dosoperadores inquiridos uma realidade do dia-a-diadas suas empresas, bem como as normas e requisitosa preencher em matéria de higiene, saúde e segu-rança. Não é de estranhar, portanto, que do total de opera-dores inquiridos 76% sejam certificados, em dife-rentes âmbitos, por oposição a 22% que não têmcertificação e 1% que não sabe/não responde.

QUALIDADE É...Sem dúvida que a qualidade é factor essencial paraa competitividade da empresa. Por exemplo, deteruma certificação ISO 9000 significa que a empresapossui certificação de qualidade nos seus processose que está apta a realizar bons negócios e a servircom eficiência quer empresas, quer consumidoresfinais, também eles cada vez mais exigentes e cons-cientes da importância destas ferramentas como umgarante da qualidade quer de produtos, quer de ser-viços. Daí o protagonismo da Certificação ISO 9000,que passou por revisões e padronizações para seadequar aos padrões mundiais de qualidade e acom-panhar as necessidades ditadas pelas novas tecnolo-gias e tendências de mercado. Há muito que os operadores logísticos, até pela na-tureza da actividade que desenvolvem, se deramconta da importância destes mecanismos de gestãodas empresas e das respectivas actividades. Aliás, seanalisarmos a evolução que se verificou no sector de

Certificação

A BUSCA DA EXCELÊNCIAEm qualquer negócio ou área passou a ser fundamental a qualidade, tanto de produtos como de serviços. Mais, não basta tê-la. É fun-damental garanti-la, certificá-la, evidenciá-la. Há que cumprir padrões, conformidades e obter certificações, requisitos decisivos para as-segurar a capacidade competitiva das empresas e vencer num qualquer mercado, seja ele local ou global.

15 OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL

prestação de serviços logísticos desde 2009 até 2012,percebemos que dos 65% de operadores logísticosque eram certificados naquela época, passámos para76% de empresas que na actualidade detêm certifi-cações várias. Uma evolução similar teve a percen-tagem de empresas não certificadas em 2009 – 32%- quando comparada com 2012, onde se encontram22% de empresas de prestação de serviços logísticosque não têm certificações.

DIFERENTES FAMÍLIASNo universo das empresas inquiridas para o Ran-king e Atlas dos Operadores Logísticos as certifica-ções dominantes, não obstante a existência de outrasem diferentes casos, são fundamentalmente três.A família das ISO 9000 diz respeito a um conjuntode normas que envolvem a inspecção, controlo eplaneamento para que a organização ou empresasiga todas as normas a que está obrigada pela certi-ficação e alcance os necessários e tão desejados ní-

veis de qualidade em todos os processos.Já o conjunto de normas 14000 prende-se com a ges-tão ambiental e o impacto das actividades desenvol-vidas pelas empresas no meio envolvente, enquantoque as ISO 18000 dizem respeito à ética, sustentabi-lidade e segurança em operações.Ou seja, no universo de actuação dos operadores lo-gísticos é ponto assente que qualidade é sinónimode excelência, liderança e satisfação dos vários elosda cadeia, desde trabalhadores, fornecedores, clien-tes e, claro, a sociedade em geral.Há muito que se interiorizou que operações comqualidade implicam excelência na produção, nosprocessos, mas também preocupações com o meioambiente e com a satisfação e bem-estar dos colabo-radores. E, quando assim é, o saldo é positivo.

13%Não

44%Sim

Certificação

1%N/R

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16

F oco no cliente, voz do cliente, nível de serviçoao cliente. Ninguém tem de ser tão hábil agerir este trinómio como um operador logís-

tico. Só assim conseguirá do ponto de vista opera-cional traduzir e materializar as reais necessidadesdos clientes e, também, só deste modo, pode satis-fazer o(s) seu(s) clientes de modo rentável e satisfa-tório.Primeiro dado a reter: todas as empresas inquiridastêm serviço de atendimento ao cliente. Por isso, qui-semos saber que meios utilizam os nossos operado-res logísticos como ferramentas auxiliares ao seucustomer service. A grande maioria tem no telefone(35%) e no email (34%) os principais instrumentosutilizados. A internet é o meio a que recorrem 27%dos inquiridos, enquanto que 5% desenvolveu ouencontrou outras formas de estar mais perto, aten-der e satisfazer os seus clientes, como é o caso dosportais empresariais de algumas empresas, nomea-damente a Luis Simões, com o portal Lsnet e ogrupo Rangel através do MyRangel.

VALE SEMPRE A PENADizem os especialistas que a implantação de uma

Customer Service

À MEDIDA DOS CLIENTESNem sempre muito falado, quantas vezes esquecido, mas de importância crucial para as actividades de marketing e logística. De quefalamos? De “customer service”, pois claro. Como encaram os operadores logísticos o “customer service”?A área ou departamentoexiste? ´Funciona? É utilizado de forma coerente? Que objectivos o norteiam?

RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS

34%E-mail

34%Telefone

Atendimento aocliente

área de customer service tem como principais fun-ções “traduzir as reais necessidades dos clientes paradentro da empresa; avaliar todas as implicações des-sas mesmas necessidades; medir os seus custos; de-senhar soluções customizadas; alcançar consensointerno; e, por fim, disponibilizar aos clientes as di-ferentes possibilidades e/ou soluções.Contudo, a implantação destes processos não é sim-ples ou fácil. Em primeiro lugar é fundamental aempresa deter um grande auto conhecimento, ouseja, conhecer em profundidade as reais capacidadesda empresa, restrições, limitações e, claro, os objec-tivos e aspirações. Mas, diz quem sabe, que vale apena. Os benefícios reais podem ser vários, com especialênfase para uma clara noção de como servir ocliente, de forma rentável, tanto a curto como alongo prazo; conseguir alcançar uma relação maisforte e duradoura com os clientes e, consequente-mente, melhorar o desempenho e aumentar a quotade mercado. Razões mais do que suficientes parapensar duas vezes quando vir estas duas palavrinhas,não? É que o cliente continua rei e sem ele, nadafeito.

Luis Simões Logística Integrada Portal LSnetRoberts Europe Sales Manager visit to follow-upRangel Portal MyRangel; Portal Personalizado

Outros meios utilizados*

Empresa Meio utilizado

5%Outros

27%Internet

*As outras duas empresas não divulgaram os meios utilizados

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F alar de transporte rodoviário é também, ecada vez mais, falar de ambiente e de susten-tabilidade. Porque a mobilidade, apesar de ser

dada como algo adquirido, tem um preço cada vezmais elevado, não apenas devido ao aumento cres-cente do preço dos combustíveis nos últimos anos,mas principalmente pela factura ambiental que re-presenta.A título de curiosidade vale a pena lembrar quetodos os dias são mais de 7500 os quilómetros de es-tradas europeias bloqueadas por engarrafamentos,tanto de transporte de mercadorias como de passa-geiros. Aliás, segundo dados da União Europeia, ocongestionamento nas estradas e nos aeroportos eu-ropeus acrescenta perto de 6% à factura de combus-tível da UE e consequentemente um acréscimo dosníveis de poluição. Não é de estranhar, por isso, quese tenha considerado que os padrões de crescimentovigentes no âmbito do transporte se tenham tornadoinsustentáveis.

SUSTENTABILIDADE NA AGENDAÀ nossa pergunta “A sua empresa tem preocupa-ções com a sustentabilidade do transporte?”, 88%das empresas que responderam este ano ao inqué-rito revelaram que sim, 3% disseram perentoria-mente que não, enquanto que 10% seposicionaram na franja dos que não sabem ou nãorespondem.Quisemos saber no grupo dos que já têm a susten-tabilidade nas suas agendas que medidas já preco-nizaram para que essa preocupação ambiental setorne uma realidade. A principal medidas destesoperadores logísticos “amigos do ambiente” temsido a renovação das suas frotas, 32%; a reduçãodo número de quilómetros percorridos (28% dosinquiridos); 21% apostaram na certificação am-biental; 6% nas auditorias energéticas e 13% nou-tro tipo de acções e iniciativas, como por exemplo

Sustentabilidade das frotas

O ELO MAIS FORTENão há logística sem mobilidade e, aí, o transporte, nomeadamente o rodoviário continua a ser um elo fundamental da cadeia deabastecimento, inultrapassável em especial na última milha e na distribuição porta-a-porta. Dentro de casa ou subcontratado, osoperadores logísticos têm no transporte rodoviário um precioso aliado.

17 OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL

o uso de combustível green, a condução econó-mica, desenvolvimentos técnicos de gestão de fro-tas e equipamentos “mais verdes”, a exigência daredução das emissões de CO2 aos parceiros detransporte através do cumprimento da normaEuro5 ou, inclusivamente, o desenvolvimento deligação alternativa ao transporte rodoviário entrePortugal e a Alemanha recorrendo para o efeito aocomboio, condução defensiva e até mesmo a im-plementação de iniciativas de “eco-driving”.

OUTSOURCING É TENDÊNCIAA maioria dos operadores logísticos (56%) que par-ticiparam neste ranking, em termos de frota, temoptado por continuar com o transporte “inhouse”muito embora também recorra a soluções e serviçosexternos de transporte: 36%. Apenas 9% dos inqui-ridos continua a apostar no modelo de negócio quepassa por manter o transporte próprio.Quanto ao tipo de veículos que utilizam ou a que re-correm para desenvolver a actividade de transporte

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18RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS

9%Frota própria926 veículos

35%Frota sub-contratada1466 veículos

Modelode transporte

30%Pesado

61%Ambos

Tipo de veículo

9%Ligeiro

25%Ambos

31%Sistema de localizaçãode viaturas por GPS

Gestãode transportes

11%Nenhum

56%Utilização de frota

própria e sub-contratada8290 veículos

e/ou distribuição, 61% dos inquiridos recorre a veí-culos ligeiros e pesados, 30% a veículos pesados e9% ficam-se pelos veículos ligeiros.Como já vimos, o transporte rodoviário é um elofundamental em toda a cadeia. Não é de estranhar,então, que para os operadores logísticos, as TICsejam vistas como auxiliares preciosos, em especial,no que à gestão dos transportes diz respeito. De queforma? É o que vamos analisar já de seguida: 33%tem software de optmização de rotas; 31% simples-mente recorre a sistemas de localização de viaturaspor GPS, 25% a ambos e 11% não utilizam qualquersistema de gestão dos seus transportes.

NATURALMENTE COMPETITIVOSJá não se vive sem um sistema de transportes efi-ciente, seja por lazer, para entregas ao domicílio oupara qualquer outra mera distribuição de produtos.A existência de sistemas de transportes eficientes éessencial para manter a competitividade da econo-mia e, claro, o bom funcionamento dos negócios.Ainda assim, nunca é demais lembrar que , por si

só, os transportes constituem um sector económico,representando cerca de 10% da nossa riqueza emtermos de produto interno bruto (PIB). Trata-se deuma indústria que vale cerca de um trilião de eurospor anona Europa e que emprega mais de dez mi-lhões de pessoas.O crescimento dos transportes anda de mãos dadascom o crescimento da economia e da nossa prospe-ridade. Os métodos de produção modernos baseados na

distribuição de peças e componentes «just-in-time»requerem viagens mais frequentes do que no pas-sado.Diariamente, dependemos de transportes seguros,fiáveis, confortáveis e velozes para ir trabalhar, paraviajar profissionalmente ou em lazer e para distri-buir os produtos que em grande medida determi-nam o nosso estilo de vida. A existência de sistemasde transportes eficientes é essencial para manter acompetitividade das economias e o bom funciona-mento dos mercados, ainda que tendencialmentecom viagens cada vez menos frequentes.

33%Software de optimizaçãode persursos

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Q ue tipo de equipamentos de movimentaçãosão preferidos pelo operadores logísticos?Nos centros logísticos nacionais das empre-

sas que participaram no Ranking e Atlas dos Ope-radores Logísticos encontramos maioritariamenteequipamentos eléctricos, 65%; diesel 22% e, porfim, GPL com 14%.No caso das empresas que responderam ao nosso in-quérito, os equipamentos são próprios para 57% dosinquiridos e alugados no caso de 43%.No que diz respeito à renovação da frota de equipa-mentos de movimentação de mercadorias, 48% dos

Equipamentos de movimentação

RAPIDEZ, EFICIÊNCIAE SEGURANÇAÉ inquestionável o papel dos equipamentos de movimentação no bom andamento das operações dentro do armazém. Rapidez, eficiênciae segurança são fundamentais para conseguir que o pedido do cliente esteja no local certo, à hora certa e com o menor custo. Tudoboas razões para ficarmos a conhecer melhor como estão equipados os centros dos operadores logísticos e quais as opções dominantesem termos de movimentação de mercadorias 'indoors'.

22%Diesel

65%Eléctricos

Tipologia dosequipamentos

operadores logísticos inquiridos tem nos seus planosrenovar os seus equipamentos de movimentação demercadorias, maioritariamente porque é a altura es-tabelecida pelos contratos que têm em vigor. Con-tudo, são 52% as empresas que revelaram que nãotêm intenções de investir nesse domínio.

PAPEL FULCRALOs equipamentos de movimentação têm um papelpreponderante dentro dos centros logísticos. Por umlado, as empresas apostam cada vez mais no controloefectivo de todas as actividades relacionadas com os

processos de armazenagem e movimentação das mer-cadorias e produtos e se a utilização das tecnologias esistemas de informação são excelentes ferramentaspara optimizar todos os processos de gestão e arma-zenagem, por si só não funcionam, sendo fundamen-tal que nomeadamente os equipamentos demovimentação acompanhem e sejam capazes de darresposta às solicitações que vão sendo colocadas.É a escolha dos equipamentos que determina umaboa parte dessa eficiência, bem como a garantia deuma boa e eficaz assistência técnica já que, preferen-cialmente, a logística não pára.

14%GPL

48%Sim

Está previstarenovação da frota

52%Não

57%Próprios

Equipamentos sãomaioritáriamente

43%Alugados

19 OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL

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20

F oram colocadas várias questões relativas às ins-talações das empresas, abordando a localização,características técnicas, qualidade na perspec-

tiva do ocupante e áreas ocupadas, entre outras.As primeiras questões relativas a este tema referem-se à capacidade de armazenagem total dos operado-res. Os 58 responsáveis das empresas participantesdeclararam ocupar uma área total (incluindo espa-ços de escritórios e de armazenagem) que ronda os1,42 milhões de m2 distribuídos por mais de 230instalações logísticas no país, correspondendo a

Imobiliário

1,42 MILHÕESDE M2 OCUPADOSNesta secção é efectuada uma análise dos espaços ocupados pelos operadores, com o objectivo de se obter o retrato do segmento logís-tico do mercado imobiliário em Portugal na perspectiva do ocupante.

RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS

16%Grande Porto

58%Grande Lisboa

InstalaçõesDispersãogeográfica(todo País)

uma área média por instalação acima dos 6.000m2.Em média, as empresas inquiridas ocupam quatroplataformas que totalizam cerca de 24.500m2. No que se refere à origem dos capitais das empresas,verifica-se que 43% da totalidade dos inquiridosconta com capitais maioritariamente estrangeiros.A análise que se apresenta de seguida refere-se aosespaços dedicados exclusivamente à armazenagem,sobre as quais foram colocadas diversas questões deordem técnica que permitem caracterizar o perfildas principais instalações logísticas do país. Trata-se de um universo de cerca de 1,1 milhões de m2 deárea de armazenagem, correspondendo a uma áreamédia de 19.600m2 por empresa e de 4.800m2 porinstalação.

5%Alentejo / Algarve / Ilhas

12%Centro

9%Norte

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21 OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL

14%Loures

46%Eixo Alverca -Azambuja

InstalaçõesDispersãogeográfica

(Grande Lisboa)

5%Lisboa cidade

10%Eixo Sintra-Cascais

12%Eixo Montijo - Alcochete

13%Eixo Almada - Setúbal

Grande Lisboa 81% 19% 15Grande Porto 77% 23% 16Norte 83% 17% 13Centro 68% 33% 10Alentejo/Algarve/ Ilhas 62% 38% 4Total 75% 25% 13

Especificações técnicas dos armazéns (todo país)

ZonaN.º médio

de cais de cargaSem

cais de cargaCom

cais de carga

A concentração dos espaços na região da GrandeLisboa é elevada, correspondendo a 58% do total. Asrestantes instalações distribuem-se especialmentepelo Grande Porto (16%) e zona Centro do país(12%). A primazia do eixo Alverca - Azambuja, a zonaprime do mercado industrial da Grande Lisboa, éconfirmada pelos operadores logísticos na suaopção de localização. É nesta zona que se concentraa maioria das instalações na Grande Lisboa, cercade 305.000m2 de espaços. Segue-se a zona de Loures,que tem vindo a beneficiar das excelentes infra-es-truturas rodoviárias recentemente desenvolvidas naregião, ultrapassando inclusive o eixo Almada - Se-túbal em comparação com a anterior edição do in-quérito em 2010.No que se refere às especificações técnicas dos ar-mazéns, verifica-se uma predominância pela opçãode espaços com cais de carga, com 75% das empresasa reportarem que trabalham em instalações com estavalência, com a zona Norte a apresentar o maiorpeso, 83%. Em média as empresas trabalham com13 cais de carga por instalação logística, sendo as re-giões da Grande Lisboa e Porto as que verificammaior número médio de cais de carga.

Quanto ao pé direito médio dos armazéns, maisuma vez confirma-se os elevados padrões de exigên-cia dos operadores logísticos no que se refere aos es-paços que ocupam. Os inquiridos reportamtrabalhar em instalações com um pé direito médiode 8,0m, sendo que na zona da Grande Lisboa estevalor sobre para os 8,8m. Em Lisboa, os eixos Al-verca-Azambuja e Montijo-Alcochete são os que re-portam pés direitos mais elevados.

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22RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS

A qualidade dos armazéns está necessariamente in-terligada à idade dos imóveis, ou seja, quanto maisrecente sejam os projetos, maior qualidade se esperaque registem. O parque de armazéns ocupado pelosoperadores logísticos inquiridos regista uma idademédia ainda considerável, quando relacionada comas outras características analisadas, como a presençade cais de carga ou o pé direito das plataformas.

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23 OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL

Em média, os imóveis ocupados por operadores lo-gísticos em Portugal têm 12 anos de idade, tendosido construídos no início do milénio. Os espaçosda zona Centro e Norte são os mais antigos, sendona região do Grande Porto e zonas do Alentejo, Al-garve e Ilhas onde se encontram os armazéns maisrecentes.No que se refere à propriedade dos imóveis, osdados recolhidos retratam um mercado cada vezmais profissionalizado no que ao imobiliário se re-fere, com um peso considerável dos operadores a ar-rendarem os espaços que ocupam. Em média, 70%dos inquiridos são inquilinos dos armazéns em quedesenvolvem a sua actividade, sendo a zona Norte aque maior peso regista neste tipo de ocupação.

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Grande Lisboa 67% 33%Grande Porto 57% 43%Norte 85% 15%Centro 76% 24%Alentejo/Algarve/ Ilhas 80% 20%Total 70% 30%

Instalações próprias vs arrendadas (todo país)

Zona PrópriasArrendadas

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24RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS

Imediatamente após os custos de transporte, os cus-tos de armazenagem, ou custos imobiliários, são osque têm maior peso na estrutura de custos para a ge-neralidade dos operadores. Em relação aos seus custos imobiliários, designada-mente os valores de arrendamento praticados, estesconfirmam a exigência em termos de qualidade dosoperadores logísticos, o que naturalmente se retratanos valores de renda. No entanto, a actual conjun-tura que o mercado imobiliário atravessa afectouigualmente este sector, e os operadores logísticosque optam pelo arrendamento reportam valores mé-dios de renda inferiores ao último inquérito, naordem dos 3,8 €/m2/mês. A média mais elevada épraticada na região do Grande Porto, 5,2 €/m2/mês,dado haver alguma escassez de produto de quali-dade disponível nesta região do país.As expectativas quanto à evolução das rendas demercado são claramente no sentido de uma com-pressão dos valores. Cerca de 66% dos operadoreslogísticos participantes antevêem uma descida dosvalores, 28% esperam uma manutenção e apenas 6%acreditam que irá assistir-se a uma subida das ren-das a médio prazo.No que se refere às melhores localizações logísticasem Portugal, a zona 1 (eixo Alverca-Azambuja) daregião da Grande Lisboa é eleita por 41% dos ope-radores participantes como a melhor localização domercado logístico nacional. Alverca, Azambuja eCarregado são as subzonas mais destacadas neste

1 - Eixo Alverca - Azambuja 63% 38%2 - Eixo Almada - Setúbal 92% 8%3 - Loures 30% 70%4 - Eixo Montijo - Alcochete 100% 0%5 - Eixo Sintra - Cascais 50% 50%6 - Lisboa cidade 80% 20%Total 67% 33%

Instalações próprias vs arrendadas (Grande Lisboa)

Zona PrópriasArrendadas

66%Descida

Qual será aevolução das rendas

a medio prazo?

6%Subida

28%Manutenção

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25 OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL

18%Instalações

desajustadas

36%Instalaçõesinsuficientes

Razões que o levama encarar a mu-

dança de instalações

3%Outra9%

Localização

11%Actividade em regressão

24%Preço

eixo. Cerca de 15% apontam a região do GrandePorto como a melhor localização e a zona Centro eeixo de Loures (Zona 3) da região da Grande Lisboareuniram, cada uma delas, cerca de 12% dos votos.Alguns dos operadores não elegeram uma zona emespecífico considerando que depende dos mercadosde actuação. No entanto, definiram um conjunto decritérios que determinam por si só as melhores lo-calizações logísticas, nomeadamente proximidadeaos grandes centros de consumo, aos portos, à in-dústria inerente à atividade e às vias de acesso.O último grupo de questões colocadas relativas àsinstalações dos operadores, teve como objectivo afe-rir o que poderá levar os inquiridos a consideraruma mudança de instalações num futuro próximo.Dos inquiridos que responderam afirmativamenteao facto de encararem a possibilidade de vir a mudarde instalações, a principal motivação apresentadarelaciona-se com o facto de as mesmas se revelareminsuficientes para o desenvolvimento da actividade,num total de 34% respostas positivas. A segundamaior razão apresentada revela a preocupação comos custos de ocupação, com 24% de respostas, a ter-ceira razão apontada relaciona-se com a inadequa-ção das instalações, com 18% de respostas positivas.Se o crescimento do negócio é visto como um im-pulsionador da mudança de instalações, o inversotambém se parece verificar, com um peso de 11%.

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A s preocupações ambientais e a sustentabili-dade estão na agenda dos logísticos. Mas aspreocupações não devem apenas prender-se

com uma gestão eficiente do transporte, emissõesgasosas ou optimizações de rotas. É dentro de casaque começa a ecologia e aí, dos escritórios ao arma-zém, nem sempre as coisas acontecem da forma am-bientalmente mais acertada, eficaz e eficiente.Ao introduzirmos este ano questões relacionadascom a sustentabilidade, neste caso nos espaços lo-gísticos, quisemos aferir até que ponto esta é umapreocupação presente nos espaços que os operado-res logísticos ocupam e onde desenvolvem para osseus clientes as diferentes operações.À questão “Nota uma preocupação crescente dos seusclientes com a questão da sustentabilidade?” 58% dosque responderam considera que de facto os clientesestão cada vez mais atentos e preocupados com estestemas. 23% não nota esse tipo de preocupação, percen-tagem quase igual aos que não sabem ou não respon-dem: 20%.

Sustentabilidade

ARMAZÉNS CADA VEZMAIS VERDESOs centros logísticos e zonas circundantes não são os espaços mais amigos do ambiente. Contudo, falar de sustentabilidade na logísticae de eco eficiência das infra-estruturas não é uma questão de moda ou uma mera tendência, mas sim uma necessidade. É que o planetae os seus recursos são finitos e a actividade logística pode ter um forte impacto ambiental, positivo ou negativo, consoante as opçõesque se façam. Não é fácil, mas tem que se começar por algum lado.

RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS

20%N/R

58%Sim

Preocupação dosclientes com

sustentabilidade

E quanto aos espaços, às infra-estruturas ocupadaspor estas empresas, são amigas do ambiente e reve-lam algum nível de preocupação com a diminuiçãoda pegada e da factura ambiental?

A LOGÍSTICA SUSTENTÁVELDos participantes nesta edição do Ranking 42% dos in-quiridos revela que os espaços onde desenvolvem asoperações de logística para terceiros têm clarabóias; 35%operam em edifícios com ventilação natural; para 9% arecolha de águas pluviais para uso sanitário e rega é jáprática corrente e 6% têm espaços com turbinas eólicas,assim como painéis solares fotovoltaicos.Entre as práticas sustentáveis dos nossos inquiridosconstam ainda, de forma mais ou menos generali-zada, aspectos práticos como o recurso a iluminaçãoecológica, além de luzes e torneiras nos seus espaçoslogísticos com sensores. O tratamento dos resíduose a separação do lixo nos armazéns são mais duaspráticas amigas do ambiente a que os operadores lo-gísticos nacionais não são alheios.

23%Não

Forcargo Iluminação ecológicaGefco Portugal Luzes e torneira automaticasTNT Express Worldwide (Portugal) Sensores de iluminação e torneiras com temporizador; temporizador de iluminaçãoPatinter Logística e Imobiliária Estação de Tratamento de residuos; Paineis Solares

Equipamentos/ Sistemas no armazém

EmpresaOutros

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28

N a edição deste ano, tal como na anterior,quase a totalidade das empresas assumepossuir um sistema de gestão de armazém

próprio, sendo que apenas uma empresa refere uti-lizar as duas opções (sistema próprios e sistema docliente instalado nas plataformas da empresa). Denotar que nenhuma empresa utiliza apenas o sis-tema de gestão de armazém do cliente instalado nassuas plataformas (ver quadro).Quanto às características suportadas pelo sistema degestão de armazém, 47 empresas referem que estefaz a rastreabilidade dos artigos, 45 que faz alocaçãoautomática do stock a locais de armazenamento ecom 30 respostas a gestão automática de recursos etarefas. Com um menor número de respostas surgea integração do Advanced Shipping Notices (ASN)ou aviso antecipado de embarque, ou seja, o aviso

Software

OPTIMIZAR NEGÓCIOSOptimizar ao máximo a operação, aumentar a rapidez da resposta, reduzir custos, eliminar erros e ineficiências, melhorar a adaptabilidadeà imprevisibilidade dos nossos dias. Estas são algumas das mais-valias trazidas pelas novas tecnologias de comunicação e informação.

RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS

28%Uma ou várias

vezes ao dia

65%Online - “Real Time”

Troca de informaçãocom os clientes

aos clientes sobre a chegada dos seus produtos (verquadro). Sobre esta temática, a Fiege acrescentaainda a gestão de lotes e da rastreabilidade e a Trans-portes Florêncio & Silva o track & trace e a consultapermanente de clientes.Além destas valências, 90% dos inquiridos salien-tam que existe a possibilidade de troca de infor-mação de modo electrónico entre o sistema degestão do cliente e o sistema de gestão de armazémimplementado. 91% dos respondentes salientaainda que a possibilidade de troca de informaçãode modo electrónico (EDI ou Web) entre os siste-mas de gestão do cliente e o sistema de gestão dearmazém. A troca de informação é feita, em 65%dos casos, de forma online, em real time, contra28% das empresas que a faz uma ou várias vezesao dia (ver quadro).

7%N/R

Próprio 53Sistema de gestão de armazém do Cliente instalado na plataforma do cliente 0Ambos 1N/R 4

Sistema de gestão de armazéns Empresas

Alocação automática do stock a locais de armazenamento 45Gestão automática de recursos e tarefas 30Rastreabilidade dos artigos 47Integração de "Advanced Shipping Notices" (ASN) 14

Características suportadas pelo sistema de gestão de armazém Empresas

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D os 58 inquiridos pela Logística Moderna, 23empresas admitem aplicar o pensamentolean, o que corresponde a 58% do total.

Com uma resposta negativa surgem nove em-presas, ou seja, 23% do total. De notar queoito empresas, 20% do total, preferiram nãoresponder a esta questão.Entre as metodologias utilizadas importasalientar o kaizen (mudar para melhor),um processo diário que visa o aumentoda produtividade, melhoria do am-biente de trabalho, identificação e eli-minação dos desperdícios, entre outros.Entre as empresas que admitem recor-rer ao kaizen encontramos a AllianceHeathcare, Logifarma, Luís Simões Lo-gística Integrada, Rangel e SchnelleckePortugal.Seiri (utilização), Seiton (ordenação),Seiso (limpeza), Seiketsu (higiene) e Shit-suke (auto-disciplina) são as cinco palavrasjaponesas que definem o programa 5S, cujoobjectivo é mobilizar, motivar e conscien-cializar a empresa para a qualidade total,

Lean

A PERDER PESOA filosofia do pensamento lean (magro) surgiu como “um sistema de gestão, cujo objectivo é o desenvolvimento de processos e sistemas,tendo em vista a eliminação do desperdício em toda a organização e a criação de valor para todas as partes interessadas”, salienta aComunidade Lean Thinking na internet. Hoje, mais do que nunca, faz sentido pensar lean, eliminando desperdícios, optimizando fluxos,reduzindo custos, permitindo responder rápida e eficientemente às exigências do mercado.

29 OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL

através da organização e disciplina no local detrabalho. A Batista Sanganha, Medlog, Rangel,Schenker Transitários, Schnellecke Portugal,TNT Express Worldwide, Transportes Pascoal e

UTI admitem recorrer a este programa.De salientar ainda a utilização do poka-

yoke destinado a evitar erros em processoprodutivos e/ou na utilização de produ-tos, podendo ser utilizado como métodode controlo ou de advertência. Os 6S, ouseja, os cinco conceitos do programa5S, referido anteriormente, mais o con-ceito da Segurança. O Value StreamMapping (VSM) ou mapeamento dofluxo de valor é também uma ferra-

menta de diagnóstico utilizado pelasempresas, a qual permite obter uma visão

global de toda a cadeia de valor e identifi-car os desperdícios dessa cadeia. Além des-

tes, algumas empresas aposta também naintrodução do kanban, ou seja, a introdução deajudas visuais ou cartões de sinalização quepermitem controlar os fluxos de produção outransportes.

Sim 23 58%Não 9 23%N/R 8 20%

O pensamento leané aplicado na sua empresa?

Alliance Healthcare KaizenBatista Sanganha 5S; Gestão Visual; Poka YokeCTT Expresso As metodologias aplicadas são de acordo com os procedimentos da empresa e com as normas ISO 9001,

ISO 14001 e OHSAS 18001

Forcargo Minimização de Movimentos; Minimização de Distâncias; Minimização de DocumentosLogifarma Kaizen e 6S

Luis Simões Logística Integrada KaizenMedlog 5 S Melhoria Contínua; Eliminação de DesperdíciosRangel Kaizen; 5SSalvesen Logística Encontrar FIT

Santos e Vale Métodos Optimização; Melhoria ContínuaSchenker Transitários 5S

Schnellecke Portugal Kaizen; 5S; "One Piece Flow"; Poka-Yoke; Kaikau; PDCA; VSM, Ishikawa; Muda Walk; outrosTNT Express Worldwide (Portugal) VSM ; TOC; 5STransportes Pascoal 5SUTI 5S; Kanban; Ajudas Visuais

Empresa Quais as filosofias ou metodologias utilizadas

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N os últimos tempos, para 50% das empresascontactadas, a performance económica temsido a acontecimento que mais tem influen-

ciado as suas estratégias de negócio, seguida pela in-trodução de novos produtos ou serviços, com 41%do total. Com algum peso surge também a melhoriada visibilidade operacional, com 35% das respostas,e a abertura a novos mercados, com 31% do total(ver quadro).Face à maturidade do mercado, 57% das empresasinquiridas prevê um crescimento orgânico, sendoque 19% estima crescer através de um processo defusão ou aquisição (ver quadro). Importa referir quea Norbert Dentressagle prevê crescer por via da co-laboração e a Rangel pela internacionalização.

INVESTIR NA CRISEQuem pensa que os investimentos param em tem-pos de crise, desengane-se. A contar pelas respostasdas empresas inquiridas entre software, hardware,RH e instalações, os investimentos são variados.O painel de participantes foi questionado relativa-mente às áreas em que planeiam investir num fu-turo próximo, num total de 13 sub-categorias (verquadro). Em relação ao investimento em tecnologias, os soft-wares de apoio à actividade logística lideram a ta-bela, com 50% dos inquiridos a admitir vir a investirnesta área. Logo de seguida surge o hardware direc-cionado para a codificação, impressão e identifica-

Estratégias de Crescimento

EXPANSÃO SUSTENTADAApesar da volatilidade da economia e dos mercados para alguns operadores é possível apontar um caminho futuro. Com a maioria dosinquiridos a dirigir-se para um crescimento orgânico, os próximos investimentos passarão seguramente pela aposta em novas tecnologias,Recursos Humanos, frota e instalações.

RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS

ção, com 47% das respostas. Com 43% das respostas está a segurança das insta-lações e com 41% a contratação de novos colabora-dores. O reforço da segurança da frota também estáem cima da mesa, com 36% dos inquiridos a admitirinvestimentos nesta área. No caso concreto da frota,existem 29% de respostas a apontarem para a sua ex-pansão ao nível dos pesados e 22% nos ligeiros.Quanto às instalações, 38% espera expandir as ac-tuais infra-estruturas e 21% avança mesmo comuma mudança de instalações.

EXPECTATIVAS PARA O FUTURO No que se refere às expectativas de evolução futurada actividade do sector, foi surpreendente o relativooptimismo da maioria dos inquiridos, embora reco-nheçam o impacto da actual crise económica na suaactividade.Apesar da conjuntura de mercado, a maioria do pai-nel de participantes no Ranking e Atlas dos Opera-dores Logísticos está moderadamente optimista emrelação à evolução da sua facturação em 2012 faceao ano anterior. Com 41% dos inquiridos a reportarum crescimento esperado até 10% e 18% a prevermesmo um aumento superior a 10%.

Mais de metade dos inquiridos reconhece que a ac-tual crise económica afectou muito a sua actividadee apenas 12% consideram que esta não a afectou emnada.Para os resultados de 2012, a maioria dos partici-pantes prevê que os efeitos da crise se mantenhamface ao ano anterior (45%), com 27% a considerarque estes irão mesmo agravar-se.Não obstante o enquadramento económico em quenos encontramos, a maioria dos inquiridos está op-timista quanto à evolução da sua actividade no fu-turo com 59% a prever um crescimento do seunegócio. Dos restantes inquiridos, 24% prevêemmesmo um decréscimo e 17% antecipam uma estag-nação da sua actividade.

Performance Económica 50%Introdução de novos Produtos ou serviços 41%Melhoria da visibilidade operacional 35%Abertura a novos mercados 31%Sustentabilidade e Ambiente 27%Segurança na Supply Chain 24%Globalização 22%Outros 7%N/R 3%

O que é que tem influenciado significativamente asua estratégia de negócio?

Crescimento Orgânico 57%Fusão ou Aquisição 19%N/R 7%Outros 3%Não Aplicável 2%

Face à maturidade do mercado como perspectiva ocrescimento da sua empresa?

Software de apoio à actividade logística 50%Hardware (codificação/impressão/identificação) 47%Segurança das instalações 43%Contratar recursos humanos 41%Expandir as actuais instalações 38%Segurança da frota 36%Expandir a frota de pesados 29%Software SCM 29%RFID 29%Sistemas de voice picking/pick to light 29%Expandir a frota de ligeiros 22%Mudar de instalações 21%

Investimentos

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31 OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL

33%Pouco

55%Muito

Considera quea actual situação

económicaafectou a suaactividade?

45%Se mantenham

27%Se agravem

Prevê queos efeitos da crisena sua actividadee nos resultados

de 2012?

28%Se atenuem

24%Decréscimo

59%Crescimento

Quais asexpectativas deevolução da sua

actividadeno futuro?

17%Estagnação

12%Nada

PUB

18.2%Positiva - superior

a 10%

22.7%Manutenção

Expectativas deevolução da fac-

turação em 2012(face a 2011)

40.9%Positiva - entre

0 e 10%

18.2%Negativa - entre0 e 10%

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P ara muitas empresas contactadas, a presençainternacional não é uma novidade. Em al-guns casos faz parte da génese da empresa e

das características do próprio negócio. Noutros re-sulta da volatilidade dos tempos, a qual as empurrou

Estratégias e Crescimento

CRESCER PELAINTERNACIONALIZAÇÃONum mundo globalizado, como aquele em que nos movimentamos, não é possível crescer sem olhar para as boas práticas e para asoportunidades que se criam e que surgem além fronteiras. Tudo seria mais difícil de entender não fosse o nosso percurso passado comas explorações e viagens marítimas.

RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS

Espanha 18Alemanha 12França 10Luxemburgo 7Bélgica 7China 7Holanda 6Reino Unido 6Itália 6Rússia 6Hungria 5Polónia 5Moçambique 4Angola 4Brasil 4República Checa 4Eslováquia 4Índia 4Marrocos 3EUA 3África do Sul 3Roménia 3Eslovénia 3Suíça 3Áustria 3Bulgária 3Turquia 3México 2Letónia 2Lituânia 2Noruega 2Suécia 2Ucrânia 2Argentina 2Tunísia 2Croácia 2Dinamarca 2Estónia 2Finlândia 2Cazaquistão 2

PaísesPresenças

internacionais

Sim 52%

Não 16%

N/R 33%

A sua empresa está presenteinternacionalmente? %

20%Parceiros

locais

53%Meiospróprios

Forma deinternacionalização

para outros destinos. Há ainda espaço para aquelasque já não têm margem de crescimento no nossopaís devido à expansão da sua actividade e à inter-nacionalização e expansão dos próprios clientes. Das empresas inquiridas, 52% admitem ter uma pre-sença internacional, contra 16% de respostas nega-tivas (ver quadro). Entre os países identificados pelas empresas contac-tadas, destaque para Espanha, com 18 presenças,Alemanha com 12 e França com 10 respostas (vercaixa.Além dos países assinalados, acrescentam-se aindaArgélia, Bósnia, Burkina Faso, Cabo Verde, Cama-rões, Chile, Colômbia, Costa do Marfim, Nigéria,Venezuela e Tailândia.Para os 52% das empresas que tem uma presença in-ternacional, 53% recorrem a meios próprios e 20%a parceiros locais, sendo que 27% preferiram nãoresponder a esta questão.Existem situações de empresas que contam comuma presença internacional através de meios pró-prios e parcerias locais, como é o caso da Gefco,Rangel, Rhenus e Torrestir.

BARREIRAS NA INTERNACIONALIZAÇÃOAs empresas que decidem apostar num processo deinternacionalização depararam-se com algumas bar-reiras, que podem ser ultrapassadas, com menor oumaior dificuldade, ou, pelo contrário, contribuirpara o fracasso do processo em questão.Entres as barreiras apontadas, destaque para a bu-rocracia com 34% das respostas, seguidas pelas di-

ferenças culturais com 18% e pela dificuldade naatracção e retenção de recursos humanos com 16%.Também com algum peso surgem as infra-estrutu-ras desadequadas e a insegurança, com 11% e 8%respectivamente. Da lista fazem ainda parte as bar-reiras linguísticas e a corrupção encontrada nos paí-ses de chegada.Quanto à aposta na expansão internacional, 31% dosinquiridos acredita nessa possibilidade contra 21%que afirma que essa opção não faz parte dos planosfuturos da empresa. Das empresas que revelaram intenções de expandira sua actividade internacionalmente, África conti-nua a liderar as escolhas dos inquiridos, com 47%das respostas. Entre os países africanos mais apete-cíveis destaque para Moçambique, Marrocos, Áfricado Sul, Tunísia e Argélia. Com 42% das preferênciassurgem os mercados europeus, com Espanha,França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Holanda,Bélgica e países de Leste a serem os mais escolhidos.A América do Sul, com o Brasil, também integra a

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33 OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL

Sim 31%

Não 21%

N/R 52%

A sua empresa pretendeexpandir-se internacionalmente? %

PUB

42%Europa

47%África

Expansão

11%América do Sul

11%Desadequaçãodas infraestru-

turas

34%Burocracia

Barreiras àinternacionalização

3%Outros

18%diferenças culturais

16%Dificuldadesna atracção

e retençãode recursos

humanos

8%Insegurança

5%Barreiras liguísticas

5%Corrupção

Esteano éa dobrar

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34

P ara a Global Industry Analysts, os operadoreslogísticos possibilitam que os clientes colo-quem nas suas mãos, integralmente ou par-

cialmente, as suas operações e gestão da cadeia deabastecimento. “A externalização de operações lo-gísticas é vista como uma estratégia eficaz para asempresas que procuram melhorar o seu desempe-nho em termos de serviço, bem como reduzir oscustos operacionais”, refere a mesma empresa, sa-lientando que as mudanças dramáticas nas condi-ções de negócio ao longo dos anos têm reforçado aimportância da gestão da cadeia de abastecimento eda logística.Além dos aspectos e do peso dado à globalização, aqual tem contribuído em larga medida para o au-mento do outsourcing em todo o mundo, os merca-dos emergentes, como a China, o Brasil, a índia e oMéxico tem assistido a um crescimento significativoem termos do outsourcing. “Este crescimento é atri-

No Mundo

MERCADO DINÂMICOEstima-se que o mercado global dos operadores logísticos alcance, em 2018, o valor de 1,35 biliões de dólares. Para este aumento con-tribuirá o crescimento da globalização do comércio e o aumento da aposta no outsourcing logístico, onde se destaca o peso dos paísesemergentes.

RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS

buído ao desenvolvimento económico e ao aumentodo consumo interno destes mercados, bem como apoliticas governamentais favoráveis e ao crescenteinvestimento no desenvolvimento de infra-estrutu-ras logísticas”, salienta a mesma fonte.“O mercado global dos 3PL caracteriza-se por umaintensa competitividade devido ao aumento da pro-cura de serviços logísticos externos e ao surgimentode novos players no mercado. A competitividade étambém influenciada por outros factores como aqualidade do serviço e a capacidade/ habilidade paraoferecer novas soluções", refere o documento.Quanto ao futuro do mercado global dos operadoreslogísticos, a Global Industry Analysts estima que omesmo alcance um valor de 1,35 biliões de dólaresem 2018, um resultado “conduzido pelo aumento danatureza globalizada do comércio que provoca umaumento da capacidade de carga e uma mais efectivagestão logística”. Além disso, a mesma entidade su-

América do Norte Canadá 1,759.0 9.9% 174.2 8.4% 14.6México 1,185.0 12.0% 142.2 8.1% 11.5EUA 15,060.0 8.5% 1,282.0 10.4% 133.8

Região 18,004.0 8.9% 1,598.4 10.0% 159.9Europa França 2,808.0 9.2% 258.3 10.1% 26.1

Alemanha 3,629.0 8.3% 301.1 10.1% 30.4Itália 2,246.0 9.4% 211.2 10.6% 22.4Holanda 858.3 8.1% 69.5 14.2% 9.9Espanha 1,537.0 9.4% 144.4 9.4% 13.6Reino Unido 2,481.0 8.5% 210.9 10.0% 21.1Outros 4,130.7 9.0% 371.8 9.9% 36.9

Região 17,690.0 8.9% 1,567.2 10.2% 160.4Ásia - Pacífico Austrália 1,507.0 10.5% 158.2 9.9% 15.6

China 6,989.0 18.1% 1,265.0 7.0% 88.6Hong Kong 242.4 9.0% 21.9 11.4% 2.5Índia 1,843.0 13.0% 239.5 5.7% 13.7Japão 5,855.0 8.7% 509.6 8.8% 44.9Singapura 266.5 9.0% 23.9 11.7% 2.8Coreia do Sul 1,164.0 9.0% 104.7 11.1% 11.6Formosa 504.6 9.0% 45.5 11.0% 5.0Outros 836.1 10.7% 89.4 7.2% 6.4

Região 19,207.6 12.8% 2,457.7 7.8% 191.1América do Sul Argentina 435.2 12.6% 54.9 6.0% 3.3

Brasil 2,518.0 11.6% 292.1 8.2% 24.0Venezuela 315.0 11.9% 37.5 5.9% 2.2Outros 909.5 14.2% 129.1 7.7% 10.0

Região 4,177.7 12.3% 513.6 7.7% 39.5Resto dos países / regiões 11,080.7 15.9% 1,761.8 3.7% 65.2Total 70,160.0 11.3% 7,898.7 7.8% 616.1

País2011

3PL Receitas3PL Receitas

%2011 Custos Logísticos

Mil milhões $USLogística(GDP %)

2011PIBRegião

blinha que “o aumento da complexidade das funçõeslogísticas devido ao aumento dos volumes transac-cionados, dos desenvolvimentos tecnológicos e doaumento das exigências dos clientes estão a alimen-tar a procura externa de fornecedores especializadosem logística”.O relatório recentemente divulgado analisa o mer-cado dos 3PL pelos segmentos de gestão de trans-porte internacional, gestão de transporte domésticoe outros, focalizando-se nos Estados Unidos, Ca-nadá, Japão, Europa, Ásia - Pacifico, América Latinae resto do mundo. As estimativas anuais e as previ-sões traçadas são para o período 2010 – 2018. Parao estudo foram consultadas 466 empresas do sector.

PERFORMANCE LOGÍSTICAQuanto ao Logistics Performance Index (LPI), de-senvolvido pelo Banco Mundial, conclui que entre2010 e 2012 não houve diminuição da distância que

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35 OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL

separa os países com melhores e piores performan-ces logísticas, sendo que em anos anteriores essa di-ferença diminuiu. De notar que, segundo o estudojá divulgado pela Logística Moderna, o ritmo decrescimento dosector caiu em termos gerais, sendoque este recuo no crescimento poderá reflectir umamudança do foco dos Governos relativamente àcrise económica e financeira.De acordo com o documento, Portugal, depois deter ocupado a 34ª posição no LPI de 2010, passou

formas na logística e transportes deixaram de serconsideradas prioridades, sendo que muitos projec-tos não chegaram a avançar”. O estudo mostra aindaque “os países mais pobres ocupam as últimas posi-ções do ranking em termos de performance logís-tica”. Quanto ao desenvolvimento logístico, “oinvestimento em infra-estruturas é o seu principalimpulsionador”. Assim, “os países mais ricos mos-traram uma maior cooperação entre os sectores pú-blico e privado”. Além disso, “os países queimplementaram reformas mais agressivas na área lo-gística continuaram a melhorar a sua pontuação facea anos anteriores”, destacando-se o caso da Áfricado Sul, China, Chile, EUA, Marrocos e Turquia.Quanto ao ranking global de facturação em 2011, deacordo com a consultora Armstrong & Associates, aalemã DHL Supply Chain & Global Forwarding li-dera a tabela com um total de 32,160 milhões deeuros, seguida pela Kuhene+Nagel e pela DB Schen-ker Logistics. Os grupos alemães, uma vez mais, ademonstrarem a diferença face aos seus principaisconcorrentes. Relativamente ao peso da logísticaface ao valor do PIB, na Europa os valores andam namédia dos 8,9% (ver quadro), sendo os custos mé-dios de 1,57 mil milhões de dólares e as receitas glo-bais dos 3PL de 160 mil milhões de dólares.

DHL Supply Chain & Global Forwarding 32,160Kuehne + Nagel 22,181DB Schenker Logistics 20,704Nippon Express 20,313C.H. Robinson Worldwide 10,336CEVA Logistics 9,602UPS Supply Chain Solutions 8,923Hyundai GLOVIS 8,588DSV 8,170Panalpina 7,358SDV/Bolloré Logistics 6,785Sinotrans 6,769Toll Holdings 6,432Expeditors International of Washington 6,150DACHSER 5,925Geodis 5,890GEFCO 5,267Norbert Dentressangle 4,980UTi Worldwide 4,914Hellmann Worldwide Logistics 4,687Agility 4,410Yusen Logistics 3,881Wincanton 3,507Caterpillar Logistics Services 3,465GENCO ATC 3,372Kintetsu World Express 3,360IMPERIAL Logistics 3,245Damco 2,800Hub Group 2,752Penske Logistics 2,600Pantos Logistics 2,412Sankyu 2,341Ryder Supply Chain Solutions 2,211FIEGE Group 2,090Kerry Logistics 2,060Logwin 1,859BDP International 1,800Nissin Corporation/Nissin Group 1,647Menlo Worldwide Logistics 1,590Americold 1,580APL Logistics 1,405J.B. Hunt DCS & ICS 1,387arvato logistics services 1,343OHL 1,254Landstar 1,219Transplace 1,200BLG Logistics Group 1,195Werner Enterprises Dedicated & Logistics 1,087Greatwide Logistics Services 1,046NFI 1,014

EmpresasReceitas Brutas

(US dólares – milhões)

para o28º lugar, o mesmo ocupado em 2007, comum total de 3,5 pontos, numa pontuação de 1 (pior)a 5 (melhor). Em primeiro lugar no ranking dos paí-ses com melhor performance logística está Singa-pura, com 4,13 pontos, seguida de Hong Kong, com4,12. Da Europa surge a Finlândia em terceiro lugar,seguida pela Alemanha, Holanda, Dinamarca e Bél-gica. A fechar a lista dos 10 principais surge o Japão,os EUA e o Reino Unido.Segundo o Banco Mundial, “em muitos países, as re-

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